DEPARTAMENTO DE TAQUIGRAFIA, REVISÃO E REDAÇÃO NÚCLEO DE REDAÇÃO FINAL EM COMISSÕES TEXTO COM REDAÇÃO FINAL

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1 CÂMARA DOS DEPUTADOS DEPARTAMENTO DE TAQUIGRAFIA, REVISÃO E REDAÇÃO NÚCLEO DE REDAÇÃO FINAL EM COMISSÕES TEXTO COMISSÃO DE RELAÇÕES EXTERIORES E DE DEFESA NACIONAL EVENTO: Audiência Pública N : 0406/07 DATA: 18/4/2007 INÍCIO: 10h59min TÉRMINO: 13h37min DURAÇÃO: 2h37min TEMPO DE GRAVAÇÃO: 2h37min PÁGINAS: 56 QUARTOS: 32 DEPOENTE/CONVIDADO - QUALIFICAÇÃO JOSÉ ELITO CARVALHO SIQUEIRA - General-de-divisão e ex-comandante da força militar da Missão das Nações Unidas para Estabilização no Haiti. AUGUSTO HELENO RIBEIRO PEREIRA - General-de-divisão e ex-comandante da força militar da Missão das Nações Unidas para Estabilização no Haiti. SUMÁRIO: Relato dos ex-comandantes da força militar da Missão das Nações Unidas para Estabilização no Haiti sobre as operações realizadas naquele país relativas ao combate à violência urbana. Houve exibição de imagens. Há orador não identificado. OBSERVAÇÕES

2 O SR. PRESIDENTE (Deputado Vieira da Cunha) - Estão abertos os trabalhos da presente reunião de audiência pública, requerida pelo Deputado João Almeida e aprovada por esta Comissão, para ouvir o relato dos ex-comandantes da força militar da Missão das Nações Unidas para Estabilização no Haiti sobre as operações realizadas naquele país relativas ao combate à violência urbana. Agradecemos o pronto atendimento do nosso convite aos generais-de-divisão José Elito Carvalho Siqueira e Augusto Heleno Ribeiro Pereira. Convido para se pronunciar em primeiro lugar o general-de-divisão José Elito Carvalho Siqueira, reiterando os agradecimentos desta Comissão de Relações Exteriores e de Defesa Nacional pelo pronto atendimento ao nosso convite. O SR. JOSÉ ELITO CARVALHO SIQUEIRA - Sr. Deputado Vieira da Cunha, autoridades presentes, senhoras e senhores, realmente é um privilégio para mim e para o general Heleno estar aqui. Foi e continua sendo um privilégio a experiência e que cada um de nós teve de passar um ano no Haiti, no comando do contingente de cerca de 7 mil homens de quase 20 países. Temos a obrigação de dividir essa experiência em todas as instâncias. Há dias o Ministério da Defesa da Bolívia solicitou o nosso depoimento, em face da importância da missão, porque a Bolívia tem contingente de 200 homens no Haiti e pretende continuar enviando soldados para lá. Dentro desse foco da importância da missão, como V.Exas. observaram, e de podermos aplicar essa experiência de vida no território nacional, julgamos da maior importância a iniciativa de dividirmos com V.Exas. nossa experiência. O general Heleno fará exposição muito objetiva. Não tratará de idéias pessoais minhas ou dele, mas de fatos, de ações empreendidas e de lições aprendidas. Falará dos prós e contras de todas as situações. Com isso, teremos subsídios para, se necessário, aplicar essas experiências em situações de garantia da lei da ordem no território nacional. Nosso objetivo é contribuir, na condição de brasileiros, para uma melhor situação, no que diz respeito à segurança pública, no nosso País. O general Heleno preparou apresentação com excelentes imagens e conclusões muito importantes. Depois de cerca de 45 minutos, eu e o general Heleno estaremos inteiramente à disposição de V.Exas. para respondermos às perguntas. 2

3 Muito obrigado. O SR. PRESIDENTE (Deputado Vieira da Cunha) - Com a palavra o general Augusto Heleno Ribeiro Pereira. O SR. AUGUSTO HELENO RIBEIRO PEREIRA - Em primeiro lugar, gostaria de reiterar a nossa satisfação e o fato de que é uma honra estarmos aqui para relatar algo da nossa fantástica experiência. Aliás, experiência que foi concedida a muito poucos generais do Exército Brasileiro, e nós fomos contemplados com essa possibilidade. Procurarei ser o mais objetivo possível. Como diz o velho jargão: As imagens falam mais do que mil palavras. Elas vão mostrar algo àqueles que não têm ainda conhecimento muito grande sobre o problema do Haiti. Vamos poder transplantar a situação que vivemos aqui para a situação do Haiti e depois tecer alguns comentários sobre essa possível comparação. (Segue-se exibição de imagens.) A participação brasileira na missão no Haiti é relevante. Somos o contingente mais numeroso da missão, com militares. No final de maio, enviaremos ao Haiti o nosso sétimo contingente. Considerando os que já passaram e os que ainda estão lá, contabilizamos militares que já tiveram a experiência de viver a situação real de uma missão de imposição de paz em território estrangeiro. A missão é regida por resolução das Nações Unidas. Resoluções sucessivas, cujos detalhes não nos interessam, estabeleceram 3 grandes suportes, 3 grandes objetivos, o tripé de objetivos da missão: proporcionar ambiente seguro e estável; trabalhar na área de direitos humanos; e restaurar o processo político no Haiti. Vamos tratar mais diretamente do ambiente seguro e estável, porque é o que nos interessa e diz respeito àquilo a que a força militar da missão é mais afeta. Os principais atores no cenário haitiano para que esse pilar da missão seja alcançado são 3: a força militar, com cerca de militares; a polícia das Nações Unidas, com cerca de policiais, de 34 países; e a Polícia Nacional do Haiti e nesse ponto eu coloquei ali, de propósito, 5 mil e uma interrogação. Na verdade, até hoje não se sabe exatamente quantos policiais haitianos existem. A polícia das Nações Unidas, a grande responsável pela recuperação da polícia do Haiti, até hoje não conseguiu cadastrar a polícia haitiana. Não se tem certeza de quantos policiais haitianos há, o que é um absurdo, mas é o que acontece. 3

