A VEZ DO MESTRE A ADOÇÃO À LUZ DA LEI Nº /02: NOVO CÓDIGO CIVIL SILLE CRISTINA MIRANDA DOS SANTOS. Rio de Janeiro. Dezembro, 2010.

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1 A VEZ DO MESTRE A ADOÇÃO À LUZ DA LEI Nº /02: NOVO CÓDIGO CIVIL SILLE CRISTINA MIRANDA DOS SANTOS Rio de Janeiro Dezembro,

2 SILLE CRISTINA MIRANDO DOS SANTOS A ADOÇÃO À LUZ DALEI Nº10.406/02: NOVO CÓDIGO CIVIL Monografia apresentada ao curso de pós graduação do instituto A Vez do Mestre, campus centro II, como requisito parcial para obtenção da pós graduação em Direito Privado e Civil. Orientador: Prof. Francis Rajzman. Rio de Janeiro INSTITUTO A VEZ DO MESTRE

3 INSTITUTO A VEZ DO MESTRE CIP Brasil, catalogação-na-fonte SANTOS, Sille Cristina Miranda dos. A Adoção à Luz da Lei nº /02. (Instituto A Vez do Mestre) Rio de Janeiro: AVM, p. 1. A adoção à Luz da Lei nº / Aspecto Histórico. 3. A adoção à égide da nova legislação civil. 4. A adoção internacional. 5. Adoção por homossexuais SILLE CRISTINA MIRANDA DOS SANTOS

4 A ADOÇÃO À LUZ DA LEI Nº /02: NOVO CÓDIGO CIVIL Prof. Francis Rajzman Orientador. Instituto A Vez do Mestre Examinador Instituto A Vez do Mestre Examinador Instituto A Vez do Mestre

5 A família é a célula formadora de pessoas. É o centro da educação permanente. É a semente que faz nascer a fé. É o berço que embala o desenvolvimento. É a alma da nação. (Libórni Siqueira)

6 RESUMO O trabalho de pesquisa monográfica tem por objetivo o estudo do instituto da adoção à luz do Novo Código Civil tratado em seus artigos a 1.629, ao qual assegura aos adotados a prerrogativa de ser tido como filho natural dos adotantes, passando alguém a aceitar como filho alguém que originariamente não ostenta tal qualidade, tal instituto constitui em benefício do adotando a gênese do parentesco civil, podendo, ainda, ser definido como o ato jurídico bilateral, irretratável e perpétuo que depois de consumado, cria laços de paternidade e filiação, garantindo aos adotados todos os direitos e obrigações daí decorrentes, inclusive, os de sucessão a herança. A adoção é a aceitação voluntária e legal de uma criança como filho, portanto é ato irrevogável, pois, não poderá mais ser desfeito, salvo os casos expressos em lei. Com a adoção assume-se o pátrio poder da criança, desligando-a de todo e qualquer vínculo com pais biológicos e seus parentes naturais. A adoção judicial dá proteção especial à adoção praticada por estrangeiros, garantindo assim, os direitos e garantias daqueles que serão adotados, em virtude da grande procura de estrangeiros em adotar crianças brasileiras, inibindo de certa forma o seqüestro, a venda e o tráfico de crianças brasileiras. Quanto à adoção a ser requerida por homossexuais ainda será motivo de muita discussão jurídica em nossa Corte Judicial, tendo em vista, a não aceitação da nossa sociedade em não aceitar as relações homossexuais. Atualmente foi lançado o primeiro Guia de Adoção de Crianças e Adolescentes do Brasil, com o intuito de incentivar a prática da adoção, e ao mesmo tempo com o intuito de esclarecer àqueles que queiram adotar todos os procedimentos para da adoção, além de trazer outras formas de solução para o acolhimento de crianças e adolescentes em famílias substitutas.

7 SUMÁRIO INTRODUÇÃO CAPÍTULO 1 ADOÇÃO 1.1 LINEAMENTOS HISTÓRICOS... p CONCEITO... p NATUREZA JURÍDICA... p EVOLUÇÃO LEGISLATIVA DA ADOÇÃO... p. 20 CAPÍTULO 2 A ADOÇÃO NO NOVO CÓDIGO CIVIL 2.1 ADOÇÃO NO NOVO CÓDIGO CIVIL... p REQUSITOS DA ADOÇÃO... p Requisitos Formais... p PROCEDIMENTOS DA ADOÇÃO... p EFEITOS DA ADOÇÃO... p Efeitos Pessoais... p Efeitos Patrimoniais... p DA NULIDADE, ANULABILIDADE E INEXISTÊNCIA DA ADOÇÃO Nulidade da adoção... p Anulabilidade da adoção... p Inexistência da adoção... p EXTINÇÃO DA ADOÇÃO... p ESTÁGIO DE CONVENIÊNCIA, SENTENÇA E REGISTRO... p A ADOÇÃO NO ESTATUTO DA CRIANÇA EDO ADOLESCENTE... p A ADOÇÃO E A CONSTITUIÇÃO FEDERAL... p PROGRAMAS DE CONSCIENTIZAÇÃO AO INSTITUTO DA ADOÇÃO.. p. 38

8 2.11 CARTILHA DA ADOÇÃO... p. 41 CAPÍTULO 3 ADOÇÃO INTERNACIONAL 3.1 A ADOÇÃO INTERNACIONAL... p RESTRIÇÕES A ADOÇÃO DE MENORES POR ESTRANGEIROS... p A ADOÇÃO E A CONVENÇÃO DE HAIA... p. 47 CAPÍTULO 4 DA ADOÇÃO POR HOMOSSEXUAIS 4.1 SITUAÇÃO SOCIAL... P SITUAÇÃO JURÍDICA... p. 51 REFERÊNCIAS BIBLIOGRAFICAS... p. 60

9 A Adoção à luz da Lei nº /2002: Novo Código Civil 1 Parte Histórica Sille Cristina Miranda dos Santos A adoção é um instituto que existe há milênios de anos. Desde os tempos mais primórdios, até os dias atuais, pois, sempre haverá quem precise de uma família. Tal instituto pode ser conceituado como o ato jurídico pelo qual se perfilha para si alguém na condição de filho, fazendo gerar as relações previstas na família biológica. 1 Podemos afirmar, que o instituto da adoção foi praticado por Egípcios, Gregos e Romanos. 2 E inclusive, na própria Bíblia há várias referências sobre o tal instituto, como na história de Moisés e de Mordecai, dentre outros casos narrados na nossa própria literatura brasileira, bem como na literatura universal. 3 Com destaque, podemos citar que o instituto da adoção é um ato de amor e de solidariedade, pois a mis eloqüente prova desse fato narrado é próprio o nascimento de Jesus Cristo, fruto esse concebido pelo Divino Espírito Santo, para mostrar que não há a necessidade de casamento, da conjunção carnal e de todas as concepções do homem para que se conceba um filho. 4 Entretanto, o Direito Canônico desconheceu a adoção e se manifestava com reservas sobre o instituto. A igreja via a adoção como uma ressalva ao casamento e à constituição da

