Poder Judiciário JUSTIÇA FEDERAL Seção Judiciária do Paraná 13ª Vara Federal de Curitiba

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Adelino Figueiredo Veiga
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Poder Judiciário JUSTIÇA FEDERAL Seção Judiciária do Paraná 13ª Vara Federal de Curitiba Av. Anita Garibaldi, 888, 2º andar - Bairro: Cabral - CEP: 80540-400 - Fone: (41)3210-1681 - www.jfpr.jus.

1 Poder Judiciário JUSTIÇA FEDERAL Seção Judiciária do Paraná 13ª Vara Federal de Curitiba Av. Anita Garibaldi, 888, 2º andar - Bairro: Cabral - CEP: Fone: (41) prctb13dir@jfpr.jus.br AÇÃO PENAL Nº /PR AUTOR: PETRÓLEO BRASILEIRO S/A - PETROBRÁS AUTOR: MINISTÉRIO PÚBLICO FEDERAL RÉU: FERNANDO AUGUSTO STREMEL ANDRADE RÉU: JOSE RICARDO NOGUEIRA BREGHIROLLI RÉU: PAULO ROBERTO COSTA RÉU: ALBERTO YOUSSEF RÉU: AGENOR FRANKLIN MAGALHAES MEDEIROS RÉU: JOSE ADELMARIO PINHEIRO FILHO RÉU: MATEUS COUTINHO DE SA OLIVEIRA RÉU: WALDOMIRO DE OLIVEIRA RÉU: JOÃO ALBERTO LAZZARI DESPACHO/DECISÃO Prolatada sentença condenatória no evento 824. Em síntese, foi provado que dirigentes da OAS pagaram R$ ,00 de propina a Diretoria de Abastecimento da Petrobras, em decorrência de contratos de obras celebrados pela empreiteira com a Petrobras, referentes à Refinaria Getúlio Vargas (REPAR) e à Refinaria Abreu e Lima (RNEST). Com a finalidade de conferir aparência lícita à vantagem de indevida, os recursos foram posteriormente submetidos a condutas de ocultação e dissimulação. Teriam eles ainda se associado para a prática de crimes. Em grau de apelo a sentença foi parcialmente reformada pela Egrégia 8ª Turma do Egrégio Tribunal Regional Federal da 4ª Região, em 23/11/2016, por maioria, nos termos do voto do Relator, o Desembargador Federal João Pedro Gebran Neto. 1/5

2 Houve embargos infringentes perante o próprio Tribunal Regional Federal da 4ª Região e que foram improvidos em 01/06/2017. Já houve embargos de declaração contra o acórdão dos infringentes e que foram improvidos em 17/08/2017 Do voto do Relator (evento 81, arquivo voto2, da instância recursal), extrai-se que as condenações restaram assim mantidas: "7.19. A pena de PAULO ROBERTO COSTA pela prática de dois delitos de corrupção passiva, diante do parcial provimento ao apelo do Ministério Público Federal para majorar a pena-base pela culpabilidade e para aplicar a regra do concurso material quanto ao artigo 317 do Código Penal, resulta em 14 (quatorze) anos e 08 (oito) meses de reclusão e 392 dias-multa. Salientado, no entanto, que o tempo máximo da sanção reclusiva que deverá ser cumprido é aquele estabelecido no acordo de colaboração A pena de ALBERTO YOUSSEF pela prática de dois delitos de corrupção passiva e de doze atos de lavagem de dinheiro, diante do parcial provimento ao apelo do Ministério Público Federal para majorar a pena-base pela culpabilidade e para aplicar a regra do concurso material quanto ao artigo 317 do Código Penal, resulta em 26 anos e 10 meses de reclusão, em regime inicialmente fechado, e 940 dias-multa, à razão unitária de 05 salários mínimos vigentes em 05/2012. Salientado, no entanto, que o tempo máximo das penas que deverá ser cumprido é aquele estabelecido no acordo de colaboração As penas de JOSÉ ADELMÁRIO PINHEIRO FILHO e AGENOR FRANKLIN MAGALHÃES MEDEIROS pela prática de dois delitos de corrupção ativa, de doze atos de lavagem de dinheiro e pelo cometimento do crime de organização criminosa, diante do parcial provimento ao apelo do Ministério Público Federal para majorar a pena-base pela culpabilidade e para aplicar a regra do concurso material quanto ao artigo 333 do Código Penal, resulta em 26 anos e 07 meses de reclusão, em regime inicial fechado, e 755 dias-multa, à razão unitária de 05 salários mínimos vigentes ao tempo do último fato delituoso A pena de JOSÉ RICARDO NOGUEIRA BREGHIROLLI, pelo cometimento do delito de pertinência à organização criminosa, diante do parcial provimento do apelo do Ministério Público Federal para majorar a pena-base pela culpabilidade, resulta em 04 anos e 01 mês de reclusão, em regime inicial semiaberto, e 85 dias-multa, à razão unitária de quatro salários mínimos vigentes ao tempo do último fato delitivo A pena de WALDOMIRO DE OLIVEIRA pela prática de doze atos de lavagem de dinheiro resulta em 07 anos e 06 meses de reclusão, a ser cumprido em regime inicialmente semiaberto, e 235 dias-multa, à razão unitária da pena de multa em 1/10 do salário mínimo vigente à época do último fato." Houve ainda absolvições parciais em relação a parte dos acusados e absolvições totais de Fernando Augusto Stremel Andrade e Mateus Coutinho de Sá Oliveira. Constou ainda no acórdão determinação para o início da execução das penas quando esgotada aquela instância: "Considerando o recente posicionamento do Supremo Tribunal Federal acerca da possibilidade de início da execução da pena condenatória após a confirmação da sentença em segundo grau, deverá ser oficiado à origem, tão logo decorridos os 2/5

