UNIVERSIDADE DE SÃO PAULO ESCOLA SUPERIOR DE AGRICULTURA LUIZ DE QUEIROZ DEPARTAMENTO DE CIÊNCIA DO SOLO LSO 526 ADUBOS E ADUBAÇÃO

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1 UNIVERSIDADE DE SÃO PAULO ESCOLA SUPERIOR DE AGRICULTURA LUIZ DE QUEIROZ DEPARTAMENTO DE CIÊNCIA DO SOLO LSO 526 ADUBOS E ADUBAÇÃO PROPRIEDADES FÍSICO-QUÍMICAS E ASPECTOS DA LEGISLAÇÃO DE CORRETIVOS E FERTILIZANTES Prof. Dr. Godofredo Cesar Vitti Prof. Dr. Rafael Otto Piracicaba/SP Março/2018

2 2 1. INTRODUÇÃO 1.1. Generalidades O sucesso na atividade agrícola só pode ser obtido quando se empregam técnicas adequadas e específicas para cada propriedade. Não é diferente para o manejo químico do solo, onde só um programa bem conduzido de análise química de terra, interpretação dos resultados, recomendações de corretivos e fertilizantes e finalmente, aplicação correta dos insumos podem resultar em adequada nutrição das plantas. Para que o objetivo seja atingido faz-se necessário conhecer a legislação de fertilizantes, saber interpretar os resultados de suas análises, preparar fórmulas a partir de fertilizantes simples e saber manusear tabelas de adubação. Tudo isto foi previsto de tal forma que esperamos que ao final os alunos possam estar seguros de suas recomendações agronômicas quanto à aplicação de insumos básicos, como corretivos, gesso agrícola e fertilizantes Objetivo Alimentar (adubar ou fertilizar) a planta, para nutrir o homem e o animal, de maneira adequada e econômica, sem causar danos ao ambiente. Lembrem-se o homem se alimenta da planta, ou planta transformada (animal) e a planta se alimenta do solo ou do substrato, e somente adubando a planta é possível a produção de alimentos, fibras, energia Composição da planta A planta é formada de: ar x água x solo a) 95% da massa seca de uma planta tem origem no ar e na água, através dos denominados macronutrientes orgânicos: C, H e O, ou seja, carbono (C) do CO2, hidrogênio (H) da H2O e oxigênio (O2) do CO2 e da H2O, na reação simplificada da fotossíntese; 6CO2 + 6H2O luz C6H12O6 + 6O2

3 3 b) 5% da massa seca da planta tem origem no solo, através dos elementos minerais (nutriente: elemento essencial ou benéfico para o crescimento e produção dos vegetais), classificados em (Anexo V- Apostila Legislação Capítulo I, página 2: I. Macronutrientes: Macronutrientes primários: nitrogênio (N); fósforo (P2O5); potássio (K2O); Macronutrientes secundários: cálcio (Ca ou CaO); magnésio (Mg ou MgO); enxofre (S). II. Micronutrientes: boro (B); cloro (Cl); cobalto (Co); cobre (Cu); ferro (Fe); manganês (Mn); molibdênio (Mo); níquel (Ni); silício (Si); zinco (Zn). Figura 1. Relação solo, planta, atmosfera.

4 4 2. CONCEITOS E DEFINIÇÕES DE FERTILIZANTES, CORRETIVOS, SUBSTRATOS, INOCULANTES E CONTAMINANTES (Decreto MAPA n.º 4954/2004 Brasil, Lei 6894/1980) 2.1. Introdução A produção e comercialização de corretivos, fertilizantes, substratos, inoculantes e contaminantes no Brasil são regidos por meio dos seguintes dispositivos legais, conforme fluxuograma a seguir: Figura 2. Fluxograma da lei, decretos, instrução normativa e portarias do MAPA.

5 5 Essa legislação define e classifica os produtos passíveis de serem utilizados como fertilizantes e corretivos na agricultura, estabelece normas para estabelecimentos produtores, para registro de produtos, para a inspeção e fiscalização da produção. Também define as sanções e penalidades que devem ser aplicadas em casos de se encontrar empresas ou produtos fora das especificações definidas pela legislação. A fiscalização da produção e do comércio de fertilizantes é exercida em âmbito nacional pelo Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (MAPA) Definições (Artigo 2º do Decreto n.º 4954/ Anexo 1, Apostila Legislação). Neste item serão relacionadas definições que serão importantes no decorrer das práticas realizadas Fertilizante Define-se como fertilizante toda substância mineral ou orgânica, natural ou sintética fornecedora de um ou mais nutrientes para as plantas. Os fertilizantes podem ser classificados de duas maneiras: pelo critério químico, em minerais (ou inorgânicos), orgânicos e organo-minerais, e pelo critério físico em sólidos, líquidos e gasosos. Será dada maior ênfase nas aulas práticas aos fertilizantes minerais sólidos. Artigo III - Fertilizante: substância mineral ou orgânica, natural ou sintética, fornecedora de um ou mais nutrientes de plantas, sendo: a) Fertilizante mineral: produto de natureza fundamentalmente mineral, natural ou sintético obtido por processo físico, químico ou físico-químico, fornecedor de um ou mais nutrientes de plantas;

6 6 Exemplos: Natural: Fluorapatita: 3Ca3(PO4)2 CaF2 ou Ca10(PO4)6F2 Sintético: CO2 + NH3 CO(NH2)2 (45%N) Uréia Cloreto de potássio (KCl): (60% K2O) Superfosfato Triplo: CaH2PO4 (42% P2O5) b) Fertilizante orgânico: produto de natureza fundamentalmente orgânica, obtido por processo físico, químico, físico-químico ou bioquímico, natural ou controlado, a partir de matérias-primas de origem industrial, urbana ou rural, vegetal ou animal, enriquecido ou não de nutrientes minerais; Exemplos: Natural: Cama de frango, esterco de bovino, torta de mamona Controlado: Compostagem: Mistura de produtos com relação C/N (baixa) com C/N (alta); Esterco de galinha (C/N baixa) + palha de milho (C/N alta) Torta de filtro (C/N média) + bagaço de cana (C/N alta) c) Fertilizante mononutriente: produto que contém um só dos macronutrientes primários; N ou P2O5 ou K2O. Exemplos: N - uréia: CO(NH2)2 P2O5 - Superfosfato Simples (SPS): CaH2PO4 CaSO4.2H2O K2O Cloreto de potássio: KCl d) Fertilizante binário: produto que contém dois macronutrientes primários; NP2O5 ou NK2O ou P2O5K2O

