A POLÍTICA DE ASSISTÊNCIA À CRIANÇA E AO ADOLESCENTE DESENVOLVIDA PELA FUNDAÇÃO ESTADUAL DO BEM ESTAR DO MENOR DO CEARÁ

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1 UNIVERSIDADE ESTADUAL DO CEARÁ DEPARTAMENTO DE CIÊNCIAS SOCIAIS, DE HISTÓRIA E DE MÉTODOS E TÉCNICAS DE SERVIÇO SOCIAL. MESTRADO ACADÊMICO EM POLÍTICAS PÚBLICAS E SOCIEDADE. A POLÍTICA DE ASSISTÊNCIA À CRIANÇA E AO ADOLESCENTE DESENVOLVIDA PELA FUNDAÇÃO ESTADUAL DO BEM ESTAR DO MENOR DO CEARÁ. Passaporte para a cidadania ou dispositivo disciplinar? Rejane Batista Vasconcelos Mestranda Inês Sílvia Vitorino Sampaio Orientadora Professora Doutora Fortaleza Ceará Dezembro/2003

2 Rejane Batista Vasconcelos A POLÍTICA DE ASSISTÊNCIA À CRIANÇA E AO ADOLESCENTE DESENVOLVIDA PELA FUNDAÇÃO ESTADUAL DO BEM ESTAR DO MENOR DO CEARÁ: PASSAPORTE PARA A CIDADANIA OU DISPOSITIVO DISCIPLINAR? Dissertação apresentada ao Curso de Mestrado Acadêmico da Universidade Estadual do Ceará, como requisito parcial à obtenção do título de Mestre em Políticas Públicas e Sociedade. Área de Concentração: Ciências Sociais. Orientadora: Profa. Dra. Inês Sílvia Vitorino Sampaio Universidade de Fortaleza Fortaleza Universidade Estadual do Ceará

3 Vasconcelos, Rejane Batista A política de assistência à criança e ao adolescente desenvolvida pela Fundação Estadual do Bem Estar do Menor do Ceará: passaporte para a cidadania ou dispositivo disciplinar?/ Rejane Batista Vasconcelos f., enc. Orientadora: Inês Sílvia Vitorino Sampaio. Dissertação (mestrado) Universidade Estadual do Ceará Bibliografia: f

4 Universidade Estadual do Ceará Departamento de Ciências Sociais, História, Métodos e Técnicas de Serviço Social Programa de Pós-Graduação em Políticas Públicas e Sociedade Dissertação intitulada: A política de assistência à criança e ao adolescente desenvolvida pela Fundação Estadual do Bem Estar do Menor do Ceará: passaporte para a cidadania ou dispositivo disciplinar?, de autoria da mestranda Rejane Batista Vasconcelos, aprovada pela banca examinadora constituída pelos professores: Profa. Dra. Inês Sílvia Vitorino Sampaio UNIFOR Orientadora Profa. Dra. Ângela de Alencar Araripe Pinheiro UFC Prof. Dr. Francisco Horácio da Silva Frota UECE Fortaleza, 15 de dezembro de

5 Os que por último chegaram e em minha vida tornaram se, em tudo, os primeiros: Adriano e Germano. A vocês, para quem, jamais, ninguém lançou olhares distintos dos que se lançam para as crianças, e os quais ninguém jamais ousou chamar menores, o meu desejo de que todas as horas em que lhes disse não sem culpa, nem temor de que depois ou que mais tarde ou amanhã fossem tempo longe demais : AGO RA NÃO POSSO, venham a ser traduzidas em possibilidades novas para os menores, ainda não transformados em crianças, sobre os quais ainda haverão de se produzir muitos estudos, para se buscar entender o que leva as pessoas a fabricar e alimentar desigualdades de tal m onta que quase convencem que os iguais de direito deverão ser e crer-se, de fato, desiguais. E, tam bém, Aos que vieram antes de mim: Minha avó Severina, exem plo de força e vontade de marcar seu registro nos quase noventa e dois anos de convivência. N a certeza de que está dando um outro significado ao lugar para onde foi... Meus pais, A ssis hoje, presentificado na saudade e Tica, cuja comunicação é, hoje, feita não de palavras já não as consegue dizer -, m as de emoção e de alegria da presença, m esm o silenciosa, com ausências e distanciada, m as, igualm ente forte. É, a vocês, que dedico tudo o que representou de esforço, de incerteza, mas também de prazer que se configura na sensação de mais um passo... E, m ais, desejando, A driano, que a pergunta que me fez se o que eu estudei vai ter aplicação em algum lugar? Respondo, agora, de outra forma: espero que sim! 4

6 É momento de reconhecer e agradecer a Quem são meus Irmãos e amigos Quem junto de mim está Quem, comigo, esteve Amigos e companheiros do Mestrado; Horácio pela espera, paciência e confiança de que, um dia, essa difícil tarefa haveria de ser cumprida; Helena Frota, a quem nunca falei da gratidão, pela forma elogiosa e de amparo que me assegurou a serenidade necessária nas primeiras etapas seletivas deste curso; Os professores todos; Lílian a primeira secretária sempre solidária e pronta a quebrar o famoso galho; Fátima a quem coube, posteriormente, a tarefa de manter-nos nós alunos, informados e lembrados de nossos prazos (rigorosamente cumpridos!). Todos, igualmente, espero que me sintam grata, pois é como sou a vocês. A você, Inês, que, muito mais que uma orientadora, com rigor, apoio e incentivo, fez-me pensar e buscar forças e possibilidades que, muitas vezes, pareceram-me inexistentes, e que, também, como um exemplo de possibilidade de convivência salutar com pensares distintos até opostos, representou a melhor escolha para parceira, nesta tarefa, meu reconhecimento e gratidão por tudo de bom que este trabalho possa representar. Ângela Pinheiro e Gisafran, assistentes e auxiliares do primeiro parto a qualificação do projeto, saibam do orgulho e da gratidão de tê-los como partícipes importantes desta chegada... Especialmente à Socorro a Maria do Socorro! (Martins) que, a despeito de todas as dores e dificuldades por que vem passando, esteve como amiga solícita, colaboradora incansável e inarredável confiando que você, brevemente, também conclua essa tarefa, um obrigada especial. Também obrigada àqueles que não mencionei, por razões de ordem diversa, inclusive por lapso de memória, nesse momento, mas que isso não significa que deixo de reconhecer o grau de sua importância tida no trajeto e construção deste empreendimento. 5

