EXCELENTÍSSIMO SENHOR DOUTOR JUIZ DE DIREITO DA VARA DA FAZENDA PÚBLICA DA COMARCA DE PONTA GROSSA - PARANÁ

Tamanho: px
Começar a partir da página:

Download "EXCELENTÍSSIMO SENHOR DOUTOR JUIZ DE DIREITO DA VARA DA FAZENDA PÚBLICA DA COMARCA DE PONTA GROSSA - PARANÁ"

Transcrição

1 EXCELENTÍSSIMO SENHOR DOUTOR JUIZ DE DIREITO DA VARA DA FAZENDA PÚBLICA DA COMARCA DE PONTA GROSSA - PARANÁ O MINISTÉRIO PÚBLICO DO ESTADO DO PARANÁ, por seu Promotor de Justiça signatário, no uso de suas atribuições legais, agindo em favor de DANUTA HURKO, brasileira, portadora do RG sob o n SSP/PR, inscrita no CPF/MF sob n , nascida em 21 de novembro de 1951, contando atualmente com 61 (sessenta e um) ) anos de idade, residente e domiciliada na Rua Cornélio Procópio, n. 575, CEP , localizado neste município e comarca, telefones: ou (Vanessa), vem respeitosamente, perante Vossa Excelência, com base nos artigos 127, caput, 129, inciso II e III, 196 e 197, todos da Constituição Federal; art. 5º caput da Lei nº 7.347, de 24 de julho de 1985; art. 25, inciso IV, letra a, da Lei 8625, de 12 de fevereiro de 1993, combinados com o artigo 282, do Código de Processo Civil e demais legislações aplicáveis ao caso e com base nos documentos que instruem o Procedimento Preparatório sob o n MPPR , que tramita perante à 1ª Promotoria de Justiça da Comarca de Ponta Grossa, propor a presente: AÇÃO ORDINÁRIA PARA DEFESA DE DIREITO INDISPONÍVEL COM PEDIDO DE LIMINAR EM DEFESA DA SAÚDE em face f do ESTADO DO PARANÁ, pessoa jurídica de direito público, ente representado, para fins judiciais, pelo Excelentíssimo Senhor Procurador-Geral do Estado, a ser citado na Rua Conselheiro Laurindo, nº 561, Centro, no Município de Curitiba, pelos seguintes fundamentos fáticos e jurídicos. 1. DOS FATOS No dia 14 de novembro de 2012 compareceu nesta Promotoria de Justiça a Sra. Danuta Hurko. A paciente sofreu há aproximadamente 10 (dez) anos um câncer de pele, necessitando inclusive ser submetida à realização de procedimento cirúrgico. Tendo em vista a decorrência da enfermidade sofrida, o Dr. Alexandre Gustavo F. de Araújo receitou o uso diário de protetor solar Photoderm Max 100 fluído 40 ml, totalizando a quantidade de 04 (quatro) frascos por mês. 1

2 Conforme consta na declaração do médico assistente às fls. 06, a utilização do referido protetor solar é imprescindível para prevenir a existência de melanoma, visto que a idosa Danuta já desenvolveu câncer de pele, consoante resultado de exame em anexo, dessa forma, imprescindível é para prevenção e tratamento o uso do protetor solar acima descrito. Cumpre destacar, que o médico assistente foi contundente na prescrição médica no que tange o uso do protetor solar Photoderm Max 100 fluído 40 ml (04 frascos) mensais, pois a Sra. Odete somente pode se utilizar do protetor na forma de fluído, pois tanto creme quanto gel, lhe causa intolerância na pele devido à fragilidade cutânea apresentada em decorrência da pré-disposição no aparecimento de melanomas, sendo que o fluído da marca apresentada não trouxe nenhum efeito negativo quanto ao uso. Vale dizer, que a Sra. Danuta Hurko recebe a titulo de benefício previdenciário o importe de 01(um) salário mínimo, não havendo possibilidade de adquirir tais medicamentos sem prejudicar sua subsistência, haja vista que este custa em torno de R$ 65,75 (sessenta e cinco reais e setenta e cinco centavos), conforme pesquisa realizada por meio eletrônico: pesquisa realizada no dia 23 de novembro de 2012, gerando uma despesa mensal no valor total aproximado de R$ 263,00 (duzentos e sessenta e três reais). Desta forma, com a finalidade de solicitar a distribuição do protetor, a paciente se dirigiu a 3ª Regional de Saúde e a Secretaria Municipal de Saúde, os quais informaram que não é possível a distribuição deste, tendo em vista que não consta na lista REMUME e RENAME, bem como nos Protocolos Clínicos e Diretrizes Terapêuticas, conforme fls. 12/14. Denota-se que muito se fala em combater e diminuir o câncer no Brasil, tanto é verdade que dia 23 de novembro, a Presidenta Dilma Rousseff sancionou a lei que estabelece um prazo de 60 (sessenta) dias para que pacientes com câncer recebam o primeiro tratamento no Sistema Único de Saúde. Assim sendo, é nítida a preocupação que tal patologia causa, existindo para tanto lei recente que garantirá tratamento célere, dessa forma tanto o tratamento em si como procedimentos de prevenção para que a doença não evolua para um estágio letal ou retorne em pacientes que já possuíram a patologia, é extremamente importante obter auxilio e proteção do Estado, como se verifica no presente caso. Sendo assim, esgotadas as vias administrativas e diante da urgência da tutela tendo em vista a necessidade e a idade avançada da paciente, nada restou ao Ministério Público a não ser socorrer-se do Poder Judiciário com o intuito de preservar os direitos e garantias fundamentais da Sra. Danuta Hurko. 2. A LEGITIMIDADE ATIVA DO MINISTÉRIO PÚBLICO A vida e a saúde são direitos fundamentais do ser humano, adequando-se na categoria de direitos individuais indisponíveis, pelos quais zela o Ministério Público e devem ser garantidos pelo Estado através de adequada prestação de serviços e prover as condições indispensáveis ao seu pleno exercício. 2

3 A Magna carta em vigor, ampliando o campo de atuação do Ministério Público, em seu art. 127 prevê que O Ministério Público é instituição permanente, essencial à função jurisdicional do Estado, incumbindo-lhe a defesa da ordem jurídica, do regime democrático e dos interesses sociais e individuais indisponíveis, ao mesmo tempo em que o art.129, inciso II, dita ser uma das funções institucionais do Ministério Público zelar pelo efetivo respeito dos Poderes Públicos e dos serviços de relevância pública aos direitos assegurados nesta Constituição, e de promover as medidas necessárias à sua garantia. Ora, sendo a saúde um dos serviços de maior relevância pública prestados pelo Estado, como bem destaca o art. 197 da CF, e não estando os gestores estaduais da saúde prestando tal serviço, fica claro que o Ministério Público ao pleitear o fornecimento de medicamentos ao interessado, está cumprindo com sua função institucional e constitucional, prevista no art. 127, da Constituição Federal. Dentro desse contexto, extrai-se que o Parquet, através do manejo desta ação ordinária, está promovendo as medidas necessárias para restaurar o respeito dos Poderes Públicos aos direitos constitucionalmente assegurados, porquanto seria dever do Estado garantir a saúde aos cidadãos, mediante políticas públicas, no entanto, este se abstém, cabendo ao Ministério Público fazer com que sejam cumpridos os dispositivos constitucionalmente previstos. Ademais, com base exclusivamente nas regras constitucionais afetas ao Ministério Público, pode-se concluir que há legitimidade ativa ad causam, pois a pretensão é voltada à defesa de um direito que, a despeito de no caso em tela ser individual, com espeque constitucional, é de natureza indisponível, visto que se trata da vida e da saúde do interessado. Em caso análogo, já decidiu os Egrégios Tribunais de Justiça de Santa Catarina e do Paraná : AÇÃO CIVIL PÚBLICA - FORNECIMENTO DE MEDICAMENTOS - LEGITIMIDADE ATIVA DO MINISTÉRIO PÚBLICO - LEGITIMIDADE PASSIVA DO ESTADO - SOLIDARIEDADE - DIREITO À SAÚDE E PRESERVAÇÃO DA VIDA - ART. 196 DA CRFB - DESPROVIMENTO DO RECURSO E DA REMESSA.196CRFBO membro do Ministério Público não visa proteger apenas um interesse particular e individualizado, porquanto pretende assegurar medicamentos a todas as pessoas portadoras de doença que residam na comarca e que detenham receituário médico. Visa, portanto, a proteção de direitos individuais indisponíveis, dando margem à propositura de ação civil pública. É direito de todos e dever do Poder Público a garantia do tratamento da saúde, que segundo a Lex Fundamentalis, inclui o fornecimento gratuito de medicamento, a fim de garantir a conservação da saúde de quem não tiver condições de fazê-lo. ( SC , Relator: Orli Rodrigues, Data de Julgamento: 19/12/2006, Segunda Câmara de Direito Público, Data de Publicação: Apelação Cível n., de Armazém.) PROCESSUAL CIVIL. AÇÃO CIVIL PÚBLICA EM FAVOR DE PESSOA FÍSICA. LEGITIMIDADE DO MINISTÉRIO PÚBLICO. GARANTIA CONSTITUCIONAL À SAÚDE. DIREITO INDIVIDUAL INDISPONÍVEL. 1. Hipótese em que o Estado de 3

4 São Paulo impugna a legitimidade do Ministério Público para propor ação Civil pública em favor de indivíduo determinado, postulando a disponibilização de tratamento médico. 2. O direito à saúde, insculpido na Constituição Federal, é indisponível, em função do bem comum maior a proteger, derivado da própria força impositiva dos preceitos de ordem pública que regulam a matéria. Não se trata de legitimidade do Ministério Público em razão da hipossuficiência econômica - matéria própria da Defensoria Pública -, mas da natureza jurídica do direito-base (saúde), não disponível. 3. Ainda que o Parquet tutele o interesse de uma única pessoa, o direito à saúde não atinge apenas o requerente, mas todos os que se encontram em situação equivalente. Cuidase, portanto, de interesse público primário, de que não se pode dispor. 4. Agravo Regimental não provido. (AgRg no REsp /SP; Rel. Ministro Herman Benjamin; Segunda Turma; Julgamento: 17/08/2010). Do exposto, extrai-se que o Ministério Público possui indiscutivelmente legitimação outorgada pela própria Constituição Federal para zelar pelas funções institucionais a ele atribuídas, inclusive promovendo ações que visem à proteção dos direitos individuais indisponíveis, como o direito à saúde e à vida. 3. A LEGITIMIDADE PASSIVA DO ESTADO DO PARANÁ A lei da ação civil pública não especifica nenhuma condição especial para que alguém, seja pessoa física ou jurídica, se encontre na posição de legitimado passivo, bastando para isso que lese ou ameace causar lesão a algum interesse multi-individual: meio-ambiente, consumidor, patrimônio cultural, ou qualquer outro interesse difuso ou individual homogêneo. In casu, na polaridade passiva deve figurar o Estado do Paraná. O Poder Público é obrigado a efetivar o direito à saúde, não importando tratar-se de ente federal, estadual ou municipal, já que se trata de competência comum e nesta esteira a tutela judicial é cabível em face de qualquer um dos entes federados. Dessa forma, é necessário estabelecer o dever estatal em garantir o direito à saúde a todos e ainda esclarecer a peculiaridade deste direto, pois o direito à vida e, em sua consequência, o direito à saúde antecedem qualquer outro. A Constituição garante o direito à saúde e traz a incumbência de torná-lo efetivo ao Estado, pois veja-se: Art A saúde é direito de todos e dever do Estado, garantido mediante políticas sociais e econômicas que visem a redução do risco de doença e de outros agravos e ao acesso universal e igualitário às ações e serviços para sua promoção, proteção e recuperação. (grifo nosso) A propósito, a relevância da demanda deve também ser destacada, pois o que se observa é a omissão do Poder Público em garantir o direito à saúde a este cidadão, demonstrando a precariedade no sistema e a desídia estatal no que tange a efetividade dos direitos fundamentais. O direito à saúde é inquestionavelmente reconhecido como Direito Humano Fundamental e dentre as suas características destacamos a efetividade, pois como bem observa ALEXANDRE DE MORAES, na sua obra DIREITOS HUMANOS 4

