APONTAMENTOS DE ESTUDOS SOBRE CIÊNCIA, TECNOLOGIA & SOCIEDADE

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1 APONTAMENTOS DE ESTUDOS SOBRE CIÊNCIA, TECNOLOGIA & SOCIEDADE Pedro & João Editores

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3 Valdemir Miotello & Wanda A. Machado Hoffmann (Orgs.) APONTAMENTOS DE ESTUDOS SOBRE CIÊNCIA, TECNOLOGIA & SOCIEDADE Pedro & João Editores 2010

4 Copyright dos autores Todos os direitos garantidos. Qualquer parte desta obra pode ser reproduzida ou transmitida ou arquivada, desde que levados em conta os direitos dos autores. Valdemir Miotello & Wanda A. Machado Hoffmann (Orgs.) Apontamentos de estudos sobre Ciência, Tecnologia & Sociedade. São Carlos: Pedro & João Editores p. ISBN Ciência, Tecnologia & Sociedade. 2. Estudos do contemporâneo. 3. Estudos interdisciplinares. 4. Autores. I. Título. CDD 020 Capa: Marcos Antonio Bessa Oliveira Editores: Pedro Amaro de Moura Brito & João Rodrigo de Moura Brito Conselho Científico da Pedro & João Editores: Augusto Ponzio (Bari/Itália); João Wanderley Geraldi (Unicamp/Brasil); Roberto Leiser Baronas (UFSCar/Brasil); Nair F. Gurgel do Amaral (UNIR/Brasil) Maria Isabel de Moura (UFSCar/Brasil); Dominique Maingueneau (Universidade de Paris XII); Maria da Piedade Resende da Costa (UFSCar/Brasil). Pedro & João Editores Rua Tadão Kamikado, 296 Parque Belvedere São Carlos SP 2010

5 SUMÁRIO APRESENTAÇÃO Valdemir Miotello & Wanda A. Machado Hoffmann ETANOL COMBUSTÍVEL E O ENFOQUE CTS Adriana Aparecida Puerta Leandro Innocentini Lopes de Faria PRODUÇÃO CIENTÍFICA VERSUS PATENTEAMENTO NA AMAZÔNIA: ESTUDO SOBRE O CUPUAÇU (THEOBROMA GRANDIFLORUM) Angela Emi Yanai Leandro Innocentini Lopes de Faria OS ESTUDOS SOCIAIS DA CIÊNCIA: UMA RELAÇÃO COM O CAMPO CTS Bruno Rossi Lorenzi O TERRITÓRIO COMO PLATAFORMA DE SUPERAÇÃO DA POBREZA: DO CAPITALISMO À SOCIEDADE EM REDE Celso Geraldo Tucci POLÍTICAS PÚBLICAS NA SAÚDE E SUA RELAÇÃO COM CIÊNCIA TECNOLOGIA E SOCIEDADE Cibele Correia Semeão A NÃO NEUTRALIDADE DO HOMEM: CIÊNCIA E TECNOLOGIA NOS INSTITUTOS FEDERAIS DE EDUCAÇÃO, CIÊNCIA E TECNOLOGIA Cintia A. S. Santos ELABORAÇÃO DE INDICADORES DE PRODUÇÃO CIENTÍFICA NO CONTEXTO CTS: A SUSTENTABILIDADE EM FOCO Claudia de Moraes Barros de Oliveira Leandro Innocentini Lopes de Faria

6 CARACTERIZAÇÃO E CATEGORIZAÇÃO DE ATRIBUTOS COMO INSTRUMENTOS PARA MELHORIA DE SERVIÇOS: UMA APLICAÇÃO À INICIATIVA CONTRIBUINTE DA CULTURA Cristina Nardin Zabotto PARTICIPAÇÃO PÚBLICA EM CIÊNCIA E TECNOLOGIA ATRAVÉS DE MECANISMOS DE GOVERNO ELETRÔNICO: UMA PROPOSTA METODOLÓGICA DE AVALIAÇÃO Danilo Brancalhão Berbel SUSTENTABILIDADE E DESENVOLVIMENTO INDUSTRIAL SUSTENTÁVEL: ASPECTOS RELEVANTES DA INDÚSTRIA SIDERÚRGICA Danilo Batista da Cunha José Ângelo R. Gregolin OS DILEMAS VIVIDOS PELO EDUCADOR CONTEMPORÂNEO, NA CONSTRUÇÃO DE SUA FORMAÇÃO E EM SUAS PRÁTICAS DE TRABALHO, DENTRO DA ASSIM CHAMADA SOCIEDADE DA INFORMAÇÃO Dirceu Marcos Dolce Furlanetto TRAJETÓRIA E PERSPECTIVAS EM CTS NA EDUCAÇÃO: DO ENSINO CARTESIANO À INTERDISCIPLINARIDADE Francis Lampoglia MODERNIZAÇÃO AGRÍCOLA E SEU IMPACTO NO DESENVOLVIMENTO SOCIOECONÔMICO DO PAÍS NO PERÍODO PÓS GUERRA Joana Silva INICIATIVAS E MECANISMOS DE COOPERAÇÃO PARA A PROMOÇÃO DO EMPREENDEDORISMO E DE NOVOS EMPREENDIMENTOS José Augusto Pereira Ribeiro Wanda A. Machado Hoffmann UM NOVO CAMINHO ATRAVÉS DAS TECNOLOGIAS SOCIAIS Lucas Miguel França

7 ASPECTOS GERAIS DA NANOTECNOLOGIA E SUAS APLICAÇÕES PARA A SOCIEDADE Lucas Salomão Peres Leandro Innocentini Lopes de Faria O CONSUMO E O LIXO TECNOLÓGICO SOB O OLHAR CIÊNCIA, TECNOLOGIA E SOCIEDADE Luciara Cid Gigante Maria Cristina Comunian Ferraz Camila Carneiro Dias Rigolin GESTÃO DO CONHECIMENTO E INCUBADORAS UNIVERSITÁRIAS DE EMPREENDIMENTOS DE ECONOMIA SOLIDÁRIA: UMA APROXIMAÇÃO DESEJÁVEL Marcia Cristina dos Santos Barbosa de Oliveira Maria Zanin AS PESQUISAS EM GESTÃO DA INOVAÇÃO E DA TECNOLOGIA: UM PANORAMA ATRAVÉS DE ESTUDOS BIBLIOMÉTRICOS Maria Fernanda de Oliveira A CONSTRUÇÃO PARADOXAL DE SENTIDO: O CONHECIMENTO TRADICIONAL NO CONTEXTO DA PROPRIEDADE INTELECTUAL Maria Raquel da Cruz Duran Camila Carneiro Dias Rigolin ANÁLISE DA METODOLOGIA ADOTADA NAS PESQUISAS SOBRE MORTALIDADE DE EMPRESAS Meire Ramalho de Oliveira Roberto Ferrari Júnior CIENTISTAS E JORNALISTAS: UMA (PROVÁVEL) SOLUÇÃO PARA OS EMBATES Michel da Silva Coelho Lacombe COMUNICAÇÃO E GESTÃO TECNOLÓGICA: O PAPEL DAS AGÊNCIAS DE INOVAÇÃO Neylor de Lima Fabiano