3 prazos para interposição de recursos dotados de efeito suspensivo, ou julgado estes, para dar início à execução do julgado, ou dos termos de acordo de colaboração, conforme o caso específico de cada condenado." Houve a interposição de recurso especial pelo MPF (evento 128) contra as absolvições de Fernando Augusto Stremel Andrade e Mateus Coutinho de Sá Oliveira e outras questões pontuais. Houve recurso especial por Alberto Youssef (eventos 129, 165), por José Adelmário Pinheiro Filho (eventos 281 e 306), por Agenor Franklin Magalhães Medeiros (evento 313) e por José Ricardo Nogueir Breghirolli (evento 279). Houve recurso extraordinário por José Adelmário Pinheiro Filho (eventos 282 e 310), por Agenor Franklin Magalhães Medeiros (evento 312) e por José Ricardo Nogueira Breghirolli (evento 280. Os recursos aos Tribunais superiores ainda não foram processados. Houve trânsito em julgado para os demais, como Paulo Roberto Costa e Waldomiro de Oliveira. Há uma ordem do Egrégio Tribunal Regional Federal da 4ª Região constante no acórdão da apelação para execução provisória das condenações criminais, quando esgotada a instância no Egrégio Tribunal Regional Federal da 4ª Região e não mais cabíveis recursos com efeitos suspensivos. Essa condição foi implementada. Não cabe a este Juízo discutir a ordem. Agrego apenas que tratando-se de crime de corrupção e de lavagem de R$ R$ ,00, a execução após a condenação em segundo grau impõese sob pena de dar causa a processos sem fim e a, na prática, impunidade de sérias condutas criminais. Ademais, a decisão da Corte de Apelação é consistente com a atual posição do Plenário do Egrégio Supremo Tribunal Federal no HC , j. 17/02/2016, e nas ADCs 43 e 44, j. 05/10/2016. Nas ações declaratórias, o Relator para o acórdão é o Ministro Edson Fachin também prevento no Egrégio Supremo Tribunal Federal para os recursos no âmbito da Operação Lavajato. No habeas corpus, o Relator foi o eminente Ministro Teori Zavascki, sendo, de certa forma, a execução provisória da condenação em segunda instância parte de seu legado jurisprudencial, a fim de reduzir a impunidade de graves condutas de corrupção. Assim e obedecendo à Corte de Apelação, expeça a Secretaria o mandado de prisão para execução provisória das condenações de José Adelmário Pinheiro Filho e de Agenor Franklin Magalhães Medeiros. Observo, por oportuno, que José Adelmário Pinheiro Filho já está recolhido na carceragem da Polícia Federal por prisão preventiva decretada no processo /5

4 Relativamente a José Adelmário Pinheiro Filho e de Agenor Franklin Magalhães Medeiros, reconheci benefícios decorrentes de colaboração na sentença na ação penal , inclusive abrangendo as penas neste feito. Entretanto, a fruição de tais benefícios demanda a confirmação da referida sentença pelo Egrégio Tribunal Regional Federal da 4.ª Região. Não obstante, devido à reconhecida colaboração e para evitar riscos a ambos, deverão ficar recolhidos à prisão junto à carceragem da Polícia Federal em Curitiba. Encaminhem-se os mandados à autoridade policial. Autorizo desde logo o recolhimento na carceragem da Polícia Federal em Curitiba. Relativamente à José Ricardo Nogueira Breghirolli, já que condenado a regime inicial semiaberto, deixo ao Juízo de execução a expedição do mandado de prisão, já que necessário verificar previamente o estabelecimento. Observo que no caso a condenação é provisória. Relativamente à Waldomiro de Oliveira, já recolhido à prisão por força da condenação transitada em julgado na ação penal , deixo ao Juízo de execução a expedição do mandado de prisão, já que necessário realizar a unificação das penas e verificar o estabelecimento no qual foi recolhido (aparentemente Centro de Triagem de Campo Lindo Paulista/SP). Observo que no caso a condenação é definitiva. Encaminhe-se a guia para juntada na execução penal Expeçam-se as guias de execução provisórias para José Adelmário Pinheiro Filho, Agenor Franklin Magalhães Medeiros e José Ricardo Nogueira Breghirolli, e definitiva para Waldomiro de Oliveira, encaminhando-as ao Juízo da execução. Quanto às guias de execução dos colaboradores, de Alberto Youssef e de Paulo Roberto Costa, verifique e certifique a Secretaria se já houve expedição com base na condenação em primeira instância. Em caso positivo, expeçam-se novas, substituindo aquelas, já que houve alteração das penas e condenações, juntando nos acordos de colaboração para decisão quanto ao melhor encaminhamento. Ciência ao MPF, ao Assistente de Acusação e às Defesas. Curitiba, 13 de setembro de Documento eletrônico assinado por SÉRGIO FERNANDO MORO, Juiz Federal, na forma do artigo 1º, inciso III, da Lei , de 19 de dezembro de 2006 e Resolução TRF 4ª Região nº 17, de 26 de março de A conferência da autenticidade do documento está disponível no endereço eletrônico mediante o preenchimento do código verificador v13 e do código CRC 394b7fa9. 4/5

5 Informações adicionais da assinatura: Signatário (a): SÉRGIO FERNANDO MORO Data e Hora: 14/09/ :54: V13 SFM FCM 5/5

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