Entrada e transporte de água na raiz
|
|
- João Vítor Brunelli Belmonte
- 5 Há anos
- Visualizações:
Transcrição
1 1/17 Entrada e transporte de água na raiz Carlos Henrique Britto de Assis Prado 1, Lis Schwartz Miotto 2, Luciane Pivetta 2, Marlei Leandro de Mendonça 2 1 Professor Associado do Departamento de Botânica, Universidade Federal de São Carlos, São Paulo, Brasil, Alunas do curso de graduação, Ciências Biológicas, Universidade Federal de São Carlos A água gravitacional que percola o solo pode passar o sistema radicular e se dirigir ao lençol freático longe das raízes. Só a água capilar que permanece nos capilares do solo é a útil para absorção e manutenção de um balanço hídrico positivo (Figura 1). Quando o solo se apresenta extremamente seco os espaços vazios estão sem água e resta somente água firmemente aderida em volta das partículas sólidas (Figura 1). Essa água adsorvida na superfície das partículas é denominada de água higroscópica, a planta não consegue absorver essa água (Figura 1). A água higroscópica só pode ser retirada da superfície das partículas quando o solo é seco em estufa sob temperatura igual ou superior a 150 C. Portanto, uma porção reduzida da água do solo está significativamente disponível para a planta. Se a água capilar estiver em capilares com diâmetro médio ou grande no solo (geralmente > 0,15 µm) a planta poderá retirar essa água com certa facilidade. Para calcular a força com que um capilar do solo segura a água podemos utilizar uma fórmula simples (Larcher, 2000):
2 2/17 Ψsolo = - 0,290 D -1 (MPa) (I) Onde: Ψsolo = energia livre da água no solo D = diâmetro médio dos capilares que retêm água no solo (µm) MPa = mega Pascal, 1 MPa = cerca de 10 atmosferas Figura 1 Durante a secagem do solo a fase atmosférica aumenta e o volume da solução do solo diminui proporcionalmente. O volume da fase sólida (volume de partículas sólidas) permanece o mesmo durante a secagem. Conforme ocorre a diminuição da fase líquida a água fica presa em capilares cada vez menores. A água gravitacional, a água capilar e a água higroscópica estão presentes desde o início da secagem do solo, somente a água higroscópica é que permanece em solos extremamente secos ao ar livre. A água capilar é a água útil para a manutenção de um balanço hídrico positivo na planta. Desenho:Carlos Henrique Britto de Assis Prado & Luciane Pivetta.
3 3/17 O sinal negativo na fórmula (I) acima é devido à diminuição da energia livre da água aderida na parede interna do capilar. Se os capilares no solo que estão retendo água apresentam um diâmetro médio de 0,2 µm, então a água está retida sob tensão de -1,45 MPa (fórmula I). Esse é um valor de referência importante, pois valores de energia livre da água no solo menores que -1,5 MPa podem causar dificuldade significativa para a absorção de água pelas raízes em muitas espécies cultivadas. Os poros na parede celular são bem mais finos que 0,2 µm. Esses poros na parede são tão finos que o diâmetro é expresso em nanômetros e não em micrometros (1 nm = 0,001 µm). O valor médio do diâmetro dos poros da parede celular dos pêlos radiculares do rabanete (Raphanus sativus) e das fibras do algodoeiro (Gossypium hirsutum) está entre 3,5-3,8 nm. Para as células em cultura do plátano bastardo (Acer pseudiplatanus) esse valor está entre 3,8-4,0 nm, e para células isoladas do parênquima paliçádico do carrapicho (Xanjhthium strumarium) e da tradescantia (Commelina communis), entre 4,5-5,2 nm (Carpita et al. 1979). Fazendo o cálculo para um diâmetro médio de 4 nm (0,004 µm) utilizando a fórmula (I) obtemos a energia livre da água no capilar: Ψparede = - 0,290 x 0,004-1 (MPa) Ψparede = - 72,5 (MPa) O valor da energia livre da água de -72,5 MPa na parede celular é muito menor do que -1,5 MPa para a situação da água retida em capilares com diâmetro de 0,2 µm no solo. Como a água vai do local de maior para o local de
4 4/17 menor energia livre a tendência é a água sair do solo e entrar na parede celular. No entanto, há dois problemas que restringem fortemente a absorção de água em solos secos. Em solos extremamente secos a água higroscópica fica retida nas superfícies das partículas (areia, silte e argila) apresentando uma energia livre de -300 MPa (Salisbury & Ross, 1992). Nem mesmo os mais finos capilares da parede celular poderiam extrair essa água higroscópica. Por outro lado, em um solo parcialmente seco a parede celular pode estar embebida e continuar retirando água desse solo, mas o protoplasto (citoplasma mais vacúolo) pode não conseguir extrair água da parede celular. Para exercer os benefícios múltiplos no metabolismo celular o estado da água deve ser líquido e a água deve se localizar no protoplasto (volume celular contido pela plasmalema). Principalmente no protoplasto a água líquida pode ser utilizada como meio de reação ou participar diretamente de uma reação metabólica na célula vegetal. Mas o protoplasto não é uma estrutura de celulose, hemicelulose, pectina e eventualmente lignina como é a parede celular. O protoplasto é um ambiente molecular muito diferente da parede e composto essencialmente de biomembranas, sais, íons, água, lipídios, proteínas, e outras macromoléculas geralmente solúveis. Esse volume celular não suporta valor de energia livre da água menor que -5,0 MPa. Quando a parede celular apresentar capilares vazios menores que 0,06 µm o valor da energia livre da água na parede celular será menor que -5,0 MPa (fórmula I) e o protoplasto não será capaz de apresentar valor menor para ganhar água da parede celular que o envolve. A energia livre da água (Ѱ) no protoplasto não é controlada por poros e sim por solutos e pela pressão mecânica da parede celular. O componente
5 5/17 positivo da energia livre da água no protoplasto é a pressão de parede e o componente negativo é o potencial osmótico. Conforme a pressão de parede aumenta ocorre um aumento proporcional da energia livre da água (Ψ), ou seja, os valores de Ψ ficam mais próximos de zero no protoplasto sob pressão. De maneira inversa, quando a parede celular relaxa a pressão diminui e ocorre uma diminuição do valor de Ψ no protoplasto. Portanto, é possível aumentar ou diminuir a energia livre da água no protoplasto por meio do relaxamento ou rigidez da parede celular. Proteínas na parede podem ser ativadas para enfraquecer as interações entre as fibras de celulose relaxando a parede e diminuindo o valor de Ψ no protoplasto. Dessa forma, sob menor pressão e com menor valor de Ψ o protoplasto poderá receber mais facilmente a água da parede celular. Outra forma de diminuir a energia livre da água no protoplasto é por meio do aumento de concentração de moléculas osmoticamente ativas (moléculas com pólos ou cargas) no citoplasma e no vacúolo, e que não sejam tóxicas para o metabolismo celular. A despolimerização do amido resultando em glicose ou a despolimerização de proteínas resultando em aminoácidos (principalmente prolina) é uma forma de diminuir o valor do potencial osmótico no citoplasma e forçar a retirada da água da parede celular. A água da parede celular não se difunde para o citosol do citoplasma atravessando livremente as biomembranas e nem entra por meio de um carregador ou de uma bomba de água. A água da parede celular atravessa a plasmalema por meio de um canal denominado de aquaporina. As aquaporinas são canais de água que podem estar abertos quando fosforilados ou fechados quando desfosforilados. Por meio da fosforilação a célula pode controlar o grau
6 6/17 de permeabilidade para a água na biomembrana e facilitar a entrada de água retida na parede celular. A situação da água que poderá embeber a parede celular da epiderme da raiz é dinâmica, pois a fase líquida do solo pode mudar rapidamente por meio de irrigação, chuva ou inundação. Quando a fase líquida é alterada a fase gasosa do solo acompanha a alteração, pois os gases da atmosfera rapidamente ocupam os espaços vazios (Figura 1). A raiz pode estar em contato simultâneo com as 3 fases do solo: a líquida, a gasosa e a sólida (Figura 2). Do pêlo radicular na epiderme até os dutos no cilindro central a água passa pelo apoplasto e pelo simplasto. A via apoplasmática é a via externa ao protoplasto, é a via da embebição. Na via apoplasmática a água é atraída pelos capilares das paredes celulares e segue de parede em parede até as bandas de Caspary (Figura 3). Sob pouca disponibilidade hídrica no solo e transpiração reduzida o transporte de água ocorre mais intensamente na via apoplasmática que na simplasmática (Figura 3). Sob condição de boa disponibilidade de água e transpiração elevada a condutividade hidráulica da raiz aumenta por meio da fosforilação e conseqüente abertura dos poros aquosos (as aquaporinas) nas biomembranas. Com as aquaporinas abertas a intensidade do transporte de água pela via simplasmática pode ser semelhante ao da apoplasmática (Figura 3).