5 FUNDAMENTAIS, Atlas Editora, 5º Ed., pag. 41,... a atuação do Poder Público deve ser no sentido de garantir a efetivação dos direitos e garantias previstos, com mecanismos coercitivos para tanto, uma vez que a Constituição Federal não se satisfaz com o simples reconhecimento abstrato. Ainda, este pensamento nos faz lembrar saudosamente dos ensinamentos do Jusfilósofo NORBERTO BOBBIO, in A ERA DOS DIREITOS, que em uma das suas brilhantes reflexões sobre o presente e futuro dos Direitos do Homem, consignou que... o problema que temos diante de nós não é filosófico, mas jurídico e, num sentido mais amplo, político. Não se trata de saber quais e quantos são esses direitos, qual é sua natureza e seu fundamento, se são direitos naturais ou históricos, absolutos ou relativos, mas sim qual é o modo mais seguro de garanti-los, para impedir que, apesar das solenes declarações, eles sejam continuamente violados. A pessoa humana, sujeito de direitos e dotado de dignidade, tem nos direitos sociais aparato de significativa importância, pois é dentre eles que a garantia da dignidade humana se sobressai, com destaque o Direito à Saúde. Atualmente, é dado um novo enfoque às normas que visam efetivar direitos individuais, pois em sendo normas garantidoras da dignidade da pessoa humana, não necessitam de legislação regulamentar para se tornarem eficazes. De outro giro, a Carta Magna é clara ao determinar que os direitos e garantias fundamentais tem aplicação imediata. O Estado não está atendendo esta cidadã de maneira satisfatória em relação aos seus direitos individuais e sociais, principalmente em relação ao direito à saúde. E falando em saúde, esta deve ser prestada na sua forma global e não parcialmente, onde o Estado prestaciona somente parte do Direito, como se as peculiaridades humanas não tivessem condições de permear as necessidades de cada ser como sói o presente caso. Por sorte a cidadã pode se socorrer ao Poder Judiciário para buscar ser realizado o seu direito, pois além de garantir direitos, hoje se faz necessário efetivá-los. Portanto, pode-se concluir que é opção do autor promover ação judicial em face de qualquer dos entes federados de forma separada ou conjuntamente, visando o fornecimento dos medicamentos já mencionados ao substituído. Caso o ente federado que figura na qualidade de réu se sinta prejudicado com a obrigação, é possível que o mesmo intente ação regressiva contra o ente que entenda ser o responsável pela efetivação do direito à saúde do interessado. 4. DOS FUNDAMENTOS JURÍDICOS DO PEDIDO Constituição Federal estabelece que a saúde é direito fundamental, sendo assegurando a todos o acesso universal, igualitário e integral às ações e serviços de saúde. Ainda, deixa claro que cabe ao Estado, em qualquer uma de suas esferas, promover ações e serviços para sua promoção, proteção e recuperação. A Lei Orgânica da Saúde, 8.080/90, que regulamenta as ações e serviços de saúde estabeleceu que a atuação do Estado, no que tange à Saúde, se 5

6 efetivaria através do Sistema Único de Saúde SUS, e também salienta em seu art. 2º que: Art. 2º A saúde é um direito fundamental do ser humano, devendo o Estado prover as condições indispensáveis ao seu pleno exercício. 1º O dever do Estado de garantir a saúde consiste na formulação e execução de políticas econômicas e sociais que visem à redução de riscos de doenças e de outros agravos e no estabelecimento de condições que assegurem acesso universal e igualitário às ações e aos serviços para a sua promoção, proteção e recuperação. 2º O dever do Estado não exclui o das pessoas, da família, das empresas e da sociedade. Ainda o art. 6º da Lei 8080/90 dispõe que está incluída no campo de atuação do SUS a execução de ações de assistência terapêutica integral, inclusive farmacêutica. Importante destacar que o Estatuto do Idoso, Lei 10741/1993 preconiza em seu art. 2º: Art. 2º - O idoso goza de todos os direitos fundamentais inerentes à pessoa humana, sem prejuízo da proteção integral de que trata esta Lei, assegurandose-lhe, por lei ou por outros meios, todas as oportunidades e facilidades, para preservação de sua saúde física e mental e seu aperfeiçoamento moral, intelectual, espiritual e social, em condições de liberdade e dignidade. E ainda, o art. 3º deste mesmo diploma menciona que: Art. 3º- É obrigação da família, da comunidade, da sociedade e do Poder Público assegurar ao idoso, com absoluta prioridade, a efetivação do direito à vida, à saúde, à alimentação, à educação, à cultura, ao esporte, ao lazer, ao trabalho, à cidadania, à liberdade, à dignidade, ao respeito e à convivência familiar e comunitária. O parágrafo único, alíneas I e VIII deste artigo informam que a garantia de prioridade ao idoso, entre outros, compreende o atendimento preferencial imediato e individualizado junto aos órgãos públicos e privados prestadores de serviços à população e a garantia de acesso à rede de serviços de saúde e de assistência social locais. Mais adiante, quando trata do direito à vida e à saúde deixa claro que é obrigação do Estado a garantia destes direitos fundamentais, mediante a efetivação de políticas sociais públicas que permitam um envelhecimento saudável e em condições de dignidade. Também o art. 15 e seu parágrafo 2º dispõe: 6

7 É assegurada a atenção integral à saúde do idoso, por intermédio do Sistema Único de Saúde SUS, garantindo-lhe o acesso universal e igualitário, em conjunto articulado e contínuo das ações e serviços, para a prevenção, promoção, proteção e recuperação da saúde, incluindo a atenção especial às doenças que afetam preferencialmente os idosos. (...) 2o Incumbe ao Poder Público fornecer aos idosos, gratuitamente, medicamentos, especialmente os de uso continuado, assim como próteses, órteses e outros recursos relativos ao tratamento, habilitação ou reabilitação. Resulta do exposto que o Poder Público deve prestar atendimento integral e gratuito à saúde, fornecendo todas as condições para tanto, não havendo restrição quanto as modalidades de tratamentos a serem empregados. Por este motivo, a Administração Pública, ao se abster de fornecer os medicamentos está agindo de maneira ilegal, por isto, a tutela jurisdicional destes direitos difusos e coletivos é necessária. Logo, deve o Estado do Paraná, com a máxima urgência, providenciar o medicamento necessário à realização do tratamento desta idosa, visando a garantir o seu direito à saúde e à uma vida digna, pois não é possível manter a atual situação em que se encontra, pois possui idade avançada. A portaria 2891/2009 regulamenta no âmbito do SUS o Componente Especializado da Assistência Farmacêutica, que é definido no art. 8º como uma estratégia de acesso a medicamentos no âmbito do Sistema Único de Saúde, caracterizado pela busca da garantia da integralidade do tratamento medicamentoso, em nível ambulatorial, cujas linhas de cuidado estão definidas em Protocolos Clínicos e Diretrizes Terapêuticas publicados pelo Ministério da Saúde. Apesar de estar previsto que devem ser respeitados os protocolos clínicos para a dispensação de medicamentos aos cidadãos, é preciso salientar que o direito ao fornecimento de medicamentos não se restringe apenas àqueles previamente relacionados em portarias ministeriais ou em outros atos regulamentares, as chamadas listas de medicamentos pelos quais eventualmente também venha a se definir a responsabilidade de quem deva fornecer (União, Estados, Distrito Federal ou Municípios). Com efeito, tanto a Constituição, quanto a Lei nº 8.080/90, não trazem limitação ao alcance do fornecimento de medicamentos e nem tampouco restringem a obrigação do Poder Público, em qualquer de suas esferas, como se este pudesse se eximir e dizer que não fornecerá medicamentos por não fazerem parte de tal lista, pois a responsabilidade cabe a todos os entes, em qualquer de suas esferas, visto que o art. 1º da CF, dispõe que a República Federativa do Brasil é formada pela união indissolúvel dos Estados, Municípios e do Distrito Federal. Frise-se que o próprio art. 8º desta portaria dispõe que esta estratégia busca a garantia da integralidade do tratamento medicamentoso. Seria ilógico o não fornecimento do medicamento pleiteado somente por não fazer parte dos protocolos clínicos e diretrizes terapêuticas para a doença da interessada, considerando que não haveria o reembolso ao Estado pelo Ministério da 7

