PORTARIA Nº 541/ CONSIDERAÇÕES E ANÁLISE COMPARATIVA
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- Lavínia Garrau Canela
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1 PORTARIA Nº 541/ CONSIDERAÇÕES E ANÁLISE COMPARATIVA INTRODUÇÃO Em 19 de dezembro de 2014, foi publicada no DOU a Portaria nº 541, expedida pelo Diretor-Geral do Departamento Nacional de Produção Mineral-DNPM que alterou dispositivos de portarias que regulamentavam aspectos significativos do processo administrativo minerário tais como (i) prorrogação de alvarás de pesquisa; (ii) anuência prévia; (iii) Guia de Utilização; (iv) disponibilidade de áreas; (v) requerimento de lavra; (vi) mudança de regime; e (vii) outorga de procurações para representação perante o DNPM. A Autarquia publicou retificações postergando a data da entrada em vigor desta portaria, inicialmente fixada para 02 de fevereiro de 2015, alterada para 01 de junho de 2015 (Redação do artigo 1º da Portaria DNPM nº 87, de 26 de fevereiro de 2015). Em 30 de abril de 2015, foi publicada a Portaria nº 201 responsável por modificar dispositivos na redação da Portaria nº 541, concernentes à Guia de Utilização e procedimento no requerimento de Regime de Licenciamento e Permissão de Lavra Garimpeira - PLG. Sobre as Guias de Utilização, a referida Portaria nº 201, alterou as inovações trazidas pela Portaria nº 541 (que modificou a Portaria nº 144 de 2007) que sequer chegaram a entrar em vigor, de forma a flexibilizar este instituto, cuja sistemática seria significativamente afetada caso a Portaria nº 541 fosse mantida como originalmente publicada. Entendemos que o novo texto, muito mais harmônico com a dinâmica da indústria mineral e com a realidade do DNPM, não só reestabeleceu os pilares da Portaria nº 144 como foi além já que se prestou a esclarecer alguns pontos que não eram expressos, em especial no que diz respeito ao pedido de novas Guias de Utilização e aos efeitos do silêncio administrativo quando o DNPM não se manifestar quanto à requerimento de nova Guia. Infelizmente,
2 manteve a supressão introduzida pela Portaria nº 541 que eliminou a possibilidade de expedição de Guia de Utilização para o custeio dos trabalhos de pesquisa. A seguir destacamos as alterações ordenadas por relevância prática: 1) Sobre a continuidade dos trabalhos quando da emissão de novas Guia de Utilização e da extensão do período de silencio administrativo de 60 dias (alteração da Portaria nº 541) para 1 ano. Assim, como consequência, requerendo o titular de Guia de Utilização vigente, a expedição de nova Guia no prazo de 60 dias antes do vencimento do titulo vigente e diante do silêncio do DNPM, os trabalhos de lavra poderão, na forma da nova Portaria nº 201, continuar por 12 meses, ao contrário dos 2 meses previstos na Portaria n º 541. Da mesma forma, eliminou a previsão de guardar proporcionalidade com a produção mensal referida na alterada Portaria nº 541. Abre a possibilidade assim de, diante do silencio do DNPM, ocorrerem prorrogações sucessivas, amparadas em pedidos de novas Guias de Utilização, tempestivamente formulados. 2) Delegou ao Diretor-Geral do DNPM quais as políticas públicas serão observadas para a comercialização de substancias minerais explotadas pela GU. 3) Determinou exigência de parecer conclusivo de vistoria para prorrogação de GU em áreas cujo relatório final de pesquisa estiver sobrestado. 4) Fixa uma única data, 15 de março de cada ano, para apresentação do Relatório Anual de Lavra, para operações que utilizem GU. 5) Excepciona o Regime de Licenciamento e o PLG quando do arquivamento em caso de mudança de regime. 6) Acrescentou o artigo 45-A, não exigindo recomposição ambiental quando a mudança de regime extinguir a GU.