7 7/17 Figura 2 - Na interface solo-raiz há competição pela água por duas matrizes, a matriz extracelular (parede celular) e a matriz composta pelas partículas sólidas inorgânicas (areia, silte e argila) e orgânicas (matéria orgânica particulada) do solo. A água geralmente sai do solo e passa para a parede celular devido à diferença de potencial hídrico entre o solo e a parede das células da epiderme. Os poros da parede celular são bem mais finos que os poros do solo que apresentam água. Se o solo secar demasiadamente só restará água em capilares muito finos e a raiz terá dificuldade em retirar água do solo. Note que o pêlo radicular pode entrar em contato simultaneamente com as fases líquida, gasosa e sólida do solo. Desenho: Luciane Pivetta.
8 8/17 A embebição na parede celular das células da epiderme e do parênquima cortical é um meio geralmente sem barreiras hidrofóbicas para a água e íons chegarem até a banda de Caspary na exoderme ou na endoderme (Figura 3). Esse conjunto das paredes celulares serve como via de tráfego no transporte de curta distância no sentido radial da raiz, de célula em célula, desde a epiderme até as bandas de Caspary. Pode haver logo abaixo da epiderme (na hipoderme) a formação de uma banda de Caspary com suberização causando uma diminuição significativa na intensidade de transporte de água pela via apoplasmática da epiderme até a endoderme (Figura 3). Quando presente, a hipoderme suberizada é denominada de exoderme. A exoderme pode ser mais suberizada sob estresse hídrico ou deficiência de O 2 impedindo o refluxo de água, íons e O 2 do córtex para o solo.
9 Publicado em dezembro de Todos os diretos reservados 9/17 Figura 3 Movimento radial da água (linhas azuis) desde o solo até o xilema no cilindro central da raiz. (A) Transpiração reduzida, o transporte de água ocorre mais intensamente na via apoplasmática (linha espessa) que na simplasmática (linha fina). (B) Transpiração elevada sob condições de boa disponibilidade de água. A condutividade hidráulica da raiz é aumentada pela abertura dos poros aquosos (aquaporinas) nas biomembranas e a intensidade do transporte de água pela via simplasmática pode ser semelhante ao da via apoplasmática. Tecidos indicados na base da figura: Exoderme (Ex) com banda de Caspary (Bc); Epiderme (Ep) com pêlos por onde entram mais intensamente água e solutos; Córtex (Co) formado por células parenquimáticas funcionalmente independente do parênquima que envolve o xilema; Endoderme (Ed) com bandas de Caspary; Periciclo (Pe) camada de células que originam as raízes secundárias; Parênquima que envolve o xilema (Px) e secreta ativamente íons para o lúmen das células condutoras. Células específicas em cada tecido: Células condutoras do xilema (Xi); Célula de passagem com menor suberização nas paredes anticlinais (Cp); Células condutoras do Floema (Fl). Estruturas celulares: Parede anticlinal radial (Ar), Parede anticlinal transversal (At); Banda de Caspary (Bc). A partir de indicações de Steudle & Peterson (1998) e Steudle (2005). Desenho: Ricardo Degani.
10 Publicado em dezembro de Todos os diretos reservados 10/17 A suberina depositada na exoderme e na endoderme é uma substância hidrofóbica (Figura 4). Tanto na endoderme como na exodermee a suberização é realizada entre as fibrilas de celulose nas paredes celulares dispostas em ângulo reto (anticlinais) em relação à superfície da epiderme. As paredes anticlinais radiais e anticlinais transversais da endoderme e da exoderme podem apresentar menor grau de suberização em algumas células denominadas células de passagem (Cp, Figura 3). Nessas células há menor resistência para a embebição e passagem de água em direção ao cilindro central da raiz. Portanto, a endoderme e a exoderme são barreiras com resistências variáveis no tempo (grau de suberização) e no espaço (algumas células menos suberizadas) ao tráfego de água e de íons na matriz extracelular. Essa via que utiliza o apoplasto desde a epiderme até a endoderme para o tráfego de íons e água é denominada de via apoplasmática. Figura 4 Estrutura molecular da suberina, substância impermeável à água e gases encontrada nas paredes anticlinais radiais e transversais da endoderme e eventualmente na hipoderme da raiz formando a exoderme. A suberina é o principal componente da banda de Caspary. Note a porção aromática com cadeias fechadas de carbono (fenol) e a porção alifática com cadeias abertas de carbono. A porção alifática confere o caráter apolar e hidrofóbico da molécula. Modificado a partir de Heldt (2004). Desenho: Ricardo Degani.
