Palavras-chave: Estimulação Elétrica no Córtex Cerebral, Estimulação Magnética Transcraniana, Neuromodulação, Mapeamento Cerebral.

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1 O Potencial das Estimulações: Transcraniana por Corrente Contínua e Magnética Transcraniana a serem aplicadas à Reabilitação Neurofuncional. Rafael Leite Ribeiro Neto 1 Orientador: Dr.Giulliano Gardenghi, 2 Resumo: A Estimulação Transcraniana por Corrente Contínua (ETCC) e a Estimulação Magnética Transcraniana (EMT) são técnicas de estimulações cerebrais não invasivas, com grande potencial para reabilitação neurofuncional, que têm despertado o interesse de neurocientistas e profissionais das ciências biomédicas básicas e aplicadas nos últimos anos. Comprova-se isso pelo número expressivo e crescente de livros e artigos científicos a respeito deste assunto, até então publicados. Portanto, este artigo tem por objetivo apresentar uma revisão histórica e abrangente para gerar mais discussão sobre o potencial destas duas técnicas de estimulações cerebrais não invasivas na reabilitação neurofuncional, utilizando como metodologia, a busca de artigos publicados de 1950 a 2015 em bibliotecas virtuais e outras bases de dados especializadas, bem como as regulamentações do Conselho Federal de Fisioterapia, do Conselho Federal de Medicina e da Food and Drugs Administration (FDA). Em conclusão, na prática clínica e pré-clínica, a ETCC e a EMT têm apresentado resultados promissores no tratamento de síndromes, doenças e traumas neurológicos, tais como, Acidente Vascular Encefálico (AVE), Traumatismo Crânio Encefálico (TCE), Parkinson, além de auxiliar em diagnósticos, por meio de mapeamento cerebral-cirúrgico. Palavras-chave: Estimulação Elétrica no Córtex Cerebral, Estimulação Magnética Transcraniana, Neuromodulação, Mapeamento Cerebral. Abstract: Transcranial Stimulation Direct Current (ETCC) and Transcranial Magnetic Stimulation (TMS) techniques are non-invasive brain stimulation, with great potential for neurofuncionnal rehabilitation, which have aroused the interest of neuroscientists and experts in the basic biomedical sciences and applied in the last years. It proves that the significant and growing number of books and scientific articles on this subject, previously published. Therefore, this article aims to present a historical and comprehensive review to generate more discussion about the potential of these two techniques of non-invasive brain stimulation in neurofuncionnal rehabilitation, using as methodology, the search for articles published from 1950 to 2015 in virtual libraries and other specialized databases, as well as the regulations of the Federal Physiotherapy Council, the Federal Council of Medicine and the Food and Drugs Administration (FDA). In conclusion, in the clinic and pre-clinic, ETCC and EMT have shown promising results in the treatment of syndromes, neurological diseases and traumas, such as stroke, Traumatic Brain Injury (TBI), Parkinson's, as well aid in diagnosis through-surgical brain mapping. Keywords: Electrical stimulation in the Cerebral Cortex, Transcranial Magnetic Stimulation, Neuromodulation, Brain Mapping. 1 Fisioterapeuta, pós-graduando em Fisioterapia Neurológica pelo Ceafi-Go. 2 Orientador Doutor em Ciências na Área de Concentração: Cardiologia, pela Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo (2006).

