Poder Judiciário Tribunal de Justiça do Estado da Paraíba Gabinete do Desembargador José Ricardo Porto

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1 Poder Judiciário Tribunal de Justiça do Estado da Paraíba Gabinete do Desembargador José Ricardo Porto DECISÃO MONOCRÁT1CA APELAÇÃO CÍVEL N /001 Teixeira. RELATOR : Des. José Ricardo Porto. APELANTE : BV Financeira S/A Crédito, investimento e Financiamento. ADVOGADA : Jullyanna Karlla Viegas Albino. APELADA : Maria do Socorro Silva. ADVOGADA : Edgar Smith Neto e outro. APELAÇÃO CÍVEL. AÇÃO REVISIONAL DE CONTRATO. PROCEDÊNCIA PARCIAL. AUSÊNCIA DO INSTRUMENTO DA AVENÇA. APLICAÇÃO DO ARTIGO 359 DO CPC. COBRANÇA DE JUROS REMUNERATÓRIOS EXCESSIVOS. VIOLAÇÃO A ENTENDIMENTO SUMULADO NO STJ, EMPREGO DO PATAMAR DE 12 % (DOZE POR CENTO). OBSERVÂNCIA DA TAXA MÉDIA LEGAL. RESTITUIÇÃO DE VALORES NA FORMA SIMPLES. POSSIBILIDADE. PROVIMENTO PARCIAL, DE PLANO. - Não cumprindo a instituição financeira promovida a ordem judicial que determinou a juntada aos autos da avença firmada entre as partes, aplica-se o disposto no art. 359 do CPC. - Sendo impossível a apreciação dos índices utilizados no instrumento contratual, mostra-se mais prudente determinar a aplicação de juros remuneratórios de acordo com a taxa média de mercado, em consonância com a Súmula 296 do STJ.

2 - "A repetição de indébito, com valor em dobro, só é passível quando comprovada a má-fé da instituição bancária, o que não ocorreu nos autos, devendo-se manter a condenação nos moldes declinados na sentença, ou seja, de forma simples". 1 - Levando-se em consideração a alteração do decisum de primeiro grau. bem como o fato de autora e réu terem sido, em parte, vencedores e vencidos, deve ser observada a compensação "pro rata" quanto à verba de sucumbência estipulada na instância VISTOS. originária, em consonância com o artigo 21 do CPC. Trata-se de Apelação Cível interposta pela BV Financeira S/A Crédito, Investimento e Financiamento, contra sentença que julgou procedente, em parte, -Ação de Revisão de Contrato c/c Repetição de Indébito e Pedido de Antecipação dos Efeitos da Tutela de Mérito", proposta por Maria do Socorro Silva (fls. 02/26). Na decisão ora guerreada (fls. 92/99), a Juiza de primeiro grau determinou a limitação dos juros remuneratórios ao patamar de 12% (doze por cento) ao ano e a restituição dos valores pagos a maior pela promovente. Ao final, condenou a empresa promovida nas custas e honorários de sucumbência. estes arbitrados em R$ 1.000,00 (mil reais). Inconformada com o entendimento acima delineado, a promovida manejou o presente apelo (fls. 102/123), aduzindo, em síntese, que os encargos e condições existentes no contrato foram livremente acordados, não sendo possível a alegação de qualquer ilícito. JPB. C /001; Quarta Câmara Cível; Rel. Des. Frederico Martinho da Alóbrega DJPB 27/05/2011; Pág. 15. ti 2

3 Ademais, o banco insurgente defende que as argumentações acerca da excessividade dos juros não procedem, vez que o pacto não possui qualquer vicio. Quanto a suposta capitalização existente, ressalta ainda que a Medida Provisória autoriza às instituições financeiras a realizar tal prática. No mesmo sentido, assevera que os encargos moratórios firmados são absolutamente legais, sendo inveridica a afirmação acerca da cobrança desmedida: bem como considera que não há exigência indevida que enseje repetição de indébito. Outrossim, sustenta a legitimidade da comissão de permanência. alegando que as taxas de juros acima de 12% ao ano não são presumidamente abusivas. Alfim, requer o. provimento do recurso, para reformar o decisum vergastado, com o conseqüente julgamento de improcedência da ação. Intimada para se manifestar, a parte recorrida apresentou suas contrarrazões, às fls. 130/148, reivindicando a manutenção da decisão questionada. opinou pelo provimento do apelo. A Procuradoria de Justiça, em parecer constante às fls. 157/161, É o relatório. DECIDO. Primeiramente, como bem enfocado na sentença impugnada (fls. 93/94). cumpre destacar que o banco apelante não apresentou cópia do contrato firmado, instrumento que contém as cláusulas questionadas na ação. Nesse sentido, em virtude da inversão do ônus da prova aplicável ao caso, será 'utilizado, na presente decisão, o entendimento previsto no artigo 359 da Lei Adjetiva Civil, considerand como verdadeiras as afirmações relativas aos excessos praticados pela financeira. 3

