Embebição de matriz coloidal e matriz fibrosa

Tamanho: px
Começar a partir da página:

Download "Embebição de matriz coloidal e matriz fibrosa"

Transcrição

1 Publicado em Março de 2012 em Todos os diretos reservados 1/15 Embebição de matriz coloidal e matriz fibrosa Carlos Henrique Britto de Assis Prado 1, Marco Aurélio Bortoni 2, Clara Di Martino 2 1 Professor Associado do Departamento de Botânica da Universidade Federal de São Carlos, 2 Alunos do curso de graduação do Bacharelado em Ciências Biológicas, Universidade Federal de São Carlos Materiais utilizados Vidrarias: Placas de Petri com 14 cm de diâmetro, Becker de 50 ml Drogas: gelatina em folha colorida, água destilada Outros materiais: papel milimetrado, cronômetro, tesoura, régua de 30 cm, pinça, caneta de ponta porosa, lápis, papel sulfite branco (papel A4) Introdução A parede celular é um componente típico das células vegetais, é semi-rígida, fibrosa, e apresenta finos capilares internos 1. A parede celular é denominada corretamente de matriz extracelular, capaz de competir por solutos e água com o solo, proteger mecanicamente a epiderme dos órgãos e proporcionar rigidez às células vegetais. Assim, a matriz extracelular oferece simultaneamente capacidade de competição por recursos no ambiente, proteção e estrutura mecânica aos vários níveis de organização do vegetal (células, tecidos e órgãos). Por outro lado, a matriz extracelular protege a célula contra microorganismo patógenos e contra a abrasão de materiais sólidos na parte aérea e na porção subterrânea da planta. No entanto, a matriz extracelular permite a entrada da água e dos nutrientes minerais dissolvidos até que esses materiais encontrem a 1 Diâmetro médio entre 3,5 e 5,2 nm.

2 Publicado em Março de 2012 em Todos os diretos reservados 2/15 plasmalema (membrana plasmática) antes de alcançar o interior da célula. A matriz extracelular, mais o lúmen das células mortas e os espaços entre as células no corpo da planta perfazem o apoplasto, um ambiente contíguo, mas sem biomembranas. O simplasto é o volume da célula constituído pelos plasmodesmata, o citoplasma e todo o seu conteúdo (citosol e organelas citoplasmáticas) menos o vacúolo. O simplasto está conectado entre células por meio dos plasmodesmata. O volume simplasmático é bem diferente do volume do vacúolo e da parede celular. No simplasma há quantidade significativa de solutos (sais, óxidos e moléculas orgânicas) e de biomembranas que limitam as organelas como as membranas da mitocôndria, dos cloroplastos, do complexo de Golgi, a plasmalema e o retículo endoplasmático. O simplasto e o vacúolo juntos resultam no protoplasto, ou seja, todo o conteúdo interior da célula vegetal livre da matriz extracelular. Apesar de o vacúolo apresentar uma biomembrana delimitando seu exterior com o simplasto o vacúolo não é considerado parte do simplasma. O vacúolo é a maior organela da célula vegetal, ocupando cerca de 90% do protoplasto das células homeohídricas (as células vegetais que apresentam um só vacúolo). O conteúdo do vacúolo é distinto da parede celular e do simplasto e não está conectado diretamente a nenhum outro vacúolo de outra célula. No vacúolo é possível serem encontrados pigmentos, ácidos orgânicos, enzimas digestivas e, principalmente, água. O vacúolo é o principal local de reserva de água da célula vegetal. Portanto, há três volumes bem distintos na célula vegetal, o vacúolo com água e uma grande diversidade de solutos, o

3 Publicado em Março de 2012 em Todos os diretos reservados 3/15 simplasto composto pelo citosol e as organelas e a matriz extracelular composta principalmente de celulose na forma de fibras (parede celular). A concentração significativa de proteínas e açúcares livres e aderidos na interface das biomembranas com o citosol confere ao simplasto um caráter mais viscoso que o vacúolo. O simplasto se comporta como um gel. O gel é caracterizado por conter substâncias coloidais 2 que se dispersam em um solvente, resultando em uma massa que pode ter consistência gelatinosa. O solvente no simplasto é a água e os colóides são principalmente proteínas e açúcares solúveis de diversos tamanhos. A sacarose, por exemplo, é um colóide que apresenta o tamanho reduzido de 1,0 nm. Um sólido ou um semi-sólido capaz de reter quantidade significativa de água no seu interior devido aos colóides (como a gelatina ou o simplasto) ou capilares internos (como o solo ou a matriz extracelular) pode ser considerado uma matriz. A matriz, portanto, se caracteriza por uma grande capacidade de reter água na superfície de seus componentes coloidais que interagem prontamente com a água (no caso do amido e gelatina) ou nas superfícies internas molháveis de seus capilares (no caso da madeira, papel, solo, e tijolo). Portanto, em uma célula vegetal viva há duas matrizes adjacentes e competitivas por água e solutos, o simplasto coloidal (citoplasmas e organelas interligados por plasmodesmata) e a matriz extracelular (a parede celular). Essas matrizes são separadas por uma biomembrana, a plasmalema, denominada também de membrana plasmática. A matriz extracelular é de natureza muito distinta da matriz coloidal (o simplasto). A celulose da parede celular é um polissacarídeo cujas moléculas são formadas por cadeias lineares 2 Sólidos com tamanho reduzido, entre 1,0 nm e 1,0 µm. Os colóides dificilmente decantam em solução aquosa e podem dar consistência gel à solução.

4 Publicado em Março de 2012 em Todos os diretos reservados 4/15 de glicose. Cada molécula de celulose é formada por cerca de resíduos de glicose. Os resíduos são ligados mediante uniões β-1,4 glucano, ou seja, o carbono 1 da molécula de glicose é ligado ao carbono 4 da próxima molécula de glicose. A ligação β-1,4 posiciona os resíduos de glicose em um mesmo plano e sem ramificações. As moléculas de celulose formam uma fibra molecular com cerca de 0,8 nm de largura. Na parede celular essas longas moléculas de celulose estão arranjadas em paralelo formando um feixe, a microfibrila. Cada microfibrila é formada por dezenas de longas cadeias de celulose fortemente estruturadas por pontes de hidrogênio entre grupos hidroxila. Essas pontes atribuem coesão ao feixe de celulose. A microfibrila é a unidade básica da construção da parede celular primária e secundária. Portanto, a matriz extracelular é, essencialmente, formada por fibras (matriz fibrosa) em contraste com a matriz simplasmática adjacente no interior da célula, o simplasto (matriz coloidal). A gelatina comercial em folha é constituída por um conjunto de proteínas (cerca de 85% da massa seca) e açucares que se comportam como colóides em solução aquosa, semelhante ao volume simplasmático. Por ser um meio com composição predominantemente protéica, a gelatina se embebe rapidamente, pois as proteínas apresentam cargas e pólos que interagem prontamente com os pólos da água (interação colóide-água). Se estiver na forma comercial de folha seca a gelatina incha e perde a sua forma inicial à medida que a embebição avança. Sem ter como limitar a entrada de solutos e de água na matriz protéica, a gelatina em folha perde paulatinamente a forma inicial devido ao aumento de volume e conseqüente aumento de sua área após a embebição. Assim como no simplasto da célula vegetal, a água entra e

