Biodegradação de Águas Residuárias de Laticínios Previamente Tratadas por Lipases

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1 AUTORES AUTHORS Adriano Aguiar MENDES Ernandes Benedito PEREIRA Heizir Ferreira de CASTRO Departamento de Engenharia Química, Faculdade de Engenharia Química de Lorena CP 116, CEP , Lorena-SP RESUMO Biodegradation of Wastewater from Dairy Industries Previously Treated with O presente trabalho teve por objetivo o estudo do efeito do pré-tratamento de efluentes de laticínios por lipase pancreática na remoção de matéria orgânica e formação de metano por biodegradação anaeróbia. Em 24 horas de hidrólise, a maior formação de ácidos graxos, 54,36 mm, foi obtida em meio reacional contendo efluente bruto suplementado com 1 mm de íons cálcio a ph 8,, ajustado com NaOH 1M e incubado com,5% m/v de enzima. No efluente hidrolisado submetido à biodigestão anaeróbia houve redução de cor e da demanda química de oxigênio de 8,9 e 77,5%, enquanto no efluente bruto as reduções equivalentes foram iguais a 45, e 13,9%. O volume de metano formado após 15 dias de biodigestão do efluente hidrolisado (437 ml) foi aproximadamente o dobro do obtido com o efluente bruto (29 ml). SUMMARY The objective of this work was to evaluate the enzymatic hydrolysis of dairy wastewater employing porcine panacreas lipase in the removal of organic matter and formation of methane by anaerobic biodegestion. After 24 hours of reaction, the highest formation of free fatty acids, mm, was attained using crude efluent suplemented with 1 mm of calcium ions at ph 8. ajusted with 1M NaOH, and incubated with.5% m/v of enzyme. In the hydrolysed effluent submitted to anaerobic biodigestion, there was a reduction in colour and in the chemical oxygen demand of 8.9 and 77.5%, while the corresponding reductions in the crude effluent were 45. and 13.9%. After 15 days of anaerobic biodegestion methane production was approximately twice (437 ml) that obtained in the crude wastewater (29 ml). PALAVRAS-CHAVE KEY WORDS Águas Residuárias; Laticínios; Lípase; Biodegradação anaerobia. Wastewater; Dairy industries; Lipase; Anaerobic biodigestion. Braz. J. Food Technol., v.9, n.2, p , abr./jun Recebido / Received: 2/5/25. Aprovado / Approved: 19/6/26.

2 1. INTRODUÇÃO Os laticínios representam um importante setor na indústria alimentícia do ponto de vista econômico. Entretanto, considerando o grande número de empresas que ainda lançam seus efluentes sem nenhum tipo de tratamento nos cursos d água, a contribuição dessas indústrias em termos de poluição hídrica é bastante significativa. O problema agrava-se se for considerado que 9% dos laticínios em funcionamento são de pequeno e médio portes. Estas indústrias, via de regra, não possuem em seu quadro de funcionários, pessoal qualificado para lidar com as mudanças necessárias à implementação de tecnologias limpas, bem como para a operação de sistemas de tratamento de efluentes (MACHADO et al., 1999). O efluente gerado no beneficiamento do leite contém uma Demanda Química de Oxigênio (DQO) em torno de 3. mg/l. Em setores em que há grande produção de queijos e derivados, o valor de DQO é da ordem de 5. mg/l (GAVALA et al., 1999). Nesses tipos de efluentes, o teor de lipídeos é superior a 1.5 mg/l (HWU et al., 1998). Os lipídeos causam flotação da biomassa e má formação de grânulos de lodo em reatores anaeróbios de fluxo ascendente (HWU et al., 1998; GAVALA et al., 1999), toxicidade a microrganismos acetogênicos e metanogênicos (HANAKI et al., 1981), formação de espumas devido ao acúmulo de ácidos graxos não biodegradados (SALMINEN e RINTALA, 22) e decréscimo da concentração de trifosfato de adenosina (ATP) (HANAKI et al., 1981; PERLE et al., 