10 família legítima, como uma das possibilidades de se fraudar as normas vigentes que proibiam o reconhecimento de filhos adulterinos e incestuosos. 5 1 VENOSA, Silvio de Salvo. Direito Civil: Direito de Família.São Paulo: Atlas p KAUSS, Omar Gama. A Adoção: nocódigocivil e no Estatuto do Adolescente. Rio de Janeiro: Lúmen Iuris, p SZNICK, Waldir. Adoção. São Paulo: Leud p Op. cit, p. 1: p SZINICK, Waldir. A Adoção. São Paulo, p Natureza Jurídica A natureza jurídica do instituto da adoção sempre foi muito controversa, tendo em vista, que para alguns doutrinadores a adoção apenas é uma relação jurídica e para outros é negócio unilateral, tendo em vista a vontade do adotante. 6 Alguns autores entendem que a adoção seria uma forma de um contrato, devido à bilateralidade do ato, pois, é necessário a manifestação de duas vontades do adotante e a do adotado. Para outros autores, a adoção é instituto jurídico de ordem pública, pois, é preciso a manifestação do Estado, declarando ou não a possibilidade da adoção. No Estatuto da Criança e do Adolescente não prevalecia apenas a bilateralidade de vontades, pois o Estado participa de forma ativa e necessária exigindo uma sentença judicial, pois sem esta não haverá adoção. Já no Código Civil de 1916 tinha a adoção natureza de contrato, devido à solenidade exigida na lei da escritura pública, realçando a natureza negocial do instituto, como contrato de família e, havia duas formas distintas de adoção: a simples e a plena, e cada uma delas apresentava natureza própria. 7 Com o advento do Código Civil de 2002, a adoção passou a requerer também a presença Estado, dos adotantes e somente dar-se através de sentença judicial.

11 Assim, ao conceituar o instituto da adoção podemos conjeturar que a adoção se logra na esfera da vontade dos particulares, na forma da lei, criando entre essas pessoas estranhas, uma relação semelhante às oriundas da filiação legítima resultante da filiação de sangue. 6 Op. cit. p. 20: p DINIZ, Maria Helena. Direito Civil. São Paulo: Saraiva p Evolução Legislativa da Adoção No Brasil até a promulgação do Código Civil de 1916, vigoravam as Ordenações Afonsinas, Filipinas e Manuelinas advindas do direito português. Como advento do Código Civil de 1916 ocorreu a sistematização da adoção nos artigos 368 a 378, que definia a adoção como o ato civil pelo qual alguém aceita um estranho na qualidade de filho, contudo, tal conceito trazia consigo as suas restrições: 8 a) pessoas com mais de 50 anos; exigia-se a diferença mínima de 18 anos entre adotado e adotante;e não havia direito de sucessão, pois o adotado nada herdaria. Com o advento da Constituinte de 1988, nos parágrafos 5º e 6º, consegui-se eliminar todas as restrições pertinentes à diferença entre filhos adotivos, ilegítimos, passando, o filho adotivo a ter os mesmos direitos, garantias e deveres do filho biológico. 9 A partir de 1990, o Estatuto passou a regula a adoção dos menores de 18 anos até a data do pedido, salvo, se já estiver sobre a guarda ou tutela dos adotantes. Já o novo Código Civil - Lei nº /02, trata desse instituto nos artigos de 1618 a 1629, passando alguém a aceitar como filho alguém que originariamente não é, e com este cria laços de paternidade e filiação, com todos os direitos e obrigações, passando, inclusive, a adoção a ser irrestrita. 10

12 Ressalto que no Código Civil de 1916, havia previsão para a adoção plena e adoção simples. A Adoção Simples era regida pelo Código Civil de 1916 e a Lei 3133/57, era concernente ao vínculo de filiação que se estabelecia entre adotante e adotado, o adotante poderia ser pessoa maior, ou menor entre 18 e 21 anos KAUSS, Omar Gama. A Adoção. Lúmen Iuris: Rio de Janeiro p Constituição Federal: EC nº 45. Rio de Janeiro: Victor Roma p DINIZ, Maria Helena. Curso de Direito Civil. São Paulo: Atlas p Op.cit. p. 3: p E Adoção Plena era a espécie de adoção pela qual o menor adotado passa a ser irrevogavelmente, para todos os efeitos legais, filhos dos adotantes, desligando-se de qualquer vínculo com os pais de sangue ou parentes, salvo os impedimentos matrimoniais. 12 A Lei nº 8.069/90 ECA Estatuto da Criança e do Adolescente, trata da adoção para os menores de 18 anos. O Código Civil vigente aplica-se em regra quando o adotado é maior de 18 anos. E ambos, adotam o sistema da sentença judicial. Para que a adoção ocorra e necessário o cumprimento de diversos requisitos, alguns de aspectos formais, outros pessoais e os requisitos processuais, que geraram seus efeitos. E por fim, ressalto, que na adoção poderá ocorrer a sua extinção, nas modalidades de nulidade, anulabilidade e inexistência. 13 Quando ocorrer vício de fraude e/ou simulação; quando não houver a diferença mínima de 16 anos entre adotante e adotado, e nos casos do casal não forem marido e mulher, ou conviventes, ocorrerá a nulabilidade da adoção. 14 Já a anulabilidade ocorrerá quando houver a falta de consentimento dos pais, tutor ou curador a adoção do relativamente incapaz, ausência de anuência da pessoa sob cuja guarda se encontra o menor interditado, o consentimento manifestado somente pelo adotado relativamente incapaz, vicio resultante de erro, dolo, coação, lesão, estado de perigo ou

13 fraude contra credores, à falta de consentimento do cônjuge ou conviventes do adotante e do consorte adotado. 15 E quando ocorrer a falta de consentimento do adotante e adotado, ou a falta de objeto, esta situação refere-se aos casos de incapacidade, ausência ou interdição civil, e 12 Op. cit p. 3: p Op. cit. p. 3: p Op. cit. p. 3: p Op. cit. p. 3: p. 437 pela falta de processo judicial com a intervenção do Ministério Público, ocorrerá a inexistência da adoção. 16 Poderá também ocorrer à revogação da adoção nos seguintes casos: pela vontade do adotante e do adotado, pela deserdação e pela indignidade. 4 A adoção Internacional A adoção internacional tem previsão legal nos artigos 51 e 52 do Estatuto da Criança e do Adolescente, ao qual disciplina a possibilidade da adoção por estrangeiros. por estrangeiros. 17 Mas, essa possibilidade de adoção por estrangeiros somente ocorrerá nos casos em que a criança já tenha uma tenha sua situação jurídica definida, ou seja, que já possua sentença transitada em julgado, declarando a decretação da perda do poder familiar, ou nos casos de haver declaração de que seus pais já tenham falecido e este menor esteja sobre a proteção do Estado, na forma do artigo 169 da Lei nº 8.069/90. 18