4 Manuseando o caderno processual, constata-se que o apelado propôs Ação Revisional, sustentando que verificou uma série de irregularidades no financiamento de veiculo pactuado com a empresa demandada, no caso, um automóvel JW GOL MI ano cor verde, placa JLH8062, chassis 9BVVZZZ377WP Analisando o inteiro teor dos autos, tem-se que a Magistrada de primeiro grau determinou a ineficácia da cobrança de juros remuneratórios superiores a 12% (doze por cento); além de estabelecer a restituição de valores pagos indevidamente peia autora, na forma simples. Pois bem, no tocante aos pontos decididos na sentença guerreada, cabe, no momento, analisar as razões pelas quais anseia a recorrente a sua total reforma. Não obstante o decisório combatido reconhecer abusividades em apenas dois pontos do contrato objeto da lide, a instituição apelante traz uma série de argumentos que em nada se aplicam ao caso em comento, pretendendo, talvez, -esentar pedidos novos, numa clara tentativa de inovação recursal. Dessa forma, a análise das razões da presente manifestação se aterá aos pontos rebatidos pela instituição financeira onde foi vencida, constituindo a matéria devolvida a esta Corte, ressaltando, desde já, a aplicação das normas de Direito do Consumidor ao caso'. 40 Dos Juros Contratuais Superiores ao Limite Legal. No que se refere aos juros remuneratórios aplicados na celebração questionada, constata-se que a Magistrada a quo acabou por fixá-los em 12% (doze por cento) ao ano. Com relação aos encargos de mora, o próprio Superior Tribunal de Justiça. ao apreciar Recurso Repetitivo sobre a matéria, concluiu que tal exigência não deve ser superior a 1% (um por cento) ao mês, conforme explicitado abaixo: S - Súmula 297: O Código de Defesa do Consumidor é aplicável às instituições financeiras. 4

5 DIREITO PROCESSUAL CIVIL E BANCÁRIO. RECURSO ESPECIAL. AÇÃO REVISIONAL DE CLÁUSULAS DE CONTRATO BANCÁRIO. INCIDENTE DE PROCESSO REPETITIVO. JUROS REMUNERATÓRIOS. CONFIGURAÇÃO DA MORA. JUROS MORA TÓRIOS. INSCRIÇÃO/MANUTENÇÃO EM CADASTRO DE INADIMPLENTES. DISPOSIÇÕES DE OFÍCIO. DELIMITAÇÃO DO JULGAMENTO. algumas considerações. ORIENTAÇÃO 3 - JUROS MORATORIOS: Nos contratos bancários, não-regidos por legislação especifica, os juros moratórios poderão ser convencionados até o limite de 1% ao mês.' Contudo, quanto aos juros remuneratórios, merecem ser tecidas Desde o advento da Lei 4.595/64, é livre a pactuação acerca de rendimentos e encargos aplicáveis aos contratos bancários, mesmo em se tratando de relação de consumo. Porém, diferentemente do entendimento constante no decisum p ug nado, em situações como a ora em estudo, deve prevalecer o posicionamento reiterado nos Tribunais Pátrios, no sentido do Julgador limitar os referidos índices à média de mercado nas operações da espécie, salvo se a taxa atualmente cobrada for mais vantajosa para o cliente. Tribunal de Justiça: Vejamos inicialmente o que enuncia a Súmula 296 do Superior Juros Remuneratórios - Comissão de Permanência - lnadimplência - Taxa Média de Mercado Os juros remuneratórios, não cumuláveis com a comissão de permanência, são devidos no período de inadimplência. à taxa média de mercado estipulada pelo Banco Central do Brasil, limitada ao percentual contratado. Esp /RS. Rel. Ministra NANCY ANDRIGH1, SEGUNDA SEÇÃO. julgado em 22/10/2008. DJe 10/03/