7 7 Ex.: Fosfato Monoamônio (MAP): NH4H2PO4 Nitrato de potássio KNO3 e) Fertilizante ternário: produto que contém os três macronutrientes primários; N - P2O5 - K2O Ex.: Formulação: kg 04kg N 14kg P2O5 08kg K2O f) Fertilizante com outros macronutrientes: produto que contém macronutrientes secundários, isoladamente ou em misturas destes, ou ainda com outros nutrientes (Ca, Mg, S); Ex.: Sulfato de cálcio: CaSO4 2H2O Sulfato de Magnésio: MgSO4 x H2O g) Fertilizante com micronutrientes: produto que contém micronutrientes, isoladamente ou em misturas destes, ou com outros nutrientes; Ex.: B - Ácido Bórico: H3BO3 (17%B) Zn - Sulfato de zinco: ZnSO4 x H2O (20% Zn) Cu - Sulfato de cobre: CuSO4 x H2O (24% Cu) Mn - Sulfato de manganês: MnSO4.H2O (26% Mn) Mo Molibdato de sódio: Na2MoO4.2H2O (39% Mo) h) Fertilizante mineral simples: produto formado, fundamentalmente, por um composto químico, contendo um ou mais nutrientes de plantas; Uréia - N CO(NH2)2

8 8 MAP - N + P2O5 NH4 H2PO4 i) Fertilizante mineral misto: produto resultante da mistura física de dois ou mais fertilizantes simples, complexos ou ambos; Ex.: Uréia + MAP KCl + Uréia SPS + KCl j) Fertilizante mineral complexo: produto formado de dois ou mais compostos químicos, resultante da reação química de seus componentes, contendo dois ou mais nutrientes; NH3 + H3PO4 + KCl complexo (N-P2O5-K2O) (gás) (líquido) (sólido) (sólido) l) Fertilizante orgânico simples: produto natural de origem vegetal ou animal, contendo um ou mais nutrientes de plantas; Ex.: Esterco de curral Cama de frango Torta de mamona Torta de filtro m) Fertilizante orgânico misto: produto de natureza orgânica, resultante da mistura de dois ou mais fertilizantes orgânicos simples, contendo um ou mais nutrientes de plantas; Esterco + Sangue Esterco + Restos vegetais Vinhaça + Tortas vegetais n) Fertilizante orgânico composto: produto obtido por processo físico, químico, físico-químico ou bioquímico, natural ou controlado, a partir de matéria-prima de origem industrial, urbana ou rural, animal ou vegetal, isoladas ou misturadas,

9 9 podendo ser enriquecido de nutrientes minerais, princípio ativo ou agente capaz de melhorar suas características físicas, químicas ou biológicas; Ex.: Compostagem: requisitos básicos: umidade, aeração e materiais com diferentes relações C/N. o) Fertilizante organomineral: produto resultante da mistura física ou combinação de fertilizantes minerais e orgânicos. Ex.: Fosfato natural + Esterco de curral Gesso agrícola + Cama de frango Corretivo (Artigo 2 do Decreto n.º 4954/2004 Anexo I Apostila Legislação) IV - Produto de natureza inorgânica, orgânica ou ambas, usado para melhorar as propriedades físicas, químicas e biológicas do solo, isoladas ou cumulativamente, ou como meio para o crescimento de plantas, não tendo em conta seu valor como fertilizante, além de não produzir característica prejudicial ao solo e aos vegetais, assim subdividido: a) Corretivo de acidez: produto que promove a correção da acidez do solo, além de fornecer cálcio, magnésio ou ambos; Ex.: Calcário: Ca, Mg(CO3)2 Cal virgem: CaO Aumenta o ph do solo Cal hidratada: Ca(OH)2

10 10 Conceito de ph ph = 7,0 : [H + ] = [O H - ] ph > 7,0 : [H + ] < [O H - ] ph < 7,0 : [H + ] > [O H - ] H2O CaMg (CO3)2 Ca ++ + Mg ++ + CO3 = CO3 - + H2O HCO3 - + OH - HCO3 - + H2O H2CO3 + OH - H2CO3 H2O + CO2 OH - + H + H2O 3OH - + Al +++ Al(OH)3 do solo; b) Corretivo de alcalinidade: produto que promove a redução da alcalinidade Ex.: Enxofre (S): S + 1,5 O2 + H2O H2SO4 2H + + SO4 = H + (acidez) + OH - (alcalinidade) H2O Abaixa o ph c) Corretivo de sodicidade: produto que promove a redução da saturação de sódio no solo; Sulfato de cálcio (gesso): CaSO4 2H2O -Na + CaSO4 2H2O Ca + NaSO4 - -Na Solo sódico Solo normal Lixiviação

11 11 d) Condicionador do solo: produto que promove a melhoria das propriedades físicas, físico-químicas ou atividade biológica do solo; Ex.: Material orgânico (matérias-primas de ordem vegetal ou animal) Melhora a retenção de água (CRA) a capacidade de troca catiônica (CTC) plantas. e) Substrato para plantas: produto usado como meio de crescimento de Ex.: Turfa (xaxim) Casca de pinus Inoculante V- Produto que contém microorganismos com atuação favorável ao crescimento de plantas. Ex.: Rhizobium (soja, feijão, amendoim, alfafa, ervilha) N2 + 3H2 Rhizobium 2NH Biofertilizantes VI- Produto que contém princípio ativo ou agente orgânico isento de substâncias agrotóxicas capaz de atuar direta ou indiretamente sobre o todo ou parte das plantas cultivadas, elevando sua produtividade, sem ter em conta o seu valor hormonal ou estimulante.

12 Carga (Anexo V - Apostila de Legislação: Anexo V) XIII- Material adicionado em mistura de fertilizantes, para o ajuste de formulação, que não interfira na ação destes e pelo qual não se ofereçam garantias em nutrientes no produto final. Ex.: Granilha Areia Aditivo (Anexo V - Apostila de Legislação: Anexo IV) XV- Qualquer substância adicionada intencionalmente ao produto para melhorar sua ação, aplicabilidade, função, durabilidade, estabilidade e detecção ou para facilitar o processo de produção. Ex.: Óleo / Cera Fritas XVI- Produtos químicos fabricados a partir de óxidos e silicatos, tratados a alta temperatura até a sua fusão, formando um composto óxido de silicatado, contendo um ou mais micronutrientes. Óxido + silicatos 1500ºC fritas Contaminantes São agentes fitotóxicos, patogênicos ao homem, animais e plantas, metais pesados tóxicos, pragas e ervas daninhas. (Anexo VIII da Apostila de Legislação Portaria n.º 27/2006)