8 ELABORAÇÃO DE METODOLOGIAS PARA PROSPECÇÃO TECNOLÓGICA Renan Carvalho Ramos Leandro Innocentini Lopes de Faria CTS E AS POTENCIALIDADES DAS CADEIAS PRODUTIVAS DE BAMBU NO BRASIL Samara Pereira Tedeschi Wanda Ap. Machado Hoffmann GESTÃO POR COMPETÊNCIAS NO SETOR PÚBLICO: UMA ABORDAGEM SOCIALMENTE CONTEXTUALIZADA Silvana Ap. Perseguino Wilson José Alves Pedro AMBIENTE INFORMACIONAL DAS ORGANIZAÇÕES: RELAÇÃO ENTRE A GESTÃO ESTRATÉGICA E PATENTES Tatiane Malvestio Silva MEMÓRIA E HIPERMÍDIA: A REVOLUÇÃO TECNOLÓGICA E OS DIZERES HIPERMIDIÁTICOS Thaís Harumi Manfré Yado Lucília Maria Sousa Romão BIBLIOTECA UNIVERSITÁRIA E INFORMAÇÃO EM QUÍMICA: INTEGRAÇÃO ENTRE CIÊNCIA, TECNOLOGIA E SOCIEDADE Valéria Aparecida Moreira Novelli COMUNICAÇÃO E APROPRIAÇÃO DO CONHECIMENTO CIENTÍFICO: REFLEXÕES PRELIMINARES SOBRE A COMPREENSÃO PÚBLICA DA CIÊNCIA Vera A. Lui Guimarães Maria Cristina Piumbato Innocentini Hayashi ROUSSEAU E O DISCURSO SOBRE AS CIÊNCIAS E SOBRE AS ARTES: O PRELÚDIO DE UMA VISÃO CRÍTICA DA CENTRALIDADE TECNOCIENTÍFICA Vitor Ogiboski Cidoval Morais de Sousa

9 APRESENTAÇÃO No Programa de Pós Graduação em Ciência, Tecnologia e Sociedade é ofertada uma disciplina de caráter obrigatório: Ciência, Tecnologia e Sociedade. Nesse ano de 2010 coordenamos essa disciplina. E o trabalho desenvolvido foi instigante e muito nos provocou a todos, alunos e professores, a ampliarmos nossas leituras e aprofundarmos os debates em sala de aula. Trabalhamos com algumas questões que nos conduziram no decorrer do semestre: a) Como encarar hoje essa relação intrínseca entre ciência, tecnologia e sociedade? b) Que princípios éticos são fundamentais e imprescindíveis nessa relação? c) Quais leituras devem ser feitas hoje pra se dar conta de bem compreender as tensões nesse novo campo? d) Metodologicamente quais os caminhos possíveis de construção hoje de ciência e de tecnologia que estejam envolvidas e comprometidas com o desenvolvimento humano de forma prioritária? e) Como é possível discutir e trabalhar nos vários níveis de ensino estas questões, pensando CTS como uma parte do currículo escolar? A compreensão da ciência e tecnologia tem implicações em diversas esferas da vida e da sociedade, tendo um valor do epistêmico ao político, conduzindo sempre a novos desafios, principalmente possibilitando movimentos e propostas alternativas no diálogo entre ciência, tecnologia e sociedade. As mudanças e transformações radicais e abrangentes que registraram a passagem do milênio constituíram um emergente padrão sócio econômico político cultural, colaborando para o aumento das incertezas e indefinições, como também sofrendo influência da crescente intensidade e complexidade dos conhecimentos desenvolvidos; destacando a velocidade, confiabilidade, baixo custo, armazenamento e processamento de grandes quantidades desse conhecimento codificado e de vários tipos de informações, com isso exercendo papel central no processo de compreensão e relação da ciência, tecnologia e sociedade. Juntamente com novos conhecimentos e competências, com novos aparatos e tecnologias é que surgem as reflexões de como devem ser os

10 novos modos do ser humano aprender, interagir, pesquisar, produzir, trabalhar, consumir, se divertir, exercer a cidadania e compartilhar bens coletivos. Assim, a capacidade de compreender e gerar ciência e tecnologia não é um fenômeno neutro e automático, mas supostamente associada a questões complexas (e às vezes invisíveis) e que seu alcance, desenho e objetivos são reformulados e dinâmicos, visando o atendimento dos novos requisitos do ensino, pesquisa e desenvolvimento sustentável. O autor Paul Valéry, em O fato histórico (1932), já mencionava: Todas as noções que achávamos serem sólidas, todos os valores da vida civilizada, tudo o que foi feito pela estabilidade das relações internacionais, tudo o que foi feito para regularização da economia... em suma, tudo o que tendia auspiciosamente a limitar a incerteza quanto ao futuro, tudo aquilo que dava às nações e indivíduos alguma confiança no futuro... tudo isso parece drasticamente comprometido. Consultei todos os adivinhos que encontrei pela frente, e apenas ouvi palavras vagas, profecias contraditórias, assertivas curiosamente frágeis. Nunca a humanidade combinou tanto poder com tanta desordem, tanta ansiedade com tanta diversão, tanto conhecimento com tanta incerteza. Nesse contexto, a ciência e tecnologia da atualidade se defrontam com diversos esforços empreendidos para estudá las em ambientes cada vez mais difusos. Segundo Max Planck A ciência não consegue decifrar o mistério da natureza porque nós somos parte dele. Uma articulação benigna entre as diversas questões que envolvem a ciência, tecnologia e sociedade é saudável e constituiu uma rota para as contribuições apresentadas nesse livro, acima de tudo, reforçando uma inserção mais autônoma que assegure a coexistência entre desenvolvimento e competitividade com a inclusão, equidade e coesão social e ambiental. Valdemir Miotello Wanda A. Machado Hoffmann Professores da UFSCar, também no Programa CTS Dezembro de 2010