8 Saúde, já que estamos tratando de um direito fundamental que merece proteção especial, pois se trata da vida e da saúde desta cidadã. Assim é a jurisprudência: DIREITO PROCESSUAL CIVIL. REEXAME NECESSÁRIO. SENTENÇA CONCESSIVA DE SEGURANÇA. ARTIGO 14 PARÁGRAFO 1º DA LEI Nº /2009. CONHECIMENTO DE OFÍCIO DA REMESSA OFICIAL. O artigo 14, parágrafo 1º, da Lei nº /2009 estabelece que se sujeita ao duplo grau de jurisdição, não produzindo efeito senão depois de confirmada pelo Tribunal, a sentença que conceder segurança. 2) DIREITO CONSTITUCIONAL, ADMINISTRATIVO E PROCESSUAL CIVIL. ALIMENTO ESPECIAL. EMENTA: APELAÇÃO. PACIENTE ACOMETIDO DE DOENÇA PULMONAR OBSTRUTIVA CRÔNICA (DPOC). PLEITO DE FORNECIMENTO DE MEDICAMENTO (SPIRIVA RESPIMAT BROMETO DE TIOTRÓPIO). PRELIMINAR DE ILEGITIMIDADE ATIVA DO MINISTÉRIO PÚBLICO AFASTADA. MEDICAÇÃO NÃO CONSTANTE DO PROTOCOLO CLÍNICO DE DIRETRIZES TERAPÊUTICAS DO MINISTÉRIO DA SAÚDE. DESNECESSIDADE. AUSÊNCIA DE PREVISÃO ORÇAMENTÁRIA. FATO QUE NÃO JUSTIFICA A RECUSA AO FORNECIMENTO DO FÁRMACO POSTULADO. INOCORRÊNCIA DE VIOLAÇÃO AO PRINCÍPIO DA SEPARAÇÃO DOS PODERES. DEVER DO ESTADO EM FORNECER A MEDICAÇÃO PRETENDIDA. DIREITO DO APELADO DEVIDAMENTE COMPROVADO. PREVALÊNCIA DO DIREITO À SAÚDE E À VIDA. RECURSO CONHECIDO E DESPROVIDO. O Ministério Público possui legitimidade para defesa dos direitos individuais indisponíveis, mesmo quando a ação vise à tutela de pessoa individualmente considerada (art. 127 da Constituição Federal). O art. 196 da Carta Magna consagra o direito à saúde como dever do Estado, que deverá, por meio de políticas sociais e econômicas, propiciar aos necessitados o tratamento mais adequado e eficaz, capaz de ofertar ao enfermo maior dignidade, menor sofrimento e melhor qualidade de vida. O fato da medicação postulada não constar da lista de medicamentos editada pelo Ministério da Saúde ou não constar no Protocolo Clínico de Diretrizes Terapêuticas da referida entidade, não deve implicar em restrição ao seu fornecimento, pois tais protocolos clínicos, sendo normas de inferior hierarquia, não podem prevalecer em relação ao direito constitucional à saúde e à vida. A ausência de previsão orçamentária não justifica a recusa ao fornecimento do remédio, posto que uma vez que existe o dever do Estado, impõe- se a superação deste obstáculo através dos mecanismos próprios disponíveis em nosso ordenamento jurídico. Não há que se falar em violação ao Princípio da Reserva do Possível, vez que não se deve discutir matéria orçamentária quando a própria Constituição Federal prevê o orçamento de seguridade social, com recursos originários das três fontes que integram o sistema unificado de saúde. (TJPR - 5ª C.Cível - AC Umuarama - Rel.: Luiz Mateus de Lima - Unânime - J ) APELAÇÃO CÍVEL E REEXAME NECESSÁRIO. MANDADO DE SEGURANÇA. SENTENÇA QUE DETERMINA AO ESTADO DO PARANÁ O FORNECIMENTO DO MEDICAMENTO "BUDESONIDA- PULMINCORT" E DO SUPLEMENTO ALIMENTAR "LEITE NAN-SOY" A MENOR CARENTE PORTADOR DE "RINITE ALÉRGICA (CID J 30.4), ALERGIA ALIMENTAR MEDIADA POR CÉLULA E IgE (CID T78.1) E 8

9 ESOFAGITE EOSINOFÍLICA (CID K20)". MEDICAMENTO E ALIMENTO NÃO CONSTANTES NO PROTOCOLO CLÍNICO DO SUS S PARA O TRATAMENTO DA DOENÇA. IRRELEVÂNCIA. EXISTÊNCIA DE LAUDO MÉDICO SINALIZANDO A SUA INDISPENSABILIDADE. MERAS REGRAS BUROCRÁTICAS QUE NÃO PODEM OBSTAR O ACESSO DOS CIDADÃOS À SAÚDE E À VIDA, DIREITOS FUNDAMENTAIS GARANTIDOS PELA CONSTITUIÇÃO NOS ARTS. 6º E 196. ESTREITA LIGAÇÃO COM O PRINCÍPIO MAIOR DA "DIGNIDADE DA PESSOA HUMANA". TEORIA DA "RESERVA DO POSSÍVEL" QUE SE MOSTRA INAPLICÁVEL NA ESPÉCIE. DEMAIS ARGUMENTOS INCONSISTENTES. 1 A Lei /11 trouxe alterações na Lei 8080/90 (Lei Orgânica de Saúde), passando a prever diretrizes e regulamentações importantes no que tange ao fornecimento de medicamentos pelo Estado (gênero) aos cidadãos carentes atendidos pelo SUS. Tais normas, protocolos e diretrizes devem ser levadas em consideração pelo Poder Judiciário sempre que possível em demandas como a presente, mas cada caso deve ser analisado de forma pontual, pois a medicina não é uma ciência exata, e cada paciente responde aos medicamentos de forma diversa. 2 No caso dos autos não é possível seguir à risca os Protocolos do SUS, pois o Estado nega o pedido do paciente desconsiderando o laudo médico que sinaliza a gravidade da doença e a necessidade de utilização do fármaco e do suplemento alimentar. (i) APELAÇÃO DO ESTADO DO PARANÁ DESPROVIDA. (ii) SENTENÇA MANTIDA EM GRAU DE REEXAME NECESSÁRIO. (TJPR - 5ª C.Cível - ACR Guarapuava - Rel.: Rogério Ribas - Unânime - J ) No mesmo sentido é o trecho extraído da Nota Técnica 01/2012 do CAOP da Saúde Pública: Os Protocolos Clínicos e Diretrizes Terapêuticas (PCDT) são elementos organizadores da prestação farmacêutica, e não limitadores, da assistência à saúde neste plano. Na medida em que se alega que apenas o que contém os PCDT, frequentemente desatualizados, pode ser oferecido pelo SUS ao usuário, está-se se claramente conferindo valor inconstitucional à solução dada, visto que o dizer do art. 198, inciso III, da CF, quando cuida de atendimento integral, o faz sem essa ou qualquer limitação administrativa. A letra constitucional é abrangente e compreensiva, não podendo disposição de escalão inferior (ou sua exegese) de modo nenhum reduzir-lhe o perímetro de incidência. Sequer o art. 198 da CF fez constar a expressão nos termos da lei, ou equivalente, o que reflete ainda mais a autonomia e intangibilidade do valor nele inserido, de forma que caberia à lei ordinária, ou seu regulamento, unicamente dispor sobre os PCDT como elementos organizacionais do SUS, seus fluxos e competências, e não erigir indevidos impedimentos da atenção terapêutica t solicitada. Ainda, porém, que assim não se compreendesse, melhor sorte não colheria a tese demissionária de responsabilidade estatal. É que caberia afirmar, na espécie, a interpretação dos dispositivos legais (art. 19-Q da LF 8080 e art. 26 do Dec 7.508) conforme a Constituição Federal, eis que o propósito do raciocínio do gestor estadual, dito no início, parece estar voltado para o lado exatamente oposto, isto é, gerar entendimento hermenêutico contraditório aos valores e princípios que regem a Carta Federal, particularmente restringindo a extensão e aplicabilidade da integralidade nas ações e serviços de saúde. 9

10 O artigo 7º da Lei 8080 estabelece que as ações e serviços públicos que integram o Sistema Único de Saúde serão desenvolvidos de acordo com as diretrizes previstas no artigo 198 da Constituição Federal, obedecendo ainda, aos seguintes princípios: Art. 7º.(...) I universalidade de aceso os serviços de saúde em todos os níveis de assistência; II integralidade de assistência, entendida como conjunto articulado e contínuo das ações e serviços preventivos e curativos, individuais e coletivos, exigidos para cada caso em todos os níveis de complexidade do sistema; III preservação da autonomia das pessoas na defesa de sua integridade física e moral; IV igualdade da assistência à saúde, sem preconceitos ou privilégios de qualquer espécie; (...) XI conjugação dos recursos financeiros, tecnológicos, materiais e humanos da União, dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios na prestação de serviços de assistência à saúde da população. Através da interpretação da própria norma disciplinadora do Sistema Único de Saúde, se pode constatar que a referida norma elenca como princípio a integralidade de assistência, definindo-o como um conjunto articulado e contínuo de serviços preventivos e curativos, individuais e coletivos, exigidos para cada caso em todos os níveis de complexidade do sistema. Portanto, é dever do Sistema Único de Saúde, em qualquer de suas esferas, fornecer não apenas os remédios constantes da lista oficial do Ministério da Saúde ou das Secretarias Estaduais e Municipais, mas, tendo em vista as particularidades do caso concreto e a comprovada necessidade de utilização de outros medicamentos, impõem-se a obrigatória conjugação de recursos financeiros, tecnológicos, materiais e humanos da União, dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios, na prestação de serviços de assistência à saúde da população, de modo a prover aos doentes os meios existentes e eficazes ao seu tratamento. Ora, é evidente que se restringindo a prestação da saúde, se restringe também os direitos à saúde e à vida, violando-se as diversas normas e princípios constitucionais que asseguram esses direitos, entre eles o Princípio da Dignidade da Pessoa Humana. 5. DA MEDIDA LIMINAR Os requisitos necessários para que se conceda a antecipação de tutela são: o fumus boni iuris e o periculum in mora. O requisito do fumus boni iuris i está demonstrado pelos documentos e atestados médicos colacionados no Procedimento Preparatório sob o n MPPR , que de modo inequívoco, demostram a necessidade da Sra. 10

11 Danuta Hurko em receber, gratuitamente, o protetor solar Photoderm Max 100 fluído 40ml, na quantidade de 04 (quatro) frascos ao mês. Portanto, a paciente merece ser amparada pela tutela jurisdicional, pois respaldado nos dispositivos presentes no texto constitucional e infraconstitucional, detém o direito à prestação integral da saúde por parte do Estado do Paraná, conforme art. 5º, inciso III, da Lei nº 8.080/90: a assistência às pessoas por intermédio de ações de promoção, proteção e recuperação da saúde, com a realização integrada das ações assistenciais e das atividades preventivas e também o Estatuto do Idoso. Quanto à existência do periculum in mora, este se caracteriza pela urgência da concessão da antecipação de tutela, em virtude da necessidade do tratamento e de sua idade avançada, que necessita dos medicamentos, vez que são imprescindíveis para o sucesso do seu tratamento a fim de melhorar os sintomas de sua doença e a sua qualidade de vida. Portanto, de tudo o que já foi demonstrado até o presente momento, pode-se constatar sem dificuldades que este pressuposto (periculum in mora) não só se faz presente como é intrínseco à propositura da ação, ou seja, a presente ação com pedido de antecipação de tutela existe justamente para evitar que maiores perigos de lesão aos direitos à vida e a saúde da Sra. Danuta. Ademais, a utilização do protetor solar prescrito é extremamente necessário para prevenção do câncer de pele, não podendo esperar a produção dos efeitos da sentença para o aparecimento da doença que já acometeu a idosa no passado. Assim sendo, a concessão da liminar para determinar que o Estado do Paraná conceda o protetor solar em forma de FLUIDO, já mencionado, para o tratamento da Sra. Danuta é medida imprescindível para resguardar o direito individual indisponível à saúde. Há decisões em casos análogos a este que demonstram a existência dos requisitos legais e em consequência a concessão da antecipação de tutela, como podemos observar das decisões do E. Tribunal de Justiça do Paraná: AGRAVO DE INSTRUMENTO - MANDADO DE SEGURANCA - FORNECIMENTO DE MEDICAMENTO - CONCESSAO DE LIMINAR - DIREITO DO CIDADAO E DEVER DO ESTADO - DECISAO MANTIDA - RECURSO DESPROVIDO. EM SE TRATANDO DE FORNECIMENTO DE MEDICAMENTO, INDISPENSAVEL A SOBREVIVENCIA DA PARTE, NAO SE PODE NEGAR A POSSIBILIDADE DE CONCESSAO DA MEDIDA LIMINAR, POIS DO CONTRARIO, O PODER PUBLICO ESTARIA NEGANDO O PROPRIO DIREITO A VIDA. (Processo ; Acórdão: 25651; 3ª Camara Cível; Rel. Regina Afonso Portes; Julg: 10/05/2005). MANDADO DE SEGURANCA CONTRA ATO DO SECRETARIO DE ESTADO DA SAUDE FORNECIMENTO DE MEDICAMENTO PARA TRATAMENTO DE ESCLEROSE LATERAL AMIOTROFICA - ADMISSIBILIDADE - ESTANDO PRESENTES AS CONDICOES ESPECIAIS DO MANDAMUS, DO FUMUS BONI 11

