FACULDADE DE DIREITO DE CAMPOS PROJETO DE PESQUISA SUBMETIDO AO INGRESSO NO GRUPO DE INICIAÇÃO CIENTÍFICA
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1 FACULDADE DE DIREITO DE CAMPOS PROJETO DE PESQUISA SUBMETIDO AO INGRESSO NO GRUPO DE INICIAÇÃO CIENTÍFICA REFLEXOS JURÍDICOS ACERCA DAS INOVAÇÕES NO DIVÓRCIO E SEPARAÇÃO OCASIONADAS PELA LEI /07 AUTOR(A): TALISSA CAMARA TINOCO DE SIQUEIRA PAOLA BOECHAT DE ALMEIDA TEIXEIRA GRUPO DE DIREITO DE FAMÍLIA Orientador(a): Drª Danuza da Silva Crespo Bastos Drª Vanessa Ribeiro Correa Sampaio de Souza Campos dos Goytacazes RJ 2007
2 2 FACULDADE DE DIREITO DE CAMPOS PROJETO DE PESQUISA Tema: DIREITO DE FAMÍLIA Delimitação: REFLEXOS JURÍDICOS ACERCA DAS INOVAÇÕES NO DIVÓRCIO E SEPARAÇÃO OCASIONADAS PELA LEI /07(Brasil; ). 1. Objetivos: 1.1- Abordar os princípios constitucionais da Celeridade Processual e razoável duração dos Processos presentes no art. 5º, LXXVIII da Constituição da República Federativa do Brasil Apresentar todos os aspectos controvertidos da nova Lei do Divórcio Estabelecer o paralelo quanto à aplicabilidade da lei /07 e as novas alterações acarretadas no Código de Processo Civil Compreender a permanência ou não da segurança jurídica, anteriormente atingida com a sentença, em relação à prestação de alimentos Analisar opiniões de profissionais de direito e funcionários de cartórios.
3 3 2. Justificativa: Com a finalidade de imprimir celeridade ao instrumento judicial e efetivar os princípios constitucionais da razoável duração dos processos e da celeridade, têm ocorrido algumas mudanças no âmbito processual civil. Uma das mais novas alterações aconteceu com a criação da Lei , de 05 de janeiro de 2007, que possibilitou a realização do inventário, da separação e do divórcio consensuais pela via administrativa. Apesar de ser tão recente, muitas têm sido as críticas a respeito da referida Lei. Diante do ensejo de tornar o instrumento judicial mais célere, é necessário concentrar a atividade do Magistrado, afastando do Judiciário questões de menos importância, nas quais inexistam conflitos entre os interessados. Desse modo evitar-se-ia a intervenção judicial em situações onde, teoricamente, ela seria prescindível. Com base nesse panorama é que foi editada a Nova Lei do Divórcio. Com a entrada em vigor da Lei , a separação e o divórcio agora podem ser registrados em cartório, mediante escritura pública. Entretanto, são necessários que sejam preenchidos alguns requisitos para que haja êxito no resultado. Um dos requisitos essenciais para que seja utilizada a via administrativa é que não haja qualquer divergência entre os cônjuges. Os interessados devem estar de comum acordo quanto às condições de dissolução do enlace matrimonial e devem estar acompanhados dos respectivos advogados. Além disso, é de suma importância ressaltar a condição de que os filhos do casal não podem ser menores nem incapazes. Outro fator altamente relevante é a observância dos prazos estabelecidos em Lei para dissolução tanto da sociedade como do vínculo conjugal. Vale destacar também que os interessados deverão anuir quanto à partilha dos bens e da mesma forma deverá ocorrer em relação à pensão alimentícia, a qual deverá estar bem detalhada para evitar estorvos no futuro. Enfim, na tentativa de modernizar o processo civil brasileiro, reduzindo parcela do volume de atividade do Judiciário e liberando-se os Magistrados para que direcionem as suas atividades às demandas que realmente precisam de intervenção judicial, surgiu essa tão discutida Lei. A qual acarretará novas alterações no Código de Processo Civil e na rotina do Cartórios, pois esta veio acompanha de uma serie de controvérsias, as quais serão analisadas mais profundamente ao longo deste trabalho.