11 ETANOL COMBUSTÍVEL E O ENFOQUE CTS 1 Introdução Adriana Aparecida Puerta 1 Leandro Innocentini Lopes de Faria [Orientador] O desenvolvimento da Ciência e da Tecnologia tem ocasionado diversas transformações na sociedade, refletindo em mudanças econômicas, políticas e sociais, sendo comum, considerarmos Ciência e Tecnologia como motores do progresso que proporcionam não só desenvolvimento do saber humano, mas também, uma evolução real para o homem. Ciência e Tecnologia (C&T) passou a ser considerado um binômio, tratado no singular, em virtude da forte interação e interdependência entre a ciência e a tecnologia, da crescente utilização de conhecimentos científicos para a geração de tecnologias, e do necessário avanço tecnológico para a produção de novos instrumentos que possibilitassem aos cientistas melhor estudarem o universo (LONGO, 2000, p. 2). As finalidades e interesses sociais, políticos, militares e econômicos que resultam no impulso do uso de novas tecnologias implicam além de benefícios, enormes riscos, visto que o desenvolvimento científicotecnológico e seus produtos não são independentes de seus interesses, sendo que um componente essencial da C&T é a aquisição de pontos de vista adequados e informações sobre o que são e como funcionam a C&T e suas relações com a sociedade. A questão energética, nos dias atuais, é um tema central nas relações que envolvem a sociedade e o uso de tecnologias aplicadas na obtenção de diversas fontes de energia. O Brasil se destaca no cenário internacional por apresentar um alto percentual de oferta de energia 1 Estudante de Pós Graduação em Ciência, Tecnologia e Sociedade pela Universidade Federal de São Carlos (UFSCar). Bibliotecária do Instituto de Biociências da Universidade Estadual Paulista (UNESP), Rio Claro/SP. 11

12 renovável proveniente de biomassa (álcool e biodiesel) e hidráulica, em relação aos demais países. É com o objetivo de averiguar esse cenário que o presente estudo é desenvolvido. O trabalho visa uma breve análise da evolução histórica do uso do etanol e das questões econômicas, ambientais, tecnológicas e sociais relacionadas ao setor. O caso do uso do etanol como combustível no Brasil é fundamental para que sejam compreendidas as questões tecnológicas e ambientais relacionadas a fontes de energia e se reflita sobre a contribuição da Ciência e Tecnologia para a solução dos problemas sociais do país. 2 Etanol como combustível O etanol 2 (álcool etílico) é uma substância com fórmula molecular C2H6O, cuja estrutura é apresentada na Figura 1, que pode ser utilizada como combustível em motores de combustão interna com ignição por centelha (ciclo Otto 3 ) de duas maneiras, basicamente: em misturas de gasolina e etanol anidro; ou como etanol puro, geralmente hidratado (BIOETANOL..., 2008). Utilizado também como solvente industrial, anti séptico, conservante, componente de diversas bebidas, em desinfetantes domésticos e hospitalares, e solventes de fármacos importantes (MARTIN, 2001 apud ANDRADE, 2009, p. 23). O etanol como combustível pode ser produzido a partir de várias matérias primas, como milho, trigo, beterraba e cana de açúcar. Tratase de uma fonte de energia natural, limpa, renovável, sustentável e mais democrática do que os combustíveis fósseis. No Brasil, existe o 2 O termo etanol é mais empregado em nível mundial, mas no Brasil utilizamse os termos álcool (etílico) hidratado e álcool (etílico) anidro. 3 O motor é uma máquina que tem como função transformar algum tipo de energia em energia mecânica. No caso de um motor de combustão interna (ciclo Otto), é utilizada a energia térmica gerada pela combustão do combustível para gerar a energia mecânica. O movimento das peças de um motor veicular gera energia para o movimento do próprio veículo. Disponível em: Acesso em: 20 jun

13 etanol hidratado, com 5% de água, que abastece os automóveis flex, e o etanol anidro, com 0,5% de água, misturado na gasolina numa proporção de 20% a 25% (UNIÃO..., 2008, p. 3). FIGURA 1: Fórmula estrutural e modelo espacial. O etanol produzido de cana de açúcar surgiu no Brasil por duas razões: a necessidade de amenizar as sucessivas crises do setor açucareiro e a tentativa de reduzir a dependência do petróleo importado. Nesse sentido, no início do século XX, ocorreram as primeiras ações de introdução do etanol na matriz energética brasileira. Em 1925, surgiu a primeira experiência brasileira com etanol combustível. Em 1933, o governo de Getúlio Vargas criou o Instituto do Açúcar e do Álcool IAA e, pela Lei nº 737, tornou obrigatória a mistura de etanol na gasolina. 2.1 Programa Nacional do Álcool (Proálcool) Em 1975, foi lançado o Programa Nacional do Álcool (Proálcool) 4, cujo objetivo maior era a redução da dependência nacional em relação ao petróleo importado. Naquele momento, o Brasil importava, aproximadamente, 80% do petróleo consumido, o que correspondia a cerca de 50% da balança comercial. Àquela época, ainda não havia a percepção da influência da emissão de CO2 durante a queima de combustíveis fósseis no bem estar da humanidade. Embora cientistas já viessem alertando o público e os governos quanto às conseqüências do 4 Criado pelo Decreto /75. 13

14 aumento da densidade de gases de efeito estufa (GEE) na atmosfera, nenhum país adotou qualquer medida restritiva (XAVIER, 2007). O Proálcool é considerado o maior programa do mundo de utilização comercial da biomassa para produção e uso de energia, demonstrando a viabilidade técnica da produção em larga escala de etanol a partir da cana de açúcar e do seu uso como combustível automotivo. De acordo com Mendonça et al. (2008), sobretudo em seu início, o Proálcool foi fortemente calcado em políticas públicas que tinham como objetivo fomentar a produção e o uso de etanol no Brasil. Durante a segunda metade da década de 1980, no entanto, o programa do etanol brasileiro começou a ter problemas. Enormes déficits fiscais e altas inflações levaram o Brasil a iniciar reformas econômicas, que incluíram um corte de produção de subsídios ao etanol. Ao mesmo tempo, os preços mundiais do petróleo caíram acentuadamente durante , eliminando o benefício dos consumidores de substituição da gasolina por etanol. A economia tornou se ainda mais desfavorável em 1988 quando o preço mundial do açúcar aumentou consideravelmente e, ao mesmo tempo, o governo liberalizou o mercado de exportação de açúcar. Como resultado, os plantadores das culturas de cana foram desviados para as exportações de açúcar, levando a uma grave escassez de etanol durante o segundo trimestre de Em resposta, o governo autorizou a importação de etanol e, ironicamente, o Brasil se transformou em um importador de etanol líquido. Motoristas pararam de comprar carros movidos a etanol, e os fabricantes pararam de produzi los. Em meados da década de 1990, apenas os táxis e alguns veículos estavam sendo produzidos para rodar com etanol (XAVIER, 2007, p. 5). 2.2 Inovação tecnológica: veículos flex fuel Se no fim do século XX e início do XXI havia pouco interesse e grande desconfiança dos consumidores brasileiros pelos veículos movidos a etanol, principalmente devido à escassez de fornecimento do combustível na década anterior, logo essa situação mudaria devido à elevação do preço do petróleo e da gasolina e ao surgimento de uma nova tecnologia que traria segurança aos compradores de veículos movidos a etanol. Em 2003 surgiram os veículos bicombustível, também 14