4 Este é o mapa do Haiti, para os senhores terem idéia da área. Muita gente pensa que esses militares estão todos na mão do force commander, do comandante da força, sediados em Porto Príncipe, quando não é isso o que acontece. O contingente compreende militares de 14 países diferentes, com culturas totalmente diferentes da nossa, como, por exemplo, Sri Lanka, Nepal e Jordânia. Há também militares dos países sul-americanos, que são a massa de efetivos da missão: o Uruguai, que está lá com 2 batalhões; o Chile; a Argentina; o próprio Brasil; a Bolívia; e o Paraguai. Então, trata-se de missão com efetivos basicamente sul-americanos e alguns contingentes totalmente fora desse contexto latinoamericano. Aqui são mostradas as tropas que trabalham em proveito do conjunto, somando contingente de 14 países diferentes, todos eles com as suas culturas e tradições, que temos de respeitar durante todo o tempo. Quanto às atividades operacionais, não vou entrar em detalhes, mas, para que os senhores tenham idéia, registro que a maioria dessas atividades são voltadas para a garantia da lei da ordem, como patrulhas, check point, ocupação de ponto sensível, proteção de autoridade a força militar da missão tem a responsabilidade de proteção de qualquer autoridade que visite o Haiti, escolta de comboios, segurança de instalação, controle de distúrbios, proteção de manifestações, cerco e vasculhamento e operações mais pesadas, mais robustas no que tange à força. O ambiente operacional da missão apresenta semelhanças com as nossas favelas, apesar de as condições lá, por vezes, serem bem mais miseráveis do que aqui. Lá não se vê gatonet, parabólica, novela da Globo às 21 horas, coisas comuns nas nossas favelas. Então, a realidade lá choca muito mais, porque a infraestrutura básica não existe. Essa é a favela de Bel Air, hoje totalmente pacificada, com um detalhe muito interessante: ela é muito próxima do Palácio Presidencial. A repercussão política da insegurança e da instabilidade no interior de Bel Air era imediata. Quaisquer 2 tiros que aconteciam em Bel Air faziam o Presidente da República dar 2 saltos na cadeira e ligar para o force commander: General, o meu Palácio vai ser invadido. Não, calma, Presidente. Está longe ainda de isso acontecer. Era uma situação política complicada. 4

5 Aí está uma coisa comum lá e que acontece aqui também: a utilização de crianças e mulheres. Toda vez que se tentava fazer um cerco, um vasculhamento, crianças e mulheres eram colocadas na primeira linha, e nós sofríamos muitas vezes com tiros vindos desses becos aqui, sem condição de reagir. Não dá para reagir, porque vai causar morte de inocentes. Então, já sabíamos que era uma situação de muito risco, porque a proteção era dada por mulheres e crianças. A Cité Soleil é uma favela que está famosa, porque toda hora se fala sobre ela. Agora ela vive situação bem mais tranqüila, depois do trabalho que vem sendo feito sucessivamente pelos contingentes brasileiros. Hoje já apresenta outra situação de segurança, mas é uma favela miserável, com população muito grande, espraiada. É uma favela bastante problemática, mas com intensidade bem menor de violência. Por essa imagem dá para se ter idéia da densidade dos barracos. Essa dá para ver o que aconteceu no terreno, a partir de dezembro de Por que dezembro de 2004? Tivemos uma primeira fase da missão, que foi até a época em que aconteceu o jogo do Brasil com o Haiti. Nessa fase, as gangues estavam se arrumando. O grande problema eram os ex-militares. A partir de dezembro de 2004, as gangues ganharam muito mais munição, armamento. O problema dos ex-militares foi sendo neutralizado, e a concentração de violência passou para dentro das favelas haitianas. Aí é uma média do que acontece no chão. A partir de dezembro de 2004, confrontos com troca de tiros entre bandidos e tropa na base de 1 a cada 2 dias. O que aconteceu no Rio de Janeiro ontem, em termos de quantidade de tiros, é bem parecido com o que acontece lá. A desorganização da reação é que não é a mesma. Muitas emboscadas contra viaturas militares. Alguns tiros estão assinalados nas viaturas. Essa é uma estatística de mortes em toda a MINUSTAH e na Polícia Nacional do Haiti. Reparem que em toda a MINUSTAH tivemos até agora 15 mortes na tropa e 3 na polícia das Nações Unidas. Há uma estatística pesada no que diz respeito à Polícia Nacional do Haiti. Primeiro, porque são despreparados; valentes, mas despreparados. Muitas dessas mortes talvez 80%, são ocorridas fora de 5

6 situação de combate, como reação fora de situações operacionais contra a polícia, porque a polícia sempre se expõe. Eles trabalhavam muito, como se diz no francês, com um cagoule, um capuz que deixa apenas os olhos de fora, para não serem reconhecidos pela população, porque depois vinham as represálias. Tinham muito cuidado de não expor suas identidades. Isso era uma queixa que tínhamos junto ao Primeiro-Ministro. Era uma proteção para o policial, mas, ao mesmo tempo, dava margens de um sujeito incógnito cometer barbaridades. Aí está a estatística de mortes e feridos do contingente brasileiro. Felizmente, até hoje não tivemos nenhuma baixa fatal no Haiti. Tivemos, sim, 31 militares brasileiros feridos, com as gravidades mais diversas, mas a maioria sem gravidade, retornando às operações 2, 3 dias depois. Isso já comentei: 7 mil e 200 militares, contando com o contingente de hoje. Podemos considerar uma média de 5 feridos por contingente. Vamos, então, aos fatores que contribuem para que haja esse reduzido número de baixas. Já vimos que a intensidade de reação, a intensidade de tiros trocados é muito grande, mas temos, felizmente, um número de baixas bastante reduzido. A primeira coisa é a seleção de pessoal. Fazemos seleção rigorosa do ponto de vista físico (não só no sentido de estar bem fisicamente, mas de estar bem em termos de saúde) e psicológico (é preciso estar preparado psicologicamente para esse tipo de missão, isso é fundamental). E fazemos também seleção para cada uma das funções que o militar vai desempenhar. Motivação e comprometimento com a missão. Todos os militares que vão para o Haiti são voluntários. Saiu uma reportagem essa semana, na revista Época, sobre um soldado que escreveu um livro contando sua passagem pelo Haiti. Infelizmente, ele deturpa totalmente o que ele viveu lá. O problema é dele. Cada um pode escrever o que quiser, porque temos liberdade de expressão. Diz ele que foi surpreendido com a situação do Haiti. Só não conseguiu mentir porque não podia dizer que não era voluntário, pois eles assinam um termo dizendo que são voluntários. Ele foi surpreendido como eu também fui. Nunca tinha ido ao Haiti. Não imaginava que a situação fosse tão grave quanto é. A surpresa é natural. Ele foi voluntário e tinha obrigação de estar motivado para a missão. Se não estava motivado, tinha que se motivar. Motivação é uma coisa que cada um tem que 6