13 13 3. GARANTIAS E TOLERÂNCIAS DOS FERTILIZANTES MINERAIS SÓLIDOS E CORRETIVOS DE ACIDEZ 3.1. Garantias Fertilizantes minerais sólidos a) Fertilizantes simples As especificações dos principais fertilizantes minerais simples comercializados no Brasil estão apresentadas no Anexo V da Legislação (Anexo II páginas 22 a 49). b) Fertilizantes minerais mistos e complexos - Devem conter NPK, ou dois deles; - Somatória mínima N total + P2O5 solúvel em ácido cítrico ou citrato neutro de amônio + H2O + K2O solúvel em água igual ou superior a 21% Corretivos de acidez - Poder de neutralização (PN) maior ou igual a 67%; - Teores de CaO + MgO maior ou igual a 38%; - Que até 95% passe em peneira de 2 mm, 70% em peneira de 0,84 mm e 50% em peneira de 0,30 mm; - PRNT mínimo de 45% Tolerâncias (Anexo V da Legislação, Capítulo III, páginas 11 a 13) Fertilizantes simples, mistos e complexos a) Teores de N, P2O5, K2O, Ca, Mg e S - até 15% quando o teor do elemento for igual ou menor que 5%;

14 14 - até 10% quando o teor do elemento for superior a 5% e inferior a 40%, sem exceder 1,0 unidade; - até 1,5 unidade quando o teor do elemento > 40%. a) Garantias individuais Tolerância Garantia (1) até 15,0% 5,0% (2) até 10,0% (sem exceder 1 unidade) 5 a 40,0% (3) até 1,5 unidade > 40,0% Ex.: a) Uréia CO(NH2)2 : 45,0%N Logo: >40% até 1,5 unidade 45,0-1,5 = 43,5%N Portanto, o mínimo de N na uréia permitido por lei é de 43,5%N. b) Fosfato Monoamônico (MAP) NH4H2PO4 9,0% N 48,0% P2O5 em CNA + H2O 44,0% P2O5 em H2O b1) N = 9,0% 5,0 a 40,0% 10,0% sem exceder 1 unidade

15 15 9,0 x 0,10 = 0,9 9,0-0,9 = 8,1% N ou 9,0-1,0 = 8,0% N Portanto, o mínimo de N no MAP é de 8,1% N. b2) P2O5 em CNA + H2O = 48,0% > 40% sem exceder 1,5 unidade 48,0-1,5 = 46,5% P2O5 em CNA + H2O Portanto, o mínimo de P2O5 CNA + H2O é de 46,5% P2O5 (a tolerância, portanto é de 0,96% P2O5). P2O5 em H2O = 44,0% 44,0-1,5 = 42,5% P2O5H2O b) No caso de fertilizantes mistos ou complexos, somatória dos teores não poderá ser inferior a 95% do teor total, sem exceder 2,0 unidades da garantia total do produto. Ou Na somatória de N e/ou P2O5, e/ou K2O, até 5,0%, sem exceder 2 unidades. Ex.: (1) Nitrogênio = 4% 15% de 04 = 0,6 4-0,6 = até 3,4% N (2) Fósforo = 14% 10% de 14 = 1,4 14-1,4 = até 12,6% P2O5 sem exceder 1,0 unidade 14-1,0 = 13%P2O5 (3) Potássio = 8% 10% de 8,0 = 0,8

16 16 8,0-0,8 = até 7,2% K2O não exceder 1,0 unidade 8,0-1,0 = 7,0% K2O Portanto, valor mínimo 7,2% K2O = N + P2O5 + K2O = x 0,05 = 1,3 26,0-1,3 = 24,7 ( N + P2O5 + K2O) sem exceder 2 unidades 26-2 = 24,0 ( N + P2O5 + K2O) Portanto, valor tolerado = 24,7 Obs..: 3,4N + 13P2O5 + 7,2K2O = 23,6 (portanto, fora da legislação), pois não preenche o critério, mais rígido, isto é, o que apresentar maior valor, o qual foi de 24,7 ( N + P2O5 + K2O) Micronutrientes a) Tolerâncias mínimas (1) Quando produzidos ou comercializados em misturas - até 20% quando o teor do elemento 1,0% - até 15% quando o teor do elemento 1,0 a 5,0% - até 10% quando o teor do elemento > 5,0%

17 17 Tolerância (%) Garantia (%) até 20 1,0 até 15 1,0 a 5,0 até 10 > 5,0 Ex.: ,5%B 0,5%B < 1,0% (tolerância) 0,5%B x 0,2 = 0,1% (tolerância) 0,5-0,1 = 0,4%B Portanto, valor mínimo é de 0,4%B. (2) Quando produzidos ou comercializados isoladamente, ou quando se tratar dos fertilizantes minerais simples constantes do (Anexo V da Apostila de Legislação): até 10% dos teores garantidos desses nutrientes, sem exceder 1,0 (uma) unidade. Ex.: Sulfato de Zinco ZnSO4.H2O : 20% Zn 10% de 20 = 2 20,0-2,0 = 18,0%Zn 20-1,0 = 19,0%Zn Portanto, o teor mínimo de zinco é de 19,0%Zn. b) Tolerâncias máximas I- com relação aos nutrientes garantidos ou declarados dos produtos: a) para os fertilizantes para aplicação via solo:

18 18 1. para Boro (B), até 1,5 (uma e meia) vez o teor declarado, quando produzido ou comercializado em misturas, e até ¼ (um quarto) do valor declarado quando produzido ou comercializado isoladamente; Em misturas Ex.: ,5% Limite: 1,5 x 0,5 = 0,75%B (teor máximo) Comercialização isolado Ex.: Ácido Bórico (H3BO3) = 17,0%B 17 4 = 4, ,25 = 21,25%B (valor máximo) 2. para Cobre (Cu), Manganês (Mn) e Zinco (Zn), até 3 (três) vezes o teor declarado desses nutrientes, quando produzidos ou comercializados em misturas com macronutrientes primários e/ou em misturas de micronutrientes e/ou em misturas de micronutrientes com macronutrientes secundários e até ¼ (um quarto) do valor declarado, quando produzido ou comercializados isoladamente; Misturas com macronutrientes primários Ex.: ,0%Zn 2,0%Mn 1,0%Cu

19 19 Zn: 3 x 3 = até 9,0% Zn Mn: 2 x 3 = até 6,0% Mn Cu: 1 x 3 = até 3,0% Cu Produtos Simples Sulfato de Zinco: ZnSO4H2O : 22%Zn 22 4 = 5, ,5 = 27,5%Zn (valor máximo permitido) b) para os fertilizantes para fertirrigação, foliar, hidroponia e para semente, para macronutrientes e micronutrientes: Teor Garantido/Declarado (%) Até 0,5 Acima de 0,5 até 1 Acima de 1 até 10 Acima de 10 Tolerância 0, % do teor garantido/declarado 0, % do teor garantido/declarado % do teor garantido/declarado % do teor garantido/declarado

20 20 4. PROPRIEDADES FÍSICAS, FÍSICO-QUÍMICAS E QUÍMICAS DOS FERTILIZANTES E CORRETIVOS 4.1. Atributos de natureza física Natureza física Granulometria Dureza dos grânulos Fluidez ou escoabilidade Densidade 4.2. Atributos de natureza físico-química Solubilidade Higroscopicidade Empedramento Índice salino 4.3. Atributos de natureza química Origem Formas e garantias dos nutrientes Concentração de nutrientes Poder acidificante dos adubos Índice de basicidade 4.1. Atributos de natureza física Os principais atributos de natureza física podem ser classificados em: natureza física, granulometria, dureza dos grânulos, fluidez ou escoabilidade e densidade.

