A IMPORTANCIA DO GERENCIAMENTO DE RESÍDUOS HOSPITALARES E SEUS ASPECTOS POSITIVOS PARA O MEIO AMBIENTE
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- Giuliana Ferrão Melgaço
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1 A IMPORTANCIA DO GERENCIAMENTO DE RESÍDUOS HOSPITALARES E SEUS ASPECTOS POSITIVOS PARA O MEIO AMBIENTE Erica Grayce de Souza Silva 1 Hélio Rubens Jacintho Pereira Júnior 2 José Antonio Bueno 3 RESUMO O proposito deste artigo é apontar a relevância ambiental do gerenciamento dos resíduos hospitalares. As fases do gerenciamento têm como alvo impedir impactos ao meio ambiente, logo devem ser efetuadas com conhecimento em uma concepção ambiental bem organizada, e de método minuciosos. Essas fases são correlativas e se efetuas com desfecho, o processo terá sucesso e as modificações ambientais poderão ser reduzidas ou nulas. Na última década, a legislação sofreu grande avanço, adequando o início da estrutura de uma consciência ambiental por parte dos estabelecimentos hospitalares proporciona aspectos positivos para o meio ambiente que devem ser ressaltados e levados a conhecimento público, visto que o equilíbrio ambiental é essencial para existência da vida humana. Palavras-chave: Relevância Ambiental. Resíduos hospitalares. Conscientização. INTRODUÇÃO O ser humano esquece que mora em um mundo vivo, a Terra é um sistema vivo, onde tem a capacidade de desenvolvimento próprio. Sendo assim há o descarte do tipo de resíduos provenientes desse processo. O homem se beneficia do uso e consumo que a Terra nos oferece, caça, agua, matéria-prima mas não se preocupa com o descarte dos resíduos que há. Ao ponto de se tornar um problema visado por toda a sociedade principalmente o setor acadêmico. Uma das questões que tem a exclusiva atenção é a geração de resíduos pelas variadas incumbências humanas. Nos dias de hoje a geração dos resíduos é um grande fardo a ser confrontado, ainda mais nos centros urbanos. Após a segunda metade do século XX,, com os recentes hábitos de utilização dos avanços tecnológicos, a formação de resíduos vem aumentando constantemente em ritmo elevado à capacidade de absorção da natureza. Além dos superiores volumes, o descarte inadequado desses resíduos pode ser capaz de colocar em risco e atrapalhar os recursos naturais e a qualidade de vida presente e futuras gerações. Não se pode deixar de lado os resíduos hospitalares que também fazem uma boa parte desse problema obtendo uma grande importância nos últimos anos. O seu descarte coerente evitaria um impacto negativo no meio ambiente. 1 Aluna do CST de Tecnologia em Gestão da Qualidade do CEUNSP - egrayce22@gmail.com 2 Docente do Centro Universitário N Senhora do Patrocínio (CEUNSP) hejaper@gmail.com 3 Docente do Centro Universitário N Senhora do Patrocínio (CEUNSP) bueno_regina@yahoo.com.br
2 2 Foram estabelecidas políticas públicas e legislações para obtendo o escopo de orientação e sustentabilidade ao resíduo hospitalar perante ao meio ambiente. Pensar nas diferentes classificações destes resíduos o surge uma preocupação ambiental, sendo que cuidados impróprios coma segregação, acondicionamento, armazenagem e principalmente com a destinação final, podem causar acidentes ambientais, como a contaminação do solo, humana, do ar... A preocupação ambiental está presente na legislação brasileira. O art. 23 VI da Constituição Federal de 1988 dispõe, como sendo uma competência comum da União, dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios, a proteção do meio ambiente e combate a poluição em qualquer das suas formas. Outro exemplo é o art. 225 que dá a todos o direito de um meio ambiente ecologicamente equilibrado, de uso comum do povo e essencial à sadia qualidade de vida, sendo de responsabilidade também da população defendê-lo e preservá-lo para as presentes e futuras gerações. Percebe-se também esta preocupação na NBR (2004), ANVISA 306 (2004) e no CONAMA 358 (2005), que dispõem respectivamente sobre: a classificação os resíduos sólidos quanto à sua periculosidade; o regulamento técnico para o gerenciamento de resíduos de serviço de saúde; o tratamento e a destinação final dos resíduos dos serviços de saúde. METODOLOGIA A pesquisa refere-se ao método de busca interativa de analise, com base em estudos publicados em rede nacional sobre o tema. A escolha por esse método se teve pela possibilidade de ter pesquisas fornecidas e obter conclusões sobre o assunto, com o objetivo de maior entendimento. Podendo assim avaliar o desempenho e o conhecimento dos profissionais de saúde e gerenciamento dos resíduos do serviço de saúde, ressaltando o choque da ineficiência do gerenciamento dos resíduos do serviço de saúde para o meio ambiente e saúde publica. Espera-se quem com o artigo, aja uma maior valorização com os profissionais na área da saúde em referencia ao gerenciamento de resíduos hospitalares e assim se aprofundando na compreensão da importância da aplicação das normas consideradas politicamente corretas.