7 Grata, espero que me tenham, também, Aqueles colegas e amigos feitos no espaço institucional que, de algum modo, atuaram como colaboradores neste empreendimento. Nessa condição, menciono Ana Martins e Lucita, como forma de agradecer aos demais. As assessoras jurídicas da Secretaria de Ação Social Auxiliadora e Conceição que, em tempo, e com sensibilidade, buscaram e encontraram, na lei, a forma de reconhecer a justeza na concessão do afastamento necessário à conclusão desta pesquisa. Isaías e Sônia, integrantes dessa mesma assessoria, que, com imensuráveis apoio, presteza e atenção tranqüilizaram-me nos momentos de espera. Mônica Meneses que foi, nos difíceis momentos finais, dando palavras de incentivo e mostrando que o fim estava perto... A FUNCAP, pela curta, mas importante, ajuda financeira concedida durante sete meses. Margarida Alacoque que me confiou o manuseio de valiosos documentos que tão bem os tem guardado. Veriana uma amizade iniciada no espaço institucional, pelo incentivo, pela colaboração e força dados nesse caminhar. E, mesmo, por todas as vezes que me cobrou a colocação de um ponto final neste quase infindo trabalho. Elineide, pela colaboração, neste finalzinho. 6

8 Resta-me dizer do preito de gratidão para com os sujeitos constitutivos fundamento e fim do que este estudo possa ter significado em termos de investimento material, da razão do esforço, do alim entar da utopia, esta, aqui, entendida, com o sonho em andamento: as crianças e os adolescentes com os quais realizei a experiência impagável de dividir horas, dias, m eses, anos de minha vida. Sujeitos que ensinam, a quem se propõe a aprender, tudo da vida: o que se pode experimentar de melhor e de pior do ser humano. Pacientes, são capazes de esperar o que nunca chega ou o que chega demasiadamente tarde. Mas, tendo pressa para garantir a vida, podem tornar-se impiedosos com as vidas que os atropelam no caminho. Nessa estrada, não nos cabe conhecer ou ver o que virá. O fim dela, ninguém sabe, bem ao certo, onde vai dar. Vamos todos numa linda passarela. de uma aquarela que um dia, enfim, descolorirá... (Toquinho e Vinícius de M oraes). Como o foi para os que se foram cedo: Ana(s) Lúcia(s), Vanderlânia, Reginaldo, e outros... 7

9 Sonhei que estava sonhando Um sonho sonhado Um sonho de um sonho magnetizado As mentes abertas Sem bicos calados Juventude alerta Os seres alados Sonho meu Eu sonhava que sonhava Por isso eu sonhei... (Sonho de um sonho de Rodolfo de Souza e Tião Graúna). 8

10 SUMÁRIO RESUMO ABSTRACT INTRODUÇÃO I CAPÍTULO O ESTUDO EM SEUS TEMPOS E ESPAÇOS E EM SUAS FORMAS DE IDEALIZAÇÃO E REALIZAÇÃO I. 1 Dramas que construíram a trama I. 1.1 Recontando histórias e (re)encontrando razões I. 2 As paixões ao sabor da razão: o esforço do esculpir o objeto de estudo I O objeto em sua dimensão e forma I. 3 Percalços e passos da pesquisa I. 3.1 As lentes, o foco e o olhar sobre o material I. 4 Definição do corpus II CAPÍTULO NO MUNDO DOS GRANDES UM MUNDO PARA OS PEQUENOS: O CONSTRUTO HISTÓRICO-SOCIAL DA INFÂNCIA E JUVENTUDE II. 1 Histórias que não embalam sonhos, mas que os livros contam II. 2 A infância entre cantiga (d)e roda II. 3 Aos pequenos, a herança de um mundo feito pelos grandes II. 4 O século que daria à luz a criança II. 5 A infância significando-se sob rédeas nas redes de poder: a constituição da criança da modernidade II A criança e as regras da modernidade II. 6 Nem criança nem adulto: um outro ser e um outro mundo III CAPÍTULO A INFÂNCIA EM SUA VERSÃO POBRE: UM CAPÍTULO DE SUAS MUITAS HISTÓRIAS III. 1 A caridade: a redenção da infância desvalida

11 III A Roda não é brincadeira e a ciranda é da morte III. 2 A ciência: medida e promessa para uma infância de valia III. 3 O mundo por cenário e a pobreza como espetáculo III. 4 Os espólios da pobreza sob a administração do Estado A política social para a infância como uma reposta a que questões? IV CAPÍTULO ENSAIANDO UM BALANÇO: OS LEGADOS JURÍDICOS DO SÉCULO XX PARA A INFÂNCIA IV. 1 A inauguração de uma outra era para a menoridade no Brasil V CAPÍTULO POLÍTICA SOCIAL: SÓ UM MODO DE GOVERNO DAS DESORDENS? UMA FRACASSADA MEDIDA DE ALCANCE DA CIDADANIA? OU UMA ARENA DE DISPUTA POLÍTICA, ECONÔMICA E SOCIAL CONSEQÜENTEMENTE UM JOGO DE FORÇAS? V. 1 Pensando o Estado e a sociedade brasileiros para pensar sua política social V. 2 Matrizes nacionais da política social V. 3 Matizes de uma política social brasileira: o caso da infância e da adolescência VI CAPÍTULO FALAS E (E)FEITOS DE UMA POLÍTICA: CONHECENDO O DISCURSO DA POLÍTICA DE ASSISTÊNCIA À CRIANÇA E AO ADOLESCENTE NO CEARÁ VI. 1 Uma política em seu cenário de inspiração e de vida VI. 2 A Fundação Nacional do Bem-Estar do Menor FUNABEM e a Política Nacional do Bem-Estar do Menor PNBEM: um agente e um discurso com seus vários efeitos VI A FUNABEM e a PNBEM no curso da história: outras e mesmas falas dos mesmos e de outros personagens VII CAPÍTULO CONCLUSÕES POSSÍVEIS AO RELER OS DISCURSOS E OUVIR OUTROS ECOS: O QUÊ E DE QUEM FALAM ESSAS FALAS QUE FALAM DE PROTEÇÃO, SANÇÃO, RUA, TRABALHO E ESCOLA VII. 1 A proteção à criança e ao adolescente em sua contra-face VII. 2 A sanção prescrita na política de assistência à criança e ao adolescente VII. 2.1 O ingresso e o batismo institucionais

12 VII. 3 A escola e o trabalho enquanto indicação e proibição: limites e alcances desses possíveis instrumentos de controle VII A escola e o trabalho: consórcios e divórcios VII. 4 A rua: os discursos dos perigos, riscos e interditos VII. 5 Síntese ideativa: retomando as hipóteses e conversando com elas VII. 6 Considerações finais CONSULTA BIBLIOGRÁFICA REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS DOCUMENTOS-BASE DAS ANÁLISES

