RECOMENDAÇÕES PARA PRESERVAÇÃO E COMBATE À CORROSÃO
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- Sérgio Ferreira César
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1 Relatório Técnico Ref: SGE VERACEL CELULOSE S.A. Eunápolis, Bahia RECOMENDAÇÕES PARA PRESERVAÇÃO E COMBATE À CORROSÃO Distribuição: Veracel: Áureo Borges, Ari Medeiros. Sereng: RG, FG, ACB. Presserv do Brasil / Cortec: Rubens C de Paiva Neto
2 Página 2 (28) INTRODUÇÃO Objetivo do Estudo Desenvolvimento dos Estudos PRESERVAÇÃO DE SALAS DE CONTROLE E PAINÉIS ELÉTRICOS /ELETRÔNICOS / AUTOMAÇÃO Situação Geral Observada Proteção Interna de Painéis e Gabinetes Proteção Externa de Painéis e Gabinetes Como utilizar o VpCI Corrverter sobre corrosão existente TANQUE DE ÁCIDO SULFÂMICO Situação atual: Proteção do Concreto Proteção da Superfície Metálica PRESERVAÇÃO DAS ESTRUTURAS DA CALDEIRA DE RECUPERAÇÃO Siuação atual das estruturas metálicas da Caldeira de Recuperação: Sistema atual de tratamento Solução recomendada: PRESERVAÇÃO DE ESTRUTURAS METÁLICAS E AÇO ESTRUTURAL EM GERAL Limpeza geral inicial Proteção ÁGUA INDUSTRIAL Situação atual Como é amplamente conhecido, existe um problema crítico na Veracel referente à corrosividade da água industrial O assunto vem sendo objeto de intensos trabalhos realizados entre Veracel e Sereng que também inclui trabalhos com fornecedores de produtos de tratamento, como Nalco e Ashland. Até o presente, apesar dos avanços não existem conclusões definitivas sobre as causas e a maneira exata de tratá-las Tubulações Na visita da Cortec, foi observado que no que diz respeito a tubulações, as mais flagrantes marcas da corrosão estão nas curvas e soldas. Ocorrências de pitting com taxas de corrosão significativas foram observadas Torres de resfruamento... 18
3 Página 3 (28) Foram notados depósitos significativos causados por bactéria nas torres de resfriamento (coliformes, redutoras de sulfato). A contagem bacteriana na área das incrustações foi de CFU/mL, conforme relato da engenheira Allana. No entanto, na água, a contagem foi de menos de 10 CFU/ml A água é tratada com Dióxido de cloro a fim de manter baixa a contaminação bacteriana O problema é extremamente complexo e requer entre outros, a identificação dos seguintes questionamentos: Qual a razão do grande acúmulo de bactérias na região das grades da torre e pouca presença na água? O que ocorre nessas áreas que permite que as bactérias prosperem Por que razão o Dióxido não está sendo capaz de evitar essa acumulação? Qual seria o impacto de qualquer inibidor nas taxas de corrosão? Comentários Os produtos que a Cortec pode oferecer, existem dois inibidores de corrosão que poderão dar impactos positives. São o VpCI 647 ou o S-69. Ambos poderão ser utilizados em concentrações em torno de 10 PPM baseado na qualidade da água. Para maiores esclarecimentos, seria adequado que haja um entendimento técnico entre a Veracel e o pessoal de laboratório da Cortec Em caso de interesse da Veracel em prosseguir com mais profundidade nessa linha, o assunto poderá ser conduzido através da Sereng ALMOXARIFADO DE PEÇAS SOBRESSALENTES: Situação Geral A observação feita no almoxarifado de sobressalentes mostrou uma combinação de equipamentos protegidos e outros sem proteção anticorrosiva. Praticamente todos os eixos (motores, redutores, rolos, etc.) estavam no mínimo enrolados com papel inibidor de corrosão. Possivelmente também estariam protegidos com óleo por baixo do papel. Outras superfícies metálicas de equipamentos em geral estavam protegidas com produtos possivelmente da linha do Tectyl ou Cosmoline Seria recomendável a adoção de um programa de prevenção de corrosão (Full CPP Corrosion Protection Program) a fim de garantir que todos os equipamentos estejam adequadamente protegidos Nos capítulos que seguem apresentamos recomendações para proteção anticorrosivo para equipamentos e peças a serem guardadas em almoxarifado PRESERVAÇÃO DE MOTORES SOBRESSALENTES GUARDADOS EM ALMOXARIFADO Proteção PRESERVAÇÃO DE TUBULAÇÕES GUARDADAS EM ALMOXARIFADO Limpeza externa Preservação da parte interna das tubulações Preservação externa da tubulação