3 3 1 O GERENCIAMENTODOS RESÍDUOS HOSPITALARES Segundo a NBR (2004), resíduos sólidos são classificados como resíduos nos estados sólido e semissólido, que resultam de atividades de origem industrial, doméstica, comercial, agrícola, serviços de varrição e hospitalar, logo conclui-se que os resíduos hospitalares são classificados como resíduos sólidos. Estes têm uma tratativa específica e demandam ser gerenciados. A estrutura de um artigo é constituída dos seguintes elementos: Um conjunto de procedimentos de gestão, o gerenciamento dos resíduos hospitalares é detalhado e realizado a partir de uma base legal, técnica e científica, com o propósito de favorecer aos resíduos gerados um andamento seguro e de forma eficaz, tendo em vista defesa humana, a preservação do meio ambiente, dos recursos naturais e da saúde pública. As etapas do gerenciamento dos resíduos hospitalares, conforme a ANVISA 306 (2004) são: identificação, segregação, acondicionamento, transporte interno, armazenamento temporário, armazenamento externo, coleta e transporte externo, tratamento e destino fino 1.1 IDENTIFICAÇÃO Figura 1 Símbolos de Identificação dos Grupos de Resíduos Fonte: RetecTecnologia em Resíduo. (2015).
4 4 SEGREGAÇÃO Baseia-se na separação dos resíduos no hora e local de sua produção, conforme suas descrições físicas, químicas, biológicas, estado físico e riscos envolvidos. Segundo o CONAMA 358 (2005): É obrigatória a segregação dos resíduos na fonte e no momento da geração, de acordo com suas características, para fins de redução do volume dos resíduos a serem tratados e dispostos, garantindo a proteção da saúde e do meio ambiente. A segregação deve ser feita considerando estes cinco grupos, quais sejam: GRUPO A: agentes biológicos A1: culturas e estoques de microrganismos; A2: carcaças, peças anatômicas, vísceras e outros resíduos provenientes de animais; A3: peças anatômicas (membros) do ser humano; A4: kits de linhas arteriais, endovenosas e dialisadores, quando descartados; A5: órgãos, tecidos, fluidos orgânicos, materiais perfurocortantes ou escarificantes. GRUPO B: substâncias químicas GRUPO C: radionuclídeos GRUPO D: domiciliares GRUPO E: perfurocortantes ou escarificantes. Figura 2 Resíduo Classe A Figura 3 Resíduo Classe B Fonte: Cultura Mix (2015) Fonte: Cultura Mix (2015).
5 5 Figura 4 Resíduo Classe C Figura 5 Resíduo Classe D Fonte: Cultura Mix (2015). Fonte: Meio Ambiente Técnico (2013). Os sistemas para tratamento de resíduos de serviços de saúde devem ser objeto de licenciamento ambiental, de acordo com a Resolução CONAMA nº. 237/1997 e são passíveis de fiscalização e de controle pelos órgãos de vigilância sanitária e de meio ambiente.
6 6 Figura 6 Caracterização e classificação de resíduos Fonte: ABNT NBR 10004:2004 MANEJO DOS RSS
7 7 A segregação consiste na separação do resíduo no momento e local da geração, e o acondicionamento é o ato de embalar os resíduos separados de acordo com suas características (ANVISA, 2004). Figura7 - Critérios para segregação e acondicionamento dos Resíduos de Serviço de Saúde Fonte: Adaptado do Manual do Gerenciamento de Resíduos de Serviço de Saúde (CUSSIOL, 2008) O Transporte interno é o translado dos resíduos do ponto de geração armazenamento até o temporário. O armazenamento temporário é um local de guarda dos resíduos próximo ao local de geração e o armazenamento externo é o local de guarda dos resíduos com acesso aos carros da coleta externa (ANVISA, 2004). Figura 8 - Critérios para coleta, transporte, armazenamento temporário e externo de residuos de saúde. Fonte: Adaptado do Manual de Gerenciamento de Resíduos de Serviços de Saúde (CUSSIOL, 2008).
8 8 CONCLUSÃO Após pesquisar o gerenciamento dos resíduos hospitalares, bem como seu histórico, conclui-se que a sua geração é inerente à atividade de assistência à saúde humana. Até poucos anos atrás os resíduos hospitalares não dispunham de normatização por parte do poder público de como estes deveriam ser tratados, logo, eram descartados conforme cada hospital. É importante afirmar que a legislação foi estabelecida e tem sido aceita pelos hospitais e pelos profissionais da área da saúde, não somente como uma coletânea de leis impostas, e sim como um conjunto de ações capazes de preservar o bem-estar de todos. A ANVISA 306 (2004) e o CONAMA 358 (2005) definem condutas e responsabilidades pelos resíduos e dispõem sobre o gerenciamento dos mesmos em todas as suas etapas. É importante ressaltar que o ser humano também é meio ambiente, logo, agressão à sua saúde também é alteração ambiental. Pode-se afirmar que o gerenciamento dos resíduos hospitalares tem base técnica sólida e aplicabilidade, o que o torna instrumento eficiente diante do exposto neste artigo, evitando e/ou minimizando as possíveis alterações ambientais que podem ser geradas por esses tipos de resíduos. REFERENCIAS
9 9 ABNT - ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS. NBR 6022: Informação e documentação - Artigo em publicação periódica científica impressa - Apresentação. Rio de Janeiro, Disponível em: < Acesso em: 01 maio ANVISA. Agencia Nacional de Vigilância Sanitária. Resolução da Diretoria Colegiada: RDCnº 306, de 07 de dezembro de Publicada no DOU de 10/12/ Manual de gerenciamento de resíduos de serviços de saúde. Brasília: Ministério da Saúde, CONAMA Conselho Nacional do Meio Ambiente. Resolução 358, Disponível em: Acesso em: 24 Set CUSSIOL Noil Amorim Menezes. Manual do Gerenciamento de Resíduos de Serviço de Saúde. Fundação Estadual do Meio Ambiente Belo Horizonte, Disponível em: Acesso em: 21 Out Resíduos hospitalares da cidade de Campina Grande Paraíba, Disponível em: Acesso em: 25 Set 2015.
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