21 Natureza física (Anexo V da apostila de legislação Fertilizantes Minerais In SARC n.º 5/2004). As especificações, garantias e tolerâncias dos produtos descritos a seguir são exigidas pelo Ministério da Agricultura e Abastecimento (MAPA). Quanto a natureza física (Capítulo II Seção I), os fertilizantes são classificados em: sólido e fluido. (1) Sólido: os fertilizantes sólidos, de acordo com sua utilização podem ser empregados: via solo, via foliar, fertirrigação e hidroponia Via solo: a classificação dos fertilizantes sólidos via solo são: a) Granulado e mistura granulada; b) Mistura de grânulos; c) Microgranulado; d) Pó; e) Farelado fino; f) Farelado; g) Farelado grosso.

22 22 As especificações estão apresentadas na Tabela (*) a seguir (Anexo V- Apostila Legislação - página 4). Tabela 1. Natureza física e especificação granulométrica. NATUREZA FÍSICA GRANULADO E MISTURA GRANULADA: produto constituído de partículas em que cada grânulo contenha os elementos declarados ou garantidos do produto. MISTURA DE GRÂNULOS: produto em que os grânulos contenham, separadamente ou não, os elementos declarados ou garantidos do produto. ESPECIFICAÇÃO GRANULOMÉTRICA Peneira Passante Retido 4 mm (ABNT nº 5) 1 mm (ABNT nº 18) 4 mm (ABNT nº 5) 1 mm (ABNT nº 18) Microgranulado 2,8 mm (ABNT nº 7) 1 mm (ABNT nº 18) Pó 2,0 mm (ABNT nº 10) 0,84 mm (ABNT nº 20) 0,3 mm (ABNT nº 50) Farelado Fino 3,36 mm (ABNT nº 6) 0,5 mm (ABNT nº 35) Farelado 3,36 mm (ABNT nº 6) 0,5 mm (ABNT nº 35) Farelado Grosso 4,8mm (ABNT nº 4) 1,0 mm (ABNT nº 18) 95% mínimo 5% máximo 95% mínimo 5% máximo 90% mínimo 10% máximo 100% 70% mínimo 50% mínimo 95% mínimo 75% máximo 95% mínimo 25% máximo 100% 20% máximo 5% máximo 95% mínimo 5% máximo 95% mínimo 10% máximo 90% mínimo 0% 30% máximo 50% máximo 5% máximo 25% mínimo 5% máximo 25% mínimo 5% máximo 75% mínimo 0% 80% mínimo (*) Os fertilizantes sólidos destinados a aplicação foliar, fertirrigação e hidroponia ficam dispensados de apresentar garantia granulométrica. a) e b) Granulado e Mistura Granulada e Mistura de Grânulos 95% (no mínimo) 4,0 mm (ABNT nº. 5) 5% (no máximo) 1,0 mm (ABNT nº. 18)

23 23 - Granulado: são divididos em mistura de grânulos, mistura granulada e mistura complexa. 1) Mistura de grânulos: produto granulado misto, em que os grânulos contêm, separadamente, os elementos garantidos. É obtido pela mistura mecânica de dois ou mais elementos simples granulados. = SPS = KCl = Uréia Apresentam as vantagens de menor custo dos fertilizantes, de economia nas operações, flexibilidade nas operações e o não empedramento. Porém, apresenta o problema da segregação, ou seja, a desuniformidade na quantidade de adubo aplicada devido à separação das partículas por ordem de tamanho. Isso gera desuniformidade na aplicação, com nutrições desbalanceadas e também problemas de regulagem e desgaste das máquinas. N P2O5 Misturador K2O Fertilizantes em grânulos Menor custo dos fertilizantes Economia nas operações Flexibilidade nas formulações Não empedramento Segregação Qualitativa Quantitativa

24 24 2) Mistura Granulada: fertilizante composto originado da mistura de produtos na forma de pó e posteriormente granulado, tendo no mesmo grânulo dois ou três macronutrientes primários. = SPS + Uréia + KCl (P2O5 + N + K2O) Não há formação de novos compostos químicos. H2O N Pó N P2O5 Misturador Granulador K2O Fertilizante simples pó Secador P2O5 K2O Mistura granulada 3) Mistura complexa: composta de matérias primas (adubos) em diferentes estados físicos que passam por um reator, granulador e posteriormente pelo secador. Assim serão obtidos grânulos contendo todos elementos especificados no produto. NH3 (Gás) + H3PO4 (Liquido) + KCl (Pó) reator (mistura completa sólida) Grande Vantagem (2 e 3): Possuir 2 ou 3 nutrientes no mesmo grão. Adubos em diferentes estados físicos Reator Granulador Secador Processos Tecnológico

25 25 N (NH3) P2O5 (H2PO4) K2O (KCl) Matérias-primas básicas Reator Granulador Secador P2O5 N K2O Mistura complexa c) Microgranulado: 90% (no mínimo) 2,8 mm (ABNT nº. 7) 1,0 mm (ABNT nº. 18) 10% (no máximo) d) Pó 100% 2 mm (ABNT nº. 10) 0,84 mm (ABNT nº. 20) 70% (no mínimo) 50% (no mínimo) 0,3 mm (ABNT nº. 50) Ex.: calcários, concentrado fosfático, enxofre elementar.

26 26 e) Farelado fino 95% (no mínimo) 3,36 mm (ABNT nº. 6) 0,50 mm (ABNT nº. 35) 75% (no máximo) f) Farelado 95% (no mínimo) 3,36 mm (ABNT nº. 6) 0,50 mm (ABNT nº. 35) 25% (no máximo) Ex.: gesso agrícola, adubos simples, enxofre elementar. g) Farelado grosso 100% 4,8 mm (ABNT nº. 4) 1,0 mm (ABNT nº. 18) 20% (no máximo)