13 RESUMO A pesquisa que resultou neste trabalho dissertativo teve por objetivo proceder a uma análise dos efeitos de poder que o discurso emanado da política social de assistência à infância e à adolescência, praticada pela Fundação Estadual do Bem Estar do Menor do Ceará, produziu nos sujeitos, por ela, alcançados. Com este propósito, a investigação buscava avaliar se essa política social poderia ser dita um recurso de controle, um dispositivo disciplinar. A parceria teórica para essa diligência foi buscada em Michel Foucault; uma investigação que seguiu os passos do modelo analítico que se funda no que esse filósofo e historiador francês nomina análise das formações discursivas. No começar da caminhada investigativa, algumas idéias findaram por produzir indagações que corporificaram colocações hipotéticas, sem que, no entanto, essas reservassem caráter de predição. Tiveram, elas, bem mais o caráter de trama, de tecido a sofrer, a um só tempo, o processo de tecedura e desfiadura. A idéia central era a de que, por inscrever como seus exclusivos destinatários a criança e o adolescente pobres, essa política assistencial configurar-se-ia num recurso de normalização, de controle das desordens sempre presentes em cenários sociais minados por desigualdades e injustiças. Daí decorreram mais duas idéias a serem investigadas: a de que a sociedade seria parceira ideal nesse processo de controle, de disciplinamento, pois, como deixa claro, Foucault, o poder não é bem e posse do Estado; ao contrário, ele está circunscrito a todo lugar, portanto, é posse desigual, é verdade de todos os sujeitos. Nesse sentido, a política social como recurso de enquadre, de disciplinamento, alcançaria seu propósito mediante o consórcio das vontades e necessidades de ordem, de controle presentes no Estado e na sociedade. Por fim, e decorrente da idéia central e dessa secundária, foi inferido que essa política teve a feição e a medida que a sociedade prescreveu. Evidente, que nem sociedade nem Estado são blocos compactos, unívocos, uníssonos, mas o que resulta do embate de suas frações, de suas facções, de seus cortes espelha, em grau menor ou maior, o que busca a sociedade com consciência ou sob equívocos, em termos de ordem. Pôr em suspenso essas idéias, a fim colocá-las em xeque, exigiu percorrer algumas trajetórias históricas: uma viagem de retorno à fundação do Estado e da sociedade brasileiros; uma reconstituição do tempo e cenário em que o mundo infantil e seu habitante surgiram como produção moderna; um recontar das histórias dos modelos, das instituições, das ações e das legislações formatadas para fazer frente às mazelas sociais que, sem dar chance de escolha, recaíam e recaem sobre a vida e o destino de crianças e adolescentes herdeiros da miséria que a riqueza promove. Todo esse trajeto de volta foi feito para pisar com segurança no terreno em que aquelas idéias seriam deitadas: a fonte documental projetos, programas, planos, relatórios produzidos tanto pela FEBEMCE, e material impresso semelhante ou distinto desses produzidos por órgãos do Poder Público estadual afetos a essa política específica na qual se foi buscar ouvir as falas que pareciam inaudíveis e os discursos que, à primeira vista, até poderiam parecer inofensivos, desprovidos de intenções e vontades irreveladas; enfim, discursos para os quais se olha como se fossem letra morta, como palavras destituídas de quaisquer poderes. O procedimento investigativo, em seus achados finais, permitiu verificar que, neles, encontravam-se ecos e ressonâncias daquele pensar inicial, construído ao longo do tempo de convivência com essa realidade de meninos e meninas desapossados de seus mais elementares direitos: a política social de atendimento à infância e à adolescência perpetrada pela FEBEMCE, no curso de sua existência pôde ser constatado, foi um instrumento de controle, um dispositivo disciplinar que não necessariamente impôs a violência física materializada, mas que não deixou de realizá-la sob uma eterna ameaça, como uma sombra que desenha, com o auxílio do medo, enormes fantasmas; como uma nuvem pairando nas zonas sombrias da Terra da Luz. 12

14 ABSTRACT 13

15 INTRODUÇÃO Numa folha qualquer Eu desenho um sol amarelo E com cinco ou seis retas É fácil fazer um castelo Corro o lápis em torno da mão E me dou uma luva E se faço chover Com dois riscos tem um guarda-chuva Se um pinguinho de tinta Cai no pedacinho azul do papel Num instante imagino uma linda gaivota A voar no céu [...]. (Trecho da canção Aquarela de Toquinho e Vinícius de Moraes) O esforço desse empreendimento investigativo reserva, em última instância, a intenção de oferecer uma leitura da política social de assistência à criança e ao adolescente que se praticou, no período de 1968 a 2000, no Estado do Ceará, pelo poder público estadual, através da Fundação Estadual do Bem Estar do Menor do Ceará FEBEMCE, tendo como alvo a população infanto-juvenil pobre. Foi, confesso, uma das mais duras e longas tarefas que, a mim, impus! Havia horas em que nenhuma idéia me vinha à mente; havia outras em que nenhuma palavra traduzia o que borbulhava, em mim, como sentimento ou pensamento; e outras em que, por mais que cavasse o terreno da razão ou da emoção, o que me aparecia era o nada e, com ele, o medo. Medo que se originava na autocrítica, bem assim, na crítica de que o que eu estava a fazer era um equívoco, um erro, uma insignificância. Pois, a ousadia de escolher uma parceria teórica do vulto de Foucault só envolve riscos, sobretudo, quando as descobertas feitas através dele, não atingiram, ainda, uma completa madurez. Os medos, pois, rondaram-me e rondam-me, neste fazer. Mas, uma certeza, guardo, desde longe: a vida é um contínuo estado de risco. Foi, assim pensando, que somei coragens para chegar a este término ou a um re-começar. Afirmo, logo em princípio deste trabalho, que fazer ciência é confrontar-se com os limites, com as impossibilidades. A quem envereda por este caminho cabe inventariar e, não raro, inventar as possibilidades. Como dizem os poetas em Aquarela basta imaginar e perseguir a imaginação que um mundo haverá de surgir em nossa frente... Foi muito do que tive de fazer para encontrar-me, aqui e agora, 14

