COBRANÇA PELO USO DA ÁGUA NO ESTADO DE SÃO PAULO

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1 CARLOS TOSHIO WADA COBRANÇA PELO USO DA ÁGUA NO ESTADO DE SÃO PAULO Trabalho de Conclusão de Curso apresentado à Universidade Anhembi Morumbi no âmbito do Curso de Engenharia Civil com ênfase Ambiental. SÃO PAULO 2004

2 CARLOS TOSHIO WADA COBRANÇA PELO USO DA ÁGUA NO ESTADO DE SÃO PAULO Trabalho de Conclusão de Curso apresentado à Universidade Anhembi Morumbi no âmbito do Curso de Engenharia Civil com ênfase Ambiental. Orientador: Prof. Sidney Lazaro Martins SÃO PAULO 2004

3 A minha esposa Lourdes e ao meu filho Júlio. i

4 ii RESUMO Resumo: Este trabalho mostrou um histórico da Gestão das Águas no Brasil desde o Código das Águas de 1934, onde se tentou regulamentar o seu uso, chegando até a aprovação da Lei 9433/97, que estabelece a água como um bem escasso e passível de cobrança. A França, Inglaterra, País de Gales e Alemanha, atendendo as legislações e interesses locais de gestão das águas, já adotaram a cobrança. No Estado de São Paulo, a Lei 676/2000 que trata da cobrança pelo uso das águas está aguardando votação na Assembléia Legislativa. A Bacia do rio Paraíba do Sul é a pioneira na cobrança sobre águas de domínio da União, desde 2003 já arrecadou mais de R$ 10 milhões, aplicando o valor arrecado em projetos de combate a erosão de suas margens e na construção de Estações Elevatórias de Esgotos. Palavras Chave: cobrança pelo uso da água; Bacia do Paraíba do Sul; Lei 9433/97.

5 iii ABSTRACT Abstract: This paper shows a brazilian historic Water Manegement. The Water Code in 1934 try to regulate the water use. The law 9433/97 established that the water is little resources and has economic value. France, England, Wales and Germany, answering local legislations and interest of water manegement, tax already the water use. In the State of São Paulo the law 676/2000 that deals the tax of water use will be to put to the vote. Paraíba do Sul river basin was the first to tax the federal water since 2003 collected more than R$ 10 millions, and apply the collected value in combat erosion projects and construction of Wastewater Treatment Plants. Key Words: the charge for water use; Paraíba do Sul Basin; Law 9.433/97.

6 iv LISTA DE TABELAS Tabela Preços cobrados no ano de Tabela : Valores Arrecadados na Bacia do Rio Paraíba do sul...40 Tabela : Usuários cadastrados...42 Tabela : Arrecadação por empreendimento...43

7 v LISTA DE ABREVIATURAS E SIGLAS AGEVAP ANA CACEGE CBH-PCJ CEIVAP CONERH CRH DBO DNAEE ETE DAEE FEHIDRO GEARR M.E.S M.O M.N PCHs PDC PPU PUB SERHS SIGRH UGRH Associação Pró-Gestão das Águas da Bacia Hidrográfica do Rio Paraíba do Sul Agência nacional de Águas Companhia de Água e Esgoto do Ceará Comitê da bacia dos rios Piracicaba, Capivari e Jundiaí Comitê de Integração da Bacia Hidrográfica do rio Paraíba do Sul Conselho de Recursos Hídricos do Ceará Conselho Estadual de Recursos Hídricos Demanda Bioquímica de Oxigênio Departamento Nacional de Águas e Energia Elétrica Estação de Tratamento de Esgotos Departamento de Águas e Energia Elétrica Fundo Estadual de Recursos Hídricos Gerência de Arrecadação - Agência Nacional de Águas Matéria em Suspensão Matérias Oxidáveis Materiais Nitrogenadas Pequenas Centrais Hidrelétricas Programa de Duração Continuada Preço Público Unitário Preço Unitário Básico Secretaria de Energia, Recursos Hídricos e Saneamento do Estado de São Paulo Sistema Integrado de Gerenciamento de Recursos Hídricos Unidades de Gerenciamento dos Recursos Hídricos

8 vi SUMÁRIO 1 INTRODUÇÃO OBJETIVOS Objetivo Geral Objetivo Específico METODOLOGIA DO TRABALHO JUSTIFICATIVA A GESTÃO DAS ÁGUAS NO BRASIL Histórico do Sistema de Gerenciamento de Recursos Hídricos no Brasil A Cobrança pelo uso da Água no Estado do Ceará A Gestão das águas em outros países Gestão das águas na França Gestão das Águas na Inglaterra e País de Gales Gestão das Águas na Alemanha A cobrança pelo uso da água no estado de São Paulo O Projeto de Lei 676/ Critérios Gerais para a Cobrança Definição de águas de domínio Federal e Estadual Critérios Jurídicos para identificação dos cursos d água Federais Critérios Jurídicos para identificação dos cursos d água Estaduais Critérios técnicos para identificação dos cursos d água...28

9 vii 6. ESTUDO DE CASO: A COBRANÇA PELO USO DA ÁGUA NA BACIA DO RIO PARAÍBA DO SUL A Bacia Hidrográfica do rio Paraíba do Sul Valores da cobrança na bacia do Paraíba do Sul Quem paga e quanto Critérios de cobrança para o setor industrial e de saneamento básico Critérios de cobrança para pequenas centrais hidrelétricas (PCHs) Critérios de cobrança para o setor de agricultura Critérios de cobrança para o setor de pecuária Critérios de cobrança para o setor de aqüicultura Critérios de cobrança para o setor de mineração Valores mensais arrecadados Arrecadação por Estado Gráfico comparativo de arrecadação mensal nos anos de 2003 e 2004 (até agosto) Gráfico comparativo de arrecadação anual 2003 e 2004 (até agosto) Gráfico de inadimplência por setor até agosto de Arrecadação por empreendimento situação até agosto de Análise da arrecadação da Bacia Quadro de Aplicação de Recursos CONCLUSÕES...47 REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS...49

10 viii APÊNDICE...51 MODELO PARA SIMULAÇÕES DA COBRANÇA PELO USO DA ÁGUA NO ESTADO DE SÃO PAULO...51 MODELO DE SIMULAÇÃO...52