5 Publicado em Março de 2012 em Todos os diretos reservados 5/15 aumenta o volume da lâmina de gelatina. A folha de gelatina cresce conforme a embebição até certo limite, quando a folha pode quebrar e se dissolver na própria solução de embebição. A água entra na gelatina molhando primeiro as bordas de contato. Posteriormente, a água atinge o interior da gelatina com o avanço da franja de embebição. Por outro lado, a estrutura do papel sulfite de impressão é constituída de fibras de celulose obtida do lenho de árvores e se assemelha à estrutura física da matriz extracelular. Durante a fabricação do papel as fibras são depositadas em um arranjo semelhante ao da parede celular secundária. O arranjo de microfibrilas da celulose confere maior rigidez à matriz fibrosa em relação à matriz gelatinosa. As microfibrilas estão interconectadas por vários materiais na parede da célula vegetal: pectina, hemicelulose, íons cálcio e lignina. Apesar da pectina e da lignina serem parcialmente retiradas durante o beneficiamento da polpa para a fabricação do papel, essas substâncias ainda estão presentes no papel de impressão. O papel assume um tom amarelado e se quebra mais facilmente conforme envelhece devido à degradação da pectina e da lignina residual. Celulose, pectina e lignina são substâncias com muitos pólos negativos, capazes de interagir eletronicamente com os pólos positivos da água. Portanto, a água também embebe a matriz fibrosa como a matriz coloidal, formando uma franja de molhamento em direção ao interior da matriz. Diferente da matriz coloidal, a matriz de celulose apresenta capilares formados pelos espaços entre fibras. Quando a água entra na matriz fibrosa como na parede celular ou no papel essa matriz pode se distender somente até certo limite, pois as microfibrilas de celulose estão entrelaçadas, sobrepostas e interconectadas. O grau de adesão entre as microfibrilas pode variar

6 Publicado em Março de 2012 em Todos os diretos reservados 6/15 dependendo da matriz fibrosa. Por exemplo, na parede celular primária as microfibrilas estão interconectadas por pectina, extensina (uma das poucas proteínas da parede celular) e dois tipos de glicanos: o xiloglucano e o glucuronoarabinoxilano. No papel tipo sulfite a adesão das fibras de celulose é limitada pelo grau de entrelaçamento das fibras, pelo conteúdo de pectina e lignina e pelas pontes de hidrogênio eventuais entra microfibrilas. Dessa forma, é possível ocorrer apenas um limitado deslizamento entre as fibras durante a embebição da matriz fibrosa do papel. Assim, a manutenção da integridade física do volume do simplasto durante a entrada de água na célula é realizada por meio da matriz extracelular e não da matriz coloidal do simplasma e nem da membrana plasmática que envolve o volume simplasmático. A água entra no simplasto atravessando a membrana plasmática (plasmalema) por meio do canal protéico denominado de aquaporina. A água que entra no simplasto necessariamente aumenta esse volume de forma correspondente, pois não é possível comprimir água líquida. O simplasto com maior volume pressiona a parede celular (a matriz extracelular) de dentro para fora. A matriz extracelular é deformada até certo ponto, deslizando as microfibrilas em um processo limitado. Se as matrizes coloidal e fibrosa estiverem totalmente separadas (o que não é o caso de uma célula vegetal viva) a água poderá entrar continuamente na matriz coloidal dissolvendo essa matriz, podendo o gel até perder a integridade física após um estágio avançado de embebição. A matriz fibrosa separada da coloidal irá embeber e se deformar até seus capilares internos estarem totalmente preenchidos com água e as microfibrilas deslizarem até certo limite. A embebição logo irá cessar na matriz fibrosa preenchendo todos

7 Publicado em Março de 2012 em Todos os diretos reservados 7/15 os capilares e deslizando um pouco as microfibrilas de celulose. Portanto, dificilmente a matriz fibrosa irá perder os seus contornos e sua integridade física após plena embebição, mesmo estando isolada. A vantagem para a planta é ter uma matriz coloidal interna que se embebe continuamente limitada em volume por uma matriz fibrosa externa que não perde seu contorno após embebição. Na célula vegetal essas matrizes estão em contato íntimo, separadas apenas por uma fina camada de gordura e proteína (a plasmalema). A plasmalema é capaz de manter ambas as matrizes (coloidal e fibrosa) unidas por meio de íons cálcio (Ca 2+ ) que interagem com as proteínas que faceiam as matrizes e por meio dos plasmodesmata que atravessam as matrizes fibrosas e unem os citoplasmas das células vegetais. Nessa aula prática iremos trabalhar com matrizes coloidal e fibrosa separadas fisicamente e submersas independentemente em água. A capacidade e a velocidade de embebição de ambas matrizes serão quantificadas e o significado biológico para a célula dessas matrizes trabalhando em conjunto, lado a lado, mas separadas pela plasmalema, poderá ser visualizado. Objetivos Comparar a velocidade de embebição de uma matriz fibrosa (papel) e de uma matriz protéica coloidal (gelatina) por meio do incremento da área relativa sob água.

8 Publicado em Março de 2012 em Todos os diretos reservados 8/15 Discutir o significado biológico do comportamento da matriz coloidal e da matriz fibrosa por meio da velocidade de embebição e do aumento da área relativa de cada matriz durante o processo de embebição. Evidenciar as propriedades da matriz fibrosa e de uma matriz protéica a partir dos resultados de embebição. Relacionar esses resultados ao sucesso do emprego simultâneo e adjacente da matriz fibrosa como estrutura da parede celular e da matriz coloidal como meio molecular apropriado para reações bioquímicas das rotas metabólicas, separadas em compartimentos delimitados por uma biomembrana, a plasmalema. Experimento a) Desenhar dois retângulos de 3,0 x 6,0 cm em uma folha de papel milimetrado, posicionados lado a lado e distantes em 3,0 cm (Figura 1). Colocar a placa de Petri de 14,0 cm de diâmetro em cima do desenho a ser utilizado como gabarito para determinar o incremento de área das folhas das matrizes coloidal e fibrosa. O aumento da área será registrado minuto a minuto por meio da alteração dos lados dos retângulos durante a embebição.

9 Publicado em Março de 2012 em Todos os diretos reservados 9/15 Figura 1 - Esquerda: desenhos dos retângulos 3,0 x 6,0 cm sobre papel milimetrado, separados por 3 cm de distância. Esses desenhos servirão como gabarito para verificar a alteração do comprimento e da largura dos retângulos das folhas da matriz coloidal e da matriz fibrosa durante a embebição em água na placa de Petri. Direita: Placa de Petri de 14 cm de diâmetro sobre o papel quadriculado com os 2 retângulos desenhados abaixo. A placa de Petri será preenchida com 50 ml de água e a embebição das matrizes poderá ser acompanhada a cada minuto por meio da área delimitada sob a placa. b) Recortar as folhas de gelatina e de papel em retângulos de 3,0 x 6,0 cm (Figura 2). Em cada placa de Petri, haverá um retângulo da matriz coloidal e um retângulo para a matriz fibrosa (Figura 3). A folha de gelatina deve ser completamente submersa desde o início do experimento. Se a matriz de gelatina boiar durante a embebição ocorrerá o aumento de área e de volume somente na parte inferior em contato com a água. Dessa forma, a folha de gelatina se enrola dobrando para cima e inviabilizando o acompanhamento do aumento dos lados do retângulo (Figura 4). Esse tipo de problema dificilmente ocorre com a matriz fibrosa (papel) pois essa matriz é de fácil submersão em água.

10 Publicado em Março de 2012 em Todos os diretos reservados 10/15 Figura 2 - Retângulos com lados de 3,0 x 6,0 cm, de folhas de gelatina (acima) e de papel (abaixo) cortados previamente para serem submersos em água. Figura 3 - Retângulos com lados de 3,0 x 6,0 cm de gelatina (acima) e papel (abaixo) prontos para serem submersos em água. Note a escala entre as diferentes matrizes e o posicionamento exato das matrizes sobre os retângulos desenhados previamente em papel milimetrado. A medição dos lados maior e menor é realizada a cada minuto após o contato das matrizes com a água. Utilize constantemente duas pinças para manter as matrizes submersas e posicionadas durante a embebição. Figura 4 Retângulo de gelatina com lados de 3,0 x 6,0 cm submerso incompletamente (errado) causando o aumento somente da superfície inferior em contato com a água. O resultado é o enrolamento da folha de gelatina (ponta do instrumento) e incapacidade de quantificação dos lados e da área correspondente.