4 Página 4 (28) 10 PRESERVAÇÃO DE VÁLVULAS GUARDADAS EM ALMOXARIFADO Limpeza externa Preservação da parte interna das válvulas Preservação da parte externa das válvulas PRESERVAÇÃO DE REDUTORES GUARDADOS EM ALMOXARIFADO Preservação PRESERVAÇÃO DE ROLOS DA MÁQUINA DE SECAGEM Comentário / Parecer Técnico ANEXO 1 - ESPECIFICAÇÕES E DATA SHEETS DE PRODUTOS... 28
5 Página 5 (28) INTRODUÇÃO 1.1 Objetivo do Estudo O grupo Sereng celebrou um acordo de cooperação técnica para desenvolvimentos de engenharia e transferência de tecnologia com a empresa Cortec, de Minneapolis, USA para formar um núcleo de engenharia de corrosão em complemento às suas atividades já conhecidas de engenharia e consultoria. Atualmente a corrosão é uma das maiores causas mundiais de aumentos de custos em praticamente todas as atividades industriais, especialmente as de plantas envolvendo produtos químicos, estruturas metálicas sujeitas à intempérie, atividades de exploração de petróleo e gás em ambientes marítimos, indústrias de siderurgia, mineração, celulose e papel, construção civil industrial, de infraestrutura e residencial e várias outras atividades. Uma avaliação feita nos Estados Unidos, pela Associação Internacional de Corrosão (NACE) estimou que os custos diretos de corrosão naquele país chegam a US$ 270 bilhões por ano. Os custos indiretos e administrativos correspondentes, que são menos visíveis, podem chegar a uma soma similar. Portanto o total desses valores alcança a cifra anual de US$ 540 bilhões. Fazendo uma transposição a grosso modo para valores no Brasil, considerando o nosso PNB e a menor incidência da indústria na sua composição, não estaríamos longe de estimar que os custos diretos de corrosão aqui possam significar US$ 10 a 15 bilhões ou R$ 16 a 24 bilhões por ano. A corrosão também é listada como das mais significativas causas de acidentes nas indústrias e em áreas de infraestrutura viária como, por exemplo, viadutos, pontes e demais obras de arte rodoviárias e ferroviárias. Na maior parte das vezes os custos da corrosão estão ocultos, não são percebidos ou calculados e só são identificados quando os estados de máquinas, equipamentos, e estruturas chegam a pontos críticos que são resolvidos através da sua completa substituição ou de tratamentos corretivos que exigem alto valor de investimento. Existem parâmetros internacionais que indicam que em determinadas indústrias os custos e perdas causadas pela corrosão podem chegar a quase 30 % do valor do produto produzido. Com a finalidade de apresentar ações e providências que possam contribuir com a redução dos custos de corrosão, com a prevenção e correção de situações encontradas, elaboramos o presente relatório. A sua principal finalidade é a de sugerir medidas a serem possivelmente adotadas para os principais itens apontados como críticos no aspecto de corrosão. Apesar das inúmeras áreas, materiais e instalações que merecem trabalhos de proteção e combate à corrosão, o relatório procurou focar os principais itens apontados como prioritários pela Veracel. Aproveitamos também para descrever áreas e equipamentos que não foram diretamente mencionados na visita, mas que certamente fazem parte dos itens que preocupam quanto a corrosão. Por isso tomamos a liberdade de acrescentar descrições de procedimentos para peças de almoxarifado e outros. Caso sejam necessários novos levantamentos e áreas adicionais, estaremos à disposição.