1995). Desta forma, a digestão anaeróbia destes rejeitos é um processo lento, tendo como etapa limitante à liberação de ácidos graxos pelos microrganismos específicos com atividade lipolítica (PERLE et al., 1995). A utilização de lipases promove uma maior velocidade de reação de hidrólise seqüencial dos grupos acila dos lipídeos, reduzindo o tempo de biodegradação destes compostos (MENDES & CASTRO, 24). são enzimas de origem animal, vegetal ou microbiana classificadas como glicerol éster hidrolases (E. C ). Elas atuam na interface orgânica/aquosa catalisando a hidrólise de ligações éster-carboxílicas presentes em acilgliceróis com a liberação de ácidos graxos e glicerol (YAHYA et al., 1998). A utilização de lipases pancreáticas é mais adequada ao pré-tratamento de efluentes das indústrias de derivados lácteos, ricos em gorduras animais. Estas lipases são mais eficientes na hidrólise de triacilgliceróis contendo ácidos graxos com mais de 12 carbonos (MASSE et al., 21). O presente trabalho teve como objetivo a avaliação da biodegradabilidade anaeróbia de efluentes gerados nas indústrias de produtos lácteos previamente tratados com lipase pancreática de baixo custo e disponível comercialmente. 2.1 Material 2. MATERIAL E MÉTODOS Em todos os experimentos foi utilizada uma preparação de lipase comercial de pâncreas de porco adquirida da empresa Nuclear (São Paulo) com atividade específica de 3992 U/mg proteína em ph 8, e 37 C. O efluente da indústria de derivados lácteos foi fornecido pela Cooperativa Maringá de Guaratinguetá (São Paulo), coletado em um único ponto antes de ser conduzido a Estação de Tratamento (flotador). O efluente foi estocado em freezer a C, em recipientes plásticos de 1 L limpos e não esterilizados, para conservação de suas características. Todos os testes de biodegradabilidade foram efetuados com lodo anaeróbio aclimatado da indústria de derivados lácteos DANONE (Guaratinguetá-SP). O lodo empregado foi proveniente de um reator anaeróbio de fluxo ascendente com capacidade operacional de 6 m 3 /h. A estocagem do lodo anaeróbio foi conduzida em recipientes de vidro cor âmbar de 1 L e armazenados a 25 C. 2.2 Hidrólise do Efluente Os ensaios referentes à hidrólise do efluente foram realizados em balões de fundo redondo de 125 ml contendo 1 g do efluente e diferentes concentrações de enzima (3 e 5 mg/ml) e de íons cálcio ( e,1 M). O ph do meio reacional foi ajustado pela adição de solução alcalinizante NaOH ou NaHCO 3 (1M), para manter as condições operacionais mais próximas daquelas encontradas industrialmente. Os reatores foram incubados por um período máximo de 24 h a 37 C, em banho de silicone, com agitação magnética de 2 rpm. Em intervalos de tempo de 6 min foram retiradas amostras de 2 g do meio reacional, nas quais foram quantificados o teor de ácido graxo por titulação com KOH,2 M. No ensaio que forneceu maior formação de ácidos graxos livres, foi também determinada a concentração de glicerol e proteína. A porcentagem de hidrólise de lipídeos foi baseada na formação de glicerol. 2.3 Atividade metanogênica do efluente bruto e hidrolisado A determinação da atividade metanogênica e da biodegradabilidade anaeróbia das amostras de efluente bruto e hidrolisado foram conduzidas em frascos tipo soro vedados, acoplados a frascos de Duran preenchidos com 3 ml de solução NaOH,5% m/v para coleta do metano produzido. O volume de solução alcalina deslocado do gasômetro foi recolhido em Erlenmeyers de 125 ml situados à jusante. Em frascos tipo soro foram adicionados 5 ml de lodo anaeróbio e 25 ml de efluente bruto ou pré-tratado enzimaticamente por 24 h a 37 C. Os testes de biodigestão foram efetuados a 35 C, temperatura na qual o lodo apresenta máxima atividade de biodegradação (PEREIRA, 24) e por um período de 14 dias o volume de metano formado foi medido em intervalos de 24 h. Os experimentos foram foram realizados em duplicata. A DQO biodegradada (DQO-BD) foi calculada de acordo com a equação 1. C DQO BD = C C DQO. i DQO. f DQO. i.1 (1) Braz. J. Food Technol., v.9, n.2, p , abr./jun

