Administração Regional de Saúde do Centro, IP. rio de actividades

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1 Administração Regional de Saúde do Centro, IP Relatório rio de actividades 2009 i

2 Conselho Directivo da Administração Regional de Saúde do Centro, IP: João Pedro Travassos de Carvalho Pimentel (Presidente) Mário Rui Fernandes Pinto Ferreira (Vice-Presidente) Joaquim Gomes da Silva (Vogal) Regina Helena Lopes Dias Bento (Vogal) Coordenação da edição António Morais Lúcio Meneses de Almeida Lígia Carvalho Sandra Lourenço Pedro Filipe Morais Francisco Matos José Coimbra Colaboração Alda Rebelo, Conceição Toscano, José Manuel Tereso, José Varandas da Silva, Luís Belo, António Morais, Ana Dias, António Queimadela Baptista, Carolina Veloso, Conceição Casimiro, Eugénio Cordeiro, Ernesto Fernandes, Fernanda Pinto, Fernando Gomes da Costa, Hélder Ferreira, Horácio Firmino, Ilídia Duarte, Isabel Lança, Joana Andrade, João Crisóstomo Borges, Joaquim Marques Moita, José Bonifácio, José Carlos Cabral Peixoto, Judite Maia Ribeiro, Lúcio Meneses de Almeida, Maria da Anunciação Costa, Maria Hermínia Trindade Simões, Maria José Hespanha, Maria Manuel Açafrão, Zélia Cerqueira

3 Nota prévia O ano de 2009 ficou indelevelmente associado à reforma da rede de cuidados primários de saúde pilar essencial do sistema de saúde, assente na centralidade do cidadão. A portaria nº 274/2009 de 18 de Março veio finalizar o processo, iniciado em 2007, de extinção progressiva das sub-regiões de saúde da ARS do Centro criando os agrupamentos de centros de saúde (ACeS) do Baixo Vouga 1, 2 e 3, do Baixo Mondego 1, 2 e 3, da Cova da Beira, do Pinhal Interior Norte 1 e 2, do Pinhal Litoral 1 e 2 e do Dão Lafões 1, 2 e 3 e os ACeS da Beira Interior Sul e do Pinhal Interior Sul estes últimos integrados, desde 1 de Janeiro de 2010, na Unidade Local de Saúde (ULS) de Castelo Branco. De acordo com o decreto-lei nº 28/2008 de 22 de Fevereiro, cabe a estes serviços desconcentrados das administrações regionais de saúde assegurar a prestação de cuidados de saúde primários na sua área geodemográfica de intervenção. A designação dos respectivos órgãos dirigentes (director executivo, conselho executivo e conselho clínico), bem como a promoção da constituição das respectivas unidades funcionais foram prioridades do Conselho Directivo da ARS do Centro, tendo em vista assegurar as condições necessárias à implementação destes serviços. Por outro lado, os decretos-lei nº 81/2009 e 82/2009 de 2 de Abril em vigor desde o segundo semestre de 2009, municiaram os serviços operativos de saúde pública (unidades de saúde pública dos ACeS e departamentos de saúde pública das ARS) de instrumentos regulamentares necessários à prossecução da sua missão de observatórios de saúde. O decreto-lei nº 318/2009 de 2 de Novembro criou a ULS de Castelo Branco que integra os ACeS da Beira Interior Sul e do Pinhal Interior Sul e o Hospital de Amato Lusitano. A missão das ARS consiste em assegurar o acesso a cuidados de saúde de qualidade às populações das respectivas áreas de influência. Tal implica, nomeadamente, a contratualização de serviços junto de unidades de cuidados primários (caso das USF) e hospitais e a operacionalização, a um nível regional, dos programas priorizados a um nível nacional. A requalificação da rede de urgências e o reforço da articulação com o INEM foram, a par do alargamento da rede de cuidados continuados integrados e da implementação dos ACeS, alguns dos objectivos previstos no Plano de Acção para 2009 que foram alcançados. O presente documento, mais do que dar resposta a uma obrigação legal, tem como finalidade espelhar as actividades desenvolvidas pelos programas da ARS do Centro IP no decurso do ano de Dentre as actividades decorridas, referem-se as relacionadas com a declaração pela OMS da pandemia de gripe (H1N1)2009. Tal implicou o accionamento, em Abril de 2009, dos planos nacional e regional de contingência da gripe visando uma resposta apropriada a esta pandemia.

4 O Conselho Directivo da ARS do Centro IP orgulha-se de ter cumprido os objectivos do Plano de Contingência da Região Centro para a Pandemia de Gripe (Coimbra, Abril de 2008) graças ao empenho, dedicação e competência demonstrados por todos os profissionais e instituições de saúde da Região e à articulação efectiva entre todos os níveis de cuidados de saúde (cuidados primários e cuidados hospitalares). O papel desempenhado pelas autoridades de saúde e serviços operativos de saúde pública, em especial durante o período denominado de contenção, é digno de realce, pelo esforço e dedicação evidenciados e pela efectividade desta intervenção. Os programas incluídos no presente Relatório de Actividades tiveram actores individuais (os responsáveis pelos programas e os colaboradores internos e externos) e actores institucionais. A eles se devem os resultados alcançados. Termino, pois, com palavras de agradecimento sentido dirigidas a todos os profissionais de saúde da Região Centro e, em particular, aos profissionais da sede e serviços centrais (departamentos) da ARS do Centro IP, serviços desconcentrados (ACeS) e serviços dependentes (caso dos CDP e da rede de laboratórios de saúde pública da ARSC). O Presidente do Conselho Directivo da Administração Regional de Saúde do Centro, IP (João Pedro Travassos Pimentel)

5 ÍNDICE CAPITULO I. A REGIÃO Missão e Estrutura Organizacional da ARS do Centro, IP Descrição geográfica Indicadores sócio-demográficos Estrutura etária Índice de envelhecimento e índices de dependência Esperança de vida à nascença Indicadores de saúde Mortalidade Morbilidade Rede de cuidados de saúde Recursos humanos Indicadores de produção hospitalar Indicadores de produção dos Centros de Saúde CAPÍTULO II. PROGRAMAS DE SAÚDE Programa de prevenção, diagnóstico e tratamento das doenças cardio-cerebro-vasculares Doenças cardio-cerebro-vasculares Programa de prevenção e controlo da diabetes Programa de prevenção das doenças oncológicas Programa de rastreio do cancro da mama Programa de rastreio do cancro do colo do útero Programa de rastreio do cancro do cólon e recto Programa de cuidados continuados integrados Programa de doenças transmissíveis Sistemas de vigilância das doenças transmissíveis Doenças de declaração obrigatória (DDO)... 56

6 4.2. Programa nacional de vacinação - PNV VIH-SIDA Programa Regional de prevenção e controlo da gripe Programa de prevenção e luta contra a tuberculose Programa de saúde materno-infantil e dos adolescentes Programa de prevenção do tabagismo Programa da Qualidade e Vigilância Alimentar (QVA) Programa de promoção da saúde em meio escolar Programa nacional de promoção da saúde oral PNSO/contratualização Programa nacional de saúde escolar - PNSE Programa Nacional de Prevenção e Controlo da doença pulmonar obstrutiva crónica Programa de gestão ambiental Telemedicina Programa regional de capacitação e literacia em saúde Gabinete do Utente Sistemas de Informação Reorganização dos serviços Cuidados de Saúde Primários Cuidados de saúde hospitalares Unidades Locais de saúde Caracterização económico-financeira CAPÍTULO III. AVALIAÇÃO FINAL QUAR (Quadro de Avaliação e Responsabilização) Auto-avaliação Anexos

7 ÍNDICE DE FIGURAS Figura 1 - Âmbito territorial da ARS Centro, IP a 31/12/2009 e divisão por agrupamentos de centros de saúde... 2 Figura 2 - Alterações introduzidas pelo Decreto-Lei nº 222/2007, de 29 de Maio e configuração da rede de serviços de saúde da área de influência da ARSC, IP... 3 Figura 3 Distribuição de camas pela Região Centro em 31/12/ Figura 4 Número de casos confirmados de infecção humana pelo vírus da gripe pandémica A(H1N1)2009, domésticos (165) e importados (56), durante a fase estratégica de contenção Figura 5 Enquadramento geográfico da ULS de Castelo Branco, EPE ÍNDICE DE GRÁFICOS Gráfico 1 - Esperança de vida à nascença no Continente e na Região Centro (NUTS 2002)... 8 Gráfico 2 Taxas de incidência por todas as neolplasias padronizadas pela idade ( 0) Gráfico 3 - Incidência tumoral maligna por grupos etários e sexo Gráfico 4 Dimensão de Lista de inscritos para cirurgia ARSC, IP Gráfico 5 Mediana do tempo de espera - Lista de inscritos para cirurgia ARSC, IP Gráfico 6 Incidência padronizada do Cancro do Colo do Útero Gráfico 7 - Doentes tratados Gráfico 8 Doentes tratados Gráfico 9 - T. Infectados Diagnosticados no Ano 2009, por Distrito (novo âmbito territorial da ARSC) Gráfico 10 - Evolução dos Casos Diagnosticados de Infecção pelo VIH/sida na Região Centro Gráfico 11 - Taxa Acumulada de Infectados por Distrito (novo âmbito territorial da ARSC) Gráfico 12 - Testes de Rastreio do VIH Efectuados nos CAD em Gráfico 13 - Taxa de Seropositivos para o VIH por CAD, nos Rastreios Efectuados em 2009 (por 1000 rastreados) Gráfico 14 - Proporção de resultados laboratoriais positivos para gripe pandémica (H1N1)2009 por semanas epidemiológicas. Região Centro Sistema de Vigilância da Gripe 2009/

8 Gráfico 15 - Número de consultas de gripe pandémica A(H1N1)2009 por semanas epidemiológicas. Região Centro Sistema de Vigilância da Gripe 2009/ Gráfico 16 Número de concelhos envolvidos, Gráfico 17 Número de padarias envolvidas, Gráfico 18 Média, em gramas, de NaCL/100 g de pão Gráfico 19 - Movimento de cheques no âmbito da Saúde Oral na Saúde Infantil Gráfico 20 Movimento de cheques no âmbito da Saúde Oral Crianças e Jovens Gráfico 21 - Movimento de cheques no âmbito da Saúde Oral Crianças e Jovens, por coortes Gráfico 22 Referenciação para Higienista Oral Gráfico 23 - Movimento de cheques no âmbito da Saúde Oral na Gravidez Gráfico 24 - Movimento de cheques no âmbito da Saúde Oral nas Pessoas Idosas ÍNDICE DE QUADROS Quadro 1 Estimativas de população residente a 31/12/ Quadro 2 - Indicadores sócio-demográficos... 5 Quadro 3 - Estrutura etária por grupos funcionais e variação Quadro 4 Índice de envelhecimento e índices de dependência... 7 Quadro 5 Óbitos infantis e nascimentos vivos no Continente e na Região Centro (NUTS 1999)... 9 Quadro 6 Indicadores de saúde na Região Centro e Continente, (% o ) Quadro 7 GDH de internamento por enfarte de miocárdio na Região Centro (2008) Quadro 8 GDH de internamento por acidentes vasculares cerebrais na Região Centro (2008) Quadro 9 GDH de internamento por neoplasia da mama feminina na Região Centro (2008) Quadro 10 GDH de internamento por neoplasia colo-rectal na Região Centro (2008) Quadro 11 GDH de internamento por neoplasia do colo uterino na Região Centro (2008) Quadro 12 Incidência tumoral maligna de 2004 a 2008, na Região Centro... 14

9 Quadro 13 Incidência tumoral maligna por grupos etários (ROR 2008) Quadro 14 Prevalência das principais patologias na população adulta ( 18 anos) em 2005, por Distritos Quadro 15 Rede de cuidados de saúde da Região Centro em 31/12/ Quadro 16 Recursos humanos afectos aos ACES, por grupo profissional, conforme Portaria nº 274/2009, de 18 de Março Quadro 17 Dados de produção relativos ao internamento nos hospitais da Região Centro, 2009, excepto Centro Hospitalar Psiquiátrico de Coimbra (continua) Quadro 18 Dados de produção relativos ao internamento nos hospitais da Região Centro, 2009, excepto Centro Hospitalar Psiquiátrico de Coimbra (continuação) Quadro 19 Consultas realizadas nos hospitais da Região Centro e taxas de crescimento (acumulado 2009 excepto Centro Hospitalar Psiquiátrico de Coimbra) Quadro 20 Total de atendimentos na urgência dos hospitais da Região Centro e respectiva variação 2008/2009 (excepto Centro Hospitalar Psiquiátrico de Coimbra) Quadro 21 Dados de produção em cirurgia nos hospitais da Região Centro (acumulado excepto Centro Hospitalar Psiquiátrico de Coimbra) Quadro 22 Dados de produção do Centro Hospitalar Psiquiátrico de Coimbra (2009) Quadro 23 Dados sobre lista de espera cirúrgica da Região Centro, Quadro 24 Indicadores de saúde da ARSC,IP por ACES e ULS da Guarda, EPE Quadro 25 Número de utilizadores em cuidados de saúde primários na Região Centro, por ACES, de 01/01/2009 a 31/12/ Quadro 26 Número de inscritos com e sem médico de família atribuído, por ACES Quadro 27 Movimento assistencial dos Cuidados de Saúde Primários na região centro Quadro 28 Indicadores de desempenho dos Cuidados de Saúde Primários na Região Centro Quadro 29 Nº de hipocoagulómetros distribuídos Quadro 30 Resultados do rastreio de retinopatia diabética Quadro 31 Doentes sujeitos a tratamentos de Retinopatia Diabética com laser Quadro 32 Indicadores das Consulta nos Centros da Saúde Quadro 33 Funcionamento da RNCCI na Região Centro (dados relativos a 31/12/2009)... 51

10 Quadro 34 - Doentes tratados e admitidos Quadro 35 Referenciação de doentes para os centros de saúde e hospitais da Região Centro Quadro 36 Altas Quadro 37 Sistema de Alerta e Resposta Apropriada Doenças declaradas por concelho, tipo de doença e data, na Região Centro, em Quadro 38 Sistema de Vigilância das Doenças de Declaração Obrigatória Principais doenças declaradas em Portugal e na Região Centro no ano de 2008 e de Quadro 39 Sistema de Vigilância das Doenças de Declaração Obrigatória Números absolutos e Taxas de incidência de Tuberculose respiratória, por concelho de residência dos doentes, na Região Centro em Quadro 40 Actividades desenvolvidas e indicadores Quadro 41 Cobertura vacinal Vacinas do PNV- coortes de nascidos no ano da avaliação, 1, 2, 7 e 13 anos de idade. 62 Quadro 42 Cobertura vacinal VACINAS DO PNV- coortes de nascidos de 14, 18, 25 e 65 anos de idade Quadro 43 Cobertura vicinal da vacina pneumocócica pn Quadro 44 Mapa de inoculações, Região Centro, 2009 Total de doses por vacina Quadro 45 Cobertura vacinal Gripe Sazonal 2008/ Quadro 46 Proporção acumulada de infectados com Sida, PA e CRS por Distrito (âmbito territorial da ARSC) Quadro 47 Casos Acumulados de Infecção por VIH e Óbitos por Distrito (âmbito territorial da ARSC) Quadro 48 Resultados obtidos Quadro 49 Número de óbitos por gripe pandémica A(H1N1)2009 declarados à DGS, pelas administrações regionais de saúde (ARS) e serviços regionais de saúde das regiões autónomas Quadro 50 Casos novos de Tuberculose por distrito Quadro 51 Casos de Tuberculose em ficheiro, Região Centro, ano Quadro 52 Resultados do Tratamento Quadro 53 Cobertura de TOD Quadro 54 Casos novos por nacionalidade, Quadro 55 Casos novos notificados em 2009, por país de origem... 82

11 Quadro 56 Monitorização dos NACJR em centros de saúde Quadro 57 Monitorização de NHACJR em hospitais Quadro 58 Formação dos Núcleos, Quadro 59 Dados estatísticos referentes aos casos sinalizados nos NACJR, 2º semetre de Quadro 60 Dados estatísticos referentes aos casos sinalizados nos NACJR, 2008 e Quadro 61 Consultas de cessação tabágica em 2009* Quadro 62 Caracterização dos utentes* Quadro 63 Evolução anual do número de fumadores que frequentam as consultas ( ) Quadro 64 Consultas de Cessação Tabágica efectuadas em 2009 por ACES Quadro 65 Contactos por telefone Quadro 66 Fumadores que cessaram * Quadro 67 Taxa de cessação tabágica * Quadro 68 Número de profissionais que participaram em acções de formação, Quadro 69 Grávidas fumadoras Quadro 70 Acções de sensibilização em escolas do 1º ciclo, Quadro 71 Resultados das análises efectuadas a sopas, por estabelecimento, Quadro 72 Médicos aderentes Quadro 73 Monitorização dos indicadores de execução em saúde escolar Quadro 74 Resultados da implementação do programa de gestão ambiental, monitorização das emissões gasosas, dec-lei nº 78/ Quadro 75 Registo de estabelecimentos afectos ao NIF Quadro 76 USF em funcionamento na área de influência da ARSC em 31/12/

12 CAPITULO I. A REGIÃO

13 1.MISSÃO E ESTRUTURA ORGANIZACIONAL DA ARS DO CENTRO, IP A Administração Regional de Saúde do Centro IP, organismo da administração indirecta do Estado com sede em Coimbra, foi criada em 1 de Junho de 2007, conforme o disposto no decreto-lei nº 222/2007 de 29 de Maio, na sequência da execução, ao abrigo do decreto-lei nº 212/2006 de 27 de Outubro. A missão deste instituto público consiste, nos termos do artigo 3º do decreto-lei nº 222/2007 de 29 de Maio, em garantir à população do seu âmbito de jurisdição territorial o acesso à prestação de cuidados de saúde de qualidade. Os estatutos da ARS do Centro IP (publicados em anexo à portaria nº 650/2007 de 30 de Maio) caracterizam a sua organização interna que é constituída por: 5 departamentos (Saúde Pública e Planeamento, Estudos Recursos Humanos e Administração Geral, Contratualização, Gestão Financeira e, Instalações e Equipamentos); 2 unidades (a Unidade de Planeamento do Departamento de Saúde Pública e Planeamento e a Unidade de Administração Geral do Departamento de Estudos, Recursos Humanos e Administração Geral); O Gabinete Jurídico e do Cidadão (estrutura de apoio e função especializada). A portaria nº 274/2009 de 18 de Março criou os ACES da área de jurisdição territorial da ARSC: Baixo Vouga I, Baixo Vouga II, Baixo Vouga III, Beira Interior Sul, Cova da Beira, Baixo Mondego I, Baixo Mondego II, Baixo Mondego III, Pinhal Interior Norte I, Pinhal Interior Norte II, Pinhal Interior Sul, Pinhal Litoral I, Pinhal Litoral II, Dão Lafões I, Dão Lafões II e Dão Lafões III. O âmbito de jurisdição territorial da ARSC inclui, a 31 de Dezembro de 2009, 16 agrupamentos de centros de saúde (ACES) e uma unidade local de saúde (ULS) a ULS da Guarda, EPE (Figura 1). 1

14 Figura 1 - Âmbito territorial da ARS Centro, IP a 31/12/2009 e divisão por agrupamentos de centros de saúde A ULS da Guarda EPE é constituída por 12 centros de saúde (Guarda, Seia, Gouveia, Manteigas, Fornos de Algodres, Celorico da Beira, Trancoso, Sabugal, Pinhel, Mêda, Almeida e Figueira de Castelo Rodrigo) e pelos hospitais de Sousa Martins (Guarda) e de Nossa Senhora da Assunção (Seia). Foi criada a 1 de Outubro de 2008 ao abrigo do decreto-lei nº 183/2008 de 4 de Setembro. No que diz respeito a instituições do SNS, a ARS do Centro IP inclui na sua área de influência 20 hospitais e 86 centros de saúde. 2

15 2. DESCRIÇÃO GEOGRÁFICA O território da Administração Regional de Saúde do Centro IP (ARSC) ocupa uma área de Km 2. Desta forma, a ARSC é a segunda maior região de saúde do país em superfície, depois da ARS do Alentejo IP. De acordo com o disposto no número 1 do artigo 2º do decreto-lei nº 222/2007 de 29 de Maio, a área de jurisdição territorial deste instituto público corresponde à Nomenclatura de Unidades Territoriais para Fins Estatísticos de nível II prevista no decreto-lei nº 317/99 de 11 de Agosto (NUTS II 1999 âmbito territorial transitório) e inclui dez NUTS de nível III. No que diz respeito à divisão por concelhos, a ARSC integra 78 concelhos, em resultado da transição para a área de influência da ARS do Norte IP de 18 concelhos e para a área de influência da ARS de Lisboa e Vale do Tejo IP de 6 concelhos e da transição para a sua área de influência do concelho de Mação (distrito de Santarém e ARS de Lisboa e Vale do Tejo) (Figura 2). Desta forma, a nova área de jurisdição territorial da ARSC transitou de 101 concelhos para os actuais 78. Figura 2 - Alterações introduzidas pelo Decreto-Lei nº 222/2007, de 29 de Maio e configuração da rede de serviços de saúde da área de influência da ARSC, IP 3

16 3. INDICADORES SÓCIO-DEMOGRÁFICOS Residem na área de jurisdição territorial da ARS do Centro IP (âmbito territorial transitório conforme o decreto-lei nº 317/99 de 11 de Agosto) indivíduos de ambos os sexos, conforme estimativa de população residente referente a 31/12/2008. Relativamente a 2007, observou-se um decréscimo populacional de 0,2%. A Região apresenta uma densidade populacional de 75,5 hab/km 2 sendo, portanto, inferior à do Continente (113,9 hab/km 2 ), variando entre 19,5 hab/km 2 (ACES Beira Interior Sul) e 292,3 hab/km 2 (ACES Baixo Vouga III). Quadro 1 Estimativas de população residente a 31/12/2008 Localização geográfica (ACES e ULS) População residente Variação populacional (%) Densidade populacional 2008 (hab/km2) Portugal ,0 0,1 115,4 Continente ,3 0,1 113,9 ARS Centro, IP ,5-0,2 75,5 Baixo Vouga I ,0 0,0 152,5 Baixo Vouga II ,7 0,3 277,0 Baixo Vouga III ,0 0,3 292,3 Baixo Mondego I ,9-0,9 251,8 Baixo Mondego II ,6-0,2 124,1 Baixo Mondego III ,3 0,1 96,5 Pinhal Litoral I ,6 0,2 95,6 Pinhal Litoral II ,6 0,4 184,9 Pinhal Interior Norte I ,4 0,2 54,0 Pinhal Interior Norte II ,6-1,1 49,4 Dão-Lafões I ,8 0,4 195,3 Dão-Lafões II ,7-0,4 50,9 Dão-Lafões III ,5-0,4 90,7 Cova da Beira ,5-0,7 66,0 Beira Interior Sul ,6-1,1 19,5 Pinhal Interior Sul ,8-1,6 21,2 ULS Guarda, EPE ,3-1,0 31,7 Fonte: INE - Censos 2001; Estimativas de População Residente 2006, 2007 e

17 Quadro 2 - Indicadores sócio-demográficos Portugal Continente Região Centro Taxa de Crescimento Migratório (%) 0,09 0, Taxa de Crescimento Efectivo (%) 0,08-0, População Empregada não Qualificada (%) 12, População residente em APU* (%) 67,3 41, População com pelo menos a escolaridade obrigatória (%) Ano 38,2 32, Fonte: Atlas do Plano Nacional de Saúde Alto Comissário da Saúde, Março 2010 *APU: Áreas predominantemente urbanas 3.1. ESTRUTURA ETÁRIA O fenómeno demográfico do duplo envelhecimento (de base e de topo) é evidente, com uma prevalência de jovens (0-14 anos) inferior a 14% (13,8%) e uma prevalência de idosos superior a 20% (20,7%). Confirmando uma tendência de envelhecimento evidenciada desde 1991, no último ano os efectivos jovens sofreram um decréscimo de 1,2%, e os idosos com 65 e mais anos registaram um acréscimo de efectivos de 0,5% (Quadro 3). 5

18 Quadro 3 - Estrutura etária por grupos funcionais e variação Localização geográfica (ACES e ULS) Grupos etários e variação (%) 0-14 var. (%) var. (%) var. (%) 65 + var. (%) Portugal , , , ,3 Continente , , , ,4 ARS Centro, IP , , , ,5 Baixo Vouga I , , , ,4 Baixo Vouga II , , , ,1 Baixo Vouga III , , , ,3 Baixo Mondego I , , , ,4 Baixo Mondego II , , , ,4 Baixo Mondego III , , , ,3 Pinhal Litoral I , , , ,8 Pinhal Litoral II , , , ,3 Pinhal Interior Norte I , , , ,4 Pinhal Interior Norte II , , , ,2 Dão-Lafões I , , , ,0 Dão-Lafões II , , , ,2 Dão-Lafões III , , , ,1 Cova da Beira , , , ,0 Beira Interior Sul , , , ,4 Pinhal Interior Sul , , , ,1 ULS Guarda, EPE , , , ,0 Fonte: INE - Estimativas de População Residente 2007 e ÍNDICE DE ENVELHECIMENTO E ÍNDICES DE DEPENDÊNCIA O índice de envelhecimento da população residente no âmbito de jurisdição territorial transitório da ARS do Centro IP é superior ao do Continente (150,7% contra 118,2%), e registou uma variação positiva em todas as unidades administrativas, excepto no ACES Beira Interior Sul, sendo mais acentuado nos ACES Dão-Lafões I e II (Quadro 4). O índice de dependência de idosos é superior ao do Continente em cerca de 5% (31,6% e 26,7%, respectivamente) e o índice de dependência de jovens é ligeiramente inferior (Quadro 4). Se considerarmos que o índice de dependência tem como denominador a população potencialmente activa (15-64 anos) e como numerador os indivíduos com 65 e mais anos (índice 6

19 de dependência de idosos) e os indivíduos com menos de 15 anos (índice de dependência de jovens), podemos facilmente inferir as implicações de tais indicadores no que diz respeito aos sistemas de segurança social. Quadro 4 Índice de envelhecimento e índices de dependência Localização geográfica Índice de envelhecimento 2008 Variação (%) Índices de dependência Total Jovens Idosos Portugal 115,5 0,5 1,7 49,1 22,8 26,3 Continente 118,2 0,5 1,7 49,3 22,6 26,7 ARS Centro, IP 150,7 0,5 1,8 52,6 21,0 31,6 Baixo Vouga I 138,9 0,6 2,9 50,0 20,9 29,1 Baixo Vouga II 103,5 0,5 2,5 46,8 23,0 23,8 Baixo Vouga III 100,3 0,4 2,7 46,4 23,2 23,2 Baixo Mondego I 140,0 0,6 2,1 48,5 20,2 28,3 Baixo Mondego II 168,3 0,6 0,6 53,4 19,9 33,5 Baixo Mondego III 173,2 0,7 1,6 53,2 19,5 33,7 Pinhal Litoral I 150,1 0,5 1,3 55,1 22,0 33,1 Pinhal Litoral II 110,2 0,5 2,9 48,8 23,2 25,6 Pinhal Interior Norte I 163,3 0,3 1,5 57,7 21,9 35,8 Pinhal Interior Norte II 231,4 0,5 0,5 63,5 19,2 44,3 Dão-Lafões I 105,1 0,5 3,5 49,0 23,9 25,1 Dão-Lafões II 170,8 0,5 3,6 55,1 20,3 34,8 Dão-Lafões III 175,9 0,7 2,0 55,2 20,0 35,2 Cova da Beira 182,1 0,5 1,6 53,6 19,0 34,6 Beira Interior Sul 235,7 0,4-0,1 64,1 19,1 45,0 Pinhal Interior Sul 292,8 0,6 1,1 69,3 17,6 51,7 ULS Guarda, EPE 216,5 0,6 1,5 57,3 18,1 39,2 Fonte: INE - Censos 2001; Estimativas Provisórias de População Residente

20 3.3. ESPERANÇA DE VIDA À NASCENÇA No que diz respeito à esperança de vida à nascença, indicador positivo de saúde que reflecte o estado geral de saúde e bem-estar duma população, a Região Centro (NUTS 2002) apresenta valores mais elevados quando comparados com a totalidade nacional, evidenciando uma evolução favorável nos últimos anos, conforme se pode observar no gráfico 1. Gráfico 1 - Esperança de vida à nascença no Continente e na Região Centro (NUTS 2002) 79,2 79,0 78,8 Anos 78,6 78,4 78,2 78,0 Continente Centro (NUTS 2002) 77, Fonte: INE 8

21 4. INDICADORES DE SAÚDE 4.1. MORTALIDADE A taxa de mortalidade bruta (i.e., não padronizada para a idade) da Região Centro (NUTS 2002) cifrou-se em 11,4%o em 2008, valor superior ao do Continente (9,8%o). No que diz respeito à mortalidade infantil, tem sido inferior à verificada no Continente, excepto em 2008 facto que poderá ser explicado pela lei dos pequenos números (i.e., um pequeno acréscimo do número de óbitos infantis traduz-se por um grande aumento da taxa, em virtude da pequena dimensão do denominador). Em 2008 o número de óbitos infantis na Região Centro (numerador) foi de 54, enquanto que em 2007 foi de 46. Não obstante a tendência decrescente verificada no período em questão ( ) no que diz respeito aos nascimentos vivos, observou-se um ligeiro aumento em 2008 relativamente a 2007 (Quadro 5). Quadro 5 Óbitos infantis e nascimentos vivos no Continente e na Região Centro (NUTS 1999) Óbitos infantis Continente Nascimentos vivos Óbitos infantis Região Centro Nascimentos vivos A mortalidade neonatal mantém-se em redor dos 2 óbitos neonatais/1000 nados-vivos, apresentando valores inferiores aos do Continente (Quadro 6). 9