6 Página 6 (28) 1.2 Desenvolvimento dos Estudos Os estudos que geraram o presente relatório foram resultantes de visita realizada à fábrica da Veracel em Eunápolis, por representantes da Sereng, Presserv e Cortec, no mês de julho de 2011, com a participação do Especialista Clifford Cracauer da empresa Cortec USA, acompanhado pelo Engenheiro Rubens Paiva Neto, da Presserv / Cortec do Brasil. Nessa ocasião foram feitas apresentações e entrevistas com os principais responsáveis pelas áreas de manutenção civil, elétrica, automação, mecânica e outras e visitas às áreas fabris específicas onde os principais problemas foram descritos. Nas páginas a seguir são descritas as principais áreas onde são sugeridas atuações de prevenção e proteção e descritos métodos de aplicação e os produtos mais adequados para prevenir ou remediar cada uma das situações. Também anexo ao presente trabalho estão especificações técnicas dos principais produtos sugeridos. De um modo geral, determinadas providencias possivelmente de custos relativamente acessível poderão resultar em grandes economias presentes e futuras se comparadas aos elevados custos de reposição, grandes reformas e outras providências que normalmente se tornam obrigatórias uma vez que determinados equipamentos ou instalações tenham atingido estados irrecuperáveis causados pela corrosão. 2 PRESERVAÇÃO DE SALAS DE CONTROLE E PAINÉIS ELÉTRICOS /ELETRÔNICOS / AUTOMAÇÃO. 2.1 Situação Geral Observada. As caixas eletrônicas e de controle observadas estão em condições relativamente boas em toda a fábrica. Para que esta situação seja mantida e não venha a se deteriorar, recomendamos a adoção de um sistema de proteção baseado em aplicação de spray e a instalação de fontes de emissão de vapor a serem colocadas no interior dos gabinetes. Favor referir-se aos procedimentos e instruções específicos para proteção de sistemas elétricos. Adicionalmente, também é feita a proteção às caixas em si, aos parafusos, porcas, travessas e outros elementos estruturais que compõem os gabinetes através da aplicação de proteção removível ou permanente.
7 Página 7 (28) Figura 2-1 (acima): Exemplo de caixa de controle com elementos eletrônicos. A parte externa aparenta estar em boas condições, apesar de descoloração e sinal e gasto na pintura externa. Algumas caixas já apresentam sinais iniciais de ataque corrosivo.
8 Página 8 (28) 2.2 Proteção Interna de Painéis e Gabinetes Abrir portas de acesso aos painéis e borrifar (spray) o interior com Electricorr Colocar os insertos VpCI 101 (0,03 m3) VpCI 105 (0,15 m3) or VpCI 111 (0,3 m3), com base no volume interno do painel ou sala de controle Colocar o inserto absorvedor de gases corrosivos Corrosorber, sendo cada unidade adequada para painéis ate 0,3 m3 com base no volume interno do painel ou sala de controle Fechar e selar o acesso às portas ou painéis. 2.3 Proteção Externa de Painéis e Gabinetes Qualquer corrosão existente deverá que ser neutralizada Para remover corrosão Remover a corrosão com VpCI 422 ou VpCI 423 gel Neutralizar a superfície com VpCI 416 a 10% de concentração Aplicar VpCI 396 sobre a superfície limpa baseado no guia de aplicação do VpCI Como utilizar o VpCI Corrverter sobre corrosão existente Remover manualmente ou jatear a cobertura existente próxima às áreas oxidadas até expor o metal limpo. Toda a superfície oxidada tem que ter a camada removida a fim de que o VpCI Corrverter converta toda a corrosão Aplicar VpCI Corrverter seguindo o guia de aplicação Uma vez seco o VpCI Corrverter, aplicar VpCI 396 sobre o mesmo.
