01/03/2011 CAMARA: DEPUTADOS TENTAM BARRAR COMPANHEIRO GAY COMO DEPENDENTE NO IR
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1 CPNJ / /03/2011 CAMARA: DEPUTADOS TENTAM BARRAR COMPANHEIRO GAY COMO DEPENDENTE NO IR O deputado Ronaldo Fonseca (PR-DF) entrou nesta segunda-feira com uma ação popular na Justiça Federal pedindo para que seja sustado, em caráter liminar, o ato do ministro da Fazenda, Guido Mantega, que autorizou a inclusão de companheiros homossexuais como dependentes para fins de dedução fiscal na declaração do Imposto de Renda (IR) deste ano. O presidente da Frente Parlamentar Evangélica, deputado João Campos (PSDB-GO), informou que deputados integrantes da frente vão propor adicionalmente projeto de decreto legislativo para sustar os efeitos do ato. A frente apoia a ação popular. Começa nesta terça-feira (1º) o prazo para a entrega da declaração do IR. Ilegalidade Fonseca considera que o ato do ministro foi inconstitucional e ilegal. Segundo ele, o artigo 226 da Constituição reconhece a união estável apenas entre homem e mulher. A Fazenda Pública decidiu, por ato normativo, que, para o direito tributário, não importa o sexo do companheiro, importa a capacidade produtiva dos agentes envolvidos, explica. Isso é usurpar o poder legislador do Congresso Nacional, complementa o parlamentar. Para o deputado, a Lei de Responsabilidade Fiscal (LRFLei Complementar 101, que impõe ao governo o controle de seus gastos condicionado à sua capacidade de arrecadação. A lei define limites para os gastos de pessoal nas três esferas de governo (federal, estadual e municipal) e para cada um dos Poderes (Executivo, Legislativo e Judiciário). O descumprimento dos limites
2 CPNJ / leva à suspensão das transferências voluntárias e da contratação de operações de crédito. Além disso, os responsáveis ficam sujeitos às sanções previstas no Código Penal.) também está sendo ferida, já que é obrigatório que toda renúncia de receita feita pelo gestor público venha acompanhada de relatório de impacto orçamentário e da fonte de compensação. O ato vai trazer prejuízo ao erário, destaca. João Campos também acredita que a Receita Federal atropelou o princípio da legalidade. A Receita Federal errou. A extensão de vantagens fiscais não pode ser dada por ato administrativo. Tem de ser feita por lei específica, diz. A ação tomou como base nota técnica do consultor de Orçamento e Fiscalização Financeira da Câmara, Francisco Lúcio Pereira Filho, que atestou a exorbitância do poder regulamentar da Fazenda Pública. A análise atendeu a uma solicitação do deputado Ronaldo Fonseca. Interpretação da lei Nota da Procuradoria-Geral da Fazenda Nacional (PGFN) órgão que embasou a decisão do Ministério da Fazenda por meio do parecer 1.530/10 estabelece que, entre as funções da Procuradoria-Geral, está interpretar a legislação no âmbito da administração tributária. A interpretação dada ao conceito de companheiro ou companheira, segundo o órgão, é compatível com as atribuições da procuradoria e não excede as prerrogativas do Poder Executivo. A interpretação, segundo explica a nota, é baseada em princípios constitucionais (em especial o que veda a discriminação de qualquer tipo, inclusive a de gênero) e em decisões já proferidas pelo Poder Judiciário.