22 Quadro 6 Indicadores de saúde na Região Centro e Continente, (% o ). ANO Taxa de Mortalidade Taxa de Natalidade Taxa de Mortalidade infantil Taxa de Mortalidade neonatal Continente Centro Continente Centro Continente Centro* Continente Centro* ,7 10,7 10,3 9,1 3,8 2,8 2,5 1, ,2 11,1 10,3 9 3,4 3,2 2,1 2, ,6 11 9,9 8,6 3,3 3 2,1 2, ,8 11,3 9,6 8,1 3,4 3,2 2,0 1, ,8 11,4 9,8 8,5 3,3 3,7 2,1 2,0 Fonte: DGS / INE *NUTS II de MORBILIDADE No que diz respeito às doenças mais prevalentes, as doenças crónico-degenerativas de tipo cerebrovascular motivaram o internamento de indivíduos de ambos os sexos por enfarte agudo do miocárdio e indivíduos de ambos os sexos por AVC em unidades hospitalares dependentes da ARSC em 2008, conforme se pode observar nos quadros 7 e 8. Quadro 7 GDH de internamento por enfarte de miocárdio na Região Centro (2008) Centro Hospitalar da Cova da Beira, EPE - Covilhã Enfarte Agudo de Miocárdio como Causa de Internamento M F Média de Idades M F Hospitais da Região Centro Transferências Hospitais de outras regiões Falecidos ,3 77, M F Centro Hospitalar de Coimbra, EPE ,0 75, Hospitais da Universidade de Coimbra ,8 75, Hospital Amato Lusitano - Castelo Branco ,9 75, Hospital de Santo André, EPE - Leiria ,0 73, Hospital de São Teotónio, EPE - Viseu ,9 76, Unidade Local de Saúde da Guarda, EPE ,2 74, Hospital Distrital da Figueira da Foz, EPE ,0 81, Hospital Distrital de Águeda ,5 82, Hospital Distrital de Pombal 0 1 0,0 82, Hospital Infante D. Pedro, EPE - Aveiro ,4 76, TOTAL Fonte: Base de Dados dos GDHs ,7 75,

23 Quadro 8 GDH de internamento por acidentes vasculares cerebrais na Região Centro (2008) AVC como Causa de Internamento M F Total Internamentos Totais % AVC Centro Hospitalar da Cova da Beira, EPE Covilhã ,8% Centro Hospitalar de Coimbra, EPE ,4% Hospitais da Universidade de Coimbra ,1% Hospital Amato Lusitano - Castelo Branco ,5% Hospital de Cândido Figueiredo Tondela ,8% Hospital de José Luciano de Castro Anadia ,8% Hospital de Nossa Senhora da Assunção Seia ,6% Hospital de Santo André, EPE Leiria ,2% Hospital de São Teotónio, EPE Viseu ,2% Unidade Local de Saúde da Guarda, EPE ,0% Hospital Distrital da Figueira da Foz, EPE ,3% Hospital Distrital de Águeda ,5% Hospital Distrital de Pombal ,0% Hospital do Visconde de Salreu Estarreja ,8% Hospital Infante D. Pedro, EPE Aveiro ,9% Instituto Português de Oncologia de Coimbra Francisco Gentil, EPE ,02% TOTAL ,0% Fonte: Base de Dados dos GDHs No que diz respeito às doenças neoplásicas mais frequentes, a neoplasia da mama feminina foi responsável, em 2008, por episódios de internamento nos hospitais da Região, e destes, 8,5% (119) corresponderam a diagnósticos de carcinoma in situ (Quadro 9). 11

24 Quadro 9 GDH de internamento por neoplasia da mama feminina na Região Centro (2008) Neoplasia da Mama Feminina como Causa de Internamento Mama In situ da mama Total Centro Hospitalar da Cova da Beira, EPE - Covilhã Centro Hospitalar de Coimbra, EPE Hospitais da Universidade de Coimbra, EPE Hospital Amato Lusitano - Castelo Branco Hospital de Cândido Figueiredo - Tondela Hospital de José Luciano de Castro - Anadia Hospital de Santo André, EPE - Leiria Hospital de São Teotónio, EPE - Viseu Unidade Local de Saúde da Guarda, EPE Hospital Distrital da Figueira da Foz, EPE Hospital Distrital de Águeda Hospital Distrital de Pombal Hospital Dr. Francisco Zagalo - Ovar Hospital Infante D. Pedro, EPE - Aveiro Instituto Português de Oncologia de Coimbra Francisco Gentil, EPE Fonte: Base de Dados dos GDHs TOTAL O diagnóstico de neoplasia colo-rectal motivou o internamento de individuos de ambos os sexos em 2008 nas unidades hospitalares dependentes da ARSC (Quadro 10), sendo que a neoplasia do colo uterino foi responsável pelo internamento, em idêntico período, de 404 mulheres (Quadro 10). 12

25 Quadro 10 GDH de internamento por neoplasia colo-rectal na Região Centro (2008) Neoplasia Colo-Rectal como Causa de Internamento Cólon e sigmóide Recto e ânus In situ colorectal Centro Hospitalar da Cova da Beira, EPE - Covilhã Centro Hospitalar de Coimbra, EPE Hospitais da Universidade de Coimbra, EPE Hospital Amato Lusitano - Castelo Branco Hospital de Cândido Figueiredo - Tondela Hospital de José Luciano de Castro - Anadia Hospital de Santo André, EPE - Leiria Hospital de São Teotónio, EPE - Viseu Unidade Local de Saúde da Guarda, EPE Hospital Distrital da Figueira da Foz, EPE Hospital Distrital de Águeda Hospital Distrital de Pombal Hospital do Visconde de Salreu - Estarreja Hospital Dr. Francisco Zagalo - Ovar Hospital Infante D. Pedro, EPE - Aveiro Instituto Português de Oncologia de Coimbra Francisco Gentil, EPE Fonte: Base de Dados dos GDHs Total TOTAL Quadro 11 GDH de internamento por neoplasia do colo uterino na Região Centro (2008) Neoplasia do Colo Uterino como Causa de Internamento Invasivos In situ do colo Total Centro Hospitalar da Cova da Beira, EPE - Covilhã Instituto Português de Oncologia de Coimbra Francisco Gentil, EPE Centro Hospitalar de Coimbra, EPE Hospitais da Universidade de Coimbra, EPE Hospital Amato Lusitano - Castelo Branco Hospital de Santo André, EPE - Leiria Hospital de São Teotónio, EPE - Viseu Unidade Local de Saúde da Guarda, EPE Hospital Distrital da Figueira da Foz, EPE Hospital Infante D. Pedro, EPE - Aveiro Fonte: Base de Dados dos GDHs TOTAL

26 Da análise da incidência tumoral maligna, podemos constatar um aumento progressivo ao longo dos anos (Quadro 12). Quadro 12 Incidência tumoral maligna de 2004 a 2008, na Região Centro Cabeça e pescoço Sistema Digestivo Estômago Cólon e reto S. respiratório (traqueia, bronquios e pulmões) Ossos Sistema Hematopoiético Sistema Genital Feminino Colo útero Mama feminina Sistema Genital Masculino Prostata Sistema Urinário SNC e SNP Pele (inclui EC e BC) Fonte: ROR TOTAL Nºs absolutos % Verifica-se um aumento constante na incidência de cancro genital feminino, do cólon e recto e sobretudo do cancro da mama (Quadro 12) Gráfico 2 Taxas de incidência por todas as neolplasias padronizadas pela idade ( 0) 298,41 264,18 265,72 218,36 215, Fonte: ROR Na incidência por grupo etário, constata-se que desde o início da idade adultaa até aos 59 anos, as neoplasias malignas são mais frequentes no sexo feminino, revertendo-se de forma decisiva a partir desta idade, com a frequência de tumores a ter forte incremento nos homens a partir 50 anos, situação que só se verifica no sexo feminino após os 65 anos (Quadro 13) ). 14

27 Quadro 13 Incidência tumoral maligna por grupos etários (ROR 2008) Idade Homens H % Mulheres M % Total % ,16 9 0, , ,16 3 0, , ,14 9 0, , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , ,62 Total Fonte: ROR Gráfico 3 - Incidência tumoral maligna por grupos etários e sexo Homens Mulheres Fonte: ROR 15

28 O Estudo Saúde Centro (2005), inquérito regional de saúde com exame objectivo realizado em 2005 (âmbito territorial correspondente aos antigos 101 concelhos da Região) revela que as doenças crónicas osteoarticulares, a hipertensão arterial e a hipercolesterolémia são as patologias mais prevalentes na Região Centro. Quadro 14 Prevalência das principais patologias na população adulta ( 18 anos) em 2005, por Distritos Patologias Região Centro Aveiro Castelo Branco Coimbra Guarda Leiria Viseu Doença Crónica osteoarticular DC digestiva DC hematológica DC renal DC neurológica DC cardíaca DC ORL DC oftalmológica DC endócrina DC tumoral DC genito-urinária DC psíquica DC respiratória DC hepatite Obesidade Tuberculose HTA (>140/90mmHg) Diabetes Hipercolesterolémia (>190mg%) Asma / Bronquite asmática Bronquite / DPCO / Enfisema Alergia persistente Depressão continuada FONTE: ARSC, Estudo Saúde Centro

29 5. REDE DE CUIDADOS DE SAÚDE O âmbito de jurisdição territorial da ARSC inclui, a 31 de Dezembro de 2009, 16 agrupamentos de centros de saúde (ACES) e uma unidade local de saúde (ULS) a ULS da Guarda, EPE. No que diz respeito a instituições do SNS, a ARS do Centro IP inclui na sua área de influência 20 hospitais (incluindo os dois hospitais que integram a ULS da Guarda Hospital de Seia e Hospital da Guarda) e 86 centros de saúde (incluindo os 12 centros de saúde que integram aquela ULS). Quadro 15 Rede de cuidados de saúde da Região Centro em 31/12/2009 ACES/ ULS CENTROS DE SAÚDE HOSPITAIS ACES/ ULS CENTROS DE SAÚDE HOSPITAIS Baixo Vouga I Águeda Hospital Distrital de Águeda Pinhal Interior Norte II Alvaiázere Anadia Ansião Oliveira do Bairro Hospital José Luciano de Castro Castanheira de Pera Sever do Vouga Figueiró dos Vinhos Baixo Vouga II Albergaria-a-Velha Hospital Infante D. Pedro, EPE - Aveiro Pedrógão grande Aveiro Penela Ílhavo Pinhal Interior Sul Mação Vagos Oleiros Baixo Vouga III Estarreja Hospital Visconde de Salreu - Estarreja Proença-a-Nova Murtosa Sertã Ovar Hospital Dr. Francisco Zagalo - Ovar Vila de Rei Baixo Mondego I Celas Hospitais da Universidade de Coimbra, EPE Dão Lafões I Viseu 1 Eiras Viseu 2 Fernão de Magalhães Centro Hospitalar de Coimbra, EPE Viseu 3 Norton de Matos Dão Lafões II Aguiar da Beira Santa Clara Instituto Português de Oncologia Francisco Castro Daire S. Martinho do Bispo Gentil, EPE Oliveira de Frades Condeixa-a-Nova Centro Hospitalar Psiquiátrico de Coimbra São Pedro do Sul Penacova Sátão Baixo Mondego II Figueira da Foz Hospital Distrital da Figueira Foz, EPE Vila Nova de Paiva Montemor-o-Velho Centro Hospitalar Psiquiátrico de Coimbra Vouzela Soure Dão Lafões III Carregal do Sal Baixo Mondego III Cantanhede Hospital Arcebispo João Crisóstomo - Mangualde Mealhada Cantanhede Nelas Mira Centro de Medicina e Reabilitação da Região Penalva do Castelo Mortágua Centro Rovisco Pais Santa Comba Dão Cova da Beira Belmonte Centro Hospitalar da Cova da Beira, EPE Tondela Covilhã Fundão Unidade Local de Saúde da Guarda, EPE Celorico da Beira Beira Interior Sul Castelo Branco Hospital Amato Lusitano - Castelo Branco Guarda Idanha-a-Nova Manteigas Penamacor Sabugal Vila Velha de Ródão Almeida Pinhal Litoral I Pombal Hospital Distrital de Pombal Figueira de Castelo Rodrigo Pinhal Litoral II Batalha Hospital Santo André, EPE - Leiria Meda Arnaldo Sampaio Pinhel Gorjão Henriques Trancoso Marinha grande Fornos de Algodres Porto de Mós Gouveia Pinhal Interior Norte Arganil Seia I Góis Lousã Miranda do Corvo Oliveira do Hospital Pampilhosa da Serra Tábua Vila Nova de Poiares Hospital S. Teotónio, EPE - Viseu Hospital Cândido de Figueiredo - Tondela Hospital Sousa Martins - Guarda Hospital Nossa Senhora da Assunção - Seia 17

30 5.1. RECURSOS HUMANOS Os recursos humanos da ARSC (serviços desconcentrados) compreendiam, à data de 31/12/2009, um total de profissionais, distribuídos pelas diversas categorias profissionais constantes do Quadro 16. O grupo profissional mais prevalente é o dos assistentes técnicos (25,4% do total de efectivos), seguido dos enfermeiros (25,1%) e dos médicos (23,4%). No que diz respeito à sua distribuição geográfica, o ACES com o maior número de efectivos profissionais é o ACES do Baixo Mondego 1 (11,1% do total de profissionais). Quadro 16 Recursos humanos afectos aos ACES, por grupo profissional, conforme Portaria nº 274/2009, de 18 de Março ACES Directores Executivos Médicos Enfermeiros TDT Técnicos superiores Assistentes técnicos Assistentes operacionais Informáticos Capelão Baixo Vouga I Baixo Vouga II Baixo Vouga III Baixo Mondego I Baixo Mondego II Baixo Mondego III Cova da Beira Beira Interior Sul Pinhal Litoral I Pinhal Litoral II Pinhal Interior Norte I Pinhal Interior Norte II Pinhal Interior Sul Dão Lafões I Dão Lafões II Dão Lafões III Total RH Nº Total ACES 18

31 6. INDICADORES DE PRODUÇÃO HOSPITALAR No que diz respeito aos doentes saídos em 2009 nas unidades e serviços dos sectores EPE e SPA, observou-se uma diminuição relativamente a 2008 de 3,1% (Quadro 17). Simultaneamente, houve uma redução de 1,2% nos dias de internamento relativamente ao ano anterior e de 0,5% na lotação (Quadro 17). Quadro 17 Dados de produção relativos ao internamento nos hospitais da Região Centro, 2009, excepto Centro Hospitalar Psiquiátrico de Coimbra (continua) Região Saúde do Centro (s/chpc e Rovisco Pais) Acumulado Dez 2009 Tx. Crescimento 2009/2008 Tx. Crescimento contr. 2010/ realiz 2009 Acumulado Dez 2009 Tx. Crescimento 2009/2008 Tx. Crescimento contr. 2010/ realiz 2009 Acumulado Dez 2009 Tx. Crescimento 2009/2008 Tx. Crescimento contr. 2010/ realiz ,1% 2,0% ,6% 0,4% ,7% 0,4% Região Saúde do Centro (s/chpc) ,1% 2,0% ,2% 0,7% ,5% 0,5% Centro Hospitalar Cova da Beira, EPE ,0% 0,4% ,3% -0,9% 342-0,6% -0,6% Centro Hospitalar de Coimbra, EPE ,6% 1,2% ,6% -2,5% 519-2,6% 8,1% Hospitais Universidade de Coimbra, EPE ,5% 2,1% ,6% -0,3% ,0% -3,8% Hospital Distrital da Figueira da Foz, EPE ,6% 7,6% ,1% 5,2% 144 0,0% 0,0% Hospital Infante D. Pedro, EPE ,6% -0,5% ,5% -0,5% 387 0,3% -1,0% Hospital S. Teotónio, EPE ,6% 0,1% ,1% 0,9% 623 0,8% 0,0% Hospital Santo André, EPE ,7% 5,2% ,0% 4,0% 450 0,0% 1,1% Instituto Português Oncologia de Coimbra ,8% 7,7% ,8% 13,9% 186 0,0% 0,0% Unidade Local de Saúde da Guarda, EPE ,4% 3,1% ,3% -0,8% ,4% -0,6% CMR da Região Centro - Rovisco Pais ,3% 25,0% ,1% 15,3% 92 12,2% 4,3% Hospital Amato Lusitano ,1% 1,7% ,7% 1,9% 296 0,7% 0,7% Hospital Arcebispo João Crisóstomo Hospital Cândido de Figueiredo * ,8% -3,0% ,8% -2,2% 0-100,0% Hospital Distrital de Águeda ,2% 2,1% ,2% -2,0% 110 0,0% -13,6% Hospital Distrital de Pombal ,6% 6,0% ,1% -1,6% 57-3,4% -5,3% Hospital Dr. Francisco Zagalo ,3% 13,2% ,1% -27,5% 34 0,0% 0,0% Hospital José Luciano de Castro ,2% -71,4% ,7% -62,2% 20 0,0% -60,0% Hospital Visconde de Salreu ,4% 15,5% ,7% 15,5% 50 4,2% 0,0% Fonte: Departamento de Contratualização, SICA Doentes Saídos Dias de Internamento Lotação (1) o cáculo da taxa de ocupação não pode seguir a regra do nº camas x 365 dias no que se refere ao valor da Região, devido à situação de Tondela. * O hospital encontra-se em obras a partir de meados de Agosto. Até Julho estiveram em funcionamento 64 camas. Em Agosto 18 e a partir dessa data fechou o internamento. 19

32 Quadro 18 Dados de produção relativos ao internamento nos hospitais da Região Centro, 2009, excepto Centro Hospitalar Psiquiátrico de Coimbra (continuação) Região Saúde do Centro (s/chpc e Rovisco Pais) Acumulado Dez 2009 Doentes Saídos/ Cama Demora Média Taxa de Ocupação Tx. Tx. Tx. Tx. Tx. Crescimento Acumulado Crescimento Acumulado Crescimento Crescimento Crescimento contr. 2010/ Dez 2009 contr. 2010/ Dez / / /2007 realiz 2009 realiz 2009 Tx. Crescimento contr. 2010/ realiz ,2-2,41% 1,61% 7,66 1,6% -1,6% 75,43% -1,3% 0,8% Região Saúde do Centro (s/chpc) 35,6-2,62% 1,56% 7,80 2,0% -1,3% 75,49% -1,2% 1,0% Centro Hospitalar Cova da Beira, EPE 38,0 2,59% 1,04% 7,49-1,7% -1,3% 77,93% 1,2% -0,3% Centro Hospitalar de Coimbra, EPE 40,8-4,10% -6,34% 8,06 5,3% -3,7% 90,11% 1,3% -9,8% Hospitais Universidade de Coimbra, EPE 31,6-1,49% 6,10% 8,29 2,1% -2,4% 71,78% 0,9% 3,6% Hospital Distrital da Figueira da Foz, EPE 38,2-4,63% 7,62% 7,13 0,6% -2,2% 74,65% -3,8% 5,2% Hospital Infante D. Pedro, EPE 42,5-0,85% 0,53% 6,71-1,9% 0,0% 78,16% -2,5% 0,5% Hospital S. Teotónio, EPE 36,8-5,35% 0,14% 8,23 5,0% 0,7% 82,92% -0,4% 0,9% Hospital Santo André, EPE 45,4-0,74% 4,09% 6,34-1,2% -1,2% 78,87% -1,7% 2,9% Instituto Português Oncologia de Coimbra 34,8 0,78% 7,70% 6,78-6,6% 5,7% 64,70% -5,6% 13,9% Unidade Local de Saúde da Guarda, EPE 31,2-17,03% 3,70% 8,47 8,9% -3,8% 72,47% -9,4% -0,2% CMR da Região Centro - Rovisco Pais 1,9-20,98% 19,79% 154,13 34,3% -7,7% 78,95% 10,5% Hospital Amato Lusitano 32,3-0,77% 0,97% 7,17-1,6% 0,3% 63,41% -2,1% 1,2% Hospital Arcebispo João Crisóstomo Hospital Cândido de Figueiredo -100,00% 8,02 3,4% 0,8% 57,05% -3,5% -40,9% Hospital Distrital de Águeda 31,9-1,21% 18,20% 7,71 1,5% -4,0% 67,40% 0,5% 13,4% Hospital Distrital de Pombal 33,5 6,18% 11,91% 8,59 0,5% -7,2% 78,90% 7,0% 3,9% Hospital Dr. Francisco Zagalo 34,1-0,34% 13,20% 7,42 16,5% -36,0% 69,34% 16,4% -27,5% Hospital José Luciano de Castro 38,5-38,23% -28,48% 2,41-63,9% 32,3% 25,34% -77,6% -5,4% Hospital Visconde de Salreu 23,4-11,07% 15,48% 8,29 2,8% 0,1% 53,11% -8,3% 15,5% Fonte: Departamento de Contratualização, SICA Excluindo o Centro Hospitalar Psiquiátrico de Coimbra, foi realizado um total de consultas em 2009 e de primeiras consultas - correspondentes a 29,4% do total de consultas (Quadro 19). Relativamente a 2008, verificou-se um crescimento de quase 2% (1,7%) na proporção de primeiras consultas. 20

33 Quadro 19 Consultas realizadas nos hospitais da Região Centro e taxas de crescimento (acumulado 2009 excepto Centro Hospitalar Psiquiátrico de Coimbra) Acumulado Dez 2009 Tx. Crescimento 2009/2008 Acumulado Dez 2009 Tx. Crescimento 2009/2008 Acumulado Dez 2009 Tx. Crescimento 2009/2008 Região Saúde do Centro (s/chpc) ,5% ,8% 29,43% 1,7% Centro Hospitalar Cova da Beira, EPE ,4% ,1% 33,00% 7,2% Centro Hospitalar de Coimbra, EPE ,3% ,3% 31,21% 7,4% Hospitais Universidade de Coimbra, EPE ,6% ,3% 22,92% -7,6% Hospital Distrital da Figueira da Foz, EPE ,6% ,3% 29,70% -2,7% Hospital Infante D. Pedro, EPE ,7% ,0% 34,19% 0,6% Hospital S. Teotónio, EPE ,0% ,2% 32,87% 4,4% Hospital Santo André, EPE ,8% ,2% 33,28% 1,5% Instituto Português Oncologia de Coimbra ,6% ,4% 16,51% 13,1% Unidade Local de Saúde da Guarda, EPE ,8% ,1% 31,47% 0,7% CMR Região Centro - Rovisco Pais ,9% ,1% 39,27% 52,6% Hospital Amato Lusitano ,0% ,4% 33,78% 10,7% Hospital Arcebispo João Crisóstomo ,1% ,4% 45,42% -1,2% Hospital Cândido de Figueiredo ,4% ,2% 45,31% -2,5% Hospital Distrital de Águeda ,2% ,7% 42,66% -6,1% Hospital Distrital de Pombal ,3% ,8% 31,45% 5,3% Hospital Dr. Francisco Zagalo ,8% ,0% 35,72% -2,9% Hospital José Luciano de Castro ,9% ,4% 40,29% 7,2% Hospital Visconde de Salreu ,5% ,1% 33,83% 1,1% Fonte: Departamento de Contratualização, SICA Primeiras Consultas Total de Consultas % 1.ªs Consultas/ Total de Consultas No que diz respeito aos atendimentos nas urgências hospitalares da Região, totalizando consultas, verificou-se um decréscimo de quase 4% (3,7%) relativamente a 2008 (Quadro 20). 21

34 Quadro 20 Total de atendimentos na urgência dos hospitais da Região Centro e respectiva variação 2008/2009 (excepto Centro Hospitalar Psiquiátrico de Coimbra) Acumulado Dez 2009 Tx. Crescimento 2009/2008 Tx. Crescimento contr. 2010/ realiz 2009 Região Saúde do Centro (s/chpc) ,7% -0,9% Centro Hospitalar Cova da Beira, EPE ,7% 0,0% Centro Hospitalar de Coimbra, EPE ,1% 0,7% Hospitais Universidade de Coimbra, EPE ,1% 0,0% Hospital Distrital da Figueira da Foz, EPE ,8% 2,3% Hospital Infante D. Pedro, EPE ,3% -6,9% Hospital S. Teotónio, EPE ,5% 0,0% Hospital Santo André, EPE ,6% 2,5% Instituto Português Oncologia de Coimbra Unidade Local de Saúde da Guarda, EPE ,4% -7,3% CMR da Região Centro - Rovisco Pais Hospital Amato Lusitano ,0% -2,0% Hospital Arcebispo João Crisóstomo Hospital Cândido de Figueiredo ,2% 2,5% Hospital Distrital de Águeda ,8% 2,7% Hospital Distrital de Pombal ,5% -1,5% Hospital Dr. Francisco Zagalo Hospital José Luciano de Castro -100,0% Hospital Visconde de Salreu -100,0% Fonte: Departamento de Contratualização, SICA Em 2009 realizaram-se um total de cirurgias nos hospitais da área de jurisdição territorial da ARSC, traduzindo um decréscimo global de 0,8% relativamente a 2008 (Quadro 21). No entanto, a cirurgia ambulatória observou um crescimento de 24,3% relativamente ao ano anterior (Quadro 21). 22

35 Quadro 21 Dados de produção em cirurgia nos hospitais da Região Centro (acumulado excepto Centro Hospitalar Psiquiátrico de Coimbra) Acumulado Dez 2009 Tx. Crescimento 2009/2008 Acumulado Dez 2009 Tx. Crescimento 2009/2008 Acumulado Dez 2009 Tx. Crescimento 2009/2008 Acumulado Dez 2009 Tx. Crescimento 2009/2008 Região Saúde do Centro - EPE (s/chpc) ,8% ,3% ,8% ,1% Centro Hospitalar Cova da Beira, EPE ,8% ,6% ,7% ,1% Centro Hospitalar de Coimbra, EPE ,1% ,5% ,0% ,6% Hospitais Universidade de Coimbra, EPE ,5% ,9% ,8% ,1% Hospital Distrital da Figueira da Foz, EPE ,2% ,0% ,4% ,2% Hospital Infante D. Pedro, EPE ,3% ,1% ,3% ,4% Hospital S. Teotónio, EPE ,7% ,1% ,1% ,2% Hospital Santo André, EPE ,3% ,0% ,7% ,1% Instituto Português Oncologia de Coimbra ,8% ,4% ,4% 0 Unidade Local de Saúde da Guarda, EPE ,3% ,4% ,9% ,7% CMR da Região Centro - Rovisco Pais Total de Cirurgia Cirurgia Ambulatória Cirurgia Convencional Cirurgia Urgente Hospital Amato Lusitano ,8% ,4% ,3% ,2% Hospital Arcebispo João Crisóstomo ,8% ,8% 0 0 Hospital Cândido de Figueiredo ,7% ,8% ,8% 0 Hospital Distrital de Águeda ,3% ,3% ,8% ,5% Hospital Distrital de Pombal ,4% ,3% 474 9,2% 1 Hospital Dr. Francisco Zagalo ,6% ,4% ,2% 0 Hospital José Luciano de Castro ,6% ,9% ,9% 0 Hospital Visconde de Salreu ,8% ,5% ,1% 0 Fonte: Departamento de Contratualização, SICA A produção hospitalar psiquiátrica da Região em 2009 refere-se ao Centro Hospitalar Psiquiátrico de Coimbra e encontra-se descrita no Quadro 22. Em termos globais (regionais), o internamento de agudos traduziu-se por um aumento de 30,4% nos doentes saídos relativamente a 2008 e por uma redução dos dias de internamento de 6,83% e de 28,26% na demora média. No que diz respeito ao internamento de doentes crónicos, houve uma redução de mais de 17% no que diz respeito aos doentes saídos, consistente com a redução de mais de 20% na lotação (Quadro 22). 23

36 Quadro 22 Dados de produção do Centro Hospitalar Psiquiátrico de Coimbra (2009) Internamento Agudos Internamento Crónicos Internamento Forenses Estruturas residenciais Hospital de Dia Estruturas reabilitativas Acumulado Dez 2009 Tx. Crescimento 2009/2008 Tx. Crescimento contr. 2010/ realiz 2009 Doentes saídos ,36% -7,30% Dias internamento ,83% -0,44% Demora média 16,77-28,64% 1,37% Taxa ocupação 79,25-6,91% 7,26% Lotação 100 0,00% -9,00% Doentes saídos 38-17,39% -73,68% Dias internamento ,47% -5,57% Demora média 1.790,24 14,44% 258,83% Taxa ocupação 84,66 18,94% 3,95% Lotação ,58% -9,09% Doentes saídos 41-10,87% -24,39% Dias internamento ,85% -1,32% Lotação ,47% 0,00% Dias internamento ,49% 6,51% Lotação 30 0,00% 0,00% Nº Sessões ,06% -8,20% Doentes tratados 145 0,69% -6,90% Dias Tratamento ,47% -0,01% Doentes tratados 69-55,77% -5,80% Cuidados no Domicílio Nº visitas ,64% -57,03% Consultas médicas Fonte: Departamento de Contratualização, SICA 1.ªs Consultas ,54% -1,72% Consultas Subsequentes ,19% -11,54% Total consultas ,35% -10,75% 24