14 Ressalvando, os casos em que se dever tomar cuidado com a adoção de menores por estrangeiros residentes no exterior, referente ao tráfico, venda e seqüestro de crianças para o exterior. Passo importante para a adoção no Brasil foi à Convenção de Haia, que ratifica o interesse das crianças a serem adotadas, e coibindo o seqüestro de menores, o tráfico e a venda de crianças. A Convenção de Haia foi concluída em 29 de maio de 1993, sendo ratificada em nosso ordenamento jurídico através do Decreto Legislativo nº 63 de 19 de abril de 1995, cujo objetivo é o de garantir os interesses das crianças, promovendo a cooperação entre os Estados contratantes Op. cit, p. 3: p Op. cit. p. 3: p Op. cit, p. 3: p Os projetos de conscientização e incentivos da Adoção Atualmente o Juizado da Infância e juventude do Rio de Janeiro e do Espírito Santo, em parceria com órgãos não governamentais vem promovendo a divulgação e a preparação da adoção, dentre outras atividades, através de Projetos Especiais, que tem por objetivo a colocação de crianças e adolescentes que se encontram sob risco pessoal e social nas ruas das grandes cidades em famílias substituas, uma vez que, toda criança ou adolescente tem direito a ser criado e educado no seio da sua família e, excepcionalmente, em família substituta, assegurada a convivência familiar e comunitária. Tal projeto vinculado pela 1ª Vara da Infância e Juventude do Rio de Janeiro, lançou a cartilha da adoção, com o intuito de esclarecer e incentivar a adoção. 20 Projeto semelhante foi lançado pela 1ª Vara da Infância e Juventude, de Vitória ES, também lançou recentemente a obra: 111 perguntas sobre a adoção 21

15 Ambos os projetos são tem por objetivo esclarecer e incentivar a adoção como ponto de referência importante para o desenvolvimento da cidadania, integrando o corpo funcional das ações sociais de que toda criança ou adolescente tem direito de ter uma família. Assim, podemos constatar que a cartilha traz todo o rol de procedimentos e esclarecimentos a aqueles que queiram adotar, sejam eles residentes no Brasil ou no Exterior. 7 A adoção por Homossexuais A grande discussão hoje rebatida pela sociedade seria a da possibilidade de homossexuais poderem ou não adotar. 20 Cartilha da adoção.dipsonovel:< em 30.out Cartilha da adoção. Disponível: Acesso em 30 out Na verdade vários são os fatos alegados a não possibilidade de adoção pelos homossexuais, como a diferença da formação da família que fugiria aos padrões da formação da família heterossexual da nossa sociedade. De certo que tudo que é inovador assusta, confunde e põe medo, mas, acaba por se estabelecer-se, e, contudo precisamos vencer as barreiras do preconceito, pois, o direito dos homossexuais tem de ser respeitados e principalmente de verem seus anseios tutelados pela sociedade e pelo Estado. 21 Vários argumentos e sofismas são utilizados para a não legalização da adoção por homossexuais, mas, o que prepondera realmente é o preconceito, e o que deveria mesmo ser visado que seria o interesse do adota não está sendo colimado. De fato em nosso ordenamento jurídico não há regulamentação em nosso direito positivo para validar a união homoafetiva. Cabendo apenas ao Judiciário reconhecer o

16 direito a união homossexual através da jurisprudência. E, conseqüentemente, não há também em nosso ordenamento jurídico a regulamentação da adoção por casais homossexuais Mas, também não há legislação que proíba a adoção de menores por homossexuais. O que presenciamos, sim, seria a violação de direitos aos homoafetivos, pois, fica clara a violação ao direito a igualdade e a isonomia. Assim, como também não há restrição legal quanto a formação da família, que deveria ser somente heterossexual. Acredito que o que se deva levar em consideração é a situação de fato do menor a ser adotado, de ser resguardar a dignidade da criança e do adolescente procurando garantir-lhe um lar seguro, que lhe ofereça amor e carinho, independentemente da orientação sexual 21 Disponível em <http/ >Acesso em 25 mai daqueles que lhe acolhem. 22 Deve-se ressaltar, que a impossibilidade de adoção por homossexuais, presume-se no aumento das chances desse menor se transformar em mais um habitante das ruas, com grandes possibilidades de partir para a marginalidade. Assim, a lei não acolhe razões que têm por fundamento o preconceito e a discriminação, portanto o que a lei proíbe não pode o intérprete inovar. 23 Portanto, fica bem claro que a adoção por casais homossexuais não deve ser repelida, pelo contrário, deve ser defendida, pois não há restrição legal para a prática de tal ato. Inclusive, surge como forma de amparo ao instituto da adoção. E nesse caso de omissão legislativa referente a adoção por homossexuais, na aplicação da lei, o juiz atenderá aos fins sociais a que ela se dirige e às exigências do bem comum, cabendo assim, a aplicação na forma do artigo 4º da LICC Lei de Introdução ao

17 Código Civil à aplicação através da Analogia, dos Costumes e dos Princípios Gerais do Direito. Pela analogia, conclui-se que é possível equiparar a adoção por homossexual à adoção por heterossexual, posto que, o único elemento discrepante é a orientação sexual do adotante, o qual não é o elemento essencial da adoção, de forma que ambas são exatamente iguais. Assim, conclui-se, que na realidade não existe qualquer lacuna no direito, estando devidamente legislado o direito dos homossexuais à adoção. 24 Pelos costumes é, igualmente, possível o deferimento de adoção a casais homossexuais, posto que a sociedade, de forma geral, como visto, aceita tal fato Disponível em <http/ >Acesso em 25 mai Op. Cit. P Op. Cit. P Op. Cit. P. 8. Pelos Princípios Gerais de Direito, da isonomia, da não discriminação por orientação sexual e da legalidade, todos expressos na Constituição Federal de 1988, não é possível privar os homossexuais do direito à adotar. 26 E, pelos fins sociais do Estatuto da Criança e do Adolescente, fica, ainda mais flagrante a possibilidade da adoção por homossexuais, uma vez que ta, a lei busca acima de tudo, resguardar a dignidade da criança e do adolescente procurando garantir-lhe um lar seguro, que lhe ofereça amor e carinho, independentemente da orientação sexual daqueles que lhe acolhem Op. Cit. P Op. Cit. P. 8. Portanto, fica bem claro que é importante deixar de lado as barreiras do preconceito.