16 com um sentimento de que busquei e encontrei entendimento de questões ainda que, neste percurso, se tenham levantado outras que me inquietaram ao longo de minhas atividades profissionais. Espero, com isso, estar, de algum modo, colaborando para que, pelo menos, sejam discutidas as formas de olhar, perceber e agir em relação às crianças e adolescentes que habitam este Estado. O desejo e a necessidade de empreender este estudo, eu os apresento no capítulo inaugural desta dissertação, quando inicio falando de meu ingresso no mundo dos menores, como assistente social, pelas portas do Centro Educacional Marieta Cals CEMC, unidade de Recepção e Triagem Masculina, da Fundação Estadual do Bem Estar do Menor do Ceará, ambos extintos, embora o que tenham representado possa permanecer, quer como véus das memórias, que, a qualquer instante, os ventos do tempo põem-nos a balançar, reavivando-os, quer como estruturas materiais no caso, do CEMC, que o prédio abriga, há algum tempo, o Centro Educacional Dom Bosco ou imateriais, refletidas nas práticas e efeitos que têm sido produzidos pelo que se colocou em seus lugares. O ESTUDO EM SEUS TEMPOS E ESPAÇOS E EM SUAS FORMAS DE IDEALIZAÇÃO E REALIZAÇÃO intitulou o I Capítulo deste trabalho. Nele, estão enfocados o processo de constituição do objeto de estudo, sua dimensão, seu universo, sua localização, sua significância, o modo de sua abordagem, além dos limites que cercaram esse estudar. A infância tema de centralidade nesta pesquisa, a despeito de quaisquer esforços e investidas na direção de dar-lhe uma conformação, uma anatomia, ela é uma significação singular. É um evento transitório e inarredável: não há quem sendo jovem ou adulto não a tenha experimentado, embora se a diga ausente (?) na vida de crianças e adolescentes que sobrevivem nas condições de agruras e desesperanças. Dela, os poetas falam. Uns, como Casimiro de Abreu (1965), saudosamente, assim proclamam-na: Como era belo esse tempo, De tão doces ilusões, De tardes belas, amenas, De noites sempre serenas, De estrelas vivas e puras; Quadra de riso e de flores, Em que eu sonhava venturas, Em que eu cuidava de amores! (Trechos de Os meus sonhos, p. 189). 15

17 pesares e mágoas: Alguns, a exemplo de Cora Coralina (2001a), reacendem suas dores, Ao nascer frustrei as esperanças de minha mãe. Ela tinha já duas filhas, do primeiro e do segundo casamento com meu pai. [...]. Venci vagarosamente o desamor, a decepção de minha mãe. [...]. No Passado Tanta coisa me faltou. Tanta coisa desejei sem alcançar. [...]. Infância... Daí meu repúdio invencível à palavra saudade, infância... (Trechos de Menina mal-amada, p. 114, 119, 121). verdades: Outros, como Ruth Rocha (In ABRAMOVICH, 1983), dizem de suas Ai que saudades que eu tenho Da aurora da minha vida, Não gostava da comida Mas tinha que comer mais... Espinafre, beterraba, E era fígado e era fava, E tudo que eu não gostava Em porções industriais. (Trechos de Ai que saudades..., p. 105). O fato é que a infância, com suas significações, insere-se no percurso da vida social humana como uma elaboração de um dado tempo e em um espaço situado, portanto, uma concepção com tudo que lhe implica, histórica e socialmente produzida. NO MUNDO DOS GRANDES UM MUNDO PARA OS PEQUENOS: CONSTRUTO HISTÓRICO-SOCIAL DA INFÂNCIA E DA JUVENTUDE é o capítulo em que será feita a abordagem acerca de como foi introduzida a idéia de infância e de juventude na sociedade moderna. Nele, são trabalhados alguns marcos históricos e sociais que fundam esse evento, bem como a repercussão que traduz, nas vidas das crianças e dos jovens, a criação de um mundo infantil e de um mundo juvenil. 16

18 Como afirmei, infância é um conceito, e como todo conceito é resultado de múltiplos poderes: saber, pensar, agir, falar. Nele ficam incorporados, não necessariamente em proporções igualitárias, valores sociais, econômicos, políticos, morais, dentre outros étnicos, raciais, religiosos etc. Daí, ser impróprio falar-se da infância como se fôra um evento único e igualmente vivenciado por todas as crianças. Se é fato que o sujeito jovem e o sujeito adulto tenham, obrigatoriamente, ultrapassado a fase da infância, não é igualmente verdade, que esse período de vida tenha tido, para eles, a mesma significação. A infância inscreve-se, tanto para cada criança em particular quanto para os sujeitos de seu ambiente familiar e social, de modos distintos e, o mais grave, de modo desigual! Não, é, pois, a infância passível e possível de uma única representação totalizante de vivência, nem mesmo de uma só ideação sobre ela. Quando se ouve a música, de Martinho da Vila, Tom maior: Está em você O que o amor gerou Ele vai nascer e há de ser sem dor Ah! Eu hei de ver Você ninar, ele dormir Hei de vê-lo andar, falar, sorrir... e a música Relampiano de Lenine e Paulinho Moska, não se guarda quaisquer dúvidas quanto à impossibilidade de falar-se de uma só infância: Tá relampiano, cadê neném? Tá vendendo dropes No sinal pra alguém Todo dia é dia, toda hora é hora Neném não demora pra se levantar Mãe passando roupa, pai já foi embora. O caçula chora Mas há de se acostumar Com a vida lá de fora do barraco Hai que endurecer um coração tão fraco Para vencer o medo do trovão Sua vida aponta a contra-mão. [...]. É mais uma boca dentro do barraco Mais um quilo de farinha do mesmo saco Para alimentar um novo João Ninguém A cidade cresce junto com neném. 17

19 Ou quando se escuta O pivete de Francis Hime e Chico Buarque: No sinal fechado Ele transa chiclete E se chama pivete E pinta na janela Capricha na flanela Descola uma bereta Batalha na sarjeta E tem as pernas tortas. As infâncias, aqui tratadas, verá o leitor, estarão situadas no universo das cantadas em Relampiano e O pivete. Isto é, infâncias que foram ainda, têm sido, em menor escala alvo preferencial dos meios de comunicação de massa, quando de notícias envolvendo práticas de atos delitivos, a elas, atribuídos; que, igualmente, são fonte de inspiração de políticos, quando da busca, sem freios, de votos, para garantia de ingresso ou de renovação de permanência numa cadeira do legislativo ou do executivo em quaisquer das três esferas; que, também, lotam as instituições e tornam-se vítimas de práticas que colidem com os preceitos constitucionais; crianças e adolescentes que ficam, muitas vezes, à mercê da vontade e da discricionariedade de dirigentes e técnicos de espaços constituídos pelo Poder Público, para se portarem como abrigos ou centros educacionais, mas que passam ao largo de tais funções. Enfim, infâncias que conhecem, cedo, os braços que as abraçam, e que sabem o quanto pesa, sobre seus corpos e mentes, a mão forte do Estado sancionador, ao mesmo tempo, em que não têm a precisão do quanto essa mesma mão é escorregadia, quando se trata da proteção. É no III Capítulo que essa face da infância vai ser mostrada. A INFÂNCIA EM SUA VERSÃO POBRE: UM CAPÍTULO DE SUAS MUITAS HISTÓRIAS enfoca os distintos viéses em que se apresentaram e apresentam-se as práticas de assistência às crianças e aos adolescentes pobres, no Brasil. Reconstitui, ainda que sumariamente, o cenário político, social e econômico em que cada uma das expressões de atendimento e enfrentamento da chamada questão do menor teve e tem lugar, ao longo dos séculos. A caridade, a filantropia e a política social, como modos de operar a face da questão social relativa à menoridade pobre, foram abordadas em suas trajetórias históricas. A lógica a que cada uma atendia e comportava foi, neste 18