9 Página 9 (28) Figura 2-2. A figura acima é a de uma típica caixa com elementos eletrônicos. Nesse caso, a corrosão externa pode ser removida com o removedor de ferrugem VpCI 422. Alternativamente, o VpCI Corrverter pode ser usado juntamente com o VpCI 396 para cobrir sobre a corrosão. (Observação: A foto não é da Veracel). 3 TANQUE DE ÁCIDO SULFÂMICO. 3.1 Situação atual: O tanque de ácido sulfâmico foi apresentado pela Veracel como item de preocupação com dois problemas principais. O primeiro é a base de concreto e o segundo, a superfície metálica do tanque que está em contato com o ácido. A base de concreto que suporta e circunda o tanque se encontra em processo de deterioração em razão de derramamento e gotejamento do líquido sobre a mesma. Adicionalmente, encontram-se pequenos vazamentos no tanque, formados ao longo das regiões das soldas, possivelmente pelo ataque do ácido no metal. Atualmente está sendo usado um inibidor de ácido (possivelmente da Ashland), mas que provavelmete não estaria desempenhando o suficiente para prevenir o ataque. 3.2 Proteção do Concreto A solução para a proteção do concreto seria um recobrimento que ofereça a resistência e proteção adequada ao ataque químico. O sistema de recobrimento indicado seria o MCI Para melhor resultado, deverão ser utilizados um primer e uma camada superior, permitindo uma ótima proteção por períodos
10 Página 10 (28) estendidos de tempo, já tendo esse sistema sido utilizado com sucesso em outras instalações. Esse sistema é baseado em epóxi, portante haverá uma tendência de ocorrer um amarelamento do revestimento ao longo do tempo, se exposto a raios ultra violeta. Isso não afetará no desempenho da proteção que poderá durar até 10 (dez) anos (média reportada de casos anteriores, que depende das condições do local), antes de necessitar a repetição do processo. 3.3 Proteção da Superfície Metálica Para a proteção do tanque, recomendamos adicionar nosso inibidor que é apropriado para situações com presença de ácido sulfâmico. Trata-se do S-11P que dará a melhor proteção às superfícies metálicas que estão em contato. A nossa experiência mostra que os outros inibidores disponíveis no mercado tem maior eficiência para outros ácidos, como o HCl, não funcionando adequadamente no caso do Sulfâmico. A fim de que possa ser feita uma comparação adequada, seria importante conhecermos a marca e/ou o produto atualmente em uso.
11 Página 11 (28) 4 PRESERVAÇÃO DAS ESTRUTURAS DA CALDEIRA DE RECUPERAÇÃO. 4.1 Siuação atual das estruturas metálicas da Caldeira de Recuperação: Essa área foi identificada como um dos grandes desafios da fábrica. Existe um processo atual de pintar um a dois andares da caldeira a cada ano. O problema de corrosão começou a ser identificado já após 1 a 2 anos de operaçãoé. Nessas situações, previsões podem indicar falha total de pintura em cerca de 7 anos, 4.2 Sistema atual de tratamento O sistema atual de pintura é o seguinte: Preparação da Superfície: A tinta existente é removida por meio de pistola de agulhas ou lixamento a disco até uma situação de metal limpo. Não houve oportunidade de se observar o grau de limpeza no qual o metal é atingido, mas fomos informados que o metal é limpo até uma condição de limpeza, livre de ferrugem Primer: É utilizado o Interzone 954 da International, aplicado por meio de rolo e espessura, conforme indicada, de 250+ mícron Camada final (Topcoat): É utilizada a tinta International Interthane 990. Essa tinta é aplicada depois que o primer estiver seco ao toque. É também aplicada com rolo a uma espessura de 250+ mícron. Esse esquema de pintura não está atendendo no nível desejado de proteção e resistência anticorrosiva. Baseado em observação visual, podemos concluir sobre alguns possíveis fatores com o presente esquema de aplicação: - Preparação insuficiente ou inadequada da superfície - Tinta aplicada é muito espessa (alta viscosidade). - Camada final aplicada imediatamente após o primer. - Ataque químico. As evidencias dessas falhas podem ser observadas nas figures abaixo:
12 Página 12 (28) Figura 4-1(acima), Figura 4-2 (abaixo): As fotos mostram áreas com delaminação total das superfícies pintadas no aço estrutural. Esse tipo de delaminação geralmente indica deficiência na preparação da superfície. Poderia ser contaminação por sujeira, pó, ou sais solúveis sobre a superfície ou ainda de corrosão deixada na superfície antes da aplicação da pintura.