12 IURIS E DO PERICULUM IN MORA, POSTO QUE O DIREITO A VIDA E O MAIOR DELES, E HAVENDO NECESSIDADE DO USO DO FARMACO, DE COMPROVADA EFICACIA, POREM CUSTOSA E FORA DAS POSSIBILIDADES ECONOMICAS DO IMPETRANTE, E DEVER DO ESTADO CUSTEA-LA - INTELIGENCIA DO ARTIGO 196 DA CONSTITUICAO DA REPUBLICA - LIMINAR MANTIDA E ORDEM CONCEDIDA EM DEFINITIVO. (Processo: ; Acórdão: 3393; II Grupo de Câmaras Cíveis; Rel. Octavio Valeixo; Julg: 10/08/2000). Logo, com fundamento no art. 273, I do CPC, e diante das consequências irreversíveis que podem acometer a saúde da paciente caso não realize o tratamento recomendado, é que se pleiteia a antecipação de tutela no sentido de determinar que o Estado do Paraná proporcione urgentemente à Sra. Danuta Hurko o protetor solar Photoderm Max 100 fluído 40ml, na quantidade de 04 (quatro) frascos ao mês, por meio de sua 3ª Regional de Saúde, dentro de suas obrigações previstas no Sistema Único de Saúde, sob pena p de aplicação de multa diária no valor de R$10.000,00 (dez mil reais), a ser revertida para o Fundo Municipal de Saúde de Ponta Grossa. 6. DOS PEDIDOS Paraná: Ante o exposto requer o Ministério Público do Estado do a) a citação do ESTADO DO PARANÁ, na pessoa do Excelentíssimo Procurador-Geral do Estado para, querendo, contestar no prazo legal a presente ação, sob pena de suportar os efeitos da revelia; b) a concessão da tutela antecipada, tendo em vista a gravidade e urgência do caso, inaudita altera a pars, determinando ao Estado do Paraná, por meio de sua Secretaria Estadual de Saúde, que disponibilize a Sra. Danuta Hurko o protetor solar Photoderm Max 100 fluído 40ml, na quantidade de 04 (quatro) frascos ao mês, enquanto tiver dele necessidade, de maneira gratuita, bem como outros medicamentos que eventualmente fizerem-se necessários ao seu tratamento, conforme receituário médico que segue acompanhando a inicial, no prazo máximo de 05 (cinco) dias, sob pena de aplicação de multa diária no valor de R$10.000,00 (dez mil reais), a ser revertida para o Fundo Municipal de Saúde de Ponta Grossa; c) no caso de deferimento da medida liminar, solicitamos que a 3ª REGIONAL DE SAÚDE seja notificada para dar cumprimento à ordem judicial, fornecendo o protetor solar Photoderm Max 100 fluído 40ml, na quantidade de 04 (quatro) frascos ao mês à Sra. Danuta Hurko, tudo visando prevenir o aparecimento de melanomas na pele, pois a mesma já sofreu com a doença, necessitando de tratamento preventivo; d) ao final, a condenação definitiva do Estado do Paraná, determinando ao mesmo, por meio de sua Secretaria Estadual de Saúde, que disponibilize à 12

13 fiscais. Sra. Danuta Hurko o protetor solar Photoderm Max 100 fluído 40ml, na quantidade de 04 (quatro) frascos ao mês,, de maneira gratuita,, bem como outros medicamentos que eventualmente fizerem-se necessários ao seu tratamento, conforme receituário médico que segue em anexo, no prazo máximo de 05 (cinco) dias, sob pena de aplicação de multa diária no valor de R$10.000,00 (dez mil reais), a ser revertida para o Fundo Municipal de Saúde de Ponta Grossa; e) a produção de todos os meios de prova admitidos em direito, em especial o depoimento pessoal e provas documentais, testemunhais, periciais, inclusive pela juntada dos documentos que seguem em anexo; f) a condenação do Estado do Paraná ao pagamento das despesas processuais. Dá-se à causa o valor de R$ 1.000,00 (mil reais), para efeitos Nestes termos, Pede deferimento. Ponta Grossa, 23 de novembro de FUAD FARAJ Promotor de Justiça D.I. 13

Trabalho de Conclusão do Curso de Direito Sanitário

Trabalho de Conclusão do Curso de Direito Sanitário 201 Trabalho de Conclusão do Curso de Direito Sanitário Débora Maria Barbosa Sarmento 1 Apesar de o homem desde a Antiguidade reconhecer a importância da saúde, o Estado Moderno, na consagração das declarações

Leia mais

Modelo esquemático de ação direta de inconstitucionalidade genérica EXCELENTÍSSIMO SENHOR DOUTOR MINISTRO PRESIDENTE DO SUPREMO TRIBUNAL FEDERAL

Modelo esquemático de ação direta de inconstitucionalidade genérica EXCELENTÍSSIMO SENHOR DOUTOR MINISTRO PRESIDENTE DO SUPREMO TRIBUNAL FEDERAL Modelo esquemático de ação direta de inconstitucionalidade genérica EXCELENTÍSSIMO SENHOR DOUTOR MINISTRO PRESIDENTE DO SUPREMO TRIBUNAL FEDERAL Legitimidade ativa (Pessoas relacionadas no art. 103 da

Leia mais

O DIREITO À SAÚDE. Prof. Msc. Danilo César Siviero Ripoli

O DIREITO À SAÚDE. Prof. Msc. Danilo César Siviero Ripoli O DIREITO À SAÚDE Prof. Msc. Danilo César Siviero Ripoli Previsão : Arts. 196 à 200 da CF. Art. 196. A saúde é direito de todos e dever do Estado, garantido mediante políticas sociais e econômicas que

Leia mais

Excelentíssimo{a) Senhor(a) Doutor(a) Juiz(a) de Direito do Juizado Especial da Fazenda Pública da Comarca de -MG * '

Excelentíssimo{a) Senhor(a) Doutor(a) Juiz(a) de Direito do Juizado Especial da Fazenda Pública da Comarca de -MG * ' Excelentíssimo{a) Senhor(a) Doutor(a) Juiz(a) de Direito do Juizado Especial da Fazenda Pública da Comarca de -MG OBJETO: ( ) INSUMO DE INTERESSE PARA A SAÚDE HUMANA (exceto cirurgia e transporte) ( )

Leia mais

Excelentíssimo Dr. Roberto Monteiro Gurgel Santos, DD. Presidente do Conselho Nacional do Ministério Público:

Excelentíssimo Dr. Roberto Monteiro Gurgel Santos, DD. Presidente do Conselho Nacional do Ministério Público: Excelentíssimo Dr. Roberto Monteiro Gurgel Santos, DD. Presidente do Conselho Nacional do Ministério Público: Venho à presença de Vossa Excelência, nos termos do Regimento Interno deste Conselho, apresentar

Leia mais

RESOLUÇÃO Nº, DE DE 2010.

RESOLUÇÃO Nº, DE DE 2010. RESOLUÇÃO Nº, DE DE 2010. Dispõe sobre a divulgação de dados processuais eletrônicos na rede mundial de computadores, expedição de certidões judiciais e dá outras providências. O PRESIDENTE DO CONSELHO

Leia mais

Poder Judiciário JUSTIÇA FEDERAL Seção Judiciária do Paraná 2ª TURMA RECURSAL JUÍZO C

Poder Judiciário JUSTIÇA FEDERAL Seção Judiciária do Paraná 2ª TURMA RECURSAL JUÍZO C JUIZADO ESPECIAL (PROCESSO ELETRÔNICO) Nº201070510020004/PR RELATORA : Juíza Andréia Castro Dias RECORRENTE : LAURO GOMES GARCIA RECORRIDO : UNIÃO FAZENDA NACIONAL V O T O Dispensado o relatório, nos termos

Leia mais

PROCESSO Nº: 0800340-07.2015.4.05.0000 - AGRAVO DE INSTRUMENTO RELATÓRIO

PROCESSO Nº: 0800340-07.2015.4.05.0000 - AGRAVO DE INSTRUMENTO RELATÓRIO RELATÓRIO O DESEMBARGADOR FEDERAL ÉLIO SIQUEIRA (RELATOR CONVOCADO): Agravo de Instrumento manejado em face da decisão que deferiu o pedido de antecipação dos efeitos de tutela, determinando que a União

Leia mais

Poder Judiciário JUSTIÇA FEDERAL Seção Judiciária do Paraná 2ª TURMA RECURSAL JUÍZO C

Poder Judiciário JUSTIÇA FEDERAL Seção Judiciária do Paraná 2ª TURMA RECURSAL JUÍZO C JUIZADO ESPECIAL (PROCESSO ELETRÔNICO) Nº201070500166981/PR RELATORA : Juíza Ana Carine Busato Daros RECORRENTE : WALDEMAR FIDELIS DE OLIVEIRA RECORRIDA : INSTITUTO NACIONAL DO SEGURO SOCIAL DECLARAÇÃO

Leia mais

EXCELENTÍSSIMO SENHOR DOUTOR JUIZ DE DIREITO DA VARA CÍVEL DA COMARCA DE PONTA GROSSA - PARANÁ

EXCELENTÍSSIMO SENHOR DOUTOR JUIZ DE DIREITO DA VARA CÍVEL DA COMARCA DE PONTA GROSSA - PARANÁ EXCELENTÍSSIMO SENHOR DOUTOR JUIZ DE DIREITO DA VARA CÍVEL DA COMARCA DE PONTA GROSSA - PARANÁ O MINISTÉRIO PÚBLICO DO ESTADO DO PARANÁ, por seu Promotor de Justiça signatário, no uso de suas atribuições

Leia mais

PROJETO DE LEI DO SENADO, de 2012. O CONGRESSO NACIONAL decreta:

PROJETO DE LEI DO SENADO, de 2012. O CONGRESSO NACIONAL decreta: PROJETO DE LEI DO SENADO, de 2012 Altera a ementa e o art. 1º e acrescenta o art. 2º-A à Lei nº 8.899, de 29 de junho de 1994, que concede passe livre às pessoas portadoras de deficiência no sistema de

Leia mais

QUARTACÂMARA CÍVEL REEXAME NECESSÁRIO Nº 33071/2012 - CLASSE CNJ - 199 - COMARCA CAPITAL ESTADO DE MATO GROSSO

QUARTACÂMARA CÍVEL REEXAME NECESSÁRIO Nº 33071/2012 - CLASSE CNJ - 199 - COMARCA CAPITAL ESTADO DE MATO GROSSO INTERESSADOS: JOAO LIVALDA ESTADO DE MATO GROSSO Número do Protocolo: 33071/2012 Data de Julgamento: 18-09-2012 E M E N T A REEXAME NECESSÁRIO DE SENTENÇA AÇÃO DE OBRIGAÇÃO DE FAZER TRATAMENTO DE SAÚDE