20 capítulo, tratada, bem como o aparelhamento material e ideológico construído para pôr em prática seus ideários. A configuração da questão da infância pobre, no Brasil, foi possível graças à farta produção historiográfica social relativa à criança, que se adensou na última década do século XX. A vida da infância pobre brasileira foi lida e trazida à análise pelas mãos e obras, sobretudo, de historiadores que se incumbiram de, preponderantemente na década de 1990, recompor seus dramas, bem como o modo de enfrentar as expressões de sua existência, que o Poder Público, a sociedade e a Igreja adotaram. Autores como Del Piore (1996; 1999), Fraga Filho (1996), Freitas (1997), Marcílio (1997; 1998), Rago (1997) deram eixo ao estudo que realizei. Não historiadores, mas igualmente estudiosos da infância brasileira, dentre outros, cito Guirado (1986), Kuhlmann Jr. (1998), Méndez (1998), Pereira Júnior (Org.) (1992), Volpi (1997), Pilotti & Rizzini (1995), que compuseram, igualmente, neste aspecto, o fundo teórico desta pesquisa. Dentre os autores que forneceram subsídios para análise dos instrumentos jurídicos relativos à criança e ao adolescente, menciono: Cavallieri (1995), Chaves (1997), Corrêa (1928), Carvalho (1980), Cury et al. (1992), Leal (1998), Machado (1987), Méndez (1998). Além dos autores referidos, os próprios ordenamentos jurídicos: Código de Menores de 1927, Novo Código de Menores - Lei 6697/79, de 10 de outubro de 1979, Estatuto da Criança e do Adolescente Lei Federal nº 8069, de 13 de julho de 1990, Código Penal Brasileiro, de 1940 e a Lei das Contravenções Penais, de 1941, foram objeto e fonte de consulta e análise, na construção desta e das demais fases deste estudo. ENSAIANDO UM BALANÇO: OS LEGADOS DO SÉCULO XX PARA A INFÂNCIA é como se intitula o IV Capítulo deste estudo. Aqui, busquei dar uma panorâmica do que foram os esforços empreendidos pela sociedade, por organismos internacionais e nacionais, por órgãos da esfera pública, por representações políticas, entidades de classe, organizações não-governamentais, entidades de defesa dos direitos humanos, dentre outros, no século recém findado, objetivando assegurar à infância e à adolescência, em todo o mundo, condições dignas de existir. São elencados alguns dos vários instrumentos internacionais que representam a intenção dos povos de assegurar um destino diferente do que vem tendo a maior parte das crianças do mundo. 19

21 No concernente, ao que se buscou, na mesma direção, em território nacional, para o conjunto das crianças, podem-se citar, como os mais significativos e recentes: a Constituição Federal, de 5 de outubro de 1988, na qual fica afirmada, pelo Artigo 227, a condição de cidadania para todas as crianças e adolescentes nascidos ou residentes no Estado brasileiro, e a Lei Federal 8069, de 13 de julho de 1990, que dispõe sobre o Estatuto da Criança e do Adolescente E. C. A., na qual se vê buscado o esforço de assegurar materialidade à condição cidadã para aqueles que, até então, haviam sido objetos do Direito. Esses ordenamentos jurídicos são, no curso deste estudo, apresentados, naquilo que configura seu cerne. As indagações que intitulam o V Capítulo são, na verdade, tudo do que ele é constituído; elas fundam o terreno em que este estudo prolifera. Seria, POLÍTICA SOCIAL: SÓ UM MODO DE GOVERNO DAS DESORDENS? UMA FRACASSADA MEDIDA DE ALCANCE DA CIDADANIA? OU UMA ARENA DE DISPUTAS POLÍTICAS, ECONÔMICAS E SOCIAIS CONSEQÜENTEMENTE UM JOGO DE FORÇAS? Políticas sociais representam, como pode ver o leitor, a fonte em que se deitaram minhas curiosidades e o meu desejo de entendimento. O estudo desta temática cobra, além de outros saberes, uma compreensão exata do processo de fundação do Estado brasileiro e, da esteira em que se desenrolam e se efetivam os conceitos de democracia, de cidadania, de participação, de compromisso com o coletivo. Não há como se dar conta do modo de existir e de funcionar do Poder Público e de suas ações e programações sem retornar aos alicerces de fundação do Estado; sem compreender, com nitidez, como se tecem as relações que configuram o Estado brasileiro e, mais ainda, a sociedade brasileira como exemplos modelares de estruturas autoritárias. Tornou-se imperioso um pensar acerca da participação da sociedade como fator de determinação conformativa do modo de operar do Estado. A sociedade, entendo, tem ou poderia ter o papel de eqüalizar as ações estatais, o uso e abuso de seu poder. Doutro modo, tem identicamente, a sociedade, poder de se instaurar, como o faz, de modo autoritário, fortalecendo, no Estado, esse potencial. Chauí (2000), dá conta desse viés, quase nunca assinalado, e que se tenta deixar silenciado, ao mesmo tempo, sempre evocado na figura do Estado: o viés do autoritarismo. 20

22 Já o entendimento de como o público e o privado se imbricam na sociedade e no Estado brasileiros se pode ir encontrar na obra antropológica de Freyre (1980) e DaMatta (2000). O primeiro, ao expor como se constitui o corpo de um povo o brasileiro, esmiúça, de modo claro, a estrutura das relações que fundaram este Estado e esta sociedade. Já DaMatta põe em funcionamento esse corpo, essa estrutura; ele conta do molejo e manejo políticos, do cotidiano; fala, com expressividade e forma, das tramas marginais, do jogo de influência, das trocas de favor, do afilhadismo que transitam no terreno do público como se fossem os oitões do privado. Essa forma imperante da coisa pública ser tratada requer uma acurada análise por quem pretenda debruçar-se ao entendimento de quaisquer das expressões de política social. E esses autores leram, com propriedade, esse modo de ser privado e público no Brasil. Foram salões literários, por mim, visitados, mas que, alerto ao leitor, não estarei, por total impossibilidade de dedicar tempo a esse passeio literário científico, reafirmando todas as descobertas. Fazendo-lhes referência e às suas obras, pretendo deixar assinalada a significância desses autores nessa viagem de volta. Ademais, quero produzir o registro de que este estudo assenta-se em estacas dessas produções teóricas elucidativas do modo como se foram constituindo as relações de poder nos solos da sociedade e do Estado brasileiros. A este capítulo ficou dada a incumbência de constituir a trama e o padrão teóricos em que o tecido a ser investigado submeter-se-ia, a um só tempo, ao processo de desfiadura e tecedura. Assim foi que, também, me impus a tarefa de configurar teoricamente o que é a centralidade deste estudo: a política social. Desse modo, tomei as produções nacionais ou estrangeiras de alguns cientistas políticos, sociólogos e assistentes sociais, como fonte. Cuidei em recuperar um pouco, já neste capítulo, da Política Nacional do Bem-Estar do Menor que foi o espelho da política de assistência à criança e ao adolescente que o poder público estadual pôs em execução, no período de 1968 até a entrada em vigência do E. C. A., em outubro de 1990 momento em que a política social voltada ao atendimento dessa parcela da população passa a ser regida por esse diploma legal, embora, poucas tenham, em princípio, sido as alterações, nela, praticadas. 21

