RELATÓRIO DA CAMPANHA PREVINA-SE CENTRO DE NEFROLOGIA DE CANINDÉ - CNC
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- Iago Balsemão Aires
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1 RELATÓRIO DA CAMPANHA PREVINA-SE CENTRO DE NEFROLOGIA DE CANINDÉ - CNC Na semana de 23 a 27 de abril de 2012 foi realizada a primeira campanha PREVINA-SE do Centro de Nefrologia de Canindé - CNC, em alusão ao Dia Mundial de Combate a Doença Renal. Decidimos realizar a campanha nesta semana, com o objetivo de contar com o apoio logístico da Secretaria Municipal de Saúde de Canindé, que no mesmo período, estava realizando a Campanha para a prevenção da Hipertensão e Diabetes, principais fatores de risco para o surgimento de doenças renais. Desta forma, ambas as instituições puderam congregar esforços para levar informação a um número maior de pessoas, evidência constatada no fato de que todo o material cedido pela Sociedade Brasileira de Nefrologia (SBN), foi distribuído a população. Estima-se que em todo o município pelo menos 2960 (duas mil novecentas e sessenta) pessoas foram atendidas. Como estratégia de abordagem, foram montados Stands nos locais de maior movimentação da cidade, sendo que cada um, possuía pelo menos dois Técnicos/Auxiliares de Enfermagem e um Enfermeiro, além de divulgação da campanha em rádios locais e carro de som. A equipe de profissionais do CNC participou da campanha no stand montado em frente a clínica, que funcionou no período da manhã e atendeu a 442 (quatrocentas e quarenta e duas) pessoas. Foram realizados exames de aferição de pressão arterial, glicose (glicosímetro), conferência de peso e altura. Para a coleta de dados e orientação, em nosso stand, foi utilizado o formulário oficial da campanha PREVINA-SE. Os pacientes atendidos no stand do CNC, que apresentavam pelo menos um fator de risco¹, foram orientados a procurar auxílio profissional nos diversos serviços oferecidos pela rede municipal de saúde, tais orientações incluíam, a participação em grupos de atividade física e a procura por profissional habilitado para elaboração de dieta, também foram realizados encaminhamentos para atendimento médico imediato. Os dados coletados por meio do formulário da campanha PREVINA-SE, foram tabulados e nos permitiram chegar aos números apresentados nos gráficos abaixo. Cabe ressaltar que a tabulação destes dados e as observações realizadas a seguir, são parte dos esforços do CNC em obter e produzir conhecimento sobre a população atendida no município de Canindé, desta forma, somos conscientes de que respostas definitivas sobre o assunto deverão ser constituídas a partir de um estudo mais aprofundado sobre o tema. Vale acrescentar ainda que para este breve estudo, consideramos apenas os fatores de risco que necessitaram de atendimento médico imediato ou que já estavam sendo acompanhados pelo Programa Saúde da Família. ¹ Para este estudo foram considerados como fator de risco, apenas aqueles que exigiam atendimento médico em tempo breve. Casos de PA superior a 150X100 mmhg, resultado de exame de Glicose superior a 150 mg/dl ou obesidade mórbida.