2 INTRODUÇÃO Entre as técnicas de estimulação cerebral não-invasivas com grande potencial para a reabilitação neurofuncional, duas em especial, têm despertado os interesses de pesquisadores e profissionais das ciências biomédicas básicas e aplicadas: a Estimulação Transcraniana por Corrente Contínua (ETCC) e a Estimulação Magnética Transcraniana (EMT). A ETCC faz uso de dois eletrodos de borracha ou silicone (cátodo e ânodo), um gerador alimentado por bateria, produz uma corrente contínua com amplitude de 1,5 à 2mA 1. A EMT faz uso de um equipamento composto por uma bobina ligada por cabos onde passa uma corrente elétrica que gera um campo eletromagnético variável, na ordem de dois teslas sobre o crânio e região cortical do paciente. Na ETCC os dois eletrodos são presos na cabeça do paciente, enquanto na EMT a bobina é posicionada sobre a mesma conforme região cortical pretendida e objetivo terapêutico 2. O interesse pelo uso pré-clínico e clínico dessas duas técnicas para diagnóstico e tratamento de patologias neurológicas como Acidente Vascular Encefálico (AVE), Parkinson, demências, entre outras, comprova-se pelo número crescente de estudos publicados nos últimos anos em jornais, revistas e plataformas especializadas 3. O Conselho Federal de Medicina (CFM) autorizou, no primeiro semestre de 2012, o uso clínico da EMT para diagnóstico (mapeamento cerebral), tratamento de depressão e alucinações auditivas, contudo, o uso terapêutico da EMT foi considerado relevante para outros transtornos neuropsiquiátricos como: estresse pós-traumático, drogadição, Parkinson, espasticidade, epilepsia, reabilitação motora de membro superior (mão) pós-ave e combate à dores 4. O Conselho Federal de Fisioterapia e Terapia Ocupacional (COFFITO) também reconhece ambas as técnicas para diagnóstico e tratamento fisioterapêutico como: controle da dor, melhora da função sensório-motora e cognitiva 5. Como justificativa, as técnicas de ETCC e EMT, aplicadas em distintas áreas do cérebro a serem ativadas ou inibidas em níveis corticais, podem causar efeitos subcorticais, abrangendo vias glutamatérgicas e fatores neurotróficos derivados do cérebro (BDNF), com efeitos neuromoduladores, promovendo potencialização de longa duração (LTP) ou depressão de longa duração (LTD). Tais 2

3 efeitos contribuíram para o crescente interesse dos profissionais das ciências biomédicas básicas e aplicadas e para o reconhecimento do COFFITO e CFM, de ambas abordagens terapêuticas, ETCC e EMT, para uso pré-clínico e clínico. Esse artigo tem por objetivo, apresentar uma revisão histórica e abrangente da literatura, provocando mais discussão sobre o potencial da ETCC e EMT na reabilitação neurofuncional. METODOLOGIA Trata-se de um estudo de revisão de literatura onde foram utilizados artigos que fazem parte da história da criação e desenvolvimento da estimulação elétrica e magnética transcraniana, publicados em português e inglês, em jornais e revistas, disponíveis em bibliotecas virtuais e outras bases de dados especializadas como: Scielo, Bireme e Pubmed, entre os anos de 1950 a Para a busca, foram utilizadas como palavras chave, estimulação elétrica no córtex cerebral, estimulação magnética transcrania, mapeamento cerebral e neuromodulação, de forma isolada ou em cruzamentos. Foram encontrados um livro e 135 artigos relacionados com o tema de interesse, destes, após leitura dos resumos, foram selecionados 128 artigos para serem lidos na íntegra, dos quais 58 artigos e o livro foram utilizados para a confecção da presente revisão. RESULTADOS E DISCUSSÃO Estimulação cerebral não invasiva usada de forma terapêutica ao longo da história. A literatura médica registra em d.c, uso de peixes elétricos enrolados sobre a cabeça de pacientes para que as descargas elétricas causassem efeitos entorpecentes no tratamento das dores de cabeça 6. No Império Muçulmano ( ) o médico, Ibn-Sidah sugeriu o uso do peixe torpedo para tratamento de crises convulsivas. Apesar de fazerem uso de correntes elétricas de forma 3

