TÍTULO II DOS CRIMES CONTRA AUTORIDADE OU DISCIPLINA MILITAR

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1 TÍTULO II DOS CRIMES CONTRA AUTORIDADE OU DISCIPLINA MILITAR - A disciplina é a rigorosa observância e o acatamento integral das leis, regulamentos, normas e disposições que fundamentam o organismo militar e coordenam seu funcionamento regular e harmônico. - A autoridade militar é a subordinação dos graus hierárquicos.

2 Capítulo I - Do Motim e da Revolta Art Reunirem-se (ajuntar-se, unir-se, juntar-se) militares ou assemelhados: I - agindo contra a ordem recebida de superior (comissiva - manifestar a disposição de não cumpri-la ordem é anterior a reunião dos amotinados), ou negando-se a cumpri-la (recebem a ordem do superior e não agem, permanecem inertes omissiva); II - recusando obediência a superior (ordem é posterior à instalação da reunião dos amotinados), quando estejam agindo sem ordem (em desordem; significa qualquer comportamento diferente daquele que o militar deve ter em público ou em lugar sob administração militar) ou praticando violência; III - assentindo em recusa conjunta de obediência (significa que os amotinados aderem uns à vontade dos outros na recusa conjunta de obediência. Ex.: greve liderança propõe aos grevistas a continuidade ou não do movimento grevista Cmts militares determinam o retorno dos amotinados às atividades profissionais - recusa conjunta), ou em resistência ou violência, em comum, contra superior;

3 IV - ocupando (tomar conta, instalar-se) quartel, fortaleza, arsenal, fábrica ou estabelecimento militar, ou dependência de qualquer deles, hangar, aeródromo ou aeronave, navio ou viatura militar, ou utilizando-se de qualquer daqueles locais ou meios de transporte, para ação militar, ou prática de violência, em desobediência a ordem superior ou em detrimento da ordem ou da disciplina militar: Pena - reclusão, de quatro a oito anos, com aumento de um terço para os cabeças. Revolta Parágrafo único. Se os agentes estavam armados: Pena - reclusão, de oito a vinte anos, com aumento de um terço para os cabeças. - Para a revolta se configurar é indispensável que mais de um agente esteja armado; - não se exige o emprego das armas, sendo suficiente que os militares as conduzam nas mãos, no coldre, na bainha, metidas no cinto ou de outras formas, desde que visíveis.

4 Motim - Ocorre SEM ARMAS - Reunião de 02 ou + militares - ordem recebida de superior (precedência funcional) - art. 24 CPM Revolta - Ocorre COM ARMAS motim armado + de 01 armado - Ordem recebida contra a qual se insurgem os militares, deve estar prevista nas esferas de atribuição do subordinado, não havendo motivo justo para desobedecê-las - Cabeças são os que dirigem, provocam, instigam ou excitam a ação.

5 Organização de grupo para a prática de violência Art Reunirem-se dois ou mais militares ou assemelhados, com armamento (Armamento é o conjunto de armas de que dispõe determinada instituição militar para cumprir a sua missão, por ex., metralhadoras, revólveres, pistolas, canhões, fuzis etc) ou material bélico (conjunto de bens móveis, objetos e petrechos empregados nas atividades militares), de propriedade militar, praticando violência à pessoa ou à coisa pública ou particular em lugar sujeito ou não à administração militar: Pena - reclusão, de quatro a oito anos. - Se da violência resultar lesão corporal ou morte, haverá concurso formal de crimes.

6 Omissão de lealdade militar Art Deixar o militar ou assemelhado de levar ao conhecimento do superior o motim ou revolta de cuja preparação teve notícia, ou, estando presente ao ato criminoso, não usar de todos os meios ao seu alcance para impedi-lo: Pena - reclusão, de três a cinco anos. 1. Militar tem o conhecimento da preparação do motim ou revolta e NÃO leva ao conhecimento do superior; Há a omissão do militar, que tem por dever jurídico de lealdade para com o superior, o dever de lhe dar conhecimento de que está em gestação um movimento que colocará em risco a disciplina militar. 2. Militar está presente ao ato criminoso motim e a revolta, NÃO usa de todos os meios ao seu alcance para impedi-lo. Os meios são as armas de fogo, o aparelho telefônico e os que permitem comunicação com o superior. Deve ser analisado se no caso havia condições de o militar agir, de usar dos meios, e se todos os meios que estavam ao seu alcance foram usados. Aqui não se deve exigir do agente ação heroica para impedir o motim ou a revolta.