11 1 1 INTRODUÇÃO A Lei Federal nº 9.433, de 8/1/1997, institui a Política Nacional de Recursos Hídricos, define a água como um bem escasso, dotada de valor econômico, devendo ser cobrada, e incentiva a racionalização do seu uso, estabelecem diretrizes e orientações à Política Estadual de Recursos Hídricos e ao Sistema Integrado de Gerenciamento de Recursos Hídricos (SIGRH). No Estado de São Paulo a legislação vigente é a Lei nº 9.034/94, onde se dividiu o Estado em 22 Unidades de Gerenciamento dos Recursos Hídricos (UGRHs) e classificou as bacias hidrográficas em quatro categorias: industrial, em industrialização, agropecuária e de conservação. Estabeleceu-se a hierarquia dos usos prioritários da água, indicando os PDCs (Programa de Duração Continuada) que abrangem quase todos os aspectos ligados aos recursos hídricos, os investimentos recomendados quadrienais, para as bacias, com base nas prioridades e metas de qualidade, e os requisitos de conteúdo dos relatórios anuais de situação dos recursos hídricos. Apresenta, também, as recomendações para a elaboração dos Planos de Bacias Hidrográficas e para o processo de implantação da cobrança pelo uso da água, sendo que o Projeto de Lei nº 676/2000 que dispõe sobre a cobrança pela utilização dos recursos hídricos do domínio do Estado de São Paulo está na Assembléia Legislativa aguardando votação. (SERHS. 2004) O Estado de São Paulo possui uma área de km 2, com cerca de 36,9 milhões de habitantes (CENSO, 2000), com 93% da população vivendo em áreas urbanas, a Região Metropolitana de São Paulo possui uma área de km 2 e,

12 2 com aproximadamente 50% da população do Estado (17,8 milhões CENSO, 2000), passando por gravíssimos problemas de qualidade e escassez dos recursos hídricos em seus principais mananciais e com conflitos crescentes entre usuários. No Estado de São Paulo, os principais rios são de domínio federal, isto é, rios que nascem em outro Estado. O principal objetivo da cobrança pelo uso da água é controlar o seu uso, ou seja, assegurar a qualidade e quantidade para a geração atual e as futuras, fazendo que o uso racional possa garantir a conservação dos recursos hídricos e obter recursos financeiros para o financiamento dos programas e intervenções contemplados nos planos de recursos hídricos.

13 3 2 OBJETIVOS 2.1 Objetivo Geral A Lei Federal nº de 8/1/1997 estabelece que todos os usuários da água, as indústrias, os agricultores (Irrigantes), empresas de geração de energia, incluindo também as empresas de abastecimento de água, serão cobrados pela sua utilização. O objetivo deste trabalho é apresentar a implantação desta nova legislação no Estado de São Paulo, através da aprovação do Projeto de Lei Estadual 676/2000 que dispõe sobre a cobrança pela utilização dos recursos hídricos do domínio do Estado de São Paulo. 2.2 Objetivo Específico Neste trabalho discorreu sobre os conceitos pertinentes ao Gerenciamento de Recursos Hídricos, a definição de águas de domínio federal e estadual, princípios de usuário-pagador, poluidor-pagador, bem como os conflitos de interesses gerados pela introdução da cobrança pelo uso da água e as razões que levaram para esta nova forma de gestão dos recursos hídricos.

14 4 3 METODOLOGIA DO TRABALHO Para a realização do trabalho, discorreu-se sobre a Lei Federal de 8/1/97, que institui a Política Nacional de Recursos Hídricos e o Projeto de Lei Estadual 676/2000 que dispõe sobre a cobrança pela utilização dos recursos hídricos pertencentes ao Estado de São Paulo, os motivos que levaram para a criação destas leis e suas conseqüências na implementação. Foi discutido a atuação da Política Nacional de Recursos Hídricos que estabelece as regras de solução desse conflito de interesses por meio das políticas nacional e estaduais de recursos hídricos, onde, a gestão das águas foi delegada aos comitês de bacias e conselhos de recursos hídricos, com a participação, além da União, dos Estados e dos Municípios, também dos usuários de recursos hídricos e da sociedade civil. Pesquisou-se em dois importantes Comitês de Bacias hidrográficas, o primeiro, o Comitê bacia dos rios Piracicaba, Capivari e Jundiaí (PCJ), onde é responsável pelo abastecimento de aproximadamente 15 milhões de habitantes, devido à sua localização, pois se situa na região mais industrializada do País, gerando portanto conflitos entre os múltiplos usuários, ela exporta 31,5 m 3 /s de água bruta para o abastecimento de parte da Grande São Paulo. O outro, o Comitê para Integração da Bacia Hidrográfica do Rio Paraíba do Sul (CEIVAP), além da sua peculiaridade, pois o curso do seu rio percorre os Estados de São Paulo, Minas Gerais e Rio de Janeiro, sendo a primeira bacia a aplicar a cobrança pelo uso da água. Apresentou-se também, alguns exemplos da aplicação da cobrança em outras regiões do País e do mundo.

15 5 4 JUSTIFICATIVA A necessidade de um gerenciamento integrado dos recursos hídricos, em virtude de sua deterioração e o agravamento de conflitos entre os diversos usuários das águas, em diversas regiões do Estado, veio dar início às discussões sobre o futuro das águas públicas e sua forma de gerenciá-las adequadamente. A Lei n /97 estabelece, como um dos fundamentos da política nacional de recursos hídricos, que a água é um recurso natural limitado e dotado de valor econômico; a partir da edição dessas normas, o domínio das águas, repartido entre a União e os Estados, tornou-se um fator de dificuldade para a implantação das políticas de recursos hídricos. (LEI nº 9433/97 8/7/97) A Constituição de 1988, estabeleceu que toda a água, sem exceção, é pública e de domínio da União ou dos Estados. (CONSTITUIÇÃO 1988, Cap. II, Art. 20) Foi criado o Sistema Nacional de Gerenciamento de Recursos Hídricos que possui instrumentos e direitos estabelecer as regras e instrumentos na solução desse conflito de interesses por meio das políticas nacional e estaduais de recursos hídricos, cabendo ao Comitê de Bacias Hidrográficas estabelecer os mecanismos de cobrança pelo uso de recursos hídricos e sugerir os valores a serem cobrados. Podem-se classificar seus instrumentos em duas ordens: os de planejamento do uso, cuja função é ordenar o uso, por meio dos comitês de bacia hidrográfica, órgãos que discutem e decidem os usos prioritários para cada bacia, minimizando ou solucionando os conflitos e os de controle do uso, com a finalidade de evitar a má

16 6 utilização e a degradação do recurso hídrico. isto é, se a água não for utilizada com as cautelas necessárias à sua preservação, compromete-se a sua qualidade e, conseqüentemente, diminui a quantidade de água disponível para as gerações futuras.