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14 Página 14 (28) Figura 4-3 (acima) Essa foto evidencia que primer não estava suficientemente seco quando da aplicação da camada final. A área marcada mostra sinais de que ainda havia solvente do primer evaporando quando a camada superior foi aplicada e curada. Ao longo do tempo, ocorre a formação de bolhas e consequente delaminação da pintura e finalmente as falhas com observadas acima. Figura 4-4 (acima): esse é outro exemplo de delaminação. A foto é tirada de cima, mirando o solo.
15 Página 15 (28) Figura 4-5 (acima): A figura mostra o braço hidráulico (soprador) que injeta vapor. Ao se retrair, material contaminante se deposita sobre as superfícies externas do mesmo. Esse material contém níveis elevados de sulfatos que são altamente corrosivos. Figura 4-6 (acima): Essa foto mostra as vigas I que estão diretamente sujeitas à contaminação por sulfatos. É fácil verificar o grau de corrosão apresentado. 4.3 Solução recomendada: A melhor solução para esse problema é uma combinação de um ótimo tratamento superficial e uma aplicação adequada de produtos. Para essa aplicação recomendamos o seguinte esquema: Tratamento da superfície e pintura:
16 Página 16 (28) Se possível, limpar a superfície até um acabamento de metal branco. Isso permitirá a melhor superfície para posterior pintura e garante a proteção por um período mais longo possível. Alternativamente, pode se utilizar o VpCI Corrverter com a função de primer conversor de ferrugem. Isso proverá uma boa proteção, mas pode ser que não se atinja todo o período de proteção desejado, como ocorreria com a limpeza a metal branco Aplicar VpCI 395 Trata-se de um primer a base de água com baixo VOC, e funciona bastante bem mesmo em condições bem adversas e rigorosas. Para condições extremas, é sugerido obter uma espessura de 200 micra DFT. Isso provavelmente requererá duas camadas e pode ser executado segundo o manual de aplicação Cortec para o VpCI Aplicar VpCI 384 Trata-se de uma camada de acabamento de dois componentes, (uretano alifático) que promoverá uma camada final funcionando como barreira de proteção.. A espessura recomendada é de 150 a 200 micra. Dependendo do método de aplicação pode se fazer necessária a aplicação de duas camadas. A aplicação deverá seguir o manual de aplicação Cortec para o VpCI Limpeza constante e Manutenção Preventiva: Recomenda-se que seja estabelecido um programa de Manutenção Preventiva fim de minimizar a necessidade de tratamentos e repetições de pintura. Esse procedimento incluiria, mas não se limitaria a limpeza constante e rotineira nas áreas altamente suscetíveis a contaminação por químicos e sais. Um esquema rotineiro deveria ser instituído para inspeções visuais identificando problemas que possam estar em fases iniciais ao longo do tempo. Essa prática permitiria estender por longo tempo a necessidade de novas limpezas radicais (jatos, lixamentos, remoção de pintura, etc.) e novos recobrimentos. A Cortec / Sereng poderão desenvolver especificações completas para um plano de manutenção preventiva, após a adoção dos produtos Cortec para proteção e pintura.