11 Publicado em Março de 2012 em Todos os diretos reservados 11/15 c) Coloque as matrizes na placa de Petri seca e verifique se o tamanho de cada uma corresponde exatamente ao gabarito previamente desenhado sobre o papel milimetrado (Figura 3). Após despejar cuidadosamente a água mantenha as matrizes posicionadas sobre o gabarito desenhado com o auxílio de uma pinça. Com base no molde do gabarito de medidas abaixo de cada matriz é possível verificar minuto a minuto o aumento dos lados das matrizes (aumento da área) por meio do papel milimetrado. Marque em uma tabela o comprimento dos lados maior e menor de cada matriz a cada minuto. Esses valores serão utilizados para o cálculo do aumento da área em função do tempo. As medidas de aumento de lado das matrizes a cada minuto exige atenção. Um aluno poderá cuidar de apenas uma placa de Petri durante o experimento, anotando o aumento dos lados de ambas as matrizes de uma mesma placa. É necessário acompanhar o aumento da matriz durante 20 minutos. d) O aumento da área de cada matriz em função do tempo deve ser calculado multiplicando o valor obtido dos lados do retângulo (lado maior vezes lado menor) a cada minuto. Construir um gráfico do aumento de área de cada matriz em função do tempo (min) para cada placa de Petri. No gráfico a área deve ser expressa em área relativa, ou seja, a porcentagem da área aumentada durante a embebição em relação à área inicial dos retângulos em cada minuto de determinação (Figuras 5 e 6).

12 Publicado em Março de 2012 em Todos os diretos reservados 12/15 Figura 5 - Incremento da área relativa (%) em função do tempo (min) da superfície de uma matriz coloidal (proteína e açucares solúveis) na forma de folha e submersa em água. Figura 6 Incremento da área relativa (%) em função do tempo (min.) da superfície de uma matriz fibrosa na forma de folha (papel) submersa em água.

13 Publicado em Março de 2012 em Todos os diretos reservados 13/15 e) A matriz coloidal (Figura 5) cresce mais rapidamente e atinge uma área relativa 20 vezes maior que a matriz fibrosa (Figura 6). A maior velocidade de crescimento da matriz protéica ocorre pelo motivo de não haver canais a serem preenchidos por água antes de a matriz ganhar volume. Toda a água que entra na matriz coloidal imediatamente aumenta o volume e a área do corpo da matriz. No entanto, essa matriz não é capaz de manter seu contorno e a folha de gelatina facilmente se despedaça após 20 minutos de embebição. No interior da matriz coloidal do experimento não há superfícies fixas onde interações elétricas (reações químicas ou adsorção) podem ocorrer em um plano bidimensional determinado. Essa matriz é um volume coloidal que expõe totalmente as moléculas imersas nas 3 dimensões (profundidade, largura e altura) possibilitando a exposição dos solutos nas rotas metabólicas do simplasto. Por outro lado, a água que expande a matriz coloidal não pode ser comprimida, pois não é possível comprimir água líquida. Dessa forma, essa matriz quando expande pode pressionar os volumes adjacentes durante a embebição. O simplasto com sua matriz coloidal funciona mecanicamente dessa forma, quando recebe água expande seu volume e pressiona a plasmalema e a matriz extracelular (parede celular). Essa força dá origem à pressão de parede. f) A matriz fibrosa não se distende tanto como a matriz protéica e a velocidade de aumento de área é mais lenta (Figuras 5 e 6). As fibras do papel se embebem até um limite de incremento de área de cerca de 10% (Figura 6). A partir desse ganho de área não mais ocorre

14 Publicado em Março de 2012 em Todos os diretos reservados 14/15 afrouxamento (deslizamento) entre fibras. As interações químicas na matriz fibrosa ocorrem freqüentemente entre uma superfície fixa semisólida e polarizada negativamente (superfície das microfibrilas de celulose) os solutos e o solvente da solução que embebe a matriz. Nessa solução os íons e moléculas polarizadas eventualmente são adsorvidos de forma reversível na superfície dos capilares formados pelos espaços entre as fibras. Esse meio com superfícies fixas capazes de adsorver solutos móveis é denominado de meio de Donnan. Essa forma de organização celular com uma matriz extracelular fibrosa, uma matriz intracelular coloidal e ainda uma reserva de água mais interna (vacúolo) é bem sucedida na natureza. Cerca de 90% da biomassa existente sobre os continentes apresenta essa organização estrutural. É interessante notar que a matriz coloidal é construída a partir da polimerização de glicose exatamente na plasmalema, no limite entre as matrizes, a partir de proteínas transmembranares que catalizam a polimerização. Todos os outros componentes da parede celular também são fabricados pelo simplasto. Portanto, há forte interdependência funcional entre as matrizes fibrosa e coloidal na célula vegetal.

15 Publicado em Março de 2012 em Todos os diretos reservados 15/15 Síntese A parede celular fibrosa, também denominada matriz extracelular, oferece às plantas proteção mecânica e biológica. Essa matriz é capaz de aderir água e solutos em sua grande superfície interna. A entrada de água e de nutrientes na matriz extracelular ocorre até a membrana plasmática. Na outra face da membrana plasmática está a matriz intracelular coloidal que também é capaz de aderir água e solutos. Essas duas matrizes adjacentes apresentam comportamentos distintos em relação à velocidade e à capacidade de embebição. Nessa aula é possível comparar essas capacidades das diferentes matrizes (protéica interna e fibrosa externa) discutindo o significado biológico de cada uma e do conjunto matricial separado pela plasmalema.

CARACTERÍSTICAS GERAIS DA PAREDE CELULAR

CARACTERÍSTICAS GERAIS DA PAREDE CELULAR PAREDE CELULAR CARACTERÍSTICAS GERAIS DA PAREDE CELULAR - Diferencia plantas de animais; - Confere rigidez celular; - Delimita a célula; - Relação entre estrutura da parede e função da célula; - Na defesa

Leia mais

Parede Celular. Dra. Maria Izabel Gallão

Parede Celular. Dra. Maria Izabel Gallão Parede Celular Confere proteção às células Constituição varia com o determinado tipo celular Algumas bactérias possuem parede celular com a seguinte constituição: Proteínas, lipídeos e polissacarídeos

Leia mais

ABSORÇÃO RADICULAR, TRANSPORTE E REDISTRIBUIÇÃO DE NUTRIENTES

ABSORÇÃO RADICULAR, TRANSPORTE E REDISTRIBUIÇÃO DE NUTRIENTES ABSORÇÃO RADICULAR, TRANSPORTE E REDISTRIBUIÇÃO DE NUTRIENTES Prof. Volnei Pauletti Departamento de Solos e Engenharia Agrícola Mestrado em Ciência do Solo vpauletti@ufpr.br CONTATO NUTRIENTE - RAIZ Absorção

Leia mais

ABSORÇÃO RADICULAR, TRANSPORTE E REDISTRIBUIÇÃO DE NUTRIENTES

ABSORÇÃO RADICULAR, TRANSPORTE E REDISTRIBUIÇÃO DE NUTRIENTES ABSORÇÃO RADICULAR, TRANSPORTE E REDISTRIBUIÇÃO DE NUTRIENTES Prof. Volnei Pauletti Departamento de Solos e Engenharia Agrícola Mestrado em Ciência do Solo vpauletti@ufpr.br CONTATO NUTRIENTE - RAIZ DEFINIÇÕES

Leia mais

ABSORÇÃO RADICULAR, TRANSPORTE E REDISTRIBUIÇÃO DE NUTRIENTES

ABSORÇÃO RADICULAR, TRANSPORTE E REDISTRIBUIÇÃO DE NUTRIENTES ABSORÇÃO RADICULAR, TRANSPORTE E REDISTRIBUIÇÃO DE NUTRIENTES Prof. Volnei Pauletti Departamento de Solos e Engenharia Agrícola Mestrado em Ciência do Solo vpauletti@ufpr.br CONTATO NUTRIENTE - RAIZ DEFINIÇÕES

