ANÁLISE DA POLÍTICA PÚBLICA DE RECONHECIMENTO QUILOMBOLA: O CASO DA COMUNIDADE DE CONCEIÇÃO DO IMBÉ, RJ

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1 ANÁLISE DA POLÍTICA PÚBLICA DE RECONHECIMENTO QUILOMBOLA: O CASO DA COMUNIDADE DE CONCEIÇÃO DO IMBÉ, RJ Priscila Neves da Silva Graduada em Geografia e mestranda em Políticas Sociais Universidade Estadual do Norte Fluminense UENF cissa_pri@yahoo.com.br Lilian Sagio Cezar Doutora em Antropologia Social e professora associada da Uenf Universidade Estadual do Norte Fluminense UENF lsagio@hotmail.com INTRODUÇÃO A pesquisa Análise da política pública de reconhecimento quilombola: o caso da comunidade de Conceição do Imbé, RJ está sendo desenvolvida dentro do programa de pós-graduação em Políticas Sociais da Universidade Estadual do Norte Fluminense Darcy Ribeiro (UENF). Tendo como objeto de pesquisa a Comunidade quilombola de Conceição do Imbé, localizada no distrito de Morangaba em Campos dos Goytacazes/RJ, busca-se analisar a aplicação das políticas de reconhecimento quilombola e os principais entraves que levam a não finalização dos processos de reconhecimento e titulação das terras quilombolas. Conceição do Imbé é uma comunidade rural que passou por um duplo processo de aquisição de terras. No ano de 1987 a população dessa comunidade, que ainda estava dispersa sobre as terras da usina de açúcar Novo Horizonte, foi beneficiada com o Programa de Reforma Agrária, por meio do Decreto nº /87 após a falência da referida usina. O Programa de Reforma Agrária ocorreu para sanar parte da dívida salarial que a usina possuía com seus funcionários. No ano de 2005 a comunidade recebeu a certificação de comunidade quilombola da Fundação Cultural Palmares, após ter recorrido à política de reconhecimento quilombola que é pautado na autoatribuição identitária. Essa certificação é a primeira

2 etapa do processo de reconhecimento quilombola que culmina na titulação das terras que a comunidade reside. O processo de reconhecimento quilombola tem sido ao longo do tempo bastante complexo e moroso devido o envolvimento de diferentes órgãos e dos conflitos de terras. Esses conflitos de terra podem ser externos ou internos e são os principais fatores para a estagnação dos processos. Discutir quais são os limites, gargalos e desafios encontrados para a concretização da política pública de titulação das terras dos remanescentes das comunidades de quilombo constituem os objetivos dessa pesquisa. A referida pesquisa está na fase de pesquisa de campo. Segue o método etnográfico e se enquadra na abordagem qualitativa, pois envolve o trabalho de coleta de dados com a observação participante. Estão sendo realizadas também entrevistas no formato não padronizado e coleta de dados nos órgãos envolvidos no processo de reconhecimento quilombola. DE ASSENTADOS À QUILOMBOLAS O processo de reconhecimento quilombola em Conceição do Imbé partiu da comunidade que pertencia ao Programa de Assentamento Novo Horizonte. Essa população deu início em 2004 ao processo junto ao Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária (INCRA) 1 e a Fundação Cultural Palmares (FCP) 2 buscando o reconhecimento de comunidade remanescente de quilombo, vindo a adquirir a certidão em setembro de Para que o reconhecimento ocorresse a comunidade teve que se organizar, fazer reuniões e elaborar uma ata com a assinatura de todos os moradores da comunidade para que fosse encaminhado à FCP de forma a demonstrar que todos estavam de acordo com 1 O INCRA é uma autarquia federal criada pelo Decreto nº 1.110, de 9 de julho de 1970, com a missão prioritária de realizar a reforma agrária, manter o cadastro nacional de imóveis rurais e administrar as terras públicas da União. 2 A Fundação Cultural Palmares, fundada em 22 de agosto de 1988, foi a primeira instituição pública federal voltada para promoção e preservação da arte e da cultura afro-brasileira. É uma entidade vinculada ao Ministério da Cultura (MinC) e tem como atribuição o desenvolvimento de políticas de valorização das manifestações culturais e artísticas negras brasileiras, reconhecer os direitos das comunidades quilombolas, dar apoio e difusão da Lei /03, que torna obrigatório o ensino da História da África e Afro-brasileira nas escolas, etc.