3 Em que: DQO-BD = % de DQO biodegradada; C DQO.i = Concentração DQO no início do teste (mg/l); C DQO.f = Concentração DQO no final do teste (mg/l). 2.4 Métodos de Análises Os índices de acidez, saponificação e porcentagem de ácidos graxos livres foram determinados segundo metodologias descritas por MORETTO & FETT (1998). O ph e massa específica foram determinados por phmetro e picnômetro, respectivamente. As concentrações de sólidos totais, lipídeos e matéria orgânica, em termos de DQO, foram determinadas conforme metodologias descritas por APHA (1995). A concentração de proteínas foi determinada pelo método de Lowry usando albumina de soro bovino como padrão (LOWRY et al., 1951), a concentração de açúcares redutores foi determinada pelo método 3,5 dinitrosalicílico-dns (MARTELLI & PANEK, 1968) e a de glicerol quantificada conforme metodologia descrita por COKS & VAN REDE (1966). A composição de ácidos graxos de cadeia longa (C1 a C18) dos lipídeos presente no efluente foi identificada por cromatografia em fase gasosa em amostras previamente metiladas, segundo método descrito por METCALFE et al. (1966). A cor foi determinada de acordo com a metodologia descrita por CPPA Standard Methods (1974). O espectro de cor por varredura foi realizado nas regiões do ultravioleta (4-25 nm) e do visível (75-4 nm), empregando amostras centrifugadas a 4 rpm por 25 min. Os valores de absorbância encontrados foram convertidos em unidades de cor, conforme mostrado na equação 2. A UC = 5. 2 (2) A1 Em que: A 1 = Absorbância de 5 unidades de cor a 465 nm de uma solução padrão de platina-cobalto (A 465 =,132) (nm); A 2 = Absorbância das amostras (nm). 3.1 Caracterização do efluente 3. RESULTADOS E DISCUSSÃO As indústrias de alimentos, nas quais estão inseridas os laticínios, utilizam grande quantidade de água no processo industrial, gerando águas residuárias. Estas águas são caracterizadas por elevada carga orgânica, em termos de lipídeos, proteínas, carboidratos e concentração de sólidos em suspensão, provenientes dos processos de lavagem de pisos e equipamentos. Entretanto, as características dos efluentes líquidos variam dependendo do tipo do processo adotado. Os resultados referentes à caracterização do efluente, bem como a composição em ácidos graxos de cadeia longa, são mostrados na Tabela 1. Os valores médios reportados na literatura referente às concentrações de proteínas (6.3 mg/l), açúcares redutores ( mg/l) e DQO (6.271 mg/l) em efluentes de laticínios (LYBERATOS et al., 1997) são superiores aos dados obtidos no presente trabalho. Entretanto, a concentração de lipídeos de 4.68 mg/l, mostrou-se 8 vezes superior ao valor normalmente descrito na literatura. Os principais ácidos graxos de cadeia longa presentes nesse efluente foram o palmítico, em maior concentração, seguido do oleico, esteárico e mirístico. Efluentes das índústrias de abate de frango possuem similar concentração em ácidos graxos, com maior concentração também de ácido palmítico (PEREIRA, 24). No efluente em estudo, a concentração de ácidos graxos de cadeia longa é maior devido também a utilização de detergentes nas etapas de lavagem de pisos, tubulações e latões. Tabela 1. Caracterização do efluente bruto colhido à juzante da descarga de uma indústria de laticínios com volume de descarte numa vazão de 11 m 3 /dia. Características Valor médio Sólidos totais (g/l) 9,16 