3 CPNJ / Diversas decisões do Judiciário já reconheceram, por exemplo, o direito à inclusão de companheiro homossexual como dependente em planos de saúde. No âmbito do Poder Executivo, o Ministério da Previdência Social reconhece desde o ano passado o direito de companheiros homossexuais à pensão como dependentes preferenciais mesma condição de cônjuges e filhos menores ou incapazes (Portaria 513/10). Homofobia Para o deputado Jean Wyllys (PSol-RJ), que articula a reestruturação da Frente Parlamentar Mista pela Cidadania GLBT (Gays, Lésbicas, Bissexuais, Travestis, Transexuais e Transgêneros), a motivação da ação popular não é a legalidade, e sim a homofobia. A Procuradoria-Geral da Fazenda já entendeu que o direito tributário não se pauta pelo direito civil, afirma. O parecer da procuradoria parte do princípio constitucional da não discriminação, completa. Wyllys garante que não haverá perda considerável pelo erário público, porque o número de uniões estáveis entre homossexuais reconhecidas pela Justiça ainda é pequeno. Temos que estender os direitos ao conjunto da população, incluindo as minorias, assegura. FONTE: CAMARA FEDERAL
4 CPNJ / /03/2011 DIAP: METADE DOS QUE PRATICAM ASSÉDIO MORAL TAMBÉM JÁ FORAM ASSEDIADOS Aproximadamente 20% das pessoas que trabalham sofrem algum tipo de assédio moral e 25% das pessoas que são vítimas do assédio tendem a pedir demissão do trabalho. 50% das pessoas que praticam o assédio também já foram vitimas desse tipo de ação. Os dados são da Isma-BR (International Stress Management Association), a associação sem fins lucrativos e de caráter internacional voltada à pesquisa e ao desenvolvimento da prevenção e do tratamento de stress no mundo. "O cumprimento de metas associado ao assédio pode gerar um estresse bárbaro, sendo que, em algumas ocupações, como a de bancário, se tornam um pesadelo. Isso porque o não cumprimento de metas pode ocasionar a desqualificação do profissional. Além disso, dependendo do tipo de assédio, o comportamento da pessoa pode mudar, tornando-se mais agressiva ou alienada.
5 CPNJ / Ela pode se engajar em comportamentos, como beber além da conta ou ganhar peso rápido", adverte Ana Maria Rossi, presidenta da Isma-BR. "O que sugerimos é que essa pessoa procure algum tipo de ajuda emocional ou assistência psicológica", completa. Para Ana Maria, quem comete o assédio também pode sofrer estresse e até depressão. Para se proteger, sugere que a vítima, ao identificar o assédio, partilhe a situação com outras pessoas e, em última analise, saia da empresa, já que, pior do que perder o emprego é desenvolver algum tipo de doença devido ao abuso de outra pessoa. "Isso é muito pessoal e vai depender da situação. É preciso avaliar. Muitas vezes o assédio é sutil e, quando os colegas tomam conhecimento, também se estressam. Colegas de trabalho podem ter medo de seqüelas, sentindo-se culpados por não denunciarem", disse. Estresse O conceito de estresse não é novo. O stress positivo, chamado de eustresse, assim como o negativo, chamado de distresse, causam reações fisiológicas
6 CPNJ / similares: as extremidades (mãos e pés) tendem a ficar suados e frios, a aceleração cardíaca e pressão arterial tendem a subir, o nível de tensão muscular tende a aumentar. No nível emocional, no entanto, as reações ao estresse são bastante diferentes. O eustresse motiva e estimula a pessoa a lidar com a situação; o distresse acovarda o indivíduo, fazendo com que se intimide e fuja da situação. ( FONTE: DIAP 01/03/2011 LEGISLAÇÃO DE LEI Nº , DE Dispõe sobre o valor do salário mínimo em 2011 e a sua política de valorização de longo prazo; disciplina a representação fiscal para fins penais nos casos em que houve parcelamento do crédito tributário; altera a Lei n o 9.430, de 27 de dezembro de 1996; e revoga a Lei n o , de 15 de junho de /03/2011 TST: JT NÃO É COMPETENTE PARA JULGAR QUESTÕES ENVOLVENDO HONORÁRIOS ADVOCATÍCIOS
7 CPNJ / Embora a Emenda Constitucional nº 45 de 2004 tenha ampliado a competência da Justiça do Trabalho para analisar todas as questões envolvendo relação de trabalho, essa competência não atinge a contratação de honorários advocatícios, pois se trata de vínculo contratual sob a jurisdição da justiça comum. Com esse entendimento, a Seção I Especializada de Dissídios Individuais do Tribunal Superior do Trabalho (SDI-1) negou provimento ao recurso de advogado que pretendia alterar decisão da Quarta Turma do TST que não reconheceu a competência da Justiça do Trabalho para reter valor referente a honorários advocatícios na quantia a ser recebida por uma ex-cliente em ação trabalhista. No caso, após ter obtido êxito no julgamento da ação, já em fase de execução, a trabalhadora constituiu um novo advogado sem qualquer aviso prévio ao anteriormente contratado. Inconformado, este solicitou na Vara do Trabalho, com sucesso, a retenção de 30% sobre o valor bruto da causa. A trabalhadora recorreu, então, ao Tribunal Regional do Trabalho da 5ª Região (BA) contra essa decisão, que, no entanto, apenas reduziu o percentual retido para 20%. Não satisfeita, ela recorreu ao TST. A Quarta Turma declarou a incompetência da Justiça do Trabalho para determinar a retenção de honorários advocatícios estabelecidos em contrato extrajudicial, sob o entendimento de que o contrato de prestação de serviços advocatícios possui natureza eminentemente civil, não se incluindo no conceito de relação de trabalho, constante do art. 114, I, da CF.