Leia mais

Citrus. Cana. Parede celular. Dra. Maria Izabel Gallão

Citrus. Cana. Parede celular. Dra. Maria Izabel Gallão Citrus Cana Parede celular Parede Celular Parede celular contribui para a integridade estrutural e morfologia da planta. A planta necessita da parede celular para o seu crescimento. Parede celular deve

Leia mais

A Célula. A teoria celular, postulada por Schleiden e Schwann, assenta nos seguintes pressupostos:

A Célula. A teoria celular, postulada por Schleiden e Schwann, assenta nos seguintes pressupostos: A Célula Teoria celular: A teoria celular, postulada por Schleiden e Schwann, assenta nos seguintes pressupostos: A célula é a unidade básica estrutural e funcional de todos os seres vivos (isto é, todos

Leia mais

Citoplasma. Citoesqueleto e organelas. Natália Paludetto

Citoplasma. Citoesqueleto e organelas. Natália Paludetto Citoplasma Citoesqueleto e organelas Natália Paludetto nataliaapaludetto@gmail.com Citoplasma celular Sinônimos hialoplasma, matriz citoplasmática, citossol; Acreditava-se que era um fluido homogêneo e

Leia mais

Membrana plasmática. Membrana plasmática e parede celular ESTRUTURA DA MEMBRANA ESTRUTURA DA MEMBRANA ESTRUTURA DA MEMBRANA ESTRUTURA DA MEMBRANA

Membrana plasmática. Membrana plasmática e parede celular ESTRUTURA DA MEMBRANA ESTRUTURA DA MEMBRANA ESTRUTURA DA MEMBRANA ESTRUTURA DA MEMBRANA Membrana plasmática Membrana plasmática e parede celular Prof. Ancélio Ricardo de Oliveira Gondim Engenheiro Agrônomo, D. Sc. Pombal 18 de Março de 2013 1. Introdução A célula viva é um compartimento microscópico

Leia mais

MEMBRANAS BIOLÓGICAS E TRANSPORTE

MEMBRANAS BIOLÓGICAS E TRANSPORTE MEMBRANAS BIOLÓGICAS E TRANSPORTE Funções das membranas celulares Definem limites externos das células Dividem compartimentos Regulam o trânsito das moléculas Manutenção do equilíbrio com o meio Participam

Leia mais

INTRODUÇÃO CITOLOGIA IA VEGETAL

INTRODUÇÃO CITOLOGIA IA VEGETAL MORFOLOGIA VEGETAL INTRODUÇÃO As Fanerógamas são consideradas plantas superiores altamente evoluídas e capazes de produzir sementes, cuja especialização estrutural e funcional revela um corpo diferenciado

Leia mais

Biologia Molecular e Celular. Aula 02 Profº Ricardo Dalla Zanna

Biologia Molecular e Celular. Aula 02 Profº Ricardo Dalla Zanna Biologia Molecular e Celular Aula 02 Profº Ricardo Dalla Zanna Plano de Ensino e Aprendizagem Conteúdo programático: o Unidade 1: Citologia o O fenômeno da vida o Origem e evolução das células o Características

Leia mais

A CÉLULA EUCARIÓTICA

A CÉLULA EUCARIÓTICA A CÉLULA EUCARIÓTICA ... A célula é a unidade básica, estrutural e funcional de todos os seres vivos... A maioria das células têm um tamanho de 10 a 100 micrómetros e formas variadas De acordo com a estrutura

Leia mais

Membranas Biológicas

Membranas Biológicas UNIVERSIDADE DO ESTADO DE SANTA CATARINA CENTRO DE CIÊNCIAS TECNOLÓGICAS DEPARTAMENTO DE QUÍMICA DQMC BIOQUÍMICA BIO0001 Membranas Biológicas Prof Karine P. Naidek Outubro/2016 Membranas Biológicas Membranas

Leia mais

Matéria: Biologia Assunto: Moléculas, células e tecidos - Membranas biológicas Prof. Enrico Blota

Matéria: Biologia Assunto: Moléculas, células e tecidos - Membranas biológicas Prof. Enrico Blota Matéria: Biologia Assunto: Moléculas, células e tecidos - Membranas biológicas Prof. Enrico Blota Biologia Moléculas, células e tecidos - Membranas Biológicas Todas as células, sejam elas procariontes

Leia mais

Biologia. Membranas Biológicas. Professor Enrico Blota.

Biologia. Membranas Biológicas. Professor Enrico Blota. Biologia Membranas Biológicas Professor Enrico Blota www.acasadoconcurseiro.com.br Biologia MEMBRANAS BIOLÓGICAS PARTE 1 Todas as células, sejam elas procariontes ou eucariontes apresentam um revestimento

Leia mais

ORGANELAS CITOPLASMÁTICAS

ORGANELAS CITOPLASMÁTICAS ORGANELAS CITOPLASMÁTICAS Organelas celulares Estruturas encontradas no interior do citoplasma das células que realizam diversas funções relacionadas com a sobrevivência da célula. Célula Vegetal As células

Leia mais

Ciclo de Revisão: Membranas Celulares e Citoplasma

Ciclo de Revisão: Membranas Celulares e Citoplasma CURSO: Ensino Médio Integrado ANO: 2º DISCIPLINA: Biologia PROFESSORA: Dra. Jaqueline Figuerêdo Rosa Ciclo de Revisão: Membranas Celulares e Citoplasma Qual a função das Membranas Celulares? Principais

Leia mais

Que diferenças existem entre a célula vegetal e animal? Características da célula vegetal e fotossíntese.

Que diferenças existem entre a célula vegetal e animal? Características da célula vegetal e fotossíntese. Que diferenças existem entre a célula vegetal e animal? Características da célula vegetal e fotossíntese. Parte da Célula Principais diferenças: Componente Célula Animal Célula Vegatal Membrana Parede

Leia mais

Membrana plasmática (plasmalema)

Membrana plasmática (plasmalema) Membrana plasmática (plasmalema) Bicamada lipídica (fosfolipídio + colesterol) responsável pela proteção e pelo controle da entrada e saída de substâncias da célula (permeabilidade seletiva). Modelo do

Leia mais

Terapia Ocupacional. Fisilogia

Terapia Ocupacional. Fisilogia Curso: Terapia Ocupacional Disciplina: Fisilogia Aula: Membrana Plasmática Profº. Ms. Rafael Palhano Fedato rafapalha@gmail.com Membrana Plasmática ou Membrana celular É uma dupla camada de lipídios com

Leia mais

BÁSICA EM IMAGENS. Introdução à Bioquímica

BÁSICA EM IMAGENS. Introdução à Bioquímica Universidade Federal de Pelotas Instituto de Química e Geociências Departamento de Bioquímica 01 BÁSICA EM IMAGENS - um guia para a sala de aula Introdução à Bioquímica 1. Introdução O Que é Bioquímica?

Leia mais

A BASE CELULAR DA VIDA

A BASE CELULAR DA VIDA A BASE CELULAR DA VIDA Célula: unidade estrutural em que as propriedades da vida se manifestam. Seres unicelulares: constituídos por uma só célula Seres pluricelulares ou multicelulares: constituídos por

Leia mais

Ultraestrutura da Parede Celular. Prof. Umberto Klock

Ultraestrutura da Parede Celular. Prof. Umberto Klock Ultraestrutura da Parede Celular Química da Madeira Prof. Umberto Klock - UFPR/DETF AT113 - Química da Madeira Prof. Umberto Klock - EF/UFPR Ultraestrutura da Parede Celular Sob forte magnificência da

Leia mais

Vamos iniciar o estudo da unidade fundamental que constitui todos os organismos vivos: a célula.