15 conhecidos como flex fuel 5, os quais podem usar indiscriminadamente álcool ou gasolina, sem a necessidade de nenhuma adaptação ou ajuste. Esta inovação tecnológica teve grande aceitação por parte dos consumidores que a partir de então podiam optar pelo etanol enquanto este estivesse mais barato que a gasolina ou usar a gasolina caso houvesse escassez de etanol (FERREIRA; PRADO; SILVEIRA, 2009). O forte aumento dos preços do petróleo a partir de 2004, a tradição do consumidor brasileiro que tinha pleno conhecimento das qualidades do álcool etílico como combustível substituto da gasolina; a vantagem econômica que a relação de preços do álcool com aquele combustível fóssil proporcionava e a aposta das montadoras de veículos no novo produto fez o mesmo ganhar a preferência dos consumidores e permitiu um surpreendente sucesso de vendas, que resultou, no período de cinco anos, numa frota que já supera os seis milhões de unidades comercializadas e cujos níveis atuais de participação no total dos veículos novos vendidos no Brasil é de 92,0% (BRESSAN FILHO, 2008, p. 6). Dos anos 2002 até os dias atuais, as inovações tecnológicas ocorridas na indústria automobilística, como o lançamento dos carros flex fuel, e a problemática das questões ambientais, levou o governo a buscar fontes renováveis de energia. Atualmente, o recurso de maior potencial para geração de energia elétrica no País é o bagaço de cana de açúcar 6. Diante da necessidade 5 Veículos com motores que trabalham com álcool ou gasolina/ ou qualquer mistura de gasolina. No caso brasileiro, os carros flex fuel podem rodar tanto com o álcool hidratado como com a gasolina C (que contém a mistura de 25% de álcool anidro). 6 As fibras do bagaço da cana contêm, como principais componentes, cerca de 40% de celulose, 35% de hemicelulose e 15% de lignina, sendo este último responsável pelo seu poder calórico. A celulose e a hemicelulose são as duas formas de carboidratos mais abundantes da natureza e representam um potencial de reserva para a obtenção de produtos de interessse comercial. Ambas representam cerca de 70% do peso seco de todos os resíduos agrícolas, como aqueles provenientes da industrialização do milho, arroz, soja, trigo, cana de açúcar, entre outros, e do processamento de frutas como laranja, maçã e abacaxi. Disponível em: pesquisa.fapesp.br/?art=378&bd=1&pg=1&lg=. Acesso em: 20 jun

16 de um mundo sustentável, a procura por fontes de energia que substituam os derivados de petróleo é cada vez maior. A redução de custos, em relação ao petróleo, vantagens ambientais e geração de emprego e renda no setor rural quando se faz uso da agroenergia são questões relevantes na busca de inovação tecnológica para a produção de combustíveis. O Brasil é o maior produtor mundial de álcool combustível e possui os menores custos de produção. A matéria prima utilizada no país é a canade açúcar que após a extração do caldo, gera o bagaço que pode ser queimado gerando calor para o processo e energia elétrica para a usina. Isto contribui para que o custo com energia seja próximo de zero, contribuindo também para o aumento da competitividade das unidades brasileiras. Somam se a isto os anos de experiência da indústria brasileira, a busca por técnicas agrícolas e industriais mais produtivas, a inserção de novas tecnologias, a existência de mão de obra qualificada e a possibilidade da mesma usina produzir álcool e/ou açúcar. Todas essas características aumentam a vantagem comparativa da indústria sucroalcooleira na produção do álcool combustível (SOUZA, 2006, p. 47). Com o aumento das preocupações ambientais, o etanol reúne vantagens significativas em relação aos combustíveis fósseis, em especial à gasolina, nos três pilares que compõem o desenvolvimento sustentável, ou seja: ambiental, social e econômico (STRAPASSON; JOB, 2006). 2.3 Etanol: Economia, Ambiente, Tecnologia e Sociedade Questão econômica Destinado à substituição da gasolina, o etanol combustível tem sua competitividade diretamente influenciada pela evolução dos preços do petróleo no mercado internacional. Na questão econômica, a produção e comercialização do etanol e do óleo de soja contribuirão com elevação dos rendimentos de produtores rurais, agroindústrias, arrecadação de tributos pelos Governos Municipais, Estaduais e Federais em face à produção de bens com valor agregado 16

17 com elevada demanda interna e externa; desenvolvimento de regiões produtoras e processadoras com formação de novos pólos industriais, principalmente, pela utilização como biocombustíveis para substituição parcial de combustíveis de fontes não renováveis ou incorporação na matriz energética de países e blocos econômicos (SCHVARZ SOBRINHO et al., 2007, p. 9) Questão ambiental O etanol de cana de açúcar é tido como o mais benéfico dos combustíveis, na redução de gases causadores do efeito estufa 7, com melhor balanço energético e menor custo de produção. Isso porque a produtividade do etanol de cana de açúcar é muito mais alta quando comparada à produtividade do etanol produzido de milho. Em média, são produzidos 7 mil litros de etanol por hectare (ha) de cana de açúcar e apenas 3 mil litros por ha de milho. Além disso, a quantidade de petróleo utilizada no processo é menor, já que a energia para o funcionamento da usina é retirada do bagaço. No etanol de cana, são geradas oito unidades de energia para cada unidade de energia gasta de petróleo na produção. No milho, essa relação é de 1,5. Essa diferença tem forte impacto na redução das emissões de GEE. Ao se substituir o petróleo pelo etanol de cana deaçúcar, a emissão evitada de CO2 é de 80%. No milho, está em apenas 35% (LANDIM, 2008). O etanol proveniente da cana de açúcar se diferencia pelo seu reduzido impacto ambiental em relação às fontes fósseis de energia. Inicialmente, cabe salientar que qualquer forma de agricultura apresenta algum impacto ambiental, haja vista sua interferência na dinâmica natural da biodiversidade local. Contudo, isso não invalida seu uso estratégico e sustentável. Utilizando se práticas adequadas de manejo e respeitando se 7 O efeito estufa é uma manifestação da Terra para manter sua temperatura estável. É constituído pela ação dos gases dióxido de carbono, óxidos de azoto, metano e ozônio presentes na atmosfera que liberam raios infravermelhos sobre a Terra onde 65% deles ficam retidos e 35% dessa radiação voltam para o espaço. Disponível em: educacao.com.br/geografia/efeito estufa.htm. Acesso em: 20 jun