4 terapêutica, os pesquisadores, até então, não possuíam meios de quantificação das descargas dos peixes-elétricos a serem administradas nos pacientes. A quantificação e o controle das descargas elétricas sobre os indivíduos, passaram a ser possíveis somente após as descobertas de Alessandro Volta, em 1800, que criou a pilha voltaica; mas foram Giovanni e Aldini, no início do século XIX, que conduziram experimentos na Universidade de Bolonha, com estimulação elétrica cerebral em cadáveres, fazendo uso de pilhas voltaicas na estimulação do córtex cerebral obtendo contrações musculares conforme áreas motoras estimuladas. Aldini observou que as contrações musculares expressadas em uma hemiface eram geradas por estímulos no córtex contralateral, porém, não aprofundou seus estudos quanto a localização anatômica 7. Na década de 60 houve importantes avanços nas pesquisas com estimulação cerebral para patologias, a exemplo de Parkinson, mas as pesquisas farmacológicas fizeram consideráveis avanços como a criação da L-dopa e outros fármacos, inibindo as pesquisas de estimulações elétricas 8. Apesar da relevância terapêutico-farmacológica, surgiram os efeitos adversos leves, moderados, graves e não-específicos, casos em que os fármacos não respondiam ao tratamento 9. Com essa lacuna, buscaram-se investigar técnicas de estimulações elétricas nãoinvasivas visando à modulação cerebral, com efeito terapêutico em patologias neurológicas como demências, Parkinson, Acidente Vascular Encefálico (AVE), entre outras, evidenciando assim, as duas principais técnicas de neuromodulação com respaldo da neurociência: a Estimulação Magnética Transcraniana (EMT), Anthony Barker e a Estimulação Transcraniana por Corrente Contínua (ETCC) com Priori em 1998, Nitsche e Paulus em 2000, que buscavam resultados duradouros para aplicabilidade clínica focal, alternativa quanto à estabilidade neuronal, menos agressiva do que o antigo tratamento de choque, hoje conhecido como Eletroconvulsoterapia (ECT) 11. Eles verificaram que os efeitos eram dependentes da polaridade aplicada, que a aplicação anódica (positiva) aumentava a excitabilidade cortical, enquanto que a catódica (negativa) reduzia a excitabilidade 12. Os primeiros estudos foram realizados em voluntários sadios, fazendo uso da EMT no córtex motor para obtenção da quantificação dos efeitos da ETCC 13. 4

5 No entendimento de Machado et al. (2011), a AMT tem o seu início através do processo na indutância descoberta por Michael Faraday em 1838, o qual objetivava compreender o comportamento da energia elétrica no escalpo, de forma indolor, mediante procedimentos inerentes à estimulação elétrica percutânea direta. Desde a sua introdução, o uso da EMT em neurofisiologia clínica, neurologia, neurociência e psiquiatria, vêm crescendo amplamente, principalmente em pesquisas clínicas. Essa técnica envolve o posicionamento de uma bobina feita de fios de cobre no escalpo e a passagem de uma poderosa corrente de transição rápida através dela. Essa corrente produz um campo magnético que passa sem dificuldade e relativamente indolor através dos tecidos da cabeça 14. O local de estimulação de uma fibra nervosa é o ponto ao longo do seu comprimento que ao utilizar uma corrente suficiente provoca a despolarização através da sua membrana. A capacidade da EMT de despolarizar neurônios depende da função de ativação, que causa o fluxo da corrente transmembrana e pode ser descrita matematicamente como a derivação espacial do campo elétrico sobre o nervo. Dessa forma, a estimulação irá se localizar no ponto que a derivação espacial do campo elétrico é máxima 15. A indução eletromagnética (campo magnético produzido pela passagem de uma corrente elétrica), descoberto por Michael Faraday, 1831/ , deu origem a primeira observação clínica de estimulação eletromagnética cerebral, feita pelo físico e médico francês D Arsonval, Após aplicação de campos eletromagnéticos fortes, os pacientes descreveram fosfenos e vertigens 17. Porém a EMT e o primeiro equipamento estimulador foram desenvolvidos por Anthony Barker e Reza Jalinous em Barker era chefe de departamento da universidade de Sheffield da Inglaterra e Jalinous, estudante de graduação. Eles pesquisavam a estimulação elétrica periférica como alternativa ao antigo tratamento de choque (atual Eletroconvulsoterapia) 18. Barker e Jalinous aplicaram uma bobina sobre o escalpo suprajacente ao córtex motor de Merton que era pesquisador do Hospital for Mental Diseases, Londres e registraram potenciais de ação do abdutor do dedo mínimo contralateral de modo confortável, despertando interesse de pesquisadores 19. Barker e sua equipe construíram outros estimuladores na própria universidade de Shenffield para uso clínico, distribuídos para cinco grupos, do Reino 5