3 o pedido de reconhecimento. Porém, muitos moradores alegam que não participaram dessas reuniões e que estas foram realizadas apenas com o apoio de uma única família, de onde saiu a liderança local. Ao buscar informações sobre a comunidade em trabalhos de outros autores (LIFSCHITZ, 2008; RIBEIRO, 2011) e também em entrevista com alguns moradores em uma pesquisa anterior (TEIXEIRA; SILVA, 2011), pode-se perceber que a população é em grande parte pertencente às religiões cristãs e são interditadas de envolvimento com festas e manifestações culturais de origem afrobrasileira. Diante disso, nos questionamos quanto ao sentimento de pertencimento e identidade que essa comunidade possui, ou aciona em diferentes momentos da história por ela vivenciada. De que modo tais identidades influenciam no próprio uso da terra, considerando que uma das prerrogativas para a titulação das terras das comunidades remanescentes de quilombo se reporta à autoatribuição, trajetória histórica própria e relações territoriais específicas. RECONHECIMENTO DAS POPULAÇÕES REMANESCENTES DE QUILOMBOS E TITULAÇÃO DE SUAS TERRAS O grande marco das políticas quilombolas no Brasil foi construído a partir dos Atos das Disposições Constitucionais Transitórias (ADCT), sendo posteriormente incorporada à Constituição Federal de No artigo 68 é definido então o direito dos quilombolas às terras que viviam Aos remanescentes das comunidades dos quilombos que estejam ocupando suas terras é reconhecida a propriedade definitiva, devendo o Estado emitir-lhes os títulos respectivos. 3 Esse marco legal é de grande importância, pois foi o único dispositivo nacional que depois da escravidão contemplou a população ex-escrava, após um século de esquecimento e de exclusão 4. No âmbito internacional temos a Convenção n 169, sobre povos indígenas e tribais, adotada na 76ª Conferência Internacional do Trabalho 3 Fonte: Acesso em: 20/01/14. 4 Hiato de 100 anos entre a Abolição da Escravatura/ Lei Áurea (1888) e a Constituição Federal (1988).

4 Promovida pela OIT em l989. Ela constitui o primeiro instrumento internacional vinculante que trata especificamente dos direitos dos povos indígenas e tribais. Mesmo que a Constituição tenha trazido legalmente apontamentos para direitos sociais aos negros, isso não significou que tais direitos passaram imediatamente a ser colocados em prática. Segundo levantamento da Comissão Pró-Índio de São Paulo 5 a concretização do artigo 68 foi difícil, pois a primeira titulação de terra quilombola se deu em novembro de 1995, ou seja, sete anos após a promulgação da Constituição/88. Em 20 de novembro de 2003 o Decreto 4.887/2003 que Regulamenta o procedimento para identificação, reconhecimento, delimitação, demarcação e titulação das terras ocupadas por remanescentes das comunidades dos quilombos de que trata o art. 68 do Ato das Disposições Constitucionais Transitórias passou a vigorar. 6 No decreto 4.887/2003, o Artigo 2º define o sujeito de direito, o critério de reconhecimento da comunidade e o critério para reconhecimento das terras quilombolas. Art. 2 o Consideram-se remanescentes das comunidades dos quilombos, para os fins deste Decreto, os grupos étnico-raciais, segundo critérios de auto-atribuição, com trajetória histórica própria, dotados de relações territoriais específicas, com presunção de ancestralidade negra relacionada com a resistência à opressão histórica sofrida. 1 o Para os fins deste Decreto, a caracterização dos remanescentes das comunidades dos quilombos será atestada mediante autodefinição da própria comunidade. 2 o São terras ocupadas por remanescentes das comunidades dos quilombos as utilizadas para a garantia de sua reprodução física, social, econômica e cultural. 3 o Para a medição e demarcação das terras, serão levados em consideração critérios de territorialidade indicados pelos remanescentes das comunidades dos quilombos, sendo facultado à comunidade interessada apresentar as peças técnicas para a instrução procedimental. Além dessas, o decreto dá outras determinações quanto ao procedimento de reconhecimento das comunidades quilombolas, demarcação e titulação de suas terras. 5 É uma organização não-governamental fundada em 1978, que tem atuado junto com índios e quilombolas para garantir seus direitos territoriais, culturais e políticos. 6 Fonte: Acesso em: 20/01/14.