37 Quadro 23 Dados sobre lista de espera cirúrgica da Região Centro, 2009 Taxa de Reinternamento nos primeiros 5 dias (%) Peso cirurgia ambulatório no total das cirurgias programadas (%) Demora Média (dias) % 1ªs consultas médicas no total consultas médicas Objectivo Hospital Distrital de Águeda 2,20 Hospital José Luciano de Castro 0,50 Hospital Visconde de Salreu 2,50 Realizado Desvio (%) Objectivo Realizado Desvio (%) Objectivo Realizado Desvio (%) Objectivo Realizado Desvio (%) -100,0% 45 50,86 13,03% 7,8 7,71-1,15% 42,4 42,663 0,62% -100,0% 51,95 28,95-44,28% 4,2 2,41-42,62% 39,49 40,291 2,03% -100,0% 41,67 54,55 30,91% 7 8,29 18,43% 35,56 33,828-4,87% Hospital Dr. Francisco Zagalo 1,00 Hospital Amato Lusitano 2,20 Hospitais Universidade de Coimbra 2,10 Hospital Arcebispo João Crisóstomo (*) ---- Centro Medicina de Reabilitação da Região Centro ---- Rovisco Pais (*) Hospital Distrital de Pombal 2,20 Hospital Cândido de Figueiredo 1,60 Hospital Infante D. Pedro, EPE 2,10 Instituto Português Oncologia de Coimbra 2,20 Hospital Distrital da Figueira da Foz, EPE 2,20 Centro Hospitalar de Coimbra, EPE 2,30 Centro Hospitalar Cova da Beira, EPE 2,50 Hospital Santo André, EPE 2,50 Hospital S. Teotónio, EPE 2,00 ULS Guarda, EPE 2,00 Fonte: SICA - ficheiros de retorno de Dezembro/2009 Notas: * não se aplicam os objectivos assinalados Desvio (%) = (Realizado - Objectivo) / (Objectivo) * ,0% 54 54,51 0,94% 4,67 7,42 58,89% 36,93 35,724-3,27% -100,0% 40 41,01 2,52% 7 7,177 2,43% 30,94 33,776 9,17% -100,0% 32 41,24 28,88% 8,1 8,29 2,35% 26 22,92-11,85% ,53 45,424-6,40% ,268 30,89% -100,0% 65,51 78,04 19,12% 7,5 8,59 14,53% 34 31,447-7,51% -100,0% 30 29,09-3,05% 7,47 8,02 7,36% 46,78 45,307-3,15% -100,0% 41,04 44,94 9,51% 5,98 6,71 12,21% 30 34,187 13,96% -100,0% 33 34,91 5,80% 7,4 6,78-8,38% 16 16,513 3,21% -100,0% 63,48 67,35 6,09% 6,18 7,13 15,37% 34,25 29,705-13,27% -100,0% 39 46,27 18,64% 7,6 8,06 6,05% 29,8 31,206 4,72% -100,0% 35 34,08-2,62% 7,5 7,49-0,13% 32 33,002 3,13% -100,0% 42,5 59,96 41,08% 6,7 6,34-5,37% 30 33,28 10,93% -100,0% 30 52,64 75,45% 7,6 8,23 8,29% 30 32,872 9,57% -100,0% 35 35,28 0,80% 7,5 8,47 12,93% 33,07 31,47-4,84% No ano de 2009 a Lista de Inscritos para Cirurgia (LIC) da ARSC manteve-see estável, cerca dos doentes inscritos, com uma mediana de espera entre os 3,5 e os 3,8 meses. Gráfico 4 Dimensão de Lista de inscritos para cirurgia ARSC, IP Dez 2009 Set 2009 Jun 2009 Mar 2009 Dez 2008 Set 2008 Jun 2008 Mar

38 Gráfico 5 Mediana do tempo de espera - Lista de inscritos para cirurgia ARSC, IP 5 4,9 4,4 4,6 4 3,6 3,5 3,5 4,0 3,8 3 Dez 2009 Set 2009 Jun 2009 Mar 2009 Dez 2008 Set 2008 Jun 2008 Mar 2008 Como os gráficos evidenciam, a situação é globalmente favorável e enquadra-se dentro do desempenho global do país, em que a mediana de espera se situou cerca dos 3,4 meses para um universo nacional de doentes inscritos. No ano de 2009 realizaram-sextraídos do SIGLIC a 06/05/2010), das quais em hospitais do SNS intervenções cirúrgicas na Região Centro (dados A par do esforço de produção hospitalar, tem sido prestada particular atenção no que diz respeito à limpeza e expurgo das listas. 26

39 7. INDICADORES DE PRODUÇÃO DOS CENTROS DE SAÚDE Na sequência da reorganização territorial da ARS do Centro IP, com a criação dos ACES e a extinção das Sub-regiões de Saúde, os indicadores de desempenho dos cuidados de saúde primários não é efectuada em termos comparativos a 2008,em virtude da rede de cuidados de saúde em 31/12/2009 ser diferente da existente naquele ano. Em 2009, a ARSC obteve uma taxa de utilização de consultas de Medicina Geral e Familiar (MGF) de 60,6%, variando entre o mínimo de 52,2% no ACES Baixo Vouga III e o máximo de 66,6% no ACES Baixo Mondego III. Esta utilização de consultas resulta num rácio de 5 consultas por utente inscrito utilizador. Salienta-se ainda os 75,6% de taxa de cobertura de consultas de gravidez a nível regional, e em particular os 99,7% alcançados no ACES Dão-Lafões II e os 97,6% do Pinhal Interior Sul, resultados que traduzem a aposta na saúde reprodutiva (Quadro 24). Indicadores de Saúde ACES / ULS da Guarda ARSC, IP Baixo Vouga I Baixo Voug a II Quadro 24 Indicadores de saúde da ARSC,IP por ACES e ULS da Guarda, EPE Baixo Vouga III Beira Interior Sul Cova da Beira Pinhal Interior Sul Baixo Mondego I Taxa de cobertura de consultas de Gravidez 75,6% 68,9% 68,9% 87,4% 91,7% 72,5% 97,6% 85,8% 64,0% 81,7% 86,5% 76,5% 62,3% 52,6% 76,7% 99,7% 83,3% 84,5% Taxa de utilização de consultas de Planeamento Familiar (19-44 anos) 17,8% 15,6% 19,9% 20,5% 13,2% 19,4% 17,8% 19,0% 17,5% 24,3% 15,7% 20,2% 19,0% 16,7% 21,9% 15,8% 13,6% 13,5% Taxa de Utilização de Consultas de Saude Infantil e Juvenil (< a 18 anos) 61,8% 58,6% 62,8% 64,0% 52,5% 49,2% 71,7% 60,2% 49,3% 63,8% 66,9% 63,8% 58,1% 61,9% 66,9% 86,6% 62,1% 59,7% Taxa de utilização de consultas de Saúde de Adulto (> a 19 anos) 67,5% 66,2% 65,2% 70,6% 65,9% 57,8% 72,5% 61,5% 56,7% 68,6% 71,6% 72,3% 68,6% 69,5% 76,2% 80,6% 69,6% 67,7% Consultas domiciliárias por 1000 inscritos 12,5 7,4 9,4 14,7 3,1 4,7 33,6 18,3 15,9 13,6 10,8 10,2 2,9 9,5 21,8 15,8 6,4 16,7 Taxa de Utilização de consultas de CSP / MGF 60,6% 66,5% 63,6% 68,2% 52,2% 54,0% 63,9% 58,1% 53,9% 66,6% 66,7% 64,2% 59,0% 61,5% 52,3% 65,5% 61,9% 57,1% Média de Consulta da MGF/ Inscritos - Utilizadores 5,0 4,8 4,7 4,8 5,2 5,1 5,6 5,5 5,1 5,1 5,5 5,6 5,4 4,3 5,4 5,3 5,0 4,8 Média de Consulta da MGF/ Inscritos 3,0 3,2 3,0 3,3 2,7 2,8 3,6 3,2 2,8 3,4 3,7 3,6 3,2 2,6 2,8 3,5 3,1 2,7 %utentes inscritos COM Médico de Familia 95,7% 99,7% 94,7% 99,2% 98,0% 99,1% 99,7% 94,0% 94,2% 97,4% 96,8% 94,9% 94,3% 91,0% 97,7% 96,4% 89,7% 98,0% %utentes inscritos SEM Médico de Familia 4,3% 0,3% 5,3% 0,8% 2,0% 0,9% 0,3% 6,0% 5,8% 2,6% 3,2% 5,1% 5,7% 9,0% 2,3% 3,6% 10,3% 2,0% Baixo Mondego II Baixo Mondego III Fonte: BD SINUS / MedicineOne e VitaCare / INE, I.P., Portugal, 2009, Anuário Estatístico da Região Centro 2008/Statistical Yearbook of Centro Region Informação disponível até 30 de Setembro de Information available till 30th September, Pinhal Interior Norte I Pinhal Interior Norte II Pinhal Litoral I Pinhal Litoral II D. Lafões I D. Lafões II D. Lafões III ULS da Guarda 27

40 Durante o ano de 2009 existiam utentes inscritos na área de influência da ARSC, IP, (correspondente a 16 ACES e à ULS da Guarda EPE e totalizando 86 centros de saúde), dos quais eram utentes utilizadores (taxa de utilização de 61%). A migração de centros de saúde e de USF para a área de influência de outras ARS traduziu-se por uma diminuição do número de utentes inscritos de efectivos (i.e., redução de 23,2% da população utente inscrita) (Quadros 25 e 26). Em relação a 2008 não se observou uma variação significativa da taxa de utilização total (ARSC) e específica por localização geográfica. O grupo etário mais prevalente de inscritos corresponde aos 19 a 64 anos (88% do total de inscritos), representado apenas 66% do total de utilizadores. Os utentes com idade igual ou mais de 65 anos representavam 12% dos utilizadores da Região Centro, enquanto as crianças até aos 2 anos não ultrapassam os 2% do total de utilizadores. Dos 2 aos 18 anos, verifica-se uma taxa de utilização de 19%, à semelhança de Quadro 25 Número de utilizadores em cuidados de saúde primários na Região Centro, por ACES, de 01/01/2009 a 31/12/2009 População inscrita - utilizadora ARSC, IP 2009 Total inscritos - < 12 meses utilizadores meses 2-18 anos anos anos >= 65 anos Baixo Vouga I Baixo Vouga II Baixo Vouga III Beira Interior Sul Cova da Beira Pinhal Interior Sul Baixo Mondego I Baixo Mondego II Baixo Mondego III Pinhal Interior Norte I Pinhal Interior Norte II Pinhal Litoral I Pinhal Litoral II ULS DA GUARDA D. Lafões I D. Lafões II D. Lafões III Total da ARSC, IP Fonte:BD SINUS/MedicneOne e VitaCare 28

41 Do total de utentes inscritos nos centros de saúde da área de influência da ARSC, IP, não dispunham de médico de família atribuído em Dezembro de 2009 i.e., menos 37% do que em 2008 (Quadro 26). Do total de utentes inscritos ( ), a quase totalidade ( ) têm médico de família atribuído (taxa de cobertura de 95,7%). Apenas 4,3% dos utentes inscritos - incluindo utentes nãoutilizadores - não dispõem de médico de família atribuído (Quadro 26). Quadro 26 Número de inscritos com e sem médico de família atribuído, por ACES INSCRITOS ARSC, IP 2009 Total de Inscritos COM e SEM Médico de Familia Inscritos COM médico de familia %utentes inscritos COM Médico de Famlia Inscritos SEM médico de familia %utentes inscritos SEM Médico de Famlia Baixo Vouga I ,7% 445 0,3% Baixo Vouga II ,7% ,3% Baixo Vouga III ,2% 872 0,8% Beira Interior Sul ,0% ,0% Cova da Beira ,1% 965 0,9% Pinhal Interior Sul ,7% 126 0,3% Baixo Mondego I ,0% ,0% Baixo Mondego II ,2% ,8% Baixo Mondego III ,4% ,6% Pinhal Interior Norte I ,8% ,2% Pinhal Interior Norte II ,9% ,1% Pinhal Litoral I ,3% ,7% Pinhal Litoral II ,0% ,0% D. Lafões I ,7% ,3% D. Lafões II ,4% ,6% D. Lafões III ,7% ,3% ULS DA GUARDA ,0% ,0% Total da ARSC, IP ,7% ,3% Fonte:BD SINUS/MedicneOne e VitaCare Em 2009 foram realizadas consultas de Medicina Geral e Familiar no conjunto dos ACES, USF e ULS da Guarda, EPE (Quadro 27). 29

42 Quadro 27 Movimento assistencial dos Cuidados de Saúde Primários na região centro ARSC, IP ACES e ULS da Guarda Saúde Materna 1as consultas de Medicina geral e Familiar (MGF) Pl. Familiar Saúde Infantil até aos 13 anos Saude Juvenil (dos 14 aos 18 anos) Saúde de adulto Total Consultas seguintes Revisão Puerpério Consultas no Domicilio Total Global de Consultas de Medicina Geral e Familiar Baixo Vouga I Baixo Vouga II Baixo Vouga III Beira Interior Sul Cova da Beira Pinhal Interior Sul Baixo Mondego I Baixo Mondego II Baixo Mondego III Pinhal Interior Norte I Pinhal Interior Norte II Pinhal Litoral I Pinhal Litoral II D. Lafões I D. Lafões II D. Lafões III ULS da Guarda Total da ARSC, IP Fonte:BD SINUS/MedicneOne e VitaCare Nota: Não inclui dados das duas USF do Centro de Saúde da Figueira da Foz - excepção: consultas de saúde materna e planeamento familiar As consultas urgentes (SAP) e afins realizadas em 2009 decresceram 16% relativamente a 2008 (Quadro 28). Verificou-se, igualmente, uma diminuição do número total de consultas de 25% relativamente a 2008, facilmente explicável pela redução do âmbito territorial e populacional da ARSC em

43 Relativamente às consultas domiciliárias, verificou-se uma redução de 22% nas consultas médicas (inferior ao esperado de 25%) e uma redução de 33% no que diz respeito às consultas de enfermagem (Quadro 28). Tal poderá dever-se às dificuldades de registo no sistema de informação SAPE por deficiente formação ou inexistência deste sistema. Quadro 28 Indicadores de desempenho dos Cuidados de Saúde Primários na Região Centro 2009 ARSC,IP Var. % 09/08 Var. Abs.09/08 Centro Consultas Totais (Ambulatório + SAP) % Consultas Programadas % Atendimentos em SAP e Afins % consultas domiciliárias médicas % consultas domiciliárias de enfermagem % as consultas do ano (MGF) Var. % 09/08 Var. % 09/08 TOTAL % Fonte: SINUS/SAM e MedicineOne + VitaCare (exclui USF S. Juliao do CS da Figueira da Foz) À Excepção das consultas de saúde materna e planeamento familiar, faltam os dados das duas USF do Centro de Saúde da Figueira da Foz (VitaCare). 31

44 CAPÍTULO II. PROGRAMAS DE SAÚDE

45 1. PROGRAMA DE PREVENÇÃO, DIAGNÓSTICO E TRATAMENTO DAS DOENÇAS CARDIO-CEREBRO-VASCULARES 1.1. DOENÇAS CARDIO-CEREBRO-VASCULARES As doenças do Aparelho Circulatório são uma das principais causas de morte e de incapacidade nas Sociedades Ocidentais, nas quais Portugal se inclui. A Região Centro do país não é excepção neste aspecto, sendo de prever que o impacto nefasto destas doenças na nossa Região se venha a agravar com o crescente envelhecimento da população e com o aumento da prevalência dos vários factores de risco a elas associadas, particularmente na população mais jovem. Ao pretender-se reduzir o impacto destas doenças do Aparelho Circulatório na Região Centro, e na sequência do Plano de Acção já desenvolvido desde 2006, tornou-se necessário continuar em 2009 a actuar em duas vertentes essenciais: por um lado, no tratamento adequado das complicações agudas destas doenças, promovendo uma organização mais eficiente dos recursos físicos e humanos já existentes, permitindo oferecer a um maior número de pessoas da nossa Região o acesso a tratamentos recomendados internacionalmente com provas já dadas na redução da mortalidade e na morbilidade destas doenças. Por outro lado, pretendeu-se realizar um esforço estruturado, com objectivos preventivos, para se conseguir o controle dos principais factores de risco modificáveis, não só na população já doente, mas principalmente na população mais jovem. Durante o ano de 2009, foram assim levadas a efeito diversas acções com vista a atingir os objectivos propostos no plano de acção inicialmente elaborado até 2010, nomeadamente: Reduzir até 2010 a mortalidade e a morbilidade por Doenças Isquémicas do Coração, e por AVC, através da redução da mortalidade intra-hospitalar do enfarte agudo do miocárdio com supradesnivelamento de ST abaixo dos 7%, aumentar para 25% os doentes com AVC enviados pela Via Verde com pelo menos 5% sujeitos a fibrinólise, e aumento da percentagem de doentes com HTA controlada na Região Centro do país para níveis superiores a 14% da população com HTA; Sensibilizar a população e os profissionais de saúde para a prevenção dos factores de risco, criar ou melhorar as condições logísticas para o seu diagnóstico e controle nas Unidades de Saúde da periferia; 33

46 Na implementação deste programa, torna-se imperioso introduzir um novo factor de intervenção, apoio e controle, utilizando as novas tecnologias de informação e comunicação, como será o caso da Telemedicina. ACTIVIDADES DESENVOLVIDAS E SEUS INDICADORES DE PRODUÇÃO Vias Verdes Coronária e AVC Unidades de AVC Foram implantadas no terreno, e em conformidade com os objectivos traçados no anterior Plano de Acção, Unidades de AVC com capacidade de realização de trombólise em todos os Distritos, estando já incluído o da Guarda, que apenas ficou operacional em A rede desenhada inicialmente cobre agora, portanto, todos os hospitais previstos: HUC, CHC, Aveiro, Castelo Branco, Cova de Beira, Leiria e Viseu. O Hospital de Figueira da Foz tem uma unidade básica. Programa PRECOCE Trata-se de um programa em que, nos casos suspeitos de enfarte do miocárdio, os diversos centros de saúde (antigos SAP, e agora apenas SUB ou centros de saúde de grandes dimensões) e os diversos hospitais podem contactar, via telemedicina, com os serviços de UCIC de referência e ali ser efectuado on-line o diagnóstico à distância, com a avaliação em directo do ECG, exame clínico e outros julgados necessários, bem como dadas indicações terapêuticas imediatas, e organizar a referenciação do doente de modo a que chegue com a maior brevidade de tempo e já prédiagnosticado ao destino mais adequado (UCIC, hemodinâmica, etc..). O sistema está implantado em 11 centros de saúde, não tendo havido avanços significativos este ano uma vez que a reestruturação devidas aos ACES, bem como uma diminuição sensível do número de médicos de família no terreno, levou a uma certa estagnação do programa, que se pensa poder dinamizar de novo em articulação com os novos responsáveis e equipas de gestão locais. Os dados de que dispomos neste momento, indicam que terão sido efectuadas em 2009 cerca de 20 intervenções por esta via. 34

47 De referir que, apesar de uma diminuição da utilização, o sistema continua operacional, carecendo eventualmente de um reforço e incentivo da sua utilização junto dos profissionais. Para 2010 o objectivo principal será portanto dinamizar a sua utilização em articulação com as direcções dos ACES, e equipar com plataformas de telemedicina todos os serviços de urgência, em especial os SUBs, situação já contemplada para 2009, mas que ainda não foi possível atingir na totalidade. Cartão de risco cardio-vascular Este projecto consiste em distribuir aos utentes dos centros de saúde um cartão que recolha de forma coerente os 5 principais factores de risco das doenças cardiovasculares, que será marcado com as cores verde, amarelo ou vermelho consoante o risco, para assim motivar os utentes a se autocontrolarem. Fornece também explicações básicas sobre os factores de risco, e é replicado nos sistemas informáticos. Foi lançada e terminada em 2008 a fase piloto de teste em três centros de saúde (Aveiro, Eiras e Cantanhede), onde foram já distribuídos cerca de 800 cartões. Em 2009 foram criados novos interfaces e sistemas de recolha de dados nos sistemas informáticos de gestão das consultas e actos de enfermagem, e ao longo do ano, e na sequência das reuniões de monitorização havidas, foram efectuadas diversas adaptações para poder incluir os dados colhidos através dos cartões (os 5 factores de risco das doenças cardiovasculares), e articular devidamente os programas SAM e SAPE. No entanto, verificou-se que o sistema informático ainda tem alguns bugs, e que deverá contemplar mais algumas funcionalidades, nomeadamente em termos de estatísticas e de recolha de dados, pelo que foi iniciada em 2009 uma nova programação do sistema, em articulação com a ACSS, que deverá estar operacional em meados de Pelas razões atrás aludidas que têm a ver com a instalação e plena entrada em funções dos ACES, bem como com os problemas com o sistema informático, não foi possível alargar o programa a mais centros de saúde em 2009, mas está já em curso o processo para que em 2010 seja alargado a pelo menos mais 20 centros de saúde, o que deverá ser agora acordado com os novos Directores Executivos dos ACES. 35

48 Programa de hipocoagulação Durante 2009 foi dado cumprimento à segunda parte do programa que consistiu em, após em 2009 ter sido efectuada a distribuição de coagulómetros por todos os centros de saúde da ARSC que se mostraram interessados e dada formação básica sobre a sua utilização, começar agora no terreno a sua utilização corrente. Foram ainda definidas as normas e vias para aquisição das tiras a utilizar. Tendo 2009 sido o ano de início de aplicação do programa no terreno, o trabalho de coordenação incidiu sobretudo no acompanhar as eventuais dificuldades e necessidades detectadas, que passaram sobretudo por problemas com o fornecimento atempado das tiras reagentes. Foram efectuados testes de hipocoagulação em Também se verificou que houve uma consciencialização da utilidade deste programa, pelo que muitos centros de saúde manifestaram o desejo de serem incluídos no programa e outros de serem equipados com mais aparelhos. Quadro 29 Nº de hipocoagulómetros distribuídos Distrito Nº hipocoagulómetros Obs. Aveiro 114 (já existiam cerca de 40) Coimbra 31 (já existiam 3) Castelo Branco 4 (já existiam 10) Guarda 15 Leiria 20 Viseu 20 TOTAL ARS 204 Para 2010 irão ser implementadas medidas de monitorização deste programa, e irão ser distribuídos novos equipamentos e instalados equipamentos de registo electrónico e transferência de dados entre instituições. Procurar-se-á responder às necessidades entretanto detectadas de aquisição de mais hipocoagulómetros, não só para os centros de saúde já integrados no programa, como para outros que entretanto manifestaram esse desejo. 36

49 Programas locais de Suporte Básico de Vida (SBV) Este projecto destina-se a dar competências de actuação prática no âmbito do SBV a diversas pessoas, profissionais de saúde ou não, que integrem comunidades locais a nível dos concelhos da área de influência da ARSC, e a fomentar a instalação de desfibrilhadores externos automáticos (DEA) em locais cuja dimensão populacional e/ou tipo de actividades o justifiquem. Sendo reconhecida a extrema importância da precocidade de intervenção nas situações de paragem cardio-respiratória, e sendo quase total a falta de informação e formação da população nessa área, estes programas irão, de forma faseada, nomeadamente junto de locais como centros desportivos, escolas, fábricas de grande dimensão e outras instituições sociais, formar indivíduos em SBV, promover a aquisição de DEAs, e possibilitar a formação contínua e prática regular do SBV aos formandos. Em 2008 foi delineado um protocolo de colaboração entre a ARSC, Fundação Portuguesa de Cardiologia e Câmara Municipal de Cantanhede, bem como um plano de actuação e organização, sendo neste concelho que avançou durante o ano de 2009 o projecto-piloto. Em 2009 realizaram-se 4 cursos neste concelho, um deles já de reciclagem, havendo um total de 82 formandos. De referir que o interesse neste tipo de formação já começou a manifestar-se noutros locais, nomeadamente em Coimbra, onde a ARSC promoveu em articulação com os formadores do INEM mais dois cursos de SBV direccionados para as equipas técnicas dos vários escalões da secção de basquetebol da A.A.C., abrangendo 38 pessoas. A aquisição e instalação de desfibrilhadores automáticos em, pelo menos, 6 locais, ainda não avançou, uma vez que existem indefinições em relação à legislação entretanto saída que autoriza a utilização dos DAE por não médicos. Este problema terá que se ultrapassado em reuniões já previstas com a direcção do INEM PROGRAMA DE PREVENÇÃO E CONTROLO DA DIABETES A diabetes mellitus (DM) é uma doença crónica e incapacitante grave, representando um enorme desafio para o Serviço Nacional de Saúde. 37

50 Em consonância com os objectivos do Programa Nacional de Prevenção e Controlo da Diabetes, procurou-se inverter a tendência de crescimento da diabetes e das suas complicações, visando ganhos em saúde. O Estudo de Prevalência de Diabetes em Portugal PREVDIAB revelaou uma prevalência da diabetes na população portuguesa estimada em 11,7%. Na Região Centro a prevalência da diabetes é estimada em 10,7% - correspondendo a 6,4% diabéticos já diagnosticados e 4,3% diabéticos não diagnosticados. Em números totais, o estudo estima portugueses entre os 20 e os 79 anos com diabetes, dos quais (43,6% do total) não sabem que são portadores desta doença crónica. A prevalência de pré-diabetes neste grupo etário foi estimada em 23,2%, o que corresponde a pessoas. Desta forma, portugueses entre os 20 e os 79 anos de idade (34,9% da população portuguesa) sofrem de diabetes ou de pré-diabetes. As complicações resultantes desta doença, tais como a cegueira, amputações não traumáticas dos membros inferiores, insuficiência renal terminal e doenças cardiovasculares - cujo aparecimento poderá ser evitado ou retardado - apresentam um impacto negativo na qualidade de vida do diabético. Sendo a equidade um dos objectivos a atingir na promoção da saúde, pode-se afirmar que as estratégias de saúde no que se refere à DM, assentam em orientações de actuação de carácter equitativo, na medida em que pretendem proporcionar a todos os diabéticos o acesso às diversas vertentes do Programa Nacional de Prevenção e Controlo da Diabetes, promovendo a autosuficiência dos indivíduos (crianças, adolescentes, adultos e idosos). Os objectivos gerais deste programa e as metas a alcançar coincidem, genericamente, com os definidos na Declaração de St. Vincent (1989), que visam a obtenção de ganhos em saúde, através da promoção da saúde e do aumento da sua qualidade, da esperança de vida do doente diabético e da redução das complicações crónicas da doença - isto é, aumentar o número de anos médio de vida livres de incapacidades por complicações da diabetes. Foram mantidas orientações para todos os médicos de família terem, no seu horário de trabalho, um período expresso para consulta de diabetes, em equipa médico/enfermeiro e, se possível, com apoio de outros profissionais da área (designadamente, nutricionista/dietista, podologista, assistente 38

51 social, etc.). Foi adquirido o material necessário, que se tem vindo a disponibilizar a todas as unidades de saúde. PRINCIPAIS ACTIVIDADES DESENVOLVIDAS Articulação com as unidades prestadoras de cuidados de saúde Foi solicitado a todos os agrupamentos de centros de saúde (ACES), unidades de saúde familiares (USF), unidades de cuidados de saúde personalizados (UCSP) e hospitais a indigitação de um profissional ou equipa de profissionais responsáveis, para funcionarem com interlocutores em matérias relacionadas com o Programa de Prevenção e Controlo da Diabetes e serem os responsáveis pela implementação local do programa mediante a identificação de necessidades, levantamento da situação e dos recursos, adaptação e definição das estratégias locais e acompanhamento da respectiva implementação. Realizaram-se as seguintes reuniões de trabalho com os responsáveis dos ACES (directores executivos e/ou seus representantes): Dia 27 Outubro 2009: ACES Baixo Mondego I, ACES Baixo Mondego II, ACES Baixo Mondego III e ACES Pinhal Interior Norte I. Dia 17 Novembro 2009: ACES Baixo Vouga I, ACES Baixo Vouga II, ACES Baixo Vouga III e ACES Dão Lafões I, ACES Dão Lafões II e ACES Dão Lafões III. Dia 24 Novembro 2009: ACES Pinhal Litoral I, ACES Pinhal Litoral II, ACES Pinhal Interior Sul, ACES Pinhal Interior Norte II, ACES Cova da Beira e ACES Beira Interior Sul. 39

52 Articulação com a Comissão de Coordenação do Programa Nacional de Prevenção e Controlo da Diabetes (PNPCD) As reuniões da Comissão de Coordenação PNPCD realizaram-se nos seguintes dias e locais: 29 de Março 2009 em Tomar; 16 de Abril 2009 na Direcção-Geral da Saúde em Lisboa; 1 de Junho 2009 na Direcção-Geral da Saúde em Lisboa: Rastreio sistemático e tratamento da retinopatia diabética A prevalência de retinopatia diabética em diabéticos tipo 1 é estimada em cerca de 40%, enquanto nos diabéticos tipo 2 é de 20%. O grupo etário mais atingida situa-se entre os 30 e os 65 anos, sendo o sexo feminino mais afectado. Foram envolvidos todos os centros de saúde da área de jurisdiçãoterritorial da ARSC na convocatória e realização de retinografias (2 fotos a cada olho). Para o tratamento da retinopatia diabética, com laser, foram envolvidos os serviços de Oftalmologia de 11 hospitais: Hospitais da Universidade de Coimbra, Centro Hospitalar de Coimbra, Centro Hospitalar da Cova da Beira, Hospital de S. Teotónio (Viseu), Hospital de S. André (Leiria), Hospital Infante D. Pedro (Aveiro), Hospital da Figueira da Foz, Hospital de Sousa Martins (Guarda), Hospital Amato Lusitano (Castelo Branco) e Centro Hospitalar das Caldas da Rainha (ARSLVT). Através da identificação nominal dos diabéticos nos centros de saúde, é realizada a convocatória anual para o rastreio da retinopatia diabética. Os resultados do rastreio de retinopatia diabética ( ) são apresentados no quadro