Leia mais

PROCURADORIA-GERAL DO TRABALHO CÂMARA DE COORDENAÇÃO E REVISÃO

PROCURADORIA-GERAL DO TRABALHO CÂMARA DE COORDENAÇÃO E REVISÃO Origem: PRT da 4ª Região Órgão Oficiante: Dr. Roberto Portela Mildner Interessado 1: Sindicato dos Bancários de Porto Alegre e Região. Interessado 2: Banco Bradesco S/A. Assuntos: Meio ambiente do trabalho

Leia mais

Disposições Preliminares do DIREITO DO IDOSO

Disposições Preliminares do DIREITO DO IDOSO Disposições Preliminares do DIREITO DO IDOSO LESSA CURSOS PREPARATÓRIOS CAPÍTULO 1 O ESTATUTO DO IDOSO O Estatuto do Idoso - Lei 10.741/2003, é o diploma legal que tutela e protege, através de um conjunto

Leia mais

NBA 10: INDEPENDÊNCIA DOS TRIBUNAIS DE CONTAS. INTRODUÇÃO [Issai 10, Preâmbulo, e NAT]

NBA 10: INDEPENDÊNCIA DOS TRIBUNAIS DE CONTAS. INTRODUÇÃO [Issai 10, Preâmbulo, e NAT] NBA 10: INDEPENDÊNCIA DOS TRIBUNAIS DE CONTAS INTRODUÇÃO [Issai 10, Preâmbulo, e NAT] 1. Os Tribunais de Contas somente podem realizar suas tarefas quando são independentes da entidade auditada e são protegidos

Leia mais

RECOMENDAÇÃO Nº 02/2012 CGMP

RECOMENDAÇÃO Nº 02/2012 CGMP MINISTÉRIO PÚBLICO DA PARAÍBA PROCURADORIA-GERAL DE JUSTIÇA CORREGEDORIA-GERAL DO MINISTÉRIO PÚBLICO RECOMENDAÇÃO Nº 02/2012 CGMP Recomenda aos Promotores de Justiça com atuação na área da proteção ao

Leia mais

Ana Carolina Brochado Teixeira Iara Antunes de Souza

Ana Carolina Brochado Teixeira Iara Antunes de Souza Ana Carolina Brochado Teixeira Iara Antunes de Souza Art. 196. A saúde é direito de todos e dever do Estado, garantido mediante políticas sociais e econômicas que visem à redução do risco de doença e de

Leia mais

Nº 108771/2015 ASJCIV/SAJ/PGR

Nº 108771/2015 ASJCIV/SAJ/PGR Nº 108771/2015 ASJCIV/SAJ/PGR Relatora: Ministra Rosa Weber Impetrante: Airton Galvão Impetrados: Presidente da República e outros MANDADO DE INJUNÇÃO. APOSENTADORIA ESPE- CIAL. SERVIDOR PÚBLICO COM DEFICIÊNCIA.

Leia mais

ESTADO DA PARAÍBA PODER JUDICIÁRIO TRIBUNAL DE JUSTIÇA Gab. Des. Genésio Gomes Pereira Filho

ESTADO DA PARAÍBA PODER JUDICIÁRIO TRIBUNAL DE JUSTIÇA Gab. Des. Genésio Gomes Pereira Filho ESTADO DA PARAÍBA PODER JUDICIÁRIO TRIBUNAL DE JUSTIÇA Gab. Des. Genésio Gomes Pereira Filho AGRAVO DE INSTRUMENTO N 037.2011.000.844-0/001 RELATOR: Des. Genésio Gomes Pereira Filho. AGRAVANTE: Ministério

Leia mais

PROJETO DE LEI N o, DE 2012

PROJETO DE LEI N o, DE 2012 PROJETO DE LEI N o, DE 2012 (Do Sr. Alfredo Kaefer) Autoriza o Poder Público a realizar a internação compulsória, para tratamento médico especializado, de crianças, adolescentes e adultos apreendidos em

Leia mais

Nº 2324/2014 - ASJTC/SAJ/PGR

Nº 2324/2014 - ASJTC/SAJ/PGR Nº 2324/2014 - ASJTC/SAJ/PGR Suspensão de Liminar nº 764/AM Relator: Ministro Presidente Requerente: Estado do Amazonas Requerido: Tribunal de Justiça do Estado do Amazonas Interessado: Ministério Público

Leia mais

PROJETO DE LEI Nº, DE 2012

PROJETO DE LEI Nº, DE 2012 PROJETO DE LEI Nº, DE 2012 (Do Sr. Marco Tebaldi) Dispõe sobre o Programa de agendamento de consultas e entrega domiciliar de medicamentos de uso contínuo às pessoas portadoras de necessidades especiais

Leia mais

TERCEIRA TURMA RECURSAL JUIZADOS ESPECIAIS FEDERAIS SEÇÃO JUDICIÁRIA DO PARANÁ

TERCEIRA TURMA RECURSAL JUIZADOS ESPECIAIS FEDERAIS SEÇÃO JUDICIÁRIA DO PARANÁ Autos nº: 201070500120051 Recorrentes/Recorridos: União Federal, Estado do Paraná, Município de Curitiba e Ester Ulissea Klettenberg Relator: Juiz Federal Eduardo Appio V O T O 1. Trata-se de pedido de

Leia mais

R E L A T Ó R I O A EXMA. SRA. DESEMBARGADORA FEDERAL NILCÉA MARIA BARBOSA MAGGI (RELATORA CONVOCADA): É o relatório.

R E L A T Ó R I O A EXMA. SRA. DESEMBARGADORA FEDERAL NILCÉA MARIA BARBOSA MAGGI (RELATORA CONVOCADA): É o relatório. APELAÇÃO / REEXAME NECESSÁRIO 6263 - PE (20088300010216-6) PROC ORIGINÁRIO : 9ª VARA FEDERAL DE PERNAMBUCO R E L A T Ó R I O A EXMA SRA DESEMBARGADORA FEDERAL NILCÉA MARIA (RELATORA CONVOCADA): Trata-se

Leia mais

EXCELENTÍSSIMO SENHOR DESEMB. FEDERAL RELATOR 3 A TURMA DO E. TRIBUNAL REGIONAL FEDERAL DA 4 A REGIÃO

EXCELENTÍSSIMO SENHOR DESEMB. FEDERAL RELATOR 3 A TURMA DO E. TRIBUNAL REGIONAL FEDERAL DA 4 A REGIÃO ADVOCACIA-GERAL DA UNIÃO PROCURADORIA-GERAL FEDERAL PROCURADORIA FEDERAL ESPECIALIZADA-INSS EXCELENTÍSSIMO SENHOR DESEMB. FEDERAL RELATOR 3 A TURMA DO E. TRIBUNAL REGIONAL FEDERAL DA 4 A REGIÃO AGRAVO

Leia mais

EXCELENTISSIMO SENHOR DOUTOR JUIZ FEDERAL DO JUIZADO ESPECIAL FEDERAL DA COMARCA DE...

EXCELENTISSIMO SENHOR DOUTOR JUIZ FEDERAL DO JUIZADO ESPECIAL FEDERAL DA COMARCA DE... EXCELENTISSIMO SENHOR DOUTOR JUIZ FEDERAL DO JUIZADO ESPECIAL FEDERAL DA COMARCA DE... Excelência, INTERPOR..., vem por intermédio de sua advogada infra-assinada, à presença de Vossa AÇÃO DE CONCESSÃO

Leia mais

ESTADO DO MARANHÃO MINISTÉRIO PÚBLICO PROMOTORIA DE JUSTIÇA DE

ESTADO DO MARANHÃO MINISTÉRIO PÚBLICO PROMOTORIA DE JUSTIÇA DE 0000000000000000000000000 TERMO DE COMPROMISSO DE AJUSTAMENTO DE CONDUTA OBJETIVANDO GARANTIR TRANSPORTE ESCOLAR DE QUALIDADE que firmam o ESTADUAL, por meio da Promotoria de Justiça de... e o MUNICÍPIO

Leia mais

2ª fase- Direito Administrativo. 02/2007 - CESPE

2ª fase- Direito Administrativo. 02/2007 - CESPE 2ª fase- Direito Administrativo. 02/2007 - CESPE Foi noticiado em jornal de grande circulação que O secretário de transportes de determinado estado, e certa empresa de transportes coletivos, pessoa jurídica

Leia mais

OAB 2ª FASE DE DIREITO EMPRESARIAL Profª. Elisabete Vido PEÇA 01

OAB 2ª FASE DE DIREITO EMPRESARIAL Profª. Elisabete Vido PEÇA 01 OAB 2ª FASE DE DIREITO EMPRESARIAL Profª. Elisabete Vido PEÇA 01 (OAB/LFG 2009/02). A sociedade Souza e Silva Ltda., empresa que tem como objeto social a fabricação e comercialização de roupas esportivas,

Leia mais

PODER JUDICIÁRIO TRIBUNAL REGIONAL FEDERAL DA 5ª REGIÃO GABINETE DO DESEMBARGADOR FEDERAL EDILSON PEREIRA NOBRE JÚNIOR

PODER JUDICIÁRIO TRIBUNAL REGIONAL FEDERAL DA 5ª REGIÃO GABINETE DO DESEMBARGADOR FEDERAL EDILSON PEREIRA NOBRE JÚNIOR AC Nº 540866/PE (0010598-17.2010.4.05.8300) APTE : UNIMED GUARARAPES - COOPERATIVA DE TRABALHO MÉDICO ADV/PROC : BRUNO BEZERRA DE SOUZA e outros APDO : MINISTÉRIO PÚBLICO FEDERAL ASSIST MP : ANS - AGÊNCIA

Leia mais

P R O N U N C I A M E N T O M I N I S T E R I A L

P R O N U N C I A M E N T O M I N I S T E R I A L P R O N U N C I A M E N T O M I N I S T E R I A L Trata-se de mandado de segurança impetrado por em face do INSTITUTO NACIONAL DE SEGURO SOCIAL, objetivando assegurar que a autoridade coautora continue

Leia mais

RECOMENDAÇÃO ADMINISTRATIVA nº 003/2013

RECOMENDAÇÃO ADMINISTRATIVA nº 003/2013 RECOMENDAÇÃO ADMINISTRATIVA nº 003/2013 O MINISTÉRIO PÚBLICO DO ESTADO DO PARANÁ, pela Promotoria de Justiça da Comarca de Ortigueira, com fundamento no art. 27, parágrafo único, inc. IV, da Lei 8.625/93;

Leia mais

ACÓRDÃO. Rio de Janeiro, 15 / 04 / 2014. Des. Cristina Tereza Gaulia. Relator

ACÓRDÃO. Rio de Janeiro, 15 / 04 / 2014. Des. Cristina Tereza Gaulia. Relator 5ª CÂMARA CÍVEL DO TRIBUNAL DE JUSTIÇA AGRAVO DE INSTRUMENTO Nº: 0004117-44.2014.8.19.0000 2ª VARA DE TRÊS RIOS Agravante: Município de Três Rios Agravado: Elimar Santos de Carvalho Juiz: Dra. Ana Carolina