7 Conspiração Art Concertarem-se militares ou assemelhados para a prática do crime previsto no artigo 149: Pena - reclusão, de três a cinco anos. Isenção de pena Parágrafo único. É isento de pena aquele que, antes da execução do crime e quando era ainda possível evitar-lhe as conseqüencias, denuncia o ajuste de que participou. - Aqui pune-se o mero concerto: ajuste, pacto, combinação... O concerto consiste na preparação para o motim ou revolta. - Dois ou + militares querem praticar o crime do artigo Pune-se atos preparatórios - não importa se o crime ocorre. - Delação premiada ou espontânea. - Se efetivamente vier a acontecer o motim ou a revolta, o crime de conspiração fica absorvido.

8 Art As penas dos arts. 149 (motim e revolta) e 150 (organização de grupo para a prática de violência) são aplicáveis sem prejuízo das correspondentes à violência. - Por ex.: se na revolta ocorrer a morte de alguém, o revoltoso causador da morte é sancionado com a pena correspondente ao crime de revolta (art. 149) somada à pena do homicídio

9 Aliciação para o motim ou revolta Art Aliciar militar ou assemelhado para a prática de qualquer dos crimes previstos no capítulo anterior: Pena - reclusão, de dois a quatro anos. - Aliciar: atrair, seduzir, recrutar militar... Ao menos um. - Para prática do Motim e da Revolta - Pode ser praticado p/ qualquer pessoa - A consumação ocorre quando o militar concorda em participar do motim ou revolta, independente do cometimento dos crimes para o qual fora seduzido.

10 Incitamento Art Incitar (estimular, de instigar ou de reforçar a ideia preexistente) à desobediência (regulamentos disciplinares não se confunde com o crime de desobediência), à indisciplina (amplo) ou à prática de crime militar: Pena - reclusão, de dois a quatro anos. Parágrafo único. Na mesma pena incorre quem introduz, afixa ou distribui, em lugar sujeito à administração militar, impressos, manuscritos ou material mimeografado, fotocopiado ou gravado, em que se contenha incitamento à prática dos atos previstos no artigo. (com o avanço da internet, pode ocorrer o crime através deste meio) - Pode ser praticado p/ qualquer pessoa - No aliciamento o agente faz nascer, surgir, a ideia criminosa. No incitamento reforça, estimula a ideia criminosa

11 Apologia de fato criminoso ou do seu autor Art Fazer apologia de fato que a lei militar considera crime, ou do autor do mesmo, em lugar sujeito à administração militar: Pena - detenção, de seis meses a um ano. - FATO real e determinado; - Apologia: louvar, elogiar, enaltecer, exaltar o ato criminoso - Apologia pode ser feita por diversos meios (palavras, gestos, escritos, etc.) - É um crime formal, não necessita de nenhum resultado. - O fato que a lei militar considera crime deve ser concreto, mas não é preciso que tenha sido julgado por sentença irrecorrível. Nisto reside a diferença com o crime do art. 155, porque na incitação o crime ainda não ocorreu.

12 Violência contra superior Art Praticar violência contra superior: Pena - detenção, de três meses a dois anos. - Praticar significa cometer violência, agir com força física. O crime se assemelha às vias de fato. Não há necessidade que da violência resulte lesão corporal ou morte tais resultados configuram as formas qualificadas dos 3.º e 4.º - Estamos falando da violência física: Tapas, socos, empurrões, rasgar roupas, chutes... - Em regra, é a agressão SEM lesão corporal - Tem que haver contato físico direto ou através de instrumentos - A violência contra superior assume tal gravidade que a condição do delito sobrepuja o resultado da ação. Quanto mais respeitado dever ser o ofendido, maior é o crime. - Só pode ser praticado por militar.

13 Formas qualificadas 1º Se o superior é comandante da unidade a que pertence o agente, ou oficial general: vítima desempenha elevada função de autoridade militar Pena - reclusão, de três a nove anos. 2º Se a violência é praticada com arma, a pena é aumentada de um terço. maior risco à vítima 3º Se da violência resulta lesão corporal, aplica-se, além da pena da violência, a do crime contra a pessoa. 4º Se da violência resulta morte: Pena - reclusão, de doze a trinta anos. 5º A pena é aumentada da sexta parte, se o crime ocorre em serviço.