5 REVISITANDO O CONCEITO DE QUILOMBO Após esses longos anos de invisibilidade social, ao se promulgar a Constituição Brasileira de 1988, passa-se a dar possibilidade de acesso à política de reparação que reconhecem e dão título de propriedade aos remanescentes das comunidades de quilombo. Para definir o sujeito ao qual o texto constitucional se refere é imprescindível que se faça uma releitura do termo quilombo. Uma das primeiras definições do termo partiu da coroa portuguesa, onde: O Conselho Ultramarino Português de 1740 definiu quilombo como toda habitação de negros fugidos que passem de cinco, em parte desprovida, ainda que não tenham ranchos levantados nem se achem pilões neles. (LEITE, 2000, p.336) Durante a escravidão, a caracterização do sujeito quilombola esteve diretamente relacionada à ideia de rebeldia atrelada à fuga. Porém, este modelo de quilombo e o estereótipo de quilombola a ele associado, não foram pré-requisitos para a caracterização do sujeito de direito de que falava a Constituição de No entanto, segundo Leite, O texto final do artigo 68 da Constituição Federal, ao falar em remanescentes das comunidades dos quilombos irá, inicialmente, dificultar a compreensão do processo e criar vários impasses conceituais. Aquilo que advinha como demanda social, com o principal intuito de descrever um processo de cidadania incompleto e, portanto, abranger uma grande diversidade de situações envolvendo os afrodescendentes, tornou-se restritivo, por remeter à ideia de cultura como algo fixo, a algo cristalizado, fossilizado, e em fase de desaparecimento. (LEITE, 2000, p ) Os termos do Artigo 68 acabam por impor segundo Chagas (2001), uma representação restrita em que se espera que as comunidades quilombolas sejam provenientes do que foram os quilombos durante o período colonial e imperial, nos termos do Conselho Ultramarino de 1740.

6 A não compreensão das dinâmicas sociais e culturais acabam por se tornar armadilhas conceituais contra as quais as comunidades tem de lidar, principalmente no que diz respeito ao acesso a políticas públicas. Segundo Barros (2007), A compreensão do conceito jurídico de remanescentes de quilombos no Brasil exige uma desfolclorização e uma ressignificação socioantropológica e jurídica do termo. (BARROS, 2007, p.13) No que diz respeito ao entendimento do termo e da identidade, por parte da sociedade em geral, Leite defende que: Para além de uma identidade negra colada ao sujeito ou por uma cultura congelada no tempo, que deve ser tombada pelo patrimônio histórico e exposta à visitação pública, a noção de coletividade é o que efetivamente conduz ao reconhecimento de um direito que foi desconsiderado, de um esforço sem reconhecimento ou resultado, de um lugar tomado pela força e pela violência. (LEITE, 2000, p.352) A autora toca em um ponto crucial do reconhecimento quilombola que é a noção de coletividade. Mais do que qualquer coisa, mais do que a cor da pele, a coletividade se faz necessária para que uma comunidade se reconheça quilombola, pois o reconhecimento não é individual, mas sim coletivo. Como parte dos critérios para se iniciar o processo de reconhecimento junto à Fundação Cultural Palmares (FCP), a comunidade precisa se reunir, escrever a história da comunidade e toda a comunidade tem que assinar a ata da reunião como forma de consentimento para o pedido de reconhecimento. O caráter de coletividade é importante também porque o título da terra é coletivo e não individual. Portanto, numa comunidade onde as relações sociais são mais construídas a partir de diferentes modalidades de vínculo, de parentesco, vizinhança, filiação religiosa, etc., o processo pode ser mais simples. O ACESSO À TERRA Ao ter analisado o conceito de remanescente das comunidades de quilombo e a política de reconhecimento, cabe aqui discutir o processo de titulação das terras