17 Página 17 (28) 5 PRESERVAÇÃO DE ESTRUTURAS METÁLICAS E AÇO ESTRUTURAL EM GERAL. 5.1 Limpeza geral inicial Limpar o aço estrutural até atingir acabamento de metal branco. 5.2 Proteção Aplicar VpCI 395 a uma espessura de filme úmido de microns até atingir espessura de filme seco de microns Deixar o revestimento secar ao toque e aplicar uma segunda camada de VpCI 395, conforme necessário, a fim de atingir a espessura desejada de 125 a 150 mícron de filme seco Uma vez que o VpCI 395 esteja seco, aplicar VpCI 384 até uma espessura de filme seco de 75 a 100 mícron, ou a quantidade suficiente para permitir uma boa consistência de coloração.
18 Página 18 (28) 6 ÁGUA INDUSTRIAL. 6.1 Situação atual Como é amplamente conhecido, existe um problema crítico na Veracel referente à corrosividade da água industrial. O assunto vem sendo objeto de intensos trabalhos realizados entre Veracel e Sereng que também inclui trabalhos com fornecedores de produtos de tratamento, como Nalco e Ashland. Até o presente, apesar dos avanços não existem conclusões definitivas sobre as causas e a maneira exata de tratá-las. 6.2 Tubulações Na visita da Cortec, foi observado que no que diz respeito a tubulações, as mais flagrantes marcas da corrosão estão nas curvas e soldas. Ocorrências de pitting com taxas de corrosão significativas foram observadas. 6.3 Torres de resfruamento Foram notados depósitos significativos causados por bactéria nas torres de resfriamento (coliformes, redutoras de sulfato). A contagem bacteriana na área das incrustações foi de CFU/mL, conforme relato da engenheira Allana. No entanto, na água, a contagem foi de menos de 10 CFU/ml. A água é tratada com Dióxido de cloro a fim de manter baixa a contaminação bacteriana. O problema é extremamente complexo e requer entre outros, a identificação dos seguintes questionamentos: - Qual a razão do grande acúmulo de bactérias na região das grades da torre e pouca presença na água? - O que ocorre nessas áreas que permite que as bactérias prosperem - Por que razão o Dióxido não está sendo capaz de evitar essa acumulação? - Qual seria o impacto de qualquer inibidor nas taxas de corrosão? 6.4 Comentários Os produtos que a Cortec pode oferecer, existem dois inibidores de corrosão que poderão dar impactos positives. São o VpCI 647 ou o S-69. Ambos poderão ser utilizados em concentrações em torno de 10 PPM baseado na qualidade da água.
19 Página 19 (28) Para maiores esclarecimentos, seria adequado que haja um entendimento técnico entre a Veracel e o pessoal de laboratório da Cortec. Em caso de interesse da Veracel em prosseguir com mais profundidade nessa linha, o assunto poderá ser conduzido através da Sereng. 7 ALMOXARIFADO DE PEÇAS SOBRESSALENTES: 7.1 Situação Geral A observação feita no almoxarifado de sobressalentes mostrou uma combinação de equipamentos protegidos e outros sem proteção anticorrosiva. Praticamente todos os eixos (motores, redutores, rolos, etc.) estavam no mínimo enrolados com papel inibidor de corrosão. Possivelmente também estariam protegidos com óleo por baixo do papel. Outras superfícies metálicas de equipamentos em geral estavam protegidas com produtos possivelmente da linha do Tectyl ou Cosmoline. Seria recomendável a adoção de um programa de prevenção de corrosão (Full CPP Corrosion Protection Program) a fim de garantir que todos os equipamentos estejam adequadamente protegidos. Nos capítulos que seguem apresentamos recomendações para proteção anticorrosivo para equipamentos e peças a serem guardadas em almoxarifado.
