Avaliação da vulnerabilidade sísmica de edifícios de alvenaria
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- Cíntia Almeida Mangueira
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1 Avaliação da vulnerabilidade sísmica de edifícios de alvenaria P. Candeias E. Coelho P. Lourenço A. Campos Costa LNEC,
2 Introdução >Estudo do comportamento sísmico dos edifícios gaioleiros, sem e com reforço sísmico, recorrendo a ensaios experimentais e a simulações numéricas, tendo em vista a avaliação da sua vulnerabilidade sísmica >Ensaios realizados no âmbito do projeto Mitigação do risco sísmico em Portugal (FCT) >Trabalho desenvolvido no âmbito do projeto Avaliação da vulnerabilidade sísmica de edifícios antigos de alvenaria (FCT) 2
3 Edifícios gaioleiros >Edifícios com estrutura de alvenaria construídos entre meados do século XIX e princípios do século XX >Apresentam quatro pisos ou mais, planta retangular e pavimentos de madeira
4 Edifícios gaioleiros >A vulnerabilidade sísmica deste tipo de edifícios é influenciada pela sua geometria e estrutura, pelos materiais utilizados e qualidade de construção, pelo estado de conservação e sua localização no quarteirão
5 Seleção de protótipos Protótipo S Protótipo B Protótipo E
6 Soluções de reforço >Solução 1: Reforço das ligações das paredes aos pavimentos, por meio de conectores metálicos e faixas de fibras de vidro coladas com resinas epoxy
7 Soluções de reforço >Solução 2: Ligação de paredes opostas por meio de tirantes ao nível dos pisos
8 Soluções de reforço >Solução 3: Reforço dos nembos existentes nas fachadas por meio de faixas de fibras de vidro coladas com resinas epoxy e conectores metálicos [Silva, V.C. 2001] 8
9 Modelos experimentais >Modelos em escala reduzida 1:3 >Paredes em argamassa de fraca resistência a simular a alvenaria de pedra >Pavimentos de madeira a simular os soalhos
10 Modelos experimentais Modelo 00 Modelo 1 Modelo 2 Modelo 3
11 Descrição dos ensaios >Ensaios realizados na plataforma sísmica triaxial do LNEC >Solicitação sísmica de acordo com o espectro de resposta do RSA (sismo 1, zona A, terreno tipo I, majorado 1,5) 11
12 Danos observados Modelo 2 Macroelementos Nó Nembo Lintel Cunhal
13 Danos observados Macroelementos Modelo 3 Cunhal Parede
14 Comportamento sísmico experimental Frequências de vibração iniciais Modelo 0 Modelo 00 Modelo 1 Modelo 2 Modelo % 80% Modelo 1 1ºT 2ºT 1ºL 2ºL Frequência [Hz] Dano [-] 60% 40% 20% 0 1ºT 2ºT 1ºL 2ºL >Identificação das propriedades dinâmicas dos modelos entre cada ensaio e acompanhamento da sua evolução 13 Magk fk 10 sin( Angk ) 2 f n = k = 2 13 k = 2 Modo de vibração 10 Mag k sin ( Ang ) k k k f 0 f 0 0% D n, a 1 PGA [g] f f n, a n,0 14
15 Comportamento sísmico experimental Amplificação global [-] Direcção NS Modelo 0 Modelo 00 Modelo 1 Modelo 2 Modelo Amplificação global [-] Direcção EW Modelo 0 Modelo 00 Modelo 1 Modelo 2 Modelo PGA [g] PGA [g] >Amplificação global das acelerações de pico Amplificação + = 32 l= 1 m PA + l M PGA l + Amplificação = 32 l= 1 m PA l M PGA l 15
16 Comportamento sísmico experimental Deslocamento relativo/altura [-] 0.80% 0.70% 0.60% 0.50% 0.40% 0.30% 0.20% 0.10% Parede N fora plano - Piso 4 Modelo 0 Modelo 00 Modelo 1 Modelo 2 Modelo 3 Deslocamento relativo/altura [-] 0.80% 0.70% 0.60% 0.50% 0.40% 0.30% 0.20% 0.10% Direcção EW - Piso 4 Modelo 0 Modelo 00 Modelo 1 Modelo 2 Modelo % % PGA [g] PGA [g] >Deslocamento, normalizado à altura, do piso 4 relativamente ao nível de referência + + D4 drift global = 4800mm D4 drift global = 4800mm 16
17 Comportamento sísmico experimental Deslocamento relativo à linha média/largura [-] 0.60% 0.50% 0.40% 0.30% 0.20% 0.10% Parede N fora plano - Piso 4 Modelo 0 Modelo 00 Modelo 1 Modelo 2 Modelo 3 Deslocamento relativo à linha média/largura [-] 0.60% 0.50% 0.40% 0.30% 0.20% 0.10% Parede E fora plano - Piso 4 Modelo 0 Modelo 00 Modelo 1 Modelo 2 Modelo % % PGA [g] PGA [g] >Deformação horizontal das paredes no piso 4 medida a meio da largura relativamente à corda que une os cunhais adjacentes e normalizada pela largura da parede 17
18 Comportamento sísmico experimental Coeficiente sísmico [-] Direcção NS Modelo 0 Modelo 00 Modelo 1 Modelo 2 Modelo 3 Coeficiente sísmico [-] Direcção EW Modelo 0 Modelo 00 Modelo 1 Modelo 2 Modelo Deslocamento do topo/altura [-] Deslocamento do topo/altura [-] >Curvas de capacidade que representam os valores máximos do coeficiente sísmico e do deslocamento do topo/altura (não simultâneos) 18