Leia mais

Honorários advocatícios

Honorários advocatícios Honorários advocatícios Os honorários advocatícios são balizados pelo Código de Processo Civil brasileiro (Lei de n. 5.869/73) em seu artigo 20, que assim dispõe: Art. 20. A sentença condenará o vencido

Leia mais

HIDROCEFALIA. LAUDO MÉDICO QUE COMPROVA A NECESSIDADE DO PROCEDIMENTO. DECISÃO DETERMINA A REALIZAÇÃO, SOB PENA DE MULTA

HIDROCEFALIA. LAUDO MÉDICO QUE COMPROVA A NECESSIDADE DO PROCEDIMENTO. DECISÃO DETERMINA A REALIZAÇÃO, SOB PENA DE MULTA DÉCIMA SÉTIMA CÂMARA CÍVEL AGRAVO DE INSTRUMENTO Nº 0022741-44.2014.8.19.0000 AGRAVANTE: MUNICÍPIO DE ARRAIAL DO CABO AGRAVADO: BRYAN RODRIGUES ALVES PINTO REP/S/MÃE NATALY RODRIGUES ALVES DES. RELATOR:

Leia mais

PODER JUDICIÁRIO TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DE SÃO PAULO. Vistos, relatados e discutidos estes autos de RECURSO

PODER JUDICIÁRIO TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DE SÃO PAULO. Vistos, relatados e discutidos estes autos de RECURSO ACÓRDÃO ^SSS^ AC TGISTRADO(A)SOBN -- iriümpiii *00727314* Vistos, relatados e discutidos estes autos de RECURSO EX-OFICIO n 114.385-0/2-00, da Comarca de ITAPETININGA, em que é recorrente JUÍZO "EX OFFICIO",

Leia mais

TERMO DE RECOMENDAÇÃO Nº 015/2012

TERMO DE RECOMENDAÇÃO Nº 015/2012 TERMO DE RECOMENDAÇÃO Nº 015/2012 Ementa: RECOMENDAÇÃO MINISTERIAL. DIREITO À EDUCAÇÃO. MÍNIMO DE DUZENTOS DIAS LETIVOS. OBRIGATORIEDADE DE SEU ESTRITO CUMPRIMENTO PELA REDE REGULAR DE ENSINO ESTADUAL.

Leia mais

ESTADO DE MATO GROSSO PODER JUDICIÁRIO COMARCA DE ALTA FLORESTA 6ª VARA. Vistos.

ESTADO DE MATO GROSSO PODER JUDICIÁRIO COMARCA DE ALTA FLORESTA 6ª VARA. Vistos. Autos n.º 3022-48.2012.811.0007. Código nº 101526. Ação de Obrigação de Fazer. Vistos. Trata-se de ação nominada Ação Cominatória de Obrigação de Fazer com pedido expresso de tutela de urgência interposta

Leia mais

EXCELENTÍSSIMO SENHOR PRESIDENTE DO TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DO PARANÁ.

EXCELENTÍSSIMO SENHOR PRESIDENTE DO TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DO PARANÁ. EXCELENTÍSSIMO SENHOR PRESIDENTE DO TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DO PARANÁ. Assunto: Desconto da Contribuição Sindical previsto no artigo 8º da Constituição Federal, um dia de trabalho em março de 2015.

Leia mais

PEDIDOS DE AUTORIZAÇÃO PARA RETIRADA DE CRIANÇAS E ADOLESCENTES ACOLHIDAS DAS ENTIDADES ORIENTAÇÕES TÉCNICAS DO CAOPCAE/PR

PEDIDOS DE AUTORIZAÇÃO PARA RETIRADA DE CRIANÇAS E ADOLESCENTES ACOLHIDAS DAS ENTIDADES ORIENTAÇÕES TÉCNICAS DO CAOPCAE/PR PEDIDOS DE AUTORIZAÇÃO PARA RETIRADA DE CRIANÇAS E ADOLESCENTES ACOLHIDAS DAS ENTIDADES ORIENTAÇÕES TÉCNICAS DO CAOPCAE/PR 1 - A autorização para que crianças e adolescentes passem as festas de final de

Leia mais

IV - APELAÇÃO / REEXAME NECESSÁRIO 2012.50.01.001991-0

IV - APELAÇÃO / REEXAME NECESSÁRIO 2012.50.01.001991-0 Nº CNJ : 0001991-31.2012.4.02.5001 RELATORA : JUÍZA FEDERAL CONVOCADA CARMEN SILVIA LIMA DE ARRUDA APELANTE : ORDEM DOS ADVOGADOS DO BRASIL - ESPÍRITO SANTO ADVOGADOS : LUIS ROBERTO BARROSO E OUTROS APELADO

Leia mais

TERCEIRA IDADE - CONSTRUINDO SABERES SOBRE SEUS DIREITOS PARA UM ENVELHECIMENTO SAUDÁVEL: UM RELATO DE EXPERIÊNCIA

TERCEIRA IDADE - CONSTRUINDO SABERES SOBRE SEUS DIREITOS PARA UM ENVELHECIMENTO SAUDÁVEL: UM RELATO DE EXPERIÊNCIA TERCEIRA IDADE - CONSTRUINDO SABERES SOBRE SEUS DIREITOS PARA UM ENVELHECIMENTO SAUDÁVEL: UM RELATO DE EXPERIÊNCIA Gabriela Pereira Batista, graduanda em enfermagem (UNESC Faculdades) gabrielabio_gabi@hotmail.com

Leia mais

CONSTITUIÇÃO DA REPÚBLICA FEDERATIVA DO BRASIL 1988

CONSTITUIÇÃO DA REPÚBLICA FEDERATIVA DO BRASIL 1988 CONSTITUIÇÃO DA REPÚBLICA FEDERATIVA DO BRASIL 1988 TÍTULO VIII DA ORDEM SOCIAL CAPÍTULO II DA SEGURIDADE SOCIAL Seção II Da Saúde Art. 196. A saúde é direito de todos e dever do Estado, garantido mediante

Leia mais

MED. CAUT. EM AÇÃO CAUTELAR 1.406-9 SÃO PAULO RELATOR

MED. CAUT. EM AÇÃO CAUTELAR 1.406-9 SÃO PAULO RELATOR MED. CAUT. EM AÇÃO CAUTELAR 1.406-9 SÃO PAULO RELATOR : MIN. GILMAR MENDES REQUERENTE(S) : PROCURADOR-GERAL DA REPÚBLICA REQUERIDO(A/S) : UNIÃO ADVOGADO(A/S) : ADVOGADO-GERAL DA UNIÃO REQUERIDO(A/S) :

Leia mais

PROJETO DE LEI Nº de 2007 (Da Deputada Luiza Erundina)

PROJETO DE LEI Nº de 2007 (Da Deputada Luiza Erundina) PROJETO DE LEI Nº de 2007 (Da Deputada Luiza Erundina) Cria isenção de Imposto de Renda para pessoas físicas beneficiárias de ações de cunho previdenciário e assistencial. O Congresso Nacional decreta:

Leia mais

P O D E R J U D I C I Á R I O

P O D E R J U D I C I Á R I O Registro: 2013.0000791055 ACÓRDÃO Vistos, relatados e discutidos estes autos do Apelação nº 0024907-79.2012.8.26.0564, da Comarca de São Bernardo do Campo, em que é apelante CRIA SIM PRODUTOS DE HIGIENE

Leia mais

Direito Constitucional Peças e Práticas

Direito Constitucional Peças e Práticas PETIÇÃO INICIAL RECLAMAÇÃO CONSTITUCIONAL ASPECTOS JURÍDICOS E PROCESSUAIS DA RECLAMAÇÃO Trata-se de verdadeira AÇÃO CONSTITUCIONAL, a despeito da jurisprudência do STF a classificar como direito de petição

Leia mais

Ato Normativo nº. 473-CPJ, de 27 de julho de 2006. (pt. nº. 3.556/06)

Ato Normativo nº. 473-CPJ, de 27 de julho de 2006. (pt. nº. 3.556/06) Ato Normativo nº. 473-CPJ, de 27 de julho de 2006 (pt. nº. 3.556/06) Constitui, na comarca da Capital, o Grupo de Atuação Especial de Inclusão Social, e dá providências correlatas. O Colégio de Procuradores

Leia mais

A requerente sustenta, mais, em síntese:

A requerente sustenta, mais, em síntese: A Agência Nacional de Transportes Terrestres - ANTT, com fundamento no art. 4º da Lei 4.348/64, requer a suspensão da execução da medida liminar concedida pelo relator do Mandado de Segurança nº 2006.01.00.043354-2

Leia mais

10 LINHAS I. DOS FATOS. A autora teve um relacionamento esporádico. com o réu, no qual nasceu Pedro.

10 LINHAS I. DOS FATOS. A autora teve um relacionamento esporádico. com o réu, no qual nasceu Pedro. Caso prático Joana teve um relacionamento esporádico com Flávio, do qual nasceu Pedro. Durante cinco anos, o infante foi cuidado exclusivamente por sua mãe e sua avó materna, nunca tendo recebido visita

Leia mais

TERMO DE AJUSTAMENTO DE CONDUTAS Nº 01/03

TERMO DE AJUSTAMENTO DE CONDUTAS Nº 01/03 Inquérito Civil: Compromitente: Ministério Público do Estado de Mato Grosso Promotoria da Cidadania, Defesa Comunitária e do Consumidor Compromissados: Secretaria de Estado de Saúde e Fundação de Saúde

Leia mais

PODER JUDICIÁRIO TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DE SÃO PAULO. Registro: 2012.0000468176 ACÓRDÃO

PODER JUDICIÁRIO TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DE SÃO PAULO. Registro: 2012.0000468176 ACÓRDÃO Registro: 2012.0000468176 ACÓRDÃO Vistos, relatados e discutidos estes autos de Apelação nº 9066515-49.2009.8.26.0000, da Comarca de São Paulo, em que é apelante BANCO NOSSA CAIXA S A, é apelado SESVESP

Leia mais

Agravo de Instrumento nº 0004246-83.2013.8.19.0000. Agravados: Município do Rio de Janeiro e outro. Relator: Desembargador Camilo Ribeiro Rulière

Agravo de Instrumento nº 0004246-83.2013.8.19.0000. Agravados: Município do Rio de Janeiro e outro. Relator: Desembargador Camilo Ribeiro Rulière 1ª CÂMARA CÍVEL DO TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DO RIO DE JANEIRO Agravo de Instrumento nº 0004246-83.2013.8.19.0000 Agravante: Defensoria Pública Agravados: Município do Rio de Janeiro e outro Relator:

Leia mais

Prof. Cristiano Lopes

Prof. Cristiano Lopes Prof. Cristiano Lopes CONCEITO: É o procedimento de verificar se uma lei ou ato normativo (norma infraconstitucional) está formalmente e materialmente de acordo com a Constituição. Controlar significa

Leia mais

TRIBUNAL DE JUSTIÇA PODER JUDICIÁRIO São Paulo

TRIBUNAL DE JUSTIÇA PODER JUDICIÁRIO São Paulo Registro: 2015.0000770986 ACÓRDÃO Vistos, relatados e discutidos estes autos de Mandado de Segurança nº 2097361-61.2015.8.26.0000, da Comarca de, em que é impetrante GABRIELA DA SILVA PINTO, é impetrado