Lipídeos (g/l) 4,68 Àcidos graxos livres (%),6 Índice de acidez 1,1 Índice de saponificação (mg KOH/ g) 184,6 Proteínas (mg/l) Açúcares redutores simples (g/l),38 DQO (mg O 2 /L) 52.5 ph 5,25 Glicerol (%),38 Unidades de cor (UC) Temperatura ( C) 28 Ácido Cáprico (%) 2,4 Ácido Láurico (%) 3,21 Ácido Mirístico (%) 13,9 Ácido Palmítico (%) 39,2 Ácido Esteárico (%) 16,8 Ácido Oleico (%) 21,2 3.2 Estabelecimento das Condições de Hidrólise Enzimática dos Lipídeos Presentes no Efluente A influência das diferentes condições testadas na hidrólise dos lipídeos presentes no efluente foi expressa em termos de ácidos graxos formados (mm) alcançando ao final de 24 h de hidrólise, concentrações na faixa de 19,23 a 54,36 mm, como mostrado na Figura 1. Verificou-se que a ação da lipase selecionada foi dependente do tipo de solução alcalinizante empregada no ajuste do ph do efluente. Empregando NaOH como solução alcalinizante foi detectado um aumento na formação de ácidos graxos. A utilização de NaOH ou NaHCO 3 como soluções alcalinizantes resultaram em uma concentração máxima de ácidos graxos, respectivamente, de 54,36 mm (Ensaio 4) e 39,51 mm (Ensaio 8). Em meios ajustados com NaHCO 3, este foi responsável pela redução da atividade hidrolítica de lipases pancreáticas sobre a hidrólise do soro de queijo (MENDES & Braz. J. Food Technol., v.9, n.2, p , abr./jun

4 CASTRO, 24). Este comportamento não foi observado para meios ajustados com NaOH. Ácidos graxos formados (mm) Ensaios Figura 1. Concentração de ácidos graxos formados pela hidrólise de lipídeos do efluente sob diferentes condições experimentais: Ensaio 1-3 mg/ml de lipase e NaOH; Ensaio 2-5 mg/ml de lipase e NaOH; Ensaio 3-3 mg/ml de lípase, 1 mm CaCl 2 e NaOH; Ensaio 4-5 mg/ml de lipase, 1 Mm CaCl 2 e NaOH; Ensaio 5-3 mg/ml de lipase, e NaHCO 3 ; Ensaio 6-5 mg/ml de lipase e NaHCO 3 ; Ensaio 7-3 mg/ml de lipase, 1 mm CaCl 2 e NaHCO 3 e Ensaio 8-5 mg/ml de lipase, 1 mm CaCl 2 e NaHCO 3 (37 C, 24 h, agitação 2 rpm). Ao final do pré-tratamento enzimático foram analisadas as porcentagens de hidrólise de lipídeos e proteínas, bem como a concentração de glicerol formado na amostra que forneceu o maior teor em ácidos graxos totais (54,36 mm), como mostrado na Tabela 2. No presente estudo não foi determinada a concentração de lipídeos contidos no meio após a hidrólise de lipídeos, mas foi verificada uma redução considerável na concentração de sólidos suspensos. MASSE et al. (21) demostraram que a aplicação de 25 mg/l de lipase pancreática PL-25 em efluente de abatedouro por 4 h promoveu a redução de,7% do material graxo contido no efluente. A concentração de ácidos graxos livres formados foi de 15,5 mg/l, resultado inferior aos obtidos no presente trabalho. A concentração de compostos proteicos no efluente foi também reduzida alcançando uma porcentagem de remoção de 32,5% (Tabela 2). Os principais compostos gerados pela hidrólise de proteínas são peptídeos e aminoácidos. Esses compostos, possuem menor massa molecular, o que pode auxiliar na biodegradabilidade anaeróbia desses efluentes. A hidrólise de proteínas contidas no efluente é creditada à presença de proteases na preparação enzimática empregada, a qual apresenta limitado grau de pureza. Além disso, a presença de outras enzimas contaminantes (proteases, amilases) é benéfica ao processo, tendo em vista que os efluentes das indústrias de derivados lácteos contêm, além de lipídeos, altos teores de proteínas provenientes do leite (caseína) e carboidratos como amido, utilizado na preparação de doces à base de leite e iogurtes. O efeito dos íons cálcio sobre a atividade de lipases é geralmente considerado benéfico, sendo capaz de alterar a conformação da enzima, ou