53 Quadro 30 Resultados do rastreio de retinopatia diabética Doentes que necessitam Doentes que não ANO Total Rastreios tratamento necessitam de tratamento Nº % Nº % , , , , , , , , , , , , , , , , ,9 TOTAL , ,6 Quadro 31 Doentes sujeitos a tratamentos de Retinopatia Diabética com laser DISTRITO HOSPITAIS Enviados Tratados Enviados Tratados Enviados Tratados AVEIRO CASTELO BRANCO COIMBRA H. S. Sebastião, EPE H. Infante D. Pedro, EPE C.H. Cova Beira, EPE H. Amato Lusitano, EPE H.U.C., EPE CHC, EPE H. Fig. Foz, EPE GUARDA H. Guarda, SPA LEIRIA H. Stº. André, EPE C. H. Caldas Rainha, EPE VISEU H. S. Teotónio, EPE TOTAL

54 Quadro 32 Indicadores das Consulta nos Centros da Saúde Indicadores META 2010 FONTE Proporção de utentes em programa de Diabetes 3,6% 5,0% 10,0% SAM % de diabéticos correctamente vigiados 24,6% 29,2% 40,0% SAM % de diabéticos controlados 22,0% 24,5% 40,0% SAM Nº de novos casos diabetes em programa no ano SAM % diabéticos com rastreio de retinopatia diabética 17,2% 24,5% 40,0% SAM % diabéticos com referenciação para oftalmologia SAM % diabéticos com rastreio de nefropatias 0,7% 1,0% 10,0% SAM % diabéticos com complicações da doença 0,6% 0,9% 10,0% SAM Fonte: BD SAM/SAMESTAT; 2010 Notas: Diabéticos Controlados: diabéticos que na última consulta, têm um registo de HbA1C igual ou < 6,5 Diabéticos correctamente vigiados: média dos valores de HbA1C registados no último ano igual < 6,5 Diabéticos com rastreio de retinopatia diabética: diabéticos com avaliação Oftalmológica (ficha diabetes)"referenciação" ou "Consulta"= "Sim" Diabéticos com complicações da doença: diabéticos com sinalização em Patologias Associadas na ficha da Diabetes 42

55 2. PROGRAMA DE PREVENÇÃO DAS DOENÇAS ONCOLÓGICAS Apesar de, no programa das doenças oncológicas se destacar a prevenção secundária - programas de rastreio dos cancros da mama, do colo do útero e do cólon e recto - as restantes áreas de intervenção concorrem para a prevenção e controlo destas doenças. No que diz respeito à prevenção primordial das doenças oncológicas, a ARSC vem desenvolvendo os seguintes programas e projectos: Projecto de intervenção comunitária pão.come de redução do sal adicionado ao pão (projecto monitorizado laboratorialmente e abrangendo a totalidade das padarias da Região Centro); Projecto sopa.come de redução do sal adicionado à sopa (projecto idêntico, tendo como alvo os estabelecimentos de restauração e de restauração colectiva); Projecto oleovitae de monitorização dos compostos polares presentes nos óleos de fritura (estabelecimentos de restauração e de restauração colectiva); Projecto 5 ao dia em parceria com os mercados abastecedores e a DREC (sensibilização das crianças e jovens para o beneficio do consumo de fruta); Programa Regional de Tabagismo (sensibilização dos jovens para os malefícios do tabagismo activo e passivo, em articulação com o Programa de Promoção da Saúde em Meio Escolar); Programa de Prevenção e Controlo da Obesidade (prevenção do excesso de peso e obesidade das crianças, em articulação com as estruturas regionais do Ministério da Educação, mediante acções de sensibilização nas escolas e na comunidade e capacitação do público em geral); Programa Regional para a Redução dos Problemas Ligados ao Álcool (priorização dos estabelecimentos pré-escolares e escolas como settings de prevenção do abuso e dependência alcoólicas em articulação com as estruturas regionais do Ministério da Educação); Programa de Promoção da Saúde em Meio Escolar (apoio e desenvolvimento de projectos na área da educação alimentar, educação sexual/prevenção das infecções de transmissão sexual e prevenção de consumos nocivos, como o álcool e o tabaco); Programa Regional de Capacitação e Literacia em Saúde (programa transversal da ARSC visando a capacitação e literacia em saúde). 43

56 Programa de prevenção do cancro da pele (programa sazonal, de iniciativa local, que abrange os centros de saúde da orla costeira da Região Centro). Estes programas assentam no âmbito comunitário e inter-sectorial de intervenção. Dentre os organismos e entidades envolvidos em parcerias temos, designadamente, a Liga Portuguesa Contra o Cancro (LPCC), a Direcção Regional de Educação do Centro (DREC), o Instituto da Droga e Toxicodependência (IDT), as estruturas regionais do Ministério do Ambiente e do Ordenamento do Território e entidades da sociedade civil como a Europacolon Portugal (Associação de Luta contra o Cancro do Intestino). Além dos programas atrás citados (de prevenção primordial da doença oncológica), não é menos importante referir o programa de prevenção primária: Programa Regional de Vacinação, no que diz respeito ao cancro do colo do útero (vacina contra a infecção pelo papilomavírus, incluída no PNV) PROGRAMA DE RASTREIO DO CANCRO DA MAMA O rastreio do cancro da mama decorre na ARS Centro dentro dos padrões estipulados nas guidelines europeias. É um rastreio de base populacional, iniciado em Junho 1990, que atingiu a totalidade dos concelhos da Região em A população alvo na área geodemográfica actual da ARS Centro é de 287 mil mulheres entre 45 e 69 anos. A população elegível estimada de 258 mil. O convite personalizado (bienal) à participação foi instituído em 2003, e a a digitalização da mamografia, feita pela Liga Portuguesa Contra o Cancro (LPCC), em A consulta de aferição mantém-se centralizada (cirurgia, imagiologia, citopatologia e psicologia), tendo este processo sido objecto de protocolo específico entre a ARSC e a LPCC em Outubro de Resultados : Mulheres convidadas 98,4% Mulheres rastreadas total Taxa de participação 69,9% (total) (Urbana 57,2%; Rural 82,4%) (Novas 36,2%, Repetidas 84,1%) 44

57 Taxa de cobertura 66,1% Discrepância inter-leitores em dupla ocultação ( entre 1994 e 2008) 7,8% Nº de aferições na última volta (Tx Mamomgrafia +) ( 3,5%) Nº de aferições positivas na última volta 663 (10,4% das aferidas ou 3,54 por mil mulheres rastreadas). Com a reestruturação dos cuidados de saúde primários, fazemos a análise da participação, cobertura e aferição segundo a nova organização dos centros de saúde em ACeS e ULS em anexo.( anexo II) Podemos constatar que a cobertura foi mais elevada nos ACES D. Lafões III (80%), D. Lafões II (79%) e ULS da Guarda (77%) e a mais reduzida no Pinhal Litoral II (51%), Baixo Mondego I e Baixo Mondego II (55%), conforme se pode obervar no anexo II. Os resultados finais relativos a só estarão disponíveis em 2011 dado que a maioria das mulheres ainda estão em tratamento, pelo que se apresentam os resultados obtidos até 2007: Taxa de detecção tumoral (1990 a 2007) Total 2,9 (Novas 3,8 ; Repetidas 1,9 ) Valor preditivo positivo da aferição (1990 a 2007) Total 59,3% Até 2007, 80,8 % dos tumores detectados eram invasivos (19,2% in situ). Das mulheres submetidas a cirurgia (98%), 39% realizaram cirurgia conservadora e as restantes 61% mastectomia. O tratamento primário por cirurgia ocorreu em 90% dos casos invasivos. Em 80% dos cancros detectados no programa de rastreio, não havia invasão ganglionar. 45

58 2.2. PROGRAMA DE RASTREIO DO CANCRO DO COLO DO ÚTERO O rastreio do cancro do colo do útero (RCCU) na Região Centro iniciou-se de forma estruturada em 1990, com coordenação do Instituto Português de Oncologia de Coimbra (IPOC).Até 1997 foram englobados 65 centros de saúde. A partir de 2005, com a coordenação do programa dependente da Comissão Oncológica Regional (COR), o programa alargou-se à totalidade dos centros de saúde da região em Estão envolvidos 2 laboratórios de citopatologia altamente qualificados e uma redee de referenciação especifica com 10 Unidades de Patologia Cervical de referência creditadas. Adquiriu-se um programa de informação específico, que não teve o sucesso esperado pelo que se irá rever a sua utilização. A taxa de incidência na região subiu inicialmente, devido à procura activa, de 19,6 por 100 mil até 28,4 por 100 mil em 1995, iniciando uma queda progressiva desde essa data, situando-se em 18,0 por mil em 2008 (última edição do Registo Oncológico Regional). De referir que, relativamente aos carcinomas invasivos, a região com 9 casos por 100 mil mulheres apresenta valores idênticos aos mais baixos encontrados nos países da CE, - Espanha, Irlanda e Malta, 7 por 100 mil embora superiores ao gold-standard Finlândia com 4por 100 mil). Gráfico 6 Incidência padronizada do Cancro do Colo do Útero 28,04 colo total invasivos in situ 15,85 12,19 22,42 12,45 18,79 9,1 17,82 11,2 19,55 13,14 21,16 12,36 18,65 11,06 16,7 9,73 18,09 10,32 14,31 14,44 14,0 8,4 9,0 8,1 16,7 9,4 18,3 8,9 9,97 9,69 6,62 6,41 8,81 7,59 6,97 7,77 5,9 5,4 5,9 7,3 9,

59 A mortalidade por cancro do colo do útero tem vindo a diminuir, de 3,1 em 1996 até 2,1 em 2006, tendo tido ligeiro aumento em 2008 (2,8 ). A incidência de cancro invasivo reduziu-se drasticamente, se antes do inicio do rastreio menos de 20% dos cancros eram detectados no estádio I e II, sendo mais de 50% detectados em estadios avançados (III e IV), actualmente a situação inverteu-se, sendo detectados mais de 90% dos casos nos estadios I e II sendo menos de 7% os casos detectados em fase avançada da doença. Desde 2005 a cobertura populacional tem vindo a subir. Foram rastreadas mulheres em 2004 (65 centros de saúde participantes), em 2005 (82 centros de saúde) e em 2006 (cobertura de todos os 109 centros de saúde da região em Junho), em 2007, em 2008.Em 2009, com a alteração da estrutura das ARS, a região Centro viu reduzida a população alvo em cerca de 26%, pelo que o nº de mulheres rastreadas caiu para , a que corresponde uma taxa de cobertura de 57% da população elegível estimada. Pode ser consultada em anexo a cobertura e diagnóstico citológico por centro de saúde e por ACeS/ULS (anexo III ). Podemos constatar que a cobertura mais elevada ocorreu nos ACES D. Lafões I (72%), Baixo Mondego III (70%) e Baixo Vouga II (70%) e a mais reduzida no Beira Interior Sul (36%), Pinhal Litoral I (37%) e Pinhal Litoral II (42%), conforme se pode obervar no anexo III. Foram ainda rastreadas na ARSC, no ano de 2009, mulheres da actual área de influência da ARS Norte, e da ARS LVT. A última volta na actual área de influência da ARSC (2007 a 2009): Realizaram o rastreio na última volta mulheres, o que em 3 anos representa uma taxa de cobertura de 57%. Diagnosticaram-se e trataram-se 46 cancros do colo correspondendo a uma taxa de incidência de 0,2 Diagnosticaram-se 766 lesões de alto grau a que corresponde uma incidência de 3,5. A percentagem de citologias insatisfatórias foi de 0,5% significativamente inferiores à de outros programas. 47

60 Mais de 90% dos cancros diagnosticados correspondem a mulheres que foram rastreadas na primeira fase PROGRAMA DE RASTREIO DO CANCRO DO CÓLON E RECTO O Grupo de Trabalho do Rastreio do Cancro do Cólon e Recto foi criado em 14 de Fevereiro de 2006, com o objectivo primordial de implementar na região um programa de rastreio de base populacional centrado nos médicos de família/equipas de saúde, de acordo com os procedimentos metodológicos técnica e cientificamente aceites, possuindo uma relação custo-efectividade comportável, com um sistema de informação universal, facilitador do desempenho dos intervenientes e que permita a monitorização do processo e avaliação de resultados. Em Portugal, o carcinoma do cólon e do recto (CCR) representa a primeira causa de morte por cancro, mortes em 2008 (10 óbitos por dia)dos quais 715 na Região Centro. Verifica-se um aumento consistente entre nós desde o início da década de 80, a uma taxa média anual superior a 4%. O CCR é uma neoplasia maligna susceptível de ser prevenida. Com efeito, cerca de 90% destes tumores têm a sua origem em pólipos adenomatosos benignos, os quais crescem e se desenvolvem no cólon durante 10 a 20 anos até se tornarem malignos, podendo a identificação e remoção atempada destes adenomas prevenir o CCR e, decorrentemente, reduzir a sua incidência. Além disso o CCR possui uma fase pré-clínica relativamente longa, no decurso da qual o tumor pode ser detectado num estádio precoce e curável. De acordo com dados do Centers for Disease Control and Prevention (CDC) comprovados pelas estatísticas de saúde de países com programas de rastreio iniciados nos anos 80-90, uma em cada três mortes poderia ser evitada se os indivíduos com mais de 50 anos fossem vigiados com regularidade, uma vez que mais de 90% dos CCR ocorrem depois daquela idade. As recomendações do International Agency for Research on Cancer (IARC)/European Colorectal Cancer Network (ECRCN), vão no sentido da realização de rastreios de base populacional, utilizando a pesquisa de sangue oculto nas fezes (PSOF) complementada com colonoscopia total nos casos positivos. Foi esta a metodologia adoptada para a proposta de um piloto deste rastreio na Região Centro, incluído no Plano de Acção da ARSC 2006/2008, mas que só teve inicio em 2009 e começou a realizar de forma continuada, testes de PSOF a partir de Abril de

61 Consideramos haver razoabilidade económica da proposta que indubitavelmente conduzirá a ganhos em saúde com elevada eficiência e efectividade (de referir que este rastreio possibilitará a prevenção e tratamento de cancro e de lesões pré malignas, a um custo global ligeiramente inferior ao dos rastreio cancro da mama e do cancro do colo do útero). O programa está no terreno em 30 centros de saúde correspondendo a 6 ACeS tendo grande parte da estrutura montada no terreno - projecto com manual, participação das equipas de medicina familiar, laboratório de saúde pública, gastrenterologia (IPOC e HS Teotónio) e anatomia patológica (FMUC). Os módulos de cirurgia e de monitorização do programa, (epidemiologia, estatística e informática), bem como a ligação das várias valências hospitalares, estão um pouco atrasadas, estando prevista a sua conclusão no fim do primeiro semestre de A partir dessa data poderá realizar-se a monitorização em contínuo do programa. São ainda reduzidos os resultados obtidos, aguardando-se a utilização do sistema de informação dedicado para o módulo de administração e estatística. Destacamos como resultados dos primeiros 10 meses de programa: Convidados 32% da população alvo utentes 80% dos convidados acorreram à consulta 91% dos utentes a quem foi atribuído um teste devolveu-o ao laboratório (71% dos utentes convidados) 1,5% dos testes foram inconclusivos 3,6% dos testes tiveram resultado positivo Em 72% das Colonoscopias foi detectada patologia (lesões pré-malignas em 29% das Colonoscopias Totais e cancro em 8%) 1,2% dos participantes no rastreio apresentaram adenomas de alto risco Em cada mil participantes diagnosticaram-se 2,4 cancros do cólon e recto. Prevê-se a conclusão do piloto de rastreio na região em 2011, data a partir da qual, após validação da metodologia, se pretende alargar o rastreio de base populacional a todo o território nacional. 49

62 3. PROGRAMA DE CUIDADOS CONTINUADOS INTEGRADOS A Rede Nacional de Cuidados Continuados Integrados (RNCCI) foi criada através do Decreto-Lei n.º 101/2006 de 6 de Junho. A sua implementação, desde 2006, tem vindo a ser realizada de uma forma sustentada e baseada na integralidade, globalidade, interdisciplinaridade, intersectorialidade (sectores social e da saúde), inserção na comunidade, harmonia, qualidade e continuidade assistencial, garantindo o princípio da autonomia e desenvolvendo a participação da família, fomentando a permanência das pessoas no seu domicílio e assente na metodologia do trabalho por objectivos. Na Região Centro a RNCCI teve início em Novembro de 2006, com a celebração de 26 acordos entre 17 instituições, a Administração Regional de Saúde do Centro, IP (ARSC) e os Centros Distritais da Segurança Social, que se traduziram na disponibilização de 373 lugares. Actualmente (31/12/2009) existem em funcionamento 1196 camas distribuídas por 36 unidades. Figura 3 Distribuição de camas pela Região Centro em 31/12/2009 Paliativos Convalescença Média Duração Longa Duração ECCI 50

63 Quadro 33 Funcionamento da RNCCI na Região Centro (dados relativos a 31/12/2009) Número de camas em funcionamento Número de camas Convalescença 142 UMDR 437 ULDM 603 Paliativos 14 Total 1196 Unidades de dia e de promoção da 0 autonomia Equipas intra-hospitalares de suporte em 0 cuidados paliativos Equipas de Cuidados Continuados 36 Integrados A coordenação da Rede, tal como é indicado no artigo 9.º do Decreto-Lei n.º 101/ 2006 de 6 de Junho, assenta em três níveis: nível nacional - Unidade Missão para os Cuidados Continuados Integrados (UMCCI) nível regional - Equipas Coordenadoras Regionais (ECR) nível local - Equipas Coordenadoras Locais (ECL). A ECR da Região Centro é constituída por 10 elementos, dos quais dois pertencem ao Centro Distrital da Segurança Social e os restantes à ARSC. À data de Dezembro de 2009 encontram-se em funcionamento 16 ECL que integram no mínimo um médico e um enfermeiro do Ministério da Saúde e um técnico de serviço social do Ministério do Trabalho e Segurança Social. Capacidade instalada A RNCCI começou a sua implementação na Região Centro através do estabelecimento de contratos com unidades prestadoras, no âmbito da experiência piloto, em Novembro de Até final do ano 51

64 de 2009 foram contratualizadas 36 unidades com um total de camas, nas diversas tipologias. Destaca-se com 50,8 % o número de camas de cuidados de longa duração e manutenção. Gráfico 7 - Doentes tratados Convalescença Média duração Longa duração Paliativos Doentes atendidos No decurso do ano de 2009, foram admitidos nas unidades de cuidados continuados integrados da Região Centro novos doentes, e dada continuação ao tratamento de 937 doentes internados no ano precedente. Região Centro Quadro 34 - Doentes tratados e admitidos Doentes tratados Doentes admitidos Convalescença Média duração Longa duração Paliativos Total O número de doentes em tratamento na tipologia de média e longa duração, representa, no seu conjunto, 76% do total de doentes. 52

65 Gráfico 8 Doentes tratados Paliativos 3% Convalescença 21% Longa duração 35% Média duração 41% Proveniência dos doentes tratados Os doentes que integram a rede resultam de todo um trabalho em articulação com os centros de saúde e hospitais da Região. Assim, no ano de 2009, 61% do total de doentes foi referenciado por hospitais e os restantes 39% pelos cuidados de saúde primários. A referenciação de doentes foi a seguinte nas diversas patologias: Quadro 35 Referenciação de doentes para os centros de saúde e hospitais da Região Centro Tipologia 2009 % ECCI 466 7,3% Convalescença ,3% Paliativos 299 4,7% Média duração ,4% Longa duração ,2% Total ,0% 53

66 Utilização da capacidade instalada No ano de 2009, a taxa de ocupação das unidades que integram a RNCC da Região Centro foi de 86,5%, assim distribuída por tipologia: 78,4% na convalescença, 86,5% na média duração, 90,93% na longa duração e 90,0% em cuidados paliativos. Altas Do total de altas, 50% dos casos prenderam-se com o facto de terem sido atingidos os objectivos estabelecidos no plano individual de intervenção, sendo este o motivo de alta com maior prevalência nos doentes internados em unidades de convalescença, média e longa duração. 26% dos casos representaram a transferência para outra tipologia, continuando os doentes a integrar a RNCCI. Quadro 36 Altas Região Centro Convalescença Média duração Longa duração Paliativos Atingidos os Objectivos 80% 70% 49% 0% Alta a Pedido 2% 11% 15% 0% Transferência para outra tipologia 1% 6% 14% 100% Transferência para proximidade 2% 2% 7% 0% Outras 16% 11% 16% 0% Total 100% 100% 100% 100% Acompanhamento do desempenho das unidades Com o objectivo de avaliar a execução dos acordos estabelecidos e verificar o funcionamento das unidades contratadas, a ECR realizou 72 visitas no decurso de 2009, das quais resultaram relatórios com propostas de melhoria para as áreas mais deficitárias, nomeadamente ao nível dos rácios de recursos humanos, do acondicionamento e distribuição de medicamentos e da caracterização física das unidades de acordo com os princípios da RNCCI. 54

67 4. PROGRAMA DE DOENÇAS TRANSMISSÍVEIS 4.1. SISTEMAS DE VIGILÂNCIA DAS DOENÇAS TRANSMISSÍVEIS Em 2009 foram declarados na Região Centro 4 casos de doença meningocócica pelo SARA. Coimbra foi o único concelho a registar mais do que uma ocorrência. Três doentes eram do sexo masculino e 1 do sexo feminino, com idades respectivas de 1, 7 e 18 anos e omissa num dos casos. Dois casos ocorreram na Primavera e 2 ocorreram no Inverno (Quadro 34). Quadro 37 Sistema de Alerta e Resposta Apropriada Doenças declaradas por concelho, tipo de doença e data, na Região Centro, em 2009 CONCELHO DOENÇA SEXO IDADE DATA Coimbra Figueira da Foz Leiria Meningite Meningocócica Meningite Meningocócica Meningite Meningocócica Meningite Meningocócica M 1 Ano 08 Maio F 7 Anos 03 Abril M Omissa 12 Fev. M 18 Anos 9 Fev. A transcendência da doença meningocócica prende-se mais com a gravidade da doença e consequências potencialmente graves do que com o número de casos. Não têm sido detectados casos agrupados de doença meningocócica por razões desconhecidas, no que depende das estirpes em circulação. Sabe-se que a probabilidade de ocorrência é maior perante estirpes importadas para as quais a população não apresenta memória imunológica. Invoca-se a importância da quimioprofilaxia dos contactantes, na prevenção da eclosão de casos agrupados, pois sabe-se que a sua prescrição é regra dos médicos envolvidos no controlo e vigilância da doença meningocócica; no entanto esta hipótese carece de confirmação. 55

68 Doenças de declaração obrigatória (DDO) A DGS publica anualmente os resultados consolidados do sistema de vigilância das doenças de declaração obrigatória (DDO). A última publicação refere-se aos dados históricos de 2004 a Nesta série de 5 anos a proporção dos casos declarados pela Região Centro, em relação ao total de casos residentes no país, variou entre os 20% (1040/5259) em 2005 e os 13% (438/3500) em A tuberculose respiratória foi sempre a doença mais declarada nesta série temporal, quer no país, quer na região, seguida à distância, independentemente da ordem, de outras salmoneloses, febre escaronodular e a parotidite epidémica. Em 2008, o total nacional de tuberculose respiratória foi de 2004 casos, o que corresponde a uma taxa de 18,9 %oooo residentes. Na região centro, foram declaradas, 280 tuberculoses respiratórias, o que corresponde a uma taxa de 11,6 %oooo habitantes. Em 2009 foram declaradas 157 tuberculoses respiratórias, na região centro, o que corresponde uma taxa de 8,8 %oooo habitantes (quadro 35). A interpretação deste do quadro deve ser feita com precaução pois o redimensionamento da área de influência da administração regional de saúde modificou substancialmente a efectivo de população residente de 2008 para As DDO provenientes dos concelhos que deixaram de pertencer à Região Centro também passaram a ser enviadas para as novas administrações em momentos diferentes do tempo. Em 2009 ainda houve concelhos que agora pertencem à Região de Lisboa e Vale do Tejo a enviarem declarações para a Região Centro, enquanto os concelhos que passaram para a Região Norte deixaram de o fazer muito mais cedo. Porém, a razão mais óbvia para a diminuição da taxa de incidência da tuberculose na região, foi o facto de os concelhos de maior incidência terem passado para a Região Norte. Mais seguro será observar a incidência por concelhos, já que as novas divisões administrativas, agrupamentos de centros de saúde e unidades locais de saúde, respeitam a integridade geodemográfica destes (quadro 36). De realçar que a variação da taxa de incidência depende mais da população do que do número de casos de tuberculose. 1 Doenças de Declaração Obrigatória 2004/2008, Direcção de Serviços de Epidemiologia e Estatísticas de Saúde, Divisão de Epidemiologia, Direcção-Geral da Saúde, Lisboa,

69 Não podemos apresentar a incidência por concelho relativamente a 2008 porque apenas em 2009 começámos a receber os duplicados dos impressos das DDO a nível regional, o que possibilitou, pela primeira vez, a desagregação completa de dados. Foram declarados 10 óbitos, todos por tuberculose respiratória, cuja idade média à data da declaração era de 69 anos, situada entre os 49 e os 90 anos. Quadro 38 Sistema de Vigilância das Doenças de Declaração Obrigatória Principais doenças declaradas em Portugal e na Região Centro no ano de 2008 e de 2009 DOENÇAS DE DECLARAÇÃO OBRIGATÓRIA N.º % Taxa a N.º % Taxa b Todas as tuberculoses (A15 a A19) ,15 19,82 Portugal Tuberculose respiratória (A15 e A16) ,24 18,86 Outras salmoneloses 347 9,91 3,27 6 principais causas Febre escaro-nodular 171 4,88 1,61 Fonte: DGS Parotidite epidémica 140 4,00 1,32 N = Sifilis precoce 101 2,88 0, Doença dos legionários 85 2,43 0,80 Todas as tuberculoses (A15 a A19) ,61 12, ,38 9,07 Região Centro Tuberculose respiratoria (A15 e A16) ,00 11, ,01 8,79 Febre escaro nodular 64 11,43 2, ,26 3,53 Outras salmoneloses 44 7,86 1, ,85 1,40 Parotidite epidemica 34 6,07 1, ,75 1,18 Tosse convulsa 18 3,21 0, ,38 0,90 Fonte: DGS, DSPP Hepatite aguda C 9 1,61 0, ,56 0,73 Febres Tifoide e paratifoide 0, ,29 0,67 Sifilis precoce 19 3,39 0, ,01 0,62 Hepatite aguda B 10 1,79 0,42 8 2,19 0,45 Leptospirose 8 1,43 0,33 7 1,92 0,39 Hepatite aguda A 0,00 6 1,64 0,34 Brucelose 26 4,64 1,08 4 1,10 0,22 Febre Q 0,00 4 1,10 0,22 Meningite meningococica 8 1,43 0,33 4 1,10 0,22 Tuberculose miliar 9 1,61 0,37 4 1,10 0,22 Leishmaníase visceral 1 0,18 0,04 3 0,82 0,17 Doença dos legionarios 10 1,79 0,42 2 0,55 0,11 Malaria 0,00 2 0,55 0,11 Rubeola 0,00 1 0,27 0,06 Sarampo 1 0,18 0,04 1 0,27 0,06 Tuberculose do sistema nervoso 0,00 1 0,27 0,06 Infecção meningocócica 7 1,25 0,29 Botulismo 5 0,89 0,21 Shigelose 1 0,18 0,04 Doença de Hansen 1 0,18 0,04 Tétano 1 0,18 0,04 Infecção gonocócica 1 0,18 0,04 Hepatite viral não especificada 1 0,18 0,04 Malária 1 0,18 0,04 Equinococose 1 0,18 0,04 Total , ,00 a Taxa por residentes em Portugal e na área da ARSC, IP; estimativa do INE para o final de 2008 Taxa por residentes na nova área da ARSC, IP; estimativa do INE o final de

70 O número de casos novos (162) de todas as formas de tuberculose e respectiva taxa de incidência (9,07%oooo) declarados, na região, em 2009, é o mesmo, obtido a partir dos dois sistemas de vigilância existentes para esta doença: o Sistema de Vigilância da Tuberculose (SVIGTB) e o Sistema de Vigilância das DDO. Foram declarados 4 casos esporádicos de meningite meningocócica, quer pelo sistema de vigilância das DDO quer pelo sistema de alerta e resposta rápida (SARA). Este facto reforça a nossa convicção de que a tuberculose e a meningite, são com muita probabilidade, as duas doenças de declaração obrigatória mais exaustivamente declaradas. Quer pela gravidade imediata da meningite quer porque, para ambas, existem sistemas de declaração específicos, de base laboratorial, para além do sistema obrigatório de declaração de doenças. A sensibilidade do SVIGTB situa-se acima dos 90% 2. 2 Three Sources Capture-Recapture Analysis to Assess the Sensitivity of Tuberculosis Surveillance in the Portuguese Health Region of Lisboa e Vale do Tejo in 2003, Furtado Cristina, et al Seminário sobre tuberculose multirresistente, DGS, 14 e 15 de Maio de