11 11/17 De forma não excludente a água pode seguir desde o pêlo radicular atravessando a plasmalema (membrana plasmática) através da aquaporina e caminhar de célula em célula por meio de pequenos poros, os plasmodesmata. Portanto, as células vegetais apresentam interconexões por meio dos plasmodesmata (Figura 5). O singular de plasmodesmata é plasmodesma. Essa via de transporte de água pelo citosol de célula em célula é denominada de via simplasmática. Os citoplasmas conectados por plasmodesmata representam um compartimento metabólico interligado onde a água poderá exercer suas principais funções na célula. As ligações citoplasmáticas por plasmodesmata são entre por célula, mais de 10 5 por milímetro quadrado de parede celular. Uma única célula pode ter o equivalente a 1% de sua área externa como poros de plasmodesmata. Essas conexões entre células vegetais permitem não só a passagem de água e íons solvatados, mas também de substâncias de até 900 kda, sendo permeáveis também aos açúcares, aminoácidos e nucleotídeos (Heldt, 2004). O diâmetro do duto dos plasmodesmata é de cerca de 40 nm. A parede do plasmodesma é forrada pelas membranas plasmáticas das células adjacentes e o interior do pequeno duto de ligação entre as células está preenchido pela projeção do retículo endoplasmático das duas células vizinhas e por proteínas (Figura 5). Portanto, a água e os solutos passam entre biomembranas do duto do plasmodesma desviando das partículas de proteínas. Essa via de citoplasma em citoplasma através dos plamodesmata é denominada de simplasmática. A via apoplasmática utiliza parte do apoplasto (a parede celular) e a via simplasmática utiliza parte do simplasto (o citosol)
12 Publicado em dezembro de Todos os diretos reservados 12/17 para o transporte de água de célula em célula desde o solo até os dutos do xilema no cilindro central da raiz. Figura 5 Estrutura de um conectando plasmodesma células vizinhas. (A) Vista lateral de um corte longitudinal. plasmalema. continuação PL CC = = do citoplasma. PP = proteína ancorada na plasmalema. DE = desmotúbulo. PD = proteína ancorada no desmotúbulo. CP = conexão protéica. RE = retículo endoplasmático. RC = região de constrição. CA = cavidade central. O tráfego de substâncias entre células vizinhas pode ocorrer tanto via CC como via DE. (B) Corte transversal na alturaa mediana do plasmodesma. Um bastão de proteína (BP) pode preencher o desmotúbulo (aindaa incerto). Modificado a partir de Roberts & Oparka (2003) e de Heldt (2004). Desenho: Ricardo Degani.
13 13/17 O contínuo esvaziamento dos capilares nas paredes das células do parênquima que envolve o xilema (Px, Figura 3) cria uma tensão de sucção nessa região apoplasmática. Essa tensão envolta dos dutos do xilema é causada pela sucção da copa. Ao contrário das células dos dutos do xilema (Xi, Figura 3) as células do parênquima xilemático são células vivas (Px, Figura 3). Essas células eliminam continuamente substâncias osmoticamente ativas para dentro do lúmen do duto condutor. Dessa forma, a água do duto xilemático na altura da raiz apresenta alta concentração de substâncias osmoticamente ativas e, conseqüentemente, reduzida energia livre. A água tende a caminhar via apoplasma e simplasma para as células do duto condutor no xilema devido ao valor reduzido de energia livre no seu lúmen. Esse transporte de curta distância é resultado da sucção da copa e da contínua eliminação de solutos do parênquima cortical do xilema para os elementos condutores (de Px para Xi, Figura 3). Ao contrário do que se imaginava no início dos estudos sobre o carregamento do xilema com íons esse evento é realizado ativamente pelas células do parênquima que envolve o xilema (Px, Figura 3). Não há uma transferência por simples difusão de íons das células que envolvem o xilema para os elementos condutores no cilindro central da raiz. Todos os tipos de facilitadores do transporte através de biomembrana já foram detectados nessas células parenquimáticas: canais iônicos, carregadores e bombas (Figura 6). As bombas de prótons H + tipo P na plasmalema (P-H + -ATPases) são particularmente expressas nas células que envolvem os dutos do xilema.
14 14/17 Figura 6 - Transporte através da plasmalema nas células parenquimáticas que envolvem o xilema. (A) Ao contrário da suberina na exoderme e na endoderme a plasmalema é permeável aos gases (lado esquerdo da figura). A simples difusão do íon através da biomembrana da célula do parênquima para o duto do xilema é pouco provável. Canais iônicos (B), carregadores (C) e bombas (D) já foram detectados na plasmalema das células do parênquima que envolvem os dutos do xilema. A parede celular não foi representada. Desenho: Ricardo Degani. Com uma menor energia livre no lúmen das células condutoras a água do parênquima vizinho do xilema tende a entrar nessas células criando pressão hidrostática positiva. Essa pressão na raiz é capaz de empurrar a coluna de água em direção à copa, mas com uma força relativamente menor que a
15 15/17 causada pela sucção da folhagem. A pressão da raiz e a sucção da folhagem na copa não são excludentes. É possível verificar esse empurrão da raiz em plantas mono e dicotiledôneas herbáceas, como no milho e no feijoeiro, respectivamente. Plantas de milho ou de feijoeiro bem irrigadas apresentam evidente empurrão de seiva bruta em direção contrária à força de gravidade. A saída da seiva bruta do caule sem copa pode ser visualizada na altura do corte após cerca de 7 minutos por meio de uma gota que cresce sobre o corte (Figura 7). A concentração de íons nas células do parênquima que envolve o xilema (Px, Figura 3) é muito maior que no parênquima cortical entre a epiderme e a endoderme (Co, Figura 3). Portanto, há uma grande disponibilidade de solutos para o carregamento do xilema nas células do parênquima que envolve o tecido condutor. Isso demonstra a eficiência da endoderme em evitar o refluxo de íons para a região cortical da raiz pela via apoplasmática. Essa eficiência pode ser perdida temporariamente quando as raízes laterais iniciam seu crescimento a partir do periciclo (Pe, Figura 3) rompendo a endoderme, o córtex e a epiderme para alcançar o solo. Após a banda de Caspary na endoderme (Ed, Figura 3) a água segue novamente pela via apoplasmática e pela via simplasmática atravessando o periciclo e o parênquima xilemático (Pe e Px, respectivamente, Figura 3). O caminho unidirecional no sentido epiderme-cilindro central pela via simplasmática ou pela apoplasmática ocorre devido ao gradiente de potencial hídrico entre células. A água no apoplasma segue molhando as paredes que estão mais secas, por exemplo, onde os capilares estão sendo esvaziados continuamente nas paredes dos feixes condutores do xilema no cilindro central