6 Unido e Estados Unidos, porém, em 1990, só duas equipes, uma na Inglaterra e outra nos EUA, estudavam a técnica 20. Constatou-se através dos estudos que três fatores influenciam o efeito da EMT: frequência, intensidade e duração da estimulação. Devido a isso, é muito importante especificar todos os parâmetros quando são descritos os resultados de qualquer experimento de EMT 3,8. Em geral, quando os pesquisadores utilizam estimulação de alta frequência, eles se referem a frequências de cerca de 5 Hz ou acima, e estimulação de baixa frequência, quando se referem a frequências de cerca de até 1 Hz. Com relação à força da estimulação, a EMT em qualquer intensidade maior que 10% acima do limiar do potencial evocado motor ( PEM ) no músculo relaxado é rotulada como estimulação de alta intensidade. Altas frequências de EMT, especialmente em altas intensidades de estimulação, levam a efeitos posteriores que facilitam a excitabilidade córtico-espinal 21. A EMT envolve a estimulação do córtex por intermédio de um trem de pulsos magnéticos em frequências entre 1Hz e 50Hz, ao passo que a EMT de pulso-simples, possui uma frequência de estimulação menor, ou igual a 1 Hz 22. Quanto mais alta a frequência e a intensidade de estimulação, maior será a interrupção da função cortical durante a estimulação. No entanto, depois desses efeitos imediatos durante a aplicação de EMT, um trem de pulsos de estimulação repetitiva também pode induzir a modulação da excitabilidade cortical. Esse efeito pode variar da inibição até a facilitação, dependendo dos parâmetros da estimulação adotados. Frequências mais baixas de EMT, em cerca de 1 Hz, podem suprimir a excitabilidade do córtex motor, enquanto que as mais altas, por exemplo, 20 Hz, indica o aumento temporário na excitabilidade cortical. Esses efeitos variam entre os pacientes. O efeito da EMT de baixa frequência, que é inibitória (1 a 5 Hz), robusto e de longa duração, pode ser aplicado no córtex motor e em outras regiões corticais para estudar as relações cérebro-comportamentais. O pulso único na EMT é seguro, considerando que equipamentos modernos podem liberar até 50 Hz (alta frequência) a partir de 5 Hz de corrente excitatória 23. A EMT, no entanto, tem o potencial de provocar convulsões mesmo em pacientes normais. Nesse sentido, diretrizes de segurança descrevendo limites de combinações de frequência, intensidade e 6

7 duração dos pulsos foram desenvolvidas a fim de prevenir a maior parte dos problemas. Essa habilidade de alcançar frequências altas tornou a EMT uma técnica valiosa na investigação e tratamento de vários distúrbios neuropsiquiátricos. Dessa forma, a EMT vem demonstrando efeitos positivos sobre padrões específicos de atividade cerebral pela diminuição da excitabilidade de circuitos encontrados em áreas não lesionadas, e na supressão de padrões da atividade de redes neurais, com má adaptação, aumentando a excitabilidade das áreas lesionadas, possivelmente, via fortalecimento sináptico, promovendo assim, um restabelecimento do equilíbrio destas mesmas redes neurais antes mal adaptadas 24. De acordo com Halsband (2006), a habilidade motora possui uma progressão inicial que parte do controle explícito para o implícito ou automático, compreendendo as aprendizagens iniciais ou de aquisição, intermediária ou avançada. 1. Inicial ou de aquisição: desempenho lento, sendo os movimentos irregulares e tempo de execução variável. Ocorre estreita orientação sensorial; 2. Intermediária: aumento gradual da influência do mapa sensorial e da velocidade de execução do movimento; 3. Avançada: movimento rápido, automatizado e sincronizado, com desempenho hábil e utilização de toda orientação sensorial 25. Essas progressões de aprendizagem estão infimamente dimensionadas pela codificação, consolidação e recuperação de uma nova memória motora. A codificação é mais intensa na fase inicial por ter um envolvimento mais intenso com processos cognitivos para identificação do estímulo, seleção e execução da resposta. A consolidação consiste em um conjunto de processos tempos-dependentes (fase intermediária). Quanto mais a memória motora estiver fortalecida e estável, mais facilmente ocorrerá a recuperação, que é o processo que permite o comportamento automatizado do movimento na fase avançada do aprendizado e envolve os mecanismos de acesso à informação armazenada definitivamente na memória motora 26. A ETCC e Mecanismos de Ação Como técnica de estimulação cerebral não-invasiva, a ETCC, modifica a atividade cortical de uma região cerebral, alvo pré-determinado, conforme objetivo 7