7 quilombolas. Dessa forma, serão descritas as etapas, os instrumentos utilizados e os órgãos envolvidos no processo de titulação, cotejada à Lei de Terras de 1850, especificamente às restrições de acesso à terra imposta aos escravos e descendentes. Segundo Leite, Já a primeira Lei de Terras, escrita e lavrada no Brasil, datada de 1850, exclui os africanos e seus descendentes da categoria de brasileiros, situando-os numa outra categoria separada, denominada libertos. [...] os negros foram sistematicamente expulsos ou removidos dos lugares que escolheram para viver, mesmo quando a terra chegou a ser comprada ou foi herdada de antigos senhores através de testamento lavrado em cartório. Decorre daí que, para eles, o simples ato de apropriação do espaço para viver passou a significar um ato de luta, de guerra. (LEITE, 2000, p.335) Ainda sobre a Lei de Terras de 1850 e a dimensão da exclusão do acesso à terra por ela provocada, Souza disserta que: Essa lei, em seu artigo 1º, determina: Ficam proibidas as aquisições de terras devolutas por título que não seja o da compra. Nas várias regiões, os negros escravizados, a partir de suas roças e economias próprias, e os quilombolas, que estruturaram, a partir da terra, seus usos e costumes, formaram um campesinato negro ainda durante a escravidão. [...] com a instituição dessa lei, grileiros, posseiros e supostos donos de terras buscaram obter ou regularizar títulos de propriedade. Nesse processo, muitas comunidades sofreram graves expropriações. (Souza, 2012, p.154) A Lei de Terras, na prática, acabou por excluir o negro recém-liberto da propriedade. O fator agravante foi que a posse só se daria mediante a compra, contudo o modo mais corriqueiro de obtenção de terra era pela doação/testamento ou pela conquista através de serviços de guerra, porém, nenhum desses meios foram reconhecidos mediante a lei. Souza (2012) ainda aponta que a multiplicidade dos meios de acesso à terra e a construção do território quilombola não se reduziram em decorrência da lei. Porém, afirma que o processo de perdas de terras foi intenso em diversas comunidades que hoje, um século depois, puderam finalmente ser reconhecidas como quilombolas.

8 Dentro desse processo histórico de conquista e perdas de terra da população negra, uma coisa é indiscutível: A terra, evidentemente, é crucial para a continuidade do grupo, do destino dado ao modo coletivo de vida destas populações, mas não é o elemento que exclusivamente o define. [...] Neste caso, de todos os significados do quilombo, o mais recorrente é o que remete à idéia de nucleamento, de associação solidária em relação uma experiência intra e intergrupos. [...] a terra, base geográfica, está posta como condição de fixação, mas não como condição exclusiva para a existência do grupo. A terra é o que propicia condições de permanência [...]. (LEITE, 2000, p.344) Nesse sentido, apesar da terra não ser fator exclusivo de caracterização do grupo, constitui aquilo que garantirá a sua manutenção ao longo do tempo. Uma comunidade quilombola exige um espaço de coletividades, lócus privilegiado de criação de vínculos, afetividades, devoções, memórias e conhecimentos que permitem ao grupo a afirmação e representação de suas identidades. O Decreto de 2003 regulamenta o procedimento para identificação, reconhecimento, delimitação, demarcação e titulação das terras ocupadas por remanescentes das comunidades dos quilombos de que trata o art. 68 do Ato das Disposições Constitucionais Transitórias. No período de 15 anos entre a promulgação da Constituição e a regulamentação de seu art. 68 através do decreto 4887/2003 as disputas e conflitos referentes à titulação das terras das comunidades quilombolas tiveram como ponto central, os conceitos de população tradicional e de comunidades remanescentes de quilombos. Nesse aspecto, ao se levar em consideração às comunidades reconhecidas, pode-se dizer que os 7 Esses dados podem divergir dependendo da fonte utilizada, a Comissão Pró-Índio de São Paulo, por exemplo, considera um número de 3000 comunidades, mas dentro desse número tem os casos que ainda não passaram pela fase de reconhecimento, portanto não deveriam ser contabilizados como processo de titulação, já que esta é uma etapa posterior. Os dados também podem estar diferentes entre a FCP e o INCRA, pois as normas vem mudando ao longo dos anos e outros órgãos faziam parte do processo, desse modo, pode haver casos de titulação e reconhecimento que não foram julgados pelo INCRA ou pela FCP.