71 Quadro 39 Sistema de Vigilância das Doenças de Declaração Obrigatória Números absolutos e Taxas de incidência de Tuberculose respiratória, por concelho de residência dos doentes, na Região Centro em 2009 CONCELHO POP a N % TAXA b Leiria ,0 17,12 Coimbra ,9 10,35 Ovar ,6 20,70 Castelo Branco ,7 16,69 Aveiro ,7 12,31 Ílhavo ,1 19,38 Estarreja ,5 24,83 Pombal ,5 11,69 Agueda ,8 12,03 Seia ,2 18,63 Viseu ,2 5,05 Marinha Grande ,5 10,81 Caldas da Raínha ,5 7,57 Trancoso ,9 29,02 Fundão ,9 9,72 Alcobaça ,9 5,24 Figueira da Foz ,9 4,75 Penamacor ,3 35,51 Belmonte ,3 25,86 Proença-a-Nova ,3 22,60 Ansião ,3 14,82 Penacova ,3 11,86 Lousã ,3 10,39 Vagos ,3 8,30 Porto de Mós ,3 7,95 Vila Velha de Ródão ,6 28,99 Pedrógão Grande ,6 24,58 Fornos de Algodres ,6 19,09 Oleiros ,6 17,38 Mação ,6 14,16 Vila Nova de Poiares ,6 13,22 Murtosa ,6 10,16 Idanha-a-Nova ,6 9,86 Sever do Vouga ,6 7,91 Sabugal ,6 7,54 Miranda do Corvo ,6 7,27 Sertã ,6 6,38 Oliveira do Hospital ,6 4,62 Oliveira do Bairro ,6 4,25 Peniche ,6 3,49 Guarda ,6 2,26 Covilhã ,6 1,92 Total ,0 a Residentes, estimativa do INE para o final de 2008 b Taxa por residentes 59

72 Estamos convictos de que a nova Lei n.º 81/2009 de 21 de Agosto e o respectivo Sistema Nacional de Informação de Vigilância Epidemiológica por ela criado e já em fase de testes irá introduzir ganhos substancias na qualidade de dados e facilitar uma avaliação regular e credível do Sistema Nacional de Vigilância das DDO já em PROGRAMA NACIONAL DE VACINAÇÃO - PNV O projecto Excelência na vacinação tem por finalidade proporcionar, à população da Região Centro, serviços de melhor qualidade na área da vacinação, utilizando normas de procedimento, materiais e avaliação comuns, de forma a permitir adoptar, introduzir ou alterar medidas correctoras. As actividades desenvolvidas em 2009 aos diferentes níveis (regional, ACES, ULS e unidades funcionais), permitiram alcançar resultados que só foram possíveis com a sensibilização e o envolvimento continuado de todos os profissionais de saúde que trabalham nesta área. 60

73 Quadro 40 Actividades desenvolvidas e indicadores ACTIVIDADES Monitorização e avaliação das taxas de cobertura vacinal coortes de nascidos no ano da avaliação, 1, 2, 7, 13, 14, 18, 25 e 65 anos de idade Monitorização e avaliação das taxas de cobertura vacinal coorte de raparigas de 17 anos abrangida pela campanha de vacinação contra as infecções por vírus do papiloma humano (vacina HPV) Determinação do número de doses administradas e registadas no módulo de vacinação do SINUS Determinação de taxas de cobertura vacinal relativa à Gripe Sazonal Elaboração do plano de actividades programa de Vacinação da Região Centro ano 2009 Elaboração do relatório de actividades programa de Vacinação da Região Centro ano 2008 Divulgação de informação relativa ao Programa nos sites da ARSC,IP, e da DGS Reuniões com os responsáveis subregionais/distritais do Programa de Vacinação Reuniões com os responsáveis regionais e nacionais do Programa de Vacinação COMENTÁRIOS Foram realizadas 2 avaliações: final do 1.º semestre (unidade de saúde, distrito e região); final do ano (unidade de saúde, ACES, ULS e região) Foram realizadas 2 avaliações: final do 1.º semestre (unidade de saúde, distrito e região); final do ano (unidade de saúde, ACES, ULS e região) Realizada avaliação: final do ano (unidade de saúde, ACES, ULS e região) Aplicação de suportes de informação relativos a: profissionais de saúde centros de saúde e hospitais; idosos e população em geral; instituições de apoio social e/ou privada de saúde Elaborado o plano de actividades anual tendo em vista a sua integração no plano de actividades da ARSC,IP Elaborado o relatório anual tendo em vista a sua integração no relatório de actividades da ARSC,IP Foram divulgadas através do site da ARSCentro diversos materiais de apoio à implementação do PNV localizados em saúde pública material de apoio técnico Excelência na vacinação - PNV. Foram realizadas 2 reuniões ao longo do ano de 2009 Foram realizadas 2 reuniões ao longo do ano de 2009 O processo de reorganização dos serviços de saúde (criação de novas unidades funcionais e identificação de novos interlocutores), o início da campanha de vacinação contra infecção pelo vírus da gripe pandémica (H1N1) 2009, a continuidade na implementação do PNV e a campanha de vacinação contra as infecções por vírus do papiloma humano (vacina HPV) dirigida às raparigas de 17 anos de idade foram algumas das actividades marcantes, desenvolvidas por este programa em

74 COBERTURA VACINAL (PNV) Não obstante a sobrecarga decorrente da implementação da campanha de vacinação contra infecção pelo vírus da gripe pandémica (H1N1) 2009, verificou-se uma evolução positiva das coberturas vacinais, com particular destaque para as coortes dos 14, 25 e 65 anos de idade. As metas regionais foram atingidas em todas as coortes em avaliação - excepção feita no que respeita à vacina HPV, em que deverá ser feito esforço para aumentar esta cobertura vacinal. Quadro 41 Cobertura vacinal Vacinas do PNV- coortes de nascidos no ano da avaliação, 1, 2, 7 e 13 anos de idade Nascidos ano de avaliação 1 ano de idade 2 anos de idade 7 anos de idade Raparigas com 13 anos de idade Avaliação por ano (%) BCG VHB I BCG DTPa III/DTPa Hib III/Hib VIP III/VIP VHB III/VHB MenC II/MenC DTPa IV/DTPa Hib IV/Hib VASPR I MenC III/MenC DTPa V/DTPa VIP IV/VIP VASPR II HPV I HPV III Quadro 42 Cobertura vacinal VACINAS DO PNV- coortes de nascidos de 14, 18, 25 e 65 anos de idade Avaliação por ano (%) VASPR II 14 anos de idade 18 anos de idade VHB III/VHB Td HPV III (rapariga s) VASPR II 25 anos de idade 65 anos de idade VIP VHB III Td Td Td 62

75 CAMPANHA DE VACINAÇÃO CONTRA AS INFECÇÕES POR VÍRUS DO PAPILOMA HUMANO Durante o ano de 2009, foi iniciada a campanha de vacinação dirigida às raparigas de 17 anos. Para a 1.ª dose foi atingida a cobertura de 85%, tendo diminuído para 64% com as 3 doses da vacina (esquema completo). Raparigas com 17 anos de idade HPV I HPV III Avaliação 2009 (%) COBERTURA VACINAL (VACINAS NÃO INCLUÍDAS NO PNV) Pela relevância da vacina pneumocócica heptavalente (Pn7) decorrente da sua eventual inclusão no PNV, esta foi incluída na avaliação Quadro 43 Cobertura vicinal da vacina pneumocócica pn7 2 anos de idade 3 anos de idade Pn7 III Pn7 IV Pn7 IV Avaliação 2009 (%) INOCULAÇÕES DE VACINAS DO PROGRAMA NACIONAL DE VACINAÇÃO No ano de 2009, foram administradas e registadas no SINUS Vacinação, vacinas na Região Centro. Quadro 44 Mapa de inoculações, Região Centro, 2009 Total de doses por vacina Vacinas Região Centro BCG VHB DTPw Td VIP Hib VASPR DTPwHib DTPaHib DTPaVIP DTPaHibVIP DTPa MenC HPV TOTAL

76 VACINAÇÃO CONTRA A GRIPE SAZONAL 2008/2009 A vacinação trivalente (sazonal) da gripe, no que diz respeito aos grupos priorizados pela Direcção- Geral da Saúde, insere-se na estratégia de controlo da gripe na Região Centro (Programa Regional de Prevenção e Controlo da Gripe). Relativamente aos profissionais de saúde (um dos grupos prioritários para vacinação antigripal sazonal), deverão ser reformuladas as estratégias que possam permitir uma maior adesão à vacinação antigripal, devendo envidar-se esforços para melhorar essa situação já na próxima época sazonal. No que respeita aos idosos e população em geral, a possibilidade desta vacina ser administrada em farmácias e postos de enfermagem retirou aos serviços oficiais qualquer possibilidade de monitorização e avaliação credíveis, devendo ser acauteladas medidas que minimizem esse inconveniente. Mantém-se uma boa adesão por parte das instituições, verificando-se ainda a necessidade de melhorar a cobertura vacinal, nos utentes institucionalizados, mantendo-se uma baixa taxa de cobertura nos profissionais. Quadro 45 Cobertura vacinal Gripe Sazonal 2008/2009 Centros Saúde Médicos Hospitais Profissionais de saúde Enfermeiros Centros Saúde Hospitais Administrativos, Auxiliares, Outros técnicos Centros Saúde Hospitais Idosos e população em geral < 65 anos 65 anos Total Instituições de apoio social e/ou privada de saúde* Profissionais das instituições Utentes institucionalizados Instituições respondentes Avaliação 2008/2009 (%) ,5 14,4 4, * Dados de 78 concelhos (num total de 87) 64

77 4.3. VIH-SIDA A infecção VIH/sida em Portugal continua a corresponder a uma das maiores taxas em contexto europeu, motivo porque é alvo de um programa de saúde prioritário no Plano Nacional de Saúde (PNS) do Alto Comissariado da Saúde. A avaliação das actividades desenvolvidas no âmbito deste Plano Regional para a infecção VIH/sida no ano 2009 teve por base os indicadores nele previstos bem como os sugeridos a nível nacional, quando aplicáveis. O ano de 2009 foi um ano de adaptação à nova realidade consequente à reorganização dos serviços de saúde, que motivou um reforço do papel da Coordenação Regional da ARSC, ao que acresce a extinção das Comissões Distritais de Luta Contra a Sida (CDLCS) em O desenvolvimento de todas actividades de prevenção e controlo do VIH foi efectuado com base nas linhas estratégicas delineadas a nível nacional pela Coordenação Nacional para a Infecção VIH/Sida (CNSIDA) através dos seus pontos focais na Região Centro (equipa coordenadora da ARSC), em estreita colaboração com o Conselho Directivo da ARSC e os centros de aconselhamento e detecção do VIH/sida (CAD). Privilegiou-se, ainda a articulação com os centros de saúde, centros de diagnóstico pneumológico (CDP), hospitais, centros de resposta integrada (CRI) do Instituto da Droga e Toxicodependência (IDT), organizações não governamentais (ONG), serviços e instituições de Educação, autarquias, Instituto da Juventude, associações académicas e orgãos de comunicação social da Região Centro. ACTIVIDADES DESENVOLVIDAS Reuniões e contactos com centros de saúde, CDP, CAD, hospitais, ONG e outras instituições em especial as que beneficiam de financiamento da CNSIDA através de projectos ADIS/sida; Realização de atendimentos nos CAD com aconselhamento pré-teste; rastreios com testes rápidos do VIH sempre com aconselhamento pós-teste e referenciação hospitalar dos casos positivos por todos os 5 CAD da Região Centro (Aveiro, Castelo Branco, Coimbra, Leiria e Viseu), anónima e gratuitamente; Diversas actividades de prevenção e formação sobre a infecção VIH/sida, dinamizadas pela equipa regional, CAD e centros de saúde (CS); 65

78 Utilização de testes rápidos de rastreio do VIH pelos CDP e alguns Centros de Saúde da ARSC. Distribuição de material informativo (folhetos, cartazes, t-shirts, blocos, lápis, esferográficas, porta-chaves, etc.) elaborados pela CNSIDA, ARSC e CAD, bem como material preventivo (gel lubrificante à base de água, preservativos masculinos e femininos) fornecido pela CN, em diversos serviços, instituições públicas/privadas, utentes dos CAD, centros de atendimento de jovens (CAJ) e centros de saúde; Actividades informativas, preventivas e formativas no âmbito da comemoração do Dia Mundial de Luta Contra a Sida, nomeadamente, actividades de rua em articulação com os CAD, ACES, IPJ, ONG, estabelecimentos de ensino; divulgação de mensagens em órgãos de comunicação social, centros de saúde, hospitais e rastreios do VIH utilizando unidades móveis de saúde; Emissão de 12 pareceres técnicos referentes às candidaturas ao programa ADIS da Região Centro referentes a 7 projectos de prevenção, 3 de apoio social e 2 de formação e participação em mesa redonda sobre a intervenção das ARS na Reunião de Avaliação Nacional dos projectos ADIS/sida. Diagnóstico da situação em 31/12/2009 Foram notificados na Região Centro casos acumulados, com 732 óbitos de infecções por VIH, sendo casos e 565 óbitos na nova área geográfica da ARSC (NUTS 1999). A taxa de infectados (casos acumulados)é inferior à média nacional (142 por 100 mil habitantes). Enquanto que em 2008 foram notificados 166 novos casos diagnosticados em residentes na Região Centro, durante o ano de 2009 este valor foi de 135 (redução relativamente ao ano anterior). Relativamente à nova área de influência da ARSC, foram notificados 112 casos novos (taxa de incidência de 6,2 por 100 mil habitantes), contrariando o aumento progressivo dos diagnósticos verificado entre Aveiro foi o distrito (nova área da ARSC) com a maior taxa de novos casos de infecção VIH/sida, 9,2 por 100 mil habitantes durante o ano 2009, e Castelo Branco (nova área da ARSC) o que apresentou a menor taxa (2,4 por 100 mil habitantes). 66

79 Gráfico 9 - T. Infectados Diagnosticados no Ano 2009, por Distrito (novo âmbito territorial da ARSC) ,2 8,3 6,6 6, ,4 2,6 2,4 0 Aveiro Coimbra Leiria R. Centro Viseu Guarda C. Branco Fonte: DDI-URVE do INSA Casoss notificados diagnosticados no ano 2009 Gráfico 10 - Evolução dos Casos Diagnosticados de Infecção pelo VIH/sida na Região Centro Fonte: DDI-URVE do INSA Casos notificados diagnosticados A maior parte (58%) dos casos diagnosticados em 2009 na nova área geográfica da ARSC correspondeu a portadores assintomáticos. A tuberculose (TB) foi a infecção oportunista mais frequente e doença indicadora de Sida em 435 casos em toda a Região Centro, em 2009, tendo sido identificados 281 novos casos de tuberculose (TB) pelos CDP, na nova área geográfica da ARSC. Foram notificadas 32 infecções sexualmente transmissíveis (indicadores indirectos da infecção VIH) na Região Centro em 2009: 111 de sífilis precoce, 8 de hepatite B e 13 de hepatite C. 67

80 A área de abrangência da ARSC pertencente ao distrito de Leiria, apresenta a maior taxa acumulada de infectados por VIH (167,8 por 100 mil habitantes) e a do distrito da Guarda, a menor (76,7 por 100 mil habitantes). Gráfico 11 - Taxa Acumuladaa de Infectados por Distrito (novo âmbito territorial da ARSC) ,2 156,3 141,9 107,2 119, , Leiria Coimbra Aveiro R. Centro C. Branco Viseu Guarda Fonte: DDI-URVE do INSA Casos notificados até 31/12/2009 A maior percentagem (49,7%) dos casos acumulados notificados na Região Centro corresponde a Portadores Assintomáticos (PA) em todos os distritos, com excepção da Guarda onde predominam os infectados já em fase de Sida (distrito que tem também, a maior percentagem de óbitos nos infectados). Quadro 46 Proporção acumulada de infectados com Sida, PA e CRS por Distrito (âmbito territorial da ARSC) DISTRITO SIDA PA CRS Aveiro 34,3% 55,0% 10,7% Castelo Branco 40,2% 45,7% 14,2% Coimbra Guarda Leiria 35,5% 50,8% 13,6% 46,7% 41,7% 11,7% 35,0% 47,0% 18,1% Viseu 44,1% 47,6% 8,4% REGIÃO CENTRO 37,2% 49,7% 13,0% Fonte: DDI-URVE do INSA Casos notificados até 31/12/

81 Quadro 47 Casos Acumulados de Infecção por VIH e Óbitos por Distrito (âmbito territorial da ARSC) Casos Óbitos % Óbitos Aveiro Castelo Branco Coimbra Guarda Leiria Viseu ,2% 26,5% 21,2% 29,2% 23,2% 21,0% Total ,2% Fonte: DDI-URVE do INSA Casos notificados até 31/12/2009 A transmissão heterossexual é a principal via de transmissão (40,1%) em todos os distritos, excepto em Castelo Branco, onde a infecção predomina nos utilizadores de drogas injectáveis (47,9 %). Os infectados são predominantemente do sexo masculino (75,1%) e têm uma idade entre os anos (81,2%) e em 95,6% dos casos a infecção é provocada pelo VIH1. Taxas de cobertura/adesão Funcionam 5 CAD na Região Centro: Aveiro, Castelo Branco, Coimbra, Leiria e Viseu. No ano de 2009, efectuaram-se testes de rastreio do VIH nos CAD, sendo o de Coimbra o que efectuou mais testes. Gráfico 12 - Testes de Rastreio do VIH Efectuados nos CAD em Aveiro C. Branco Coimbra Leiria Viseu Fonte: ARSC /CAD 69

82 A taxa de infectados pelo VIH nos utentes dos CAD foi de 5,6 por mil rastreados (28 positivos para o VIH). Gráfico 13 - Taxa de Seropositivoss para o VIH por CAD, nos Rastreios Efectuados em 2009 (por 1000 rastreados) ,4 12,6 10 Aveiro 8 C. Branco ,8 5,4 4,1 Coimbra Leiria Viseu 0 Fonte: ARSC/CAD O CAD de Leiria apresenta a maior taxa de infectados (12,6 por 1000 rastreados) e o CAD de Castelo Branco regista a menor (0,8 por mil) ). Em 2009, 21,5% dos utentes dos CAD pertencem a grupos vulneráveis da população, nomeadamente, trabalhadores/utilizadores de sexo pago, migrantes e homens que têm sexo com homens (HSH). Funcionaram consultas externas específicas para a infecção por VIH, nos seguintess hospitais: Centro Hospitalar de Coimbra (Hospital Geral, Hospital Pediátrico, Maternidade Bissayaa Barreto), Centro Hospitalar da Cova da Beira, Hospitais da Universidade de Coimbra, Hospital de Aveiro e Hospital S. Teotónio de Viseu. 70

83 Quadro 48 Resultados obtidos METAS 1 - Nº de casos e óbitos por infecção VIH/sida, tuberculose, hepatites B e C e outras IST identificados, durante o ano 2 - % de doentes com tuberculose diagnosticada sujeitos a rastreio de VIH pelos CDP 3 - % de doentes com tuberculose diagnosticada sujeitos a rastreio de VIH pelos CDP, através de testes rápidos Atingidas Atingidas Propostas Em 2008 Em 2009 Para VIH/sida. 135 VIH/sida TB. 281 TB (6 OB) 2.10 Hep B. 8 Hep B *.0 Hep. C. 13 Hep. C.20 Outras IST Outras IST 48% 89,7% 4 90% - 21,3% 5 80% 4 - % de notificações por tuberculose efectuadas 82,80% 57,70% 100% 5 - % de CS que desenvolvem projectos de Saúde Escolar em parceria com escolas do Ensino Básico e Secundário nesta área 6 - % de CAJ que efectuam aconselhamento, detecção precoce do VIH/outras IST e referenciação dos casos positivos 46,20% 58,8% 6 60% 66,70% 69,2% 6 80% 7 - Nº de testes de pesquisa de AC-VIH pedidos pelos hospitais * 8 - Nº de testes de pesquisa de AC-VIH pedidos pelos CS # # * 9 -Nº de testes rápidos de pesquisa de AC-VIH pedidos pelos CS e CDP * 405 * 10 - % de encaminhamentos de casos VIH positivos efectuados pelos CS 80% 100% 5 100% 11 - % de notificações de infecções por VIH/sida efectuados pelos CS 3,40% 8,3% 5 100% 12 - Nº de casos VIH positivos detectados pelos CDP * 13 - % de casos VIH positivos encaminhados/referenciados para hospital, pelos CDP # 0% 100% 14 - % de Notificações de infecções por VIH/sida efectuadas pelos CDP 0% 0% 100% 15 - % de ET do IDT do Centro com o Programa Klotho implementado 100% 100% 100% 16 - % de ERRMD do IDT do Centro com o Programa Klotho implementado 50% 100% 70% 17 - % de atendimentos/rastreios efectuados pelos CAD a trabalhadores e/ou utilizadores de sexo pago/ migrantes/hsh 18 - Nº de cursos de formação efectuados para profissionais de saúde da ARSC, sobre a infecção VIH 19 - Nº de cursos de formação efectuados para outros profissionais sobre a infecção VIH 21,80% 21,50% 25% % de maternidades públicas que possuem testes rápidos de rastreio do VIH 50% 5 16,7% 5 100% 21 - % de hospitais que possuem testes rápidos de rastreio do VIH nos serviços de urgência 40% 5 23,1% 5 95% 22 - Nº de Centros de Saúde que utilizam testes rápidos de rastreio do VIH % de CDP que possuem testes rápidos de rastreio do VIH - 50% 5 100% 1 Sendo 112 da área da ARSC 2 - SVIG; 162 DDO 3 Sífilis 4 Referente aos CDP respondentes (57,1%); Segundo o SVIG = 24,2% de rastreados 5 Referente aos respondentes 6 Referente aos ACES/CS respondentes (21,8%) 7 Correspondem a 8,76% de todas as DDO 8 Cursos não foram aprovados superiormente ERRMD - Equipas de Redução de Riscos e Minimização de Danos * A identificar # Dados não disponíveis 71

84 PREVISÃO PARA 2010 Para 2010 prevê-se a continuidade das linhas estratégicas que a ARSC definiu para intervenção neste programa de intervenção prioritária, de acordo com o Plano Regional de Prevenção e Controlo da Infecção VIH/sida para 2010, já elaborado, e as orientações da Coordenação Nacional para a Infecção VIH/sida - adaptadas às realidades e necessidades identificadas na Região Centro PROGRAMA REGIONAL DE PREVENÇÃO E CONTROLO DA GRIPE O Plano de Contingência da Região Centro para a Pandemia de Gripe, elaborado em Abril de 2008 e homologado pelo Conselho Directivo da ARSC em Julho desse ano, operacionalizou os planos específicos do Plano de Contingência Nacional da Direcção-Geral da Saúde (DGS) sob a forma de planos-síntese regionais: Plano Regional de Informação Epidemiológica (correspondente ao plano nacional de informação em saúde da DGS); Plano Regional de Saúde Pública (integrando os planos nacionais de Medidas de Saúde Pública e de Comunicação da DGS); Plano Regional de Cuidados de Saúde (integrando os planos nacionais de Cuidados de Saúde em Ambulatório, Cuidados de Saúde em Internamento e de Vacinas e Medicamentos da DGS). A finalidade dos planos-síntese regionais visava aumentar a operacionalidade e efectividade do Plano de Contingência Regional, mediante a agregação dos planos compatíveis da DGS (caso dos planos de comunicação e de medidas de saúde pública). Na sequência do surto pelo novo vírus A(H1N1) no México e Estados Unidos, foram accionados em Abril de 2009 os planos nacional e regional (27/04/2009) para a pandemia de gripe correspondendo, à data, à fase 4 de actividade gripal. Tal implicou, no que diz respeito à ARSC, a implementação das estruturas operativas nele previstas designadamente o Gabinete de Informação e Comunicação em Saúde, constante do Plano Regional de Saúde Pública. Este gabinete, responsável pela comunicação estratégica em saúde na área de jurisdição territorial da ARSC, foi criado por deliberação do Conselho Directivo datada de 24/04/2009. Conforme o disposto no plano de contingência regional ( comunicação em saúde como instrumento de gestão do 72

85 risco em saúde pública ), a coordenação operacional desta estrutura, na dependência directa do Conselho Directivo da ARSC, coube a um médico especialista em saúde pública. A 27 de Abril o Conselho Directivo da ARSC propôs à Direcção-Geral da Saúde a alteração da referenciação pediátrica da Região Centro constante da p. 141 do Plano de contingência nacional do sector da saúde para a pandemia de gripe - originalmente correspondente ao Hospital de D. Estefânia, em Lisboa. Para tal, a ARSC promoveu o estabelecimento de um protocolo entre o Centro Hospitalar de Coimbra EPE e os Hospitais da Universidade de Coimbra EPE, tendo em vista a disponibilização, por esta última unidade hospitalar, de quartos para isolamento pediátrico. A cadeia de comando e controlo do Plano de Contingência da Região Centro para a Pandemia de Gripe incluía, como estrutura de topo, o Grupo Coordenador Regional. O Presidente do Conselho Directivo da ARSC preside a esta estrutura, na sua qualidade de responsável máximo pela gestão pandémica na área de influência deste instituto público. A primeira pandemia de gripe do século foi declarada a 11 de Junho de 2009 pela Organização Mundial da Saúde. Em Maio de 2009 a ARSC inicia o processo de criação dos serviços de atendimento da gripe (SAG) posteriormente desclassificados em consultas de gripe em virtude da benignidade da infecção gripal. A rede de SAG da ARSC era constituída, à data de 4 de Junho de 2009, por 73 serviços, cobrindo a quase totalidade dos 78 concelhos da Região, numa lógica de prestação de cuidados de proximidade. A 13 de Agosto são inaugurados os primeiros 10 SAG, localizados em todos os distritos da Região. Em Julho de 2009 foi criado o Serviço de Emergências Regionais em Saúde Pública, sob a dependência do Delegado de Saúde Regional e sob a coordenação operacional do responsável pela área de Epidemiologia do DSPP. Este serviço assegurou a recolha e processamento de dados relacionados com a pandemia de gripe (H1N1) e a análise e comunicação da informação gerada. Todas as iniciativas de âmbito estratégico e gestionário foram desenvolvidas sob a coordenação directa do Conselho Directivo da ARSC. A estratégia deste órgão dirigente assentou em três eixos fundamentais: Capacitação em saúde (do público em geral e de públicos específicos) visando a adopção de atitudes redutoras do risco a procura apropriada dos serviços de saúde; Maximização da resposta do sistema regional de saúde, mediante a criação dos SAG e a articulação efectiva dos vários níveis de cuidados; 73

86 Externalização da preparação pandémica para os restantes sectores da sociedade (com destaque para o sector da educação, pela relevância epidemiológica das crianças enquanto disseminadoras da infecção gripal, e para o sector produtivo e dos serviços essenciais). ACTIVIDADES DESENVOLVIDAS Edição e disponibilização (Abril e Maio de 2009) de desdobráveis relativos à gripe - em colaboração com o Programa Regional de Capacitação em Saúde/Gabinete de Informação e Comunicação em Saúde; Disponibilização de desdobráveis da autoria da ARSC ( exemplares Gripe e exemplares Missão MÃOS LIMPAS ) à Direcção Regional de Educação do Centro (Maio e Junho de 2009) - em colaboração com o Programa Regional de Capacitação em Saúde/Gabinete de Informação e Comunicação em Saúde; Estabelecimento de circuitos dedicados de comunicação ARSC/DREC (Outubro de 2009); Participação em reuniões, sessões de esclarecimento e de sensibilização sobre gripe pandémica (Abril a Novembro de 2009) destinadas a profissionais e instituições de saúde e entidades oficiais (governos civis, câmaras municipais, serviços de protecção civil, etc) e entidades da sociedade civil (associações empresariais, Direcção Regional da Educação, etc.); Aquisição, pelo Conselho Directivo da ARSC, de equipamentos de protecção individual (máscaras cirúrgicas, máscaras P2, batas descartáveis, luvas) e de soluções antissépticas de base alcoólica (SABA) para disponibilização pelas unidades de saúde do SNS da Região; Constituição, a 4 de Junho, da rede de 73 serviços de atendimento da gripe (SAG) da ARSC; Inauguração, a 13 de Agosto, dos primeiros 10 SAG (localizados em todos os distritos da Região) e alargamento progressivo da rede; Constituição, pelo Gabinete da Farmácia e do Medicamento, e gestão da reserva estratégica regional do antiviral oseltamivir; Gestão do stock regional de vacina monovalente e estabelecimento de circuitos de distribuição pelo Gabinete da Farmácia e do Medicamento; Divulgação das orientações técnicas e normativos da DGS pelo sector da saúde e, quando aplicável, por outros sectores; Colaboração na implementação da campanha nacional de vacinação pandémica da responsabilidade do Programa Regional de Vacinação; 74