16 16/17 (Xi, Figura 3). A água no simplasma segue pelos plasmodesmata em direção ao parênquima xilemático, ou seja, para região de maior concentração de solutos a serem liberados nos lúmens das células condutoras. Figura 7 Caules de milho (A) e de feijoeiro (B) de plantas crescendo sobre solo em vaso irrigado até capacidade de campo. Os caules foram cortados na altura de aproximadamente 2 cm da superfície do solo. Após 7 minutos é possível observar o início da formação de uma gota de seiva bruta na altura do corte. Em um dos caules do milho (caule à direita em A) a pressão da massa de água rompeu a gota e a água escorreu sobre o caule. Fotos: Carlos Henrique Britto de Assis Prado. Síntese A competição por água ocorre entre raiz (uma matriz orgânica) e o solo (matriz essencialmente inorgânica). Portanto, a água no solo pode não estar prontamente disponível para a planta. Quando a raiz consegue retirar água do solo esse evento é iniciado na parede celular da epiderme. A água da parede pode seguir via apoplasto até os feixes condutores no cilindro central ou entrar no simplasto por meio de aquaporinas na plasmalema. No apoplasto e no simplasto a água caminha em direção aos dutos do xilema no cilindro central
17 17/17 da raiz obedecendo uma diferença de potencial hídrico causada pela sucção da copa e pelo contínuo bombeamento de substâncias osmoticamente ativas nos condutores xilemáticos. Na via apoplasmática há barreiras mecânicas na exoderme e na endoderme para o transporte de água devido à suberização das paredes anticlinais das células. Há resistência para a entrada de água na via simplasmática devido à composição lipídica da plasmalema. Pela via simplasmática a água caminha através dos plasmodesmata desde a epiderme até os condutores no cilindro central. As vias apoplasmática e simplasmática se complementam no transporte de água de curta distância na raiz. O gradiente de potencial hídrico da epiderme até os condutores de água no xilema pode ser implementado por meio da sucção da copa, do empurrão da raiz e dos ajustes celulares osmóticos e de pressão de parede. Referências Carpita N, Sabularse D, Montezinos D, Delmer DP. (1979) Determination of the pore size of cell walls of living plant cells. Science. 205: Heldt Hans-Walter (2004) Plant Biochemistry. Elsevier, Amsterdam, 630 p. Larcher, W (2000) Ecofisiologia Vegetal. Rima, São Carlos, 513 p. Salisbury FB, Ross CW (1992) Plant Physiology, Wadsworth Publishing Company, 682 p. Steudle E (2003) uptake of water by plant roots, p In: Physiologiccal plant ecology, W. Larcher, Springer, New York. Steudle E, Peterson CA (1998) How does water get through roots? Journal Experimental of Botany. 49:
ABSORÇÃO RADICULAR, TRANSPORTE E REDISTRIBUIÇÃO DE NUTRIENTES
ABSORÇÃO RADICULAR, TRANSPORTE E REDISTRIBUIÇÃO DE NUTRIENTES Prof. Volnei Pauletti Departamento de Solos e Engenharia Agrícola Mestrado em Ciência do Solo vpauletti@ufpr.br CONTATO NUTRIENTE - RAIZ Absorção
Leia maisABSORÇÃO RADICULAR, TRANSPORTE E REDISTRIBUIÇÃO DE NUTRIENTES
ABSORÇÃO RADICULAR, TRANSPORTE E REDISTRIBUIÇÃO DE NUTRIENTES Prof. Volnei Pauletti Departamento de Solos e Engenharia Agrícola Mestrado em Ciência do Solo vpauletti@ufpr.br CONTATO NUTRIENTE - RAIZ DEFINIÇÕES
Leia maisFisiologia Vegetal O 2 ATMOSFERA H 2 O SOLO CO 2
Fisiologia Vegetal Fatores ambientais Abióticos e bióticos CO 2 O 2 ATMOSFERA Crescimento e desenvolvimento SOLO H 2 O Elementos minerais Mecanismos das células vegetais Absorção e transporte de água e
Leia maisABSORÇÃO RADICULAR, TRANSPORTE E REDISTRIBUIÇÃO DE NUTRIENTES
ABSORÇÃO RADICULAR, TRANSPORTE E REDISTRIBUIÇÃO DE NUTRIENTES Prof. Volnei Pauletti Departamento de Solos e Engenharia Agrícola Mestrado em Ciência do Solo vpauletti@ufpr.br CONTATO NUTRIENTE - RAIZ DEFINIÇÕES
Leia maisQuestionário. Transporte de água em longa distância
Publicado em abril de 2012 em www.viaciencia.com.br Todos os direitos reservados 1/16 Questionário. Transporte de água em longa distância Carlos Henrique Britto de Assis Prado, Universidade Federal de
Leia maisProf. Francisco Hevilásio F. Pereira Fisiologia Vegetal
BALANÇO HÍDRICO DAS PLANTAS FISIOLOGIA VEGETAL Relações hídricas Parte II Água no solo Absorção de água pelas raízes Transporte de água para a parte aérea Pressão radicular (gutação) Pombal PB Tensão no
Leia maisCapítulo 14 - Questionário respondido sobre o transporte de água em longa distância no corpo da planta
Esse capítulo faz parte do livro Movimento da água no corpo da planta. Envie as suas sugestões para o e-mail abaixo até o final de Novembro de 2017: teachingplantphysiology@gmail.com Capítulo 14 - Questionário
Leia maisDINÂMICA FISIOLÓGICA DOS HERBICIDAS. INSTITUTO AGRONÔMICO/PG Tecnologia da Produção Agrícola/Manejo e Biologia de Plantas Daninhas/AZANIA(2018)
DINÂMICA FISIOLÓGICA DOS HERBICIDAS DEFINIÇÃO dinâmica fisiológica dos herbicidas Dinâmica fisiológica de herbicidas Processos que envolvem a absorção e a translocação dos herbicidas nas plantas, assim
Leia maisTransporte nas Plantas
Transporte nas Plantas Para sua sobrevivência, os seres vivos necessitam de substâncias (moléculas e iões) que têm de ser transportadas a cada uma das células que os constituem. Os seres vivos simples
Leia maisO contínuo solo-planta-atmosfera nos capítulos desse livro e na circulação de água e dissipação de calor sobre os continentes
sugestões para teachingplantphysiology@gmail.com até novembro de 2017. Capítulo 1 - O contínuo solo-planta-atmosfera nos capítulos desse livro e na circulação de água e dissipação de calor sobre os continentes
Leia maisA Água na Planta. Fisiologia Vegetal Unidade II. Prof. José Vieira Silva (UFAL Arapiraca)
A Água na Planta Fisiologia Vegetal Unidade II Prof. José Vieira Silva (UFAL Arapiraca) Considerações Iniciais + 10 Valores Positivos: pressão exercida sobre uma superfície. Força x área (N, MPa, Bar,
Leia maisCOMPORTAMENTO DE HERBICIDAS EM PLANTAS
COMPORTAMENTO DE HERBICIDAS EM PLANTAS Arthur Arrobas Martins Barroso PhD Weed Science - 2018 Por onde o herbicida pode ser absorvido? Folha Caule Flores Frutos Raízes Rizomas Estolões Tubérculos O que
Leia maisFISIOLOGIA VEGETAL. Organização da célula vegetal e da planta
FISIOLOGIA VEGETAL Organização da célula vegetal e da planta cianobactéria Complexidade ipê Eucariotos: - aumento da complexidade genética - aumento da complexidade celular Woese (1987): baseado na filogenia
Leia maisCOMPONENTES DO POTENCIAL HÍDRICO
COMPONENTES DO POTENCIAL HÍDRICO = s + m + p + g onde: (ou w ou a ) = potencial de água total; s (ou o ) = potencial de solutos ou osmótico, que é função da concentração de solutos; negativo m = potencial
Leia mais1. O SOLO. corpo natural na superfície da terra; meio natural p/ crescimento das plantas; reservatório de água. ORIGEM:
BALANÇO HÍDRICO 1. O SOLO corpo natural na superfície da terra; meio natural p/ crescimento das plantas; reservatório de água. ORIGEM: litosfera rochas s tipos hidrosfera atmosfera biosfera COMPOSIÇÃO
Leia maisTRANSPORTE DE ÁGUA E SAIS. entender a absorção da água e dos sais pelas plantas, conceituando as teorias coesão-tensão e teoria radicular.