9 problemas de reconhecimento estão sendo superados, porém, dessas, apenas possuem a posse da terra, o que nos permite questionar quais seriam os motivos para tamanha disparidade. Ao se lançar o decreto 4.887/2003, a regularização das terras quilombolas passa a ser política de Estado. Em 2004, o Governo Federal lançou o Programa Brasil Quilombola (PBQ) como uma política para as áreas remanescentes de quilombos. Esse programa abrange um conjunto de ações a serem implementadas por diversos órgãos governamentais, sendo a política de regularização da posse das terras atribuição do INCRA. Segundo Rodrigues (2010) o Programa Brasil Quilombola pode ser avaliado tanto pelos entraves à titulação territorial, como pelo significado que cada comunidade atribui à conquista efetiva da terra. Considerando a discrepância entre o número de comunidades reconhecidas pela FCP como remanescentes das comunidades de quilombo (2.408 comunidades) em relação ao número das terras tituladas pelo INCRA (207 comunidades com o título), podemos afirmar que é exatamente na fase da titulação das terras que o processo estagna, tornando-se longo e burocrático. RESULTADOS PRELIMINARES Ao iniciar a pesquisa de campo na comunidade de Conceição do Imbé, foi possível perceber que o local possui características de comunidade rural bem parecida com as demais do município, não tendo nenhuma característica na paisagem que denuncie que ali se encontra uma população com reconhecimento identitário diferenciado. A comunidade se concentra em sua maioria às margens de uma rua asfaltada, onde se pode ver também uma creche municipal, uma escola municipal e um posto de saúde. As casas estão protegidas por muros e cercas e ao andar pela rua não se vê muito movimento, a não ser pelas crianças que brincam no campinho de futebol da comunidade. 8 Há diferença entre o número de títulos e o número de comunidades, assim também como o número de certidões e o número de comunidades certificadas. Isso ocorre porque um mesmo título de posse ou uma mesma certidão pode sair no processo de mais de uma comunidade, mesmo as comunidades sendo distintas.