23 Foi este o caminho teórico que o estudo percorreu, para dar a conhecer como, no Estado do Ceará, o Poder Público tornou efetivas as ações voltadas ao atendimento da infância e da adolescência da Terra da Luz, que sobrevivem em sua zona mais sombria. Com esses cinco capítulos, ficam inventariados as bases e o arcabouço que ofertam a configuração do objeto e objetivo deste esforço de investigação científica, que se podem objeto e objetivo inscrever na intenção de dar a conhecer os efeitos de poder, emanados do discurso da política social para a criança e o adolescente, no Estado do Ceará. FALAS E (E)FEITOS DE UMA POLÍTICA: CONHECENDO O DISCURSO DA POLÍTICA DE ASSISTÊNCIA À CRIANÇA E AO ADOLESCENTE NO CEARÁ é o capítulo em que se vêem lidos os discursos institucionais que permitiram desvelar as tramas de poder que eles discursos guardam e produzem sobre os sujeitos que são flagrados pelo alcance da política em que essas falas se implantam. Nele, vão se consolidando os esforços da tarefa investigativa que se centra na intenção de proceder a uma leitura analítica da política social que a FEBEMCE pôs em execução, no período de 1968 a 2000, neste Estado, como método oficial de enfrentamento da face da questão social relativa à criança e ao adolescente, cujas condições de existência impunham socorrer-se da assistência estatal. Essa tarefa seguiu o modelo, estruturado por Foucault, que evoca a análise das formações discursivas. E, nesse sentido, o VI Capítulo inicia-se com a apresentação conceitual de elementos e expressões a que estarei recorrendo no desenrolar de todo o processo analítico. Um recurso para facilitação do trabalho analítico foi o estabelecimento de uma classificação da fonte documental terreno em que a pesquisa foi efetivada, de modo a que a totalidade dos documentos disponíveis que se enquadrassem em um dos quatro eixos temáticos, propostos para a referida classificação proteção à criança e ao adolescente, sanção à criança e ao adolescente, a rua em seus propalados perigos, riscos e interditos e a escola e o trabalho enquanto indicação e proibição, fossem postos sob as lentes teóricas de Foucault. A leitura final das análises das quatro formações discursivas: sanção, proteção, rua e escola-trabalho ficará apresentada no VII CAPÍTULO CONCLUSÕES POSSÍVEIS AO RELER DISCURSOS E OUVIR OUTROS ECOS: O 22

24 QUÊ E DE QUEM FALAM ESSAS FALAS QUE FALAM DE PROTEÇÃO, SANÇÃO, RUA, TRABALHO E ESCOLA. Com isto, pus, em xeque, várias das hipóteses construídas ao longo desses vinte e dois anos em que me vi e vejo lidando com dramas de uma fração da infância e adolescência deste Estado. Na condição de assistente social da FEBEMCE, pude estar, cotidianamente, sendo testemunha de inúmeras histórias de sofrimentos e dores de vidas infelizmente, também de mortes de uma infância e adolescência que se viam abarcadas, primeiramente, pelas ações estatais, norteadas pela Política Nacional do Bem-Estar do Menor, sob a chancela da Fundação Nacional do Bem- Estar do Menor, e, posteriormente, sob uma outra ordem jurídica, imposta por instrumentos legais de um tempo que estaria inscrito na história como o de instauração de um Estado de direito, de uma ordem democrática. A Constituição Federal de 1988 e o E.C.A. foram os diplomas legais que colocaram as regras de restauração da democracia para todos e para o conjunto das crianças e adolescentes, neste país. Todo aquele tempo fez-me desconfiar de algumas verdades, impôs-me levantar suspeitas e experimentar o temido. Foi um tempo que me obrigou a arriscar outras idéias. Idéias que foram sendo sedimentadas e transformadas em afirmativas, em certezas que se balançavam, quando se indagava por provas. Este estudo nasceu dessa vontade e necessidade de saber se o que construía como resposta provisória ao que me surgia como interrogação, como algo que carecia de explicação e justificativa, era suficiente, era adequado, era preciso, era consistente. Assim, com esse espírito, convido o leitor a manter, em relação ao que apresento como produto final do estudo, sua própria discussão. Antecipo-lhe, pelo menos, uma das significativas evidências a que esse investimento acadêmico chegou, após um longo trabalho de busca, de retorno, de fazer e desfazer pensares, que foi amparado nas produções teóricas de Foucault: de fato, a política social desenvolvida pela FEBEMCE apresenta elementos suficientes que a enquadram como um dispositivo disciplinar. Ela, na verdade, configurou um mecanismo de controle, de disciplinamento da criança e do adolescente pobres, neste Estado. Com essa afirmativa, reitero o convite, ao leitor, para comigo dialogar. 23

25 I CAPÍTULO O ESTUDO EM SEUS TEMPOS E ESPAÇOS E EM SUAS FORMAS DE IDEALIZAÇÃO E REALIZAÇÃO. E a vida Ela é má, a vida, Ou é sofrimento? Ela é alegria ou lamento? O que é, o que é, meu irmão? (Gonzaguinha) Viver pode ser uma sentença; algo decretado como uma inevitável pena. Mas uma sentença, inversamente, pode tornar-se uma ou mesmo a razão da ou para a vida; aquilo a que se vai buscar; o que se está a perseguir. Aí ela se desconfigura, se despe, se despoja da condição de sentença, de peso, e se reveste em sabor de desejo, de paixão, de vontade; fica, dela, desalojado o fardo. Ter-se, após mais de duas décadas, a inarredável certeza de que se fez, para si própria, a escolha certa e, mais, de que não haveria outra em que se encerrassem juntos tantos sonhos, desejos, prazeres, realizações e também frustrações, desencantos e dores, é o mais almejável sabor em que se pode nos apresentar a vida. É como saber apreciar a diferença do sabor do sal da lágrima de dor do da lágrima saída como expressão de alegria e de prazer. Tudo é sal! Mas se reconhecem nele os sabores distintos que fazem, da vida, Vida, e não um longo e pobre aprendizado de distribuição do peso da existência pelos dias, que acaba por impor, a si mesmo, tão somente, o cumprimento do viver enquanto sentença. A ciência os cientistas! que tem buscado negar a emoção, o sujeito em suas paixões, é a ciência que se impõe enquanto sentença de sê-lo; que se posta enquanto fim em si mesma. Ela perde a solda que a faz humana e que permite destinar-se ao homem. Esquecem os que assim encaram-na que a ciência só chega a sê-lo, porque é antes paixão, sonho, ideal, vontade. Do cientista, não arreda o homem. No homem, antes do cientista instala-se o humano: não é uma mera condição; é um imperativo categórico. Daí, não temer expor, antes de qualquer apresentação do que venha a se constituir esse estudo, as razões primeiras amalgamadoras desse desejo de buscar compreensões, de reler fatos, de recompor histórias, de entender razões, enfim, de buscar sistematizar o que se construiu em termos de aparatos técnicos, físicos e ideológicos, para o enfrentamento da questão 24