8 terapêutico, apresentando efeitos de polaridades-dependentes (ânodo excita, cátodo inibe), basicamente ligado à modulação do potencial de repouso da membrana neural que pode permanecer por horas ou semanas pós-aplicação 27. Em 1950 a estimulação elétrica foi aplicada em tecidos cerebrais de diferentes animais e Goldring e O Leary que apresentaram os resultados dos experimentos realizados em coelhos. Num dos estudos, os pesquisadores analisaram os efeitos da polarização superficial positiva no potencial de ação aplicada no córtex que resultou no desenvolvimento de descargas paroxísticas. A intensidade da corrente sofria variação conforme o experimento, alternados entre 1 e 3 ma 28. Em 1956, Terzuolo e Bullok pesquisaram a aplicação da corrente elétrica na modulação do disparo neuronal e os efeitos da estimulação catódica (negativa) e anódica (positiva) de células nervosas em crustáceos, constatando aumento no disparo espontâneo pós-estimulação anódica e redução pós catódica 29. Tais estudos demonstraram que a estimulação anódica despolarizava corpos celulares de neurônios piramidais e a estimulação catódica tem efeito inverso 30. Estudos farmacológicos e ETCC demonstram que a ETCC pode atuar no ambiente sináptico alterando a atividade GABA-érgica e Glutamatérgica 31. A exemplo de um estudo com a administração de dextrometorfana, antagonista dos receptores N-Metil-D-Aspartato (NMDA), que implicou em suspensão dos efeitos de ambas as estimulações (anódica e catódica), porém, o uso de D ciclosserina, um agonista do NMDA potencializou de forma seletiva a plasticidade facilitatória pósestimulação 32. Também foram encontrados resultados idênticos em GABA-agonistas como os benzodiazepínicos que eliminaram os efeitos excitatórios da ETCC, evidenciando a importância da plasticidade induzida por correntes contínuas 33. A atividade GABA-érgica também influenciou a estimulação neuronal 34. Supõe-se que na atividade dos receptores GABA-érgicos inibitórios a ativação dos receptores glutamatérgicos (NMD) incida de maneira efetiva a ativar receptores NMDA implicando em maior concentração intracelular de cálcio no neurônio pós-sináptico com variados níveis de ativação de receptores NMDA, resultando em diferentes níveis de influxo de cálcio e que, pequeno influxo de cálcio pós-sináptico transporta a Depressão de Longa 8

9 Duração (LTD) e maior influxo de cálcio pós-sinaptico acarretaria Potenciação de Longa Duração (LTP) 35. Alguns estudos sugerem que os efeitos da ETCC não se relacionem apenas com as alterações no potencial de membrana neuronal, mas que também alterem a conformação das proteínas transmembranas, pela exposição ao campo elétrico 36. Vale lembrar as reações extraneuronais provocadas pela técnica no sistema nervoso central como: vasodilatação e aumento da temperatura, frente aos parâmetros fisiológicos 37. Metodologias da Aplicação da ETCC Tamanho, posicionamento e localização dos eletrodos: São dois eletrodos, em geral com 25 a 35 cm 2 para posição padrão internacional de EEG, 10x20 que melhor especifica a área cortical para aplicação da ETCC visando foco terapêutico 38. Normalmente a intensidade da corrente aplicada é de 1,5 à 2mA, já que a variação de densidade no córtex é de 0,28 e 0,80 A/m 3 39,40. Quanto à duração da estimulação, estudos em humanos com aplicação de 13 minutos de ETCC provocaram hiperexcitabilidade equivalente a 150% comparando período pré-etcc, com duração de até 90 minutos cessados os estímulos 41,42. A técnica da ETCC não consiste em disparos neuronais diretos e só tornam-se uma questão de segurança, se a intensidade da corrente alcançar o limiar de disparos neuronais 43,44. Em relação ao número de sessões, é de fundamental importância planejar cada caso, considerando as evidências de que repetidas sessões têm ação cumulativa, associando-se a maior magnitude e durabilidade dos efeitos no comportamento, entretanto, não há consenso quanto ao número exato de sessões para uma mesma patologia 45,46. O intervalo das sessões pode interferir no resultado final. Estudos têm demonstrado que na aplicação extra de ETCC, aplicada 1 hora após a primeira sessão, os efeitos podem durar mais tempo (120 minutos), em comparação com uma ou duas sessões de ETCC sucessivas (sem intervalo), já no caso de uma 9