20 Página 20 (28) Figura 8-1 (acima): Visão geral da área de peças sobressalentes, aparentando ser a área de recebimento, onde muitos dos itens não estão protegidos. Seria uma área adequada para definir os itens a serem protegidos e de que maneira. Figura 8-2 (acima): Esta imagem mostra um eixo recoberto com óleo e embrulhado com papel inibidor de corrosão. O papel está danificado e existe corrosão na área exposta. Possivelmente haja mais áreas de corrosão não visíveis, no eixo.
21 Página 21 (28) Figura 8-3 (acima): Aqui um exemplo de uma caixa de mancal desprotegida. Há visíveis sinais de corrosão em todas as superfícies metálicas expostas.
22 Página 22 (28) 8 PRESERVAÇÃO DE MOTORES SOBRESSALENTES GUARDADOS EM ALMOXARIFADO. 8.1 Proteção Aplique (nebulizar) Electricorr 238 aos enrolamentos do motor Para estocagem interna (dentro de prédio) envolver os motores com filme azulado VpCI Para conjuntos de motores em embalagens, como por exemplo motores menores, a proteção a simultânea, é aceitável Para motores colocados individualmente sobre pallets, o conjunto pode ser individualmente ensacado ou embrulhado Inserir a espuma série VpCI 130, com base no volume a ser empacotado a fim de promover maior proteção anticorrosiva Caso os motores sejam armazenados em área externa e exposta à intempérie, embrulhe-os utilizando o filme plástico retrátil Milcorr VpCI Shrink Film, Dependendo da disponibilidade de pallets, recomenda-se que os motores sejam paletizados, Fazer certo que o filme sele todo o produto, fazendo um overlap (sobra de material) de 50 a 60 cm no embrulho e aquecendo o filme para que haja a selagem perfeita Reforce as emendas utilizando a fita retrátil 3M Encolha o Milcorr utilizando um bico aquecedor a gás (Maçarico).
23 Página 23 (28) 9 PRESERVAÇÃO DE TUBULAÇÕES GUARDADAS EM ALMOXARIFADO. 9.1 Limpeza externa Remova todos os plásticos, lonas, e flanges temporários das tubulações Para limpeza geral, misturar VpCI 416 em água na proporção de 10 a 20% Aplicar a solução com um aplicador de baixa pressão (por exemplo, tipo de jardim ou agrícola) Deixar a solução limpante ficar sobre a superfície por 10 minutos. Inspecione visualmente para verificar se sujeiras, terra, ou outros tipos de contaminantes estão sendo dissolvidos, Usando um lavador de pressão, enxague todas as superfícies que foram limpas com VpCI 416. O VpCI 416 pode ser adicionado à água de lavagem pressurizada para assegurar mais poder de limpeza Para remoção de ferrugem aplicar VpCI 423 em todas as áreas oxidadas utilizando pincel, deixando o produto nos locais por cerca de 10 minutos. Dependendo a severidade da corrosão, poderá ser necessário deixar o produto por mais tempo. Nota: Pode ser desejável cobrir as áreas em que foram aplicados os produtos VpCI 423 com plástico, a fim de se ter certeza que o produto se manterá úmido Repetir as etapas a nas áreas que foram limpas com o VpCI Deixar a superfície da tubulação secar ao ar. 9.2 Preservação da parte interna das tubulações Calcular o volume interno da tubulação Aplique na parte interna, o VpCI 337 a uma proporção de 0,3 L para cada m3 de volume a ser protegido.
24 Página 24 (28) 9.3 Preservação externa da tubulação Aplique com spray o VpCI 368 or VpCI 389 a todos as partes metálicas expostas (superfícies de flanges, orifícios de parafusos, etc.) Embrulhe a tubulação utilizando o filme plástico retrátil Milcorr VpCI Shrink Film A tubulação pode ser agregada em feixes ou em pallets, dependendo da disponibilidade de materiais para tal Faça certo de que no embrulho com Milcorr VpCI Shrink Film, haja um overlap (sobra de material) de 50 a 60 cm e aquecer o filme para que haja a adesão Reforçar as emendas utilizando a fita retrátil 3M 4811, com calor Encolha o plástico com um bico aquecedor a gás (maçarico).