seja, íons cálcio agem como co-fator da lipase promovendo um aumento de sua atividade catalítica (SHARMA et al., 21). Sugere-se que o cálcio reduz a acidez livre produzida durante a hidrólise pela formação de sais de cálcio insolúveis, permitindo o prosseguimento da reação hidrolítica. A necessidade do cálcio é também, provavelmente, para compensar a repulsão eletrostática na interface orgânicaaquosa entre a enzima e os grupos carboxílicos dos sais biliares presentes nas preparações de lipases pancreáticas (SHAHANI, 1975). O acúmulo de ácidos graxos formados pela hidrólise seria um outro fator responsável pela repulsão eletrostática na interface. No presente trabalho, a suplementação de íons cálcio foi mais benéfica nos ensaios realizados com ph ajustado com NaOH, promovendo um incremento na concentração final de ácidos graxos tanto para meios incubados com baixa ou alta concentração de enzima. Nos testes realizados com ph ajustado com NaHCO 3, o efeito do CaCl 2 foi pronunciado apenas nas hidrólises que utilizaram baixa concentração de enzima (Ensaios 5 e 7). De acordo com os resultados obtidos, a porcentagem de hidrólise de lipídeos mais elevada foi obtida nas seguintes condições experimentais: concentração enzimática de 5 mg/ml, 1 mm de CaCl 2 e ajuste de ph 8, com solução alcalinizante NaOH (Ensaio 4). Tabela 2. Composição do efluente bruto e hidrolisado pela ação da lipase pancreática. Efluente Ácidos Graxos Livres (mm) Glicerol (%) Porcentagem de Hidrólise (%) Lipídeos Proteína Bruto 2,7,38 Hidrolisado 54,36,62 32,8 32,5 3.3 Avaliação da Biodegradabilidade do Efluente Hidrolisado Os resultados obtidos para redução de proteínas, açúcares redutores, DQO, turbidez (cor), bem como o volume total de metano gerado nos efluentes bruto e hidrolisado são mostrados na Tabela 3. Tabela 3. Efeitos do tratamento enzimático na biodigestão de efluente da indústria de laticínios. Efluente Redução (%) ARS DQO Proteínas Cor Ácidos Graxos Livres (mm) ph Volume CH 4 (ml) Bruto 89,9 45, 87,9 13,9 15,58 5,34 29 Hidrolisado 99,2 8,9 89,6 77,5 14,52 5,5 437 AR: Açúcares Redutores DQO: Demanda Química de Oxigênio Braz. J. Food Technol., v.9, n.2, p , abr./jun

5 A redução da concentração de proteínas foi similar para ambos efluentes, com porcentagens de remoção de 87,9 e 89,6% para o bruto e hidrolisado, respectivamente. Esse resultado já era esperado, tendo em vista que no presente trabalho foi utilizado lodo aclimatado, coletado em estação de tratamento de efluentes de laticínios, o que provavelmente reduziu a inibição do lodo anaeróbio pelo substrato. A literatura indica que a hidrólise da caseína, principal proteína presente em efluente de laticínios, depende da aclimatação da biomassa (VIDAL et al., 2). Esses mesmos autores relataram que a velocidade de formação de metano por biodegradação da caseína foi 3 vezes superior empregando lodo aclimatado. Os produtos formados pela hidrólise de proteínas também não inibiram a ação de microrganismos anaeróbios sobre a formação de biogás. PERLE et al. (1995) não observaram inibição na formação de biogás empregando microrganismos aclimatado e não-aclimatado suplementados com aminoácidos provenientes da hidrólise da caseína. O volume de biogás obtido para ambos os meios de cultura foi entre 25-3 ml. Com relação a concentração de açúcares redutores, verifica-se uma elevada remoção desses compostos na etapa da biodigestão. No caso do efluente hidrolisado, a remoção dos açúcares foi praticamente total (99,2%), enquanto para o efluente bruto foi de aproximadamente 9%. Esta redução se deve à elevada biodegradação dos açúcares presentes no efluente em estudo como a lactose, principal açúcar presente em efluente de laticínios (PERLE et al., 