26 da menoridade cearense, por uma via que comporta, sem quaisquer transtornos e pudores, a razão e a emoção. O consórcio entre o científico, o teórico e o poético e o melódico é o sal da lágrima: diferençavelmente uno. Seu divórcio, ao contrário, indistingue o odiável do desejável, o impugnável do idealizável; e não comporta o choro que abraça emoções de vida e de morte, de dor e de prazer, do amor que gesta e do que castra. A ciência é da vida, dela vem e para ela vai. Ela, pois, comporta tudo de que se faz o homem. Assim entendendo, apresento, agora, como foi se construindo, ao longo dos anos, a ponte que me transporta, hoje, ao tempo do passado, para rebuscar, tanto nos registros e rastros históricos quanto nas memórias vivas ou vivificadas, as histórias das crianças e adolescentes que tiveram de valer-se das ações estatais e/ou da caridade pública para ter assegurado o direito de continuar existindo ou de, pelo menos, dar um adiamento à morte. Descobrir o que circulava livre entre celas e o que de prisão havia no caminho da liberdade foi o que de mais significativo pareceu-me ter ocorrido nos primeiros anos que decorreram de meu ingresso na Fundação Estadual do Bem Estar do Menor do Ceará FEBEMCE, em maio de 1981, na condição de assistente social concursada. Todo o percurso desses vinte e dois anos esteve recheado de inesperados, de surpreendentes e de inimagináveis. O tempo mostrou-me, também, o quanto de expectável havia no que julgava inesperado e inimaginável. O temor de me deparar com cenas de tortura não decorreu muito para ser dissipado; logo, logo, ele foi vencido pela não pouco infame e cruel experimentação do que temia. O cuidado que tivera de não me exonerar de um emprego público, no qual ingressara, também, por concurso, antes de me assegurar de que não se constituía em cenário de terror o local em que iria inaugurar-me enquanto assistente social, revelou-se vão. Decorridos nove (!) meses surgia diante de mim o primeiro de um sem número de espetáculos: exposição à humilhação, xingamentos, ameaça de morte e de expulsão perpetrados pela direção da unidade em que fôra lotada, contra adolescentes homossexuais que lá estavam recolhidos, por determinação do Juiz de Menores. À indignação promovida pela cena somou-se outra: a ausência de providências da direção da instituição. Pareceu-me, àquele instante, que o evento dantesco estava inscrito na instituição como rotineiro. Outros tantos em menor ou maior proporção reeditaram-se. 25

27 Várias foram, as unidades por que passei, por períodos que variavam de poucos dias em uma das quais, apenas cinco a seis anos, e, em quase a totalidade delas, espetáculos semelhantes puderam ser assistidos. Aqui, retorno ao início de minha fala: transformar o que parecia, à primeira vista, sentença, em modo de encarar, de estar na e viver a vida, foi o que passei a perseguir. A recusa à naturalização do desrespeito à vida daqueles meninos e meninas que eram lançados ao estigma institucional, essa sim, sentenciei-a a mim. A intransigente defesa dos direitos a que todas as crianças e adolescentes fazem jus, esteve, em mim, presente como ideário, antes mesmo dos ordenamentos jurídicos assim o reconhecerem, a partir de 1988, com a Constituição Federal e cuja expressão de sua materialização foi dada na Lei Federal N 8069, de 13 de julho de 1990, que dispõe sobre o Estatuto da Criança e do Adolescente, que vige desde 14 de outubro daquele ano. Os anos seqüentes a meu ingresso na FEBEMCE marcaram-se pela necessidade sempre crescente de colocar em suspenso e, não raro, sob suspeição o que se impunha como necessário à execução das ações institucionais frente à população alvo de seu atendimento: menores carentes, menores de conduta anti-social, meninos e meninas de rua, infratores ; e, mesmo, os que, hoje e já desde 1990 inscrevem-se como crianças e adolescentes em situação de risco ou adolescentes autores de atos infracionais. Era, sobretudo, imperiosa a necessidade de buscar entendimento acerca do modo como se processavam as relações de poder estabelecidas a partir dos discursos e das ações que integravam o conjunto de medidas que o Poder Público lançava sobre os que a ele tinham de recorrer, e para quem o que se lhes ofertava era dito como configurador de políticas sociais ou políticas de assistência. I. 1 Dramas que construíram a trama Era, como já disse, o ano de 1981, quando ingressei na FEBEMCE para trabalhar em uma unidade destinada à triagem e à permanência de crianças e adolescentes do sexo masculino que para lá eram encaminhados pelo, então, Juiz de Menores, cujas funções e atribuições estavam definidas na Lei 6697/79 Novo Código de Menores, que concedia a essa autoridade o poder de, sobre tudo o que 26