18 critérios ambientais específicos para cada cultura e região, pode se reduzir muito os possíveis impactos ambientais gerados e garantir a sustentabilidade do meio às gerações futuras (STRAPASSON; JOB, 2006, p. 53). Por outro lado, a produção do álcool ainda traz, em muitas regiões, impactos ambientais negativos, decorrentes da queima dos canaviais, do despejo do vinhoto e da excessiva utilização dos recursos hídricos disponíveis. Quanto à questão ambiental, no Estado de São Paulo, um passo importante foi dado com a lei de 2002 que prevê o término gradativo das queimadas. Para cumprir essa lei, produtores têm investido fortemente em mecanização da colheita e inclusive assinaram, por meio de sua entidade representante UNICA União da Indústria de Cana de açúcar, o Protocolo Agroambiental proposto pela Secretaria do Meio Ambiente do Estado de São Paulo, antecipando os prazos finais para término nas queimadas para 2014 em área mecanizáveis e 2017 para áreas não mecanizáveis. Com a mecanização da colheita, evita se a queima do canavial, reduzindo a emissão de CO2 e o impacto ambiental (PINTO, 2010; UNICA, 2008) Questão social Por se tratar de atividade agro industrial, a produção de álcool incorpora benefícios sociais relevantes, relacionados com a geração de empregos e com a elevação da renda no meio rural. A geração de empregos (agrícolas e industriais) tem sido um dos pontos fortes da indústria da cana. Há grandes diferenças regionais e as características do emprego têm mudado nos últimos trinta anos; mas o fato é que o programa do álcool ajudou a reverter a migração para as áreas urbanas e melhorar a qualidade de vida em muitas localidades (AVALIAÇÃO..., 2004, p. 28). A criação de oportunidades de trabalho e a perspectiva de sua distribuição entre trabalhadores do valor agregado na cadeia produtiva são duas das características mais importantes da bioenergia e, em particular, do bioetanol de cana de açúcar constituindo um diferencial 18

19 relevante entre essa tecnologia energética e suas congêneres (BIOETANOL..., 2008, p. 214). Nos últimos anos, o crescimento da mecanização do cultivo da cana de açúcar, em especial da etapa de colheita, tem levado a uma diminuição da oferta de emprego no setor. Apesar dessa diminuição, a agroindústria canavieira deve continuar como uma das maiores empregadoras rurais do país. Um aspecto positivo da mecanização é que os postos de trabalho que estão sendo criados no campo operador de colhedora, por exemplo além dos postos de trabalho na indústria de equipamentos para mecanização da cultura, proporcionam melhor remuneração do trabalhador. Por outro lado, exigem melhor formação escolar e capacitação específica, o que pode significar uma barreira de acesso aos trabalhadores que estão perdendo seus postos de trabalho cortadores de cana de açúcar, por exemplo. A diminuição do impacto econômico social para os trabalhadores menos qualificados que perderão seus empregos é um dos principais desafios impostos pela mecanização a serem resolvidos. A forma genérica como esse tema é abordado na Lei /02 indica ao mesmo tempo sua importância como o desconhecimento sobre como enfrentá lo (PINTO, 2010) Questão tecnológica Durante a evolução do Programa Nacional do Álcool, observou se um notável desenvolvimento tecnológico relacionado não apenas com as atividades industriais e agrícolas do Setor Sucroalcooleiro, mas, principalmente, com a produção de veículos que utilizam o álcool hidratado e a mistura de gasolina e álcool anidro, como é o caso dos veículos flex fuel. 3 Conclusão As fontes de energia renováveis apontam para uma nova visão de mundo voltada para a utilização eficiente dos recursos produtivos bem como para ganhos em termos mais globais. A diminuição de 19

20 poluentes na atmosfera e o consumo de produtos mais limpos e renováveis geram ganhos potenciais, tanto em âmbito ambiental quanto econômico. O etanol de cana de açúcar contribui significativamente para a matriz energética nacional e para as metas ambientais globais, sendo uma oportunidade energética para o desenvolvimento do Brasil. Apesar de todas as vantagens e da contribuição ao desenvolvimento sustentável do país, além de fatores como incentivos à sua demanda, regulações da sua oferta e padronização das suas características técnicas, os aspectos ambientais e sociais devem ser priorizados de modo que os danos potenciais associados à expansão da sua produção sejam minimizados ou evitados, cabendo ao setor e à sociedade brasileira uma análise crítica das suas deficiências ambientais e sociais. Referências ANDRADE, R. D. A. Calor de combustão de blendas do tipo diesel/biodiesel e diesel/bio óleo f. Dissertação (Mestrado em Química) Instituto de Química Universidade de Brasília, Brasília, AVALIAÇÃO da expansão da produção de etanol no Brasil. Brasília: Centro de Gestão e Estudos Estratégicos (CGEE), p. Disponível em: < 3>. Acesso em: 10 jun BIOETANOL de cana de açúcar: energia para o desenvolvimento sustentável. Rio de Janeiro: BNDES/CGEE, p. Disponível em: < org.br/publicacoes/bietanol.php>. Acesso em: 11 jun BRESSAN FILHO, A. O etanol como um novo combustível universal: análise estatística e projeção do consumo doméstico e exportação de álcool etílico brasileiro no período de 2006 a MAPA Conab, ago p Disponível em: < etanol.pdf>. Acesso em: 15 jun FERREIRA, A. L. ; PRADO, F. P. A. ; SILVEIRA, J. J. The alcohol price and flex cars. Energy Economics, v. 31, p ,

21 LANDIM, R. Milho é considerado o vilão da alta de preços Disponível em: < ID=1609>. Acesso em: 20 jun LONGO, W. P. Educação tecnológica no mundo globalizado. Revista Engenharia, Ciência e Tecnologia, UFES Vitória/ES, ano 03, ed.14, p. 1 7, Disponível em: < Acesso em: 16 jun MENDONÇA, M. A. A. et al. Expansão da produção de álcool combustível no Brasil: uma análise baseada nas curvas de aprendizagem. In: CONGRESSO DA SOCIEDADE BRASILEIRA DE ECONOMIA, ADMINISTRAÇÃO E SOCIOLOGIA RURAL, 46., 2008, Rio Branco, Acre. Anais... Rio de Janeiro: BNDES, Disponível em: < Acesso em: 10 jun PINTO, M. F. Análise de patentes sobre sistemas de colheita de cana de açúcar p. Dissertação (Mestrado) Universidade Federal de São Carlos, São Carlos, SCHVARZ SOBRINHO, R. et al. Produção, consumo e comércio de etanol e óleo de soja: impactos econômicos, sociais e ambientais no agronegócio brasileiro. In: ENCONTRO NACIONAL SOBRE GESTÃO EMPRESARIAL E MEIO AMBIENTE, 9., 2007, Curitiba. Anais... Curitiba: FEA/USP, FGV/EAESP, p Disponível em: < engema/pdf/pap0231.pdf>. Acesso em: 10 jun SOUZA, R. R. Panorama, oportunidades e desafios para o mercado mundial de álcool combustível f. Dissertação (Mestrado em Engenharia) Universidade Federal do Rio de Janeiro, Rio de Janeiro, STRAPASSON, A. B.; JOB, L. C. M. A. Etanol, meio ambiente e tecnologia: reflexões sobre a experiência brasileira. Revista de Política Agrícola, Brasília, DF., v. 15, n. 3, p , jul./ago./set Edição especial Agroenergia. UNIÃO DA AGROINDÚSTRIA CANAVIEIRA DE SÃO PAULO ÚNICA. Etanol uma atitude inteligente: Como e por que o álcool combustível melhora a sua vida e a do planeta. Editora Globo S.A.: São Paulo, p Disponível em: < _nova.pdf>. Acesso em: 10 jun XAVIER, M. R. The brazilian sugarcane ethanol experience. Advancing Libert From the Economy to Ecology, n. 3, fev Disponível em: < heartland.org/custom/semod_policybot/pdf/20894.pdf>. Acesso em: 10 jun