18 BIBLIOGRÁFIA ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS. documentação: referências elaboração. Rio de Janeiro, NBR 6023: informação e, NBR 10520: informação e documentação: apresentação de citações em documentos. Rio de Janeiro, 2002., NBR 14724: informação e documentação: trabalhos acadêmicos apresentação. Rio de Janeiro, BRASIL, Cartilha da Adoção. Disponível em <http// Acesso em 16 Abr. 2005, Cartilha da Adoção. Disponível em <http// Acesso em 18 Abr , Constituição Emenda constitucional nº ed. São Paulo. Vitor Roma, 2004., direito.net. Disponível em < Acesso em 22. Abr.2005., jusnavigandi. Disponível em < Acesso em 20. Abr. 2005, Lei nº de 13 de setembro Institui o Estatuto da Criança e do Adolescente. Disponível em <http// Acesso em: 11 de nov , Lei nº de 10 de janeiro de Institui o Código Civil. Disponível em: http// Acesso em: 11 de nov 2004.

19 , Novo Código Civil. Lei nº , de 10 de janeiro de Estudo Comparativo com o Código Civil de 1916, Constituição Federal, Legislação Extravagante. 3 ed. São Paulo. Revista dos Tribunais, p DINIZ, Maria Helena. Curso de Direito Civil Brasileiro Direito de Família. 18 ed. São Paulo: Saraiva, p KAUSS, Omar Gama Bem. Adoção no Código Civil e no Estatuto da Criança e do Adolescente. 2 ed. Rio de Janeiro. Lúmen Iuris p OLIVEIRA, J. M. Leoni Lopes de. Guarda, Tutela e Adoção. 5 ed. Rio de Janeiro. Lúmen Iuris p PEREIRA, Caio Mario da Silva. Instituições de Direito Civil V. 11 ed. Rio de Janeiro: Forense, p SCINICK, Valdir. Adoção. 3 ed. São Paulo: Leud,1999. p SIQUEIRA, Libórni. Adoção: Doutrina e Jurisprudência. 10 ed. Rio de Janeiro: Folha Carioca, p VENOSA, Sílvio de Salvo. DireitoCivil VI Direito de Família. 3 ed. São Paulo: Atlas, p , Direito Civil V Direito de Família V. ed. São Paulo: Atlas, 2001.p WALD, Arnald. O Novo Direito de Família. 14 ed. São Paulo: Saraiva, p

20 CAPÍTULO 1 A ADOÇÃO 1.2 LINEAMENTOS HISTÓRICOS Historicamente o instituto da adoção desde os tempos mais primórdios era utilizado por nossos antepassados, e com o passar dos tempos evoluiu tanto no aspecto social, quanto no aspecto jurídico. No direito primitivo a família era a unidade social, econômica e religiosa e a adoção constituía-se como um meio eficaz de perpetuar a família e a religião doméstica, ao qual transferia-se os bens familiares, pois, nessa época não se conhecia do testamento. 1 No direito romano os imperadores utilizavam-se do instituto para designar os seus sucessores, e seus futuros Chefes de Estados, deixando a adoção de ser um instrumento de direito privado e passando a ser instrumento de direito público. 2 E a maior prova de que a adoção é um ato de amor, solidariedade encontra-se narrado na Bíblia, no nascimento de Jesus Cristo, fruto esse concebido pelo Divino Espírito Santo, para mostrar que não há a necessidade de casamento, da conjunção carnal e de todas as concepções do homem para que se conceba um filho. 3 Tal instituto teve sua origem fundada na Bíblia, no Código de Hamurabi e nas Leis de Manu. 4 1 WALD, Arnoldo. O novo Direito de Família. São Paulo: Saraiva, p SIQUEIRA, Libórni.. Rio de Janeiro: Folha Carioca, p KAUSS, Omar Gama. A Adoção no Código Civil e no Estatuto da Criança e do Adolescente. Lúmen Iuris: p. 1 4 Op. cit, p. 11: p. 218.

21 No Código de Manu o instituto da adoção encontram-se descrito na Lei IX, 10: Aquele a quem a natureza não deu filhos, pode adotar um para que as cerimônias fúnebres não cessem. 5 As Leis de Manu determinavam que a adoção somente seria possível entre um homem e um rapaz da mesma classe social e, que o adotado tivesse todas as qualidades apreciadas num filho. 6 Já o Código de Hamurabi é considerado o documento mais antigo que se tenha notícia antes de Cristo. O instituto no Código de Hamurabi era conhecido como Sentenças de Direito, traz em seus artigos 185 a 193, e o define como mârûtu :Art. 185 Se alguém toma em adoção uma criança ou a educa, esta não pode ser reclamada. 7 Nas passagens bíblicas é possível exemplificarmos algumas dessas noções do instituto da adoção, ao relatarmos alguns casos, como a história de Moisés que foi adotado por Termulus, quando o encontrou às margens do Rio Nilo; na de Mordecai que criou Éster como uma irmã e ainda na própria história de José do Egito adotado por Potifar. 8 Os Hebreus chamavam a adoção pelo nome de levirato. 9 De acordo com a Bíblia poderiam adotar tanto o pai como a mãe, e a adoção só se dava entre parentes. A mulher estéril poderia adotar os filhos da serva que ela havia conduzido ao tálamo do marido KAUSS, Omar Gama. A Adoção no Código Civil e no Estatuto da Criança e do Adolescente. Lúmen Iuris: p Op. cit, p. 12: p Op. cit, p. 12: p SZNICK, Waldir. Adoção. São Paulo: Leud p Op. cit, p. 12: p Op. cit, p. 12: p. 26.