14 Violência contra militar de serviço Art Praticar violência contra oficial de dia, de serviço, ou de quarto, ou contra sentinela, vigia ou plantão: Pena - reclusão, de três a oito anos. - Oficial de dia - Fora do horário do expediente, diz-se que o oficial de dia representa o comandante da unidade. - A expressão oficial de serviço é bastante genérica. Nas Polícias Militares há oficial de serviço no policiamento ostensivo, fardado. - Oficial de quarto - desempenha a função no período de tempo de quatro horas. - A sentinela é o militar encarregado de guardar determinado local sob administração militar ou fora dele - vigia guarda também determinado local, porém de menor extensão. - plantão - permanece na unidade à disposição do superior.

15 Formas qualificadas 1º Se a violência é praticada com arma, a pena é aumentada de um terço. 2º Se da violência resulta lesão corporal, aplica-se, além da pena da violência, a do crime contra a pessoa. 3º Se da violência resulta morte: Pena - reclusão, de doze a trinta anos. - Comparação entre as penas previstas nos arts. 157 e Na legislação penal militar é muito mais reprovável a violência contra o militar de serviço do que a violência contra superior.

16 Ausência de dolo no resultado Art Quando da violência resulta morte ou lesão corporal e as circunstâncias evidenciam que o agente não quis o resultado nem assumiu o risco de produzi-lo, a pena do crime contra a pessoa é diminuída de metade. - Crime preterdoloso dolo no antecedente e culpa no consequente. Ex. agente desfere um soco no oficial de serviço pretendendo ferí-lo, porém a vítima cai e bate a cabeça no meio fio vindo a falecer.

17 1 - (EAP 3º SGT QPPM 2012) Vários policiais militares ajustaram, durante uma reunião, a prática do crime de motim, ocasião em que cometeram o crime de conspiração. Antes da execução do crime de motim, quando ainda era possível evitar as suas conseqüências, um dos militares denunciou à administração militar o ajuste de que participou. Nestas circunstâncias, este militar: A. ( ) Responderá apenas pelo crime de organização de grupo para a prática de violência. B. ( ) Responderá pelo crime de tentativa de motim, mas terá sua pena reduzida. C. ( ) Será isento de pena. D. ( ) Será processado normalmente pelo crime de conspiração, podendo sua pena ser atenuada.

18 2 - (EAP 3ª SGT QPPM 2013 II) Em relação aos crimes militares, marque a alternativa CORRETA. A. ( ) 3º Sgt PM que afixa no quadro de aviso da Companhia impresso que contenha incitamento à prática da indisciplina, comente, em tese, crime militar. B. ( ) Militar que no interior do quartel faz apologia do crime comum de disparo de arma de fogo em via pública, comete crime militar de apologia de fato criminoso. C. ( ) Em se tratando do crime de violência contra sentinela, a lei penal militar exige que o sujeito ativo seja superior hierárquico do sujeito passivo. D. ( ) 3º Sgt PM que desrespeita um 2º Sgt PM diante de um funcionário civil da Unidade, comete o crime militar de desrespeito a superior.

19 3 -(CFO 2012) O Código Penal Militar incorpora dentre as figuras típicas, alguns delitos inimagináveis na legislação comum. Em verdade, o rigor da hierarquia e da disciplina predispõe que o policial militar tenha comportamentos irrepreensíveis em relação à instituição e em relação aos seus superiores, pares e subordinados. Analise as afirmativas abaixo: I. Os crimes de Motim e Revolta se diferenciam em dois aspectos. No Motim os militares que se reúnem decididamente não portam armas, enquanto na Revolta, por serem utilizadas armas de fogo, a pena é aumentada em até um terço para os cabeças ou líderes; II. As penas aplicáveis aos crimes de Motim e Revolta são aumentadas em até um terço se resultarem lesão corporal grave e em até dois terços se resultarem morte; III. O disciplina militar determina que a violência praticada contra o Comandante é considerada mais grave do que praticada contra outro superior qualquer. Assinale a alternativa correta. a) Apenas a afirmativa III está correta. b) Apenas a afirmativa II está correta. c) As afirmativas I, II e III estão incorretas. d) As afirmativas I, II e III estão corretas.