TRANSPORTE DE ÁGUA E SAIS META Apresentar os transportes de água e sais nas plantas. OBJETIVOS entender a absorção da água e dos sais pelas plantas, conceituando as teorias coesão-tensão e teoria radicular.
Leia maisCÉLULAS E TECIDOS VEGETAIS. Profa. Ana Paula Biologia III
CÉLULAS E TECIDOS VEGETAIS 2016 Profa. Ana Paula Biologia III CÉLULAS E TECIDOS VEGETAIS Quais as diferenças entre a célula vegetal e animal?? Basicamente: parede celular; vacúolo; cloroplastos. Parede
Leia maisFICHA INFORMATIVA Nº 1 Biologia e Geologia Módulo 3 O transporte nas plantas
FICHA INFORMATIVA Nº 1 Biologia e Geologia Módulo 3 O transporte nas plantas As plantas, através da fotossíntese, conseguem sintetizar os compostos orgânicos de que necessitam nas folhas. Para tal, precisam
Leia maisNUTRIÇÃO VEGETAL, FERTILIDADE DO SOLO E FERTILIZAÇÃO
NUTRIÇÃO VEGETAL, FERTILIDADE DO SOLO E FERTILIZAÇÃO Amarilis de Varennes Absorção e transporte de nutrientes na planta Extremidade de uma raiz Xilema Zona de alongamento Zona de crescimento Coifa Córtex
Leia maisFeixes condutores duplos e colaterais, ou seja, cada feixe tem xilema e floema, colocados lado a lado.
XILEMA FLOEMA Feixes condutores duplos e colaterais, ou seja, cada feixe tem xilema e floema, colocados lado a lado. Feixes condutores simples e alternos, ou seja, cada feixe tem somente xilema ou floema,
Leia maisEmbebição do solo e capacidade de campo
Publicado em Março de 2012 em www.viaciencia.com.br Todos o direitos reservados 1/13 Embebição do solo e capacidade de campo Carlos Henrique Britto de Assis Prado e Carlos Aparecido Casali Universidade
Leia maisMEMBRANAS BIOLÓGICAS E TRANSPORTE
MEMBRANAS BIOLÓGICAS E TRANSPORTE Funções das membranas celulares Definem limites externos das células Dividem compartimentos Regulam o trânsito das moléculas Manutenção do equilíbrio com o meio Participam
Leia maisMembrana plasmática. Membrana plasmática e parede celular ESTRUTURA DA MEMBRANA ESTRUTURA DA MEMBRANA ESTRUTURA DA MEMBRANA ESTRUTURA DA MEMBRANA
Membrana plasmática Membrana plasmática e parede celular Prof. Ancélio Ricardo de Oliveira Gondim Engenheiro Agrônomo, D. Sc. Pombal 18 de Março de 2013 1. Introdução A célula viva é um compartimento microscópico
Leia maisSLC Aula 10 Profa. Ana Paula O movimento da água e dos solutos nas plantas
SLC 0622 - Aula 10 Profa. Ana Paula O movimento da água e dos solutos nas plantas Para cada grama de matéria orgânica produzida pela planta, cerca de 500g de água são absorvidos pelas raízes, transportados
Leia maisDistribuição de Matéria
Biologia e Geologia 10º ano Unidade 3 Distribuição de Matéria 2015 Matéria Orgânica Seres Autotróficos Fotossíntese Distribuição da Matéria Qualquer que seja a forma como os seres vivos obtêm a matéria,
Leia maisEmbebição de matriz coloidal e matriz fibrosa
Publicado em Março de 2012 em www.viaciencia.com.br Todos os diretos reservados 1/15 Embebição de matriz coloidal e matriz fibrosa Carlos Henrique Britto de Assis Prado 1, Marco Aurélio Bortoni 2, Clara
Leia maisUNIVERSIDADE DE SÃO PAULO
UNIVERSIDADE DE SÃO PAULO PAULO R. C. CASTRO ESALQ/USP CANA-DE-AÇÚCAR: RELAÇÕES HÍDRICAS PROPRIEDADES EDÁFICAS CICLO DA CANA, TEMPERATURA E CHUVA RAÍZES ADVENTÍCIAS Fonte: Rodrigues, J.D. CRESCIMENTO DA
Leia maisCARACTERÍSTICAS GERAIS DA PAREDE CELULAR
PAREDE CELULAR CARACTERÍSTICAS GERAIS DA PAREDE CELULAR - Diferencia plantas de animais; - Confere rigidez celular; - Delimita a célula; - Relação entre estrutura da parede e função da célula; - Na defesa
Leia maisABSORÇÃO IÔNICA RADICULAR
ABSORÇÃO IÔNICA RADICULAR 1 Aspectos gerais Definições: a) Absorção b) Transporte ou translocação c) Redistribuição 2 Aspectos anatômicos da raiz Tecidos envolvidos: Epiderme (pêlos absorventes) Parênquima
Leia maisRelações Hídricas na estrutura vegetal FISIOLOGIA VEGETAL. Fenômenos relacionados com a água: Propriedades da água. Alto calor específico
Relações Hídricas na estrutura vegetal FISIOLOGIA VEGETAL Fenômenos relacionados com a água: Transpiração Absorção e transporte de água Transporte de açúcares Nutrição mineral Pigmentos Crescimento e desenvolvimento
Leia maisUNIVERSIDADE DE SÃO PAULO
UNIVERSIDADE DE SÃO PAULO PAULO R. C. CASTRO ESALQ/USP CANA-DE-AÇÚCAR: RELAÇÕES HÍDRICAS E ESTRESSE STAB - 2016 PROPRIEDADES EDÁFICAS CICLO DA CANA, TEMPERATURA E CHUVA Fonte: Casagrande, A. A., 1991.
Leia maisTransporte através de membranas celulares. Tipos de transporte. Exemplos. Importância
Transporte através de membranas celulares Tipos de transporte Exemplos Importância Transporte através de membranas celulares (32 D) (44 D) Bicamada lipídica é permeável a gases e moléculas apolares e polares
Leia maisTransporte através de membranas celulares. Tipos de transporte. Exemplos. Importância fisiológica
Transporte através de membranas celulares Tipos de transporte Exemplos Importância fisiológica Transporte através de membranas celulares (32 D) (44 D) Bicamada lipídica é permeável a gases e moléculas
Leia maisFronteiras da Célula.
Fronteiras da Célula 1 MEMBRANA PLASMÁTICA - Célula: compartimento isolado do meio ambiente por uma finíssima película, a membrana plasmática, constituída fundamentalmente por fosfolipídios e proteínas.