22 Para os Romanos a adoção era o ato legislativo pelo qual alguém perfilha um filho que não se gerou, tendo em vista, a necessidade da perpetuação do culto doméstico, que tinha um valor sacral. Para os romanos havia dois tipos de adoção: a adoção e a adrogatio. 11 A adoção ou adoptio era instituto de direito privado destinado ao alieni júris, para quem tivesse sob o pátrio poder da Lei das XII Tábuas. Já a adrogatio pertencia ao direito público, a doação de sui júris como filho na família de um pater famílias. 12 Para os Gregos a adoção rompia todos os laços da família anterior, sequer poderia prestar o funeral dos pais anteriores. A adoção tinha o nome de Tésis, também conhecida como Ampasis. 13 O Direito Canônico desconheceu a adoção até certo ponto, e se manifestava com reservas. A igreja via a adoção como uma ressalva ao casamento e à constituição da família legítima, como uma das possibilidades de se fraudar as normas vigentes que proibiam o reconhecimento de filhos adulterinos e incestuosos. 14 Na Idade Média a adoção sucede ao processo histórico da família romana, têm o mesmo objetivo destinado ao culto doméstico daqueles que não tinham descendentes. Nessa época, Justiniano reformou o instituto da adoção, seguindo as linhas das instituições orientais, em especial as helênicas, mas permanecendo a adoção clássica. 15 Portanto, nesse período Justiniano a adoção era o ato solene pelo qual se admite em lugar de filho quem por natureza não ostenta tal qualidade ZNICK, Waldir. A Adoção. São Paulo: Leud p Op. cit, p. 13: p Op. cit, p. 13: p WALD, Arnoldo. O Novo Direito de Família. São Paulo:.Saraiva 15 SIQUEIRA, Libórni.. Rio de Janeiro: Folha Carioca. 2004, p Op. cit, p.13: p. 35.

23 Na época moderna, o instituto da adoção teve a sua inspiração no Direito Romano, sendo encontrado no Código de 1683, promulgado na Dinamarca por Christian V. Na Alemanha tal instituto encontra-se no Código de Pressuniano, promulgado por Frederico Guilherme II em 1751 e no Codex Maximilianus da Bavária de Essa legislação influenciou o Código Napoleônico de 1791, apesar da normativa sobre o instituto da adoção, não houve uma aceitação e utilização freqüente, tendo em vista a suspeita de favorecimento a fraude e à lei fiscal. 18 O Código Napoleônico de 1971 contemplava quatro tipos de adoção: 19 a) adoção ordinária depende de homologação judicial, permitida a maiores de50 anos, e diferença de 15 anos entre o adotado, altera nome, tem direitos sucessórios b) adoção remuneratória destinada a quem tivesse salvo a vida do adotando, irrevogável. c) adoção testamentária permitida ao tutor após 5 anos de tutela. d) tutela oficiosa uma espécie de adoção provisória em favor dos menores. Por fim as Ordenações advieram do direito geral português, primeiro as Ordenações Afonsinas de 1446 a 1514, que para o Brasil entraram em vigor à partir de 1500, sendo esta substituída pelas Ordenações Manuelinas em 1514 e por último as Ordenações Filipinas em 1603, que vigoraram até a promulgação do da Lei nº Código Civil em SZNICK, Waldir. A Adoção. São Paulo.Leud p Op. cit, p. 14: p Op. cit, p. 14: p Op. cit, p. 14: p. 41.

24 Nessa fase a adoção era regulada por inúmeros textos e passagens, sem uma norma específica. Com as Ordenações, o instituto adquiriu o nome de perfilhamento e tinha como objetivo tornar como herdeiro, na sucessão, o filho tido, mesmo que fosse o filho espúrio, ou o filho adulterino. 21 Com a independência, as Ordenações passaram a perder a sua validade em nosso ordenamento jurídico,em virtude dos inúmeros diplomas e regulamentos que passaram a vigorar na época, porém, a revogação total só ocorreu com o advento do Código Civil de CONCEITO Do ponto de vista social a adoção é um instituto de amor ao próximo, de solidariedade, ou seja, a chance de crianças e adolescentes de terem um lar, uma família, já que foram desprovidos de alguma forma de seus familiares. Para o conceito de adoção existem várias definições. Em uma conceituação simples e clara, podemos dizer que a adoção é um ato jurídico que tem por finalidade criar entre duas pessoas relações jurídicas idênticas às que resultam de uma filiação de sangue. 23 Ainda, pode ser definida como o ato de ficção jurídica que cria o parentesco civil, portanto, de suma importância para a sociedade brasileira, tendo em vista, que tal ato jurídico coaduna na esfera da vontade dos particulares, com a devida permissão da lei, 21 SZNICK, Waldir. A Adoção. São Paulo. Leud p Op. cit, p. 15: p OLIVEIRA, J. Maria Leoni Lopes. Guarda, Tutela e Adoção. Rio de Janeiro. Lúmen Iuris p. 147.

25 criando entre essas pessoas estranhas, uma relação análoga como às oriundas da filiação legítima. 24 A adoção também pode ser conceituada como o ato jurídico pelo qual o vínculo familiar é criado em virtude do próprio ato pelo legislador. 25 Alguns autores definem a adoção apenas como o instituto que dá ao filho adotivo o status idêntico ao do filho legítimo. Passamos a analisar a conceituação dos seguintes juristas: Para Clovis Bevilacqua, a adoção se destinava a suprir a falta de filho, que tem como ato civil á aceitação de um estranho como filho. 26 Para a Profa. Maria Helena Diniz, a adoção é uma instituição de caráter humanitário, que tem por um lado, dar aqueles a quem a natureza negou um lar e uma família e, por outro lado a uma finalidade assistencial, constituindo um meio de melhorar a condição moral e material do adotado. 27 Para Walter Gaspar, a adoção é uma ficção jurídica, a qual se estabelece uma relação de parentesco, que independe do fato natural da procriação.28 Para Orlando Gomes, a adoção é o ato jurídico pelo qual se estabelece independente do fato natural, o vínculo de filiação legal, que permite a constituição entre duas pessoas do laço de parentesco do primeiro grau em linha reta WALD, Arnoldo. O novo Direito de Família. São Paulo: Saraiva, p DINIZ, Maria Helena. Curso de Direito Civil: Saraiva p Op. cit, p. 16: p DINIZ, Maria Helena. Curso de Direito Civil: Saraiva p GASPAR, Walter. Direito Civil. São Paulo: Atlas p ORLANDO, Gomes. Instituições de Direito Civil. São Paulo: Forense p. 226.

26 Jose Maria Leoni Lopes de Oliveira define a adoção como um instituto jurídico que procura imitar a filiação natural.30 Para Silvio Rodrigues, a adoção é o ato do adotante pelo qual ele traz para a sua família e na condição de filho pessoa que lhe é estranha. 31 Para Caio Mario da Silva, a adoção é o ato jurídico pelo qual uma pessoa recebe outra como filho, independentemente de existir entre elas qualquer relação de parentesco cosanguíneo ou afim. 32 Para Antunes Varella, a adoção é o ato jurídico pelo qual se estabelece entre duas pessoas adotante de um lado e adotado, de outro, independente dos laços de sangue,uma relação legal de filiação. 33 Para o Prof. Arnoldo Wald, a adoção é uma ficção jurídica que cria o parentesco civil. É um ato jurídico bilateral que gera laços de paternidade e filiação entre pessoas para as quais tal relação inexiste materialmente. 34 Para Carbonnier, a filiação adotiva é uma filiação, puramente jurídica, que repousa na pressuposição de uma realidade não biológica, mas afetiva. 35 E para Dusi, a adoção é o ato jurídico solene em virtude do qual à vontade dos particulares, com a permissão da lei cria entre pessoas naturalmente estranhas uma a outra, relações análogas as oriundas da filiação legítima OLIVEIRA, J. Maria Leoni Lopes. Guarda, Tutela e Adoção. Rio de Janeiro: Lúmen Iuris p Direito Civil Família. São Paulo. Forense p op. Cit. p. 17: p Op. Cit, p. 17: p WALD, Arnold. O Novo Direito de Família. São Paulo: Saraiva p Op. cit, p. 17 apud Droit Civil, 2 La Famile, nº 354, p Op. cit, p. 17: p. 217.