87 Recolha, processamento e análise de dados epidemiológicos e comunicação dos achados pelo Serviço de Emergências Regionais em Saúde Pública. SERVIÇO DE EMERGÊNCIAS REGIONAIS EM SAÚDE PÚBLICA O Serviço de Emergências Regionais em Saúde Pública foi formalmente criado no início de Julho de 2009 ( no âmbito da área funcional de vigilância em saúde pública e investigação epidemiológica do DSPP, face à necessidade de recolher, processar e comunicar o enorme volume de dados relacionados com a infecção gripal (H1N1)2009 e de apoiar os serviços de saúde. A sua coordenação operacional foi detida pelo responsável por aquela área funcional. Este serviço incluiu profissionais (médicos e não-médicos) deste departamento e médicos de saúde pública de unidades de saúde pública que se voluntariaram em regime de rotatividade. Desta forma, foi possível garantir uma equipa permanente de alerta precoce e resposta rápida, constituída por médicos especialistas em saúde pública, por enfermeiras de saúde comunitária, pela responsável pelo Gabinete da Farmácia e do Medicamento da ARSC e por pessoal administrativo de apoio. Esta equipa foi dotada de contacto telefónico (telemóvel) disponível 24 horas por dia, divulgado junto das autoridades de saúde, serviços de saúde e entidades relevantes (caso da DREC), mantendose em funcionamento durante os períodos de maior actividade pandémica. Este serviço respondeu às situações emergentes, especialmente durante a fase de contenção (29 de Abril a 21 de Agosto). Sinteticamente as tarefas levadas a cabo foram: manutenção de um canal de comunicação personalizado e permanente com os laboratórios de referência e os serviços de doenças infecciosas para a pandemia da gripe; informação personalizada aos doentes, por telefone, imediatamente após o conhecimento dos resultados laboratoriais, sobre medidas de profilaxia, esclarecimento de dúvidas e aplicação de inquéritos epidemiológicos de seguimento e investigação de contactantes; transmissão de alertas por casos confirmados, em tempo oportuno, para os delegados de saúde; coordenação e registo do seguimento de doentes e profilaxia de contactantes; coordenação e registo de casos agrupados; logística de distribuição de fosfato de oseltamivir e da vacina pandémica; imunização centralizada de grupos populacionais prioritários; constituição e manutenção de uma 75

88 base de dados de doentes cujos diagnósticos clínicos de gripe foram submetidos a confirmação laboratorial; elaboração de relatórios epidemiológicos enviados semanalmente à tutela e à Direcção Geral da Saúde. O primeiro caso positivo na Região Centro foi identificado a 16 de Junho. De 1 de Maio de 2009 a 10 de Março de 2010, foram processados resultados laboratoriais relativos a 8442 doentes dos quais 2262 (26, 8%) foram positivos para vírus influenza A(H1N1)2009. A evolução da proporção de resultados laboratoriais de 1 de Maio de 2009 a 10 de Março de 2010, período de duração do sistema de vigilância pode observar-se no Gráfico 12. Gráfico 14 - Proporção de resultados laboratoriais positivos para gripe pandémica (H1N1)2009 por semanas epidemiológicas. Região Centro Sistema de Vigilância da Gripe 2009/ ,0 90,0 80,0 70,0 Percentagem 60,0 50,0 40,0 30,0 20,0 10,0 0, Semana A partir da semana 42, a base de dados incorporou os dados das consultas por gripe do Sistema de Informação das Administrações Regionais de Saúde (SIARS) nos relatórios epidemiológicos semanais (Gráfico 13). 76

89 Gráfico 15 - Número de consultas de gripe pandémica A(H1N1)2009 por semanas epidemiológicas. Região Centro Sistema de Vigilância da Gripe 2009/2010 Número Semana epidemiológica Durante o período estratégico de contenção foram geridos resultados laboratoriais relativos a 828 doentes, dos quais a infecção pelo vírus da gripe pandémica foi confirmada em 255 (31%). A idade mediana foi de 23 anos, situada entre os 7 meses e os 88 anos. Menos de 5 % dos casos situram-se nas idades extremas (2,7 % tinham menos de 2 anos e 1,5% tinham mais de 50 anos de idade). Dos 221 casos positivos para os quais existe informação, 75 % (165/ 221) consideram-se nacionais, por não haver história de estadia numa zona de risco fora do país nos 7 dias anteriores ao início dos sintomas (156 casos) ou porque a data de chegada a Portugal ocorreu antes dos 7 dias anteriores ao início dos sintomas (9 casos). Restam 56 casos classificados como importados nos quais o início dos sintomas ocorreu no país de estadia até 7 dias antes do início da viagem (13 casos), durante esta ou nos primeiros 7 dias após a chegada a Portugal (43 casos). Nove doentes declararam ter adoecido durante a viagem e 34 adoeceram entre 1 a 7 dias após a chegada num tempo mediano de 2 e médio de 2,7 dias. 77

90 A distribuição geográfica dos casos conhecidos, durante o período estratégico de contenção, domésticos e importados, por agrupamentos de centros de saúde (ACeS) e ULS da Guarda EPE, pode ver-se na Figura 4. Figura 4 Número de casos confirmados de infecção humana pelo vírus da gripe pandémica A(H1N1)2009, domésticos (165) e importados (56), durante a fase estratégica de contenção Dos 8442 doentes, correspondentes às fases de contenção e de mitigação, cujas amostras foram sunbmetidas a confirmação laboratorial, 26,8 % (2262/8442) foram positivos para virus da gripe A(H1N1)2009. Globalmente, as idades mediana e média para os doentes positivos foram respectivamente de 15 e de 20 anos, compreendidas entre os 0 (4 doentes tinham horas de vida) e os 84 anos. 78

91 De 12 de Novembro de 2009 a 23 de Fevereiro de 2010, foram contabilizados provisoriamente 122 óbitos por gripe pandémica a nível nacional (Fonte DGS), dos quais 21,3 % (26/122) ocorreram na área de influência da ARSC, IP (Quadro 46). A morte ocorreu nas idades média e mediana de 48 e 50 anos, entre os 5 meses e os 88 anos. Observaram-se dois óbitos com menos de 1 ano de idade, respectivamente com 5 e 11 meses. Ambos apresentavam factores de risco associados. Na globalidade, 81,1% (99/122) dos doentes falecidos apresentavam factores de risco associados. Quadro 49 Número de óbitos por gripe pandémica A(H1N1)2009 declarados à DGS, pelas administrações regionais de saúde (ARS) e serviços regionais de saúde das regiões autónomas M H N % ARS Centro ,3 ARS Norte ,9 ARS Lisboa e Vale do Tejo ARS Alentejo ,8 ARS Algarve ,6 RA Madeira ,8 RA Açores ,5 TOTAL Fonte: DGS e ARSC/ Sistema de Vigilância da Gripe 2009/ PROGRAMA DE PREVENÇÃO E LUTA CONTRA A TUBERCULOSE Apesar do M. tuberculosis ser sensível à medicação há mais de 50 anos, a tuberculose (TB) continua a ser a segunda infecção mais mortífera. Quase um terço da população mundial, está infectado com o M. tuberculosis e em risco de desenvolver a doença. A co-infecção com o vírus da imunodeficiência humana (VIH) aumenta significativamente o risco de vir a desenvolver TB, duplicando o número de casos e de mortes de TB com VIH positivo. Simultaneamente a multirresistência, que se deve a medidas de tratamento inadequado, representa um problema crescente e muito preocupante, ameaçando minar anos de progresso no controlo da tuberculose, já que o tratamento exige medicação diferente e mais onerosa. 79

92 A finalidade do Programa Nacional de Prevenção e Luta contra a Tuberculose (PNT) consiste na redução sustentada do impacto da tuberculose na saúde da comunidade, traduzindo-se numa diminuição anual da taxa de incidência - a qual será atingida através do aumento da taxa de detecção de casos novos de tuberculose bacilífera e da melhoria do sucesso terapêutico. Novas abordagens no diagnóstico da TB, associadas a sistemas de saúde aperfeiçoados e a uma maior informação da população, com paralelo investimento na estratégia DOTS (Toma de observação directa) e nos testes IGRA são pois decisivas na detecção e tratamento precoces desta doença que deve ser encarada como uma pandemia a controlar. Impõe-se assim o envolvimento pleno dos órgãos dirigentes (caso dos conselhos directivos das ARS) e dos serviços de saúde no processo organizativo do PNT como programa prioritário, garantindo a continuidade da prestação de cuidados de saúde e dos processos de vigilância e controlo da TB. DIAGNÓSTICO DA SITUAÇÃO Foram notificados 244 casos dos quais 226 foram casos novos, 15 foram recidivas e 3 após interrupção de tratamento. A incidência de TB na Região Centro em 2009 foi de 13,7%0000, decrescendo, relativamente a 2008 (15,5%0000). O distrito de Aveiro foi o que notificou o maior número de casos novos, 71 (29,1 %) seguido pelos de Coimbra e Leiria ambos com 42 casos (17,2 %), Quadro 47. Quadro 50 Casos novos de Tuberculose por distrito Distrito M F MF % Aveiro ,1 Castelo Branco ,8 Coimbra ,2 Guarda ,8 Leiria ,2 Viseu ,9 Total Fonte: SVIG TB 80

93 Dos casos de tuberculose existentes em ficheiro em 2009, (281), é o Distrito de Aveiro que concentra o maior número com 27,4 %, Quadro 48. Quadro 51 Casos de Tuberculose em ficheiro, Região Centro, ano 2009 Distrito Nº % Aveiro 77 27,4 Castelo Branco 39 13,9 Coimbra 50 17,8 Guarda 39 13,9 Leiria 42 14,9 Porto 1 0,4 Viseu 33 11,7 Total Fonte: SVIG TB Continuam em tratamento 63,0 % (177) dos doentes e 34,5 % (97) completaram o tratamento. O número de mortes foi igual ao do ano 2008, (6 mortes) e o abandono à terapêutica também diminuiu de 6 para 1. Não se verificou insucesso terapêutico (Quadro 49). Quadro 52 Resultados do Tratamento Situação Nº % Em Tratamento ,0 Interrupção ou Abandono 1 0,4 Morte 6 2,1 Tratamento Completo 97 34,5 Total ,0 Fonte: SVIG TB A toma observada directa regista-se em 34,2 % dos doentes e 49, 5 % dos doentes não necessitam de toma observada directa. 81

94 Há ainda uma percentagem de 16,4 % em que não houve registo desse indicador, desconhecendo-se se estão ou não em TOD (Quadro 50). Quadro 53 Cobertura de TOD TOD Nº % Com TOD 96 34,2 Sem Registo 46 16,4 Sem TOD ,5 Total ,0 Fonte: SVIG TB Dos casos novos notificados 92,2 % (225) eram de nacionalidade portuguesa e apenas 7,8 % (19) foram diagnosticados em estrangeiros (Quadros 51) Angola, Brasil e França apresentam igual número de casos (4 casos), seguindo-se Marrocos com 2 e os restantes países com 1 caso apenas. (Quadro 52). Quadro 54 Casos novos por nacionalidade, 2009 Nacionalidade Nº % Portugueses ,2 Estrangeiros 19 7,8 Total ,0 Fonte: SVIG TB Quadro 55 Casos novos notificados em 2009, por país de origem País de origem Nº % Portugal ,2 Angola 4 1,6 Brasil 4 1,6 França 4 1,6 Marrocos 2 0,8 Itália 1 0,4 S. Tomé e Príncipe 1 0,4 Ucrânia 1 0,4 Roménia 1 0,4 China 1 0,4 Fonte: SVIG TB Total ,0 82

95 5. PROGRAMA DE SAÚDE MATERNO-INFANTIL E DOS ADOLESCENTES O decreto-lei nº 28/2008 de 22 de Fevereiro que criou e regulamentou os agrupamentos de centros de saúde (ACES) do Serviço Nacional de Saúde, é omisso em relação à estruturação da Assistência Materna, Infantil e Juvenil. A extinção das sub-regiões, até aí responsáveis pelo apoio logístico às UCF, o desaparecimento dos coordenadores de Saúde Materna e Saúde Infantil e a reestruturação dos centros de saúde, desactualizaram o despacho nº 12917/98 (2ª série) que regulamentava a actividade das Unidades Coordenadoras Funcionais (UCF). Muitas UCF deixaram de funcionar, comprometendo a articulação entre os cuidados primários e os hospitais. Perante esta omissão, a ARSC, atendendo à efectividade conseguida com o Programa Nacional da Saúde Materna e Infantil e, particularmente, com a acção das UCF, decidiu reconhecer o importante papel que a Comissão Regional da Saúde da Mulher, da Criança e do Adolescente (CRSMCA) e as UCF têm tido na obtenção dos excelentes resultados nesta área e manter a estrutura da Assistência Materna e Infantil. Para tal, decidiu renomear a CRSMCA para continuar a coordenação das UCF, assumir o papel que antes pertencia às sub-regiões no apoio logístico às UCF e rectificar a composição das mesmas, adaptando-as à nova orgânica dos centros de saúde e respectivos ACES. A actual CRSMCA foi nomeada em 18 de Maio de 2009, tendo elaborado o seu Regulamento Interno, o qual foi aprovado pelo Conselho Directivo da ARSC em 26 de Junho de PRINCIPAIS ACTIVIDADES DESENVOLVIDAS 1. Rectificação da composição das UCF em todos os hospitais da Região adaptando-as à nova estruturação dos centros de saúde integrados nos ACES. 2. Reunião com todos os directores executivos dos ACES para transmitir a rectificação legislativa necessária para continuar a apoiar as Unidades Coordenadoras Funcionais e nomear os elementos para as novas UCF 3. Reunião com todos os directores de serviços de Pediatria e Obstetrícia para: - Nomeação dos elementos hospitalares para integrar as UCF - Criação das consultas de referência - Definição dos protocolos de referência nos vários circuitos assistenciais 83

96 - Nomeação de pediatras ou obstetras consultores para concretizar esta tarefa 4. Reunião com todos os presidentes dos conselhos clínicos dos ACES para integrar ou apoiar os elementos nomeados para as UCF a cumprir as funções que lhes estão destinadas e criarem condições para garantir a circulação de informação e comunicação com todos os profissionais dos centros de saúde. 5. Nomeação de todas as UCF em todos os Hospitais e ACES respectivos. 6. Plenário Regional das UCF Materno-Neonatais para definir o Plano de acção. 7. Plenário Regional das UCF Pediátricas e do Adolescente para o mesmo efeito. 8. Nomeação dos coordenadores e responsáveis pela montagem dos seguintes Circuitos assistenciais: Saúde Reprodutiva Circuito do Planeamento familiar Circuito da Pré-concepção Circuito da Infertilidade Saúde da Grávida Circuito do Diagnóstico Pré Natal Circuito de Vigilância da Gravidez e pós parto Saúde do Recém Nascido Circuito da Transferência antenatal Circuito do Recém nascido de Alto Risco Biológico Circuito da Intervenção Precoce Saúde da Criança Circuito da Vigilância da Saúde Infantil Circuito da Criança de Risco Social Circuito da Doença Crónica Saúde do Adolescente Circuito dos Adolescentes 9. Reunião com os responsáveis pelo circuito de Infertilidade: - Rectificação da respectiva Rede de Referência e definição dos protocolos de referência. - Acções de formação regionais. 10. Reunião com a responsável pelo Circuito da Criança e Jovens em risco de maus tratos. Foram criados, até 31 de Dezembro de 2009, 51 Núcleos de Apoio a Crianças e Jovens, sendo 44 em centros 84

97 de saúde e 7 em hospitais; destes 58 NA(H)CJR só 20 iniciaram actividades até 31 de Dezembro de Programação do Programa de formação de prestadores em Medicina do Adolescente para decorrer em 2010 em toda a Região e elaboração de plano para estruturar a assistência aos adolescentes na Região (em discussão multidisciplinar). 12. Programação de reuniões da CRSMCA com outros elementos, com os seguintes objectivos: Implementação do Circuito da criança com risco biológico com directores de serviços de Pediatria ou responsáveis pelas consultas de RN de alto risco na Região Centro Criação de um grupo de trabalho sobre baixo peso/prematuridade com o Presidente do Centro de Estudos Perinatais Protocolos interinstitucionais (ARSC) reestruturação do ALERT P1 Avaliação da Intervenção Precoce na Região Centro e discussão com o Hospital Pediátrico de Coimbra de relatório sobre o circuito da Intervenção Precoce 13. Criação de condições para a monitorização e comunicação entre os vários intervenientes, garantindo, pelo menos, uma reunião anual para avaliação, formação e divulgação das normas actualizadas. Nomeação de Pediatras consultores para ajudarem a cumprir as funções das UCF. 14. Disponibilização de conteúdos da CRSMCA na página da ARSC ( alojados em espaço próprio ( Institucional / Projectos específicos / Comissão Regional da Saúde da Mulher, Criança e Adolescente ). Trata-se de um instrumento de comunicação entre a CRSMCA, as UCF, circuitos assistenciais e, naturalmente, profissionais envolvidos. 85

98 MONITORIZAÇÃO E AVALIAÇÃO Núcleo de Apoio a Crianças e Jovens em Risco (NACJR) O total de NACJR constituídos em 16 de Março de 2010 era de 59, sendo 52 (61,9%) em centros de saúde e os restantes 7 em hospitais (Núcleos Hospitalares de Apoio a Crianças e Jovens em Risco NHACRJ), dos quais, 14 foram constituídos sem formação. Estão 181 profissionais de saúde envolvidos, destes, 45 ainda não tiveram formação inicial. Seis profissionais já não fazem parte dos núcleos. Faltam constituir Núcleos em 32 (38%) centros de saúde, sendo 6 da ULS da Guarda e um no Hospital Amato Lusitano (Quadros 53 e 54). Quadro 56 Monitorização dos NACJR em centros de saúde ACES Nº Centros Saúde Nº NACJR constituídos Com Formação Aguarda Formação Nº Centros de Saúde sem NACJR Baixo Mondego I Baixo Mondego II Baixo Mondego III Baixo Vouga I Baixo Vouga II Baixo Vouga III Beira Interior Sul Cova da Beira Pinhal Interior Norte I Pinhal Interior Norte II Pinhal Interior Sul Pinhal Litoral I Pinhal Litoral II e 19 Março 0 Dão Lafões I e 19 Março 0 Dão Lafões II e 19 Março 0 Dão Lafões III e 19 Março 5 ULS Guarda Abr 6 TOTAL ,90% 65,40% 38% 86

99 Quadro 57 Monitorização de NHACJR em hospitais HOSPITAL NHACJR constituídos Com Formação Hospital Pediátrico SIM SIM Hospital S. Teotónio SIM SIM Hospital St. André Leiria SIM SIM Hospital Infante D. Pedro Aveiro SIM SIM Hospital Guarda SIM SIM Centro Hospitalar Cova da Beira SIM SIM Hosp Distrital Figueira Foz SIM SIM Hosp Amato Lusitano Cast Branco NÃO ---- Quadro 58 Formação dos Núcleos, ANO N.º de Núcleos sem data 2 Total 43 Onze N(H)ACJR elaboraram Plano de Actividades e apresentaram-no aos profissionais dos respectivos centros de saúde e hospitais, CPCJ, entre outros parceiros e referiram que, no entanto, é necessário um trabalho de persistência e continuidade para sensibilização nesta área de intervenção, pois a mensagem nunca é apreendida da mesma forma por todos os profissionais de saúde. Dos 43 NACJR apenas 5 dispõe de instalações próprias, 4 com apoio informático e telefone e 3 referiram outro material. Apenas 5 NACJR têm horário específico para o desenvolvimento das suas actividades. Os elementos dos outros núcleos reunem sempre que necessário e, muitas vezes, fora do horário de trabalho. Cinco núcleos desenvolveram actividades para a comunidade em forma de reuniões, cujo público alvo foi entidades/parceiros, médicos do Internato Geral e do Internato Complementar, alunos de enfermagem, profissionais de saúde (de hospitais e centros de saúde), técnicos de serviço social, psicólogos, professores e educadores. 87

100 A formação disponibilizada pela ARSC/DGS, assim como toda a informação e legislação existente, tem contribuído para um melhor desempenho e uma aprendizagem neste percurso recente Quadro 55. Quadro 59 Dados estatísticos referentes aos casos sinalizados nos NACJR, 2º semetre de º semestre 2009 * M F TOTAL Casos Sinalizados - Total Em Acompanhamento Arquivados Encaminhados Para parceiros 1º Nível Para CPCJ Para Tribunal Tipo de Mau Trato Negligência (inclui abandono) Mau trato físico Abuso sexual Mau trato psicológico (abuso emocional) * Excepto CS da Guarda e Hospital Pediátrico/CHC Quadro 60 Dados estatísticos referentes aos casos sinalizados nos NACJR, 2008 e 2009 Número de Casos Ano de 2008 Ano de 2009 M F TOTAL M F TOTAL Casos Sinalizados total * Em acompanhamento * Arquivados * * Encaminhados: * * Para parceiros 1º nível * * Para CPCJ * * Para Tribunal * * Classificação do mau trato Negligência (inclui abandono) * * Mau trato físico * * Abuso sexual * * Mau trato psicológico (abuso emocional) * Nota: Excluindo CS Celas, Coimbra (ACES Baixo Mondego I) e Hospital de S. Teotónio (Viseu) 88

101 6. PROGRAMA DE PREVENÇÃO DO TABAGISMO O consumo de tabaco é um factor responsável pelo aparecimento de várias doenças, é a primeira causa de mortalidade e morbilidade evitável nos países desenvolvidos. O tabaco é a segunda droga mais consumida em todo o mundo, mas com graves consequências para a saúde pública devido à enorme complexidade dos danos causados à saúde, à economia, ao meio ambiente e à sociedade em geral. Em virtude de conter nicotina, é um produto que causa dependência física e psíquica estando incluída, desde 1992, na 10ª Classificação Internacional das Doenças (CID 10) e desde 1994, no DSM- IV. O tabaco não só afecta o fumador, como também os conviventes - o fumo está associado a riscos para a saúde dos fumadores passivos, especialmente durante a infância. A prevalência de fumadores com idade superior a 15 anos na Região Centro é de 12,7% (DGS, 2009). Tem-se verificado uma diminuição da prevalência do sexo masculino a partir dos 25 anos de idade, o mesmo não acontecendo com as mulheres e com os jovens com idade inferior a 25 anos (INS 2005/06). A Lei nº 37/2007, de 14 de Agosto, estabelece normas tendentes à prevenção do tabagismo, em particular no que se refere à protecção involuntária do fumo do tabaco, à proibição da publicidade a favor do tabaco, às medidas de redução de procura relacionadas com a dependência e a cessação do consumo, entre outras normas, tendo por finalidade contribuir para a diminuição dos riscos ou efeitos negativos que o uso do tabaco acarreta para a saúde dos indivíduos. Os custos directos e indirectos da assistência às doenças relacionada com o consumo de tabaco são elevados, ou seja, o tabaco representa uma carga assistencial adicional em termos de saúde pública. ACTIVIDADES DESENVOLVIDAS Consultas de cessação tabágica O total de fumadores, segundo o programa-tipo da DGS, que recorreram às consultas de cessação tabágica dos ACES da ARSC correspondeu a 632 fumadores (435 homens e 197 mulheres). Os grupos etários mais prevalentes, em ambos os sexos, foram os dos 31 aos 40 anos e os dos 41 aos 50 anos. 89

102 Quadro 61 Consultas de cessação tabágica em 2009* Idades dos Utentes Sexo masculino Sexo feminino TOTAL Nº de fumadores com 1ª consulta Nº de fumadoras com a 1ª consulta Total fumadores inscritos (Masc+Fem) < 16 anos a 20 anos a 30 anos a 40 anos a 50 anos a 65 anos a 75 anos > 75 anos TOTAL * ACES Pinhal Interior Norte II, Pinhal Litoral I, Pinhal Litoral II, Baixo Vouga III, Dão Lafões III, Cova da Beira e ULS Guarda A maior parte dos fumadores que recorreram à Consulta de Cessação Tabágica, tendo como orientação o Programa-tipo de Cessação Tabágica da DGS, foi apenas uma vez à consulta, tendo depois abandonado. Quadro 62 Caracterização dos utentes* Frequência dos Utentes Sexo masculino Sexo feminino TOTAL 1 vez vezes vezes vezes vezes > 5 vezes TOTAL * ACES Pinhal Interior Norte II, Pinhal Litoral I, Pinhal Litoral II, Baixo Vouga III, Dão Lafões III, Cova da Beira, ULS Guarda e ULS Castelo Branco 90

103 A evolução do número de fumadores que frequentaram as consultas de Cessação Tabágica nos ACES nos últimos anos é apresentada no quadro seguinte. Quadro 63 Evolução anual do número de fumadores que frequentam as consultas ( ) ACES TOTAL Pinhal Interior Norte II Pinhal Litoral I Pinhal Litoral II Cova da Beira TOTAL O número total de consultas de Cessação Tabágica realizadas nos ACES foi de 1997 (quadro 61). Quadro 64 Consultas de Cessação Tabágica efectuadas em 2009 por ACES ACES 1ª Consulta Consultas seguintes TOTAL M F M F Pinhal Interior Norte II Pinhal Litoral II Baixo Vouga II Dão Lafões III Cova da Beira ULS Guarda ULS Castelo Branco TOTAL Contactos por telefone Em 2009, foram efectuados 11 contactos por telefone. Quadro 65 Contactos por telefone ACES Sexo masculino Sexo feminino TOTAL Pinhal Litoral II

104 O maior número de ex-fumadores pertence ao sexo masculino, independentemente do período temporal decorrido desde que deixaram de fumar. Quadro 66 Fumadores que cessaram * Cessação tabágica Sexo masculino Sexo feminino TOTAL 3 meses meses meses TOTAL * ACES Pinhal Interior Norte II, Baixo Vouga III, Pinhal Litoral II, ULS Guarda e ULS Castelo Branco A taxa de sucesso da consulta por sexo foi de 39,61% no sexo masculino e de 38,71% no sexo feminino. A taxa de sucesso da consulta para ambos os sexos foi de 35,70 % aos 3 meses, de 14,90% aos 6 meses e de 27,27% aos 12 meses. O cálculo das taxas de sucesso baseou-se nas seguintes fórmulas: Taxa de sucesso por sexo = nº de abstinentes por sexo/nº total de fumadores por sexo x 100 Taxa de sucesso aos 3,6 e 12 meses = nº total de abstinentes de ambos os sexos aos 3,6 e 12 meses/nº total de fumadores x 100 Quadro 67 Taxa de cessação tabágica * Cessação tabágica Sexo masculino Sexo feminino TOTAL 3 meses 16,35% 19,35% 35,70% 6 meses 10,06% 4,84% 14,90% 12 meses 13,20% 14,52% 27,72% TOTAL 39,61% 38,71% % * ACES Pinhal Interior Norte II, Pinhal Litoral II, ULS Guarda e ULS Castelo Branco 92

105 Acções de formação para profissionais Foram desenvolvidas acções de formação teórica com a carga horária de 18 horas nos ACES Pinhal Interior Norte II, Pinhal Litoral I, Pinhal Litoral II, Baixo Vouga III, Dão Lafões III, Cova da Beira e ULS Guarda. Tiveram formação 36 profissionais de saúde na área do tabagismo. Os profissionais interessados em abrir a consulta de cessação tabágica assistiram a algumas consultas. Quadro 68 Número de profissionais que participaram em acções de formação, 2009 ACES / Profissionais Médicos Enfermeiros Técnicos superiores Ex-SRS Coimbra Ex-SRS Leiria Grávidas fumadoras Das 39 grávidas fumadores seguidas em consultas de Saúde Materna no ACES Pinhal Litoral II, 17 continuaram a fumar. Quadro 69 Grávidas fumadoras ACES Grávidas fumadoras Deixaram de fumar Continuaram a fumar Pinhal Litoral II Actividades desenvolvidas na prevenção Foram realizadas acções de sensibilização em escolas do 1º ciclo e na comunidade, conforme o quadro abaixo. Quadro 70 Acções de sensibilização em escolas do 1º ciclo, 2009 ACES População abrangente Nº de alunos Pinhal Litoral II Baixo Mondego I Alunos 1º ciclo 161 Alunos do 1º ciclo, professores e auxiliares de acção educativa 79 Alunos do 3º ciclo 9º ano 95 Jovens Adultos 50 93

106 Outras actividades desenvolvidas ACES Pinhal Litoral II Rastreio do doseamento do CO e informação/divulgação de material de prevenção do tabagismo realizado em hipermercado no Dia Mundial de Higiene e Segurança no Trabalho; Publicação de artigos em jornais ( Mostrar a Verdade, Imagens de Aviso, Salvam Vidas e outro sobre Tabagismo e a Gripe ); Realização do 2 º Encontro de Cessação Tabágica do Hospital S. André com a colaboração do ACES Pinhal Litoral II; Divulgação de um folheto sobre o tabagismo ACES Baixo Mondego I Elaboração de posters sobre Os fumadores e a gripe e de folhetos sobre os efeitos nocivos do consumo de tabaco; Distribuição de t-shirts pelos funcionários alusivas ao Centro de Saúde Sem Tabaco. ACES Pinhal Interior Norte I Caminhada saudável por uma Vida Sem Tabaco onde participaram ex-fumadores e alunos. PROPOSTAS /PREVISÃO PARA 2011 PROPOSTAS PREVISÃO PARA 2011 Abertura de consultas de Cessação Tabágica 80% Indicadores da consulta de Cessação Tabágica 90% Formação dos profissionais de saúde (médicos, enfermeiros, psicólogos e outros) 50% Comemoração do Dia Mundial Sem Tabaco e Dia Nacional do Não Fumador 100% Rastreio à população fumadora (Espirometria e Coximetria) 50% Elaboração de material de apoio à consulta de Cessação Tabágica 85% Publicação de Newsletter 100% Estudo de investigação sobre Eficácia da terapêutica farmacológica na abstinência tabágica 25% Intervenções na comunidade escolar e na comunidade em geral 85% Realização do 4º Colóquio organizado pelo Grupo de Trabalho sobre Prevenção e Cessação Tabágica da ARSC 100% 94