10 sessão a mais de ETCC aplicada além desse tempo (após 3 horas, por exemplo), não provocou interferência no resultado da primeira sessão 46. Contudo, se o estudo não busca prolongamento durante a aplicação da ETCC, deve fazer intervalos longos a fim de evitar efeitos cumulativos, a sugestão é que para cada sessão de ETCC capaz de produzir efeitos prolongados de 1 hora ou mais, sejam respeitados intervalos de 48 horas a uma semana, prevenindo o efeito carry-over 41,42. A ETCC e a EMT na prática Clínica A aplicação da Estimulação Magnética Transcraniana (EMT) e da Estimulação Transcraniana por Corrente Contínua (ETCC) abrange estudos que vão da eficiência na capacidade de aprendizagem motora de indivíduos saudáveis, aos resultados promissores em reabilitações diversas como, neuropsiquiátricas, motoras como sequelas de Acidente Vascular Encefálico (AVE), de Traumatismo Crânio Encefálico (TCE), Parkinson, demências, entre outras 43,44,45 ; tornando-se ferramentas tecnológicas importantes à reabilitação neurofuncional. Por ser consagrada como uma das áreas das ciências biomédicas básicas e aplicadas, a fisioterapia, com suficiente especificidade, conforme legislação específica do COFFITO, que afirma haver nível de evidência fisioterapêutica pré-clínica e clínica, para utilização das estimulações elétrica e magnética transcraniana (ETCC e EMT), no tratamento e diagnóstico no âmbito da fisioterapia, no controle da dor, na melhora da função sensório-motora e cognitiva 46. Contudo, os efeitos da ETCC devem ser considerados, quanto à densidade e carga da corrente aplicada 5,47. Os efeitos dependentes da intensidade da corrente também foram investigados. Batsikadze e colaboradores (2013) após aplicação de ETCC catódica de 1 e 2 ma sobre o córtex motor observaram que o comportamento da excitabilidade cortical é dependente da intensidade de corrente utilizada, com redução da excitabilidade cortical após aplicação de 1mA e aumento após 2mA. 25 ETCC e EMT aplicadas, em pacientes pós-ave 10

11 A Organização Mundial da Saúde (OMS), define acidente vascular encefálico (AVE), como uma síndrome de rápido desenvolvimento que apresenta sinais clínicos com perturbação focal ou global das funções intracranianas (cerebrais) por mais de 24 h e tendo causa de origem vascular. Estudos apontam o AVE como um problema de saúde pública no Brasil, com óbitos em 2010 (Ministério da Saúde - Datasus, 2010 e uma das principais causas de morte no mundo de acordo com a OMS em O AVE subdivide-se em hemorrágico e isquêmico sendo que, o de origem isquêmica tem incidência de 80-85% e o hemorrágico entre 15-20%.Clinicamente muitos distúrbios e sequelas acometem os indivíduos pós AVE, hemorrágico ou isquêmico 48. Entre as sequelas sensitivomotoras mais incidentes e limitantes está a espasticidade, que causa perda dos movimentos voluntários, contraturas e dores ao paciente 49. Em 2005 surgiram os primeiros estudos com efeitos da ETCC no córtex motor de indivíduos pós-ave 50. O uso da ETCC, no AVE baseia-se no conceito de competição inter-hemisférica, ou seja, ajustar a atividade cortical por estimulação ou inibição 51. Um estudo buscou pesquisar os resultados da influência da ETCC, aplicada em um membro inferior (MI) e analisou os resultados no ato motor. Um grupo com 10 pacientes saudáveis foram distribuídos aleatoriamente em três grupos para estudo: No grupo 01, foi estimulado o córtex motor de membro inferior com polo positivo (ânodo); No grupo 02, foi estimulado o córtex com o polo negativo (cátodo); Já o grupo 03, foi estimulado com ETCC shan (placebo) e, somente os pacientes que receberam estimulação positiva (anodal), aumentaram a força muscular 52. Outro estudo mostrou que aplicação da ETCC sobre a área do (MI) da região do córtex motor primário do dimídio afetado, propiciou o aumento da velocidade do movimento de pinça em (MS) 53. Outro estudo demonstrou que o anodal ETCC melhorou a habilidade motora prolongada, durante vários dias, agindo em mecanismos de consolidação de habilidade motora 54. Assim a ETCC e a EMT têm apresentado potencial importante no combate às sequelas do AVE, na reabilitação neurofuncional, em suas duas modalidades mais utilizadas em estudos pré-clínicos e clínicos, a EMT com pulso único ( EMT-p) e a EMT repetitiva ( EMTr ). A EMT-p é a mais usada e foi a primeira a ser descoberta, porém é mais voltada para diagnóstico enquanto que a EMTr é mais usada para fins de tratamento 51. Ainda no 11