Leia maisHISTOLOGIA VEGETAL EMBRIÃO
HISTOLOGIA VEGETAL EMBRIÃO Em locais específicos Não fazem mitose Tecidos PERMANENTES Revestimento Sustentação Preenchimento Condução ESPECIALIZAÇÃO Tecidos MERISTEMÁTICOS (Indiferenciados) Taxa de Mitose
Leia maisÁGUA NA PLANTA. Katia Christina Zuffellato-Ribas
ÁGUA NA PLANTA Katia Christina Zuffellato-Ribas ESTRUTURA MOLECULAR DA ÁGUA 105 FUNÇÕES DA ÁGUA NA PLANTA CONSTITUINTE DO PROTOPLASMA (ATÉ 95% DO PESO DA MATÉRIA FRESCA) PARTICIPAÇÃO EM REAÇÕES QUÍMICAS
Leia maisRelações hídricas parte 3
UNIVERSIDADE DE SÃO PAULO ESCOLA SUPERIOR DE AGRICULTURA LUIZ DE QUEIROZ Departamento de Ciências Biológicas LCB 311 Fisiologia Vegetal Relações hídricas parte 3 - Processos envolvidos no transporte de
Leia maisEscola Prof. Reynaldo dos Santos P á g i n a 1. Teste Tema 3 Biologia
Escola Prof. Reynaldo dos Santos P á g i n a 1 1. A figura ao lado mostra um esquema que representa o corte transversal de uma folha de angiospérmica 1.1. O que representam as setas? 1.2. Faça a legenda
Leia maisTransporte de água em curta distância por meio da difusão, embebição e osmose. Questionário respondido.
1 Capítulo 13 Transporte de água em curta distância por meio da difusão, embebição e osmose. Questionário respondido. Carlos Henrique Britto de Assis Prado, Professor Titular da Universidade Federal de
Leia maisParede Celular. Dra. Maria Izabel Gallão
Parede Celular Confere proteção às células Constituição varia com o determinado tipo celular Algumas bactérias possuem parede celular com a seguinte constituição: Proteínas, lipídeos e polissacarídeos
Leia maisAULA 2 Potencial hídrico e transporte pelo xilema
UNIVERSIDADE FEDERAL DE PERNAMBUCO CENTRO DE BIOCIÊNCIAS DEPARTAMENTO DE BOTÂNICA DISCIPLINA DE FITOFISIOLOGIA A água H 2 O AULA 2 Potencial hídrico e transporte pelo xilema Marcelo Francisco Pompelli
Leia maisTransporte através de membranas celulares. Tipos de transporte. Exemplos. Importância fisiológica
Transporte através de membranas celulares Tipos de transporte Exemplos Importância fisiológica Transporte através de membranas celulares (32 D) (44 D) Bicamada lipídica é permeável a gases e moléculas
Leia mais25/08/2014 CÉLULAS. Células Procariontes. Raduan. Célula Eucarionte Vegetal. Raduan
CÉLULAS Células Procariontes Célula Eucarionte Vegetal 1 Célula Eucarionte Animal Núcleo Citoplasma Célula Animal Estrutura geral Membrana citoplasmática Mitocôndrias Retículo endoplasmático Complexo de
Leia maisProf. Francisco Hevilásio F. Pereira Fisiologia Vegetal
A água e a célula vegetal IMPORTÂNCIA E FUNÇÕES DA ÁGUA NAS PLANTAS FISIOLOGIA VEGETAL Relações hídricas Parte I Pombal PB Cada g de M. O. produzida pela pta 500 g de água: Absorvidos pelas raízes Transportados
Leia maisTecidos Vasculares. TECIDOS CONDUTORES - Introdução. Xilema primário. Procambio. Floema primário. Tecidos vasculares. Xilema.
Tecidos Vasculares TECIDOS CONDUTORES - Introdução Tecidos vasculares Procambio Cambio vascular Xilema primário Floema primário Xilema secundário Floema secundário 1 XILEMA Características Gerais Tecido
Leia maisBIB : Fisiologia Vegetal
Cianobactéria Euglena BIB133-135: Fisiologia Vegetal Rhodophyta Ipê Cianobactéria Ipê Euglena Rhodophyta Complexidade Woese (1987): baseado na filogenia molecular do gene SSU rrna. Propôs um sistema de
Leia maisProf. Dr. Willian Rodrigues Macedo
Translocação Orgânica: Transporte da Sacarose e Incorporação no Colmo Prof. Dr. Willian Rodrigues Macedo Universidade Federal de Viçosa UFV Campus de Rio Paranaíba CRP Sistemas vasculares: Floema VISÃO
Leia maisAULA 10 CAPÍTULO 10 RAIZ
AULA 10 CAPÍTULO 10 RAIZ RAIZ RAIZ Estrutura simples, quando comparada ao caule MAR = raiz primária Dicotiledôneas = raiz axial ou pivotante Monocotiledôneas = raiz fasciculada Morfologia externa Coifa
Leia maisBiologia e Geologia 10º ano
Escola Básica e Secundária Prof. Reynaldo dos Santos Vila Franca de Xira Biologia e Geologia 10º ano Teste de Avaliação Tema 3 de Biologia (Distribuição de matéria) Leia com atenção as perguntas que se
Leia maisTerapia Ocupacional. Fisilogia
Curso: Terapia Ocupacional Disciplina: Fisilogia Aula: Membrana Plasmática Profº. Ms. Rafael Palhano Fedato rafapalha@gmail.com Membrana Plasmática ou Membrana celular É uma dupla camada de lipídios com
Leia maisTransferência de água da folha para a atmosfera FISIOLOGIA VEGETAL
Transferência de água da folha para a atmosfera FISIOLOGIA VEGETAL Profº: MSc. André Sellaro Frigoni 1 2 4.1. Transpiração A trajetória final do movimento de vapor de água através da folha até a atmosfera
Leia maisRAIZ ANATOMIA INTERNA
ANATOMIA INTERNA A raiz apresenta uma organização interna relativamente mais simples que o do caule, devido a ausência de nós, entrenós e de órgãos semelhantes a folhas. Raiz lateral Raiz lateral Raiz
Leia maisMembrana Plasmática Estrutura e Função
Universidade Federal do Amazonas ICB Dep. Morfologia Disciplina: Biologia Celular Aulas Teóricas Membrana Plasmática Estrutura e Função Prof: Dr. Cleverson Agner Ramos Membrana Plasmática A bicamada de
Leia maisMEMBRANAS BIOLÓGICAS E TRANSPORTE
MEMBRANAS BIOLÓGICAS E TRANSPORTE Funções das membranas celulares Definem limites externos das células Dividem compartimentos Regulam o trânsito das moléculas Manutenção do equilíbrio com o meio Participam