107 7. PROGRAMA DA QUALIDADE E VIGILÂNCIA ALIMENTAR (QVA) Os comportamentos alimentares condicionam o estado de saúde/doença. A relevância da alimentação como determinante de saúde é inquestionável. O Programa da Qualidade e Vigilância Alimentar (QVA) pretende contribuir para a avaliação e diminuição dos riscos para a saúde humana associados ao consumo de alimentos, melhorando a qualidade e a segurança alimentar, através de uma estratégia sustentada em vários projectos. Estratégias de Intervenção Projecto pão.come Projecto sopa.come Projecto vending.saúde ANO DE 2009 O programa da QVA no ano de 2009 priorizou os projectos aqui mencionados como alvo da sua intervenção durante esse período. Projecto pão.come O projecto pão.come conceptualizado em 2006 pela ARSC, teve o seu início formal em 2007, encontrando-se previsto o terminus da sua implementação em Este projecto regional estender-se-á até 2020 com avaliações parcelares anuais. Este projecto tem como objectivo de saúde a diminuição das doenças cárdio e cérebro-vasculares e como objectivo operacional a diminuição do sal de adição no pão de 2% para 1% Actividades desenvolvidas em 2009 Reuniões de formação e sensibilização dos profissionais de saúde pública dos novos concelhos envolvidos 95

108 Reunião de avaliação do projecto Submissão de artigos para publicação em revistas e jornais Elaboração de poster técnico Celebração de protocolo com o Grupo Auchan Participação no evento do parque do pão.come em colaboração com ACIP (Associação do Comércio e da Indústria da Panificação, Pastelaria e Similares) Participação no Congresso Inovações no Sector Alimentar e Rotulagem Nutricional da ANCIPA (Associação Nacional dos Comerciantes e Industriais de Produtos Alimentares) Participação no II FÓRUM NACIONAL DE SAÚDE onde foi galardoado com o Prémio de Promoção da Saúde 2009 Resultados a 31 de Dezembro de 2009 Os resultados aqui apresentados correspondem a 68 concelhos, em resultado de dificuldades relacionadas com o faseamento do projecto (que se encontra em estadios diferenciados). Após três anos de implementação local os resultados demonstram que foram reduzidos substancialmente os valores de sal adicionados ao pão. Evolução 2007/2009 Em 2009 o número de concelhos envolvidos neste projecto foi de 68, correspondente a 937 padarias. No período de Abril de 2007 a 31 de Dezembro de 2009 foram realizadas análises de NaCl ao pão das padarias aderentes ao projecto e consideradas na presente avaliação. 96

109 Gráfico 16 Número de concelhos envolvidos, Gráfico 17 Número de padarias envolvidas, A média regional de NaCl /100g de pão foi de 0,91g (dados relativos a 31 de Dezembro de 2009). Gráfico 18 Média, em gramas, de NaCL/100 g de pão 2 Gramas 1,5 1 1,,58 1,13 1,04 0,98 0,91 0,5 0 Diagnóstico 1ª avaliação 2ª avaliação 3ª avaliação 4ª avaliação 97

110 Projecto sopa.come O projecto sopa.come tem como objecto de intervenção a sopa. A sopa foi considerada o segundo alimento a seguir ao pão com um elevado potencial de intervenção, permitindo o atingimento dos objectivos propostos no mais curto espaço de tempo. Sopa.come baseia-se na proposta transversal de metodologia gradativa de redução de NaCl e tem como alvo prioritário a restauração colectiva. A meta proposta (a atingir nos próximos 4 anos) é de 0,8g de NaCl/por porção (250g) O projecto inclui ainda (em fase de conceptualização) a implementação de medidas standard para volumetrias de sopa de legumes fixas. No ano de 2009 foram realizadas 264 análises a sopas provenientes de cantinas colectivas (escolas, creches/infantários, IPSS e hospitais) e estabelecimentos de restauração dos concelhos de Cantanhede, Condeixa-a-Nova, Figueira da Foz, Góis, Penacova, Tábua e Vila Nova de Poiares, cujos resultados se descrevem no quadro que se segue. Quadro 71 Resultados das análises efectuadas a sopas, por estabelecimento, 2009 Estabelecimento Nº dose sopa (g) g NaCL/100 g sopa g NaCL/dose Média Mn-Max Média Mn-Max Média Mn-Max Escolas ,88 115,04-591,04 0,66 0,36-0,86 2,01 0,76-3,85 Creches ,94 138,84-520,89 0,55 0,27-0,86 1,44 0,62-3,17 IPSS ,11 139,52-715,81 0,58 0,06-1,03 2,21 0,14-5,10 Hospitais 8 337,77 200,94-499,66 0,6 0,44-0,90 2,09 0,92-3,54 Restaurantes ,99 109,21-707,73 0,72 0,06-1,69 2,52 0,20-7,53 Os resultados evidenciam que a quantidade de sal presente neste alimento (sopa), nutricionalmente recomendado pelo seu valor alimentar, é elevada sendo mesmo, em alguns casos como nos restaurantes, excessiva. 98

111 Projecto Vending.Saude O projecto Vending.Saúde tem como objectivos de saúde a diminuição da obesidade, diabetes e doenças cardiocerebrovasculares e comorbilidades associadas como dislipidemia e carcinoma da mama. Usa como estratégias a intervenção nas empresas de máquinas de venda automática de produtos alimentares por forma a que sejam classificados os canais de distribuição correspondentes aos produtos expostos (de acordo com a frequência de ingestão aconselhável) e a intervenção nos pontos recepção destas máquinas, explicando a importância do Instrumento de Educação Alimentar (a criar no âmbito deste projecto). Estratégia: Sensibilização dos proprietários das empresas de máquinas de venda automática Identificação dos produtos alimentares disponibilizados nas máquinas de venda automática Sensibilização dos profissionais do local Classificação dos canais de distribuição das máquinas em função dos produtos neles inseridos Realização de auditorias periódicas Avaliação da satisfação dos funcionários do local e das empresas das máquinas de venda automática relativamente ao processo de venda Actividades desenvolvidas: Reuniões de trabalho com a Associação Portuguesa Venda Automática (local: Porto) e com a Sonae (local: Lisboa) Reunião com CONFIDA/ Departamento Marketing AUSL Modena (local: Modena, Itália) Diagnóstico de situação, relativamente às máquinas e bares existentes no ACES Baixo Mondego 1 (correspondente aos concelhos de Coimbra, Condeixa e Penacova) Implementação do projecto, a título experimental e em dois locais pré-seleccionados, no ACES supra mencionado. 99

112 8. PROGRAMA DE PROMOÇÃO DA SAÚDE EM MEIO ESCOLAR 8.1. PROGRAMA NACIONAL DE PROMOÇÃO DA SAÚDE ORAL PNSO/CONTRATUALIZAÇÃO O Programa Nacional de Promoção da Saúde Oral (PNPSO) corresponde a uma estratégia global de intervenção assente na promoção da saúde e prevenção primária e secundária da cárie dentária. A promoção da saúde e prevenção da doença são asseguradas pelas equipas de saúde escolar com suporte da intervenção curativa, operacionalizada maioritariamente através da contratualização. O PNPSO envolve quatro projectos: Saúde Oral Crianças e Jovens (SOCJ) que permite prestar cuidados médico-dentários a coortes (7, 10 e 13 anos) de crianças escolarizadas integradas em programa de saúde oral e que desenvolvam cárie dentária. Saúde Oral em Saúde Infantil (SOSI) destinado a crianças com idades até aos 6 anos e que apresentam situações de cárie dentária de considerável gravidade, a avaliar pelo médico de família. Saúde Oral na Gravidez (SOG) destinado a grávidas seguidas no SNS. Saúde Oral nas Pessoas Idosas (SOPI) destinado a beneficiários do Complemento Solidário para Idosos. Quadro 72 Médicos aderentes Centro Nacional Médicos Dentistas Estomatologistas Total

113 Gráfico 19 - Movimento de cheques no âmbito da Saúde Oral na Saúde Infantil Taxa execução: 54% Cheques emitidos Cheques utilizados Gráfico 20 Movimento de cheques no âmbito da Saúde Oral Crianças e Jovens Taxa execução: 47% Cheques emitidos Cheques utilizados Gráfico 21 - Movimentoo de cheques no âmbito da Saúde Oral Crianças e Jovens, por coortes Cheques emitidos Cheques utilizados anos 10 anos 13 anos 101

114 Gráfico 22 Referenciação para Higienista Oral 6649 Taxa execução: 30% 1995 Ref. Emitidas Ref. Utilizadas Gráfico 23 - Movimento de cheques no âmbito da Saúde Oral na Gravidez Cheques emitidos Cheques utilizados Gráfico 24 - Movimentoo de cheques no âmbito da Saúde Oral nas Pessoas Idosas Taxa execução: 81% Cheques emitidos Cheques utilizados 102

115 Da análise dos gráficos verifica-se: Aderiram ao programa 646 prestadores de cuidados médico-dentários, distribuídos por toda a área da Região Centro; No SOSI foram abrangidas crianças com emissão de cheque dentista pelos médicos de família; No SOCJ foram abrangidas crianças, com emissão do respectivo cheque dentista pelas equipas de saúde escolar. Também neste projecto foram abrangidas mais crianças por consultas de saúde oral prestadas pelos higienistas orais dos Centros de Saúde; No SOG foram abrangidas grávidas que frequentam o SNS com emissão de cheque dentista pelos médicos de família. Relativamente ao número de cheques emitidos (1 612) e número de utilizados (5 503) há uma discrepância, devido ao facto de muitos dos cheques utilizados em 2009 terem sido emitidos durante o ano de 2008; No SOPI foram abrangidos 1106 idosos beneficiários do complemento solidário para idosos, com emissão de cheques dentistas pelos médicos de família. Estes dados foram colhidos directamente na aplicação informática SISO, que monitoriza os 4 projectos PROGRAMA NACIONAL DE SAÚDE ESCOLAR - PNSE O PNSE assenta na execução sistemática de um conjunto de actividades organizadas, que contemplam uma intervenção integrada em quatro áreas a saúde individual e colectiva, a inclusão escolar, o ambiente e os estilos de vida. Para estas áreas de intervenção prioritárias foram definidos indicadores, que nos permitirão evidenciar mudanças numa realidade que se pretende modificar. A avaliação quantitativa visa monitorizar a execução do PNSE e traduz-se em taxas de cobertura. A avaliação é feita anualmente e os dados recolhidos são transcritos para suportes de informação normalizados, preenchidos ao nível local, remetidos à ARSC, compilados, tratados, analisados e enviados à DGS. 103

116 A intervenção do sector da saúde na escola incide frequentemente sobre problemas multifactoriais, população-alvo muito heterogénea, contextos complexos e realidades muito variáveis. As equipas de saúde escolar direccionam a sua intervenção para dar resposta às necessidades, reais e sentidas, da comunidade educativa. As metas são guias orientadores no sentido da mudança desejável, inseridas no processo de planeamento. A sua concretização depende, para além do empenho dos profissionais envolvidos, praticamente na sua globalidade, dos recursos disponíveis para a sua operacionalização. Indicadores de produção e taxas de execução Quadro 73 Monitorização dos indicadores de execução em saúde escolar 2009 Act INDICADOR Meta % Avaliação 1. Centros de Saúde que desenvolvem actividades no âmbito do PNSE Taxa de cobertura, por saúde escolar, a alunos do ensino préescolar. Taxa de cobertura, por saúde escolar, a alunos do 1º ciclo do ensino básico. Taxa de cobertura, por saúde escolar, a alunos do 2º e 3º ciclos do ensino básico. Taxa de cobertura, por saúde escolar, a alunos do ensino secundário. Taxa de cobertura, pelo Programa Básico de Saúde Oral, a alunos do ensino pré- escolar. Taxa de cobertura pelo, Programa Básico de Saúde Oral, a alunos do 1º ciclo do ensino básico. Taxa de cobertura, dos alunos com 6 anos, por exames globais de saúde -EGS Taxa de cobertura vacinal dos alunos com 6 anos Taxa de cobertura, dos alunos com 13 anos, por exames globais de saúde -EGS Taxa de cobertura vacinal dos alunos com 13 anos Taxa de cobertura, das Escolas que têm Actividades de Saúde Escolar, por vistorias de Avaliação das Condições de Segurança Higiene e Saúde do Meio Ambiente e do Edifício Escolar. Percentagem de escolas que melhoraram, relativamente à avaliação anterior

117 O Programa Nacional de Saúde Escolar apresentou resultados abaixo das metas propostas no ano de 2008, reflexo da escassez de recursos sentida nos serviços. Assim, houve necessidade de se reajustarem as metas para o ano de 2009, mais de acordo com os recursos existentes. No ano de 2009, de um universo de 84 centros de saúde, 95% desenvolveram actividades de Saúde Escolar de forma regular e sustentada. A população-alvo do Programa de Saúde Escolar são alunos, professores, educadores de infância, auxiliares de acção educativa e pais, a que genericamente se designa por Comunidade Educativa. Nas escolas abrangidas por saúde escolar as acções têm recaído, principalmente, sobre crianças do Jardim-de-infância, cerca de , e alunos do 1º ciclo, cerca de , correspondendo a uma taxa de cobertura de 85% e 84% respectivamente. Os alunos dos outros níveis de ensino têm vindo a ser abrangidos em menor percentagem, atingindo apenas 55% das crianças e jovens do secundário. Das actividades de execução corrente, a realização dos Exames de Saúde Global e da Vacinação tem vindo a aumentar gradualmente a sua execução. O Programa Básico de Saúde Oral, depois de ter tido uma redução significativa na ingestão de fluoretos no Jardim-de-infância de acordo com o preconizado pela DGS, tem mantido e até superado o nível de implementação nas outras componentes de programa, nomeadamente a educação para a saúde e a escovagem dos dentes, apesar de tudo, ainda insuficientes para uma adequada saúde oral da população escolarizada. A avaliação das condições de segurança, higiéne e saúde das escolas foi realizada a 37% das escolas que têm actividades de saúde escolar, correspondendo a cerca de escolas avaliadas. Apesar de se verificar que alguns dos problemas detectados se mantêm relativamente a uma avaliação anterior, 21% da escolas avaliadas melhoraram as suas condições de Segurança, Higiéne e Saúde do Meio Ambiente e do Edifício Escolar. 105

118 9. PROGRAMA NACIONAL DE PREVENÇÃO E CONTROLO DA DOENÇA PULMONAR OBSTRUTIVA CRÓNICA Em 2009 foram publicadas duas circulares da Direcção-Geral da Saúde (disponíveis em Doença Pulmonar Obstrutiva Crónica Normas de Boas Práticas na Cessação Tabágica (Circular Informativa nº 51/DSPCD de 28/12/2009) Orientações Técnicas sobre Reabilitação Respiratória na Doença Pulmonar Obstrutiva Crónica (Circular Informativa nº 40A/DSPCD de 27/10/2009) A ARSC, através do seu representante, foi um dos dois relatores deste último documento. Será elaborado, em 2010, um livro, com base na compilação desta informação, à qual vão ser acrescentados dados epidemiológicos, como a prevalência, a morbilidade e mortalidade hospitalar e os custos directos associados à doença. Cuidados Respiratórios Domiciliários (CRD) A Comissão acompanhou e colaborou com a ACSS na elaboração do Concurso Público de Aprovisionamento nº 2008/100 prestação de serviços de cuidados técnicos respiratórios domiciliários de aerossolterapia, de oxigenoterapia, de ventiloterapia (...). O documento foi publicado em portaria n.º 939/2009 de 7 de Outubro de O procedimento de adjudicação dos equipamentos e serviços do concurso ficou a partir daí dependente das ARS. Foi ainda prestada atenção especial à operacionalização da prescrição electrónica de CRD. A aplicação, desenvolvida pela ACSS, foi concluída. Tem contudo surgido constrangimentos, dentro da própria ACSS, à sua implementação na rede informática do SNS. A ARSC foi um dos interlocutores privilegiados na comunicação entre DGS e ACSS nesta matéria, uma vez que integrou, através do seu representante, o Júri do Concurso. 106

119 Rede Nacional de Espirometria Em 2009 decorreu a fase piloto no Centro Hospitalar (CH) Lisboa Norte, CHC e Vila Nova de Gaia e centros de saúde correspondentes. Os resultados ultrapassaram as expectativas em termos de rentabilidade diagnostica. Evidenciaram também uma notável articulação entre cuidados hospitalares e primários. Recorde-se que a RNE tem por base Unidades Móveis de Espirometria, constituídas por técnico e dotadas de espirómetro, computador e viatura. As unidades foram criadas por iniciativa dos hospitais, em articulaçã com as ARS. Tiveram como tarefa a identificação sistemática de todos os indivíduos com DPOC. Ao contrário do previsto em 2008, não foi possível, por constrangimentos financeiros centrais (Ministério da Saúde), planear o alargamento a outras unidades de saúde. 107

120 10. PROGRAMA DE GESTÃO AMBIENTAL A gestão sustentável de instalações e serviços constitui uma preocupação crescente de acordo com as guidelines internacionais para a melhoria contínua da prestação de cuidados de saúde, quer para a população quer para o ambiente, assegurando a qualidade e a eficiência do seu funcionamento. Sendo a sustentabilidade de uma unidade de prestação de cuidados de saúde uma intervenção bietápica, iniciada na concepção/construção do projecto e efectivada através da gestão e qualificação da prestação de serviços, tem vindo a ser contemplada a avaliação ambiental de projectos por forma a adequar as suas condições às exigências sustentáveis consignadas no QREN. A análise e avaliação das condições existentes constituem a implementação e desenvolvimento do programa, dando continuidade aos projectos anteriormente iniciados nas três áreas fundamentais de aplicação, abrangendo unidades de prestação de cuidados de saúde da Região Centro (centros de saúde e hospitais), nomeadamente: Projecto de qualidade do ar Projecto de resíduos hospitalares Projecto de prevenção da doença dos legionários Como principal objectivo estabeleceu-se o cumprimento das metas definidas no anterior Plano de Acção, bem como a prossecução dos objectivos estabelecidos face aos diagnósticos de actualização. Toda a informação que constava do Relatório de Avaliação de Parâmetros para Implementação de Gestão Ambiental em Unidades de Prestação de Cuidados de Saúde, apresentado ao Conselho Directivo da ARS Centro, IP em Outubro de 2007, foi actualizada e complementada com dados sobre as características técnicas dos equipamentos e instalações abrangidas. Nela se fundamentou a intervenção proposta e concretizada, de acordo com as áreas distintas estabelecidas. Projecto de qualidade do ar Teve por base a abrangência pela alínea a) do ponto 2 do artigo 3º do Decreto-lei nº 78/2004, ou seja a obrigatoriedade de todas as instalações de combustão com uma potência térmica nominal superior 108

121 a 100KWth efectuarem a monitorização pontual das suas emissões, duas vezes em cada ano civil (número 1 do artigo 19º). Levantamento de todas as fontes fixas e verificação da conformidade da instalação com as exigências de monitorização, com registo técnico e fotográfico. Efectivação da monitorização das fontes fixas de emissão em cumprimento do Decreto-Lei nº 78/2004, e verificação das condições de amostragem em conformidade com as Normas Portuguesas. Obtenção do parecer de validação da monitorização e cumprimento dos limites de emissão, e definição de periodicidade, da Comissão de Coordenação da Região Centro. Definição da articulação dos planos de monitorização e acompanhamento. Elaboração da base de dados georeferenciada, referente a fontes de emissão (caracterização e monitorização). Taxas de cobertura Com excepção dos Centros de Saúde de S. Martinho do Bispo e de Condeixa (ACES do Baixo Mondego I) - por restrições decorrentes da construção das chaminés existentes, cuja correcção se aguarda - foram efectuadas as duas campanhas de monitorização em todas as fontes fixas, tendo já sido emitidos grande parte dos pareceres da Comissão de Coordenação e Desenvolvimento Regional do Centro (CCDRC), de acordo com o diploma legal. Foram efectuadas monitorizações em alguns centros de saúde que à data do procedimento concursal para a monitorização faziam parte da ARSC, (num total de 41 chaminés e 84 caldeiras instaladas). Por decisão da ARS Norte não foi realizada a monitorização nos centros de saúde transitados para aquela área de jurisdição territorial. Apresentam-se os dados relativos à monitorização efectivada, incluindo a indicação do cumprimento dos valores limites de emissão e periodicidade de monitorização em conformidade com o parecer da CCDRC, que valida o procedimento. 109

122 Quadro 74 Resultados da implementação do programa de gestão ambiental, monitorização das emissões gasosas, dec-lei nº 78/2004 ACES ARS Centro (ARS Lisboa e Vale do Tejo) Pinhal Litoral 2 ARS LVT Pinhal Interior Norte 2 Baixo Vouga 1 Baixo Vouga 2 Baixo Vouga 3 Localização das fontes de emissão Combustível da caldeira Nº Caldeiras Nº chaminés Gorjão Henriques Arnaldo Sampaio Batalha Marinha Grande Caldas da Rainha Bombarral Castanheira de Pêra Penela Ansião Anadia Sever do Vouga Aveiro Ílhavo Gafanha da Nazaré Estarreja Murtosa Ovar Esmoriz Gás Gasóleo Gás Gasóleo Gasóleo Gás natural Gasóleo Gás 1 Gás Gás Natural 1 Gás Gás Gás 3 Gasóleo Cumprimento dos VLE (valores limite de emissão) Parecer CCDRC Cumpre VLE 5 e 6 Cumpre VLE 5 Aguarda parecer, 8 e 9 Cumpre VLE 5 e 6 Aguardam parecer da CCDRLVT Cumpre VLE 5 Cumpre VLE 5 e 6 Cumpre VLE 5 e 6 Aguarda parecer, 9 Cumpre VLE 5 Cumpre VLE 5 e 6 Aguarda parecer, 9 Arouca Escariz ARS Norte S. João da Pesqueira Cinfães Sernancelhe Tabuaço 2 Penedono Resende Moimenta da Beira Dão Lafões 1 Viseu 3 Gás 3 2 Cumpre VLE 5 Dão Lafões 2 Vouzela Gás Natural 2 2 Cumpre VLE 5 e 6 Dão Lafões 3 Baixo Mondego1 Mangualde Santa Comba Dão Carregal do Sal Nelas Celas Condeixa a Nova Eiras S. Martinho do Bispo Penacova Gás Gás Natural Gás Gás/Gasóleo 3 4 Gás Natural 4 Gás Cumpre VLE 5 e 6 Aguarda parecer Cumpre VLE 5 e 6 Cumpre VLE 5,6 e 7 Cumpre VLE 5 e 6 Cumpre VLE 5 e 6 Baixo Mondego2 Cantanhede Mealhada Gás Gás Natural Aguarda parecer Cumpre VLE - 5 Baixo Mondego3 Mortágua Gás 2 1 Cumpre VLE 5 Pinhal Interior Norte 1 Miranda do Corvo Arganil Tábua Vila Nova de Poiares Gás Gasóleo Gás Gás Cumpre VLE 5 e 6 Cumpre VLE 5 Cumpre VLE 5 e 6 Cumpre VLE 5 Beira Interior Sul Idanha-a-Nova Gás 2 1 Vila Velha de Ródão Gás 2 2 Cumpre VLE 5 e 6 Cova da Beira Belmonte Gás 2 2 Cumpre VLE 5 e 6 Pinhal Interior Sul Proença-a-Nova Oleiros Gás Cumpre VLE 5 e 6 TOTAL Actualmente isenta de monitorização 2 Não efectuada monitorização por decisão da ARS Norte 3 Actualmente desactivada e não substituída 4 Chaminé mal dimensionada, a corrigir DIE 5 Monitorização em regime trienal. 6 Monitorização base 2 vezes/ano 7 Uma caldeira dispensada de monitorização PT< 100kW 8- Um dos parâmetros ultrapassa VLE 9 Monitorização do novo triénio

123 Projecto de prevenção da doença dos legionários Da intervenção que tem vindo a ser desenvolvida no âmbito da Doença dos Legionários, em especial em situações de ocorrência de casos em que é disponibilizado o apoio deste DSPP constata-se que existe um número significativo de casos que apenas a posteriori são do conhecimento dos serviços, ou que nem chegam a ser comunicados. Os números efectivos e o conhecimento da realidade, são um alerta para uma intervenção em saúde pública, tanto mais que esta é uma preocupação emergente a nível mundial. Foi assim priorizada a preparação do projecto Georeferenciação de Legionella Pneumophila - Ocorrência de casos, contaminações e riscos. Intervenção ambiental, através de acções de formação efectuadas no âmbito da comunicação de riscos e metodologia de intervenção, apoio na orientação de procedimentos de intervenção, enquadrados em: Dinamização e divulgação de uma metodologia de prevenção. Preparação da implementação do projecto de intervenção para prevenção da Legionella Pneumophila, e Georeferenciação de Legionella Pneumophila - Ocorrência de casos, contaminações e riscos. Intervenção ambiental. Definição de nova estratégia de colaboração dos serviços descentralizados de saúde pública será essencial, bem como dos hospitais. Tendo sido estabelecido no projecto apoio técnico dedicado como principal condicionante da sua viabilização, por não ter sido conseguido durante o ano de 2009 não foram atingidos os objectivos previstos. Projecto de resíduos hospitalares A nível global constata-se que a gestão de resíduos implementada, embora com algumas deficiências, já contempla aspectos fundamentais tais como a triagem separativa mediante as principais fileiras, para além da triagem dos resíduos hospitalares do grupo III (GIII) e do grupo IV (GIV). As principais falhas decorrem das prestações de serviços por parte de empresas sem formação/informação sobre as exigências necessárias e que não encaminham adequadamente os resíduos triados. 111

124 Foram tomadas medidas de controlo, informação e gestão relativamente ao cumprimento da legislação de Resíduos no que concerne à transição para o novo Sistema Integrado de Registo de Resíduos da Agência Portuguesa do Ambiente (SIRAPA). A ARS, de acordo com o SIRAPA, é uma Organização com 158 estabelecimentos já anteriormente registados no SIRER. Uma organização é constituída por uma entidade com vários estabelecimentos a que corresponde o mesmo Número de Identificação Fiscal (NIF) Devido a alteração legal da organização dos serviços de saúde, cada ACES Agrupamento de Centros de Saúde, passou a equivaler a um estabelecimento produtor de resíduos, uma vez que passou a ter uma gestão única de todo o seu funcionamento. Outra alteração significativa decorreu da criação das ULS (inicialmente da Guarda e, posteriormente, de Castelo Branco), uma vez que possuindo um NIF diferente obriga à transferência da inscrição como outra Organização. Simultaneamente a alteração decorrente da afectação territorial de alguns centros de saúde, de acordo com as NUTS, implicou modificações dos NIF, pelo que a alteração em termos de registo SIRAPA carece de intervenção da entidade responsável. Tendo sido atempadamente apresentada uma exposição junto do Director da Agência Portuguesa da Ambiente, aguarda-se reunião conjunta. O funcionamento da aplicação SIRAPA não está operacional, pelo que a realização dos registos ainda não é viável. Nos registos afectos à ARS Centro, atendendo à classificação legal de resíduo hospitalar, englobam-se os laboratórios de Saúde Pública, os Centros de Diagnóstico Pneumológico e a Farmácia. No âmbito do programa foram estabelecidos procedimentos de adaptação à funcionalidade: Elaboração de informação sobre o SIRAPA, destinada aos directores executivos dos ACES da ARS Centro, e solicitada nomeação de responsável; Identificação do número de inscrições e de responsáveis pelo preenchimento da informação de cada estabelecimento da organização, e actualização de toda a informação junto da entidade da tutela; Gestão do procedimento (guias, notificações, etc,, com efeito suspensivo até resolução e decisão da situação pela APA). 112

125 Situação da organização ARSC, IP no SIRAPA Quadro 75 Registo de estabelecimentos afectos ao NIF Número de registos SIRER de estabelecimentos afectos ao NIF da ARS Centro (Sub-Regiões de Saúde) NIF Nº de registos SIRAPA ACES ARSC Laboratórios de Saúde Pública (LSP) CDP Farmácia ARSC TOTAL Inscrições ULS da Guarda * Inscrições ULS de Castelo Branco* Nº registos transitados para a ARS LVT Nº registos transitados para a ARS N * Não indicados os registos complementares dos LSP, CDP, etc No âmbito da Gestão Ambiental foi prestada colaboração nos projectos de hospitais e centros de saúde candidatos ao QREN, tendo igualmente sido estabelecida a colaboração com o Departamento de Instalações e Equipamentos da ARSC. 113