17 7 5 A GESTÃO DAS ÁGUAS NO BRASIL 5.1 Histórico do Sistema de Gerenciamento de Recursos Hídricos no Brasil Até início do século XX, o aproveitamento da água no Brasil dava-se devido à iniciativa privada. Vigorava o modelo de propriedade conjunta terra-água, sendo ausente o papel de regulação do poder público. Com a urbanização e a industrialização, intensificou-se uso da água e uma conseqüente aumento de cargas poluidoras, houve a necessidade de normas reguladoras. O Código de Águas, estabelecido pelo Decreto Federal - Lei , de 10 de julho de 1934, foi a primeira tentativa de regular o aproveitamento da água. Esse Código estabeleceu que o uso comum das águas pode ser gratuito ou tributado, dependendo das leis e os regulamentos administrativos a que pertencem. A partir dos anos 40, os grandes projetos hidráulicos e as políticas de recursos hídricos eram criados em cada um dos setores usuários: programa de geração de energia hidrelétrica, plano nacional de saneamento, programas nacionais de irrigação, programas de transportes hidroviários e outros.

18 8 Alguns estados das regiões Sul e Sudeste, mais ricos em potencial hidrelétrico, como São Paulo, Minas Gerais e Paraná, criaram suas próprias empresas de produção de energia. No final dos anos 40, surge a Comissão do Vale do São Francisco, com uma proposta de desenvolvimento integrado dessa bacia. A partir dos anos 70, cresceu a ocorrência de conflitos de uso da água nos diferentes setores usuários. Uma primeira experiência de se criarem estruturas para gestão dos recursos hídricos por bacia hidrográfica foi em 1976, do acordo entre o Ministério das Minas e Energia e o Governo do Estado de São Paulo para a criação do Comitê do Alto Tietê, cujo objetivo era o de buscar, a partir da operação das estruturas hidráulicas existentes para produção de energia, melhores condições sanitárias nas bacias dos rios Tietê e Cubatão. No período de , importantes decisões foram tomadas durante a vigência desse acordo, entre as quais a reforma de barragens e a definição de regras operativas de represas, objetivando controle de cheias e abastecimento de água da Região Metropolitana de São Paulo. A partir de 1983, diminuiu atuação da esfera federal, aumentado o poder por parte dos Estados; iniciativas conduzidas pelo Comitê Especial de Estudos Integrados de Bacias Hidrográficas - CEEIBH, constituído conjuntamente pelos Ministérios de

19 9 Minas e Energia e do Interior, que resultaram na criação de mais de 10 comitês de rios federais. A partir da nova Constituição, de 1988, deu-se maiores poderes para estados e municípios. (BARTH, 2003) A lei 6938/81, que trata a Política Nacional de Meio Ambiente, incluiu a possibilidade de cobrar do poluidor, a obrigação de recuperar ou indenizar os danos causados. O Decreto Paulista nº de 1987, criou o primeiro Conselho Estadual de Recursos Hídricos - CRH, composto exclusivamente por órgãos e entidades do Governo do Estado, com a incumbência de propor a Política de Governo relativa aos Recursos Hídricos do Estado, bem como a estruturação de um Sistema Integrado de Gerenciamento dos Recursos Hídricos -SIGRH e a elaboração do Plano Estadual de Recursos Hídricos - PERH. O CRH foi instalado formalmente em julho de 1993, é composto por 11 representantes de Secretarias de Estado, 11 representantes dos Municípios e 11 representantes de entidades da sociedade civil relacionadas diretamente aos recursos hídricos. A Constituição Estadual de 1989 já havia incorporado novos conceitos referentes aos recursos hídricos, estabeleceu o Sistema Integrado de Gerenciamento dos Recursos Hídricos SIGRH, congregando órgãos estaduais e municipais e a sociedade civil, assegurando: a utilização racional das águas e sua prioridade para abastecimento às populações; a gestão descentralizada, participativa e integrada;

20 10 a divisão por bacia hidrográfica; o aproveitamento múltiplo dos recursos hídricos. Em 1990 produziu-se o Primeiro Plano Estadual de Recursos Hídricos contendo um diagnóstico sobre o uso e o controle dos recursos hídricos no Estado e os cenários de utilização, controle e recuperação com a indicação dos programas necessários à sua implementação. (SERHS, 2004) Em 1991, é aprovada a lei 7663/91 que regulamenta o uso dos recursos hídricos do estado de São Paulo, na qual estabeleceu as diretrizes para atualização periódicas do Plano Estadual de Recursos, os instrumentos da Política Estadual de Recursos Hídricos, onde seus princípios são: (SERHS, 2004) O gerenciamento integrado, descentralizado e participativo colegiados, com poder deliberativo, que reúnem em igual número e poder de decisão, representantes dos municípios, dos órgãos de Estado e da sociedade civil; A adoção da bacia hidrográfica como unidade físico territorial de planejamento, o Estado de São Paulo foi dividido em 22 regiões hidrográficas; Reconhecimento do recurso hídrico como um bem público de valor econômico, cuja utilização deve ser cobrada; Compatibilização do gerenciamento dos recursos hídricos com o desenvolvimento regional e com a proteção do meio ambiente. Essa Lei, apontada como pioneira e modelo de referência para o país, apresenta características semelhantes ao sistema francês. No momento de sua edição, 1991, a bacia hidrográfica como unidade de planejamento para os sistemas de gestão era

21 11 adotada em países como Inglaterra, EUA, França, Holanda, Alemanha, Japão e Hungria, mas ainda não estava incorporado no Brasil. Através do Decreto Nº , de 25 de Agosto de 1993, foi regulamentada o Fundo Estadual de Recursos Hídricos FEHIDRO, para utilização direta nos Comitês de Bacias. Este ano é marcado pela enorme mobilização em torno da despoluição do rio Tietê, o governo federal encaminhou ao Congresso Nacional o primeiro projeto de lei que tratava da Política Nacional de Recursos Hídricos. Alguns estados como Ceará, São Paulo e Rio Grande do Sul avançaram bastante na implementação de seus sistemas de gestão das águas. Em 1995, foi criado o Ministério do Meio Ambiente, dos Recursos Hídricos e da Amazônia Legal, com uma Secretaria de Recursos Hídricos. Finalmente, a Lei Federal 9433/97 definiu a cobrança como um dos instrumentos de gestão dos recursos hídricos, que instituiu a Política Nacional de Recursos Hídricos e criou o Sistema Nacional de Gerenciamento de Recursos Hídricos. (BARTH, 2003) Foi a Lei 9984/2000, que instituiu a Agência Nacional de Águas - ANA, atribuiu a esta Agência a competência para implementar, em articulação com os Comitês de Bacia Hidrográfica, a cobrança pelo uso da água de domínio da União.