19 Análise estática não linear Parede N no plano Parede S no plano L2_F_M L2_F_M1 Força [N] L3_F_M1 L4_F_M1 Ensaio 0 Ensaio 1 Ensaio 2 Ensaio 3 Ensaio 4 Ensaio 5 Força [N] L3_F_M1 L4_F_M1 Ensaio 0 Ensaio 1 Ensaio 2 Ensaio 3 Ensaio 4 Ensaio Deslocamento [mm] Deslocamento [mm] >Curvas de capacidade numéricas e experimentais do Modelo 0 com o material M1 19
20 Conclusões >Os padrões de danos observados nos ensaios revelaram que o comportamento sísmico dos modelos é afetado pelas soluções de reforço utilizadas, alterando-se substancialmente e em conformidade com as diferentes características de cada uma das soluções >O comportamento sísmico global, expresso através de curvas de capacidade, revelou uma ligeira melhoria, quer em força, quer em deformação, nos modelos reforçados relativamente aos não reforçados, tal como a capacidade de dissipação da energia introduzida 20
21 Conclusões >Foi ao nível das respostas locais que se registaram as melhorias mais significativas, tendo-se verificado uma redução dos deslocamentos para fora do plano das paredes e, portanto, um melhor controlo dos mecanismos de colapso locais >Nas análises numéricas obtiveram-se resultados que são comparáveis não só entre modelos numéricos como também com os modelos experimentais 21
22 Linhas de investigação futura >Realização de programas experimentais de modo a aprofundar o estudo do comportamento sísmico dos edifícios gaioleiros >Construção de modelos com verdadeira alvenaria de pedra 22
23 Linhas de investigação futura >Procura de novas soluções de reforço sísmico que permitam, nomeadamente, aumentar a rigidez ou a capacidade resistente dos modelos >Introdução de peças metálicas horizontais junto às paredes e de tirantes diagonais sob os pavimentos 23
24 Linhas de investigação futura >Avaliar a importância do efeito de quarteirão no comportamento sísmico dos edifícios individuais dado que a reconhecida deficiência das ligações entre elementos estruturais e não estruturais existente nestes edifícios também se deverá repercutir no conjunto >Aplicação de métodos de inferência bayesiana para atualização das curvas de vulnerabilidade sísmica da tipologia 24
25 Agradecimentos >Ao LNEC >À Universidade do Minho >À Fundação para a Ciência e Tecnologia (Bolsa de Doutoramento SFRH/BD/12469/2004) >À STAP 25
26 26
27 Procedimento de ensaio Número Ensaio PGA nominal* Ficheiro Amostras 0 Identificação modal 0 ** cat_00.bin Solicitação sísmica 0 20% fct_20.bin Identificação modal 1 ** cat_20.bin Solicitação sísmica 1 50% fct_50.bin Identificação modal 2 ** cat_50.bin Solicitação sísmica 2 75% fct_75.bin Identificação modal 3 ** cat_75.bin Solicitação sísmica 3 100% fct_100.bin Identificação modal 4 ** cat_100.bin
28 Modelação numérica Parede N no plano Parede S no plano Força [N] L2_F_M2 L3_F_M2 L4_F_M2 Ensaio 0 Ensaio 1 Ensaio 2 Ensaio 3 Força [N] L2_F_M2 L3_F_M2 L4_F_M2 Ensaio 0 Ensaio 1 Ensaio 2 Ensaio Deslocamento [mm] Deslocamento [mm] >Curvas de de capacidade numéricas do Modelo 00 com o material M2 (controlo em força) 28
29 Modelação numérica Parede N no plano Parede S no plano Força [N] L2_F_M2 L3_F_M2 L4_F_M2 Ensaio 0 Ensaio 1 Ensaio 2 Ensaio 3 Força [N] L2_F_M2 L3_F_M2 L4_F_M2 Ensaio 0 Ensaio 1 Ensaio 2 Ensaio Deslocamento [mm] Deslocamento [mm] >Curvas de de capacidade numéricas do Modelo 1 com o material M2 (controlo em força) 29
30 Modelação numérica Parede N no plano Parede S no plano Força [N] L2_F_M2 L3_F_M2 L4_F_M2 Ensaio 0 Ensaio 1 Ensaio 2 Ensaio 3 Força [N] L2_F_M2 L3_F_M2 L4_F_M2 Ensaio 0 Ensaio 1 Ensaio 2 Ensaio Deslocamento [mm] Deslocamento [mm] >Curvas de de capacidade numéricas do Modelo 2 com o material M2 (controlo em força) 30
31 Modelação numérica Parede N no plano Parede S no plano Força [N] L2_F_M2 L3_F_M2 L4_F_M2 Ensaio 0 Ensaio 1 Ensaio 2 Ensaio 3 Força [N] L2_F_M2 L3_F_M2 L4_F_M2 Ensaio 0 Ensaio 1 Ensaio 2 Ensaio Deslocamento [mm] Deslocamento [mm] >Curvas de de capacidade numéricas do Modelo 3 com o material M2 (controlo em força) 31
32 Modelo0_L4_F_M1
33 Modelo00_L4_F_M2 33
34 Modelo1_L4_F_M2 34
35 Modelo2_L4_F_M2 35
36 Modelo3_L4_F_M2 36
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