UTILIZAÇÃO DE ÓLEO DE NEGRAMINA (Siparuna guianensis Aublet) E EUCALIPTO (Eucalyptus spp) NO CONTROLE DA MELA EM CULTIVARES DE FEIJÃO COMUM E CAUPI

Tamanho: px

Começar a partir da página:

Download "UTILIZAÇÃO DE ÓLEO DE NEGRAMINA (Siparuna guianensis Aublet) E EUCALIPTO (Eucalyptus spp) NO CONTROLE DA MELA EM CULTIVARES DE FEIJÃO COMUM E CAUPI"

Marcos Esteves Sintra
5 Há anos
Visualizações:

1 UTILIZAÇÃO DE ÓLEO DE NEGRAMINA (Siparuna guianensis Aublet) E EUCALIPTO (Eucalyptus spp) NO CONTROLE DA MELA EM CULTIVARES DE FEIJÃO COMUM E CAUPI Nathalia Silva Oliveira 1 ; Manoel Mota dos Santos 2 ; 1 Aluno do Curso de Agronomia; Campus de Gurupi; nathaliasilva@uft.edu.br PIBIC/CNPq 2 Orientador(a) do Curso de Agronomia; Campus de Gurupi; santosmm@uft.edu.br RESUMO O objetivo do presente trabalho foi avaliar a utilização de óleo de Eucalipto (Eucalyptus spp) e Negramina (Siparuna guianensisaublet) no controle da mela em feijão comum, ou seja, busca verificar a ação destes óleos sobre o fungo Rhizoctonia solani, que é causador da mela ou murcha no feijoeiro e que afeta grande parte da produção, pois, é uma doença relativamente comum a cultura. O projeto foi realizado no período na Universidade Federal do Tocantins, campus de Gurupi, onde foram testadas cinco tratamentos sendo eles: 0%, 25%, 50%, 75% e 100% de óleo em relação a agua. Deste modo ao final das atividades notou-se que o óleo essencial de Siparuna guianensis (Negramina) obteve maior potencial inibitório em menor concentração em relação ao óleo de Eucalyptus spp (Eucalipto). Palavras-chave: Eucalipto; Negramina; Rhizoctonia solani; INTRODUÇÃO A mela também conhecida como murcha da teia micélica ou podridão radicular de rizoctonia causada pelo teleomorfo fungo Thanatephorus cucumeris L. que em sua fase imperfeita apresenta o fungo necrotrófico na forma de Rhizoctonia solani, ocorre comumente em regiões quentes, chuvosas e de grande umidade, este fungo causa grandiosas infecções no campo e seus inóculos se distribuem de forma irregular, deste modo é recomendado o uso de sementes de boa qualidade, a realização de plantio em épocas menos chuvosas e o uso de fungicidas entre outros (FIALLOS, 2011). Página 1

2 Levando em consideração a grande demanda por uma agricultura saudável e os impactos gerados por doenças fúngicas o presente trabalho teve como objetivo avaliar a ação dos óleos de negramina (Siparuna guianensis Aublet) e eucalipto (Eucalyptus spp) no controle da mela no feijão-caupi utilizando aspersão. MATERIAL E MÉTODOS Os experimentos foram realizados na Universidade Federal do Tocantins, Campus de Gurupi, Estado do Tocantins. O plantio foi realizado em casa de vegetação, do presente Campus, no dia 11 de Maio de A obtenção do óleo de Siparuna guianensis e de Eucalyptus spp, foi feita por meio de hidrodestilação por arraste a vapor pelo método de Clevenger em um tempo de extração de duas horas (PEREIRA, 2009). A semeadura foi realizada no dia 11/06/15 utilizando como adubação de plantio o NPK com 200 Kg/ha-1, serão testadas 4 concentrações, 25%, 50%, 75% e 100%, do teor de óleo de Eucalipto (Eucalyptus spp) e de Negramina (Siparuna guianensis Aublet), em relação a quantidade de água e a testemunha em cultivares de feijão comum e caupi (ITAKO et al., 2009). Os experimentos foram conduzidos em delineamento inteiramente casualizado DIC, em 5 tratamentos com quatro repetições cada. As sementes de feijão-caupi e feijão comum (Phaseolus vulgaris L. e Vigna unguiculata [l.] walp) foram semeadas 5 sementes em vasos com capacidade para 500 ml, totalizando 40 vasos, contendo solo de barranco. O desbaste foi feito após 7 dias após a emergência - 7 DAE, deixando duas plantas por vaso. A inoculação da doença foi feita através do uso de discos em meio BDA contendo micélio do patógeno R. solani com 5,0 mm de diâmetro que foi realizada 15 DAE na parte adaxial das três folhas superiores e a infecção da bainha foi realizada por meio de um palito de dente contendo micélio do fungo (PRABHU et al., 2002). A pulverização das concentrações estudadas foram feitas, utilizando pulverizador manual, no estádio V3 até o ponto de escorrimento por planta nas quatro concentrações já citadas. (DI PIERO & GARDA, 2008). Conseqüentemente foi medido o tamanho da lesão provocada pelo fungo no sentido do comprimento da planta a partir do ponto em que foi inoculada ao contar 18 dias da inoculação (PRABHU et al., 2002; ). Página 2