Leia mais

PROJETO DE LEI Nº,DE 2014

PROJETO DE LEI Nº,DE 2014 PROJETO DE LEI Nº,DE 2014 (Do Sr. Alexandre Roso) Acrescenta o inciso IV ao art. 2º da Lei nº 11.664, de 29 de abril de 2008, que dispõe sobre a efetivação de ações de saúde que assegurem a prevenção,

Leia mais

TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DO RIO DE JANEIRO DÉCIMA SÉTIMA CÂMARA CÍVEL

TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DO RIO DE JANEIRO DÉCIMA SÉTIMA CÂMARA CÍVEL TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DO RIO DE JANEIRO DÉCIMA SÉTIMA CÂMARA CÍVEL Agravo de Instrumento nº 0005022-49.2014.8.19.0000 Agravante: Município de Três Rios Agravado: Gabriel Estanislau da Rocha Alves

Leia mais

PODER JUDICIÁRIO DO RIO GRANDE DO NORTE 10ª VARA CÍVEL DA COMARCA DE NATAL

PODER JUDICIÁRIO DO RIO GRANDE DO NORTE 10ª VARA CÍVEL DA COMARCA DE NATAL \d \w1215 \h1110 FINCLUDEPICTURE "brasoes\\15.bmp" MERGEFORMAT PODER JUDICIÁRIO DO RIO GRANDE DO NORTE 10ª VARA CÍVEL DA COMARCA DE NATAL Processo n. 001.08.020297-8 Ação: Ação Civil Pública Autor: Ministério

Leia mais

Como harmonizar a relação entre cidadãos/consumidores e sus/operadoras de planos de saúde e reduzir as demandas judiciais

Como harmonizar a relação entre cidadãos/consumidores e sus/operadoras de planos de saúde e reduzir as demandas judiciais Como harmonizar a relação entre cidadãos/consumidores e sus/operadoras de planos de saúde e reduzir as demandas judiciais João Baptista Galhardo Júnior Membro do Comitê Estadual da Saúde do Conselho Nacional

Leia mais

ARTIGO: Efeitos (subjetivos e objetivos) do controle de

ARTIGO: Efeitos (subjetivos e objetivos) do controle de ARTIGO: Efeitos (subjetivos e objetivos) do controle de constitucionalidade Luís Fernando de Souza Pastana 1 RESUMO: há diversas modalidades de controle de constitucionalidade previstas no direito brasileiro.

Leia mais

PROJETO DE LEI Nº 328, DE 2011 (Apenso o Projeto de Lei nº 823, de 2011) I - RELATÓRIO

PROJETO DE LEI Nº 328, DE 2011 (Apenso o Projeto de Lei nº 823, de 2011) I - RELATÓRIO COMISSÃO DE SEGURIDADE SOCIAL E FAMÍLIA PROJETO DE LEI Nº 328, DE 2011 (Apenso o Projeto de Lei nº 823, de 2011) Dispõe sobre a obrigatoriedade do fornecimento de fraldas descartáveis aos portadores de

Leia mais

Em face do acórdão (fls. 1685/1710), a CNTU opõe embargos de declaração (fls. 1719/1746). Vistos, em mesa. É o relatório.

Em face do acórdão (fls. 1685/1710), a CNTU opõe embargos de declaração (fls. 1719/1746). Vistos, em mesa. É o relatório. A C Ó R D Ã O 7ª Turma CMB/fsp EMBARGOS DE DECLARAÇÃO EM RECURSO DE REVISTA. Embargos acolhidos apenas para prestar esclarecimentos, sem efeito modificativo. Vistos, relatados e discutidos estes autos

Leia mais

Projeto de Lei Municipal dispondo sobre programa de guarda subsidiada

Projeto de Lei Municipal dispondo sobre programa de guarda subsidiada Projeto de Lei Municipal dispondo sobre programa de guarda subsidiada LEI Nº..., DE... DE... DE... 1. Dispõe sobre Programa de Guarda Subsidiada para Crianças e Adolescentes em situação de risco social

Leia mais

ACÓRDÃO. Poder Judiciário do Estado da Paraíba Tribunal de Justiça Gabinete da Desembargadora Maria das Neves do Egito de A. D.

ACÓRDÃO. Poder Judiciário do Estado da Paraíba Tribunal de Justiça Gabinete da Desembargadora Maria das Neves do Egito de A. D. AC no 001.2011.003557-1/001 1 Poder Judiciário do Estado da Paraíba Tribunal de Justiça Gabinete da Desembargadora Maria das Neves do Egito de A. D. Ferreira ACÓRDÃO REMESSA OFICIAL No 001.2011.003557-1/001

Leia mais

Prof. Murillo Sapia Gutier

Prof. Murillo Sapia Gutier Prof. Murillo Sapia Gutier Conceito: Completo bem-estar físico, mental e espiritual; Constitucionalização do Direito à Saúde; Higidez como direito fundamental; Valor vida humana: acarreta no direito subjetivo

Leia mais

Os argumentos expostos pela banca foram: Não cabe mandado de segurança pelas seguintes razões: 1) É inviável a postulação de perdas e danos.

Os argumentos expostos pela banca foram: Não cabe mandado de segurança pelas seguintes razões: 1) É inviável a postulação de perdas e danos. FUNDAMENTOS PARA O CABIMENTO DE MANDADO DE SEGURANÇA NA PROVA DE 2º FASE DE DIREITO CONSTITUCIONAL DO IX EXAME DA OAB. A sempre justa banca de Direito Constitucional cometeu, ao meu ver, um grande equivoco

Leia mais

PODER JUDICIÁRIO JUSTIÇA FEDERAL

PODER JUDICIÁRIO JUSTIÇA FEDERAL TIPO A PODER JUDICIÁRIO 22ª VARA CÍVEL FEDERAL DE SÃO PAULO AÇÃO CIVIL PÚBLICA PROCESSO N.º 0004415-54.2011.403.6100 AUTOR: MINISTÉRIO PÚBLICO FEDERAL RÉ: AGÊNCIA NACIONAL DE SÁUDE SUPLEMENTAR - ANS REG.

Leia mais

PROJETO DE LEI N.º 605, DE 2015 (Do Sr. Lobbe Neto)

PROJETO DE LEI N.º 605, DE 2015 (Do Sr. Lobbe Neto) *C0051703A* C0051703A CÂMARA DOS DEPUTADOS PROJETO DE LEI N.º 605, DE 2015 (Do Sr. Lobbe Neto) Define diretrizes para a política de atenção integral aos portadores da doença de Parkinson no âmbito do Sistema

Leia mais

TURMA RECURSAL SUPLEMENTAR JUIZADOS ESPECIAIS FEDERAIS SEÇÃO JUDICIÁRIA DO PARANÁ

TURMA RECURSAL SUPLEMENTAR JUIZADOS ESPECIAIS FEDERAIS SEÇÃO JUDICIÁRIA DO PARANÁ TURMA RECURSAL SUPLEMENTAR JUIZADOS ESPECIAIS FEDERAIS SEÇÃO JUDICIÁRIA DO PARANÁ Processo nº 2008.70.53.005050-0 Relatora: Juíza Federal Andréia Castro Dias Recorrente: Instituto Nacional do Seguro Social

Leia mais

PARECER Nº, DE 2015. RELATORA: Senadora MARTA SUPLICY I RELATÓRIO

PARECER Nº, DE 2015. RELATORA: Senadora MARTA SUPLICY I RELATÓRIO PARECER Nº, DE 2015 Da COMISSÃO DE ASSUNTOS SOCIAIS sobre o Projeto de Lei da Câmara nº 75, de 2014, do Deputado George Hilton, que dispõe sobre a regulamentação da profissão de instrumentador cirúrgico.

Leia mais

Marcas de Alto Renome: Novas Regras nos Tribunais

Marcas de Alto Renome: Novas Regras nos Tribunais Painel 13 Marcas de Alto Renome: Novas Regras nos Tribunais Márcia Maria Nunes de Barros Juíza Federal Notoriedade Código de Propriedade Industrial de 1971 (art.67): marca notória, com registro próprio,

Leia mais

Remédio constitucional ou remédio jurídico, são meios postos à disposição dos indivíduos e cidadão para provocar a intervenção das autoridades

Remédio constitucional ou remédio jurídico, são meios postos à disposição dos indivíduos e cidadão para provocar a intervenção das autoridades Remédio constitucional ou remédio jurídico, são meios postos à disposição dos indivíduos e cidadão para provocar a intervenção das autoridades competentes, visando sanar ilegalidades ou abuso de poder

Leia mais

SEQÜESTRO INTERNACIONAL DE CRIANÇAS E SUA APLICAÇÃO NO BRASIL. Autoridade Central Administrativa Federal/SDH

SEQÜESTRO INTERNACIONAL DE CRIANÇAS E SUA APLICAÇÃO NO BRASIL. Autoridade Central Administrativa Federal/SDH A CONVENÇÃO SOBRE OS ASPECTOS CIVIS DO SEQÜESTRO INTERNACIONAL DE CRIANÇAS E SUA APLICAÇÃO NO BRASIL Autoridade Central Administrativa Federal/SDH Considerações Gerais A Convenção foi concluída em Haia,

Leia mais

QUINTA CÂMARA CÍVEL Apelação Cível nº 0362045-42.2012.8.19.0001 Relator: DES. HENRIQUE CARLOS DE ANDRADE FIGUEIRA

QUINTA CÂMARA CÍVEL Apelação Cível nº 0362045-42.2012.8.19.0001 Relator: DES. HENRIQUE CARLOS DE ANDRADE FIGUEIRA QUINTA CÂMARA CÍVEL Apelação Cível nº 0362045-42.2012.8.19.0001 Relator: DES. HENRIQUE CARLOS DE ANDRADE FIGUEIRA ADMINISTRATIVO. RESPONSABILIDADE CIVIL DO ESTADO. AÇÃO DE COBRANÇA. TRATAMENTO MÉDICO PRESTADO

Leia mais

TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DO RIO DE JANEIRO DÉCIMA SÉTIMA CÂMARA CÍVEL

TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DO RIO DE JANEIRO DÉCIMA SÉTIMA CÂMARA CÍVEL TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DO RIO DE JANEIRO DÉCIMA SÉTIMA CÂMARA CÍVEL Agravo de Instrumento nº 0052654-08.2013.8.19.0000 Agravante: Município de Armação de Búzios Agravado: Lidiany da Silva Mello

Leia mais

XV Exame de Ordem 2ª Fase OAB Civil - ProfessorAoVivo Qual a peça Juquinha? Prof. Darlan Barroso

XV Exame de Ordem 2ª Fase OAB Civil - ProfessorAoVivo Qual a peça Juquinha? Prof. Darlan Barroso XV Exame de Ordem 2ª Fase OAB Civil - ProfessorAoVivo Qual a peça Juquinha? Prof. Darlan Barroso 2ª Fase OAB - Civil Juquinha Junior, representado por sua genitora Ana, propôs ação de investigação de paternidade