12 tratamento de pacientes pós-ave, estudos revelam que são promissores os resultados da aplicação de EMT de baixa e de alta frequência; 60 pacientes pós AVE, na fase subaguda, utilizaram EMT (5Hz, 1Hz ou shan) e fisioterapia. Os pacientes, que receberam a estimulação ativa de 5Hz (sobre o hemisfério lesado) ou 1Hz (sobre o hemisfério não lesado), mostraram recuperação motora significativa mantida por 12 semanas, não ocorrendo o mesmo efeito no grupo shan (placebo), não havendo, contudo, diferenças estatísticas nos grupos de estimulação ativa 53. Em um outro estudo, envolvendo 28 pacientes pós-ave, divididos em dois grupos, receberam EMT de alta frequência (10Hz) ou shan, sobre o córtex motor lesado, associado à prática motora. Constatou-se melhora da função motora em todos os grupos, pós-tratamento, mas a melhora significativa foi no grupo de estimulação ativa. Os resultados foram observados por três meses, pós-intervenção e a maioria dos estudos sugere que a recuperação da função motora pós-ave, deve-se à reorganização cortical. Um ponto de consenso entre os pesquisadores que parece relevante é a combinação de abordagens terapêuticas diferentes, mas que possam somar resultados positivos para a recuperação e/ou qualidade de vida, em indivíduos acometidos pelo AVE 55. Mecanismos de ação da EMT Na EMT, a energia passa dentro de uma bobina gerando campos magnéticos variáveis e perpendiculares à bobina, que poderá ser sobreposta à calota craniana, conforme área cortical, alvo da terapêutica ou do diagnóstico. A corrente gerada é forte e rápida o suficiente para criar um campo magnético breve, no tempo que atinge 1,5 a 2 Tesla em 50 ms, (igual a vezes o campo magnético da Terra) retornando ao ponto inicial 0 na mesma medida de tempo 56. O campo magnético rápido e breve ultrapassa as impedâncias cranianas, atingindo o tecido cortical do indivíduo de forma sutil, com rápida mudança no fator tempo, provocando uma corrente secundária no cérebro, suficiente para induzir a despolarização neuronal, podendo o pico da corrente, ser limitado e direcionado para área alvo no córtex cerebral (1-4 cm 3 ). Caso o campo magnético não decaísse rapidamente, certamente a penetração seria mais profunda, considerando a 12

13 distância em cm e as ativações ou inibições secundárias de áreas cerebrais adjacentes, como hemisférios, tálamo, núcleos contralaterais, corticais e subcorticais. No entanto, observa-se que, a variação no tempo do campo magnético, é mais importante que a intensidade. O campo magnético atinge uma profundidade aproximada de 2 a 3 cm em bobinas, em formato de oito, a 0,5 cm abaixo da bobina. A área estimulada é de 7x6 cm e a 2 cm abaixo, é de 3x4 cm numa ideia tridimensional cônica para baixo. O campo eletromagnético, pela indução de cargas elétricas no parênquima cerebral (indução eletromagnética Lei de Faraday), transforma-se em campo elétrico no córtex, em sentido contrário do produzido na bobina e paralelo a ela. A AMT age especialmente em neurônios horizontalmente dispostos e usualmente são interneurônios de substância cinzenta, enquanto que a ETCC produz corrente elétrica transversal, estimulando de forma direta os neurônios piramidais na substância branca (dispostos verticalmente). Essa diferenciação é comprovada através do tempo de latência dos potenciais motores evocados (MEP), sendo de 2ms maior com a EMT em comparação à estimulação elétrica. Na aplicação, a força do campo elétrico deve ser de 100mV/mm suficiente para estimulação do córtex motor e contração muscular, provocando corrente elétrica no tecido cerebral em torno de 1mA/cm 2, os efeitos obtidos na aplicação da AMT não são devido ao campo magnético e sim pelo campo elétrico, que despolariza o neurônio, movimentando a carga por meio da membrana neuronal excitável que cria um potencial transmembrana que, se estiver em intensidade suficiente, promove a despolarização, iniciando o potencial de ação a propagar-se no nervo. Na EMT a corrente elétrica não passa direto pelo corpo celular, como na estimulação elétrica, contudo, a nível celular, os mecanismos de estimulação são os mesmos e, de outra forma, a EMT pode ser vista como uma estimulação elétrica sem eletrodos 56. Metodologia da aplicação da EMT Quanto aos tipos de bobinas e posicionamento, as mais comuns são em forma de oito e circular que são sobrepostas muito próximas ao escalpo durante a aplicação. 13