2 GRÁFICO 1 GRÁFICO 2 GRÁFICO 3 GRÁFICO 4 O primeiro dado que despertou nossa atenção foi a disparidade entre a quantidade de homens e de mulheres atendidas em nosso Stand durante a campanha (GRÁFICO 1), sendo 68% do sexo feminino e 32% do sexo masculino. Em todas as faixas etárias o número de mulheres atendidas foi, no mínimo, 95% superior ao de homens. que: Esta disparidade não permaneceu a medida em que os dados se desdobram, já a) Conforme o GRÁFICO 2, a diferença entre os sexos que era de 35% no GRÁFICO 1, diminuiu para 21%, das 127 pessoas que apresentavam fator de risco, 61% eram do sexo feminino e 39% do sexo masculino; b) No GRÁFICO 3, em que estão as pessoas que apresentaram fator de risco e foram encaminhadas para atendimento médico, obtivemos uma inversão de tendência, na qual o número de homens superou o número de mulheres. Proporcionalmente (Total Pessoas atendidas por sexo X Pessoas com fator de risco encaminhadas ao médico por
3 sexo) 8 % das mulheres e 18 % dos homens necessitaram de atendimento médico imediato. Ao nosso modo de ver, tais dados reforçam a tese de que o conhecimento preventivo influencia diretamente no controle do desenvolvimento de doenças renais. Tornase nítido que a proporção entre homens e mulheres nos GRÁFICOS 1 e 3, diminui drasticamente, refletindo o fato de que ao buscar informação, as mulheres, pelo menos em nosso estudo, conseguem identificar precocemente fatores de risco, evitando assim o desenvolvimento de quadros que poderiam ser prevenidos. Este argumento ganha força quando observarmos por um lado, os dados do GRÁFICO 4, que neste estudo é visto como o quadro ideal (pessoas que possuem fator de risco e já estão sendo acompanhadas por um médico), em que das 76 (setenta e seis) pessoas com fator de risco, 52 (cinqüenta e duas) ou 69 % do total são do sexo feminino e por outro lado, quando cruzamos as informações dos GRÁFICOS 3 e 4, em que o número de mulheres com fator de risco já atendidas por um médico é duas vezes maior do que o daquelas que ainda não identificaram tais alterações clínicas, situação totalmente oposta ao que foi visto nos homens em que ambos os gráficos apresentaram um quantitativo semelhante. Incorporando dados de atendimento do CNC nesta pesquisa, em que do total de pacientes que fazem hemodiálise, 68 % são do sexo masculino e 39 % são do sexo feminino, somados aos dados do Censo de Diálise SBN 2011, em que a distribuição de pacientes em diálise por sexo apontam para 42,7 % do sexo feminino e 57,3 % do sexo masculino, acreditamos não restar margem de dúvida para a íntima relação, pelo menos em nossa realidade, entre a busca e disseminação de conhecimento com caráter preventivo e o surgimento da doença renal. Outro dado que nos chamou a atenção foi o de que a procura pelo stand foi maior pelo público com idade superior a 50 anos. Levando-se em conta as informações do GRÁFICO 2, em que o total de pessoas com fator de risco aumenta conforme a faixa etária e do GRÁFICO 1, em que o menor índice de procura foi o das pessoas com idade entre 18 a 30 anos, hipoteticamente, podemos colocar que por não manifestarem sintomatologia, os mais jovens não estabelecem relação entre seus hábitos atuais com o surgimento de doenças futuras. Embora não tenham sido computados nos gráficos, apenas 12 pessoas com idade inferior a 18 anos, procuraram o stand, sendo que nenhuma apresentava fator de risco. Mesmo correndo o risco de adotar um discurso repetitivo, ao mesmo tempo em que reafirmamos nossa posição de crer que tais observações e hipóteses, somente poderão ser confirmadas de modo definitivo em um estudo mais aprofundado e com maior rigor científico, deixamos tais dados disponíveis para que sejam analisados e considerados em campanhas futuras. O conhecimento adquirido neste trabalho reforça e motiva a intenção do Centro de Nefrologia de Canindé, em continuar fornecendo conhecimento ao público geral sobre a prevenção de doenças renais.
4 Gostaríamos de encerrar nosso relatório, prestando nossos mais sinceros agradecimentos a todos os funcionários do CNC, a Sociedade Brasileira de Nefrologia pelo brilhante material de orientação cedido e a Secretaria Municipal da Saúde de Canindé, parceiros sem os quais não conseguiríamos atingir os resultados alcançados. Canindé, 30 de Abril de 2011 CENTRO DE NEFROLOGIA DE CANINDÉ IMAGENS DO STAND DO CNC
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CNC-CENTRO DE NEFROLOGIA DE CANINDÉ
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