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23 PRODUÇÃO CIENTÍFICA VERSUS PATENTEAMENTO NA AMAZÔNIA: ESTUDO SOBRE O CUPUAÇU (THEOBROMA GRANDIFLORUM) Angela Emi Yanai 1 Leandro Innocentini Lopes de Faria [Orientador] Introdução Muitos pesquisadores dedicaram se a descoberta de novas espécies animais e vegetais na Amazônia, entretanto, extensas áreas continuam inexploradas pelo homem. Segundo Vieira (s.d.), estima se que a Amazônia abriga 50% das espécies de aves do Brasil, 40% dos mamíferos e 30% dos anfíbios anuros (sapos, rãs e pererecas). Somente no estado do Acre, onde as pesquisas e coletas de organismos estão concentradas em algumas áreas do território, calcula se que as espécies de algas microscópicas cheguem a 463, a vegetação mais de 4.000, os peixes mais de 270, os anfíbios 126, as aves 723, e os mamíferos cerca de 210 espécies. Acreditas se que de aproximadamente 500 mil espécies de plantas do planeta, 16% estão presentes na Amazônia brasileira, desta forma, a biodiversidade da região amazônica é considerada a maior fonte natural do mundo para fins científicos e econômicos, porém, menos de 10% foram estudadas quimicamente (BARBOSA, 2001). Instituições brasileiras de pesquisa, principalmente aquelas locadas na Amazônia vêm realizando estudos fármacos, químicos, dentre outros; com o intuito de descobrir possíveis e viáveis aplicações medicinais, fitoterápicas e cosméticas de plantas amazônicas. Alguns frutos amazônicos (açaí, camu camu, guaraná, castanha, cupuaçu, etc) já são produzidos em grande escala e possuem 1 Mestranda do Programa de Pós Graduação em Ciência, Tecnologia e Sociedade da Universidade Federal de São Carlos. Bolsista da Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado do Amazonas FAPEAM 23

24 aplicações em diversos setores como: alimentício, cosmético, medicinal, entre outros. Neste contexto, o cupuaçu (Theobroma grandiflorum), objeto de estudo deste trabalho, é um fruto de origem amazônica, da mesma família que o cacau (Theobroma cacao). A polpa do cupuaçu é frequentemente utilizada em sorvetes, sucos, vitaminas, geléias, cremes, bombons, entre outros. Do processamento das sementes do cupuaçu obtêm se produtos semelhantes ao da semente do cacau, tais como: o cupulate, similar ao chocolate, porém, diferencia se deste por possuir concentração menor de cafeína; a manteiga de cupuaçu que pode ser obtido de forma mais econômica que a manteiga de cacau, além de ser aplicada na produção de cupulate em tabletes e no setor cosmético (KAMINSKI, 2006). O cupuaçu também foi alvo de muitos debates vinculados a propriedade intelectual, principalmente, quando a empresa japonesa Asahi Foods obteve o registro da marca cupuaçu na União Européia, no Japão e nos Estados Unidos, impedindo que qualquer outro produto que apresentasse o nome do fruto entrasse nestes países. Todavia, a empresa teve seu registro anulado pelo Escritório de Marcas e Patentes Japonês (BIOPIRATARIA..., 2003). O cupuaçu é apenas um caso entre muitos outros, onde, multinacionais de diversos países obtém a concessão de patentes de produtos cosméticos, alimentícios entre outros oriundos da fauna e flora amazônica. Desta maneira, esta pesquisa visa analisar as relações entre a produção científica e a propriedade intelectual mundial no contexto amazônico, por meio do estudo do cupuaçu. 1. Reflexões acerca das pesquisas e patentes na Amazônia A Amazônia possui uma grande biodiversidade ainda desconhecida pela humanidade e nos últimos anos tem sido foco de grandes debates ambientais, econômicos e políticos. Devido ao grande interesse na flora e fauna desta região, uma soma considerável de verba nacional e internacional vem sendo destinada à pesquisa e o desenvolvimento da Amazônia. Porém, nota se a preocupação da 24

25 sociedade com questões como a biopirataria, patenteamento de produtos oriundos da região por grandes organizações, entre outros. No que diz respeito à cooperação científica, Fujiyoshi (2004) afirma que os grandes projetos de pesquisa na Amazônia possuem participação de algum órgão internacional, tanto com pesquisadores quanto como financiadores, desta maneira, boa parte da produção científica sobre a Amazônia é fomentada por agências internacionais. Estudo realizado por Schor (2007, p. 363) a respeito do programa de pesquisa com cooperação internacional denominado Experimento de Grande Escala de Biosfera Atmosfera na Amazônia (LBA), que visa analisar a interação biosfera atmosfera da região amazônica e a sua influência na mudança climática local e mundial, constatou que a discussão acerca da influência estrangeira na pesquisa realizada na região amazônica assume recorrentemente um discurso de proteção à soberania nacional. O mesmo pode ser notado a respeito da propriedade intelectual vinculada a fauna e flora amazônica. As inquietações relativas à cooperação internacional na Amazônia são justificáveis, entretanto, são decorrentes da debilidade financeira e de recursos humanos das instituições de ensino e pesquisas localizadas na região, desta forma, dependentes de recursos internacionais para sua manutenção. Com a criação da Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado do Amazonas FAPEAM e incentivos do governo brasileiro para o desenvolvimento científico e tecnológico região Norte este cenário tem se modificado (SCHOR, 2007). Apesar das preocupações oriundas da pesquisa realizada com colaboração internacional, hoje, é impossível pensar no desenvolvimento científico realizado isoladamente e apenas no âmbito nacional. Para José Gomes (apud FUJIYOSHI, 2004, p.10) [...] é ingenuidade achar que o Brasil é auto suficiente para fazer pesquisa na Amazônia, contudo, destaca a necessidade das parcerias igualitárias. Acerca da propriedade intelectual, vale destacar que, a patente é um título de propriedade industrial concedida pelos governos e expedida por instituições como o Instituto Nacional de Propriedade Industrial INPI no Brasil, United States Patent and Trademark Office USPTO nos Estados Unidos e a European Patent Office EPO na Europa, cujo 25