22 12 O Projeto de Lei nº 676/2000 que dispõe sobre a cobrança pela utilização dos recursos hídricos do domínio do Estado de São Paulo, reconhece a água como bem econômico e dá ao usuário uma indicação de seu real valor, buscando incentivar o uso racional e sustentável da água, buscando a recuperação e preservação da quantidade e da qualidade para garantir, prioritariamente, o abastecimento das populações, está em votação na Assembléia Legislativa, e estabelece que a cobrança ficará condicionada à execução de programas, serviços e obras de interesse público (da iniciativa pública ou privada), definidos nos Planos de Recursos Hídricos. (SERHS, 2004) 5.2 A Cobrança pelo uso da Água no Estado do Ceará No Estado do Ceará adotou-se a bacia hidrográfica como unidade de planejamento, foram criadas 11 bacias; o Estado ocupa uma área de km 2, com uma população de 6,9 milhões de habitantes. A Política Estadual de Recursos Hídricos, prevista no artigo 326 da Constituição Estadual, foi disciplinada pela Lei nº , de 24 de julho de 1992, onde compete ao Conselho de Recursos Hídricos do Ceará CONERH, propor critérios e normas sobre a cobrança pelo uso das águas, em cada Região ou Bacia Hidrográfica. A tarifa para os usos e usuários industriais fixada foi o equivalente a cerca de 50% do valor da água tratada fornecida pela CAGECE - COMPANHIA DE ÁGUA E ESGOTO DO CEARÁ para o uso industrial de consumo superior a 70m 3, isto é, R$ 0,60/m 3. Para as concessionárias delegadas de serviço público de abastecimento de

23 13 água, a tarifa fixada foi de R$ 0,01/m 3, equivalente a 1/60 da tarifa para os usuários industriais. O CONERH através da deliberação nº 3/97 (17/12/1997), definiu os critérios de fixação das tarifas dos usuários da água para cada categoria, que são: a) Indústrias: equivalente a 50% do valor da água tratada, para consumo superior a 70m3/mês. b) Concessionárias de serviço de abastecimento de água potável: equivalente de 1/60 da tarifa para usuários industriais de água bruta. c) Usuários de sistema onde a água é entregue pressurizada ou conduzida em canais, com exceção da água fornecida para os usuários industriais de água bruta: tarifa a ser fixada para cada sistema, por Portaria do /secretário dos Recursos Hídricos. d) Irrigação, piscicultura e aqüicultura: a tarifa será definida pelo respectivo Comitê de Bacias, porém, esta tarifa deverá ser no mínimo equivalente a 1/600 da tarifa para usuários industriais de água bruta. e) Outros usos: equivalente a 1/60 da tarifa para usuários industriais de água bruta. Tomaram-se como referência o valor da água bruta tratada fornecida pela CAGECE para uso industrial de consumo superior a 70m 3 /mês. Ao final de 1998, começou-se o Processo de cobrança pela Região Metropolitana de Fortaleza, para a indústria e o abastecimento urbano; os preços cobrados no ano 2000 foram:

24 14 Tabela Preços cobrados no ano de 2000 USO R$/m 3 Abastecimento Urbano 0,013 Abastecimento Industrial 0,67 Irrigação no canal Trabalhador 0,02 Irrigação no rio Acarape 0,004 COGERH. Fortaleza Arrecadou-se no ano de 1999 aproximadamente R$ 6 milhões, sendo 50% para abastecimento e 50% para a indústria. Ainda não há cobrança para lançamento de efluentes domésticos e industriais. (MACEDO, 2000) 5.4 A Gestão das águas em outros países Gestão das águas na França O sistema de cobrança foi adotado a partir de 1964, dentro da reestruturação da Política das Águas francesa, que criou os Comitês de Bacia e as Agências de Água. O valor a ser cobrado é estabelecido pelo Conselho de Administração da Agência de Bacia, considerando as despesas plurianuais previstas nos programas de despoluição. Este valor é revisto, a cada ano, a fim de ser atualizado conforme o programa de investimentos. Ele é diferente de uma bacia para outra, em função dos objetivos de qualidade estabelecidos.

25 15 A derivação de água bruta, água para uso doméstico e industrial, é cobrada tendo por base três elementos: Volume de água derivado durante o período de estiagem; Uso consuntivo (valor anterior multiplicado por um fator de consumo; Local de derivação; Para uso agrícola, a cobrança é estimada em função do volume de água derivado durante a estação de estiagem. A cobrança pelo lançamento de efluentes industriais no rio é realizada considerando: carga de matéria em suspensão (MES), matérias oxidáveis (MO), matérias nitrogenadas (MN), matérias inibidoras (MI), sais solúveis (SS). A estimativa da quantidade de contaminação produzida em um dia normal do mês de maior lançamento de esgotos no rio, é feita para cada segmento industrial. Não existe, portanto, medição direta, a não ser quando assim exigido pela indústria. Outra forma aplicada na Agência Sena-Normandia é a do preço aplicados sobre a descarga de efluentes, média diária no mês mais seco, quando as condições de diluição são mais críticas.

26 16 A poluição doméstica é cobrada anualmente, calculada por município ou grupo de municípios. A cobrança é realizada pela companhia concessionária dos serviços de água e esgoto e é o resultado do produto da poluição individual, a população do município, um coeficiente de aglomeração, um coeficiente de coleta e um coeficiente de zona. Definiu-se que 1 habitante gera 162g de substâncias de poluentes ao dia, sendo 90g de MES; 57g de MO e 15g de MN. Municípios com menos de 400 habitantes estão isentos de cobrança. (LANNA, 2002) Gestão das Águas na Inglaterra e País de Gales O sistema de cobrança pela retirada de água na Inglaterra e País de Gales foi introduzido em Com o Water Act de 1989 ele passou a ser gerenciado pela National Rivers Authority (NRA), incorporada, em 1996, à Environmental Agency (EA). A cobrança pela água bruta é baseada na seguinte fórmula (Dubourg, 1995): $/ano = VxAxBxCxSUC onde: $ ano = cobrança pela água bruta V é o volume anual outorgado A é o fator de fonte B é o fator sazonal