Leia mais

MANDADO DE SEGURANÇA

MANDADO DE SEGURANÇA AO JUÍZO DE DIREITO DE UM DAS VARAS DA FAZENDA PÚBLICA DE UBERLÂNDIA/MG PEDRO XXXXX brasileiro, casado, portador da cédula de identidade RG xxxx, e do CPF xxxxxxx, residente na Rua xxxxxxxx,xxx, Jardim

Leia mais

Tribunal de Justiça de Minas Gerais

Tribunal de Justiça de Minas Gerais Número do 1.0024.14.148142-4/001 Númeração 0807534- Relator: Relator do Acordão: Data do Julgamento: Data da Publicação: Des.(a) Mariângela Meyer Des.(a) Mariângela Meyer 24/02/2015 06/03/2015 EMENTA:

Leia mais

Projeto de Decreto. (Criar uma denominação/nome própria para o programa)

Projeto de Decreto. (Criar uma denominação/nome própria para o programa) Projeto de Decreto Dispõe sobre as atribuições e competência do Programa de Execução de Medidas Socioeducativas em Meio Aberto, atendendo à Resolução do Conselho Nacional dos Direitos da Criança e do Adolescente,

Leia mais

COMISSÃO DE SEGURIDADE SOCIAL E FAMÍLIA PROJETO DE LEI Nº 3.630, DE 2004

COMISSÃO DE SEGURIDADE SOCIAL E FAMÍLIA PROJETO DE LEI Nº 3.630, DE 2004 COMISSÃO DE SEGURIDADE SOCIAL E FAMÍLIA PROJETO DE LEI Nº 3.630, DE 2004 Define diretriz para a política de atenção integral aos portadores da doença de Alzheimer no âmbito do Sistema Único de Saúde SUS

Leia mais

CONTROLE CONCENTRADO

CONTROLE CONCENTRADO Turma e Ano: Direito Público I (2013) Matéria / Aula: Direito Constitucional / Aula 11 Professor: Marcelo L. Tavares Monitora: Carolina Meireles CONTROLE CONCENTRADO Ação Direta de Inconstitucionalidade

Leia mais

RECOMENDAÇÃO N. 029/2015

RECOMENDAÇÃO N. 029/2015 IC 1.14.006.000151/2015-51 RECOMENDAÇÃO N. 029/2015 Ementa: Necessidade de condições mínimas para funcionamento do CAE; necessidade de publicidade quanto às verbas recebidas pelo PNAE; necessidade de fornecimento

Leia mais

Vedação de transferência voluntária em ano eleitoral INTRODUÇÃO

Vedação de transferência voluntária em ano eleitoral INTRODUÇÃO Vedação de transferência voluntária em ano eleitoral INTRODUÇÃO Como se sabe, a legislação vigente prevê uma série de limitações referentes à realização de despesas em ano eleitoral, as quais serão a seguir

Leia mais

Ordem dos Advogados do Brasil Seção do Estado do Rio de Janeiro Procuradoria

Ordem dos Advogados do Brasil Seção do Estado do Rio de Janeiro Procuradoria EXCELENTÍSSIMO SENHOR PRESIDENTE DO CONSELHO NACIONAL DE JUSTIÇA A ORDEM DOS ADVOGADOS DO BRASIL SEÇÃO DO ESTADO DO RIO DE JANEIRO, serviço público independente, dotado de personalidade jurídica e forma

Leia mais

líquido e certo dos estabelecimentos representados pelo impetrante.

líquido e certo dos estabelecimentos representados pelo impetrante. MANDADO DE SEGURANÇA Nº 1295697-5, DO FORO CENTRAL DA COMARCA DA REGIÃO METROPOLITANA DE CURITIBA. Impetrante: ASSOCIAÇÃO PARANAENSE DE SUPERMERCADOS - APRAS Impetrado: SECRETÁRIO DE ESTADO DA SEGURANÇA

Leia mais

PROJETO DE LEI N.º 6.872, DE 2013 (Do Sr. Ricardo Izar)

PROJETO DE LEI N.º 6.872, DE 2013 (Do Sr. Ricardo Izar) CÂMARA DOS DEPUTADOS PROJETO DE LEI N.º 6.872, DE 2013 (Do Sr. Ricardo Izar) Altera o 2º, do art. 15, da Lei nº 10.741, de 1º de outubro de 2003, para dispensação de fraldas geriátricas por intermédio

Leia mais

Marco legal. da política indigenista brasileira

Marco legal. da política indigenista brasileira Marco legal da política indigenista brasileira A política indigenista no país tem como base a Constituição Federal de 1988, o Estatuto do Índio (Lei nº 6.001/1973) e instrumentos jurídicos internacionais,

Leia mais

PROCESSO-CONSULTA CFM Nº 8.077/07 PARECER CFM Nº 16/08 INTERESSADO: S.J.W ASSUNTO:

PROCESSO-CONSULTA CFM Nº 8.077/07 PARECER CFM Nº 16/08 INTERESSADO: S.J.W ASSUNTO: PROCESSO-CONSULTA CFM Nº 8.077/07 PARECER CFM Nº 16/08 INTERESSADO: S.J.W ASSUNTO: Exigência, pelo médico, de fornecimento de materiais e instrumentais de determinada marca comercial para realização de

Leia mais

(PROCURADORA DO ESTADO DO RIO GRANDE DO SUL) Excelentíssimo Presidente do Supremo Tribunal Federal,

(PROCURADORA DO ESTADO DO RIO GRANDE DO SUL) Excelentíssimo Presidente do Supremo Tribunal Federal, A SRA. JANAÍNA BARBIER GONÇALVES (PROCURADORA DO ESTADO DO RIO GRANDE DO SUL) Excelentíssimo Presidente do Supremo Tribunal Federal, Ministro Gilmar Mendes, na pessoa de quem cumprimento as demais autoridades

Leia mais

1 64-1-010/2013/598823 010/1.13.0024550-6 (CNJ:.0044480-23.2013.8.21.0010)

1 64-1-010/2013/598823 010/1.13.0024550-6 (CNJ:.0044480-23.2013.8.21.0010) COMARCA DE CAXIAS DO SUL 2ª VARA CÍVEL ESPECIALIZADA EM FAZENDA PÚBLICA Rua Dr. Montaury, 2107, 5º andar Processo nº: Natureza: Impetrante: Impetrado: 010/1.13.0024550-6 (CNJ:.0044480-23.2013.8.21.0010)

Leia mais

DIREITO ADMINISTRATIVO

DIREITO ADMINISTRATIVO DIREITO ADMINISTRATIVO RESPONSABILIDADE CIVIL DO ESTADO Atualizado até 13/10/2015 RESPONSABILIDADE CIVIL DO ESTADO NOÇÕES INTRODUTÓRIAS Quando se fala em responsabilidade, quer-se dizer que alguém deverá

Leia mais

Sugestão Legislativa nº 35, de 2003

Sugestão Legislativa nº 35, de 2003 COMISSÃO DE LEGISLAÇÃO PARTICIPATIVA Sugestão Legislativa nº 35, de 2003 Dispõe sobre a criação do passe livre para idosos maiores de 65 anos, no uso do transporte rodoviário municipal, intermunicipal,

Leia mais

O Dever de Consulta Prévia do Estado Brasileiro aos Povos Indígenas.

O Dever de Consulta Prévia do Estado Brasileiro aos Povos Indígenas. O Dever de Consulta Prévia do Estado Brasileiro aos Povos Indígenas. O que é o dever de Consulta Prévia? O dever de consulta prévia é a obrigação do Estado (tanto do Poder Executivo, como do Poder Legislativo)

Leia mais

PODER JUDICIÁRIO TRIBUNAL REGIONAL FEDERAL DA PRIMEIRA REGIÃO SEÇÃO JUDICIÁRIA DO DISTRITO FEDERAL

PODER JUDICIÁRIO TRIBUNAL REGIONAL FEDERAL DA PRIMEIRA REGIÃO SEÇÃO JUDICIÁRIA DO DISTRITO FEDERAL SENTENÇA Nº 1038 -A/2014 (TIPO A) PROCESSO Nº 40206-85.2014.4.01.3400 CLASSE: 2100 MANDADO DE SEGURANÇA INDIVIDUAL IMPETRANTE: CLÍNICA MEDICA W LTDA IMPETRADO: PRESIDENTE DO CONSELHO FEDERAL DE MEDICINA

Leia mais

2ª TURMA RECURSAL JUIZADOS ESPECIAIS FEDERAIS SEÇÃO JUDICIÁRIA DO PARANÁ

2ª TURMA RECURSAL JUIZADOS ESPECIAIS FEDERAIS SEÇÃO JUDICIÁRIA DO PARANÁ 2ª TURMA RECURSAL JUIZADOS ESPECIAIS FEDERAIS SEÇÃO JUDICIÁRIA DO PARANÁ Processo nº 2007.70.50.015769-5 Relatora: Juíza Federal Andréia Castro Dias Recorrente: CLAUDIO LUIZ DA CUNHA Recorrida: UNIÃO FEDERAL

Leia mais

MINISTÉRIO DO DESENVOLVIMENTO SOCIAL E COMBATE A FOME CONSELHO NACIONAL DE ASSISTÊNCIA SOCIAL RESOLUÇÃO N.º 191, DE 10 DE NOVEMBRO 2005 DOU 17/11/2005

MINISTÉRIO DO DESENVOLVIMENTO SOCIAL E COMBATE A FOME CONSELHO NACIONAL DE ASSISTÊNCIA SOCIAL RESOLUÇÃO N.º 191, DE 10 DE NOVEMBRO 2005 DOU 17/11/2005 MINISTÉRIO DO DESENVOLVIMENTO SOCIAL E COMBATE A FOME CONSELHO NACIONAL DE ASSISTÊNCIA SOCIAL RESOLUÇÃO N.º 191, DE 10 DE NOVEMBRO 2005 DOU 17/11/2005 Institui orientação para regulamentação do art. 3º

Leia mais

EXCELENTÍSSIMO SENHOR DOUTOR JUIZ DE DIREITO DA COMARCA DE PIRAJU SP

EXCELENTÍSSIMO SENHOR DOUTOR JUIZ DE DIREITO DA COMARCA DE PIRAJU SP EXCELENTÍSSIMO SENHOR DOUTOR JUIZ DE DIREITO DA COMARCA DE PIRAJU SP URGENTE IC 051/2014 O MINISTÉRIO PÚBLICO DO ESTADO DE SÃO PAULO, na defesa dos direitos dos idosos, com fulcro nos artigos 127, 129

Leia mais

BuscaLegis.ccj.ufsc.br

BuscaLegis.ccj.ufsc.br BuscaLegis.ccj.ufsc.br O que é uma ONG? Rodrigo Mendes Delgado *. Uma ONG é uma Organização Não-Governamental. Mas, para que serve uma ONG? Simples, serve para auxiliar o Estado na consecução de seus objetivos

Leia mais

EDITAL nº 001/2013. Convocação de Audiência Pública

EDITAL nº 001/2013. Convocação de Audiência Pública EDITAL nº 001/2013 Convocação de Audiência Pública O Presidente do Conselho Nacional do Ministério Público (CNMP), no exercício da competência fixada no artigo 130-A, parágrafo 2º, inciso II, da Constituição

Leia mais