28 se relacionasse a menores em situação irregular, ditar, com exclusividade e arbítrio, como indicava, um dos artigos dessa lei: Art. 8º. A autoridade judiciária, além das medidas especiais previstas nesta Lei, poderá, através de portaria ou provimento, determinar outras de ordem geral, que, ao seu prudente arbítrio, se demonstrarem necessárias à assistência, proteção e vigilância ao menor, respondendo por abuso ou desvio de poder. (1979, p.10). Confesso que não havia, de minha parte, qualquer ingenuidade no que tange ao caráter violento ou, amenamente dizendo, à natureza coercitiva e repressora da instituição, uma vez que os meios de comunicação de massa registravam, ora com indignação, ora com complacência e concordantes, atrocidades havidas em unidades destinadas à reclusão e ao encarceramento da infância pobre. Bem assim, era denunciadora desse caráter, a expressão oriunda da boca dos que ameaçavam meninas e meninos quer na condição de filhos, sobrinhos, alunos, vizinhos, quer na condição de moleques que circulavam nas ruas e praças, de que poderiam ir parar na FEBEMCE: Se ajeite não, que eu lhe mando pra lá. Aí você vai ver o que é bom!. A forma de controle provindo da ameaça ou do exemplo resultante de sua concretização é largamente exercitada - como se vê demonstrada na história da humanidade contra os que ousam desconfirmar regras, discutir papéis, desconfigurar espaços, descontinuar scripts. Eu mesma, em minha meninice, não escapei às ameaças maternas, feitas em razão de travessuras que protagonizava, de ser encaminhada para o Santo Antônio do Buraco, antiga colônia agrícola, fundada em 1936, em Maracanaú, então distrito de Maranguape, numa localidade denominada Santo Antônio do Pitaguari. Como teriam sido, outrora, o Arsenal de Guerra 1, a Companhia de Aprendizes de Marinheiros 2, o Instituto Disciplinar 3 e as colônias agrícolas 4, a 1 O Arsenal de Guerra foi, a partir do século XIX, um recurso disponibilizado para a colocação de menores com mais de sete anos de idade. O estudo de Fraga Filho (1996), acerca do modelo de repressão aos pobres da Bahia, no século XIX, que trata também dos menores, aborda o tratamento, muitas vezes cruel, dispensado às crianças e adolescentes, tanto no Arsenal de Guerra, quanto nas Companhias de Aprendizes de Marinheiros. Em Marcílio (1998), pode ser encontrada referência acerca das condições a que ficavam submetidas as crianças e os adolescentes que para lá eram encaminhados. 27

29 FEBEMCE foi, em dado momento, na boca do adulto, o grande achado: aquele bicho papão do passado transportado ao presente. O fantasma enterrado do Santo Antônio do Buraco codinome da Escola para Menores Abandonados e Delinqüentes do Santo Antônio do Pitaguari na década de 1970, reencarna-se na FEBEMCE. Essa colônia que teria passado, em 1938, a chamar-se Instituto Carneiro de Mendonça, como preito de gratidão e apreço a seu fundador, inscreveu-se como claustro do medo, do terror, por décadas, nas mentes e corpos da infância cearense: para uns a eterna ameaça particularmente, o meu caso ; para outros a experiência real mais amarga ou menos doce de que não puderam abster-se. O medo tecido e acumulado pelos diálogos silenciosos e silenciados mantidos entre os fantasmas e heróis nem sempre vencedores que rondam, com licenciosidade, nossas infâncias, inevitavelmente, em algum instante de nossas vidas, surge, misteriosa e inexplicavelmente, sob a expressão de força, de destemor. Entende-se, então, o porquê de não ser de coragem do que se faz o herói, mas de medo. O medo de não se evitar o evitável faz do ato um heroísmo. Assim é que, materializam-se, em coragem de enfrentamento, um incontrolável desejo e uma necessidade de não mais se enterrarem os medos, para que não se dessepultem os fantasmas neles contidos. I.1.1 Recontando histórias e (re)encontrando razões Ingressar na FEBEMCE, nos anos oitenta do século passado, tenha, talvez, sido uma longa e contínua visita ao espaço real de um medo: não do que fôra 2 As Companhias de Aprendizes de Marinheiros foram criadas em Elas recebiam meninos com idade entre 10 e 17 anos. Esta instituição constituiu-se em recurso para os meninos que haviam sido abandonados na Roda de Expostos. Nas obras mencionadas, anteriormente, no rodapé, podem ser encontradas maiores informações acerca das condições de vida dessas crianças nesses locais. 3 O Instituto Disciplinar foi fundado, em São Paulo, em 1902, e se destinava, em última instância, a receber menores pobres que necessitavam ser educados e preparados para o trabalho, sobretudo, o agrícola. (CORRÊA, 1928, p. 17). 4 As colônias agrícolas assim como os Patronatos Agrícolas, criados, em 1918, pelo Ministério da Agricultura, destinados a acolher menores desvalidos (MARCÍLIO, 1998, p. 219) recebiam órfãos, desvalidos e menores que cometiam delitos, assim como aqueles que eram dados como vadios, vagabundos e os que jogavam capoeira prática considerada condenável, sobretudo, nos séculos XVIII e XIX. Sobre a temática sugiro a obra de Fraga Filho (1996), constante da bibliografia desta dissertação. 28

30 capaz de minar as forças das danações (travessuras, diabruras infantis), mas do da proximidade com a danação 5 e do que dela pode resultar. A parte interna do prédio onde funcionava a unidade de atendimento destinada à re-educação de crianças e adolescentes do sexo masculino, para a qual fui encaminhada, apresentava uma estrutura circular, à imitação de um panóptico 6. Os dormitórios dos internos, assim dispostos e expostos, asseguravam uma visibilidade invasiva e um maior controle por parte dos encarregados da vigilância dos que se encontravam privados de liberdade. As crianças e os adolescentes que para lá fossem encaminhados passavam pela triagem, para qual a lei assegurava o prazo de noventa dias, findos os quais se deveria ter um parecer técnico em que se indicava pela permanência do menor na internação para ser submetido à reeducação, à re-socialização e posterior reintegração na família e comunidade, ou em que se autorizava seu imediato retorno à família. O destino do interno ficava nas mãos da equipe técnica da unidade, que poderia anuir ou não ao seu desejo de voltar ao lar, assim como o de sua família. Ao parecer da equipe técnica punha-se o despacho do Juiz de Menores, que, recordo, quase nunca contrariava e expressão do desejo técnico. Um misto de onipotência e onisciência configurava e configura as ações e pensamentos voltados a esse segmento populacional. Dele, tudo se sabe; o que lhe é bom todos ditam; o que deseja descobre-se sem perguntar-lhe; de sua vida todos são donos; seus destinos, por outrem, são traçados. Sela-se essa sentença de tal sorte que é possível ver-se, muitas vezes, os sentenciados, ausentes de contestação; a ela, moldados e gratos a um pai e/ou mãe dos pobres. 5 Danação, termo, agora, empregado, tem, em Houaiss (2001), a seguinte conceituação: ETIM. lat. damnatio,onis condenação judiciária, ação de condenar, de rejeitar, de desaprovar. (p. 906). 6 Panóptico, termo que pode ser traduzido como o que permite a visão de todas as partes ou elementos (op. cit., p. 2118). Oriundo das idéias utilitárias de Jeremy Bentham, o panopticon é um edifício circular no qual as celas são organizadas ao redor de uma torre central de observação. (HUGHES-WARRINGTON, 2002, p.121). Neste estudo, o termo será sempre empregado com a conceituação que Foucault (2002) a ele ofertou, na qual ele é tomado, não como uma estrutura arquitetônica, mas para adjetivar um sistema o sistema panóptico que é um princípio geral de uma nova anatomia política cujo objetivo e fim não são a relação de soberania, mas as relações de disciplina (p. 172). 29

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