6 nosso país: No mesmo sentido, seguem diversos arestos de várias Cortes de AÇÃO DE REVISÃO DE CLÁUSULAS. CONTRATO DE FINANCIAMENTO DE VEÍCULO. CÓDIGO DE DEFESA DO CONSUMIDOR. INCIDÊNCIA. SÚMULA N 297 DO STJ. INVERSÃO DO ÔNUS DA PROVA. CABIMENTO. AUSÊNCIA DO CONTRATO. APLICABILIDADE DO ART. 359 DO CPC. JUROS REMUNERATORIOS. NÃO LIMITAÇÃO A 12% AO ANO. FIXAÇÃO PELA TAXA MÉDIA DE MERCADO. CAPITALIZAÇÃO MENSAL DE JUROS. IMPOSSIBILIDADE. ADMISSÃO APENAS NAS CÉDULAS DE CRÉDITO BANCÁRIO. COMISSÃO DE PERMANÊNCIA. CUMULAÇÃO COM OUTROS ENCARGOS DE MORA. POSSIBILIDADE. TARIFAS DE EMISSÃO DE BOLETO BANCÁRIO E DE ABERTURA DE CRÉDITO. LEGALIDADE DA COBRANÇA SE EXPRESSAMENTE PACTUADAS NO CONTRATO. REPETIÇÃO EM DOBRO DO INDÉBITO. AUSÊNCIA DE MÁ FÉ. NÃO CABIMENTO. INTELIGÊNCIA DA SÚMULA N 159 DO STF. (...) Não cumprindo a instituição financeira ré a ordem judicial que determinou a juntada aos autos do contrato firmado entre as partes, aplica-se o disposto no art. 359 do CPC. Conforme orientação consolidada pelo STJ e nos termos da Lei n /64, é livre a estipulação de juros remuneratórios nos contratos de mútuo bancário e financiamento, aos quais não incide a limitação prevista na Lei de Usura e no art. 591 cic o art. 406 do CC de 2002, já que tais dispositivos limitam-se a tratar dos contratos de mútuo civil, sendo cabível a revisão das taxas pactuadas apenas quando caracterizada a relação de consumo e demonstrada a abusividade, o que deverá ser, no caso dos autos, apurado em liquidação de sentença e ocasião em que, constatada a abusividade, impor-se-á a fixação dos ditos juros pela taxa média de mercado. (...) 4 APELAÇÃO CÍVEL. AÇÃO REVISIONAL DE CLÁUSULAS CONTRATUAIS. FINANCIAMENTO DE VEÍCULO. PESSOA FÍSICA. RELATIVIZAÇÃO DO PRINCÍPIO PACTA SUNT SERVANDA. MUTABILIDADE CONTRATUAL. POSSIBILIDADE DE REVISÃO DE CLÁUSULAS ABUSIVAS. JUROS REMUNERATORIOS. AUSÊNCIA DO CONTRATO. NECESSIDADE DE APLICAR A TAXA MÉDIA DE MERCADO NO PERÍODO DA CONTRATA ÇÃO SE INFERIOR À CONTRATADA. CAPITALIZAÇÃO MENSAL DE JUROS. IMPOSSIBILIDADE COBRANÇA DE TARIFA BANCÁRIA (TCB) E TAXA DE ABERTURA DE CRÉDITO (TAC). TAXAS ADMINISTRATIVAS. ABUSIVIDADE. RECURSO CONHECIDO E PROVIDO EM PARTE. Princípio pacta sunt servanda não há que se falar em TJMG APCV ; Sete Lagoas; Décima Oitava Câmara Cível; Rel. Des. Arnaldo Maciel Julg 05/04/2011 6

7 impossibilidade de revisão do contrato, uma vez que é ponto pacífico na doutrina e jurisprudência pátria que o princípio pacta sunt setvanda está efetivamente relativizado ante o principio social do contrato. Há possibilidade de revisão, pelo poder judiciário, de cláusulas iníquas, abusivas ou potestativas, de modo a preservar o equilíbrio contratual, nos termos do código consumerista. Taxa de juros remuneratórios. A alteração da taxa de juros pactuada depende da demonstração cabal de sua abusividade em relação à taxa média do mercado. No caso concreto dos autos, o contrato de empréstimo firmado não foi apresentado pela instituição financeira, sendo necessário a aplicação da taxa média de mercado.' APELAÇÃO CÍVEL. ALIENAÇÃO FIDUCIÁRIA. DIREITO CIVIL/OBRIGAÇÕES. AÇÃO REVISIONAL. CASO CONCRETO. FINANCIAMENTO DE VEÍCULO. AUSÊNCIA DO CONTRATO REVISANDO. APLICAÇÃO DO ART. 359 DOP CPC. INCIDÊNCIA DO CDC. Entendimento referendado pela Súmula n 297 do STJ e art. 6, inciso V, da Lei n 6.078/90. Todavia, a aplicação do CDC. por si só, não assegura a procedência dos pedidos formulados pelo consumidor, tendo em vista que somente na análise de cada caso concreto é que se verificará eventual abusividade passível de alteração. Taxa de juros remuneratórios. Caso concreto. Paradigma - RESP. N /RS. Juros remuneratórios fixados em percentual que não discrepa substancialmente da taxa média de mercado do período. Capitalização dos juros. Na hipótese dos autos, ante a ausência de prova da contratualidade, veda-se a incidência da capitalização no cálculo das parcelas do financiamento. Encargos da mora. Prejudicialidade do exame dos encargos moratórios, pelo afastamento de sua incidência na sentença. Antecipação de tutela revogada. Recurso provido em parte.' Assim, com base nos elementos constantes nos autos, concebo que deve ser aplicado ao estudo o posicionamento da súmula acima explicitada. Diante do exposto, e em sendo impossível a apreciação dos índices utilizados no instrumento contratual, mais prudente se mostra determinar a aplicação de Juros remuneratórios à tarifa média de mercado do período respectivo, observando-se, todavia, o limite constante na apólice, se mais vantajoso para a consumidora. TJSE: AC : Ac. 4443/2011; Segunda Câmara Chiei; Rala Juiza Conv. Ana Lucia F. de A. dos Anjos. DJSE 26/04/2011. TJRS, AC : Caxias do Sul; Décima Terceira Câmara Cível: Rei' Desa Angela Terezinna de Oliveira Brito: Julg. 07/04/2011; DJERS 20704/ \ / 7