7 criar dentro de si. Podemos incentivar a motivação, dar razões à motivação, mas quem cria a motivação somos nós, dentro de nós mesmos. Treinamento da tropa. Quero ressaltar que nesse treinamento fomos aprendendo e incluindo assuntos que foram aparecendo como fundamentais para o desempenho da missão. Por exemplo, Direito Internacional Humanitário. Esse tema não esteve de forma intensa na preparação do primeiro contingente. Fomos aprendendo com o tempo que esse era um assunto fundamental. Idiomas. O treinamento prepara o soldado pelo menos naquelas frases básicas em francês, crioulo e no próprio inglês. Esses são os assuntos que hoje são treinados pelo contingente intensamente, durante 6 meses, pelo menos, antes de seguir para a missão. Aí estão alguns aspectos do treinamento. O treinamento é bastante sofisticado, hoje, inclusive com manifestações de pessoas com bandeirinhas do Haiti. Tipo físico muito parecido com os haitianos. O treinamento hoje é sofisticado. Esse é interessante, porque é a tropa brasileira treinando uma tropa de polícia do Paquistão, já no Haiti, no estande de tiro da missão brasileira. Apoio logístico eficiente. Não há falta de recursos. Esse é outro ponto fundamental. Não existe operação militar sem recurso e sem apoio logístico. Ninguém consegue tirar leite de pedra. Equipamentos de proteção adequados. Esse é outro ponto fundamental. O combatente tem que se sentir protegido. No momento em que se sente desprotegido, é natural, por uma questão de sobrevivência, que ele não dê o máximo. Sentindo-se protegido, tem outra confiança. Aí está um menino que levou um tiro no capacete. Os coletes à prova de balas são fundamentais e já salvaram várias vidas no Haiti. Aí está o exemplo. Se esse menino estivesse sem o colete, teria tido um ferimento sério. Outro exemplo, para mostrar que, às vezes, não é suficiente. Se o sujeito estiver escalado, não tem jeito. Esse é um soldado do Sri Lanka, morto bem próximo de mim. Levou um tiro nas costas e pegou exatamente onde termina o colete. O tiro foi direto para o pulmão. Aí não tem jeito. 7

8 Esse é um soldado filipino, atingido no capacete. O capacete não conseguiu segurar o tiro. Ele teve a cabeça esfacelada. Aqui um tenente brasileiro ferido. Estava no caminhão e levou um tiro. Só não morreu porque não estava escalado. Havia um médico imediatamente atrás dele, pinçou a veia dele e deu um nó. Perdeu 4 litros de sangue. Conseguiu ser transportado para a República Dominicana, por helicóptero. Hoje já está ganhando competições paraolímpicas. E continua tenente do Exército, um menino com uma fibra extraordinária. Fatores que contribuem para o êxito da missão. Primeiro, perfeito entendimento da missão. Trata-se de missão de paz, não de força de ocupação. É fundamental ter esse entendimento. Cada soldado tem que ter isso na cabeça 24 horas por dia. Não somos força de ocupação, somos força de paz. Não estamos ali para atirar no povo haitiano, mas para tentar ajudar o país a sair do buraco em que se meteu. Segundo, perfeito conhecimento das regras de engajamento, que estão definidas. Os soldados andam com as regras de engajamento no bolso. Casa soldado, obrigatoriamente, tem as regras de engajamento plastificada no seu bolso. Eles não têm dúvida de quando podem atirar, quando não podem atirar, quando é permitida essa reação, quando não é permitida. Inteligência eficiente. Inteligência eficiente é outro ponto em que melhoramos muito. Fui o primeiro comandante da missão e, no início, eu me baseava só em boatos e informações que eu não tinha como avaliar e confirmar. Mas o trabalho foi evoluindo. Hoje, podemos nos orgulhar de ter um serviço de inteligência bastante eficiente. A operação de garantia da lei e da ordem, principalmente as operações urbanas, em áreas de favelas, sem operação de inteligência, dificilmente alcançará resultados positivos. Inclusive, hoje, estamos utilizando aeronaves não tripuladas, as famosas VANTs. Essa aí, inclusive, tem capacidade para lançar panfletos. A imagem mostra panfletos sendo lançados por um vôo não tripulado. Trata-se de um aeromodelo mais sofisticado, que tem emprego muito importante na guerra psicológica. Respeito e confiança da população. Quanto a isso, felizmente, todos os 14 contigentes buscam isso o tempo todo. Apoio da população é ponto fundamental nesse tipo de operação. Logicamente, no Haiti isso é cíclico. Às vezes, a população 8

9 por uma bobagem reverte todo o trabalho feito, trabalho de paciência e de conquista de mentes e de corações. Isso, aliás, está sendo dito pelos generais americanos hoje no Iraque. Claro que as situações do Haiti e do Iraque são totalmente diferentes, mas nesse aspecto eles já chegaram à conclusão de que não há condições de conduzir operação em país estrangeiro sem que isso seja ponto de honra. Tem-se que balizar a missão e conquistar o apoio da população. Ouve-se muito hoje a seguinte frase: conquistar corações e mentes. Todo o tempo, realizamos ações humanitárias, com nossos médicos e dentistas. Já estamos acostumados a fazer isso no Brasil e transferimos essa experiência para o Haiti. Trata-se de algo muito importante. Se nossos médicos e dentistas fossem cuidar exclusivamente da saúde do contingente ficariam ociosos, porque a equipe que vai para lá tem situação de saúde muito boa. A não ser que seja ferido, dificilmente o militar vai procurar socorro médico. Esses homens são empregados na atividade de atender a população haitiana. Vale dizer que a prioridade é atender crianças e mulheres. Verdadeira multidão procura nossas barracas para atendimento. Fazemos também distribuição de material: água, material escolar, sapatos, merenda escolar. Isso ocorre todo o tempo. Já houve contingentes que reduziram seu consumo alimentar para sobrar comida para dar à população. Removemos montanhas de lixo das ruas. Até do ponto de vista operacional, não há condições de convivermos com isso e, do ponto de vista da higiene, muito menos, para evitar a proliferação de doenças. Há lixo em grande quantidade. Todas as vezes que projeto esse slide, noto a reação de quem o vê. Quando se fala em lixo, lembramos da greve dos lixeiros que houve em São Paulo, com sacos de lixo pretos empilhados. Lá, não é como aqui, não existem sacos de lixo. Lá, não há serviço de recolhimento de lixo. Em Bel Air, já tiramos mais de 2 mil caminhões de lixo das ruas. Nossa tropa está empenhada em realizar atividade que nada tem a ver com a atividade militar. Isso foi interessante. Chegamos a um ponto em que a população começou a nos ajudar, sem ganhar nada. Mas esse trabalho pode ser feito remunerando a população, por meio de empresas. Esse é um trabalho a ser feito pela Missão das Nações Unidas, mas não pela força militar. Atuamos também com a remoção de carcaças, que são centenas pelas ruas. 9