8 CPNJ / Por fim, foi a vez do advogado em questão recorrer da decisão na SDI-1. A ministra Rosa Maria Weber Candiota da Rosa, relatora, manteve a decisão da Quarta Turma. De acordo com ela, o assunto foi recentemente pacificado na SDI-1, no sentido de que esta Justiça Especializada é absolutamente incompetente para dirimir questões relativas à cobrança de honorários decorrentes da contratação de prestação de serviços advocatícios, em face da natureza eminentemente civil da demanda - o que a relaciona na competência da Justiça Comum Estadual. (RR Fase Atual: E-ED Execução) FONTE: TST 01/03/2011 TST: LIMPEZA EM CAMPUS UNIVERSITÁRIO NÃO JUSTIFICA RECEBIMENTO DE ADICIONAL DE INSALUBRIDADE Segundo a jurisprudência do Tribunal Superior do Trabalho, não basta a constatação da existência de prestação de serviço em condições insalubres por meio de laudo pericial para que o empregado tenha direito ao adicional respectivo. É necessária a classificação da atividade insalubre na relação oficial elaborada pelo Ministério do Trabalho e Emprego. Por esse motivo, a Quarta Turma do TST, em decisão unânime, excluiu da condenação da PUCRS (União Brasileira de Educação e Assistência) o pagamento de adicional de insalubridade e reflexos à ex-empregada que exercia tarefas de limpeza e higienização de banheiros e coleta de lixo no campus universitário.
9 CPNJ / A relatora do recurso de revista da universidade, ministra Maria de Assis Calsing, esclareceu que a Justiça não pode estender o pagamento do adicional para atividades não previstas na norma ministerial (NR nº 15, Anexo 14), e o trabalho desenvolvido pela empregada não consta da lista de atividades classificadas como lixo urbano pelo MTE que justifique a concessão do adicional. Na Justiça do Trabalho gaúcha, a empregada alegou que foi contratada em março de 1994 e dispensada em abril de 2009 para realizar tarefas de limpeza na universidade. Devido ao serviço de higienização dos banheiros públicos e coleta de lixo, requereu o adicional de insalubridade em grau máximo (equivalente a 40% do salário mínimo) no período. Apesar de a instituição ter alegado que fornecera equipamentos de proteção individual à empregada, tais como sapatos, luvas e uniforme, a 16ª Vara do Trabalho de Porto Alegre e o Tribunal Regional (4ª Região) concederam o adicional. O TRT concluiu que a limpeza de banheiros e coleta de lixo sujeita a trabalhadora ao contato com agentes biológicos que disseminam doenças da mesma forma que outras atividades autorizadas a receber o adicional pelo MTE. No entanto, a ministra Calsing entendeu que as atividades desenvolvidas pela empregada não se comparam com aquelas passíveis de recebimento do adicional. A relatora destacou que a Orientação Jurisprudencial nº 4 da Seção I de Dissídios Individuais do TST dispõe expressamente: a limpeza de residências e escritórios e a respectiva coleta de lixo não podem ser consideradas atividades insalubres, ainda que constatadas por laudo pericial, porque não se encontram entre as classificadas como lixo urbano na Portaria do Ministério do Trabalho.
10 CPNJ / Por consequência, os ministros da Quarta Turma reformaram a decisão do Regional e isentaram a universidade do pagamento do adicional de insalubridade à ex-empregada. (RR ) FONTE: TST
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