27 27 (2) Fluido (Anexo V da Apostila Legislação, Capítulo II, página 4) - 3º Fertilizante fluido: produto que se apresenta no estado de solução ou suspensão, em que indique obrigatoriamente a sua densidade e as suas garantias em percentagem mássica (peso de nutrientes por peso de produto) e em massa por volume (quilogramas por hectolitro ou gramas por litro), devendo a indicação desta última ser feita entre parênteses, com a mesma dimensão gráfica, podendo ser apresentada como: I - solução verdadeira: são soluções com ausência de sólidos suspensos e sem qualquer possibilidade de separação física entre os componentes, ou seja, soluto e solvente; II - suspensão homogênea: são dispersões compostas de uma fase líquida, que é uma solução verdadeira ou apenas um dispersante, e outra fase de sólidos em suspensão, mas que fica homogeneamente dispersa na fase líquida; a dispersão fluida homogênea pode apresentar separação de fases, mas só após longo período de decantação, mas a homogeneidade da suspensão deve ser recomposta facilmente por agitação; a viscosidade das dispersões homogêneas varia desde a viscosidade da água até à dos géis coloidais; III - suspensão heterogênea: são dispersões compostas de pelo menos uma fase líquida predominante, que é uma solução verdadeira ou apenas um dispersante, e uma ou mais fases de sólidos em suspensão, que só ficam homogeneamente dispersas na fase líquida sob vigorosa agitação; cessando agitação pode ocorrer rápida separação de fases; a dispersão fluida heterogênea geralmente apresenta viscosidade e densidades elevadas Granulometria a) Tamanho b) Forma das partículas c) Densidade dos grãos

28 28 a) Tamanho: segregação; separação das partículas por ordem de tamanho. Segregação ocorre: produtos com partículas de tamanho desuniforme. Problemas da segregação: 1. Desuniformidade na quantidade de adubo aplicada; 2. Mistura de grânulos: quantidade e qualidade. Solução: produto com granulometria uniforme Problema da indústria a1) Sistemas de peneiras na saída da produção: Fertilizantes simples Misturas granuladas Misturas complexas O produto não enquadrado é reciclado. a2) Seleção das matérias-primas mistura de grânulos problemas a2.1) Legislação: granulometria muito ampla não atende o aspecto de segregação; a2.2) Matérias-primas importadas: KCl (cloreto de potássio); a2.3) Fertilizantes simples, especialmente micronutrientes não se compatibilizam com a maioria dos fertilizantes; Ex.: Ácido bórico, borax, sulfato de zinco cristais pequenos Fritas (óxidos silicatados) = pó fino b) Forma das partículas: fluidez, higroscopicidade, empedramento. * Fluidez e empedramento Ideal; forma com menor superfície de contato. * Higroscopicidade Ideal; forma com menor superfície de exposição. Resumo: forma esférica.

29 29 Para evitar a segregação: - Utilizar matérias-primas dentro de faixa granulométrica adequada; - Usar processos de manuseio adequados, desde a matéria-prima até seu destino. Variáveis que interferem na qualidade da aplicação Relação Perfil longitudional Perfil transversal Fatores * Taxa de aplicação * Simetria * Segregação Segregação * Tamanho * Densidade * Forma das partículas * Maiores tamanhos e maiores densidades maiores distâncias * Menor densidade mais deriva Método para aplicação

30 30 Figura 3. Avaliação da qualidade de aplicação de corretivos e fertilizantes Dureza dos grânulos É a resistência à quebra ou abrasão, que podem gerar pó ou grânulos desuniformes, medida através da resistência à compressão, abrasão e impacto. Os grânulos não devem quebrar facilmente, portanto resistindo ao armazenamento, empilhamento e ao transporte. Não devem resistir à solubilização. a) Grãos moles quebram com facilidade Ex.: Armazenamento (empilhamento) b) Grãos duros : impede a dissolução dos nutrientes Dureza = f (natureza do material e umidade) Uso de aglutinantes na granulação Mole: Quando o grão pode ser rompido ao ser comprimido entre os dedos indicador e polegar; Mediamente Duro: Quando pode ser rompido ao comprimirmos sobre uma superfície dura e com o dedo indicador;

31 31 Duro: Quando não se rompe, mesmo comprimido sobre uma superfície dura e com o dedo indicador. - Resistência à compressão Tabela 2. Valores típicos de resistência a compressão (dureza) para grãos de aproximadamente 2,5mm. Fertilizantes Dureza (quilos) Nitrato de Amônio (perolado) 1,0 Sulfato de Amônio (cristais) 1,5 MAP 5,8 DAP 4,0 Superfosfato Triplo 1,3 Superfosfato Simples 1,1 KCl 5,8 - Resistência à abrasão Tabela 3. Porcentagens de degradação dos fertilizantes mais utilizados. Fertilizantes Resistência à abrasão (% Degradação) Nitrato de Amônio (perolado) 7,0 Sulfato de Amônio (cristais) 2,5 MAP 0,8 DAP 0,2 Superfosfato Triplo 1,6 Superfosfato Simples 13,0 KCl 3,8

32 32 - Resistência ao impacto Tabela 4. Valores de resistência ao impacto (produtos importados). Fertilizantes Resistência ao impacto % de fragmentação Uréia (perolada) 10,5 Nitrato de Amônio (perolado) 4,5 MAP 1,0 DAP 0,8 Superfosfato Triplo 0,6 KCl 3, Fluidez ou escoabilidade Fluidez = escoamento dos fertilizantes sólidos Comprometido: higroscopicidade, empedramento e desuniformidade de tamanho e forma das partículas; Fertilizantes fluidos: natureza da mistura (solução ou suspensão), viscosidade e densidade; Fluidez compromete: uniformidade da distribuição e rendimento da aplicação. FLUIDEZ X ÂNGULO DE REPOUSO Medida: ângulo de repouso

33 33 Função: higroscopicidade // empedramento // desuniformidade no tamanho // forma das partículas. Afeta: uniformidade de distribuição // rendimento da aplicação Figura 4. Esquema de determinação de ângulo de repouso. Ângulo de repouso: ângulo entre o piso e a superfície da pilha tomada pelo produto quando descarregado no silo. Mede tendência de escoamento.

34 34 Ângulo de repouso = arc tg x escala vertical (a) escala horizontal (b) ÂNGULO DE REPOUSO = a b Produto a b a/b Uréia 14,4 22,8 0,63 32,28 Gesso 16,9 18,6 0,91 42,26 Calcário 13,8 16,7 0,83 39,57 NPK: ,3 19,8 0,72 35,84 fluidez. Conclusão: A uréia por apresentar menor ângulo de repouso, apresenta maior Umidade % 0,0 35,03 2,1 41,53 6,4 45,73 6,9 46,55 8,4 47,53 Fonte: LUZ, Ou seja, quanto maior a umidade, maior ângulo de repouso.

35 Densidade a) Adubos sólidos pouca importância; b) Adubos fluidos; b1) Afeta viscosidade e consequentemente a fluidez; b2) Transformações da garantia do produto entre as relações peso/peso e peso/volume. Ex.: UAN (Uran): d = 1,326 g cm -3 Sulfuran: d = 1,26 g cm Atributos de natureza físico-química Solubilidade solo Objetivos: solúveis em água ou insolúveis em água, mas solúveis na solução Observações: * alta solubilidade em água perdas acentuadas * linha de pesquisa obtenção de produtos de solubilidade intermediária Lenta liberação de nutrientes ( Slow release ) Ex.: uréia revestida com enxofre Produto de Solubilidade (PS): é a quantidade máxima do fertilizante ou corretivo (em gramas) que conseguimos dissolver em 100 ml de água.