10 Planejamento centralizado e execução descentralizada. Essa é outra característica dessa operação. Há um planejamento que tem de ser centralizado, mas a execução tem de ser extremamente descentralizada. Não há como o comandante controlar em todos os níveis o que está acontecendo. Em todos os escalões, os comandantes, desde o cabo comandante de esquadra até o general, tem de ter capacidade de decisão muito grande e decidir rápido. As coisas não têm muito tempo para serem decididas. Cada um, em seu nível, tem de ter capacidade de decisão. Aí vemos o General Elito fazendo um briefing, antes de uma operação de maior vulto, com o Secretário Nacional de Segurança Pública; o Representante do Secretário-Geral das Nações Unidas, que é o chefe da missão; o Comandante da Polícia Nacional do Haiti; e o Diretor-Chefe da polícia das Nações Unidas, todos participando desse briefing para tomarem conhecimento do que seria executado. Aí vemos uma operação. Vejam a quantidade de países participantes da operação. Todas essas bandeirinhas representam os países. Quantos países, Elito, entraram nessa operação? O SR. JOSÉ ELITO CARVALHO SIQUEIRA - Dez países participaram da operação. É importante destacar que a polícia da ONU também participou. Mas o mais importante de tudo é que a ação se deu sob o comando operacional da tropa brasileira, um comando único para a operação, apesar da diversidade de tropas. O SR. AUGUSTO HELENO RIBEIRO PEREIRA - Nessa imagem vemos operação típica, realizada com bastante freqüência e que exige alto grau de descentralização. Trata-se do cerco de vasculhamento. O mesmo ocorre com o controle de passeatas. Os incidentes vão acontecendo sem estarem previstos. Às vezes uma parte da passeata resolve entrar em uma rua sem permissão ou ir para a praça onde está o Palácio Presidencial. Isso impõe decisões que devem ser tomadas por quem está no chão, no terreno, e tem que negociar. Então, são ações extremamente descentralizadas. Primeiros socorros e evacuação de feridos. Esses serviços têm de funcionar com muita eficiência, porque isso dá tranqüilidade ao combatente. O combatente sabe que se acontecer algo ele terá socorro imediato e, se for necessário, o helicóptero vai retirá-lo e levá-lo rapidamente para um hospital. 10

11 Essa retirada que está sendo mostrada é de um militar que teve a perna esfacelada. Conseguiu-se salvar a vida, embora tenha perdido a perna. Uso de armas e munições não-letais. Isso é muito importante. É um conceito novo. Trata-se de munição cara, principalmente as granadas, que têm durabilidade curta e precisam ser trocadas com freqüência. Mas em termos de condições de atuação para a tropa e em termos de poupar feridos e mortos é muito importante dispor desse equipamento. O equipamento não-letal não prevê a não-utilização do letal. Todos os que portam o não-letal portam também o letal. Em caso de necessidade, usará o letal. Mas ele sabe que há um degrau bastante significativo antes de empregar armamento letal. Proteção blindada. Neste ponto há um detalhe interessante. Pouco tempo atrás, no Rio de Janeiro, houve uma situação de recuperação de armas. A imprensa explorou o fato de haver na favela um veículo cascavel, da mesma família do Urutu esse aqui é um Urutu. O cascavel é da mesma família do Urutu, só que em vez de ser um carro de transporte de pessoal, é um carro blindado com um canhão. O cascavel foi fotografado na orla de uma favela, com o canhão apontado para a favela. Aí foi levantada a hipótese de aquele canhão estar sendo apontado contra a população e a possibilidade de ele ser usado. Ele jamais seria usado. Ninguém vai usar um canhão de carro de combate para atirar em gente, na população do próprio país. Isso não passa na cabeça de nenhum de nós. A utilização do cascavel e do Urutu é muito importante como proteção blindada e não pelo armamento que possui. O próprio Urutu pode ser equipado com uma metralhadora ponto 50. Mas ninguém vai atirar com esse equipamento em situação de garantia da lei e da ordem. Pode-se até transportar uma metralhadora ponto 50 para o indivíduo transportado se segurar em cima do transporte, senão cai toda hora. Mas jamais se acionará a arma. Não se leva nem munição para metralhadora ponto 50. Aquele carro, no Rio de Janeiro, não tinha munição de canhão nele. O objetivo era utilizar a proteção blindada para o policial, o militar em operação. Este é o caso do Urutu. A proteção blindada que o Urutu fornece é muito importante. Na hora de entrar em ruelas que às vezes só cabe, pela largura, o Urutu, a única proteção para o soldado contra os tiros que vêm de cima é a proteção blindada do carro que o está acompanhando. 11

12 Aí está uma utilização típica do poder da blindagem para bloquear uma rua. Se se colocar aí um caminhão, o agressor vem e se joga em cima dele. O blindado impõe mais respeito. O emprego de helicóptero tem de ser irrestrito, por ser fundamental para dar velocidade ao deslocamento e para informar. Hoje, já há equipamentos apropriados. O general Elito já pegou helicóptero equipado em condições que possibilitam controlar a operação do ar, tendo as informações chegando de imediato, on-line. Máximo emprego da negociação. A negociação é fundamental. Há uma série de situações em que a negociação impede o confronto. Toda vez que se puder impedir o confronto, ótimo. E há que se ter gente com capacidade de negociar. Às vezes, o próprio comandante da força. Aí estamos eu e o general Elito negociando, em situações em que nos deram oportunidade de, pela negociação, chegar a bom termo. Emprego de atiradores de elite. Isso é fundamental para evitar tiros desnecessários. Quer dizer, esse profissional será empregado em situações em que resolverá o problema com precisão, sem desgaste desnecessário da tropa e sem a exposição também desnecessária de inocentes. Esse é um ponto fundamental para termos em mente. Entre a força legal e o ilícito tem de haver diferença. Se a força legal combater no mesmo nível do bandido, o bandido levará enorme vantagem. Primeiro, o bandido não está sujeito a nada, não tem limites. Ele não tem de combater de acordo com a lei, não tem direitos humanos para respeitar. Ele está completamente livre para fazer o que quiser, até para dar um tiro na cabeça de uma criança e depois dizer que foi bala perdida da polícia. Eles têm liberdade para fazer o que quiserem. Segundo, os bandidos atuam de cima para baixo normalmente eles atuam assim e conhecem o terreno. Então, os meios, os materiais e os equipamentos, tecnicamente, fazem a diferença. No Haiti, por exemplo, os meios optrônicos de visão noturna fazem a diferença. Entro, por exemplo, na favela com uma tropa de forças especiais em operação de inteligência, à noite, e eles vêem o que veriam de dia. Isso faz a diferença. Se não houver essa diferença, é difícil querer que a força legal tenha êxito. Então, tem-se de equipar a força legal com meios que façam a diferença. 12

