DEPOIS DA TEMPESTADE 09 de Abril de Cena rio Global se Tornando mais Desafiador 2. Depois da tempestade, vem a... chuva 4

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1 DEPOIS DA TEMPESTADE 09 de Abril de 2018 Suma rio Cena rio Global se Tornando mais Desafiador 2 Depois da tempestade, vem a... chuva 4 Rentabilidade e Atribuiça o de Performance 6 Contato, Localizaça o e Disclaimer 7

2 Cena rio Global se Tornando mais Desafiador CENÁRIO GLOBAL O processo de normalizaça o das condiço es financeiras segue nos paıśes desenvolvidos e a reduça o da liquidez global deve se intensificar a partir de Com a economia no pleno emprego e a inflaça o na meta, o Fed deve seguir implementando altas na taxa de juros e levar a polı tica moneta ria para patamar restritivo, acima de 3%. Na Europa, os dados indicam um segundo semestre mais forte. Isso foi o suficiente para o ECB anunciar a data final para o programa de compra de ativos ja na u ltima reunia o. Outros bancos centrais esta o caminhando na mesma direça o, com altas de juros projetadas para o futuro pro ximo. A reto rica protecionista piorou nas u ltimas semanas. O foco de Trump segue na China, mas discusso es em torno de tarifas sobre automo veis ameaçam a relaça o dos EUA com a Unia o Europeia, Japa o, dentre outros. O governo Chine s assumiu uma postura mais expansionista, o que deve impulsionar a economia no segundo semestre. A desvalorizaça o ra pida do Yuan preocupa, mas na o acreditamos numa espiral de piora similar a O cena rio global de liquidez ampla foi um dos principais responsa veis pela performance positiva dos ativos de risco nos u ltimos anos. Contudo, o ambiente esta se tornando cada vez mais adverso devido a normalizaça o das condiço es financeiras pelos bancos centrais do mundo desenvolvido. Com o Fed caminhando com a reduça o do seu balanço, o ECB anunciando o fim do programa de compra de ativos, esperamos que este processo de reduça o da liquidez global deve se intensificar a partir de 2019 (tabela 1). Ale m do Fed e do Banco Central Europeu, outros bancos centrais esta o caminhando na mesma direça o, com altas de juros projetadas para o segundo semestre. Nos EUA, os dados seguem sugerindo continuidade do crescimento so lido e queda na taxa de desemprego, que ja se encontra abaixo do equilı brio (gra fico 1). Adicionalmente, os dados de inflaça o seguem em alta e o nu cleo do PCE (Price Consumption Expenditure me trica de inflaça o dos EUA) atingiu 2% na u ltima divulgaça o (gra fico 2). Diferentemente do que observamos nos u ltimos anos, a barra para o Fed interromper o processo de normalizaça o e muito mais alta hoje. Em suma, com a economia no pleno emprego e a inflaça o na meta, o Fed deve seguir implementando altas na taxa de juros e levar a polı tica moneta ria para patamar restritivo, acima de 3%. Tabela 1: Redução da liquidez global Fonte: Fed, ECB, BoE, BoJ e Garde Research Team Gráfico 1: Economia americana em pleno emprego Fonte: BLS e Federal Reserve 2

3 Na Europa, os dados de atividade ja esta o sinalizando uma retomada da economia no segundo trimestre e os dados de inflaça o seguem numa trajeto ria de converge ncia para a meta de perto mas abaixo de 2% (gra fico 3). Isso ja foi o suficiente para o ECB anunciar a data final para o fim do seu programa de compra de ativos, que seguira num ritmo menor somente ate o final deste ano. Adicionalmente a esse anu ncio, o ECB surpreendeu o mercado com uma sinalizaça o mais dovish em relaça o a s taxas de juros, sugerindo estabilidade em patamar negativo ate o final do vera o do ano que vem (setembro de 2019 no hemisfe rio norte). Outro risco importante e a reto rica protecionista do governo norte americano, que vem piorando nas u ltimas semanas. O foco de Trump segue sobre a China, com uma nova rodada de tarifas sobre US$34 bilho es de produtos começando a partir do dia 6 de julho. Contudo, novas discusso es em torno de tarifas sobre as importaço es de automo veis ameaçam a relaça o dos EUA com Unia o Europeia, Japa o, Core ia do Sul, dentre outros. Essa dina mica deve continuar pelo menos ate as eleiço es americanas no final deste ano, o que deve contribuir para um cena rio mais adversos em termos globais. Por fim, na China, os PMIs de junho seguem sugerindo continuidade do ritmo forte de atividade. Adicionalmente, verificamos uma postura mais expansionista do governo chine s nas u ltimas semanas, anunciando injeço es de liquidez na economia e cortes de compulso rios. Isso deve garantir um desempenho positivo da economia pelo restante do ano. Para o me dio prazo, esperamos uma desaceleraça o controlada da economia, devido a transiça o para o setor de serviços. A desvalorizaça o ra pida do yuan nas u ltimas semanas ajudou a impulsionar a performance negativa de moedas emergentes (gra fico 4). Esse movimento gera preocupaça o, especialmente em meio a s discusso es sobre tarifas e restriço es de investimento. Essa dina mica pode se estender, refletindo a postura mais dovish do governo, contudo, na o acreditamos numa espiral de piora similar a Em suma, a continuidade do processo de reduça o da liquidez global e o risco gerado pela reto rica protecionista de Trump devem seguir contribuindo para um ambiente global mais adverso. Nesse cena rio, e possı vel que vejamos mais pressa o sobre paıśes emergentes, em especial os mais fra geis pela o tica externa e com fundamentos piores. Gráfico 2: Inflação dos EUA na meta Fonte: BLS e Federal Reserve Gráfico 3: : Inflação da Zona do Euro na meta Fonte: Eurostat e ECB Gráfico 4: Depreciação rápida do yuan Fonte: Bloomberg 3