126 11. TELEMEDICINA A Telemedicina, e em sentido mais lato, a Tele-saúde, tem vindo a assumir progressiva importância na organização, gestão e implementação dos cuidados de saúde, não só através de um cada vez maior interesse por parte dos profissionais e instituições, como também por um alargamento do âmbito das actividades potenciadas por uma tecnologia em constante desenvolvimento. Assim, áreas como a tele-enfermagem, os cuidados continuados e o apoio domiciliário emergem como novos campos em que a Telemedicina pode ter um papel crucial em termos facilitação de acessibilidade, diminuição dos custos, aumento de eficácia e rapidez no apoio e intervenção. Numa altura em que os custos da saúde continuam em crescendo, a exigência dos utentes é, felizmente, cada vez maior, a qualidade de prestação de cuidados passa cada vez mais pela rapidez do acesso ao diagnóstico e decisão terapêutica, articulação eficaz e célere dos diversos cuidados, eliminação de redundâncias e gestão da informação clínica de modo seguro, organizado e acessível em todos os pontos do sistema de saúde. Por outro lado, há muitas vantagens que este serviço pode oferecer em campos emergentes, como o dos cuidados domiciliários e o apoio à Rede de Cuidados Continuados. O Programa de Telemedicina/tele-saúde da ARSC tem como finalidade a melhoria de funcionamento e rentabilização dos programas já em curso e das plataformas já instaladas, procurando aumentar o número de taxas de utilização, de utilizadores profissionais e de utentes integrados nas teleconsultas. Complementarmente procurou-se, em 2009, aumentar o âmbito de actuação e de instituições abrangidas, não só através de novos programas em áreas clínicas e assistenciais específicas, como ainda pela instalação de mais plataformas em centros e saúde e hospitais. Tratando-se 2009 de um ano de transição, sobretudo no âmbito da rede de urgências, o programa foi também condicionado pela redefinição dos serviços, onde prioritariamente deverão ser instaladas (adquiridas ou transferidas) plataformas de telemedicina. Por último, foi também um factor condicionante a reestruturação da ACSS (ex-igif), o que nem sempre permitiu as ligações e respectivos testes nos tempos ideais. 114

127 ACTIVIDADES DESENVOLVIDAS E SEUS INDICADORES DE PRODUÇÃO Consultas programadas / apoio aos serviço de urgência / PRECOCE (Nota: PRECOCE = apoio urgente on line às situações de suspeita de Enfarte Agudo do Miocárdio) Aveiro Foram realizadas cerca de 100 teleconsultas em 2009, dadas as alterações decorrentes da reorganização devida aos ACES, pelo que, embora as plataformas estejam operacionais e tenham em 2008 tido uma utilização satisfatória com 477 teleconsultas, há necessidade de maximizar a capacidade instalada. Coimbra No Hospital Pediátrico de Coimbra/Departamento de Pediatria do Centro Hospitalar de Coimbra, EPE continuaram em curso as consultas (de rotina) em cardiologia pediátrica, fetal e transfontanelar, com todos os hospitais distritais da área de influência da ARS Centro, IP e ainda com Vila Real, Luanda e Madrid. No total foram realizadas no HPC, em 2009, teleconsultas em regime diário. No Centro de Saúde de Arganil (ACES do Pinhal Interior Norte 1) foram continuadas as teleconsultas de cardiologia, pneumologia, desabituação tabágica (estas duas últimas incluídas no programa Coimbra PneumoXXI) e PRECOCE, bem como a ligação por teleconsulta do SUB de Arganil aos HUC. Os dados provisórios apontam para um total, ainda insatisfatório de 33 teleconsultas, 20 das quais no âmbito do programa PneumoXXI. No que diz respeito ao Centro de Saúde (CS) de Poiares daquele ACES, as teleconsultas de cardiologia, PRECOCE de dermatologia, neurologia não avançaram, embora o material esteja operacional, por falta de disponibilidade dos profissionais - problema que se prevê poder ser ultrapassado em Foi também colocada uma plataforma no CS de Cantanhede (transferida da Pampilhosa da Serra, onde estava inactiva) que iniciou actividade em Setembro de 2009 na área de pneumologia (8 consultas). Estas foram interrompidas pela necessidade de alocação do espaço para o plano de 115

128 contingência da Gripe A, devendo avançar em 2010 as consultas de dermatologia, cardiologia, teleenfermagem e cuidados continuados. Castelo Branco Apenas está instalada uma plataforma, no Centro de Saúde da Sertã, que tem sido, em nosso entender, um exemplo na utilização desta tecnologia e a prova da capacidade de maximização de recursos em locais de acesso difícil aos serviços centrais. Foram efectuadas regularmente teleconsultas programadas com: Hospital Amato Lusitano (Castelo Branco) Dermatologia - 63 Neurologia - 10 teleconsultas Hospitais da Universidade de Coimbra Endocrinologia (tireóide)- 118 teleconsultas Diabetologia - 6 teleconsultas Cardiologia (PRECOCE) - 12 Total de teleconsultas realizadas: 209 Guarda Os CS de Seia, Meda, Pinhel e Fornos de Algodres (ULS da Guarda EPE) mantiveram-se os protocolos de teleconsultas de dermatologia com Hospital da Guarda, As consultas de dermatologia funcionaram em todos estes locais, embora com algumas situações pontuais de descontinuidade, relacionadas com a escassez de recursos humanos. COIMBRA PNEUMO-XXI O Coimbra Pneumo XXI é um projecto de Telemedicina que tem como finalidade permitir aos doentes portadores de Doença Pulmonar Obstrutiva Crónica (DPOC) serem acompanhados de forma contínua e atempada prevenindo, desta forma, episódios de agudização. 116

129 O projecto PNEUMO XXI assenta no triângulo Doente, Centro de Saúde e Centro Coordenador do Projecto (CCP), nos HUC. Os centros de saúde (ARS) manter-se-ão como primeira linha de intervenção terapêutica. Aqui se farão os exames complementares, as consultas à distância, programadas, com o doente no centro de saúde e o médico especialista no CCP/HUC. Actividades desenvolvidas Não obstante a formalização, em finais de 2008, do pedido de aquisição das estações de teleconsulta, a encomenda só foi realizada em Fevereiro de Em Janeiro de 2009 fizeram-se deslocações aos Centros de Saúde de Vila Nova de Poiares e de Arganil (extensão de Côja) do ACES do Pinhal Interior Norte 1 no sentido de promover a coordenação das consultas de cessação tabágica e preparar o arranque das consultas de DPOC. As estações de teleconsulta começaram a ser instaladas em finais de Março Embora o prazo de entrega do equipamento (60 dias após encomenda) tenha sido cumprido, aquele atraso implicou a perda (do ponto de vista operacional) do primeiro trimestre. A primeira instalação do equipamento de teleconsulta e espirómetro no CS de Arganil foi objecto de acompanhamento e avaliação conjunta (com o coordenador de actividades daquele centro de saúde e com o médico responsável pelas teleconsultas); Ainda em Março de 2009 foi efectuada a instalação do equipamento de teleconsulta e do espirómetro no Serviço de Pneumologia dos HUC e realizados os primeiros testes de ligação com o CS de Arganil; Em Abril foi instalada em Cantanhede a terceira estação de teleconsulta e espirómetro, tendo sido efectuados testes de ligação ao PAX desta instituição. Foram feitos os testes de ligação entre os HUC e os Centros de Saúde de Arganil e Cantanhede pela empresa responsável. No mês de Outubro fez-se uma acção de formação em Cantanhede, com o médico responsável das teleconsultas dos HUC e mais uma nova médica, também dos HUC. 117

130 Até ao final do ano (2009) foram identificados 17 doentes em Arganil e Cantanhede e foram feitas as primeiras consultas presenciais (17). Realizaram-se 20 teleconsultas dentro deste grupo de doentes. No último trimestre do ano realizou-se uma reunião de trabalho na PT Inovação, para se fazer um ponto de situação da evolução do projecto, nomeadamente quanto a soluções para monitorização domiciliária, que fazia parte dos objectivos do ano. Mantiveram-se e realizaram-se as reuniões trimestrais do Conselho Coordenador do projecto, onde era feito o ponto de situação e tomadas decisões. Logo no início do ano e a pedido da Agência para a Modernização Administrativa (AMA), foi feita uma apresentação do projecto e ponto da situação para ser publicada no site da Rede Comum de Conhecimento (RCC). Resultados 1. Analisando os objectivos assumidos para o segundo ano do Projecto, constata-se que não foram globalmente atingidos, nomeadamente um objectivo fundamental que era o das 40 teleconsultas e o da monitorização domiciliária. Como se pode concluir dos pontos anteriores, estes dois desvios, importantes, têm uma base de vários atrasos decorrentes da interdependência do projecto com terceiros, mas não só, pois têm também a ver com questões culturais e organizacionais próprias, que abordaremos em pontos seguintes. Este atraso, nomeadamente o das 40 teleconsultas, não nos parece dramático porque o consideramos perfeitamente recuperável, agora que o equipamento e as ligações estão estabilizados e os doentes integrados, assim os vários intervenientes o assumam. O mesmo não diremos sobre a monitorização domiciliária, em que o atraso é pequeno mas difícil de recuperar, pois depende de soluções tecnológicas que não controlamos. 2. Foi necessário rever a elegibilidade de doentes para o projecto, onde tivemos algumas dificuldades. Relevamos o facto de os doentes estarem, naturalmente, distribuídos por vários médicos de família e só um fazer as teleconsultas. 118

131 3. Tinham sido escolhidos dois centros de saúde para iniciar o projecto, um no interior, outro no litoral. Verificamos que a escolha do centro de saúde relativamente próximo dos HUC, como foi o caso de Cantanhede/Ançã, levou a uma dificuldade de integrar doentes no projecto, dado que alguns preferiam ir à consulta aos HUC (20 Km), em vez de se deslocarem à teleconsulta em Cantanhede (5 Km). 4. Embora já referido no relatório de 2008, a questão organizacional configura-se como a mais difícil e importante de ultrapassar, nomeadamente o conseguir um olhar orgânico desta nova actividade, quer nos HUC, quer nos centros de saúde e a interligação entre estas estruturas. O problema, já referido, da dispersão de doentes por vários médicos de família, a marcação de consultas onde têm de interagir os três vértices do triângulo Doente, Centro de Saúde e Hospital (HUC) - o modo como o serviço encara esta actividade, etc. impõem uma mudança de coordenação e organização, ou seja um novo olhar orgânico desta realidade. Estas questões são tão mais importantes, e centrais nos sistemas de saúde de hoje, quanto são conhecidas as crescentes exigências dos utentes e cidadãos dum modo geral, as dificuldades orçamentais, os gastos crescentes com a saúde, e a evolução do conceito de hospital que não se restringe ao seu espaço físico, mas se prolonga até ao domicílio do doente (OMS). 5. No que se refere às instalações para teleconsultas nos HUC, consideramo-las pouco satisfatórias. Ao mesmo tempo realçamos a boa qualidade destas instalações nos centros de saúde. Como nota final consideramos como pontos positivos a instalação técnica dos equipamentos adaptados ao projecto, isto é, que permitem teleconsultas, interligações aos PAX para leitura de RX já efectuados e principalmente a realização à distância de espirometrias e sua leitura, a elegibilidade dos doentes e o início das teleconsultas. Como pontos negativos focamos as dificuldades de ter uma solução para a monitorização domiciliária e os aspectos organizativos já referidos. Tal implica, entre outras, a diminuição das barreiras entre HUC e os centros de saúde. 119

132 Este tipo de consulta deve ser valorizado nos seus vários aspectos: ser incluído nos indicadores de desempenho e de avaliação dos serviços, ser considerado nas cargas horárias dos profissionais, ser valorizado nos curricula e ser contemplado no financiamento dos serviços. 120

133 12. PROGRAMA REGIONAL DE CAPACITAÇÃO E LITERACIA EM SAÚDE O programa regional de capacitação em saúde ( Informação para uma correcta decisão ) foi formalmente criado em Outubro de 2008 e é o sucessor do programa regional de informação e comunicação em saúde pública, criado em Setembro de 2004 no âmbito das actividades do extinto Centro Regional de Saúde Pública do Centro. Este programa assenta no cidadão-utente enquanto actor primordial do sector da saúde e na literacia e capacitação em saúde como promotora de comportamentos adequados na saúde (autogestão da saúde) e na doença (auto-gestão da doença e procura apropriada de cuidados de saúde). As tecnologias emergentes em informação e comunicação (designadamente, a internet) são instrumentos fundamentais de literacia em saúde. O cidadão, mais do que um mero receptor de serviços de saúde ( doente ) e de informação em saúde ( educação para a saúde ) tem de assumir um papel activo na gestão dos estados de saúde e de doença, bem como na procura de informação válida em saúde, adequada às suas necessidades. Desta forma, os serviços de saúde deverão disponibilizar conteúdos e fontes de informação válidas, por forma a garantir a acessibilidade do cidadão à informação em saúde. Tendo em consideração o exposto e a relevância da capacitação em saúde como estratégia promotora de ganhos em saúde, a coordenação deste programa é detida por um médico especialista em saúde pública simultaneamente, coordenador operacional do Gabinete de Informação e Comunicação em Saúde da ARSC. ACTIVIDADES DESENVOLVIDAS O programa regional de capacitação em saúde da ARS do Centro, IP assegura um conjunto vasto de representações deste instituto público a nível dos serviços centrais do Ministério da Saúde na área da comunicação e capacitação em saúde. Destacam-se as seguintes: Integração da equipa nacional de edição de conteúdos do PORTAL DA SAÚDE ( 121

134 Interlocução junto do Projecto Nacional de Literacia em Saúde e Capacitação do Cidadão do Alto Comissariado da Saúde; Direcção-Geral da Saúde: gestão do microsite do Delegado Regional de Saúde do Centro (alojado em com todos os níveis de privilégio. Em virtude do accionamento, em Abril de 2009, dos planos nacional e regional de contingência para a pandemia de gripe, todos os recursos especificamente afectos a este programa transversal foram redireccionados para campanhas de capacitação gripal destinadas ao público em geral e a profissionais de saúde. Dentre as múltiplas actividades desenvolvidas ou comparticipadas por este programa destacam-se: Coordenação do Gabinete de Informação e Comunicação em Saúde (estrutura de comunicação estratégica em saúde, dependente do Conselho Directivo da ARSC, e criada em Abril de 2009); Participação em dezenas de sessões de esclarecimento relativas à gripe pandémica, promovidas pela ARSC ou a pedido de entidades oficiais (governos civis, câmaras municipais, Direcção Regional de Educação, etc.) e de entidades da sociedade civil (associações empresariais, etc.); Desenho e implementação de campanha destinada às visitas hospitalares em contexto de pandemia gripal ( Pandemia de gripe: conselhos às visitas, Dezembro de 2009). Esta campanha (informação complementar disponível em 09/12/hospitais+arsc.htm) incluiu a edição, impressão e distribuição pelos hospitais da Região Centro (incluindo unidades hospitalares do sector privado) de 500 posters em formato A3 para afixação nas entradas e enfermarias; Elaboração e distribuição de desdobráveis no âmbito do Plano de Contingência da Região Centro para a Pandemia de Gripe desdobráveis sobre gripe (elaborados em Abril e Maio de 2009) destinados ao público em geral e desdobráveis da Missão MÃOS LIMPAS (elaborados em Outubro de 2008) destinados ao público escolar; Actualização de conteúdos Saúde Pública / Material de apoio técnico / Gripe-Plano pandémico regional na página web da ARSC ( 122

135 13. GABINETE DO UTENTE A criação do Sistema de Gestão das Sugestões e Reclamações (SGSR), pretendeu tornar mais eficiente o tratamento das reclamações, melhorando o atendimento e a prestação de cuidados de saúde, com base nas exposições dos utentes do SNS. Consequentemente, foi criada uma estrutura responsável pelo acompanhamento e monitorização, a nível nacional e regional, das exposições efectuadas nos gabinetes do utente (GU), criados pelo despacho nº 26/86, ou nos livros de reclamações existentes obrigatoriamente em todos os serviços públicos (nos termos da Resolução do Conselho de Ministros nº 189/96, de 31 de Outubro). Com efeito, o despacho nº 5081/2005 do Secretário de Estado Adjunto do Ministro da Saúde, criou o Observatório Nacional de Apoio ao Sistema SIM-Cidadão e, junto de cada ARS, os observatórios regionais, com atribuições de acompanhamento e monitorização das exposições e reclamações dos utentes do SNS que derem entrada nos serviços do âmbito das respectivas ARS, bem como das decisões a elas respeitantes. De salientar que o decreto-lei n.º 28/2008, de 22 de Fevereiro, que instituiu os agrupamentos de centros de saúde (ACES) e criou o Gabinete do Cidadão (GC) como um serviço de apoio, na dependência directa e funcional do director executivo do ACES, conferindo-lhe a responsabilidade pelo atendimento e pelo processo de registo, análise, tratamento, proposta de resolução e resposta a todas as exposições apresentadas pelos cidadãos utilizadores, bem como pela identificação das medidas correctivas. Por seu turno e decorrente da reestruturação das ARS operada pelo decreto-lei n.º 222/2007, de 29 de Maio, os Estatutos da ARSC, IP, anexos à Portaria n.º 650/2007, de 30 de Maio prevêem no seu artigo 8º. a existência do Gabinete Jurídico e do Cidadão ao qual compete, neste âmbito, assegurar, em cooperação com o Observatório Regional, a gestão das sugestões e reclamações dirigidas ou encaminhadas para a ARSC. A missão e os objectivos decorrentes desta articulação são os seguintes: Acompanhar os indicadores de satisfação e o nível de participação dos utentes do SNS; Obter e tratar de forma credível e oportuna a informação disponível sobre o modo como a qualidade dos serviços prestados é percepcionada pelos cidadãos; Acompanhar e monitorizar as exposições apresentadas pelos cidadãos bem como as decisões a elas respeitantes; 123

136 Monitorizar o desempenho dos gabinetes do cidadão (GC) e promover a melhoria contínua do seu funcionamento e da sua actuação com o SGSR nos serviços de saúde da Região Centro; Zelar pelo respeito dos utilizadores dos serviços de saúde, com vista a uma maior e melhor participação dos mesmos no pleno uso dos seus direitos e deveres de cidadania. PRINCIPAIS ACTIVIDADES DESENVOLVIDAS Atendimento presencial e telefónico dos cidadãos que pretenderam manifestar directamente, a nível regional, a sua opinião relativamente à actuação dos serviços ou profissionais de saúde das instituições da Região Centro; Avaliação e encaminhamento, através do SGSR, das exposições relativas aos centros de saúde e hospitais da região remetidas à ARSC directamente pelos exponentes ou pelos Serviços Centrais do Ministério da Saúde, cuja resposta é da responsabilidade da instituição visada; Apoio aos GC da Região Centro na definição e implementação dos procedimentos a observar e circuitos inerentes ao tratamento das exposições nos ACES e identificação das necessidades de formação; Esclarecimento/orientação dos profissionais dos GC acerca do preenchimento, com rigor, dos mapas estatísticos relativos à produção mensal dos GC; Colaboração com o Departamento da Qualidade em Saúde da DGS através, designadamente, da identificação de anomalias e falhas do SGSR, acompanhamento das actualizações do SGSR (correcções e desenvolvimentos), acompanhamento dos GC na implementação das alterações introduzidas; Participação nas reuniões do Observatório Nacional do Sistema SIM-Cidadão; Recolha e sistematização dos dados estatísticos solicitados à ARSC pela Inspecção-Geral das Actividades em Saúde e pela Direcção-Geral do Consumidor. 124

137 14. SISTEMAS DE INFORMAÇÃO O Decreto-Lei Nº 222/2007 de 29 de Maio deu início a um processo de reestruturação das administrações regionais de saúde, centrada na simplificação da estrutura orgânica existente e na readaptação exigida pela extinção das sub-regiões de saúde e a criação dos ACES. Esta reestruturação implicou a adequação das Tecnologias de Informação e Comunicação (TIC) a uma nova realidade organizacional de forma a disponibilizar aos colaboradores da ARSC, meios tecnológicos que permitam uma melhor operação e adaptação aos novos fluxos de informação. Neste contexto, a Assessoria Especializada de Informação e Comunicação (AEIC) planeou e implementou um conjunto de actividades, das quais destacamos as seguintes: Implementação de uma infra-estrutura tecnológica adaptada à nova realidade organizacional da ARSC. Com a progressiva extinção das sub-regiões de saúde e a criação dos ACES, a AEIC passou a ter necessidade de responder e adaptar-se ao novo modelo organizacional, o que implicou uma reengenharia de processos e uniformização das TIC na ARSC,IP. Esta nova realidade, impôs a criação de uma infra-estrutura capaz de oferecer e uniformizar um conjunto de serviços, nomeadamente, a criação do domínio único da ARSC, com a disponibilização de serviços de correio electr6nico, virtualização de servidores e postos de trabalho, acesso a internet, gestão centralizada do parque de informática e helpdesk. Normalização de procedimentos e circuitos internos de funcionamento nos ACES; Integração dos programas de rastreios a decorrer na ARSC com os sistemas aplicacionais em exploração nos CSP; Utilização de ferramentas de Business Intelligence, nomeadamente SIARS e SAMESTAT; Criação dos serviços partilhados da AEIC para apoio aos utilizadores; Implementação do sistema biométrico de controlo da assiduidade. As maiores dificuldades que se deparam à AEIC consistem na inadequação da RIS às novas realidades organizacionais, com os constrangimentos de acessos e lentidão dos sistemas de informação em exploração. 125

138 15. REORGANIZAÇÃO DOS SERVIÇOS CUIDADOS DE SAÚDE PRIMÁRIOS Implementação de Unidades de Saúde Familiar (USF) Em 2009 entraram em funcionamento 5 USF, 4 localizadas nos ACES da ARS do Centro, IP e uma na ULS da Guarda, EPE, alargando para 27 as USF em funcionamento. A maioria pertence ao modelo A, e apenas 2 USF foram reconvertidas para o modelo B em 2009 (Quadro 66). Quadro 76 USF em funcionamento na área de influência da ARSC em 31/12/2009 Entrada emfuncionamento Designação das USF ACES/ ULS Modelo A Modelo B Alpha Baixo Vouga III A Ribeirinha ULS Guarda As Gândras Baixo Mondego III Barrinha Baixo Vouga III Beira Ria Baixo Vouga II Briosa Baixo Mondego I Buarcos Baixo Mondego II Celas Saúde Baixo Mondego I Condeixa Baixo Mondego I Cruz de Celas Baixo Mondego I D. Diniz Pinhal Litoral II Grão Vasco Dão-Lafões I Infante D. Henrique Dão-Lafões I João Semana Baixo Vouga III Lafões Dão-Lafões II Lusitana Dão-Lafões I Marquês de Marialva Baixo Mondego III Moliceiro Baixo Vouga II S. João de Ovar Baixo Vouga III S. Julião Baixo Mondego II S. Pedro Dão-Lafões II Santa Joana Baixo Vouga II Santiago de Leiria Pinhal Litoral II Serra da Lousã Pinhal Interior Norte I Viriato Dão-Lafões I Viseu Cidade Dão-Lafões I VitaSaurium Baixo Mondego II Nº USF criadas em Total a 31/ 12/ Fonte: ARSC/ MCSP 126

139 Agrupamentos de Centros de Saúde (ACES) A reestruturação dos cuidados de saúde primários conheceu em 2009 uma evolução significativa, na sequência da publicação da portaria nº 274/2009 de 18 de Março que criou os ACES da área de influência da ARS Centro, IP, com efeitos a 1 de Março de A entrada em vigor da portaria supracitada determinou também a extinção de todas as Sub-regiões de Saúde integradas na ARS do Centro, IP CUIDADOS DE SAÚDE HOSPITALARES Requalificação dos Serviços de Urgência No âmbito da implementação da Rede de Serviços de Urgência iniciada em 2008, em paralelo com a reforma dos cuidados de saúde primários, o centro de saúde de Arganil integrou, em Julho de 2009, uma das modalidades de pontos de urgência previstos o serviço de urgência básica (SUB). Redefinição do estatuto jurídico dos hospitais Em 2009 não se verificou a alteração do estatuto jurídico de nenhum dos 20 hospitais da Região Centro, contando com 3 centros hospitalares (dois EPE) e 17 hospitais (seis EPE)- Quadro

140 15.3. UNIDADES LOCAIS DE SAÚDE A implementação da efectiva articulação entre os cuidados de saúde primários e os hospitalares manteve-se como uma das prioridades da política de saúde em 2009, designadamente com a criação de unidades de saúde integradas. Neste contexto, em 2 de Novembro de 2009 é publicado em Diário da República o decreto-lei nº 318/2009 que cria a Unidade Local de Saúde de Castelo Branco, EPE, com efeitos a 1 de Janeiro de A ULS de Castelo Branco, EPE integrará o Hospital Amato Lusitano e os ACES Beira Interior Sul e Pinhal Interior Sul (coincidentes com as NUTS III do mesmo nome), e respectivos centros de saúde (Figura 5). Figura 5 Enquadramento geográfico da ULS de Castelo Branco, EPE 128

141 16. CARACTERIZAÇÃO ECONÓMICO-FINANCEIRA Após apuramento dos elementos económico-financeiros da ARSC relativos ao ano económico de 2009, verifica-se que os custos e perdas totais ascendem a cerca de 757,3 milhões de euros e os proveitos e ganhos totais a cerca de 796,3 milhões de euros. Comparativamente ao ano de 2008, apurou-se uma diminuição de custos na ordem dos 20,2% (cerca de 191 milhões de euros) e de proveitos na ordem dos 18,5% (cerca de 180 milhões de euros). Os custos e perdas operacionais ascenderam a 735,1 milhões de euros, apresentado uma diminuição de cerca de 204,8 milhões de euros (-21, 8%). Os proveitos e ganhos operacionais apresentaram a mesma tendência, já evidenciada nos custos, traduzindo-se numa redução dos mesmos em cerca de 182,7 milhões de euros (23,1%). Desta forma apurou-se um resultado líquido de cerca de 39 milhões de euros, que face ao período homólogo apresenta um aumento de praticamente 11 milhões de euros (mais 39%) e um resultado operacional cerca de 55 milhões de euros (+ 22,1 milhões de euros; +67,3%). O total das receitas cobradas, incluindo o saldo inicial, ascende a 829,1 milhões de euros, ascendendo o total das despesas pagas a cerca de 785,8 milhões de euros, pelo que o saldo para a gerência seguinte é cerca de 4,3 milhões de euros. Relativamente à execução orçamental, e no que diz respeito às despesas correntes, as despesas com pessoal que representavam 27,94% do Orçamento Ordinário, tiveram as seguintes taxas de execução: Remunerações Certas e Permanentes: 86,53 % Abonos Variáveis ou Eventuais: 98,18 % Segurança Social: 89,27 % As aquisições de bens e as aquisições de serviços apresentaram uma taxa de execução de 112,20% e de 96,93%, respectivamente. Em relação ao Orçamento Ordinário as mesmas componentes tinham um peso de 39,27% e 3,77%, respectivamente. 129

142 As despesas de capital com um peso de 4,37% no total do Orçamento Ordinário, na sua componente de aquisição de bens de capital apresentaram uma taxa de execução de 107,58%. As transferências de capital que apresentaram execução nas suas quatro áreas - Soc. e quase Soc. Não Financeiras; Administração Central; Administração Local; Instituições sem fins lucrativos tiveram uma taxa de realização de 354,40%. Em termos de receitas correntes, as transferências correntes provenientes da Administração Central Serviços e Fundos Autónomos -, têm um peso de 92,56%, no total do Orçamento Ordinário, apresentando uma taxa de execução de 106,26%. 130

143 CAPÍTULO III. AVALIAÇÃO FINAL

144 2. AUTO-AVALIAÇÃO Na globalidade, os objectivos propostos no QUAR de 2009 da ARSC, foram atingidos ou superados, tendo-se atingido 101,04% na taxa de realização final. Todos os objectivos de eficácia, foram superados, o que levou a uma taxa final de 53/50. Apenas 3 dos 11 indicadores propostos não foram atingidos: Com as dificuldades que se constataram na reforma dos cuidados de saúde primários, verificou-se alguma morosidade na preparação dos planos de acção dos ACES/ULS, compreensível mas de difícil previsão no inicio do ano. As camas de cuidados paliativos em RCCI, na dependência de terceiros e de concursos com forte componente burocrática, encontram-se previstas mas sofreram atraso na abertura. A proporção de primeiras consultas hospitalares ficou ligeiramente aquém das previsões. No que diz respeito aos objectivos de eficiência, 1 foi atingido e 2 não foram atingidos, tendo sido de 23,2/25 a taxa final de eficiência. A taxa de rastreio de retinopatia nos diabéticos e a taxa de rastreio do cancro do colo do útero, que ficaram abaixo dos valores esperados, contribuíram definitivamente para este resultado. Para este facto foi muito relevante a não integração do programa informático no Sistema Informático de Apoio ao Médico (SAM), o que constitui um sério constrangimento à boa prossecução destes programas. Relativamente aos objectivos de qualidade, 2 foram superados, 2 foram atingidos e 1 não foi atingido, obtendo-se uma taxa final de 24,93/25 em qualidade. Apenas o objectivo da cobertura vacinal anti-hpv na coorte de 13 anos ficou aquém do objectivo, embora tenha havido aumento da taxa relativamente a Como menção salientamos a elevada eficácia, o bom desempenho nos critérios de qualidade e um desvio marginal nos parâmetros de eficiência que em muito se ficam a dever a dificuldades de rede de informação a que somos alheios. Consideramos ter havido um desempenho muito positivo por parte da instituição e seus profissionais. Realçamos algumas das referências na audição dos dirigentes intermédios e demais trabalhadores que demonstram a preocupação numa gestão participada e numa cultura de co-responsabilização. 132

145 ANEXOS

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