13 Outro ponto fundamental que aprendemos com o tempo no Haiti é: ou estamos dentro da área crítica ou sempre chegaremos atrasados e nunca teremos o controle da situação. Estar dentro da área crítica abre caminho para algo fundamental: a presença do Estado. Só se chega a situações críticas nos locais onde o Estado não se faz presente. Aí o traficante, o bandido, torna-se um Robin Hood e passa a negociar as benesses com a população: mantém a creche, leva velhos para o hospital, leva médico para o doente, fornece remédios. Com isso, o espaço que deveria ser ocupado pelo Poder Público começa a ser ocupado pelos bandidos. O primeiro passo para que o Poder Público possa voltar à área crítica é ter o controle efetivo da situação. No Haiti, só tivemos o controle efetivo da situação a partir do momento em que instalamos bases dentro da área crítica. Passamos muito tempo entrando e saindo, entrando e saindo e não conseguimos resolver o problema. Então, passamos a ocupar bases dentro da área crítica, e isso mudou totalmente a feição da coisa. Aí vemos o Fort National, no topo de Bel Air. Dali conseguimos enxergar as coisas de cima para baixo e podemos chegar rapidamente. Ali funcionou um posto de registro eleitoral, uma seção eleitoral, uma delegacia de polícia. Assim, começou o Estado a se fazer presente, tendo como ponto focal a base ocupada pela força militar. O mesmo ocorreu em Cité Soleil. Pouco a pouco estamos ocupando bases no interior daquela cidade. Leva-se muito tiro no início. Nesse muro não havia marcas de tiros. Depois que ocupamos a cidade, toda noite ocorria 20 minutos de tiroteio contra a ocupação da base. O pessoal sabia que, a partir do momento em que conseguíssemos fincar o pé ali, a situação mudaria. Utilização judiciosa de tropas de comandos e forças especiais. São tropas de natureza especial, caras, altamente preparadas, que devem ser utilizadas judiciosamente e, sem dúvida, com grandes resultados. Elas também fazem a diferença. Incentivo ao lazer. Essa é uma imagem do Ministro Gilberto Gil, que deu grande canja para o contigente brasileiro lá. Cantou e foi acompanhado pela tropa. Foi uma noite de refresco para o contingente. Isso tem melhorado a situação ali. Temo-nos preocupado muito com isso. Imaginem V.Exas. que são 6 meses de 13

14 permanência ali, com os militares dentro de um alojamento com espaço para cama e armário. O militar salta da cama pela manhã, levanta-se com cuidado para não esbarrar no companheiro, sai para a operação e volta para aquele lugar. É algo semelhante a um Big Brother, mas sem Fani e sem Siri. Lá há apenas uma sala de musculação, que está sendo melhorada aos poucos. O resto é operação. Lá não existe piscina nem prêmio do Ponto Frio, não há nada disso. São 6 meses de permanência, e não temos tido problemas disciplinares com a nossa tropa em praticamente nenhum contingente. Isso mostra a preparação dos militares. Liderança e ação de comando. Isso é fundamental nesse tipo de operação. Estou lendo um livro chamado Band of Brothers, uma série sensacional para nós militares. O livro conta a preparação de uma companhia de pára-quedistas americanos na 2ª Guerra Mundial. Num dos relatos, o comandante da companhia diz que eles chegaram a um ponto tal de conhecimento mútuo que, se saíam para uma patrulha à noite e alguém tossia, toda a patrulha sabia quem havia tossido. Isso mostra o grau de conhecimento que eles tinham entre si. Isso faz parte do processo de liderança e de comando. É fundamental que a liderança seja exercida em todos os níveis, do cabo ao general, nesse tipo de operação. Fatores que dificultam o cumprimento da missão. Agora, vamos tratar de assunto que sentimos na pele e que era óbice para que a missão fosse bem cumprida. Ausência de projetos de desenvolvimento. Essa é a guerra de todos os forces commanders. Desde a primeira semana, a percepção foi clara: sem projetos para mudar a condição de vida do povo haitiano, vamos passar 20 anos lá e não conseguiremos sair, sob pena de voltar toda a situação que existia antes. Até hoje não vimos acontecerem as coisas que pensamos que aconteceriam. Todos imaginávamos que, à medida que a tropa fosse ganhando terreno, tornando áreas inseguras em áreas seguras, em que a presença da tropa e da polícia do Haiti trouxesse condição de segurança aceitável e confiável, imediatamente, os projetos de desenvolvimento iam acontecer, mudando a infra-estrutura do País: construção de poços, instalação de luz elétrica ou geradores, limpeza do lixo, canalização de água, captação de esgoto. Nada disso vimos acontecer. Tudo isso é fundamental para mudar a situação do país. Se isso não acontecer, não há missão de paz que possa dar certo a longo prazo. 14

15 O SR. JOSÉ ELITO CARVALHO SIQUEIRA - Heleno, permita-me complementar, rapidamente. Para que o senhores tenham idéia, o contingente militar do ano passado fez cerca de 40 mil atendimentos médicos no Haiti. Temos no Haiti a companhia de engenharia militar brasileira e as companhias de engenharia do Chile e do Equador. No ano passado, essas companhias recuperaram 100 quilômetros de estradas e ruas no Haiti e asfaltaram quase 10 quilômetros de estradas. Abrimos 1 poço de água por semana lá, dentro das nossas condições. Mas, realmente, a ausência do governo é crítica. É claro que eu e o general Heleno passamos fases difíceis e sabemos que em um ano muita coisa muda. Mas a ausência de governo ainda continua, desde a época do general Heleno até agora. Só que agora, certamente, as condições são menos piores. Mas o trabalho humanitário que a tropa faz, como as imagens mostram aí vemos a praça de Cité Soleil; a rua em que havia uma piscina olímpica hoje tem asfalto da melhor qualidade. Queria só complementar a importância de ter algo paralelo ou imediato às operações militares. O SR. AUGUSTO HELENO RIBEIRO PEREIRA - Hoje, com a eleição do Presidente da República, existe uma estrutura básica de governo, já existe uma outra situação. Acontece que os recursos do governo haitiano são muito pequenos. Esses recursos são de países doadores e ficam parados em organizações internacionais de fomento. Ficamos esperando que cheguem à ponta da linha e não chegam. Desde o início, acho que a estrutura da missão não tem um departamento ou algo equivalente que faça gestão desses recursos por conta das Nações Unidas, mesmo que seja em conjunto com o governo haitiano, mas que tenha estrutura mais sofisticada, vinda das Nações Unidas, para poder gerir esses recursos. Perfuração de poços de água. Isso é fundamental para os haitianos. Em Cité Soleil, por exemplo, eles tinham água 2 vezes por semana, mas não era água abundante, era para pegar com lata d água. Agora há vários poços cavados pela tropa, pela engenharia brasileira. Essa imagem é muito bonita. Pavimentação dentro de Cité Soleil. Levamos para lá uma usina de asfalto, mas uma usina parruda, com grande capacidade. O SR. JOSÉ ELITO CARVALHO NOGUEIRA - É uma usina com a qual qualquer grande grupo governamental que for para lá terá condições de pavimentar 15