25 Página 25 (28) 10 PRESERVAÇÃO DE VÁLVULAS GUARDADAS EM ALMOXARIFADO Limpeza externa Remova todos os plásticos, lonas, e flanges temporários das válvulas Para limpeza geral, misturar VpCI 416 em água na proporção de 10 a 20% Aplicar a solução com um aplicador de baixa pressão (por exemplo, tipo de jardim ou agrícola) Deixar a solução limpante ficar sobre a superfície por 10 minutos. Inspecione visualmente para verificar se sujeiras, terra, ou outros tipos de contaminantes estão sendo dissolvidos, Usando um lavador de pressão, enxague todas as superfícies que foram limpas com VpCI 416. O VpCI 416 pode ser adicionado à água de lavagem pressurizada para assegurar mais poder de limpeza Para remoção de ferrugem aplicar VpCI 423 em todas as áreas oxidadas utilizando pincel, deixando o produto nos locais por cerca de 10 minutos. Dependendo a severidade da corrosão, poderá ser necessário deixar o produto por mais tempo. Nota: Pode ser desejável cobrir as áreas em que foram aplicados os produtos VpCI 423 com plástico, a fim de se ter certeza que o produto se manterá úmido.
26 Página 26 (28) Repetir as etapas a nas áreas que foram limpas com o VpCI Deixar a superfície da válvula secar ao ar Preservação da parte interna das válvulas Aplique na parte interna o VpCI 337 a uma dosagem na proporção de 0,3 L para cada m3 de volume a ser protegido, utilizando um nebulizador de ar Preservação da parte externa das válvulas Aplique com spray o VpCI 368 a todas as partes metálicas expostas (superfícies de flanges, orifícios de parafusos, etc Embrulhe a válvula utilizando o filme plástico retrátil Milcorr VpCI Shrink Film Faça certo de que no embrulho com Milcorr VpCI Shrink Film, haja um overlap (sobra de material) de 50 a 60 cm e aquecer o filme para que haja a adesão Reforçar as emendas utilizando a fita retrátil 3M 4811, com calor Encolha o plástico com um bico aquecedor a gás (Maçarico). Figura Exemplo de válvula armazenada no almoxarifado, exibindo sinais de corrosão (Observação: A foto não é da Veracel)
27 Página 27 (28) 11 PRESERVAÇÃO DE REDUTORES GUARDADOS EM ALMOXARIFADO Preservação Abrir o tampão do dreno do redutor, removendo o o fluido existente Misturar VpCI 322 ao oleo recomendado pelo fabricante, numa concentração de 5-10% A concentração de 5% VpCI 322 é a recomendada para uma proteção de meses A concentração de 10% VpCI 322 é a recomendada para uma proteção acima de 24 meses Preencha o redutor até o nível recomendado da mistura do VpCI 322 com o óleo lubrificante Gire o redutor para facilitar uma distribuição adequada da mistura, mantendo os requisitos da lubrificação e assim fazendo certo que todo o volume será recoberto com uma camada do óleo contendo o VpCI..
28 Página 28 (28) 12 PRESERVAÇÃO DE ROLOS DA MÁQUINA DE SECAGEM 12.1 Comentário / Parecer Técnico Por se tratar de área bastante crítica em uma fábrica de celulose e assunto específico com rolos de diversos tipos e revestimentos, tomamos a liberdade de sugerir a possibilidade de uma avaliação mais criteriosa do local e das especificações e características dos diversos tipos de rolos, a fim de recomendarmos sobre ações correspondentes. 13 ANEXO 1 - ESPECIFICAÇÕES E DATA SHEETS DE PRODUTOS As especificações e data sheets dos produtos recomendados estão apresentados no arquivos PDF em separado.
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