1995). A biodegradabilidade de açúcares como lactose por biodigestão anaeróbia é geralmente mais rápida que outros compostos orgânicos (PAVLOSTHATIS & GIRALDO-GOMEZ, 1991). A aplicação da preparação de lipase no pré-tratamento reduziu sensivelmente a concentração de matéria orgânica em termos de DQO após a a biodigestão anaeróbia. Foi constatado uma redução da DQO em 45,% e 8,9%, respectivamente para os efluentes bruto e hidrolisado. Apenas no efluente bruto observou-se a flotação de lipídeos não biodegradados. Essa elevada eficiência na remoção de DQO se deve, principalmente, à biodegradabilidade dos lipídeos e ácidos graxos presentes no efluente hidrolisado. O pré-tratamento também removeu sensivelmente a quantidade de sólidos dissolvidos. A eficiência de remoção de cor para o efluente pré-tratado foi 6 vezes superior ao efluente bruto. Resultados similares foram descritos por CAMMAROTA et al. (21), neste caso, após a etapa de hidrólise de efluente de laticínios contendo 868 mg/l de lipídeos por lipase de Penicillium restrictum na concentração de,1% m/v por 12 h. O efluente hidrolisado foi biodegradado em reator anaeróbio de fluxo ascendente empregando biomassa aclimatada. No efluente bruto foi obtido 5% de remoção de DQO, apresentando elevada turbidez, por volta de 757 FTU (unidades de turbidez). Para o efluente pré-tratado enzimaticamente, a remoção de DQO foi superior a 9% e a remoção de cor foi de aproximadamente 75%, apresentando 189 unidades de cor. O volume total de gás metano formado foi de 29 e 437 ml para os efluentes bruto e hidrolisado, respectivamente, ou seja, o pré-tratamento causou um aumento superior a 1% no volume de gás formado (Tabela 3). A Figura 2 mostra a evolução da formação de metano por biodigestão dos efluentes bruto e hidrolisado em função do tempo, revelando um aumento na velocidade inicial de produção de metano de 54 ml/dia (efluente bruto) para 87 ml/dia (efluente hidrolisado). Observa-se que a partir do 4 dia de biodigestão, a velocidade de formação de metano foi sensivelmente reduzida em função da elevada velocidade de conversão da matéria orgânica em compostos de baixa massa molar. Outro fator importante, que pode ter contribuído para redução da formação de metano, foi o decréscimo do valor de ph do meio reacional. Os microrganismos produtores de metano têm um crescimento ótimo na faixa de ph entre 6,6 e 7,4. Microrganismos produtores de ácidos orgânicos têm um crescimento ótimo na faixa de ph entre 5, e 6,, mas podem se mostrar ativos mesmo para valores de ph próximos a 4,5. Na prática, isso significa que a produção de ácidos em um reator pode continuar livremente, apesar da produção de metano ter sido interrompida (ISOLDI et al., 21). (A) (B) Metano produzido (ml) Metano produzido (ml) Tempo de Biodigestão (dia) Tempo de Biodigestão (dia) Figura 2. Produção de metano por biodigestão do efluente bruto (A) e do efluente hidrolisado com lipase pancreática (B), a 35 C, 2 rpm Braz. J. Food Technol., v.9, n.2, p , abr./jun

6 Desempenho similar foi descrito por PEREIRA (24) na avaliação do efeito do pré-tratamento enzimático de lipídeos presentes em efluentes nas indústrias de abate de frango sobre a formação de metano, empregando preparações de lipase de diferentes fontes (microbiana e pancreática). Ao final de 3 dias de biodigestão, o volume final de metano formado para o efluente bruto foi de 17 ml, e para as amostras hidrolisadas por 12 h, o volume de metano foi superior a 5 ml. O efeito da biodigestão anaeróbia sobre a turbidez dos efluentes bruto e hidrolisado foi também quantificado por varredura em espectrofotometria nas regiões do ultra-violeta (4-2 nm) e do visível (76-4 nm), como mostrado na Figura 3. presentes em