16 todo o país. A usina tem capacidade para isso. Ela está talvez com 5% de utilização hoje. É excelente. O SR. AUGUSTO HELENO RIBEIRO PEREIRA - Reparação de ruas, o famoso tapa-buraco. Reconstrução de centro médico. Isso é o tipo de coisa que não deveria ser feita pela da força militar, mas por organismo civil. Outro grande problema nosso no Haiti é o efetivo. Vou comentar um pouco sobre isso, porque pouca gente pára para pensar nisso. Vamos raciocinar com 7 mil homens. Sou oficial de cavalaria, então 7 mil é um número mais fácil para fazer contas. Se raciocinarmos que 30% destes 7 mil, forçosamente, terão que estar no apoio logístico, porque é preciso ter gente para atender o telefone, cozinhar, fazer a segurança do acampamento etc. e 30% isso é dado de manual, não tem como sair disso; 30% do efetivo estará empenhado em apoio logístico, o contingente diminui em Outros estarão em descanso. Por imposição legal, no momento em que estão sob a égide das Nações Unidas, legalmente, têm direito, no final de cada mês, a 3 dias livres, para descanso. Isso tem que ser cumprido, sob pena de, se ele estiver com esse direito, entrar numa operação e for morto, o comandante da tropa ser acionado pela seção jurídica das Nações Unidas por não ter cumprido esse dispositivo legal. Então, 20% do efetivo estará em descanso; são menos Na verdade, sobraram militares. Consideremos que esses militares trabalham 24 horas por 24 horas. Lá não funciona assim. Esse é um dado de planejamento. Lá, o soldado sai para uma missão que dura 10 horas, volta e vai descansar. Se no meio do descanso, de repente, acontecer outra coisa e não tiver efetivo disponível, ele acorda e parte de novo para a missão. Mas vamos considerar que trabalhem 24 horas por 24 horas. Hoje poucas polícias militares no Brasil trabalham com esse turno. Lá usamos esse dado para planejamento. Então, tenho diariamente na mão militares em todo o Haiti. Se considerarmos que, em Porto Príncipe, há concentração de tropas, de policiais das Nações Unidas e do Haiti, fazendo a mesma conta, tenho 3 mil no total das tropas operacionais. Fazendo aquela conta que fizemos: tenho 750 militares por dia; da polícia internacional, numa conta otimista, tenho mais 300; e da polícia nacional do Haiti, 600. Tenho em Porto Príncipe elementos disponíveis por dia. A Polícia do Rio de Janeiro tem 38 mil policiais. 16

17 Esse é um número irrisório para a missão que temos no Haiti. Podemos considerar que as tropas que estão operando no Haiti estão fazendo o verdadeiro milagre de manter aquele país na situação em que está hoje. Não é por mérito nosso, mas pelo trabalho do soldado, lá na ponta da linha. Realmente é um trabalho sensacional. Falta de Unidade de Comando Esse é um ponto fundamental e está na primeira página do Almanaque do Tio Patinhas. O Pato Donald comanda Huguinho, Zezinho e Luisinho. Não há dúvida sobre isso. Se não houver unidade de comando, é o caminho para o fracasso em qualquer operação militar. Coordenar é fundamental, mas alguém tem de comandar. Além da coordenação, alguém tem de comandar a operação, se não, não dá certo. Tivemos por muito tempo 4 Comandantes em cada operação. Hoje melhorou bastante. O General José Elito conseguiu colocar dentro do acampamento brasileiro 3 companhias de polícia, que já vêm prontas, equipadas, e têm uma característica bem parecida com as companhias de operações especiais da Polícia Militar. Hoje, 3 dessas companhias estão no contigente brasileiro. E também já há uma certa subordinação dessa polícia internacional ao Comandante da Força Militar. Não havia nenhuma. Então, às vezes havia 4 Comandantes numa operação: o Comandante da Força Militar; o Comandante da Polícia do Haiti; o Comandante da Polícia das Nações Unidas; e o Comandante dessas companhias que já vêm prontas. Repito: 4 Comandantes numa operação. Tudo para dar errado. Esta é a situação ideal: os 4 se reúnem, planejam a operação e, quando houver dúvida, alguém decide o que vai ser feito. O comando tem de ser, logicamente, da Força Militar. É o maior efetivo, tem mais preparo, conhece as operações a fundo. Não há dúvida sobre quem tem de ser o comandante. A Polícia Nacional do Haiti é um problema seriíssimo. Esse é um dos pontos que considero o calcanhar de Aquiles da missão no Haiti. O outro é a falta de projeto de desenvolvimento. A Polícia Nacional do Haiti, nesses 3 anos de missão, não teve a sua situação muito mudada. Ela continua sendo não confiável, altamente corrupta; seu efetivo ninguém sabe exatamente qual é; e no interior ela não consegue se impor. Então, em vez de ser uma solução, continua a ser um problema. E é a única força legal do país. Fala-se em retirar a missão de paz do 17