27 17 C é o fator de perdas SUC é a cobrança unitária padrão (Standard Unit Charge) da região Os fatores A, B e C impõem relativa penalidade aos usuários. O fator A (variando entre 0,2 a 3,0) relaciona-se com o fato da fonte abastecedora ser ou não administrada diretamente pela EA. A água subterrânea recebe o menor peso entre as fontes. No verão, o fator B tem o maior valor (1,6). Aqueles consumidores com maior grau de perdas nos seus sistemas de abastecimento possuem maior fator C. Por exemplo, para a irrigação por aspersão, tem-se C=1 e para abastecimento público C=0,6. A cobrança unitária padrão (SUC) reflete os custos administrativos da EA em cada região do País. Ela varia de US$10 a 28/mil m 3 de água aproximadamente. O sistema cobra dos usuários de uma região o mesmo preço unitário, independente da água estar sendo retirada de um manancial super explorado ou não. Para os lançamentos de efluentes no meio hídrico, a cobrança é anual e baseada na seguinte fórmula: $/ano = CVxCExCRxACFF onde: CV é um coeficiente em função do volume máximo diário admissível de efluente; CE é um coeficiente em função do tipo de efluente; CR é um coeficiente dependente do rio receptor;

28 18 ACFF a cobrança anual em libras/ano. O coeficiente CV varia de uma valor de 0,3 (para volumes entre 0 a 5m 3 ) até um valor de 14 (para volumes superiores a m 3 ). O coeficiente tipo de efluente CE tem faixas de variações entre 0,3 e 14. O coeficiente do rio receptor CR assume valor de 0,5 para o caso das águas subterrâneas, 1 para águas superficiais e 1,5 para o caso dos estuários. A cobrança anual básica (ACFF Annual Charge Financial Factor), uniforme para todas as regiões do país, foi, no período 1995/96, de 401 libras (US$ 661). Apesar de alguma penalidade achar-se implícita, o mecanismo de cobrança inglês baseado apenas nos custos administrativos da EA não estimula a eficiência econômica por subestimar o valor da água, permitindo que os preços se encontrem abaixo do custo marginal de longo prazo. (LANNA, 2002) Gestão das Águas na Alemanha Na Alemanha, diversas regiões cobram pelo uso da água bruta, como as de Berlim, Hamburgo, Hessem e Lander. Na região de Baden-Wurtemberg cobra-se pela retirada da água das fontes superficial e subterrânea desde A cobrança pela água é baseada no volume retirado, no tipo de fonte e no uso final da água. Pequenas retiradas, menores que m 3 /ano, são isentas de cobrança. O montante arrecadado pelo sistema desde 1988 tem sido, em média, US$ 100 milhões/ano. Há uma certa relação entre o montante arrecadado e um programa de investimentos, o Ecology Programme. Tem sido observado um certo decréscimo

29 19 quanto ao volume de água extraído pelos consumidores. Existem, porém, dúvidas quanto ao nível de ganho ambiental derivado. A cobrança pelo lançamento de efluentes foi realizada a partir de 1981, com respaldo em uma lei de Ela foi, inicialmente, adotada nos estados de Schleswig-Holstein, Hessen e Saaland e, a partir de 1983, estendida para todo o País. Em 1993, o sistema foi completamente adotado pelo antiga Alemanha Oriental. Cobra-se das fontes industriais e municipais que lançam diretamente seus efluentes em águas superficiais e água subterrâneas. Os lançamentos indiretos, como os das fontes que descarregam efluentes em sistemas de tratamento dos municípios, não são cobrados. A cobrança funciona conjuntamente com o sistema de permissões, é administrada por cada estado e a arrecadação utilizada na melhoria da qualidade de água. O Sistema alemão é baseado em uma fórmula que considera as unidades de poluição lançadas, o volume e a concentração de efluentes previstos para o ano seguinte, e os valores negociados dentro dos limites permissíveis da Lei de Gerenciamento de Recursos Hídricos. Uma unidade de poluição é equivalente à poluição produzida por um indivíduo e é definida para cada tipo de poluente. Exemplos de uma unidade de poluição, no sistema alemão, são: 3kg de fósforo, 25kg de nitrogênio, 50kg de oxigênio (para o caso da DQO) etc. A cobrança tem sido aplicada gradualmente, tendo seus valores aumentados ano a ano. Cobrava-se por uma unidade de poluição em 1981, 1993 e 1997, respectivamente, DM12 (US$6,7) DM60 (US$ 33,7) e DM 70 (US$ 39,3). (LANNA, 2002)

30 A cobrança pelo uso da água no estado de São Paulo O Projeto de Lei 676/2000 Motivado pela sua deterioração e o agravamento de conflitos entre os diversos setores usuários das águas em algumas regiões do Estado, deu início às discussões sobre o futuro das águas públicas e a necessidade de um gerenciamento integrado dos recursos hídricos, Projeto de lei Paulista que dispõe sobre a cobrança pela utilização dos recursos hídricos do domínio público do Estado de São Paulo - PL 676/2000, reconhece a água como bem econômico e dá ao usuário uma indicação de seu real valor, buscando incentivar o uso racional e sustentável da água, buscando a recuperação e preservação da quantidade e da qualidade para garantir prioritariamente o abastecimento das populações, assim como obter os meios financeiros para a realização de programas, projetos, serviços e obras de recursos hídricos e saneamento básico. Após discutido pelos Comitês de Bacias e pelas audiências públicas, foi encaminhada para Assembléia Legislativa para aprovação Os principais objetivos e fundamentos da implantação da cobrança no PL 676/2000, são: obter recursos financeiros para o financiamento dos programas e intervenções contemplados nos planos de recursos hídricos. A cobrança pela utilização dos recursos hídricos será vinculada à implementação de programas, projetos, serviços e obras, de interesse

31 21 público, da iniciativa pública ou privada, definidos nos Planos de Recursos Hídricos, aprovados pelos respectivos Comitês de Bacia e pelo Conselho Estadual de Recursos Hídricos. O produto da cobrança estará vinculado às bacias hidrográficas em que for arrecadado, A implantação da cobrança prevista nesta lei será feita com a participação dos Comitês de Bacia, de forma gradativa e com a organização de um cadastro específico de usuários de recursos hídricos. Estão sujeitos à cobrança todos aqueles que utilizam os recursos hídricos. A utilização de recursos hídricos destinada às necessidades domésticas de propriedades e de pequenos núcleos populacionais, distribuídos no meio rural, estará isenta de cobrança quando independer de outorga de direito de uso. No caso de uso de recursos hídricos para fins de geração de energia elétrica aplicar-se-á a legislação federal específica. o produto da cobrança será creditado nas subcontas do Fundo Estadual de Recursos Hídricos - FEHIDRO, correspondente às Bacias em que for arrecadado; o preço, o modo e a periodicidade da cobrança serão definidos pelos Comitês de Bacia, em função das respectivas peculiaridades e conveniências.