Leia maisAULA 3 Fisiologia estomática e Translocação pelo floema
UNIVERSIDADE FEDERAL DE PERNAMBUCO CENTRO DE BIOCIÊNCIAS DEPARTAMENTO DE BOTÂNICA DISCIPLINA DE FISIOLOGIA VEGETAL Transpiração: Necessária ou desperdício de água? AULA 3 Fisiologia estomática e Translocação
Leia maisColégio Marista Diocesano Biologia PC 2º ano EM turmas A e B B18 FISIOLOGIA VEGETAL
Colégio Marista Diocesano Biologia PC 2º ano EM turmas A e B B18 FISIOLOGIA VEGETAL Fisiologia vegetal De forma objetiva, a fisiologia vegetal ou fitofisiologia é o ramo da botânica que trata dos fenômenos
Leia maisConceitos básicos da morfologia de angiospemas
Nomes: Helena Streit, Juliana Schmidt da Silva e Mariana Santos Stucky Introdução Ascensão da água e nutrientes inorgânicos A ascensão da água e dos solutos através do xilema é um processo que requer uma
Leia maisFaculdade Anhanguera de Campinas FAC 4
Faculdade Anhanguera de Campinas FAC 4 Curso de Graduação em Educação Física Profa. Dra. Amabile Vessoni Arias E-mail: Amabile.arias@anhanguera.com 2016-2 Membrana plasmática = plasmalema É uma película
Leia maisABSORÇÃO E TRANSPORTE DE NUTRIENTES. Katia Christina Zuffellato-Ribas
ABSORÇÃO E TRANSPORTE DE NUTRIENTES Katia Christina Zuffellato-Ribas ABSORÇÃO DE ÁGUA E DE SAIS MINERAIS FLUXO DE MASSA DIFUSÃO OSMOSE ABSORÇÃO DE ÁGUA E DE SAIS MINERAIS FLUXO DE MASSA MOVIMENTO TOTAL
Leia maisBiologia Professor Leandro Gurgel de Medeiros
Biologia Professor Leandro Gurgel de Medeiros Histologia e Morfologia Vegetal Histologia Vegetal Ramo da Botânica que se preocupa em estudar os tecidos vegetais quanto as suas características, organização,
Leia maisBIOLOGIA 1º ANO EVOLUÇÃO DO MICROSCÓPIO
BIOLOGIA 1º ANO EVOLUÇÃO DO MICROSCÓPIO Microscopia 1591- Zacharias e Hans Janssen 1632 Antonie von Leuwenhoek 1663 Robert Hook Teoria Celular Premissas fundamentais: Todos os seres vivos são formados
Leia maisMembrana plasmática e transporte
Membrana plasmática e transporte Profª Ana Luisa Miranda Vilela www.bioloja.com Estrutura Modelo do mosaico fluido (Singer e Nicholson 1972): bicamada lipídica (fosfolipídios) onde encontram-se imersas
Leia maisBiofísica de Membranas
GUARANTÃ DO NORTE» AJES FACULDADE NORTE DE MATO GROSSO Biofísica de Membranas Prof. Me. Thiago Machado BIOFÍSICA DE MEMBRANAS Membrana celular Prof. Me. Thiago Machado Membrana celular Célula Internalizados
Leia maisMembrana Plasmática: Funções da membrana
Membrana Plasmática: Funções da membrana Membrana plasmática Manutenção da integridade e estrutura da célula. Controle da movimentação de substâncias para dentro e fora da célula (permeabilidade seletiva)
Leia maisFisiologia Vegetal. Curso de Zootecnia Prof. Etiane Skrebsky Quadros
Fisiologia Vegetal Curso de Zootecnia Prof. Etiane Skrebsky Quadros Unidade I: Relações hídricas Aula 1 Importância Funções para os vegetais Propriedades físico-químicas e térmicas Movimento de água na
Leia maisFisiologia Vegetal. Curso de Zootecnia Prof. Etiane Skrebsky Quadros
Fisiologia Vegetal Curso de Zootecnia Prof. Etiane Skrebsky Quadros Transporte e translocação de solutos Transporte de solutos O movimento de moléculas ou íons de um local para outro é conhecido como TRANSPORTE
Leia maisTECIDOS FUNDAMENTAIS
TECIDOS FUNDAMENTAIS Totipotência Capacidade da célula madura reter potencialidades para o crescimento e diferenciação, normalmente só encontradas no zigoto. Ex. célula do parênquima. TECIDOS podem ser
Leia maisTipos de Tecidos Tecidos meristemáticos (sofrem mitoses)
Tecidos Vegetais Tipos de Tecidos Tecidos meristemáticos (sofrem mitoses) Primário: Gemas Secundário: Câmbio e Felogênio Tecidos permanentes (diferenciados) Revestimento Condução Sustentação Parênquimas
Leia mais25/08/2017 CÉLULAS. Células Procariontes. Raduan. Célula Eucarionte Vegetal. Raduan
CÉLULAS Células Procariontes Célula Eucarionte Vegetal 1 Célula Eucarionte Animal Núcleo Citoplasma Célula Animal Estrutura geral Membrana citoplasmática Mitocôndrias Retículo endoplasmático Complexo de
Leia maisSistema Vascular. Gregório C eccantini. BIB 140 Forma e Função em plantas vasculares. USP Universidade de São Paulo
Sistema Vascular BIB 140 Forma e Função em plantas vasculares Gregório C eccantini USP Universidade de São Paulo Transporte no sistema vascular: integração do metabolismo Corpo Vegetal Sistemas Sistema
Leia maisÁGUA DO SOLO. Aula 9. Prof. Miguel Cooper
ÁGUA DO SOLO Aula 9 Prof. Miguel Cooper CONCEITO E IMPORTÂNCIA DO USO DA ÁGUA NA AGRICULTURA Qual a importância de estudar a água no solo? Estrutura Molecular da Água TENSÃO SUPERFICIAL Fenômeno típico
Leia maisTransporte pelo floema
Transporte pelo floema ausência de sistema radicular floena sistema radicular extenso xilema Transporte pelo floema Experimento realizado no início do séc. XVII pelo italiano Marcello Malpighi casca materiais
Leia mais1.1 Conceitos em nutrição de plantas. Outros elementos químicos de interesse na nutrição vegetal.
1. CONCEITOS 1.1 Conceitos em nutrição de plantas. 1.2 Conceito de nutrientes e critérios de essencialidade. 1.3 Composição relativa das plantas. Outros elementos químicos de interesse na nutrição vegetal.