18 Haiti, mas, se deixarem por conta da Polícia Nacional do Haiti, em 1 mês reverte-se tudo o que foi feito até agora. Agora um ponto que considero muito pessoal. Conversei com o General José Elito, e nós 2 chegamos a essas conclusões de comum acordo. Mas isso não quer dizer que seja a opinião do Exército, nem do Comandante do Exército. É a nossa experiência lá. Diferenças e Semelhanças Entre o que Acontece no Haiti e o que Pode Acontecer no Brasil. A missão do Haiti está sob a égide das Nações Unidas. É uma situação muito diferente. Estamos sob o mandato muito claro de um organismo internacional, e as regras de engajamento estão perfeitamente definidas. Ninguém as discute. Elas foram impostas e são conhecidas. Já comentei isso. Cada soldado tem a regra de engajamento plastificada no seu bolso. Não tem dúvida disso. O amparo legal da missão é indiscutível. Ninguém tem dúvida se a tropa brasileira lá pode estar agindo em garantia da ordem; se não pode ou pode atirar. Não existe dúvida legal no emprego dessa tropa. É algo que estamos colocando à mesa diariamente. O Exército está preparado para ser empregado em operações de garantia da lei e da ordem, mas não tem amparo legal, ou melhor, o que temos de amparo legal é altamente discutível. E, enquanto for discutível, estaremos sujeitos a uma situação jurídica altamente incômoda, imediatamente após sermos empregados em operações de garantia da lei e da ordem: um soldado está sendo processado; foi levado às barras do tribunal, quando estava cumprindo ordem. E não adianta o superior dizer que se responsabiliza. Não, eu dei a ordem, eu me responsabilizo. Então, vão os 2: quem mandou e quem cumpriu. Essa é uma situação altamente desconfortável em relação à realidade brasileira. Aspectos Políticos O Haiti não tem Governo Estadual, não tem a situação que temos aqui, imposta por leis e pela Constituição, segundo a qual, para o emprego das Forças Armadas, deve haver a manifestação formal do Governador, de que sua tropa é insuficiente, é indisponível e algo mais. Lá não existe isso. A situação é completamente diferente; não há desgaste do poder político para o emprego da tropa das Nações Unidas. O próprio Estado haitiano está desestruturado. Então, não há desgaste de um Poder que está desestruturado. 18

19 E há o contato direto do Comandante da Força com o Governo. A relação entre a força legal e o Governo é direta; as operações são discutidas, colocadas à mesa e executadas com o aval governamental. Quanto ao ambiente operacional, é bastante semelhante, de longe, ao ambiente brasileiro. De perto, há diferenças marcantes. É difícil passar isso verbalmente. Mas, quem conhece favela do Rio de Janeiro e quem conhece favela haitiana, sabe que a situação lá é bastante diferente. Falta da Presença do Estado Esse é um ponto comum, tanto lá quanto aqui. Nos locais em que há presença marcante, no caso do Brasil, do tráfico, e no caso do Haiti, das gangues, é por ausência do Estado. Eles só conseguiram chegar aonde chegaram porque o Estado não se fez presente. Risco de Balas Perdidas e Vítimas Inocentes nos 2 Lugares Isso depende de um treinamento intensivo da tropa. E não estamos livres de o outro lado forjar incidentes e colocar a culpa na força legal. Uma diferença gritante entre as favelas haitianas e as brasileiras: não há ponto de venda de tóxico dentro da favela haitiana. Então, o fator econômico que age com grande intensidade no caso do Brasil lá não existe. A defesa da gangue em relação ao seu local de trabalho, que no Haiti é utilizado para esconder seqüestrados, carros roubados, armamento e munição, não tem a motivação econômica que existe aqui. Isso desequilibra demais a situação entre um lugar e o outro. Este último ponto eu considero crucial nessa história: os militares, ao terminar a operação nas favelas do Haiti, ou vão para a base de operações aquelas que mostrei, encravadas dentro da favela; para que V.Exas. entendam melhor, são fortes totalmente protegidos, ou voltam para o acampamento. Eles não têm família morando na favela; eles não sofrem pressão, nas respectivas famílias, quanto à ação que fizeram na véspera e que se estende não individualmente, mas institucionalmente. Um policial militar brasileiro não pode nem demonstrar que mora na favela. Temos conhecimento de policiais militares que secam roupa na máquina da geladeira porque não podem estender na corda, do lado de fora, se não a casa deles é metralhada. E saem de casa com uma Bíblia na mão, como se fossem pastor evangélico, embora sejam policiais. Esse problema não existe lá. O policial 19

20 haitiano pode operar com absoluta tranqüilidade porque não vai sofrer esse tipo de ameaça. A conclusão: ouvimos muitas vezes perguntarem por que as Forças Armadas do Brasil não podem fazer aqui o mesmo que fazem no Haiti. Se fazem no Haiti, por que não podem fazer aqui? Há diferenças fundamentais: falta de apoio jurídico, de equipamento; custo da operação; comando da operação; desgaste político. Todos esses fatores são somados a um outro primordial: o amparo que temos lá; operarmos com o aval do Governo brasileiro, sob a égide das Nações Unidas, numa missão perfeitamente definida e da qual todos nós nos orgulhamos, porque estamos participando da reconstrução de um país que está numa situação crítica, de caos econômico e social. É um orgulho muito grande para nós ter cooperado para a reconstrução daquele país. Acho que, com esta apresentação, pelo menos criamos condições para V.Exas. perguntarem o que quiserem e para mostrar algumas das diferenças entre uma situação e a outra. Entre as duas situações, de uma coisa temos certeza, e está neste último slide. (Risos.) O SR. JOSÉ ELITO CARVALHO SIQUEIRA - Tenho certeza de que a exposição do General Heleno foi bastante ampla, para possibilitar as perguntas, mas gostaria de destacar um dado interessante sobre a missão. A missão do Haiti vai fazer 3 anos em junho. É uma missão muito nova, se pudemos assim falar. As Nações Unidas têm 18 missões de paz hoje, e 17 são realizadas do outro lado do mundo. Todos os anos os forces commanders se reúnem em Nova Iorque. Dessas reuniões o General Heleno e eu participamos todos os anos. Em novembro aconteceu a última, na qual os 18 forces commanders discutiram, nas Nações Unidas, as suas missões. E a missão do Haiti é um exemplo, por ser inusitada. Ela tem um componente latino-americano fundamental que as outras não têm e uma situação de presença. A missão de paz no Chipre tem 42 anos de existência. Quanto às missões da África, várias têm mais de 10 anos, às vezes 15 anos. E a missão do Haiti tem menos de 3 anos. Como disse o General Heleno, não é mérito individual, absolutamente. É uma missão de sucesso, porque, como viram V.Exas. naqueles 3 pilares que o General 20