32 O Sistema de cobrança no Estado de São Paulo Os valores a serem cobrados deverão ser propostos pelos Comitês de Bacia Hidrográfica em função dos programas quadrienais a serem efetivamente realizados e das parcelas dos investimentos a serem cobertos com o produto da cobrança. A fixação dos mesmos deverá ter por base os volumes de água captado e consumido e a carga poluidora dos efluentes lançados nos corpos d água. Os volumes de água e a carga poluidora dos efluentes serão multiplicados por preços unitários básicos e por coeficientes estabelecidos pelos Comitês de Bacia e que levarão em consideração as peculiaridades locais e do usuário. Assim, o valor total da cobrança para um determinado usuário deverá ser a soma de cada um dos usos, captação, consumo e lançamento, sendo limitado por parâmetros fixados pelo CRH Conselho Estadual de Recursos Hídricos para evitar que a cobrança venha a inviabilizar o empreendimento. (SERHS, 2004) A aprovação e a fixação dos preços unitários básicos, limites condicionantes e coeficientes a serem aplicados em cada Bacia Hidrográfica, será por decreto do Governador do Estado, após o referendo do CRH. O DAEE (Departamento de Águas e Energia Elétrica) Órgão responsável pela outorga de direito de uso, manterá cadastro de dados e informações, a serem fornecidos pelos usuários em caráter obrigatório, que possibilitem determinar as quantidades sujeitas a cobrança.

33 23 O volume consumido será avaliado em função do tipo de utilização da água, pela multiplicação do volume captado, extraído ou derivado por um fator de consumo. O valor a ser cobrado por captação, extração, derivação, e consumo resultará da multiplicação dos respectivos volumes captados, extraídos, derivados e consumidos pelos correspondentes valores unitários, e pelo produto dos coeficientes que considerem os critérios estabelecidos. Na diluição, transporte e assimilação de efluentes, os parâmetros a serem considerados e as cargas referentes a cada um deles, por atividade, serão definidos em regulamento. A carga lançada será avaliada em função da atividade do usuário, pela multiplicação da carga produzida por um fator de tratamento conforme condições a serem definidas em regulamento. O valor a ser cobrado pela utilização dos recursos hídricos para diluição, transporte e assimilação das cargas lançadas nos corpos d água, resultará da soma das parcelas referentes a cada parâmetro. A parcela correspondente a cada parâmetro será obtida pela multiplicação da sua quantidade pelo respectivo valor unitário, e pelo produto dos coeficientes que considerem os critérios estabelecidos no artigo 8º, na forma a ser definida em regulamento, e respeitados os limites estabelecidos na legislação.

34 Critérios Gerais para a Cobrança No Capítulo II, Artigo 8º do Projeto de Lei Paulista 676/ A fixação dos valores a serem cobrados pela utilização dos recursos hídricos considerará. I - Na captação, extração e derivação: a) a natureza do corpo d'água - superficial e subterrâneo; b) a classe de uso preponderante em que estiver enquadrado o corpo d'água no local do uso ou da derivação; c) a disponibilidade hídrica local; d) o grau de regularização assegurado por obras hidráulicas; e) o volume captado, extraído ou derivado e seu regime de variação; f) o consumo segundo o tipo de utilização da água; g) a finalidade a que se destinam; h) a sazonalidade; I) as características dos aqüíferos; j) as características físico-químicos e biológicas da água no local; l) a localização do usuário na Bacia; e m) as práticas de conservação e manejo do solo e da água. II - Na diluição, transporte e assimilação de efluentes: a) a classe de uso preponderante em que estiver enquadrado o corpo d água receptor no local; b) o grau de regularização assegurado por obras hidráulicas;

35 25 c) a carga lançada e seu regime de variação, ponderando-se os parâmetros orgânicos e físico-químicos dos efluentes; d) a natureza da atividade; e) a sazonalidade; f) a vulnerabilidade dos aqüíferos; g) as características físico-químicas e biológicas do corpo receptor no local do lançamento; h) a localização do usuário na Bacia; e i) as práticas de conservação e manejo do solo e da água. III - Outros usos que alterem o regime, a quantidade ou a qualidade da água existente em um corpo d'água. 1º - A fixação dos valores a serem cobrados, de que tratam os incisos I, II e III, terá por base o volume captado, extraído, derivado, consumido, e a carga dos efluentes lançados nos corpos d água. 2º - Os Comitês de Bacia poderão propor diferenciação dos valores a serem cobrados, em função de créditos e parâmetros definidos em regulamento, que abranjam a qualidade e disponibilidade de recursos hídricos, de acordo com as peculiaridades das respectivas unidades hidrográficas. 5.7 Definição de águas de domínio Federal e Estadual Segundo a Constituição de 1988, no Capítulo II, Art. 20, os rios podem ser de domínio Federal ou Estadual, "os lagos, rios e quaisquer correntes de água em terrenos de seu domínio, ou que banhem mais de um Estado, sirvam de limites com

36 26 outros países, ou se estendam a território estrangeiro ou dele provenham, bem como os terrenos marginais e as praias fluviais", são bens da União. No Capítulo III art. 26, são bens dos Estados, "as águas superficiais ou subterrâneas, fluentes, emergentes e em depósito, ressalvadas, neste caso, na forma da lei, as decorrentes de obras da União". (CONSTITUIÇÃO, 1988) 5.8 Critérios Jurídicos para identificação dos cursos d água Federais São de domínio federal os lagos, rios e quaisquer correntes de água que: a) banhem mais de um Estado, servindo de limite entre eles ou cruzando sua divisa; b) sirvam de limites com outros países; c) se estendam a território estrangeiro ou dele provenham; d) estejam situados totalmente dentro de terrenos de domínio da União, tais como: as terras devolutas indispensáveis à defesa das fronteiras, das fortificações e construções militares e das vias federais de comunicação, definidas em lei; as terras devolutas indispensáveis à preservação ambiental, definidas em lei; as ilhas fluviais e lacustres nas zonas limítrofes com outros países; as praias marítimas, as ilhas oceânicas e as ilhas costeiras, excluídas destas, aquelas cujo domínio não seja da União;