4 Rentabilidade e Atribuição de Performance Depois da tempestade, vem a... chuva CENÁRIO DOMÉSTICO Greve dos caminhoneiros revela efeitos diretos na atividade de junho que devera o ser em grande medida tempora rios. No entanto, a queda da confiança e aperto das condiço es financeiras devera o ter efeitos recessivos mais permanentes; Atividade mais fraca, aliada a medidas menos fiscalmente responsa veis por parte do governo e do Congresso, revelam menor folga para cumprimento da meta fiscal neste ano. Ainda assim, nossa maior preocupaça o e de me dio e longo prazo, sobre a sustentabilidade da dı vida a depender das hipo teses adotadas; Incerteza polı tica ganha releva ncia nesse ambiente de fragilidade fiscal e esse ambiente mais desafiador devera permanecer nas pro ximas semanas. Cena rio de inflaça o devera continuar favora vel conforme a dissipaça o dos efeitos da greve ocorra. Mesmo incorporando a grande depreciaça o cambial, a maior folga no hiato mante m um cena rio de inflaça o favora vel para 2019, o que devera permitir o Banco Central na o subir juros no curto-prazo. Na Carta passada discutimos os efeitos da greve dos caminhoneiros e suas conseque ncias sobre o cena rio dome stico, na o apenas em relaça o a economia, mas tambe m sobre o cena rio polı tico. A começar pela produça o industrial, os primeiros dados sobre maio mostraram uma forte queda na atividade econo mica (ver gra fico 5). Ainda que parte desse tombo deva ser devolvida nos meses subsequentes (junho e julho), os efeitos secunda rios de queda da confiança dos agentes e aperto das condiço es financeiras devera o ser mais permanentes, motivo pelo qual reforçamos nossa projeça o de PIB de 1.6% este ano. Os efeitos fiscais, no entanto, ainda na o apareceram diretamente nos dados vide que a arrecadaça o de maio divulgada na o mostrou nenhum efeito atıṕico. No entanto, tanto a atividade mais fraca como as medidas anunciadas pelo governo para reduça o do preço do diesel e as medidas fiscalmente populistas do Congresso consumiram a folga do resultado prima rio projetado em relaça o a meta de R$ 159 bilho es de de ficit. Nossa maior preocupaça o, entretanto, recai sobre as perspectivas fiscais de longo prazo, mais especificamente, a sustentabilidade da dı vida bruta. Nesse sentido, mostramos no gra fico 6 que, a depender das hipo teses adotadas, podemos facilmente cair em trajeto rias na o convergentes de dı vida, o que demonstra a fragilidade da nossa situaça o fiscal. Portanto, a importa ncia de um pro ximo governo responsa vel que consiga avançar na agenda de reformas, principalmente, na reforma da previde ncia ganha ainda mais importa ncia. Gráfico 5: Choque da greve dos caminhoneiros sobre a produção industrial. Fonte: IBGE 4