Leia maisTecidos Vegetais. Professor: Vitor Leite
Tecidos Vegetais Professor: Vitor Leite TECIDOS MERISTEMÁTICOS (MERISTEMAS) Localização: ápices de todas as raízes e caules e gemas laterais. Função: Crescimento longitudinal(comprimento). Originam tecidos
Leia maisBIB : Fisiologia Vegetal
Cianobactéria Euglena BIB133-135: Fisiologia Vegetal Rhodophyta Ipê Cianobactéria Ipê Euglena Rhodophyta Complexidade Woese (1987): baseado na filogenia molecular do gene SSU rrna. Propôs um sistema de
Leia maisClassificação das Angiospermas. Professor: Vitor Leite
Classificação das Angiospermas Professor: Vitor Leite Tecidos Vegetais Professor: Vitor Leite TECIDOS MERISTEMÁTICOS (MERISTEMAS) Localização: ápices de todas as raízes e caules e gemas laterais. Função:
Leia maisMembranas Biológicas
UNIVERSIDADE DO ESTADO DE SANTA CATARINA CENTRO DE CIÊNCIAS TECNOLÓGICAS DEPARTAMENTO DE QUÍMICA DQMC BIOQUÍMICA BIO0001 Membranas Biológicas Prof Karine P. Naidek Outubro/2016 Membranas Biológicas Membranas
Leia maisMatéria: Biologia Assunto: Moléculas, células e tecidos - Membranas biológicas Prof. Enrico Blota
Matéria: Biologia Assunto: Moléculas, células e tecidos - Membranas biológicas Prof. Enrico Blota Biologia Moléculas, células e tecidos - Membranas Biológicas Todas as células, sejam elas procariontes
Leia maisDefinição e alteração da energia livre da água no contexto da fisiologia vegetal
Definição e alteração da energia livre da água no contexto da fisiologia vegetal Carlos Henrique Britto de Assis Prado 1, Lis Schwartz Miotto 2, Luciane Pivetta 2, Marlei Leandro de Mendonça 2 1 Professor
Leia maisTRANSPORTE ATRAVÉS DA MEMBRANA
TRANSPORTE ATRAVÉS DA MEMBRANA LÍQUIDOS INTRA E EXTRA CELULARES MEMBRANA CELULAR: manutenção das # / seletividade das proteínas transportadoras para íons ou moléculas; SELETIVIDADE E ABERTURAS DAS COMPORTAS
Leia maisAula Multimídia. Prof. David Silveira
Aula Multimídia Prof. David Silveira BOTÂNICA HISTOLOGIA VEGETAL 1) GERMINAÇÃO: Partes da semente: - TEGUMENTO (casca) proteção. - ENDOSPERMA (álbume/3n) reserva nutritiva. - EMBRIÃO Cotilédone (folhas
Leia maisDESENVOLVIMENTO & HISTOLOGIA VEGETAL (TECIDOS)
DESENVOLVIMENTO & HISTOLOGIA VEGETAL (TECIDOS) Eixo hipocótilo -radícula epicótilo cotilédone hipocótilo raiz protoderme meristema fundamental procâmbio Modelo apical-basal Modelo radial Sistemas de tecidos
Leia maisSistema Vascular. Gregório Ceccantini. BIB 140 Forma e Função em plantas vasculares. USP Universidade de São Paulo
Sistema Vascular BIB 140 Forma e Função em plantas vasculares Gregório Ceccantini USP Universidade de São Paulo Transporte no sistema vascular: integração do metabolismo Sistema Vascular 1. Corpo Vegetal
Leia maisO movimento da água e dos solutos nas plantas
O movimento da água e dos solutos nas plantas A água Princípios do movimento da Água O movimento da água em qualquer sistema é governado por 3 processos: Difusão Osmose Fluxo de massa; Osmose glicose Membrana
Leia maisFISIOLOGIA DAS MEMBRANAS. Composição da membrana plasmática. Transporte através da membrana.
FISIOLOGIA DAS MEMBRANAS Composição da membrana plasmática. Transporte através da membrana. FUNÇÕES DA MEMBRANA PLASMÁTICA Isolamento físico Regulação de trocas Comunicação celular Suporte estrutural Modelo
Leia maisGOIÂNIA, / / 2015 PROFESSOR: DISCIPLINA: SÉRIE: 2º. ALUNO(a):
GOIÂNIA, / / 2015 PROFESSOR: DISCIPLINA: SÉRIE: 2º ALUNO(a): Lista No Anhanguera você é + Enem Justificar as questões de múltipla escolha. Questão 01) Considerando a histologia vegetal - ciência que estuda
Leia maisMorfologia Vegetal de Angiospermas
http://static.panoramio.com/photos/large/2860747.jpg Morfologia Vegetal de Angiospermas Professor: Guilherme Ribeiro Gonçalves Histologia Meristema primário Formado por células derivadas diretamente
Leia maisAula 15 Transpiração nos vegetais
Aula 15 Transpiração nos vegetais Transpiração é o processo em que as plantas perdem água sob forma de vapor. A folha é o principal órgão responsável pela transpiração vegetal; mas outros órgãos como flor,
Leia maisTransporte nas plantas
Transporte nas plantas As plantas dividem-se em dois grupos: PLANTAS AVASCULARES: Plantas simples, sem estrutura especializada no transporte de substâncias. PLANTAS VASCULARES: Plantas evoluídas com sistemas
Leia maisFisiologia celular II. Fisiologia Prof. Msc Brunno Macedo
celular II celular II Objetivo Conhecer os aspectos relacionados a membrana plasmática quanto ao transporte através da membrana e o potencial de repouso da membrana Conteúdo Membrana plasmática Mecanismos
Leia maisBiologia. Membranas Biológicas. Professor Enrico Blota.
Biologia Membranas Biológicas Professor Enrico Blota www.acasadoconcurseiro.com.br Biologia MEMBRANAS BIOLÓGICAS PARTE 1 Todas as células, sejam elas procariontes ou eucariontes apresentam um revestimento
Leia maisTransporte através da Membrana Plasmática. CSA Colégio Santo Agostinho BIOLOGIA 1º ano Ensino Médio Professor: Wilian Cosme Pereira
Transporte através da Membrana Plasmática CSA Colégio Santo Agostinho BIOLOGIA 1º ano Ensino Médio Professor: Wilian Cosme Pereira A membrana plasmática é formada por 2 camadas ( Bicamada ) de lipídios
Leia maisTransporte pelo floema
Transporte pelo floema floema ausência de sistema radicular sistema radicular extenso xilema Homohidrica O transporte a longa distância na planta se dá por transporte em massa. ausência de sistema radicular
Leia maisTransportes Celulares. Transporte Passivo Transporte Ativo
Transportes Celulares Transporte Passivo Transporte Ativo Transporte Passivo Difusão Passiva - Muitas substâncias penetram nas células ou delas saem por difusão passiva, isto é, como a distribuição do
Leia mais18/04/2016. Funções da água. Relações hídricas em plantas forrageiras. Funções da água. Funções da água. Funções da água.
Campus de Ilha Solteira Relações hídricas em plantas forrageiras Funções da Crescimento celular Atividades metabólicas Prof. Leandro C. Araujo (DBZ) Zootecnista Funções da Funções da Constituintes do protoplasma:
Leia maisTRANSPORTE II: Floema. Carregamento e transporte, abordagem fonte-dreno
TRANSPORTE II: Floema. Carregamento e transporte, abordagem fonte-dreno Veronica Angyalossy & Marcos Buckeridge Cyperus papirus O floema O floema nos diferentes órgãos Composição tecido complexo - vivo
Leia maisAs plantas precisam de : -Transportar até às folhas água, CO2 e sais minerais; - Transportar das folhas para o resto da planta matéria orgânica.
As plantas dividem-se em dois grupos: PLANTAS AVASCULARES: Plantas simples, sem estrutura especializada no transporte de substâncias. PLANTAS VASCULARES: Plantas evoluídas com sistemas de transporte de
Leia maisComportamento dos herbicidas nas plantas
Etapas do Modo de ação dos herbicidas 1 - Contato 2 - Absorção Sítio de ação 3 Translocação 4 Mecanismo de ação Pedro Jacob Christoffoleti - ESALQ USP Marcelo Nicolai Agrocon 27/02/16 Comportamento dos
Leia maisMembrana plasmática (plasmalema)
Membrana plasmática (plasmalema) Bicamada lipídica (fosfolipídio + colesterol) responsável pela proteção e pelo controle da entrada e saída de substâncias da célula (permeabilidade seletiva). Modelo do
Leia maisMembrana Celular Biologia Professora Josy
Biologia Professora Josy Tema: Membrana celular 1) Constituição da Sinônimos: Membrana citoplasmática, Membrana plasmática e Plasmalema. Presente em todos os tipos de células. Visível somente ao microscópio
Leia mais