10 Ao ver as casas fechadas e tão pouca plantação nos arredores da comunidade até parece que não estamos numa comunidade que se formou a partir de um assentamento rural e que reivindicou o reconhecimento identitário quilombola. A falta de plantação contradiz com a identidade de assentados rurais e a individualidade evidenciada pelo cercamento das propriedades e beira de casa, contradiz a identidade quilombola que remete a um espaço de coletividades. A ausência de espaços de coletividades se apresenta como um empecilho para a realização do trabalho etnográfico, uma vez que uma parcela considerável da comunidade sai todos os dias para trabalhar no centro da cidade conforme informações obtidas de moradores. Muitas mulheres saem para trabalhar como empregadas domésticas, os jovens tem que sair para estudar e outros saem constantemente para fazer compras e resolver assuntos pessoais no centro da cidade que fica a 1hora e 30 minutos de ônibus. No que diz respeito aos conflitos que objetivo descrever e que me refiro como conflitos de terra, de religião e de liderança percebi que estão entrelaçados numa briga de família que criou uma cisão na comunidade que pode ser percebida até mesmo geograficamente. Existe uma pequena ponte sobre um córrego que de um lado ficam os adventistas e a família de Edson que é um líder da comunidade que ocupa o cargo de Presidente da Associação Quilombola e de outro ficam os católicos e a família de Lúcia que é a ex-presidenta da associação dos produtores rurais. Lúcia e Edson são primos que no passado eram muito unidos e que pela disputa do poder acabaram brigando e tentam cada um do seu lado o apoio da comunidade para se manter no poder. Uma das entrevistadas é prima de Lúcia e cunhada de Edson e me relatou toda essa história de brigas entre essas duas famílias e a disputa de poder entre esses dois líderes. Aqui tem muito pouca gente pra ter tanto pra mandar essa foi a fala da entrevistada que evidencia o quanto a comunidade se incomoda com a questão do conflito de liderança, pois se sentem prejudicados com a rixa dos dois. Segundo Josélia essas brigas afastam a comunidade das reuniões e disse que ela mesma não participa e recomenda que os filhos também não participem. O que agrava

11 essa situação é que todos são parentes tanto de um lado quanto de outro e por isso temem em tomar partido de um ou de outro. Pelo fato da comunidade possuir uma parcela de adventistas, existe também a resistência das pessoas em se envolver com manifestações culturais e religiosas afrobrasileiras. De acordo com Ribeiro (2011) muitas pessoas relataram que suas famílias participavam de religiões afrobrasileiras, de Jongo e Folia de Reis, mas que se converteram para a religião Adventista do Sétimo Dia. A questão do conflito da terra vem se agravando devido o conflito de liderança uma vez que Edson defende que a comunidade deve aceitar o título coletivo da terra, que é um requisito da titulação quilombola e Lúcia defende que cada um deve ficar com o título individual dos lotes da reforma agrária. De acordo com a fala de Dona Airtes, tia de Lúcia, ela não aceita o título coletivo das terras porque muitas pessoas já venderam informalmente seus lotes recebidos na reforma agrária e que com o título coletivo voltariam a ser donos da terra já vendida, passando a ter o mesmo direito dos que não venderam. BIBLIOGRAFIA BARROS, Edir Pina. Quilombo, resistência e movimentos negros Disponível em: Acesso em: 20/03/2010. CHAGAS, Miriam de Fátima. A política de reconhecimento dos remanescentes das comunidades dos quilombos. Horizontes Antropológicos, vol.7 nº15, Porto Alegre, Disponível em: Acesso em: 15/06/2013. LEITE, Ilka Boaventura. Os quilombos no Brasil: questões conceituais e normativas. Etnográfica, Vol. IV (2), 2000, pp Disponível em: Acesso em: 10/07/2009.

12 LIFSCHITZ, Javier Alejandro. Percursos de uma neocomunidade quilombola: entre a modernidade afro e a tradição pentecostal. Afro-Ásia, nº 37, RIBEIRO, Yolanda Gaffrée. Os limites da reforma agrária e as fronteiras religiosas: os dilemas dos remanescentes de quilombos do Imbé RJ. Campos dos Goytacazes, RODRIGUES, Vera. Programa Brasil Quilombola: um ensaio sobre a política pública de promoção da igualdade racial para comunidades de quilombos. Cadernos Gestão Pública e Cidadania, vol.15, nº 57, são Paulo: SOUZA, Bárbara Oliveira. Aquilombar-se: perspectivas históricas, identitárias e políticas do movimento quilombola brasileiro In. MOURA, Carlos Alves (Coord.). Diversidade Cultural afro-brasileira: ensaios e reflexões. Brasília: FCP, TEIXEIRA, Lauriana Jovenço; SILVA, Priscila Neves. Conceição do Imbé: da Cultura Quilombola à Extinção das Memórias. Campos dos Goytacazes, 2011.

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