Vamos iniciar o estudo da unidade fundamental que constitui todos os organismos vivos: a célula. Aula 01 Composição química de uma célula O que é uma célula? Vamos iniciar o estudo da unidade fundamental que constitui todos os organismos vivos: a célula. Toda célula possui a capacidade de crescer,

Leia mais

CITOLOGIA 8º ano Prof. Graziela Grazziotin Costa

CITOLOGIA 8º ano Prof. Graziela Grazziotin Costa CITOLOGIA 8º ano - 2017 Prof. Graziela Grazziotin Costa 1 Célula o Partes básicas: a) Membrana plasmática b) Citoplasma c) Núcleo 2 Célula o Menor porção viva de um organismo. o Eucarioto: presença de

Leia mais

POLIOSES (Hemiceluloses)

POLIOSES (Hemiceluloses) UFPR/DETF Disciplina QUÍMICA DA MADEIRA POLIOSES (emiceluloses) Prof. Dr. Umberto Klock MADEIRA Polioses 2 CAMADAS DA PAREDE CELULAR Camada Espessura, µm LM 0,2-1,0 lignina, pectinas Composição P 0,1-0,2

Leia mais

CÉLULAS E TECIDOS VEGETAIS. Profa. Ana Paula Biologia III

CÉLULAS E TECIDOS VEGETAIS. Profa. Ana Paula Biologia III CÉLULAS E TECIDOS VEGETAIS 2016 Profa. Ana Paula Biologia III CÉLULAS E TECIDOS VEGETAIS Quais as diferenças entre a célula vegetal e animal?? Basicamente: parede celular; vacúolo; cloroplastos. Parede

Leia mais

Jonas Alves de Araujo Junior

Jonas Alves de Araujo Junior Jonas Alves de Araujo Junior Graduação: Universidade Estadual de Londrina- UEL Aprimoramento: Faculdade de Medicina de Botucatu- UNESP Mestrado: Faculdade de Ciências Farmacêuticas- USP Doutorando: Faculdade

Leia mais

Licenciatura em Biologia. Biologia Celular 2º P

Licenciatura em Biologia. Biologia Celular 2º P Licenciatura em Biologia Biologia Celular 2º P Célula Eucariótica Vegetal Tipos de células Seres procarióticos (bactérias e cianobactérias): Células procarióticas. Seres eucarióticos (algas, protozoários,

Leia mais

Determinação do valor de potencial hídrico por meio da entrada e saída de água de tecido de reserva

Determinação do valor de potencial hídrico por meio da entrada e saída de água de tecido de reserva 1 Capítulo 7 Determinação do valor de potencial hídrico por meio da entrada e saída de água de tecido de reserva Carlos Henrique Britto de Assis Prado 3, Bruna Germano Bueno 1, Carlos Aparecido Casali

Leia mais

Fonte de energia Estrutura celular Sinais. Função biológica. Monossacarídeos Oligossacarídeos Polissacarídeos. Classificação

Fonte de energia Estrutura celular Sinais. Função biológica. Monossacarídeos Oligossacarídeos Polissacarídeos. Classificação Função biológica Fonte de energia Estrutura celular Sinais Classificação Monossacarídeos Oligossacarídeos Polissacarídeos Monossacarídeos Aldose ou cetose 3 a 7 carbonos Isomeria D e L Solução aquosa Forma

Leia mais

FISIOLOGIA E TRANSPORTE ATRAVÉS DA MEMBRANA CELULAR

FISIOLOGIA E TRANSPORTE ATRAVÉS DA MEMBRANA CELULAR FISIOLOGIA E TRANSPORTE ATRAVÉS DA MEMBRANA CELULAR AULA 2 DISCIPLINA: FISIOLOGIA I PROFESSOR RESPONSÁVEL: FLÁVIA SANTOS Membrana Celular ou Membrana Plasmática Função 2 Membrana Celular ou Membrana Plasmática

Leia mais

COLÉGIO ALEXANDER FLEMING CÉLULAS

COLÉGIO ALEXANDER FLEMING CÉLULAS COLÉGIO ALEXANDER FLEMING CÉLULAS Professora: Fernanda Toledo Campo Grande/MS 2010 Estrutura dos Seres Vivos Característica típica dos seres vivos: Presença de substâncias orgânicas Presença de metabolismo

Leia mais

Bioquímica: Componentes orgânicos e inorgânicos necessários à vida. Leandro Pereira Canuto

Bioquímica: Componentes orgânicos e inorgânicos necessários à vida. Leandro Pereira Canuto Bioquímica: orgânicos e inorgânicos necessários à vida Leandro Pereira Canuto Toda matéria viva: C H O N P S inorgânicos orgânicos Água Sais Minerais inorgânicos orgânicos Carboidratos Proteínas Lipídios

Leia mais

CÉLULA VEGETAL VAI SER FORMADA PRINCIPALMENTE POR ORGANELAS COMO: Vacúolo Central Núcleo Ribossomos livres

CÉLULA VEGETAL VAI SER FORMADA PRINCIPALMENTE POR ORGANELAS COMO: Vacúolo Central Núcleo Ribossomos livres CÉLULA VEGETAL VAI SER FORMADA PRINCIPALMENTE POR ORGANELAS COMO: Vacúolo Central Núcleo Ribossomos livres A MAIORIA DAS CÉLULAS É UNINUCLEADA (APENAS UM NÚCLEO), MAS EXISTEM CÉLULAS COM MAIS DE DOIS.

Leia mais

25/08/2014 CÉLULAS. Células Procariontes. Raduan. Célula Eucarionte Vegetal. Raduan

25/08/2014 CÉLULAS. Células Procariontes. Raduan. Célula Eucarionte Vegetal. Raduan CÉLULAS Células Procariontes Célula Eucarionte Vegetal 1 Célula Eucarionte Animal Núcleo Citoplasma Célula Animal Estrutura geral Membrana citoplasmática Mitocôndrias Retículo endoplasmático Complexo de

Leia mais

Cap. 6 Citoplasma e Organelas

Cap. 6 Citoplasma e Organelas Cap. 6 Citoplasma e Organelas CITOPLASMA Características gerais: Kytos célula / Plasma Líquido Em PROCARIONTES: Líquido viscoso Citosol + DNA (nucleoide + plasmídios) + ribossomos Ausência de membranas

Leia mais

A célula é a menor unidade estrutural básica do ser vivo. A palavra célula foi usada pela primeira vez em 1667 pelo inglês Robert Hooke.

A célula é a menor unidade estrutural básica do ser vivo. A palavra célula foi usada pela primeira vez em 1667 pelo inglês Robert Hooke. A célula é a menor unidade estrutural básica do ser vivo. A palavra célula foi usada pela primeira vez em 1667 pelo inglês Robert Hooke. Com um microscópio muito simples, ele observou pedacinhos de cortiça

Leia mais

Todos os seres vivos são constituídos por células unidade estrutural.

Todos os seres vivos são constituídos por células unidade estrutural. Prof. Ana Rita Rainho Biomoléculas Todos os seres vivos são constituídos por células unidade estrutural. Para além da unidade estrutural também existe uma unidade bioquímica todos os seres vivos são constituídos

Leia mais

Água A água é uma substância química cujas moléculas são formadas por dois átomos de hidrogênio e um de oxigênio (H2O). É abundante no planeta Terra,

Água A água é uma substância química cujas moléculas são formadas por dois átomos de hidrogênio e um de oxigênio (H2O). É abundante no planeta Terra, A Química da Vida Água A água é uma substância química cujas moléculas são formadas por dois átomos de hidrogênio e um de oxigênio (H2O). É abundante no planeta Terra, onde cobre grande parte de sua superfície

Leia mais

TIPOS DE CÉLULA B.C 1- CÉLULAS ANIMAL E VEGETAL

TIPOS DE CÉLULA B.C 1- CÉLULAS ANIMAL E VEGETAL TIPOS DE CÉLULA B.C 1- CÉLULAS ANIMAL E VEGETAL CÉLULAS As células são os menores e mais simples componentes do corpo humano. A maioria das células são tão pequenas, que é necessário juntar milhares para

Leia mais

Citologia (membrana e citoplasma):

Citologia (membrana e citoplasma): Aula 01 Citologia (membrana e citoplasma): Passagem de soluto (geralmente um gás) do meio mais concentrado para o menos concentrado. Processo comum nos alvéolos pulmonares (hematose). A Membrana Plasmática