27 No contexto das diversas definições atribuídas a adoção podemos verificar que esta se contrapõe-se a filiação legítima ou natural, por sua característica artificial, pois, resulta da manifestação de vontade e de sentença judicial. Enquanto a filiação natural tem seu vínculo formado apenas no sangue. Contudo, os efeitos da adoção em nosso ordenamento jurídico geram as mesmas relações da filiação natural. 1.3 NATUREZA JURÍDICA A natureza jurídica da adoção sempre foi muito controvertida, para alguns doutrinadores a adoção apenas é uma relação jurídica, enquanto para outros é negócio unilateral, tendo em vista, a vontade do adotante. 37 Com o passar dos tempos a mudou a sua finalidade, antes se destinava a atender aos interesses religiosos dos adotantes, hoje se preocupa mais com o interesse dos adotados, objetivando proporcionar uma família. 38 A dificuldade em definir a natureza jurídica da adoção decorre da sua natureza e da origem do seu ato. Assim, para alguns autores adoção seria uma forma de contrato, devido à bilateralidade do ato, pois, é preciso a manifestação de duas vontades, a do adotante e do adotado. Sendo que, às vezes o adotado é representado, porém, a vontade do adotando inexiste em algumas situações, o que dificulta a compreensão dessa doutrina Op. cit, p. 17: p Op. cit, p. 17: p Op. cit, p. 17: p Para outros autores, a adoção é instituto jurídico de ordem pública, sendo necessário a manifestação do Estado, declarando ou não a adoção. 40

28 No Código Civil de 1916 a adoção tinha a natureza de contrato, devido à solenidade exigida na lei da escritura pública, realçando a natureza negocial do instituto, como contrato de família, disposto no artigo Nessa época havia duas formas distintas de adoção: a adoção simples e a adoção plena, e cada uma delas apresentava natureza própria. 42 No Estatuto não prevalece apenas a bilateralidade de vontades, pois o Estado participa de forma ativa, exigindo-se também uma sentença judicial, pois sem esta não haverá adoção. 43 O Código Civil de 2002 requer a presença dos adotantes, do Estado e somente ocorrerá se for através de sentença judicial. Pode-se, assim, concluir que a adoção é um ato complexo, o qual tem na sua primeira fase, um caráter negocial, em seguida a manifestação de vontade dos adotantes e adotados e, em sua segunda fase, tem caráter judicial a fim de verificar a conveniência ou não da adoção, que culmina com a sentença judicial. 44 Portanto, a ação de adoção é ação do estado, de caráter constitutivo, conferindo a posição de filho ao adotado, através de sentença judicial. 40 VENOSA, Sílvio de Salvo. Direito Civil- Direito de Família. São Paulo: Atlas p Op. cit. p. 19: p VENOSA, Sílvio de Salvo. Direito Civil. Rio de Janeiro: Atlas p Op. cit, p. 19: p Op. cit, p. 19: p EVOLUÇÃO LEGISLATIVA DA ADOÇÃO No Brasil até a promulgação da Lei nº 3071 de 01 de maio de 1916 vigoravam as Ordenações Afonsinas, Filipinas e Manuelinas. 45

29 Com o advento do Código Civil de 1916 ocorreu a sistematização da adoção nos artigos 368 a 378, de caráter essencialmente privado. Todavia, o nosso direito pátrio da época revelava as influências do direito romano, do direito canônico, das Ordenações Afonsinas, Manuelinas e Filipinas. 46 No código de 1916, a adoção era definida como o ato civil pelo qual alguém aceita um estranho na qualidade de filho, contudo, tal conceito trazia consigo as suas restrições. 47 Nessa época havia restrições quanto à adoção, pois, a mesma se destinava a habilitar pessoas com mais de 50 anos; exigindo a diferença mínima de 18 anos entre adotado e adotante e não haveria direito de sucessão ao adotado. Em 1957 adveio o Estatuto da adoção - Lei nº de 08 de maio de E em 1979 o Código de Menores Lei nº de 10 de outubro de 1979, ambos traziam algumas modificações que eliminava certas restrições do Código Civil de Algumas dessas modificações trazidas foi a de possibilidade de se adotar aos 30 anos; e a diferença de idade entre adotando e adotado passou a ser de 16 anos; eliminou-se também o pré-requisito de que somente casais sem filhos poderiam adotar SIQUEIRA, Libórni.. A Adoção. Rio de Janeiro: Folha Carioca, 2004, p Op.cit, p. 20: p Op.cit, p. 20: p Op.cit, p. 20: p KAUSS, Omar Gama. A adoção.lúmen Júris. Rio de Janeiro. p. 41. Com a promulgação da Constituição em 1988, e com o advento do Estatuto da Criança e do Adolescente ECA em 1990, consegui-se eliminar todas as restrições pertinentes à diferença entre filhos adotivos, ilegítimos e/ou adúlterinos. 50

30 Assim, hoje o filho adotivo tem os mesmos direitos, garantias e deveres dos filhos biológicos, artigo 227 º da CRFB. A partir de 1990, as regras da adoção passaram a visar mais os interesses, direitos e reais e necessidades dos adotandos. O que se pretendia era encontrar uma família adequada aos menores e não a busca de uma criança para aqueles que pretendem adotar. 51 Já o novo Código Civil trata desse instituto da aceitação legal de estranho no seio familiar, nos artigos 1618 a 1629, passando alguém a aceitar como filho alguém que originariamente não é, criando com este, laços de paternidade e filiação, com todos os direitos e obrigações daí decorrentes, entre pessoas para as quais tal relação inexiste naturalmente. 52 E corroborando com o instituto da adoção, o nosso texto constitucional assegura em seu artigo 227 o direito de se ter uma família, o direito à vida, à saúde, à alimentação, à educação, ao lazer, à profissionalização, à cultura, ao respeito, à dignidade, à liberdade e a convivência familiar. 53 Esse direito de se ter uma família consagrado na Carta Magna advém do direito positivo brasileiro, do direito natural, do simples direito de se ter um lar. 50 SIQUEIRA, Libórni. A Adoção. Rio de Janeiro: Folha Carioca, p KAUSS, Omar Gama. A adoção.lúmen Júris. Rio de Janeiro. p As modificações introduzidas à partir do advento do Novo Código Civil Lei nº / CONSTITUIÇÂO FEDERAL: EC nº 45. Rio de Janeiro, p A adoção surge na concepção da assistência, da proteção ao adotado e cuja finalidade é a de dar um lar aos menores, criando para esses menores um ambiente familiar e o equiparando o adotado como filho legítimo.