efluentes com elevado teor de lipídeos, contribuindo para aumentar a eficiência de remoção de DQO e para redução no tempo de biodigestão das estações de tratamento. AGRADECIMENTOS Ao programa CT-Hidro CNPq e a Fundação de Apoio à Pesquisa do Estado de São Paulo (FAPESP) pelo suporte financeiro. Absorbância 1,,8,6,4,2, Comprimento de onda (nm) Figura 3. Espectro de cor por varredura nas regiões do ultravioleta e do visível empregando efluente bruto (o), efluente bruto biodegradado (s) e efluente hidrolisado biodegradado ( ) após 14 dias de biodigestão anaeróbia. O tratamento enzimático proporcionou uma elevada eficiência na remoção de cor na faixa de comprimento de onda analisada. Isto se deve à biodegradabilidade dos lipídeos e ácidos graxos presentes no efluente, principais sólidos em suspensão contidos no efluente. 4. CONCLUSÃO Águas residuárias de indústrias de laticinios contendo elevado teor de lipídeos (468 mg/ml), podem ter a sua carga poluidora reduzida pelo tratamento prévio com lipases. Neste trabalho, o tratamento enzimático do efluente foi otimizado para um tempo de 24 h, aumentando em duas vezes a formação de metano (437 ml) e a remoção de matéria orgânica (DQO) em relação ao efluente bruto. Essa elevada porcentagem de remoção de matéria orgânica, da ordem de 8,9%, foi provavelmente decorrente da assimilação dos componentes oriundos da hidrólise de lipídeos pelos microrganismos anaeróbios. A metodologia proposta mostrou ser tecnicamente e economicamente viável para a biodegradação de lipídeos REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS APHA; AWWA; WPCF. Standard Methods for Examination of Water and Wastewater, 19 th ed., New York, CAMMAROTA, M. C. et al. Enzymatic pre-hydrolysis and anaerobic degradation of wastewaters with high fat contents. Biotechnology Letters, v. 23, p , 21. COKS, L. V.; VAN REDE, C. Laboratory handbook for oils and fats analysis, 1 st ed., London: Academy Press, CPPA. Technical Section Standard Methods, H5P, GAVALA, H. N. et al. Treatment of dairy wastewater using an upflow anaerobic sludge blanket reactor. Journal of Agricultural Engineering Research, v.73, p.59-63, HANAKI, K. et al. Mechanism of inhibition caused by long-chain fatty acids in anaerobic digestion process. Biotechnology and Bioengineering, v. 23, p , ISOLDI, L. A. et al. Parâmetros de operação do reator UASB em um sistema combinado reator UASB-reator aeróbio. Revista Eletrônica do Mestrado em Engenharia Ambiental, v. 6, p. 16-3, 21. LOWRY, O. H. et al. Protein measurement with the Folin phenol reagent. Journal of Biological Chemistry, v.193, n.1, p , LYBERATOS, G. et al. An intregated approach for management of agricultural industries wastewater. Nonlinear Analysis, Theory, Methods & Applications, v. 3, p , MACHADO, R. M. G. et al. Sistemas de tratamento utilizados para efluentes líquidos de laticínios. In: Anais do XX Congresso Brasileiro de Engenharia Sanitária e Ambiental, Rio de Janeiro, p , MARTELLI, H. L.; PANEK, A. D. Dosagem de glicídeos redutores pelo ácido 3,5 dinitrosalicíco. Bioquímica Experimental. Rio de Janeiro: Ao Livro Técnico S. A., 1968, 112 p. MASSE, L. et al. Testing of alkaline and enzymatic pretreatment for fat particles in slaughterhouses wastewater. Bioresource Technology, v. 77, n. 2, p , 21. MENDES, A. A.; CASTRO, H. F. Redução do teor de lipídeos presentes em efluentes das indústrias de produtos lácteos empregando lipases pancreáticas. Revista Saúde e Ambiente, v. 5, p , 24. METCALFE, L. D. et al. Rapid preparation of fatty acid esters from lipids for gas chromatographic analysis. Analytical Chemistry, v. 38, p , Braz. J. Food Technol., v.9, n.2, p , abr./jun

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