Leia mais

Citologia: Membrana e Organelas

Citologia: Membrana e Organelas FUNDAÇÃO CARMELITANA MÁRIO PALMÉRIO FACIHUS - FACULDADE DE CIÊNCIAS HUMANAS E SOCIAIS Citologia: Membrana e Organelas Uma breve revisão Disciplina: Histologia Prof. Me. Cássio Resende de Morais Introdução

Leia mais

REVISÃO: A CÉLULA E SEU FUNCIONAMENTO

REVISÃO: A CÉLULA E SEU FUNCIONAMENTO REVISÃO: A CÉLULA E SEU FUNCIONAMENTO 2 O que são Células? São as unidades estruturais e funcionais dos organismos vivos; Envolvidas por membranas preenchidas por solução aquosa, onde estão presentes biomoléculas

Leia mais

Descoberta da célula

Descoberta da célula A Célula Definição A célula é a menor parte dos seres vivos com forma e função definidas. A célula é a unidade estrutural dos seres vivos. A célula - isolada ou junto com outras células - forma todo o

Leia mais

Parede primária e secundária. Lomandraceae, Monocotiledônea

Parede primária e secundária. Lomandraceae, Monocotiledônea Parede primária e secundária Lomandraceae, Monocotiledônea Lamela média Cordia trichotoma Corte transversal caule Parede primária e secundária Parede primária Constituição 65% de água 25% celulose 25%

Leia mais

ÁGUA NA PLANTA. Katia Christina Zuffellato-Ribas

ÁGUA NA PLANTA. Katia Christina Zuffellato-Ribas ÁGUA NA PLANTA Katia Christina Zuffellato-Ribas ESTRUTURA MOLECULAR DA ÁGUA 105 FUNÇÕES DA ÁGUA NA PLANTA CONSTITUINTE DO PROTOPLASMA (ATÉ 95% DO PESO DA MATÉRIA FRESCA) PARTICIPAÇÃO EM REAÇÕES QUÍMICAS

Leia mais

Membrana plasmática e transporte

Membrana plasmática e transporte Membrana plasmática e transporte Profª Ana Luisa Miranda Vilela www.bioloja.com Estrutura Modelo do mosaico fluido (Singer e Nicholson 1972): bicamada lipídica (fosfolipídios) onde encontram-se imersas

Leia mais

Monossacarídeos. Solução aquosa. Cadeia carbonica 3 a 7 C Grupamento carbonila (Aldose ou cetose) e hidroxilas Isomeria D e L (2 n )

Monossacarídeos. Solução aquosa. Cadeia carbonica 3 a 7 C Grupamento carbonila (Aldose ou cetose) e hidroxilas Isomeria D e L (2 n ) Monossacarídeos Cadeia carbonica 3 a 7 C Grupamento carbonila (Aldose ou cetose) e hidroxilas Isomeria D e L (2 n ) Solução aquosa Forma cíclica - Anômeros α e β Forma linear ou aberta - redutor Reação

Leia mais

Biologia Celular e Molecular:

Biologia Celular e Molecular: Disciplina: Biologia Celular e Molecular: Prof.Dr. Antonio Augusto L. Barboza Diferenciação Celular EUCARIONTES Célula Animal Célula Vegetal Células procariontes Pobreza de membranas (somente a membrana

Leia mais

Citoplasma (C) C = Organelas + Hialoplasma + Citoesqueleto

Citoplasma (C) C = Organelas + Hialoplasma + Citoesqueleto Citoplasma (C) C = Organelas + Hialoplasma + Citoesqueleto CITOESQUELETO Funções: - Estabilização da forma celular - Estruturação e organização do citoplasma - Locomoção - Transporte intracelular Suas

Leia mais

A célula e seus Constituintes Moleculares

A célula e seus Constituintes Moleculares Universidade Federal de Pelotas CDTec - Graduação em Biotecnologia Disciplina de Biologia Molecular A célula e seus Constituintes Moleculares Priscila M. M. de Leon Dra., Médica Veterinária Profa, PNDP

Leia mais

MEMBRANA PLASMÁTICA. CONCEITO: Envoltório fino, flexível, de contorno irregular que delimita o espaço de toda e qualquer célula.

MEMBRANA PLASMÁTICA. CONCEITO: Envoltório fino, flexível, de contorno irregular que delimita o espaço de toda e qualquer célula. MEMBRANA PLASMÁTICA CONCEITO: Envoltório fino, flexível, de contorno irregular que delimita o espaço de toda e qualquer célula. COMPOSIÇÃO: Lipoprotéica - constituída por proteínas, colesterol e fosfolipídios.

Leia mais

Disciplina de Biologia Celular. Profª Larissa dos Santos

Disciplina de Biologia Celular. Profª Larissa dos Santos Universidade Salgado de Oliveira Disciplina de Biologia Celular Organização Geral e Evolução das Células Profª Larissa dos Santos Evolução do conceito celular 1663 célula seria pequena cela (físico inglês

Leia mais

Aulas 21 a 24 Capítulo 9 do livro texto

Aulas 21 a 24 Capítulo 9 do livro texto Orgânulos do citoplasma Aulas 21 a 24 Capítulo 9 do livro texto Como estudar a célula? Na década de 50 microscópio eletrônico 1milímetro = 1m/1000 = 0,1 cm 1micrômetro = 1m/1.000.000 = 0,0001 cm 1 nanômetro

Leia mais

Aula: 09 Temática: Metabolismo das principais biomoléculas parte I. Na aula de hoje, irei abordar o metabolismo das principais biomoléculas. Veja!

Aula: 09 Temática: Metabolismo das principais biomoléculas parte I. Na aula de hoje, irei abordar o metabolismo das principais biomoléculas. Veja! Aula: 09 Temática: Metabolismo das principais biomoléculas parte I Na aula de hoje, irei abordar o metabolismo das principais biomoléculas. Veja! Respiração Celular: Parte do metabolismo celular ocorre

Leia mais

CITOPLASMA ÚNICO PROFESSOR BELLINATI

CITOPLASMA ÚNICO PROFESSOR BELLINATI CITOPLASMA ÚNICO PROFESSOR BELLINATI CÉLULAS UNIDADE FUNDAMENTAL DA VIDA membrana plasmática; citoplasma com citosol e organelas; material genético (DNA). Célula Bacteriana (procariota) CITOPLASMA PROCARIOTO

Leia mais

Membrana celular (ou membrana plasmática ou membrana citoplasmática ou plasmalema)

Membrana celular (ou membrana plasmática ou membrana citoplasmática ou plasmalema) Membrana celular (ou membrana plasmática ou membrana citoplasmática ou plasmalema) Profa. Maria Elisa Carneiro FACULDADES INTEGRADAS DA UNIÃO EDUCACIONAL DO PLANALTO CENTRAL FACIPLAC Aprovadas pela Portaria

Leia mais

Citologia. Células Eucarióticas e suas Organelas. CCG Professor: Ralph Silveira Disciplina: Biologia I Curso: Ensino Médio

Citologia. Células Eucarióticas e suas Organelas. CCG Professor: Ralph Silveira Disciplina: Biologia I Curso: Ensino Médio Citologia Células Eucarióticas e suas Organelas CCG Professor: Ralph Silveira Disciplina: Biologia I Curso: Ensino Médio Citologia Célula eucariótica Animal Membrana Plasmática Membrana Plasmática Funções

Leia mais

BIOLOGIA. Moléculas, células e tecidos. Estrutura e fisiologia da Membrana Plasmática - Parte 1. Professor: Alex Santos

BIOLOGIA. Moléculas, células e tecidos. Estrutura e fisiologia da Membrana Plasmática - Parte 1. Professor: Alex Santos BIOLOGIA Moléculas, células e tecidos Estrutura e fisiologia da Membrana Plasmática - Parte 1 Professor: Alex Santos Tópicos em abordagem: Estrutura e fisiologia da Membrana Plasmática - Parte 1 Parte