37 27 os terrenos de marinha e seus acrescidos; as terras tradicionalmente ocupadas pelos índios. e) incluem-se também, na forma da lei, as águas em depósito, tais como as de reservatórios, açudes e barragens, decorrentes de obras da União. (NORMA DNAEE nº 6) 5.9 Critérios Jurídicos para identificação dos cursos d água Estaduais São de domínio estadual: a) as águas subterrâneas; b) as águas superficiais, fluentes e emergentes, não classificadas como de domínio federal; c) as águas em depósito, ressalvadas, neste caso, na forma da lei, as decorrentes de obras da União; d) cabe salientar ainda que o domínio dos Estados sobre as águas de jurisdição estadual, situadas nas zonas periodicamente assoladas pelas secas, fica limitado pela competência da União de legislar sobre tais zonas, de acordo com o art. 29, parágrafo 2º, do Código de Águas (Decreto nº , de 10 de julho de 1934). (NORMA DNAEE nº 6)

38 Critérios técnicos para identificação dos cursos d água a) Cada curso d água, desde a sua foz até a sua nascente, será considerado como unidade indivisível, para fins de classificação quando ao domínio. b) Os sistemas hidrográficos serão estudados, examinando-se as suas correntes de água sempre de jusante para montante e iniciando-se pela identificação do seu curso principal. c) A denominação tradicionalmente estabelecida pelos ribeirinhos, mantida e oficializada nas cartas geográficas publicadas pela Fundação Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística FIBGE, será considerada como critério principal, na identificação dos cursos d água. d) Quando, em uma confluência, desaparecer para montante a denominação do trecho de jusante, dentre os cursos confluentes, aquele cuja bacia hidrográfica tiver a maior área de drenagem será considerado como continuação do trecho de jusante, formando com este um curso único, para fins de classificação. Neste caso, os demais cursos confluentes serão considerados afluentes do curso principal, passando a ser examinados em separado. e) A determinação das áreas de drenagem será feita com base nas cartas geográficas oficiais. Se tais cartas não permitirem determinar qual dos cursos confluentes possui a bacia com maior área de drenagem, todos eles serão considerados como formadores do curso de jusante e, neste caso, serão identificados e examinados como cursos d água distintos para fins de classificação, sendo o ponto de confluência tomado como início do curso de jusante e foz dos formadores.

39 29 f) Se, em algum trecho, ocorrer alteração da denominação do curso d água, sem que haja confluência com outro, tal alteração não modificará o caráter unitário do curso d água em exame, para fins de classificação. g) Os braços de rios, paranás, igarapés e baías, não serão classificadas em separado, uma vez que são considerados como parte integrante do curso d água principal. (NORMA DNAEE nº 6)

40 30 6. ESTUDO DE CASO: A COBRANÇA PELO USO DA ÁGUA NA BACIA DO RIO PARAÍBA DO SUL 6.1 A Bacia Hidrográfica do rio Paraíba do Sul Com uma área de km 2, estendendo-se pelos estados de São Paulo ( km 2 ), Rio de Janeiro ( km 2 ) e Minas Gerais ( km 2 ), abrangendo 180 municípios - 88 em Minas Gerais, 53 no Estado do Rio e 39 no estado de São Paulo. A área da bacia corresponde a cerca de 0,7% da área do país e, aproximadamente, a 6% da região sudeste do Brasil. No Rio de Janeiro, a bacia abrange 63% da área total do estado; em São Paulo, 5% e em Minas Gerais, apenas 4%. Ponto culminante: pico das Agulhas Negras (2.787 metros). População da bacia e 5 milhões e 62 mil habitantes sendo no estado de São Paulo; no Rio de Janeiro; e em Minas Gerais. (CEIVAP, 2004) O rio Paraíba do Sul, que banha os estados de São Paulo, Rio de Janeiro e Minas Gerais, definido como água de domínio da União, foi o primeiro rio brasileiro a ter a cobrança instituída, teve seu início em março de O comitê responsável pela gestão dessa bacia é o CEIVAP (Comitê de Integração da Bacia Hidrográfica do rio Paraíba do Sul). é o primeiro comitê de bacia criado no País em rios de domínio da União instituída através do Decreto Nº 1.842, de 22 de março de o recurso arrecadado irá financiar tratamento de esgoto e obras de

41 31 controle de erosão nas margens do rio, além de ações de educação ambiental e mobilização social. (CEIVAP, 2001) 6.2 Valores da cobrança na bacia do Paraíba do Sul Os valores adotados foram: Abastecimento público e esgotamento sanitário e indústria: de R$0,008 a R$0,028 por metro cúbico de água captada, conforme o grau de consumo (água captada e não devolvida ao rio) e de poluição dos efluentes lançados no rio. Pagará mais quem poluir mais. Os próprios usuários é que informam à ANA a vazão de água captada e consumida, bem como o nível de tratamento praticado. Essas informações são sujeitas à fiscalização dos órgãos (ANA e órgãos estaduais) para conferência e auditoria periódica Agropecuária: R$0,0005 por metro cúbico de água captada Aqüicultura: R$0,0004 por metro cúbico de água captada Pequenas centrais hidrelétricas: 0,75% do valor da energia produzida mensalmente Usos insignificantes: os usuários que captarem até 1 litro de água por segundo, bem como as PCHs (Pequenas Centrais Elétricas) com geração inferior a 1 MW estarão dentro do uso considerado insignificantes e, portanto, estarão dispensados da outorga e não estarão sujeitos à cobrança, conforme disposto em lei, embora estejam obrigados a se cadastrar junto à ANA. (CEIVAP, 2001)

42 Quem paga e quanto Foram cadastradas usuários do Paraíba do Sul (até março/2003. São Paulo foi o estado que mais cadastrou (70,24% do total), seguido por Minas Gerais (28%) e Rio de Janeiro (1,76%). A estatística do cadastramento revela um percentual surpreendente de declarações dos usuários para dessedentação e criação animal pecuaristas, correspondendo a 62% do total de inscritos. Entretanto, nenhum deles - e nem os usuários do setor de aqüicultura - pagará pelo uso da água, pois se enquadram na categoria de uso considerado insignificante, isto é, isento do pagamento. Do total de R$ 10 milhões da arrecadação esperada anualmente, R$6 milhões serão pagos pelo setor de saneamento; R$3,8 milhões pela indústria; R$5,7 mil pela agricultura (irrigação) e R$ 68 mil pelos demais tipos de uso. Em março de 2001 aprovou-se a proposta inicial da cobrança pelo uso da água, foram excluídos nesta fase inicial de cobrança, os setores de lazer, turismo e navegação. A metodologia de cobrança elaborada conjuntamente pela CEIVAP (Comitê de Integração da Bacia Hidrográfica do rio Paraíba do Sul) e pela ANA (Agência Nacional de Águas) é baseado pela simplicidade conceitual e operacional devido a sua natureza transitória e sua imediata aplicação, sendo válido somente por 3 anos.