20 4 - (CFS 2013 QPPM) Três policiais militares reuniram-se na sala da intendência do quartel a que pertencem e decidiram agir contra a ordem recebida de seu superior hierárquico, no sentido de assumir o serviço em postos de sentinela do referido quartel, atuando, dessa forma, em flagrante cometimento do crime de motim. A respeito do crime, com base no conteúdo do Decreto-Lei nº 1.001/69 (Código Penal Militar), é CORRETO afirmar que: A. ( ) Caso os agentes estivessem armados, o crime praticado ainda seria motim, bastando para isso que eles tivessem pactuado que não utilizariam o armamento em nenhuma circunstância. B. ( ) O que fez configurar o crime de motim foi o fato da reunião ocorrer no interior de quartel. C. ( ) Não é possível identificar um líder (cabeça), cuja pena no crime de motim é aumentada, pois o grupo de apenas três policiais militares não é uma fração constituída, elemento essencial para configurar o tipo. D. ( ) Se um dos três policiais militares, antes da execução do motim e quando ainda possível evitar-lhe as consequências, denunciar o ajuste do qual participou, será ele isento de pena.

21 5) De acordo com o Código Penal Militar, marque a alternativa CORRETA no tocante ao crime do art. 157 (Praticar violência contra superior): A) Se a violência é praticada com arma, a pena é aumentada da metade. B) Se a violência resulta lesão corporal, aplica-se, além da pena da violência, a do crime contra a pessoa. C) Se o superior é comandante da unidade a que pertence o agente (sujeito ativo), a pena é de detenção. D) A pena é aumentada de um terço, se o crime ocorre em serviço.

22 6) O Sd José, Sd Lucas e Sd Jorge, desarmados, que se reúnem, agindo contra a ordem recebida de superior, ou negando-se a cumprí-la, praticam o crime militar de: A) Motim, art. 150 CPM. B) Revolta, art. 150 CPM. C) Organização de Grupo Ilegal, art. 150 CPM. D) Motim, art. 149 CPM.

23 7) De acordo com o Código Penal Militar marque a alternativa INCORRETA: A) o crime de revolta caracteriza-se pelo emprego de armas por seus agentes. B) no crime de violência contra militar de serviço, se a violência é praticada com arma, a pena é aumentada de um terço. C) o crime de motim caracteriza-se, em regra, pelo não emprego de arma. D) no crime de violência contra militar de serviço, se a violência é praticada com arma, a pena é aumentada de um quarto.

24 Desrespeito a superior Art Desrespeitar superior diante de outro militar: Pena - detenção, de três meses a um ano, se o fato não constitui crime mais grave. Parágrafo único. Se o fato é praticado contra o comandante da unidade a que pertence o agente, oficial-general, oficial de dia, de serviço ou de quarto, a pena é aumentada da metade. Crime propriamente militar Falta de consideração, de respeito, de acatamento; O que na vida civil é considerado comportamento grosseiro, falta de educação, desequilíbrio emocional, gracejo de mau gosto etc., na vida militar é desrespeito a superior, conduta inaceitável pelos padrões estabelecidos na hierarquia e disciplina.

25 Pode ser por gestos, atitudes e palavras: Gesto de desaprovação, crítica, *obsceno. O sujeito ativo tem que conhecer tratar-se de seu superior. Pode ocorrer em qualquer local. O crime consuma-se quando a ofensa chegar ao conhecimento do terceiro militar. Aparentes conflitos entre os tipos penais: - No desacato a superior (art. 298) é indispensável o elemento subjetivo especial, o fim de ofender a dignidade ou o decoro do superior ou de procurar deprimir-lhe a autoridade. No desacato o agente quer mais do que simplesmente desrespeitar, quer menosprezar o superior. É mais grave que o desrespeito, sendo este subsidiário. - O crime de desrespeito não se confunde com a insubordinação (art. 163): nesta não há desrespeito, ofensa pessoal há recusa em obedecer a ordem do superior sobre assunto de serviço ou relativamente a dever imposto por lei, regulamento ou instrução.