36 36 Tabela 5. Produto de solubilidade de alguns fertilizantes. Fertilizantes Produto de solubilidade (g/100 ml água) a 20ºC Ácido fosfórico 45,7 Ácido bórico 5 Cloreto de cálcio 60 Cloreto de potássio 34 DAP 40 MAP 22 Gesso 0,241 Nitrato de amônio 190 Nitrato de potássio 31 Sulfato de amônio 73 Sulfato de potássio 11 Superfosfato simples 2 Superfosfato triplo 4 Sulfato de manganês 105 Sulfato de zinco 75 Sulfato de cobre 22 Uréia Higroscopicidade Conceito: é a propriedade que um adubo possui de absorver água da atmosfera. Umidade crítica (UC): umidade relativa do ar em que o adubo inicia a absorção de água. Redução da higroscopicidade: aumento do tamanho e revestimento dos grânulos da uréia, nitrato de amônio Ex.: Nitrato de amônio UR = 59,4

37 37 Interpretação: quando a temperatura estiver a 30ºC e a umidade relativa da atmosfera estiver acima de 59,4%, o nitrato de amônio absorverá água. Misturas: uréia + nitrato de amônio a 30ºC UC = 18% Figura 5. Umidades críticas de fertilizantes e misturas a 30ºC. Valores em porcentagem de umidade relativa Empedramento Cimentação das partículas do fertilizante formando uma massa de dimensões muito maiores que a das partículas originais. Causas: efeito químico e efeito físico. Efeito químico Ex.: DAP + Superfosfatados H + (NH4)2 HPO4 + Ca(H2PO4)2 H2O 2NH4 H2PO4 + CaHPO4 + H2O DAP SPT H2O cristais de MAP Água

38 38 Ex.: Uréia + Superfosfato 4(NH2)2 CO + Ca(H2PO4)2. H2O Ca(H2PO4)2.4(NH2)2.CO + H2O Uréia SPT Aduto de uréia CaSO4.2H2O + (NH2)2CO (NH2)2CO CaSO4 + 2H2O Gesso Uréia Aduto de Uréia Como evitar o empedramento Amonificação Ca(H2PO4)2.H2O + H3PO4 + 2NH3 CaHPO4 + 2NH4H2PO4 + H2O Superfosfato Acidez Amônia Fosfato Bicálcico MAP livre Efeito Físico fertilizantes. Está ligado a problemas de higroscopicidade, causando o empedramento dos Índice salino Medida da tendência do adubo para aumentar a pressão osmótica da solução do solo comparada à de igual peso de nitrato de sódio, cujo valor é igual a 100. É uma característica intrínseca, ou melhor, uma propriedade imutável de cada produto. Solução: fertilizantes com alto índice salino devem ser aplicados parcelados. Ex.: Cloreto de potássio, nitrato de amônio, uréia.

39 39 Tabela 6. Índice salino de diversos fertilizantes, calculados em relação ao nitrato de sódio tomado como índice 100. Fertilizantes Índice de Salinidade Nitrato de sódio 100 Nitrato de amônio 105 Sulfato de amônio 69 DAP 30 MAP 34 Nitrocálcio 61 Uréia 75 Amônia anidra 47 Superfosfato simples 8 Superfosfato triplo 10 Cloreto de potássio 116 Sulfato de potássio 46 Nitrato de potássio 74 Índice salino Solubilidade Solubilidade Concentração salina Conseqüência: Pressão osmótica Manejo: Parcelamento - Solos arenosos - Altas doses de K2O

40 40 Tabela 7. Índice salino de fertilizantes. Produto Teor Relativo NaNO3 = 100 por unidade de nutrientes Nitrogenados Amônia anidra 82,2% N 47,1 0,572 Nitrato de amônio 34,0 104,7 2,990 Sulfato de amônio 21,0 69,0 3,253 Solução nitrogenada 41,0 78,3 1,930 Nitrocálcio 27,0 61,1 2,982 Nitrato de cálcio 12,0 52,5 4,409 15,5 65 4,194 Calciocianamida 21,0 31 1,476 Nitrato de sódio 16, ,060 Uréia 46,6 75,4 1,618 Salitre potássio 15% N 14% K2O 92 3,173 Orgânico, natural 5% 3,5 0,702 13% 3,5 0,270 Fosfatados Superfosfato simples 20% P2O5 7,8 0,390 Superfosfato triplo 45 10,1 0, ,1 0,210 Fosfato monoamônio 12% N 62% P2O5 29,9 0,405 Fosfato diamônico 21% N 54% P2O5 34,2 0,456 Potássicos Cloreto de potássio 60% K2O 116,3 1,936 Nitrato de potássio 14% N 46% K2O 73,6 1,219 Sulfato de potássio 50% K2O 46,1 0,853 Sulfato de potássio e magnésio 22% K2O 43,2 1,921 Diversos Dolomita 20% MgO 0,8 0,042 Gesso 32% CaO 8,1 0,247 Carbonato de cálcio 56% CaO 4,7 0,083 Sal amargo (sulfato de magnésio) 16% MgO 44,0 2,687

41 41 Tabela 8. Índice salino comparativo de dois fertilizantes mistos. (TISDALE & NELSON, 1966). Índice salino unidade nutriente ( ) ( ) kg Índice salino Solução amoniacal (40,6% N) 1, , Kg Índice salino DAP (21,2% N; 53,8% P 2O 5) 1,614; 0, ,37 Uréia (46,6% N) 1, ,71 Sulfato de amônio (21,2% N) 3, , Super triplo (46,0% P 2O 5) 0, ,10 Super simples (200% P 2O 5) 0, , Cloreto de potássio (50% K 2O) 2, , Cloreto de potássio (60% K 2O) 1, ,72 Condicionador Enchimento Índice salino / Unidade de nutriente * IS (NaNO3) = 100 %N = x x = 100 = 6,25 16 * IS (NH4)2SO4 = 69 %N = 21 69/21 = 3,28 N (NaNO3) > N(NH4)2SO4 6,25 / 3,28 = 1,9

42 42 Portanto, o nitrato de sódio, apresenta o dobro de salinidade, por unidade de N, em relação ao sulfato de amônio. Fórmula: N * Solução amoniacal (40,6% N): 74 kg * Sulfato de amônio (21,2% N): 97 kg Dados: IS solução amoniacal = 1,963 / unidade de N IS sulfato de amônio = 3,25 / unidade de N a) Solução amoniacal * 100 Kg solução amoniacal 40,6 kg N * 74 Kg solução amoniacal x x = 30,0 kg N/t 1 N 1,93 IS 30 N y y = 57,9 IS/t = 5,79 IS/100 kg formula b) Sulfato de amônio 100kg SA 21,2kg N 97kg SA x x = 20,56kg N 1 N 3,25 IS 20,56 y y = 66,83/t = 6,68 IS / 100 kg