Leia mais

Fisiologia Aula 1 SIDNEY SATO, MSC

Fisiologia Aula 1 SIDNEY SATO, MSC Fisiologia Aula 1 SIDNEY SATO, MSC Fisiologia-Curso de Nutrição Carga Horária: 80 Horas Referência Básica: GUYTON, Arthur C. HALL, John E. Tratado de fisiologia médica. 11 ed. Rio de Janeiro: Elsevier

Leia mais

LISTA DE EXERCÍCIOS 3º ANO

LISTA DE EXERCÍCIOS 3º ANO Solvente dos líquidos orgânicos (sangue, linfa, substâncias intracelulares e material intercelular dos tecidos). Veículo de substâncias que passam através da membrana plasmática entre o meio extracelular

Leia mais

O citoplasma (citosol) e o citoesqueleto

O citoplasma (citosol) e o citoesqueleto O citoplasma (citosol) e o citoesqueleto O citosol é a porção liquida do interior das células e de organismos intracelulares. O termo foi introduzido em 1965, como o conteúdo liberado quando células eram

Leia mais

ABSORÇÃO IÔNICA RADICULAR

ABSORÇÃO IÔNICA RADICULAR ABSORÇÃO IÔNICA RADICULAR 1 Aspectos gerais Definições: a) Absorção b) Transporte ou translocação c) Redistribuição 2 Aspectos anatômicos da raiz Tecidos envolvidos: Epiderme (pêlos absorventes) Parênquima

Leia mais

Lista de Exercícios: Estruturas celulares

Lista de Exercícios: Estruturas celulares 01. (PUC-RJ) As células animais diferem das células vegetais porque estas contêm várias estruturas e organelas características. Na lista abaixo, marque a organela ou estrutura comum às células animais

Leia mais

ESTUDO SOBRE AS CÉLULAS E SUAS ORGANELAS

ESTUDO SOBRE AS CÉLULAS E SUAS ORGANELAS ESTUDO SOBRE AS CÉLULAS E SUAS ORGANELAS Entendemos que uma célula é a menor unidade estrutural e funcional básica do ser vivo, sendo considerada a menor porção de uma matéria viva. Segundo a Teoria Celular,

Leia mais

A Célula Vegetal. Estrutura e Organelas Profº Marcos V. Dantas de Queiroz Universidade Federal do Rio Grande do Norte

A Célula Vegetal. Estrutura e Organelas Profº Marcos V. Dantas de Queiroz Universidade Federal do Rio Grande do Norte A Célula Vegetal Estrutura e Organelas Profº Marcos V. Dantas de Queiroz Universidade Federal do Rio Grande do Norte Senta que lá vem a história... Robert Hooke (1635 1703) Célula = do latim cella, despensa

Leia mais

Organização Geral das Células

Organização Geral das Células Faculdade Vértice Univértix Cursos: Medicina Veterinária Organização Geral das Células Aula Revisão Professor, Enfº. Laudineide de Carvalho Gomes Matipó, fevereiro de 2015. e-mail: laudineic.gomes@hotmail.com

Leia mais

Vitaminas As vitaminas são nutrientes essenciais para nos.o organismo humano necessita destas vitaminas em pequenas quantidades para desempenhar

Vitaminas As vitaminas são nutrientes essenciais para nos.o organismo humano necessita destas vitaminas em pequenas quantidades para desempenhar A Química da vida A água A água é a mais abundante de todas as substâncias da célula, representando cerca de 80% da sua massa; funciona como solvente para grande parte das outras substâncias presentes

Leia mais

Fisiologia Vegetal. Curso de Zootecnia Prof. Etiane Skrebsky Quadros

Fisiologia Vegetal. Curso de Zootecnia Prof. Etiane Skrebsky Quadros Fisiologia Vegetal Curso de Zootecnia Prof. Etiane Skrebsky Quadros Unidade I: Relações hídricas Aula 1 Importância Funções para os vegetais Propriedades físico-químicas e térmicas Movimento de água na

Leia mais

BIOLOGIA CELULAR. Msc. Jessica Borges de Oliveira

BIOLOGIA CELULAR. Msc. Jessica Borges de Oliveira BIOLOGIA CELULAR Msc. Jessica Borges de Oliveira Citoplasma Citoplasma Citoesqueleto Organelas Celulares Citoplasma Também chamado de hialoplasma. Em células eucariontes o citoplasma compreende o espaço

Leia mais

Biologia Celular. Profa Cristina L S Petrarolha Silva

Biologia Celular. Profa Cristina L S Petrarolha Silva Biologia Celular Visão Geral das Células Profa Cristina L S Petrarolha Silva Vírus não são células: partículas intracelulares obrigatórias Propagação dos vírus com lise da célula hospedeira. Fonte: http://www.brasilescola.com/biologia/virus.htm

Leia mais

CITOPLASMA E ORGANELAS. Prof. Piassa

CITOPLASMA E ORGANELAS. Prof. Piassa CITOPLASMA E ORGANELAS Prof. Piassa A CÉLULA 1 Citosol (Hialoplasma) Constituído de água e proteínas, as quais formam um colóide, o qual é mais viscoso na periferia da célula. Local de ocorrência de reações

Leia mais

CURSO: Licenciatura em Ciências Biológicas DISCIPLINA: Biologia Celular e Molecular PROFESSORA: Dra. Jaqueline Figuerêdo Rosa. Introdução à Célula

CURSO: Licenciatura em Ciências Biológicas DISCIPLINA: Biologia Celular e Molecular PROFESSORA: Dra. Jaqueline Figuerêdo Rosa. Introdução à Célula CURSO: Licenciatura em Ciências Biológicas DISCIPLINA: Biologia Celular e Molecular PROFESSORA: Dra. Jaqueline Figuerêdo Rosa Introdução à Célula robsonbarbieri.blogspot.com O que é CÉLULA? Célula é a

Leia mais

Água. A água é uma estrutura dipolar formada por dois átomos de hidrogênio ligados a um átomo de oxigênio.

Água. A água é uma estrutura dipolar formada por dois átomos de hidrogênio ligados a um átomo de oxigênio. Química da Vida Água A água compõe a maior parte da massa corporal do ser humano e de todos os seres vivos, logo na composição química celular prevalece à presença de água. Sendo 70% do peso da célula

Leia mais

BIOQUÍMICA DOS ALIMENTOS: AMIDO RESISTENTE E FIBRAS (aula 2) Patricia Cintra

BIOQUÍMICA DOS ALIMENTOS: AMIDO RESISTENTE E FIBRAS (aula 2) Patricia Cintra BIOQUÍMICA DOS ALIMENTOS: AMIDO RESISTENTE E FIBRAS (aula 2) Patricia Cintra Fibra alimentar - definição No Brasil, o Ministério da Saúde, pela portaria 41 de 14 de janeiro de 1998, da Agência Nacional

Leia mais

CITOPLASMA E ORGANELAS CITOPLASMÁTICAS. Instituto Federal de Santa Catarina Curso de Biotecnologia Prof. Paulo Calixto

CITOPLASMA E ORGANELAS CITOPLASMÁTICAS. Instituto Federal de Santa Catarina Curso de Biotecnologia Prof. Paulo Calixto CITOPLASMA E ORGANELAS CITOPLASMÁTICAS Instituto Federal de Santa Catarina Curso de Biotecnologia Prof. Paulo Calixto 1943 1944 1953 1956 1961-66 1973 1975 1982 1988 1990 1996 2000-03 Biotecnologia Algumas

Leia mais

1.1 Conceitos em nutrição de plantas. Outros elementos químicos de interesse na nutrição vegetal.

1.1 Conceitos em nutrição de plantas. Outros elementos químicos de interesse na nutrição vegetal. 1. CONCEITOS 1.1 Conceitos em nutrição de plantas. 1.2 Conceito de nutrientes e critérios de essencialidade. 1.3 Composição relativa das plantas. Outros elementos químicos de interesse na nutrição vegetal.