8 'Da condenação na Devolução dos Valores Pagos Indevidamente No que concerne a repetição de indébito, bem assentou a Julgadora de primeiro grau ao determinar a sua realização, em virtude da possível existência de cobranças excessivas no pacto. Em que pese a pretensão recursal em extirpar o comando ora analisado, concebo que a devolução deverá ocorrer na forma simples, visto que a aplicação dobrada do instituto só se justifica nas hipóteses em que haja demonstração de má-fé na cobrança de valores, o que inocorreu. Este Pretório admite a possibilidade de compensação ou restituição de numerários nos moldes ora propostos. Vejamos: APELAÇÃO. Ação de revisão de contrato c/c pedido de liminar e declaração de nulidade de cláusulas contratuais. Contrato bancário. Aplicabilidade das regras do Código de Defesa do Consumidor. Vedação de práticas abusivas. Possibilidade de revisão contratual. Capitalização de juros. Descabimento. Súmula n 93 do STJ. Comissão de permanência. Instrumento de atualização monetária do saldo devedor. Impossibilidade de cumulação com a correção monetária e encargos bancários. Repetição de indébito. Análise postergada. Desprovimento do apelo. Aplica-se o Código de Defesa do Consumidor aos contratos bancários de crédito. (...) A repetição de indébito, com valor em dobro, só é passível quando comprovada a má-fé da instituição bancária, o que não ocorreu nos autos, devendo-se manter a condenação nos moldes declinados na sentença, ou seja, de forma simples.' AÇÃO DE REVISÃO CONTRATUAL CUMULADA COM PERDAS E DANOS. FINANCIAMENTO DE VEÍCULOS. Juros abusivos, prática de anatocismo e cobrança de taxa de emissão de boleto. Aplicação do CDC. Procedência em parte da demanda. Reconhecimento apenas da ilegalidade da cobrança da taxa de emissão por boleto bancário. Ausência de prova da prática de anatocismo. Devolução simples e não em dobro. Inconformismo. Desprovimento do recurso. (...). Em relação à repetição do indébito em dobro, de igual forma, não há nos autos nenhuma prova de ter agido a instituição financeiro por má-fé, porquanto não é vedada a prática do anatocismo, desde que conste em cláusula expressa do contrato, restando afastada, portanto a má-fé alegada. Voto. Posto isso, nego provimento ao recurso, mantendo-se a sentença em todos os seus termos!' TJPB. AC /001; Quarta Câmara Cível; Rel. Des. Frederico Martinho da AlObrega Coutinho, a.ipb 27/05/2011; Pág. 15. TJPB APL /001; Rel. Juiz Conv. Flávio Teixeira de Oliveira: DJPB 22/07/2010: Pág. 8. 8

9 ponto. Portanto, deve o comando sentenciai ser preservado quanto a este Das Custas e Honorários Advocaticios Por fim, levando-se em consideração a alteração do decisum de primeiro grau, bem como o fato de autora e réu terem sido, em parte, vencedores e vencidos, deve ser observada a compensação pro rata quanto à verba de sucumbência estipulada na instância originária, em consonância com o previsto no artigo 21 do CPC 9. Posto isso, nos termos do artigo 557, 1 -A, do CPCi, PROVEJO PARCIALMENTE O RECURSO, apenas para determinar que os juros remuneratorios a serem aplicados na avença obedeçam à taxa média de mercado. P.I. João Pessoa, 1 janeiro de Desembargado fse FCARDO PORTO el tor 1. J104 J102 (R) Art. 21 Se cada litigante for em parte vencedor e vencido, serão recíproca e proporcionalmente ciivrfbuidos e compensados entre eles os honorários e as despesas. Art 557-1,4 Se a decisão recorrida estiver em manifesto confronto com súmula ou com junsprudencia dominante do Supremo Tribunal Federal, ou de Tribunal Superior, o relator poderá dar plownrento ao recurso. 9

10 TR/SUNAL DE JUSTIÇA Coordenadoria Judiciária Repktraclo