21 Heleno mostrou sobre a resolução da ONU, que criou a missão, com o início da operação já se conseguiu um ambiente seguro e estável. Cité Soleil, como viram V.Exas., é um bairro de Porto Príncipe. O país, desde o início da missão, mantevese estável. E o processo político foi todo concluído no ano passado. Com menos de 2 anos de missão, foi feita uma eleição presidencial num país onde não se é obrigado a votar. Mas 67% da população votaram. Lá as pessoas nem têm registro civil. Foi um planejamento muito bem feito. Todos os que queriam votar receberam, pela primeira vez, uma identidade. E 13,5 milhões de haitianos foram cadastrados. É importante também destacar Porto Príncipe, uma cidade de quase 3 milhões de habitantes, como Salvador apesar de o Haiti ser do tamanho de Alagoas. Mas a população de Porto Príncipe é talvez 3 ou 4 vezes maior do que a de Maceió. Então, há uma concentração de miséria muito grande. Não é uma favela isolada, mas uma grande cidade em área muito crítica. Gostaria de destacar a importância de ser essa uma missão nova e de sucesso. Foram 2 anos de Governo provisório, quando o General Heleno começou a atuar na região, período que ainda peguei. A eleição presidencial correu absolutamente intranqüila, assim como a do Parlamento, e agora, no último mês de dezembro, as eleições municipais. Gostaria de destacar esse aspecto, porque há muito a fazer. Como enfatizou o General Heleno, o Haiti não precisa de solução militar, mas política, de governo. No entanto, sem segurança e sem estabilidade, nenhum projeto irá adiante. Esse é um foco importante. Como viram V.Exas., não há Forças Armadas no Haiti, e a Polícia Militar daquele país, que vai precisar exercer função de polícia e fazer a segurança institucional, vai levar certamente alguns anos para se compor. Com esses dados conclusivos, podemos ficar à disposição de todos. Muito obrigado. O SR. PRESIDENTE (Deputado Vieira da Cunha) - Nós é que agradecemos aos Generais José Elito e Augusto Heleno as exposições. Passamos agora à fase do debate, na qual vamos proporcionar aos Deputados a oportunidade de formularem perguntas aos nossos convidados. Solicito ao autor do requerimento de realização desta audiência pública, Deputado João Almeida, que assuma a coordenação dos trabalhos nesta segunda etapa da reunião da Comissão. Quero me desculpar com os nossos convidados e 21

22 com os colegas Deputados. Estamos recebendo uma comitiva de colegas Deputados alemães, e faço parte do grupo que vai recepcioná-los agora ao meiodia. Então, solicito ao Deputado João Almeida, autor do requerimento e, como tal, é o primeiro inscrito, regimentalmente, para fazer as suas considerações, que assuma desde já a coordenação dos trabalhos. Quero comunicar ao Plenário que estão inscritos os Deputados Claudio Cajado, William Woo, Íris de Araújo, Eduardo Lopes e Francisco Rodrigues. Deputado João Almeida, por favor, assuma a coordenação dos trabalhos. V.Exa. é o primeiro inscrito. Em seguida, os colegas recém-nominados falarão. Muito obrigado, General Augusto Heleno, pela contribuição. Cumprimentos a V.Exas. pelo trabalho realizado. (Pausa.) O SR. PRESIDENTE (Deputado João Almeida) - Como podem notar os companheiros e colegas, o Deputado Vieira da Cunha fez uma perversidade comigo. Deve ter sido propositadamente, porque S.Exa. acha que eu falo muito, inclusive o que não devo falar. Então, pediu-me para presidir porque, assim, não vou fazer a descortesia de começar falando. (Risos.) Vamos seguir a ordem dos inscritos. Falarei por último, se os amigos e companheiros não falarem melhor o que pretendo falar. Na seqüência, pela inscrição, o Deputado Claudio Cajado tem a palavra. O SR. DEPUTADO CLAUDIO CAJADO - Na verdade, o Deputado Vieira da Cunha não fez uma maldade com V.Exa., Deputado João Almeida. Estando V.Exa. na presidência dos trabalhos, teremos a oportunidade de elogiar a iniciativa da sua lavra, de convidar os Generais José Elito e Augusto Heleno para proferirem as belíssimas exposições que ouvimos há pouco. Como orador introdutório, quero dizer que sou, como a maioria ou a esmagadora maioria do povo brasileiro, um admirador das Forças Armadas, em especial do Exército Brasileiro. Não digo isso apenas devido à presença de V.Exas. aqui. Todos nós temos orgulho muito grande do Exército Brasileiro e das nossas Forças Armadas, seja pela competência, seja pela profunda identidade com o nosso País, seja pelo amor à Pátria, seja pelo verdadeiro amor pelo que faz. 22

23 Nas oportunidades que tive de visitar instalações do Exército, fiquei cada vez mais empolgado e admirado, mesmo diante de todas as dificuldades que enfrenta e não vou aqui relatar a condição financeira das Forças Armadas para realizar o seu trabalho, com a forma como é conduzido o processo de cidadania para os que entram, e o que V.Exas. fazem pelo País, na defesa da soberania nacional. Faço essa introdução com gosto, com prazer. Tenho algumas perguntas a fazer, com o objetivo de obter conhecimento. Falou-se muito, no início, que o Brasil não estava preparado para uma missão dessa envergadura. Sou membro do Parlamento há 12 anos. Quando o Presidente Lula aquiesceu ao convite da ONU e empregou o Exército Brasileiro nessa missão, muitos ficaram em dúvidas, até em função do fato de que nunca tínhamos aceitado esse desafio. A missão está sendo cumprida. Sob essa ótica, queria fazer uma pergunta: qual o prazo previsto para que seja concluída? O General José Elito disse que há missões que demoram 40 anos. Será que teremos de dispor dos nossos soldados e dos nossos oficiais por tal prazo? É tudo muito relativo. A partir do momento em que atingirmos o nosso objetivo, vamos nos retirar. Será que a situação do Haiti não voltará à estaca zero, como disse V.Exa.? Queria ouvir uma abordagem a respeito desse assunto. Não vou dirigir esta pergunta ao General José Elito ou ao General Augusto Heleno. Talvez V.Exas. possam responder. E eu teria algumas outras perguntas a fazer. Essa é a primeira. A segunda: nós estamos combatendo as forças rebeldes do Haiti. Há uma idéia desse contingente, do número de pessoas que estamos enfrentando como inimigos (entre aspas)? Ou a questão da segurança se dá a exemplo do que foi citado aqui em relação ao caso brasileiro, para evitar que o banditismo e a criminalidade cresçam? Eu não sei se o foco é em relação à ordem do convívio social; à manutenção do urbanismo, do ponto de vista da harmonia social no Haiti; ou se estamos combatendo forças rebeldes que não aceitam o Governo eleito, ou o Governo provisório anterior, ou a presença das Forças Armadas. Eu queria identificar o nosso foco nesse sentido, e se atuamos nas duas vertentes. Tenho uma pergunta também em relação a quantas vidas foram perdidas de lado a lado. Queria saber se há levantamento de quantos soldados brasileiros 23

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