5 Conforme temos discutido, a visibilidade do cena rio eleitoral continua baixıśsima gerando enorme incerteza. As pesquisas ate o momento na o te m mostrado grandes variaço es e nem representam fielmente o ambiente que provavelmente teremos nas eleiço es. Isso ocorre porque as definiço es das candidaturas e alianças ocorrera o somente no começo de agosto. Portanto, seguiremos por algumas semanas sem grandes novidades, mas segundo ja explicitamos aqui, apo s a abertura da Caixa de Pandora na greve dos caminhoneiros, mantemos uma visa o mais pessimista tanto do lado da demanda do eleitorado como pela oferta dos candidatos. Do lado da inflaça o, seguimos confiantes na temporariedade dos efeitos da greve, o que tem sido reforçado pelo recuo das coletas de preços mais recentes. Principalmente no que diz respeito aos preços de alimentos e combustı veis, que foram mais afetados durante a greve, o recuo visto na margem tem surpreendido pela sua velocidade. Por outro lado, na o podemos ignorar os efeitos da forte desvalorizaça o cambial vista ate o momento, motivo pelo qual revisamos nossa projeça o de inflaça o para 4% este ano. No entanto, para 2019, o horizonte relevante para a polı tica moneta ria, consideramos que o efeito inflaciona rio do ca mbio sera em grande medida compensado pelo efeito contra rio do hiato do produto mais aberto. Assim, mantemos a projeça o para a inflaça o em 2019 abaixo da meta (4.1%) e na o acreditamos que o BC ira subir juros no curto prazo, justamente pelo espaço no cena rio de inflaça o para melhor avaliar os efeitos prima rios e secunda rios advindos dos choques recentes. Por fim, o balanço de pagamentos segue muito robusto, mas os fatores dome sticos e externos que tem afetado os preços de ativos, principalmente a taxa de ca mbio, te m apresentado uma tende ncia de piora nos u ltimos meses. Tanto o cena rio de do lar mais forte nos EUA (gra fico 7) e o ambiente de reduça o de liquidez como a queda dos preços de commodities (gra fico 8) relevantes para nossa pauta de exportaça o te m revelado um ambiente externo mais desafiador. Ao mesmo tempo, as dificuldades do nosso cena rio econo mico em meio a uma grande incerteza eleitoral mante m o vie s mais negativo com a dina mica esperada para as pro ximas semanas. Gráfico 6: Evolução da dívida bruta para diversas hipóteses Fonte: IBGE / Projeções: Garde Asset Gráfico 7 Fonte: Bloomberg Gráfico 8 Fonte: Bloomberg 5

6 Rentabilidade e Atribuiça o de Performance 100% D'Artagnan FIC CDI IHFA 80% 60% 40% 20% 0% Jan Fev Mar Abr Mai Jun Jul Ago Set Out Nov Dez Ano % CDI % CDI % CDI % CDI % CDI Fundo % CDI 12 Meses Meses Meses Meses Acum. Fdo.¹ Início do fundo 06/12/2013; 2 IHFA: Índice de Hedge Funds da Anbima 1.4% 1.2% 1.0% 0.8% 0.38% Atribuição de Performance - Junho/ % 0.16% 0.01% 0.05% 0.06% 0.07% 0.15% CDI 0.93% 4.0% 3.5% 3.0% 2.5% Atribuição de Performance - Ano 0.36% 0.10% 0.12% 0.18% 3.18% 0.53% 0.78% CDI 0.6% 0.52% 2.0% 1.5% 0.94% 0.4% 1.0% 0.98% 0.2% 0.5% 0.0% Caixa Equities F/X BRL Cupom Cambial Juros Inflacao Global Rates Moedas Despesas Total 0.0% -0.5% Caixa Juros Global Rates Cupom Cambial Equities Inflacao Moedas F/X BRL Despesas 0.09% Total 6

7 Contato e Localizaça o CONTATO Tel +55 (11) / clientes@gardeam.com.br Av. Magalha es de Castro, º andar - Edifıćio Park Tower Marginal Pinheiros - Sa o Paulo / SP DISCLAIMER Este documento foi produzido pela Garde Asset Management Ltda. ( Garde ) com fins meramente informativos não se caracterizando como oferta ou solicitação de investimento ou desinvestimento em títulos e valores mobiliários. Apesar do cuidado utilizado tanto na obtenção quanto no manuseio das informações apresentadas, a Garde não se responsabiliza pela publicação acidental de informações incorretas, nem tampouco por decisões de investimento tomadas com base nas informações contidas neste documento, as quais podem inclusive ser modificadas sem comunicação. A Garde não assume qualquer compromisso de publicar atualizações ou revisões dessas previsões. A rentabilidade divulgada já é líquida das taxas de administração, de performance e dos outros custos pertinentes aos fundos. A rentabilidade divulgada não é líquida de impostos. Valor da cota, patrimônio e rentabilidade são divulgados diariamente em jornal de grande circulação. Fundos de investimento não contam com garantia do administrador do fundo, do gestor da carteira, de qualquer mecanismo de seguro ou, ainda, do Fundo Garantidor de Créditos - FGC. A rentabilidade passada não constitui garantia nem promessa de rentabilidade futura. É recomendada a leitura cuidadosa do prospecto e regulamento dos fundos de investimento pelo investidor ao aplicar seus recursos. Os fundos utilizam estratégias com derivativos como parte integrante de suas políticas de investimento, as quais, da forma como são adotadas, podem resultar em significativas perdas patrimoniais para seus cotistas podendo inclusive acarretar perdas superiores ao capital aplicado e a consequente obrigação do cotista de aportar recursos adicionais para cobrir o prejuízo dos fundos. Estes fundos têm menos de doze meses, para avaliação da performance de um fundo de investimento, é recomendável a análise de, no mínimo, doze meses. Informações relativas aos horários, valores máximos e mínimos, prazo de carência, conversão e liquidação para movimentações, taxas de administração, performance, entrada e saída cabíveis aos fundos, tratamento tributário perseguido, utilização de derivativos, aquisição de ativos negociados no exterior, concentração de poucos emissores de ativos de renda variável, entre outras informações poderão ser adquiridas em documentos específicos tais como: Prospectos, Lâminas e Tabela resumo referente as características gerais dos fundos mútuos, ou através do site 7