MOBILIDADE E GOVERNANÇA METROPOLITANA

Transcrição

1 MOBILIDADE E GOVERNANÇA METROPOLITANA Renato Boareto Seminário Internacional 28 de Agosto de 2009 UFABC 1

2 Regiões Metropolitanas

3 Relação de Cidades Estados Regiões Metropolitanas Data de N o Criação Municípios AL RM de Maceió 19/11/ BA RM de Salvador 08/06/ CE RM de Fortaleza 08/06/ DF RIDE do Distrito Federal 19/02/ ES RM de Vitória 21/02/ GO RM de Goiânia 30/12/ MA Grande São Luís 12/01/ MG RM de Belo Horizonte 08/06/ RM do Vale do Aço (Ipatinga) 30/12/ PA RM de Belém 08/06/ RM de Curitiba 08/06/ PR RM de Londrina 17/06/ RM de Maringá 17/07/ PE RM de Recife 08/06/ RJ RM do Rio de Janeiro 01/07/ RN RM de Natal 16/01/ RS RM de Porto Alegre 08/06/ RM de Florianópolis 06/01/ RM do Vale do Itajaí (Blumenau) 06/01/ RM do Norte/Nordeste Catarinense SC (Joinville) 06/01/ RM da Foz do Rio Itajaí 06/01/ RM Carbonífera (Criciúma) 09/01/ RM de Tubarão 09/01/ RM de São Paulo 08/06/ SP RM da Baixada Santista (Santos) 30/07/ RM de Campinas 19/06/ Total

4 Regiões Metropolitanas e Mobilidade Diagnóstico: Institucional Diferentes responsabilidades das esferas de governo Cada RM tem um tipo de arranjo institucional Conflitos de competência Quarta instância de poder Gestão de sistemas da União completamente dissociados das redes locais A falta de um organismo que represente o interesse de todos os municípios envolvidos

5 Regiões Metropolitanas e Mobilidade Diagnóstico: Planejamento Análise fragmentada: transporte e trânsito Soluções parciais /redes sobrepostas / soluções concorrentes Falta de integração entre os vários modos de transporte Foco no transporte motorizado Falta de sinergia nos investimentos

6 Regiões Metropolitanas e Mobilidade Efeitos no transporte público distribuição heterogênea e sobreposta da rede, com excesso de oferta nas áreas mais adensadas ou mais próximas da região central e falta de atendimento adequado nas regiões periféricas; não atendimento a todos os desejos de deslocamento da população; falta de integração física e tarifária entre os modos de transporte; maior dificuldade no controle da informalidade. redes de ônibus municipais, intermunicipais e os sistemas sobre trilhos não planejados como sistemas funcionais complementares infra estrutura física para a integração modal em muitas situações é inadequada ou inexiste; Maior tempo de viagem Pressão sobre os custos Política tarifária confusa

7 População e Transporte Público 7

8 Gestão Metropolitana Motivos para se iniciar um processo de transição: a administração de conflitos de interesse e o reconhecimento de um objetivo comum a gestão da mobilidade com vistas ao aumento da inclusão social, da qualidade de vida e da competitividade nas cidades; a evidência de que a gestão apenas de partes do sistema não tem sido eficaz e projeta um futuro crítico para a mobilidade urbana. Poder público: papel regulador Promoção da eficiência e eficácia Objetivos sociais Planejamento e coordenação da rede Monitoramento e avaliação do desempenho Fixação de metas e padrões de qualidade Proteção dos direitos dos usuários

9 Regiões Metropolitanas e Mobilidade Desafios: Como implantar uma estrutura de gestão que respeite a autonomia das partes? Como respeitar as diferenças? (Passageiros transportados, população, frota, orçamento) Como garantir equilíbrio no processo decisório? Desenvolver Plano de Mobilidade Sistema de Mobilidade Urbana e sua infraestrutura Plano de investimento e modelo de financiamento Arranjo institucional, gestão associada e instrumentos de regulação Plano de ação com divisão de responsabilidades Metodologia de avaliação

10 Regiões Metropolitanas e Mobilidade Desafios: Articular Planos Diretores de Desenvolvimento Municipal Regulamentar instrumentos do Estatuto da Cidade Inspeção Veicular ambiental e de segurança PL Mobilidade Urbana Políticas Sociais para redução da pobreza Gestão Ambiental: Qualidade do Ar e Mudanças Climáticas

11 Consórcio Grande Recife Principais funções Planejar e gerir o STPP/RMR assegurando a qualidade e a universalidade dos serviços Contratar os serviços de transportes, através de licitação pública Regulamentar as atividades concedidas Fiscalizar e atualizar os contratos de concessão Quotas de participação acionárias Percentual definido em função das viagens geradas pelo transporte coletivo na RMR, obtido através da Pesquisa Domiciliar Votação em função das quotas acionárias com quorum especial de 85% dos votos

12 Condições para criação do Consórcio 1. Protocolo de Intenções 2. Publicação do Protocolo de Intenções no D.O. 3. Lei ratificadora do Protocolo de Intenções de cada um dos entes federados 4. Contrato de Constituição do Consórcio Público 5. Contrato Social do Consórcio Estatuto 6. Constituição da Assembléia Geral 7. Contrato de Rateio (apenas no caso de aporte de recursos para despesas ou investimentos dos entes federado)

13 Consócio Grande Recife DIFERENÇAS: EMTU X CONSÓRCIO ITEM EMTU CONSÓRCIO Gestão do sistema Nível de participação municipal na gestão metropolitana Forma de participação municipal na gestão metropolitana Estrutura jurídica Obtenção de financiamentos para o Sistema Relação contratual com operadores do sistema Posicionamento frente a terceiros (usuários/governo federal) EMTU + Municípios Limitada Através de Convênios Empresa Estadual Difícil Precária (permissões) Menos sólido Conjunta Ativa Como sócio Empresa Pública Multifederativa Mais fácil Sólida (contratos de concessão) Mais sólido

14 Consórcio Grande Recife Representantes no Conselho Superior de Transportes e na Assembléia Geral do Consórcio Participação nas decisões tanto de assuntos exclusivos do município como do STPP/RMR em geral Votação em função das quotas acionárias, com quorum especial de 85% dos votos em questões relevantes para os municípios Segundo critérios técnicos poderão ser criadas filiais do Consórcio nos municípios, para exercerem atividades relacionadas ao transporte Investimentos De uma forma geral serão definidas no Contrato Social e estabelecidas em função de índices que levem em consideração o orçamento do município Nos casos em que sejam necessários investimentos que beneficiem apenas alguns municípios, as quotas de participação financeira poderão ser diferentes, devendo estarem previstas num Contrato de Rateio específico e serem aprovadas pela Assembléia

15 Consórcio Grande Recife MUNICÍPIO VIAGENS GERADAS PARTICIPAÇÃO (%) PARTICIPAÇÃO EST 40% PCR 35% INTERMUNICIPAL ,34 40,00 RECIFE ,87 35,00 ABREU E LIMA ,78 1,33 ARAÇOIABA ,05 0,09 CABO ,24 2,10 CAMARAGIBE ,59 1,00 IGARASSU ,22 0,38 IPOJUCA ,35 0,59 ITAMARACÁ ,09 0,14 ITAPISSUMA ,19 0,32 JABOATÃO ,98 6,74 MORENO ,17 0,28 OLINDA ,39 7,43 PAULISTA ,56 4,33 SÃO LOURENÇO ,17 0,29 TOTAL ,00 100,00

16 Consórcio Grande Recife