3 Ao final das avaliações do grau de infestação das lesões, as plantas foram retiradas dos respectivos vasos para posterior medida de massa seca da parte aérea e massa seca da raiz. As análises estatísticas realizadas por meio do teste Tukey e quando significativas comparações de médias a 5% de probabilidade, utilizando-se o programa computacional SISVAR (FERREIRA, 2011). RESULTADOS E DISCUSSÃO Quadro 1. Resumo das análises de variância para as características diâmetro de lesão - DL, massa seca de raiz - MSR, massa seca da parte aérea MSPA, em cultivares de feijão caupi e feijão comum em Gurupi-TO. QM BRS NOVA ERA FV GL DL MSR MSPA Óleo * ns ns Concentração ns ns ns Óleo x Concentração ns ns ns Rep C V (%) QM BRS ALVORADA FV GL DL MSR MSPA Óleo * ns ns Concentração ns ns ns Óleo x Concentração ns ns ns Rep C V (%) ns *significativo a 5% de probabilidade; ** significativo a 1% de probabilidade; não significativo. A analisar a Anava (Quadro 1), observou-se que houve interação para as características diâmetro de lesão. Variando entre 1 a 5% de probabilidade para ambos os cultivares tanto BRS Nova Era e também para o BRS Alvorada, conforme Quadro 1. Página 3

4 Tabela 1. Diâmetro de lesão DL (mm), dos cultivares BRS Alvorada e BRS Sempre Verde em função dos óleos de Negramina e Eucalipto em combate ao fungo Rhizoctonia Solani em Gurupi TO Óleo DL Alvorada DL Nova Era Siparuna guianensis Aublet a a Eucalyptus spp a b Nota: Médias seguidas por uma mesma letra minúscula, na coluna, não diferem estatisticamente ao nível de 5% de probabilidade pelo teste de Tukey. Quanto a característica diâmetro de lesão DL houveram respostas praticamente iguais quanto ao efeito dos olhos de Siparuna guianensis Aublet e Eucalyptus spp, visto que ambos os cultivares obtiveram diâmetro de lesão com 0,02 mm. Deste modo ao se diferentes concentrações serão mais detalhadamente destacadas no gráfico abaixo com base no diâmetro de lesão e nas diferentes concentrações dos óleos. Fig 1. Relação entre concentração e diametro de lesão em combate a mela no feijão caupi cultivar BRS Nova Era em relação aos olhos de Negramina e Pinhão Manso. Com base no quadro acima que destaca é perceptível que na dose 100% de óleo de Eucalyptus spp foi possível controlar a doença, enquanto a Siparuna guianensis Aublet na dose de 25% de óleo já possibilitou controlar a doença. Corroborando com os resultados de BRUM (2012), que em seu trabalho verificou o combate do óleo de Eucalipto em relação ao fungo Rhizoctonia Solani utilizando a dose de 25 ul/ml em seu trabalho realizado in vitro e o mesmo aconteceu com o óleo de Siparuna guianensis Aublet na dose de 50 ul/ml. Página 4

5 Foi possível concluir com o presente trabalho que o óleo de Siparuna guianensis Aublet em menor dose foi muito mais responsivo quanto ao combate a mela do feijão, embora o óleo de eucalipto também o tenha sido embora no dose de 100%. LITERATURA CITADA BRUM, R. B. C. S. Efeito de Óleos Essenciais no Controle de Fungos Fitopatogênicos f. (Dissertação de Mestrado em Produção Vegetal). Universidade Federal do Tocantins, Gurupi. Disponível em: < ARMENTO%20BRUM.pdf>. Acesso em: 15 Nov DI PIERO, R. M. & GARDA, M. V. Quitosana reduz a severidade da antracnose e aumenta a atividade de glucanase em feijoeiro-comum. Pesquisa Agropecuária Brasileira. Brasília, v.43, n.9, p , FERREIRA, D. F. Sisvar: a computer statistical analysis system. Ciência e Agrotecnologia. Lavras, v.35, n.6, p , FIALLOS, F. R. G. Modelo de Ponto Crítico para Estimar Danos Causados pela Mela na Cultura do Feijoeiro. Ciencia y Tecnología. v.4, n.1, p.1-4, ITAKO, A. T.; SCHWAN-ESTRADA, K. R. F.; STANGARLIN, J. R.; TOLENTINO JÚNIOR, J. B.; CRUZ, M. E. S. Controle de Cladosporium Fulvum em Tomateiro por Extratos de Plantas Medicinais. Arquivos do Instituto Biológico. São Paulo, v.76, n.1, p.75-83, MOREIRA, M. D.; PICANÇO. M. C.; SILVA, M. E.; MORENO, S. C.; MARTINS, J. C. Uso de inseticidas botânicos no controle de pragas. In: VENZON, M.; PAULA JÚNIOR, T. J.; PALLINI, A. Controle alternativo de pragas e doenças. Viçosa: EPAMIG/CTZM, p , PRABHU, A. S.; FILIPPI, M. C.; SILVA, G. B. Da; SANTOS, G. R. De. Resistência de Cultivares de Arroz a Rhizoctonia Solani e Rhizoctonia Oryzae. Pesquisa Agropecuária Brasileira. Brasília, v.37, n.5, p , PEREIRA, C. S. S. Avaliação de Diferentes Tecnologias na Extração do Óleo do Pinhão-manso (Jatropha curcas L) f. (Dissertação de Mestrado em Engenharia Química). Universidade Federal Rural do Rio de Janeiro, Seropédica. Disponível em:< nso.pdf>. Acesso em: 20 Nov AGRADECIMENTOS "O presente trabalho foi realizado com o apoio do Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico CNPq Brasil" Página 5

Documentos relacionados

EFICIÊNCIA AGRÔNOMICA, DE ESTIRPES DE RIZOBIO NATIVO DO CERRADO DO TOCANTINS INOCULADOS EM FEIJÃO-CAUPI

EFICIÊNCIA AGRÔNOMICA, DE ESTIRPES DE RIZOBIO NATIVO DO CERRADO DO TOCANTINS INOCULADOS EM FEIJÃO-CAUPI Layssah Passos Soares 1 ; Aloisio Freitas Chagas Junior 2 1 Aluna do Curso de Agronomia; Campus de