43 43 c) P2O5: Superfosfato Simples (IS = 0,390); 500kg 100kg 20,6kg P2O5 500kg x x = 103kg P2O5/t 1 P2O5 0, P2O5 y y = 40,17/t = 4,0/100kg d) KCl: Cloreto de potássio (50% K2O) IS = 1, kg 50kg K2O 200kg x x = 100kg K2O 1 K2O 1, K2O y y = 193,6/t ou 19,36/100 kg IS = 5,79 + 6,68 + 4, ,36 = 35,83 Metodologia Analítica para Determinação do Índice de Salinidade (IS) Princípio do Método: uso do Nitrato de sódio p.a. como parâmetro comparativo, expresso em condutividade elétrica (ms/cm) como 100%, em relação direta. Metodologia: diluir 1,0 g NaNO3 p.a., completando a 100ml com água deionizada, determinando a condutividade elétrica em ms/cm a 25ºC. Em seguida pesar 1,0 g do produto (amostra) completando a 100 ml com água deionizada e determinar a condutividade elétrica em ms/cm a 25ºC.

44 44 Cálculos: CE produto CE NaNO3 x 100 = índice de salinidade Obs.: us/cm = 10-6 ms/cm = 10-3 ds/cm = 10 Fonte: (MORAES JR., A.A. de 2005) Atributos de natureza química Origem a) Minerais ou orgânicos b) Naturais ou artificiais a) Minerais Objeção: possível presença de compostos nocivos às plantas, aos animais e ao meio ambiente, conforme Tabela 9. Tabela 9. Limite de tolerância de compostos nocivos em fertilizantes. Fertilizante Composto Legislação Uréia Biureto 1,5% (*) e 0,3 (**) Nitrato de sódio Perclorato 1% NaClO4 Sulfato de Amônio Tiocianato 1% NH4SCN (*) Aplicada via solo. (**) Aplicada via foliar. calor 2CO (NH2)2 NH2 - CO - NH - CO - NH2 + NH3 Biureto

45 45 b) Orgânicos (1) Pobreza em nutrientes (2) Efeito melhorador das propriedades físicas e físico-químicas do solo (3) Também apresentam a possibilidade de conterem compostos nocivos às plantas, aos animais e ao meio ambiente. Obs.: fertilizantes que podem contaminar o solo são os orgânicos de origem urbano-industrial (lodo de esgoto), os quais podem apresentar níveis tóxicos de chumbo (Pb) e cádmio (Cd) Formas e garantias dos nutrientes a) Teor total Ex.: nitrogênio b) Teor solúvel em água Ex.: Potássio (K2O) c) P2O5 Água Água + Citrato neutro de amônio (CNA + H2O) Ácido Cítrico a 2,0% (1:100) (HCi) Total - Fosfatos acidulados (SPS, SPT, MAP e DAP) P2O5: H2O P2O5: CNA + H2O P2O5: Total - Fosfatos térmicos (Termofosfato Magnesiano e escórias) P2O5: H2O P2O5: CNA + H2O ou HCi a 2,0% P2O5: Total

46 46 - Fosfatos reativos (Gafsa, Djebel Onk, Arad, Daoui) P2O5: H2O P2O5: HCi a 2,0% P2O5: Total Obs.: No mínimo 30% do P2O5 Total dos fosfatos reativos deve ser solúvel em HCi a 2,0%. d) Micronutrientes Teor Total: todos CNA + H2O: Cu e Mn (mínimo 60% do teor total) HCi a 2,0%: demais micro (mínimo 60% do teor total Poder acidificante dos adubos Conceito: índice de acidez de um fertilizante quilogramas (kg) de carbonato de cálcio necessário para neutralizar a acidez originada pelo uso de 100 kg do fertilizante. Adubos amoniacais: são de caráter ácido, em virtude da presença do íon amônio (NH4 + ) que é doador de H +, responsável pela acidez: 2NH O2 2NO H + + 2H2O Tabela 10. Índice de acidez de alguns fertilizantes Fertilizantes Índice de Acidez (*) Amônia anidra (83% N) 147 Sulfato de amônio (20% N) 110 Nitrato de amônio (34% N) 62 Uréia (45%) 71 MAP (9% N) 58 DAP (16% N) 75 (*) Quantidade de carbonato de cálcio que deve ser adicionado ao solo para neutralizar a aplicação de 100 kg do fertilizante.

47 Índice de basicidade dos fertilizantes É a quantidade em kg de CaCO3 que exercem a mesma ação neutralizadora de 100 kg do fertilizante. Ex.: I.B. do Termofosfato = 50 50kg CaCO3 100kg de Termofosfato Tabela 11. Índice de basicidade (IB) de fertilizantes. Fertilizantes I.B. Termofosfato 50 Escorias de desfosforização e Escorias silicatadas Fosfato natural reativo 20 (*) (*) Valor médio. Calcários CaCO3 Ca ++ + CO3 = CO3 = + H + HCO3 - HCO3 - + H + H2CO3 H2O + CO2 OH - + H + H2O ou OH - + Al +++ Al(OH)3 Termofosfato H2O CaSiO3.MgSiO3 Ca 2+ + Mg 2+ 2SiO3 2- SiO H2O HSiO3 - + OH - HSiO3 - + H2O H2SiO3 - + OH - H2SiO3 H2O + SiO2 Portanto: (Calcário + Termofosfato), neutralizam a acidez do solo, pela liberação de hidroxila (OH - ). OH - + H + H2O 3OH - + Al 3+ Al(OH) 3

48 Mistura de adubos Compatibilidade Compatíveis Semi compatíveis Incompatíveis químicas - Compatíveis: não traz alterações em suas características físicas e/ou Ex.: Uréia + KCl - Semi compatíveis: misturar um pouco antes da aplicação Ex.: Uréia + Superfosfato - Incompatíveis: não podem ser misturados Ex.: Termofosfatos + Uréia H2O CO(NH2)2 NH3 + CO2 NH3 + H2O NH4 + + OH - Portanto, devido ao termofosfato liberar OH - (item 3.3.4), haverá a reação com NH4 (amônio), formando NH3 (amônia), que será perdida por volatilização.