43 33 Para cada elemento gerador de cobrança (captação, consumo e diluição de efluentes), a cobrança é composta de duas partes que se combinam entre si. 1) conjunto de parâmetros que constitui a base de cálculo, formado a partir de uma avaliação técnica e expresso em volume (vazão); 2) valor unitário básico, que é uma expressão econômica do preço da unidade de cada parâmetro de cálculo. A equação da cobrança é apresentada e forma desmembrada em três parcelas: C = Qcap x K0 x PPU + Qcap x K1 x PPU + [Qcap x (1-K1) x (1-K2K3)] x PPU A primeira parcela corresponde ao cálculo do valor cobrado pelo volume captado no manancial; A segunda parcela corresponde ao cálculo do valor cobrado pelo volume efetivamente consumido pelo usuário, ou seja, o volume que foi captado, mas que não retornará ao corpo hídrico como efluente; A terceira parcela corresponde ao cálculo do valor cobrado pelo despejo de efluente no corpo receptor; cálculo que incorpora reduções de valor decorrente do percentual de efluentes tratados (K2) e, ainda, do nível de eficiência desse tratamento (K3). A primeira parcela captação foi introduzida na fórmula de cobrança com a preocupação de considerar a captação como um fato gerador de cobrança, tal qual o consumo e a diluição de efluentes; ao instituir-se um K0 menor que 1, procurou-se estabelecer uma relação de importância entre a captação e o consumo.

44 34 Em relação ao consumo, o valor a ser pago dependerá da vazão captada efetivamente consumida, expressa pelo coeficiente de consumo K1. Quanto ao aspecto de qualidade, foram considerados os esforços daqueles que já buscam racionalizar o uso da água ou diliuir os níveis de poluição dos seus efluentes. A expressão (1-K2 K3) corresponde a um fator de redução do valor da cobrança a ser pago pelo usuário. A escolha de somente um parâmetro (DBO) para análise do aspecto de qualidade foi feita para eliminar a complexidade da caracterização e quantificação dos efluentes; sendo que o DBO é representativo de esgotos domésticos e um dos parâmetros mais presentes nos diferentes tipos de efluentes industriais, também, motivado pelo fato do DBO ser de fácil mensuração ou estimativa. Quanto ao aspecto econômico da equação, expresso em PPU (Preço Público Unitário), trata-se de uma simplificação, pois, engloba ao mesmo tempo, o preço relativo à captação e ao consumo de água e à redução do parâmetro de poluição de DBO. Na sua apresentação não desmembrada, a cobrança mensal total, expressa em reais, é o seguinte: Cobrança mensal = Qcap x [K0 + K1 + (1 - K1) x (1 K2 K3)] x PPU Onde:

45 35 Qcap = volume de água durante um mês (m3/mês), fornecido pelo usuário; K0 = multiplicador de preço unitário para captação, definido pelo CEIVAP; K1 = coeficiente de consumo para a atividade em questão, ou seja, a relação entre o volume consumido e o volume captado pelo usuário (parte do volume captado que não retorna ao manancial), fornecido pelo usuário; K2 = percentual do volume de efluentes tratado em relação ao volume total de efluentes produzidos (índice de cobertura de tratamento de efluentes doméstico ou industrial), ou seja, a relação entre a vazão efluente tratada e a vazão efluente bruta, fornecido pelo usuário; K3 = nível de eficiência de redução de DBO (Demanda Bioquímica de Oxigênio) na estação de tratamento de efluentes, fornecido pelo usuário; PPU = Preço Público Unitário correspondente à cobrança pela captação, consumo e diluição de efluentes para cada m 3 de água captada (R$/m 3 ), definido pela CEIVAP. (CEIVAP, 2001)

46 36 Deliberação CEIVAP n.º 08/ Anexo II Fórmula simplificada para a fase inicial de cobrança pelo uso da água bruta na bacia do rio Paraíba do Sul Cobrança mensal total = Q cap x [ K 0 + K 1 + (1 K 1 ) x (1 K 2 K 3 ) ] x PPU Onde: Q cap corresponde ao volume de água captada durante um mês (m 3 /mês) K 0 expressa o multiplicador de preço unitário para captação (inferior a 1,0 (um) e definido pelo CEIVAP). K 1 expressa o coeficiente de consumo para a atividade do usuário em questão, ou seja, a relação entre o volume consumido e o volume captado pelo usuário (ou o índice correspondente à parte do volume captado que não retorna ao manancial). K 2 expressa o percentual do volume de efluentes tratados em relação ao volume total de efluentes produzidos (ou o índice de cobertura de tratamento de efluentes doméstico ou industrial), ou seja, a relação entre a vazão efluente tratada e a vazão efluente bruta K 3 expressa o nível de eficiência de redução de DBO (Demanda Bioquímica de Oxigênio) na Estação de Tratamento de Efluentes. PPU é o Preço Público Unitário correspondente à cobrança pela captação, pelo consumo e pela diluição de efluentes, para cada m 3 de água captada (R$/m 3 ). Ou: C = Q cap x k 0 x PPU + Q cap x k 1 x PPU + Q cap x (1 - k 1 ) x (1 - k 2 k 3 ) x PPU 1ª Parcela 2ª Parcela 3ª Parcela 1 a Parcela: cobrança pelo volume de água captada no manancial; 2 a Parcela: cobrança pelo consumo (volume captado que não retorna ao corpo hídrico); 3 a Parcela: cobrança pelo despejo do efluente no corpo receptor

47 Critérios de cobrança para o setor industrial e de saneamento básico Definiu-se o valor de PPU (Preço Público Unitário) igual a R$0,02 por metro cúbico para os setores industrial e de saneamento básico. O K0 adotado nesta fase inicial foi de 0,4. Estão isentos as captações ou derivações de até 1,0 l/s (3600 l/hora). (CEIVAP, 2001) 6.5 Critérios de cobrança para pequenas centrais hidrelétricas (PCHs) Adotou-se uma metodologia baseada no percentual da receita, vinculada à energia gerada, conforme equação a seguir: C = GH x TAR x P Onde: C = cobrança mensal total a ser paga por cada PCH, em reais; GH = total da energia mensal gerada por uma PCH, em MWh, informado pela concessionária; TAR = valor da Tarifa Atualizada de Referência definida pela ANEEL com base da Resolução ANEEL nº 66, de 22 de fevereiro de 2001, ou naquela que a suceder, em reais/mwh. P = percentual definido pela CEIVAP a título de cobrança sobre a energia gerada.

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