14 A respeito da formação e da intensidade da corrente, o campo magnético em turnos produz corrente elétrica fraca no cérebro e a força da corrente promove a função da mudança do campo magnético que é formado pela taxa de mudança da corrente da bobina, que é variável em centenas de microssegundos, mas com correntes fortes, que estimulem e concorram o suficiente para excitar neurônios no cérebro 57. Já em relação aos tipos de pulsos e sua duração, existem basicamente três tipos de pulsos: monofásico, bifásico e polifásico. O monofásico é indicado para aplicações do tipo pulso simples, o bifásico tem indicação para aplicações de pulsos repetitivos. O pulso monofásico tem duração de aproximadamente 600 ms, enquanto que o bifásico, tem duração de aproximadamente ms com uma carga de energia na bobina de 500J, força capaz de projetar 1kg de peso a 50mts de altura 57. No polifásico são aplicados vários pulsos com frequência bem definida, podendo suprimir ou facilitar processos corticais, de acordo com os parâmetros de estimulação (área aplicada e intensidade utilizada) 57. A quantidade de seções e intervalos varia conforme patologias, porém estudos revelam que a excitabilidade cortical é estimulada com frequências acima de 1Hz e inibida com frequência abaixo disso 57. Vantagens e desvantagens de cada técnica ETCC e EMT. Nos últimos dez anos a comunidade científica tem demonstrado bastante otimismo quanto ao potencial a ser explorado, e devido à isso, realizado estudos para mapear por meio de índices, os resultados obtidos com a aplicação da ETCC em diversos países como Austrália, Alemanha, Brasil, Coréia do Sul, EUA, França, Índia, Irã, Itália, Portugal e Taiwan 58. Como vantagens da ETCC na prática clínica estão: a aplicabilidade relativamente simples, custo baixo, mínima possibilidade de efeitos adversos, não induz disparos neuronais diretos, nenhum nível de excitotoxidade, mesmo numa sessão estimulatória longa, boa tolerância e bons resultados terapêuticos em diversos transtornos e sequelas neurológicas sob cuidados das ciências biomédicas básicas e aplicadas, tais como fisioterapia, neurologia, psiquiatria, 14

15 fonoaudiologia, psicologia, entre outras 11,59. Os efeitos colaterais relatados em estudos, durante as seções de ETCC, quando aplicadas com densidade de corrente em torno de 0,6m A/cm 2 em consecutivas seções, foram: sensação de formigamentos 75%, coceira 30%, desconforto 35%, cefaleia 11,8% 20,59 Como vantagens a EMT também apresenta efeitos adversos quase inexistentes (cefaléias leves e raras convulsões), tem o reconhecimento dos neurocientistas, profissionais das ciências da saúde e organismos internacionais como o Food and Drugs Administration (FDA) 15,16. Como desvantagens observa-se custos altos e maior sofisticação para a prática clínica 17, 18. Considerações Finais O interesse dos profissionais das ciências biomédicas básicas e aplicadas nas duas técnicas aqui abordadas, Estimulação Magnética Transcraniana (EMT) e a Estimulação Transcraniana por Corrente Contínua (ETCC), para diagnóstico e tratamento de doenças, síndromes e sequelas de implicações neurológicas, muito aumentou nos últimos dez anos a comunidade científica tem demonstrado bastante otimismo quanto ao potencial a ser explorado. Tanto a ETCC quanto a EMT são muito promissoras para as diversas reabilitações (neuropsiquiátricas, neuropsicológicas, neurofuncionais, auditivas, superação de condição física inadequada, melhora e consolidação da aprendizagem motora, entre outras), por isso têm despertado o interesse maior dos neurocientistas e profissionais das ciências biomédicas básicas e aplicadas, nos últimos anos, entre esses, os fisioterapeutas. Outros estudos devem ser realizados para melhorar a compreensão dos mecanismos neurofisiológicos de reação, adequação das técnicas na prática clínica e, especialmente, quanto aos diferentes protocolos utilizados nos estudos de diagnósticos e tratamentos de traumas, patologias e síndromes neurológicas diversas. Referências Bibliográficas 15

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