Leia mais

A palavra célula foi usada pela primeira vez em 1667 pelo inglês Robert Hooke.

A palavra célula foi usada pela primeira vez em 1667 pelo inglês Robert Hooke. CITOLOGIA A CÉLULA é a menor unidade estrutural básica do ser vivo. A palavra célula foi usada pela primeira vez em 1667 pelo inglês Robert Hooke. Com um microscópio muito simples, ele observou pedacinhos

Leia mais

MEMBRANAS BIOLÓGICAS E TRANSPORTE

MEMBRANAS BIOLÓGICAS E TRANSPORTE MEMBRANAS BIOLÓGICAS E TRANSPORTE Funções das membranas celulares Definem limites externos das células Dividem compartimentos Regulam o trânsito das moléculas Manutenção do equilíbrio com o meio Participam

Leia mais

Princípio da Fisiologia Animal. Profª Talita Silva

Princípio da Fisiologia Animal. Profª Talita Silva Princípio da Fisiologia Animal Profª Talita Silva O que é Fisiologia A fisiologia (do grego physis = fundamento da natureza, e logos = estudo) O que a Fisiologia estuda: As múltiplas funções mecânicas,

Leia mais

Professora Priscila F Binatto Biologia

Professora Priscila F Binatto Biologia Professora Priscila F Binatto Biologia CITOLOGIA A área da Biologia que estuda a célula, no que diz respeito à sua estrutura (morfologia) e funcionamento (fisiologia). As células são as unidades funcionais

Leia mais

Sistema Vascular. Gregório Ceccantini. BIB 140 Forma e Função em plantas vasculares. USP Universidade de São Paulo

Sistema Vascular. Gregório Ceccantini. BIB 140 Forma e Função em plantas vasculares. USP Universidade de São Paulo Sistema Vascular BIB 140 Forma e Função em plantas vasculares Gregório Ceccantini USP Universidade de São Paulo Transporte no sistema vascular: integração do metabolismo Sistema Vascular 1. Corpo Vegetal

Leia mais

Membrana Celular (Membrana Plasmática)

Membrana Celular (Membrana Plasmática) Partes da Célula: Membrana Celular (Membrana Plasmática) Citoplasma - citosol - organelas (compartimentalização funcional) Núcleo A Membrana Plasmática: estrutura geral O Modelo do Mosaico Fluido A Membrana

Leia mais

Célula: Célula Eucariota. A célula representa a menor porção de matéria viva. São as unidades estruturais e funcionais dos organismos vivos.

Célula: Célula Eucariota. A célula representa a menor porção de matéria viva. São as unidades estruturais e funcionais dos organismos vivos. : Eucariota A célula representa a menor porção de matéria viva. São as unidades estruturais e funcionais dos organismos vivos. Descobrimento da célula: Robert Hooke (1665) Pulga (Ceratophyllus faciatus)

Leia mais

CITOLOGIA II (UECE/ENEM)

CITOLOGIA II (UECE/ENEM) CITOLOGIA II (UECE/ENEM) A célula bacteriana Nucleóide http://recursostic.educacion.es/ciencias/biosfera/web/alumno/1bachillerato/organizacion_sv/imagenes/bacteria_letreros.jpg Procariontes x Eucariontes

Leia mais

Prof. Marcelo Langer. Curso de Biologia. Aula 43 Citologia

Prof. Marcelo Langer. Curso de Biologia. Aula 43 Citologia Prof. Marcelo Langer Curso de Biologia Aula 43 Citologia TECIDOS DE REVESTIMENTO As células vivas apresentam estruturas que realizam revestimento e as isolam do meio externo, protegendo e conferindo-as

Leia mais

Entrada e transporte de água na raiz

Entrada e transporte de água na raiz 1/17 Entrada e transporte de água na raiz Carlos Henrique Britto de Assis Prado 1, Lis Schwartz Miotto 2, Luciane Pivetta 2, Marlei Leandro de Mendonça 2 1 Professor Associado do Departamento de Botânica,

Leia mais

Organelas Celulares e endereçamento de proteínas

Organelas Celulares e endereçamento de proteínas Universidade de São Paulo Escola de Engenharia de Lorena Departamento de Biotecnologia Curso: Engenharia Ambiental Componentes do Citoplasma Eucarioto Citosol: rico em água e susbstâncias (proteínas, íons,

Leia mais

COMPOSIÇÃO QUÍMICA DA CÉLULA. Prof.(a):Monyke Lucena

COMPOSIÇÃO QUÍMICA DA CÉLULA. Prof.(a):Monyke Lucena COMPOSIÇÃO QUÍMICA DA CÉLULA Prof.(a):Monyke Lucena Composição Química da Célula Substâncias Inorgânicas Substâncias Orgânicas Água Sais Minerais Carboidratos Lipídios Proteínas Ácidos Nucléicos Composição

Leia mais

ARTIGO SOBRE OS PERSONAGENS MARCANTES DA HISTÓRIA DA FISIOLOGIA

ARTIGO SOBRE OS PERSONAGENS MARCANTES DA HISTÓRIA DA FISIOLOGIA ARTIGO SOBRE OS PERSONAGENS MARCANTES DA HISTÓRIA DA FISIOLOGIA Adaptação Ponto de vista evolutivo Exemplos: gado Zebu X gado europeu Aclimatação Alteração fisiológica, bioquímica ou anatômica a partir

Leia mais

Biologia de Microrganismos: Células Procariontes e Células Eucariontes

Biologia de Microrganismos: Células Procariontes e Células Eucariontes UNIVERSIDADE TECNOLÓGICA FEDERAL DO PARANÁ - UTFPR - Biologia de Microrganismos: Células Procariontes e Células Eucariontes Prof. Dr. Daniel Rodrigues Blanco Santa Helena - PR As células apresentam uma

Leia mais

Disciplina de Biologia Celular

Disciplina de Biologia Celular Universidade Salgado de Oliveira Disciplina de Biologia Celular Biomembranas, Matriz Extracelular e Junções Intercelulares Profª Larissa dos Santos Estrutura e composição química das membranas biológicas

Leia mais

Módulo 1 - A Ciência e os Blocos Construtores da Vida

Módulo 1 - A Ciência e os Blocos Construtores da Vida Biologia 1 IFSC 2017 Módulo 1 - A Ciência e os Blocos Construtores da Vida Aula 5: carboidratos e proteínas Professor: Iury de Almeida Accordi Macromoléculas Carboidratos Questões para a aula de hoje:

Leia mais

SLC Aula 10 Profa. Ana Paula O movimento da água e dos solutos nas plantas

SLC Aula 10 Profa. Ana Paula O movimento da água e dos solutos nas plantas SLC 0622 - Aula 10 Profa. Ana Paula O movimento da água e dos solutos nas plantas Para cada grama de matéria orgânica produzida pela planta, cerca de 500g de água são absorvidos pelas raízes, transportados

Leia mais

Secreção e Digestão Celular

Secreção e Digestão Celular Secreção e Digestão Celular Livro CITOLOGIA Cap. 05 pág. 70 a 78 3ª série Professora Priscila F Binatto Complexo Golgiense Descrito em 1898 por Camilo Golgi. Conjunto de sacos membranosos (sacos lameliformes),

Leia mais

FISIOLOGIA VEGETAL. Organização da célula vegetal e da planta

FISIOLOGIA VEGETAL. Organização da célula vegetal e da planta FISIOLOGIA VEGETAL Organização da célula vegetal e da planta cianobactéria Complexidade ipê Eucariotos: - aumento da complexidade genética - aumento da complexidade celular Woese (1987): baseado na filogenia

Leia mais

5º Teste Sumativo (60 minutos)

5º Teste Sumativo (60 minutos) ESCOLA SECUNDÁRIA DE CASQUILHOS BARREIRO 5º Teste Sumativo (60 minutos) DISCIPLINA DE BIOLOGIA E GEOLOGIA 10º Ano - Turma A TEMA : Componente de Biologia Diversidade na biosfera e obtenção de matéria pelos

Leia mais