31 È um instituto de solidariedade social, de auxílio mútuo àqueles que precisam de um lar, amor, carinho e dignidade. Tem por finalidade fundamental dar filhos àqueles que não podem ter biologicamente e de dar pais àqueles que se encontram desamparados por algum motivo. Assim, a adoção que fugir desses parâmetros a que está destinada, estará distorcendo a finalidade do ordenamento a que lei se destina. Ficando constatado que a adoção no Brasil constitui um imperativo de ordem ética, de natureza constitucional, pois, não se pode construir uma sociedade mentalmente sã sobre as bases de abandono de crianças, os futuros homens de amanhã.

32 CAPÍTULO 2 A ADOÇÃO NO NOVO CÓDIGO CIVIL A adoção no Código Civil de 1916 era regulada nos artigos de 368 a 378. Nesse Código havia previsão legal para duas modalidades de adoção: 54 A adoção simples estabelecia o vínculo de filiação entre adotante e adotado, podendo o adotante ser pessoa maior, ou menor, entre 18 e 21 anos, regia-se pelo Código Civil de 1916 e pela Lei nº 3133/55. A adoção plena era espécie de adoção pela qual o menor adotado passa a ser irrevogavelmente, para todos os efeitos legais, a ser filhos dos adotantes, desligando-se de qualquer vínculo com os pais de sangue ou parentes, salvo, os impedimentos matrimoniais, introduzido pela Lei nº 6697/79. Nesse Código Civil a adoção aplicava-se aos maiores de 18 anos e realçava a sua natureza negocial do instituto, tendo em vista, a solenidade da escritura pública que a lei exigia como contrato de direito de família. Somente seria a adoção consumada com a devida averbação da escritura no registro civil e, no ato da adoção seriam declarados quais os nomes da família passaria o adotado a usar. Eram requisitos para adoção nesta legislação de 1916: que o adotante fosse 16 anos mais velho que o adotando, com mais de 30 anos de idade; se o adotante fosse casado, o casamento deveria ter duração superior à cinco anos; duas pessoas não poderiam adotar conjuntamente se não forem marido e mulher; e o adotando com maior de 18 anos; o tutor ou curador poderiam adotar, depois de prestadas as contas; ocorria através de escritura pública; havia previsão de adoção por estrangeiros sem restrição DINIZ, Maria Helena.São Paulo: Saraiva, p VENOSA, Sílvio de Salvo. Direito Civil. Direito de Família. São Paulo: Atlas, 2003, p. 323.

33 Com o advento da Lei nº /2002, o instituto da adoção passou a ser tratado nos artigos de a 1.629, como já mencionado E, por conta da nova legislação, a adoção simples e a adoção plena deixam de existir, passando a adoção ser irrestrita. 56 Hoje o Novo Código - Lei nº /2002, se preocupa em seus artigos com a adoção de forma global, ou seja, com a adoção de crianças e adolescentes e, principalmente com a primazia do interesse do adotado. Assim, o instituto da adoção passa a ser regido nos seguintes termos: 57 No art Somente pessoa maior de dezoito anos pode adotar. Analisando este artigo, pode-se, constatar que houve a redução da idade mínima para adotar antes exigida de 35 anos. E em seu Parágrafo único a adoção poderá ser formalizada, por ambos os cônjuges ou companheiros desde que um deles tenha completado dezoito anos de idade, comprovada a estabilidade da família. Os artigos e 1620 não tiveram alteradas a sua redação. De acordo com o artigo 1619, o adotante há de ser pelo menos dezesseis anos mais velho que o adotado. E no artigo 1620, enquanto não der contas de sua administração e não saldar o débito, não poderá o tutor ou o curador adotar o pupilo ou o curatelado. O artigo descreve que a adoção depende de consentimento dos pais ou dos representantes legais, de quem se deseja adotar, e da concordância deste, se contar mais de doze anos. 56 Op. cit, p. 23: p. 425.

34 57 Novo Código Civil. Lei nº , de 10 de janeiro de Estudo Comparativo com o Código Civil de 1916, Constituição Federal, Legislação Extravagante. 3 ed. São Paulo. Revista dos Tribunais, p o O consentimento será dispensado em relação à criança ou adolescente cujos pais sejam desconhecidos ou tenham sido destituídos do poder familiar. 2 o O consentimento previsto no caput é revogável até a publicação da sentença constitutiva da adoção. O novo dispositivo diminui a idade mínima do adotado para manifestar o seu consentimento para 12 anos, no regime anterior era de 14 anos. De acordo co o artigo 1622, ninguém poderá ser adotado por duas pessoas, salvo se forem marido e mulher, ou se viverem em união estável. Neste artigo foi acrescentado o parágrafo único que acrescenta a posição da adoção por companheiros ou daqueles que vivem em união estável. Parágrafo único. Os divorciados e os judicialmente separados poderão adotar conjuntamente, contanto que acordem sobre a guarda e o regime de visitas, e desde que o estágio de convivência tenha sido iniciado na constância da sociedade conjugal. No artigo 1623, a adoção obedecerá a processo judicial, observados os requisitos estabelecidos neste Código. Houve acréscimo na nova legislação, apenas, do parágrafo único, ao qual foi atribuída a seguinte redação. Parágrafo único, a adoção de maiores de dezoito anos dependerá, igualmente, da assistência efetiva do Poder Público e de sentença constitutiva.