26 objetivo é outorgar o direito exclusivo de exploração e monopólio de um produto, dentro dos limites territoriais de cada instituição por um determinado período de tempo estabelecido pela lei de propriedade industrial. Segundo Márquez e López López (1997, p. 182): Cada año se solicitan en el mundo más de medio millón de invenciones distintas, y la colección mundial de patentes se estima en 32 millones, por lo que se puede decir que la literatura patente ocupa un lugar de gran relevancia al lado de otras fuentes de información [ ]. Portanto, as patentes são importantes indicadores de ciência, tecnologia e inovação tanto no contexto nacional quanto internacional, ademais, apresentam informações mais recentes, possui uma estrutura uniforme que permite extrair eficazmente a informação que se deseja, contém conhecimentos que não são publicadas em outras fontes de informação, apresenta a tecnologia aplicada na indústria em nível mundial, entre outros. Pode se dizer que o Brasil valorizou por muito tempo, apenas, a produção científica em detrimento das patentes. Por um lado, provenientes do desconhecimento e preconceitos da comunidade científica, por outro, derivado do excesso de burocracia, recursos financeiros escassos e a lentidão na concessão das patentes no país. Uma pesquisa realizada por Müller e Carminatti (2003), constatou no período que a área brasileira de produtos naturais possuía cerca de 70 grupos de pesquisa, destes 900 profissionais na área de química de produtos naturais e 1500 em fármacos. Entre 1986 e 1995, foram publicados aproximadamente 1950 resumos sobre plantas medicinais em eventos nacionais. Respectivamente, foram analisados os pedidos de patentes depositados no INPI, e as patentes de instituições nacionais, assim, as autoras chegaram aos seguintes resultados: Essa busca em documentos de patente identificou que, desse total, 80 plantas apresentam seus extratos ou princípios ativos isolados como objeto de pedidos de patente ou patentes concedidas. Foram identificados 234 documentos de patente que reivindicavam extratos de plantas, princípios ativos isolados, métodos de tratamento, processos de isolamento/purificação e composições farmacêuticas contendo ditos extratos e/ou princípios ativos isolados. Desse total, apenas 13 são de 26

27 titulares nacionais o que mostra a reduzida habilidade das instituições nacionais para lidarem com questões relativas à propriedade intelectual e transferência de tecnologia. (MÜLLER; CARMINATTI, 2003, p. 4) Ainda há um longo caminho para o Brasil, até ser capaz de transformar o conhecimento científico e tecnológico em patentes, entretanto, hoje é possível notar o incentivo a inovação e principalmente a propriedade intelectual por parte do governo 2 e agências de fomento, e o esforço das instituições de pesquisa e acadêmicas em divulgar e conscientizar pesquisadores, docentes e discentes quanto ao tema. A valorização de produtos naturais por parte da sociedade contribuiu, significativamente, para o interesse de grandes companhias internacionais por novos princípios ativos oriundos da natureza, a fim de atender as exigências do mercado e manterem se competitivas em diversos setores comerciais. Todavia, é necessário um alto investimento em pesquisa e desenvolvimento, que representa uma grande debilidade para o Brasil, por outro lado, os países desenvolvidos possuem toda a estrutura para produção de novas descobertas em biotecnologia, mas possuem uma escassa biodiversidade (MOREIRA; ANTUNES; PEREIRA JÚNIOR, 2004). Desta maneira, a Amazônia tem sido alvo de polêmicas ligadas à propriedade intelectual, principalmente, decorrentes de patentes vinculadas à fauna e flora amazônica. Santos (s.d.) afirma que a biodiversidade amazônica tornou se foco da cobiça mundial, sobretudo a partir da compreensão do valor da biodiversidade para o desenvolvimento da biotecnologia, com possibilidade de alto retorno 2 Com o objetivo de apresentar alguns esforços que estão sendo feitos pelo governo brasileiro há que se destacar o Projeto de Lei da Inovação No /02, que dispõe sobre diretrizes gerais para o incentivo à pesquisa e à inovação tecnológica, em conformidade com o disposto nos arts. 218 e219 da Constituição Federal. A mesma apresenta como um de seus destaques a obrigatoriedade de que a instituição científica e tecnológica disponha de um núcleo de inovação tecnológica para orientar o patenteamento e licenciamento da tecnologia (MÜLLER; CARMINATTI, 2003, p. 2). 27

28 econômico para as empresas através de diversos produtos, especialmente os farmacológicos. 2. Metodologia O arcabouço metodológico deste trabalho compõe se do delineamento das bases de dados, definição dos termos de busca, coleta e recuperação de dados, análise bibliométrica, representação gráfica e análise das informações. Para o estudo da produção científica optou se em utilizar a Web of Science por ser uma base de dados multidisciplinar com informações indexadas desde 1945, reconhecida mundialmente por sua qualidade, facilidade em recuperação e tratamento de dados para produção de indicadores bibliométricos e possibilitar a visão global da ciência e tecnologia. No que tange a pesquisa de patentes, selecionou se a base de patentes Derwent Innovations Index, pois, possui informações que datam desde 1963, apresenta dados padronizados, família de patentes 3, abrangência internacional e facilidade no download de referências, sendo amplamente utilizada para produção de indicadores de inovação tecnológica. Para a coleta e recuperação de dados relevantes, é essencial conhecer as ferramentas de busca disponíveis nas bases de dados, assim como, a melhor expressão de busca. Portanto, observou se na literatura o nome científico do cupuaçu e suas sinonímias, nomes comuns em português, inglês e espanhol, como pode ser visualizado abaixo. Português cupuaçu, cupu Inglês Cupuasu, Copoasu, Cupuacu; cupuassu Espanhol copoazú, cacao blanco 3 [...] define se como compreendendo todos os documentos possuindo a mesma prioridade ou combinação de prioridades. Isto inclui todos os documentos de patente resultando de um primeiro pedido apresentado num dado organismo de Propriedade Industrial e do mesmo pedido apresentado, dentro do período de prioridade, em organismos de Propriedade Industrial de quaisquer outros países. (ESP@CENET, s. d.) 28