49 49 Orientação por mistura de fertilizantes. Tabela 12. Possibilidade de mistura de fertilizantes X X X X X 0 X X X X X X 0 X 0 4 X X X X 5 X X 0 X X 6 X X X X X X X 7 X 0 X X X 8 0 X X 0 X 9 0 X 0 X X X X 0 X X 0 12 X X 15 X 0 X 0 X X X Adubos que podem ser misturados 0 Adubos que só podem ser misturados um pouco antes da aplicação X Adubos que não podem ser misturados 1 Sulfato de amônio 2 Nitrato de sódio e nitrato de potássio 3 Nitrato cálcio 4 Nitrato de amônio e sulfonitrato de amônio 5 Uréia 6 Calciocianamida 7 Superfosfatos 8 Fosfatos de amônio 9 Fosfatos bicálcico 10 Farinha de ossos 11 Termofosfatos e escórias 12 Fosfatos naturais ou rochas fosfatadas 13 Cloreto de potássio 14 Sulfato de potássio 15 Calcário

50 50 5. AMOSTRAGEM DE FERTILIZANTES E CORRETIVOS PARA ANÁLISES 5.1. Coleta e preparo de amostras de fertilizantes sólidos e corretivos Para que um fertilizante ou corretivo tenha resultados de análise confiáveis é necessário que sejam coletados e preparados corretamente, visando se obter uma amostra bem homogênea, representativa do produto Procedimentos para coleta de amostras a) Produtos ensacados com mais de 60kg ( Big-Bag ) - Usando uma sonda de tubo duplo perfurado com a ponta cônica, conforme Figura 6: Figura 6. Ilustração do amostrador utilizado. Inserir a sonda verticalmente em três pontos diferentes em cada embalagem, conforme Figura 7. Para lotes com mais de 200 unidades, este deverá ser subdividido em lotes de 200 embalagens. A quantidade de embalagens esta apresentada na Tabela 13:

51 51 Tabela 13. Número de Big-Bags a serem amostrados em função do tamanho do lote Tamanho do lote (numero de embalagens) Número mínimo de embalagens a serem amostrados Até a a Superior a 151 até Figura 7. Como inserir a sonda de amostragem de fertilizantes em Big-Bag. b) Produtos ensacados de 10 a 60 kg - Usando uma sonda de tubo duplo perfurado com a ponta cônica. Nos sacos inserindo totalmente a sonda fechada, na diagonal, abrindo a sonda dentro do saco para que o produto caia pelos furos da sonda, em seguida fechá-la e retirá-la, conforme Figura 8. Retirar as frações de cada saco a ser amostrado.

52 52 Formar uma única amostra e quartear esta amostra até se obter uma quantidade de aproximadamente 250 gramas. Enviar esta amostra para o laboratório em embalagem plástica. O produto a ser amostrado deverá ser coletado de sacos escolhidos ao acaso, para que a amostra seja representativa do lote. O número mínimo de subamostras será o estabelecido pela Tabela 14. Tabela 14. Número de sacos a serem amostrados, para embalagens de 10 a 60 kg. Tamanho do lote (numero de embalagens) Número mínimo de embalagens a serem amostrados Até a Superior a 100 até % do total do lote Figura 8. Como inserir o amostrador em embalagens de 10 a 60kg. c) Produtos ensacados até 10 kg. Deve-se retirar embalagens de diferentes posições do lote, aleatoriamente. Embalagens maiores que 1 kg devem ser reduzidas por quarteação a porções de aproximadamente 1 kg. Estas porções devem ser misturadas e homogeneizadas e novamente quarteadas. Embalagens até 1 kg, o conteúdo total das embalagens será misturado, homogeneizado e quarteado.

53 53 O número mínimo de subamostras será o estabelecido pela Tabela 15. Tabela 15. Número de embalagens, até 10 kg a serem amostrados em função do tamanho do lote. Tamanho do lote (numero de embalagens) Número mínimo de embalagens a serem amostrados Até a a Superior a 100 até ,50% do total do lote d) Produtos a granel Também usar uma sonda. Enfiar a sonda no lote de adubo de cima para baixo, no sentido do prumo. Retirar 10 porções em locais diferentes para cada 100 toneladas do produto escolhido ao acaso. Em lotes superiores a 100 toneladas, deverão ser retiradas 10 porções mais 1 (uma) para cada 100 toneladas no caso de fertilizantes simples, complexos, mistura granulada e corretivos de acidez, salinidade e sodicidade; ou 10 porções mais 3 para cada 100 toneladas no caso de fertilizantes minerais mistos, quando em mistura de grânulos, pó e farelados, no caso de fertilizantes orgânicos e substratos. Misturar bem as porções fazendo uma única amostra. Quartear até se obter uma porção de 250 gramas. Enviar esta porção ao laboratório em embalagem de plástico. Proteger bem a embalagem para não ocorrer vazamento durante o transporte Métodos de quarteação As porções de amostra coletadas deverão ser colocadas em recipiente limpo e seco, e homogeneizadas convenientemente, após o que será quarteada, visando

54 54 obter quatro partes homogêneas da amostra, de aproximadamente 250 g. A quarteação pode ser realizada de duas maneiras: manualmente ou por quarteador tipo Jones. Após, coletada e preparada corretamente, a amostra de fertilizante ou corretivo está pronta para ser enviada para o laboratório, onde serão determinadas a granulometria e o teor de nutrientes, o que irá definir se o mesmo está dentro das especificações. a) Manual Depositar o material coletado em um local liso e limpo. Com uma régua dividir o monte em quatro partes iguais. Escolher duas partes e desprezar as outras duas. Juntar as duas partes escolhidas e misturar bem. Repetir a operação, dividindo os montes em quatro partes até se obter, na última mistura, a amostra de 250 gramas. Figura 9. Esquematização do modo de quartear manualmente. b) Quarteador tipo Jones: Deve-se usar quarteador tipo JONES (Figura 10), possuindo, no mínimo, 8 vãos de separação, com largura mínima de 15 mm cada. Nivelar o quarteador em superfície lisa, jogar o produto sobre os vãos, desprezar o produto de uma em cada duas bandejas coletoras, repetindo até quantidade suficiente para compor quatro subamostras.

55 55 Figura 10. Quarteador tipo JONES Coleta e preparo de amostras de fertilizante fluidos Deve ser feita com frascos amostradores ou outro instrumento que viabilize a amostragem, estas frações retiradas serão reunidas, homogeneizadas e divididas em 4 partes. Acondicionar em frascos de vidro ou polietileno com fechamento hemético. Amostragens em linhas de descargas com produto já homogeneizado é necessário desprezar o primeiro litro para recolher a amostra. O uso dos amostradores (Figura 11) é necessário quando não houver condições de homogeneização do liquido no depósito. No caso de produtos fluidos embalados, usar as seguintes normas apresentadas na Tabela 16. Tabela 16. Número de embalagens a serem amostrados em função do tamanho do lote (fertilizantes fluidos). Tamanho do lote Número mínimo de embalagens a (numero de embalagens) serem amostrados Até unidade Superior a unidade para cada 500 ou fração

56 1% NH4 56 Figura 11. Amostrador para fertilizantes fluidos.

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