35 No artigo 1624, Houve a substituição do pátrio poder por poder familiar, sendo ainda suprimida a palavra menor abandonado trazido na legislação de Assim, dispõe o artigo citado, em que não há necessidade do consentimento do representante legal do menor, se provado que se trata de infante exposto, ou de menor cujos pais sejam desconhecidos, estejam desaparecidos, ou tenham sido destituídos do poder familiar, sem nomeação de tutor; ou de órfão não reclamado por qualquer parente, por mais de um ano. De acordo com o artigo 1625, somente será admitida a adoção que constituir efetivo benefício para o adotando, sendo matida a mesma redação Já no artigo 1626 houve acréscimo do parágrafo único. Dipondo a seguinte redação o caput, a adoção atribui a situação de filho ao adotado, desligando-o de qualquer vínculo com os pais e parentes consangüíneos, salvo quanto aos impedimentos para o casamento. Parágrafo único, se um dos cônjuges ou companheiros adota o filho do outro, mantêm-se os vínculos de filiação entre o adotado e o cônjuge ou companheiro do adotante e os respectivos parentes. Com relação ao artigo 1627 permaneceu a mesma redação com relação a decisão que confere ao adotado o sobrenome do adotante, podendo determinar a modificação de seu prenome, se menor, a pedido do adotante ou do adotado. No artigo abaixo descrito houve a adequação ao dispositivo de moda a resguardar o princípio constitucional da plena igualdade entre filhos biológicos e adotados.

36 Dispõe o artigo 1628 que os efeitos da adoção começam a partir do trânsito em julgado da sentença, exceto se o adotante vier a falecer no curso do procedimento, caso em que terá força retroativa à data do óbito. As relações de parentesco se estabelecem não só entre o adotante e o adotado, como também entre aquele e os descendentes deste e entre o adotado e todos os parentes do adotante. Não houve alteração na redação do artigo 1629, apenas, tal dispositivo tem o objetivo de ajustar o Novo Código Civil à lei superveniente, ou seja, Estatuto da Criança e do Adolescente. Dispondo o referido artigo a seguinte redação, a adoção por estrangeiro obedecerá aos casos e condições que forem estabelecidos em lei. Assim, pode-se concluir que na falta de norma reguladora para o instituto da adoção desde que não conflite com o Código Civil deverá ser aplicado analogicamente o Estatuto da Criança e do Adolescente. Ainda constata-se, que o Código Civil vigente aplica-se em regra quando o adotado é maior de 18 anos, passando o instituto da adoção a ser irrestrito, trazendo importantes reflexos ao nosso ordenamento jurídico pátrio no que diz respeito aos direitos da personalidade e nos direitos sucessórios. Enquanto o antigo Código Civil Brasileiro de 1916 adotava o sistema da manifestação de vontade. Atualmente o Código Civil vigente e o Estatuto da Criança adotam o sistema da sentença judicial, sendo que, o Estatuto da Criança e do Adolescente trata da adoção para os menores de 18 anos, o que não exime que a adoção de menor de 18 anos seja feita pelo Código Civil. 58

37 De acordo com a legislação civil, podemos conceituar a adoção como o ato de filiação jurídica, que pressupõe de afetividade e não de relação biológica, passando o adotado a ser tratado como se fosse filho natural, constituído em benefício do adotando, 58 DINIZ, Maria Helena.São Paulo: Saraiva, p irretratável e perpétuo depois de consumado, que cria laços de paternidade e filiação, com todos os direitos e obrigações daí decorrentes, entre pessoas para as quais tal relação inexistia naturalmente. De forma simples podemos definir a adoção como modalidade de filiação civil, que busca imitar a filiação natural, dependente da vontade de adotante e adotado e por via de sentença judicial. Assim, torna-se inafastável a utilidade do instituto da adoção em relação ao menor carente ou em estado de abandono, pois, é de interesse do Estado a inserção desse menor em um ambiente familiar. Fica claro que o instituto da adoção é de caráter humanitário, que tem por um lado o escopo de proporcionar àqueles que a quem a natureza negou, filhos e, por outro lado constitui a finalidade assistencial de melhorar a condição moral e material do futuro adotado. Mas ainda muito há de se defender em prol do instituto da adoção no Brasil, não só como forma de projeto de cidadania, mas também como forma de vida digna a aqueles que não tem um lar, principalmente ao que refere aos direitos de adoção internacional e ainda ao direito de adoção por casais homossexuais. 2.2 REQUISITOS DA ADOÇÃO

38 2.2.1 Requisitos Formais São alguns requisitos formais para a adoção no Código Civil vigente: 59 efetivação por pessoa maior de 18 anos, independente do estado civil, ou por casal, ligados por matrimônio ou por união estável (artigo 1618); 59 VENOSA.Silvio de Salvo. Direito Civil. São Paulo: Atlas p.349 efetivação por pessoa maior de 18 anos, independente do estado civil, ou por casal, ligados por matrimônio ou por união estável (artigo 1618); diferença mínima de idade entre o adotante e o adotado (artigo 1619); consentimento do adotado, de seus pais ou de seu representante (artigos 1621, 1º e 1624); intervenção judicial na sua criação, pois somente se aperfeiçoa perante o juiz, através de processo judicial, com a intervenção do Ministério Público (artigo 1623, parágrafo único); irrevogabilidade (artigo 1626, caput); estágio de convivência (1622, parágrafo único, 1ªparte); comprovação de estabilidade familiar (artigo 1618, parágrafo único, in fine) 2.3 PROCEDIMENTOS DA ADOÇÃO A adoção se dá através de um processo judicial perante o juiz com competência na área da infância e juventude, que irá conhecer dos pedidos da adoção e os seus incidentes, entre os quais a destituição do pátrio poder e guarda para fins da adoção.

39 Vislumbram-se duas hipóteses em que se adota: ou a família já convive com a criança ou adolescente que pretende adotar, ou a família está a procura de uma criança para que venha a adotar. Na primeira hipótese, devem os interessados ajuizar o pedido de adoção através de advogado ou defensor público, que formulará o pedido diretamente em cartório através de petição assinada pelos requerentes, quando os pais forem falecidos, tiverem sido destituídos do pátrio poder ou houverem aderido expressamente ao pedido, os pais biológicos, quando conhecidos são citados para, querendo, contestarem o pedido, julgando o juiz ao final de acordo com o interesse superior da criança e do adolescente. Na segunda hipótese, os interessados devem requerer sua inscrição no cadastro do juízo de pessoas interessadas em adotar. A partir daí instaura-se um procedimento no qual serão ouvidos pela equipe técnica do juízo (assistentes sociais e/ou psicólogos) e, antes da decisão que deferir a inscrição, o Ministério Público assistirá ao pedido de adoção, conforme previsto no artigo 227, 5º, da Constituição Federal e, emitirá parecer. Em seguida, serão incluídos em grupos de habilitação para adoção, cujas vagas serão preenchidas de acordo com a ordem de ajuizamento do pedido de habilitação, respeitados os critérios estabelecidos. Os grupos de habilitação para adoção possuem duração prevista de 60 dias e visam auxiliar os interessados em adotar. Habilitados e inscritos no cadastro, os interessados recebem um certificado com validade de 2 anos. São necessários os seguintes documentos: 60 certidão de casamento; atestado de residência;

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