4 4 3) Problemática: 1) A nova Lei de Divórcio manteve a segurança nos feitos jurídicos ocasionados com o divórcio efetudo por meio de de sentenças no que diz respeito à pensão alimentícia? 3.1) Hipóteses: No que tange à pensão alimentícia de um cônjuge ao outro há um certo desentendimento entre os juristas. Maria Berenice Dias afirma que, mesmo com a possibilidade de execução com a utilização de dispositivos da Lei de Alimentos, a forma que melhor coagirá o pagamento da pensão alimentícia, acarretando mais segurança e benefícios ao credor, é uma execução judicial. Isso fará com que a faculdade de demandar no judiciário, trazida pela Lei 11441/07 se torne desnecessária, tendo em vista que quando houver pensão alimentícia em meio ao acordo de separação, pleitear no judiciário se fará imprescindível, pois só assim o credor poderá utilizar mecanismos executórios mais ágeis quer o de cumprimento da sentença, quer o do rito da prisão 1 para a coação ao pagamento da discutida pensão alimentícia. Fato que contribuirá para não confirmação de um dos objetivos principais da Nova Lei: diminuição de demandas no judiciário, isso com a certeza de que não haveria perda da segurança jurídica. Argumento este que vai ao encontro do entendimento jurisprudencial predominante da impossibilidade de se executar alimentos, segundo o rito do artigo 733 do CPC, com possibilidade de prisão, quando o título executivo é extrajudicial (acordo de alimentos por escritura pública, ou referendado pela Defensoria Pública ou pelo Ministério Público, etc.) 2 Porém, como muito bem leciona o DESEMBARGADOR LUIZ FELIPE BRASIL SANTOS, do Tribunal de Justiça do Rio Grande do Sul, professor da Escola da Magistratura da Ajuris e presidente do IBDFAM-RS: se ficar mantida a restrição da execução coercitiva exclusivamente aos alimentos fixados em juízo, em muito restará desestimulada a pactuação extrajudicial que agora se busca incentivar, o que configura uma contradição insuperável, que não deve sobreviver no âmago de um mesmo ordenamento jurídico". 3 5) Metodologia: 1 Dias, Maria Berenice.Os alimentos nas separações e divórcios extrajudiciais. Disponível em: Acesso em 20/09/07 2 Parreira, Antonio Carlos. A Lei nº e a possibilidade de prisão por dívida alimentar. disponível em: Acesso em: 15/09/07 3 ibidem
5 5 O tema escolhido é, atualmente, um assunto muito discutido, principalmente pelas reformas acarretadas no mundo jurídico com a publicação da nova Lei de Divórcio. Sendo assim, as análises de manifestações dos operadores de direitos tornamse grande base para a estruturação deste trabalho, não excluindo, todavia, pesquisas de campo para apurar se realmente efetivou-se a celeridade no âmbito do Poder Judiciário. Os recursos metodológicos a serem utilizados para exposição do tema escolhido serão: pesquisas bibliográficas (nacional e estrangeira); e através de rede mundial de computadores (internete). 7) Proposta de sumário: RESUMO INTRODUÇÃO CAPÍTULO 1 ALTERAÇÕES NO CÓDIGO DE PROCESSO CIVIL E A NECESSIDADE DE EFETIVAÇÃO DO PRINCÍPIO DA CELERIDADE PROCESSUAL E PRINCÍPIO DA RAZOÁVEL DURAÇÃO DOS PROCESSOS. CAPÍTULO 2 AS INOVAÇÕES NO ÂMBITO SOCIAL OCASIONADAS PELA LEI N /07 CAPÍTULO 3 MANUTENÇAO DA SEGURANÇA JURÍDICA DAS SENTENÇAS NOS DIVÓRCIOS E SEPARAÇÕES EFETUADOS PELA VIA ADMINISTRATIVA. CONCLUSÃO REFERÊNCIAS
6 6 8) Cronograma Etapas Jan. Fev. Mar. Abr. Maio Jun. Jul. Ago. Set. Out. Nov. Dez. Fichamento Encontros com o orientador Projeto Redação dos Capítulos Correção parcial Correção final Redação final 9) Referências: Hertel, Daniel Roberto. Inventário, Separação e Divórcio pela via Administrativa. Disponível em: Acesso em: 21/09/07 Malheiros Filho, Fernando. Os Efeitos Jurídicos da Separação de Fato. Disponível em: Acesso em: 19/0907. Melo, André Luís Alves de. Lei do divórcio, separação, partilha e inventários administrativos. Disponível em: Acesso em: 19/09/07. Parreira, Antonio Carlos. A Lei e a possibilidade de prisão por dívida alimentar. Disponível em: em: 21/09/07. Soares, Flávio Romero Ferreira. Comentários à Lei nº /2007. Disponível em: Acesso em: 20/09/07. Tartuce, Fernanda. Tartuce, Flávio. Lei nº /2007: diálogos entre Direito Civil e Direito Processual Civil quanto à separação e ao divórcio extrajudiciais. Disponível em: Acesso em: 21/0907 Teixeira, Fernando. TJs discutem novos custos de cartórios. Disponível em: =P&num_boletim=105&data_boletim=01/02/2007. Acesso em: 21/09/07
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