29 Nomes científicos Theobroma grandiflorum; Bubroma grandiflorum; Theobroma macrantha; Assim, após algumas simulações na base Web of Science e Derwent Innovations Index, verificou se que o termo cupu não seria um bom termo, uma vez que recupera artigos e patentes que não possuem relação com o fruto, deste modo, a expressão de busca delimitada para a pesquisa apresenta se a seguir. Topic 4 =(cacao Blanco or Copoas* or Copoazu* or Copuaz* or Cupuacu* or Cupuassu* or Cupuasu* or Cupuasu* or Pupuacu* or Bubroma grandiflorum or Theobroma macrantha or Theobroma grandiflorum) As pesquisas nas bases de dados foram realizadas em junho de 2010, sendo recuperados 106 trabalhos científicos na Web of Science, dos quais foram selecionados apenas os artigos, reviews e notas para o tratamento bibliométrico, totalizando 96 documentos; e 55 patentes relacionados ao cupuaçu na Derwent. Para a análise bibliométrica 5, ou seja, tratamento e quantificação dos dados recuperados nas bases de dados, foi utilizado o software Vantage Point, ferramenta que auxilia na contagem, padronização e organização de texto ou palavras. Por fim, foram elaboradas as representações gráficas por intermédio do Excel e análise das informações. 3. Análise dos dados As análises apresentadas referem se às buscas realizadas no mês de junho de 2010, desta forma, os dados referentes ao ano de 2010 estão incompletos. As pesquisas realizadas na Web of Science (WoS) e na Derwent Innovations Index não foram delimitas por um período de tempo, 4 Topic o termo é pesquisado nos campos título, resumo, palavras chave. 5 Conforme Rostaing (1997) a bibliometria se permite estabelecer relações e análises a partir de contagens estatísticas de publicações ou de elementos extraídos destas publicações e tem por objetivo medir as produções ( output ) da pesquisa científica e tecnológica, através de dados originados não somente da literatura científica, mas também das patentes (HAYASHI et. al., 2006, p.24). 29

30 pois, o objetivo era recuperar todos os documentos que estivessem relacionados ao cupuaçu. 3.1 Produção científica sobre Cupuaçu (Theobroma grandiflorum) As publicações referentes ao cupuaçu variam de um ano para o outro, porém em 2009 mostrou maior número de publicações em relação aos outros anos (Gráfico 1). Gráfico 1 Produção científica nos últimos 10 anos sobre o cupuaçu As baixas publicações sobre o cupuaçu na WoS podem estar ligadas ao fato da produção ser principalmente brasileira (Gráfico 2) e a grande maioria dos pesquisadores publicarem apenas em revistas nacionais, especialmente pelas dificuldades com outros idioma, quanto aos periódicos brasileiros, poucos estão indexadas na base, apesar deste número ter crescido no decorrer dos anos. Conforme Targino e Garcia (2002 apud GUEDES et. al., 2008) em 1998 haviam revistas técnico científicas indexadas na base, destes apenas 17 títulos eram do Brasil. 30

31 Gráfico 2 Divisão de publicações sobre cupuaçu por país Desta forma, dentre os principais periódicos que possuem artigos relacionados ao cupuaçu e estão indexados na Web of Science, 3 são brasileiras (Gráfico 3) a saber: Pesquisa Agropecuária Brasileira (8), Ciência e Tecnologia de Alimentos (6) e a Revista Brasileira de Fruticultura (4). Gráfico 3 Principais periódicos com publicações sobre o cupuaçu Entre as principais instituições que desenvolvem pesquisas com o cupuaçu (Gráfico 4), destaca se a Embrapa (24%), instituição nacional 31

32 de referência que tem como missão viabilizar soluções de pesquisa, desenvolvimento e inovação para a sustentabilidade da agricultura a fim de beneficiar a sociedade brasileira. Outros estabelecimentos de ensino e pesquisa no Brasil também se destacam no estudo sobre o cupuaçu: USP (17%), UNICAMP (12%) e o INPA (10%), que exerce um papel muito importante nas pesquisas e descobertas relativas à Amazônia em cooperação com outras instituições brasileiras e/ou internacionais. Interessante observa ainda, o interesse de uma universidade portuguesa e duas alemãs: Universidade de Bayreuth e Hamburg. Gráfico 4 Principais instituições com publicações sobre o cupuaçu Conforme a classificação da base, as principais áreas em que se concentram os estudos sobre o cupuaçu são: Ciência e Tecnologia de Alimentos (34), Agricultura Multidisciplinar (20) e Química (17). Apesar de ter participação de aproximadamente 0,7% do total de publicações de origem vegetal no mundo na última década, Palmas (s.d., p.1) observou a partir da produção científica brasileira que Esta produção científica está distribuída nas seguintes proporções: farmacologia de produtos naturais 33%, botânica 27%, fitoquímica/química medicinal 26%, genéticas de plantas 6%, 32

33 bioquímica/biologia molecular 2%, etnobotância 3% e ecologia 3%. Estas proporções indicam claramente que embora a comunidade científica brasileira apresente uma boa produção em áreas tais como botânica, farmacologia de plantas e fitoquímica, existe ainda uma produção científica muito pequena numa área fundamental para a geração de resultados qualitativamente importantes e na formação de recursos humanos especializados, que é a bioquímica/biologia molecular de plantas, que é a geradora de processos biotécnológicos neste caso. Gráfico 5 Principais áreas com publicações sobre cupuaçu Desta forma, o autor afirma ainda que apesar da visibilidade e do destaque que o Brasil vem ganhando nos últimos anos em relação à produção científica mundial, isto não sucede em relação às patentes quando comparado a outros países que apresentam produção científica e economia semelhantes ao do Brasil. 3.2 Patentes de Cupuaçu (Theobroma grandiflorum) O cupuaçu foi alvo de vários debates referentes à propriedade intelectual, principalmente por ser uma planta nativa da floresta amazônica e empresas multinacionais usufruírem desta para obter lucros sem favorecer o Brasil. A pesquisa realizada na Derwent mostrou que entre as principais empresas que possuem patentes relacionadas ao cupuaçu (Gráfico 6) 33

34 duas são japonesas (Kuroda Japan KK e Arimino KK), quatro são brasileiras (PHB Ind., Natura Cosméticos, Kehl Ind. e Comércio e Universidade de São Paulo USP); uma coreana (AmorePacific Corp); uma alemã (Kuhs GMBH) e uma francesa (Lab Nuxe). O Brasil possui muitas pesquisas e publicações referentes ao cupuaçu frente a outros países, no entanto, nota se o maior interesse de asiáticos e europeus neste âmbito. Isto confirma a declaração de Müller e Carminatti (2003), quando estas afirmam que as instituições nacionais possuem reduzida habilidade em lidar com a propriedade intelectual e a transferência tecnológica. Gráfico 6 Principais empresas com patentes relacionadas ao cupuaçu No gráfico 7 é possível verificar a oscilação das patentes a partir do ano de prioridade, ou seja, a data do primeiro depósito da patente no país de origem. Desta forma, houve um crescimento acentuado em 2008 (20) e no ano seguinte este número cai para 5 patentes, conforme Martins (2002). Isto ocorre devido ao atraso de informação referente aos anos mais recentes, que é uma das limitações do Derwent Innovations Index e também comum a todas as bases de dados de patente. A publicação de patentes segue uma dinâmica diferente da publicação de artigos científicos e os países têm diferentes procedimentos de publicação das 34

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