26 Desrespeito a símbolo nacional Art Praticar (fazer, cometer, agir) o militar diante da tropa, ou em lugar sujeito à administração militar, ato que se traduza em ultraje a símbolo nacional: Pena - detenção, de um a dois anos. Crime propriamente militar Ultraje quer dizer insulta, afronta, ofensa com palavras, atitudes ou gestos. destruição ou dano aviltante. ex., atear fogo à Bandeira Nacional Simbolo nacional bandeira, o hino, as armas e o selo nacional. Ao vocábulo tropa entende-se a reunião, no mínimo, de dois militares comandados por um terceiro, de conformidade com o art. 44 do Regulamento de Continências (R. Cont.);

27 Despojamento desprezível Art Despojar-se de uniforme, condecoração militar, insígnia ou distintivo, por menosprezo ou vilipêndio: Pena - detenção, de seis meses a um ano. Parágrafo único. A pena é aumentada da metade, se o fato é praticado diante da tropa, ou em público. Abalar a disciplina e a hierarquia Despojar significa despir-se, desvestir-se. Sujeito ativo: o militar Dolo arrancar peças do fardamento, suas insígnias, distintivos, demonstrando desprezo pelo que elas representam Pode ocorrer em qualquer local.

28 Recusa de obediência Art Recusar (refutar, rejeitar, não aceitar ou não cumprir) obedecer a ordem do superior sobre assunto ou matéria de serviço, ou relativamente a dever imposto em lei, regulamento ou instrução: Pena - detenção, de um a dois anos, se o fato não constitui crime mais grave. - Praticada por apenas um militar dois ou mais cai em motim ou revolta. - Ordem: expressão da vontade do superior no sentido de que cumpram com uma prestação ou abstenção no interesse do serviço. Tem que ser imperativa (exigência); Pessoal (dirigida a um ou mais subordinados determinados); Concreta (não sujeita à apreciação). - A ordem do superior pode ser verbal ou escrita; pessoal e direta, entre o superior e o inferior; pode ser indireta, transmitida por terceiro ao inferior. - Tem que ter relação com as atribuições funcionais do militar.

29 Diferenças entre recusa de obediência e desobediência - Em razão da matéria (ratione materiae), a norma penal militar do art. 163 é especial em relação à norma do art. 301, pois, se a ordem emanada do superior a ser cumprida decorrer de assunto ou matéria de serviço ou relativamente a dever imposto em lei, regulamento ou instrução, tal elementar do tipo penal afasta a incidência da norma penal militar incriminadora do art. 301 do CPM, que serve para as ordens administrativas. - A segunda diferença reside na objetividade jurídica. O bem jurídico no crime de desobediência é o prestígio da Administração Militar, de onde emana a ordem da autoridade militar a ser obedecida, enquanto no art. 163 tutela-se a autoridade e a disciplina militar. Na recusa de obediência há violação à disciplina e hierarquia militares. É delito militar em razão da pessoa (ratione personae). - No crime de recusa de obediência o sujeito ativo é o militar subordinado, é um crime militar próprio. No crime de desobediência o civil ou o militar, de qualquer posto ou graduação, pode ser sujeito ativo.

30 8 - (EAP 3º SGT QPPM 2012 II) Sobre os crimes contra a Autoridade ou Disciplina Militar previstos no Código Penal Militar, é CORRETO afirmar que: A. ( ) O crime de desrespeito a superior se configura quando ocorrer diante de outro militar. B. ( ) O crime de motim se configura quando militares, estando armados, se reúnem, ocupando quartel, para a prática de violência em desobediência a ordem superior. C. ( ) O crime de recusa de obediência se caracteriza pela desobediência a qualquer ordem emanada seja assunto de serviço ou assunto particular. D. ( ) Deixar de levar ao conhecimento do superior o motim cuja preparação teve notícia caracteriza o crime de complacência criminosa.

31 9) Nos Crimes contra a autoridade ou disciplina militar, capitulados no Decreto-lei nº 1001/69 (Código Penal Militar), verifica-se que os tipos penais ali contidos são caracterizados por condutas específicas, de claro entendimento. Leia atentamente as assertivas abaixo, referentes a delitos previstos no Título dos Crimes contra a autoridade ou disciplina militar e, a seguir, assinale a alternativa CORRETA: I o delito de recusa de obediência (art 163) não admite concurso de pessoas porquanto, se houver co-autoria, a hipótese será de motim (art 149) ou revolta (art 149 único). II o delito de desrespeito a superior (art 160) somente se configura se ocorrido diante de outro militar. III o militar que pratica ato que ultraje a Bandeira Nacional, hasteada na Prefeitura Municipal de sua cidade e na presença de dois ou mais civis, incorre no delito de desrespeito a símbolo nacional (art 161). A. ( ) Apenas as assertivas I e III estão corretas. B. ( ) Apenas as assertivas I e II estão corretas. C. ( ) As assertivas I, II e III estão corretas. D. ( ) Apenas as assertivas II e III estão corretas.

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