3 7) Revogou o anexo III da Portaria nº 144 que estabelecia o modelo do RAE, assim como o parágrafo único do artigo 21 (que tratava da admissão de requerimento de mudança de regime apresentado pelo cessionário) e do artigo 28 (que tratava do englobamento de áreas contíguas com vistas à outorga de um só alvará de pesquisa) da Portaria nº 541. Visando facilitar a compreensão e favorecer a integração com as normas modificadas, elaboramos a tabela comparativa que segue: COMO ERA EM 2007 COM A PORTARIA 541/2014 COMO FICOU COM A 201/2015 Portaria nº 144, de 03 de maio de 2007 Guia de Utilização Parágrafo único. Para Parágrafo único. Para efeito de efeito de emissão da GU emissão da GU serão serão consideradas consideradas como excepcionais como excepcionais as as seguintes situações: seguintes situações: Art. 2º, III a comercialização de substâncias minerais face à necessidade de fornecimento continuado da substância visando garantia de mercado, bem como para custear a pesquisa. Art. 2º, III a comercialização de substâncias minerais, a critério do DNPM, de acordo com as políticas públicas, antes da outorga de concessão de lavra. 1º Para efeito de emissão da GU serão consideradas como excepcionais as seguintes situações: I - aferição da viabilidade técnicoeconômica da lavra de substâncias minerais no mercado nacional e/ou internacional? II - a extração de substâncias minerais para análise e ensaios industriais antes da outorga da concessão de lavra? e III - a comercialização de substâncias minerais, a critério do DNPM, de acordo com as políticas públicas, antes da outorga de concessão de lavra. Art. 12. Vencido o prazo da autorização de pesquisa, a primeira GU somente será emitida se o titular de pesquisa tiver apresentado, no prazo próprio, o pedido de prorrogação do correspondente alvará acompanhado do relatório parcial dos trabalhos de pesquisa realizados. Art. 12. Vencido o prazo da autorização de pesquisa a emissão da GU ficará condicionada ao deferimento de eventual pedido de prorrogação do prazo do alvará de pesquisa ou à aprovação do relatório final de pesquisa, conforme o caso. 1º O indeferimento do pedido de prorrogação do prazo do alvará de pesquisa ou a não aprovação do relatório final de pesquisa acarretará o cancelamento 2º O Diretor-Geral do DNPM indicará quais as políticas públicas a serem observadas quando da análise do pedido de GU para efeito do disposto no inciso III do 1º deste artigo. Art. 12. Vencido o prazo da autorização de pesquisa a emissão da GU ficará condicionada ao deferimento de eventual pedido de prorrogação do prazo do alvará de pesquisa ou à aprovação do relatório final de pesquisa, conforme o caso. 1º O indeferimento do pedido de prorrogação do prazo do alvará de pesquisa ou a não aprovação do relatório final de pesquisa acarretará o cancelamento imediato da guia de
4 1º Enquanto o DNPM não se manifestar sobre eventual pedido de prorrogação de alvará de pesquisa, a GU será emitida com o mesmo prazo de vigência da licença ambiental. 2º O indeferimento do pedido de prorrogação do alvará acarretará o cancelamento imediato da GU eventualmente emitida. imediato da guia de utilização eventualmente emitida anteriormente. 2º Na hipótese de relatório final de pesquisa apresentado com requerimento de sobrestamento da decisão somente será emitida GU após a realização de vistoria na área, com parecer conclusivo, e desde que destinada exclusivamente para o fim previsto no inciso II do art. 2º, ficando vedada a comercialização da substancia mineral autorizada. utilização eventualmente emitida anteriormente. 2º Na hipótese de relatório final de pesquisa cuja decisão tenha sido sobrestada nos termos do art. 30, IV, do Código de Mineração somente será emitida GU após a realização de vistoria na área, com parecer conclusivo, e desde que destinada exclusivamente para o fim previsto nos incisos I e II do art. 2º. X - apresentar ao DNPM, até o dia 15 de março de cada ano, relatório das atividades de extração (RAE) realizadas no ano anterior, por meio eletrônico conforme modelo disponibilizado no sítio do DNPM na internet, exceto quando extinto o direito minerário conforme disposto no art. 16, hipótese em que o RAE deverá ser apresentado no prazo de 30 (trinta) dias contado da extinção do direito, informando as atividades de extração desenvolvidas até aquela data. (Redação dada pelo art. 12 da Portaria DNPM nº 564, de 19/12/2008) Art. 21. Parágrafo único. Até que o DNPM decida sobre o requerimento de nova GU apresentado na forma do caput deste artigo, fica assegurada a continuidade dos trabalhos de extração nas condições fixadas na GU já emitida. Não ensejou alterações. X - apresentar ao DNPM, até o dia 15 de março de cada ano, relatório anual de lavra - RAL na forma da Portaria nº 11, de 13 de janeiro de Art. 21. Parágrafo único. Na ausência de decisão sobre o requerimento de nova GU apresentado na forma do caput deste artigo fica assegurada a continuidade dos trabalhos de extração, desde que vigente a respectiva licença ambiental, nas condições fixadas na GU já emitida até o prazo de 60 (sessenta) dias contados do seu vencimento, guardada a proporcionalidade da produção mensal, quando a guia de utilização perderá a validade e os 1º Na ausência de decisão sobre o requerimento de nova GU apresentado na forma do caput deste artigo, fica assegurada a continuidade dos trabalhos de extração nas condições fixadas na GU já emitida até o prazo de 1 (um) ano, contado do seu vencimento. 2º Antes do término do prazo a que se refere o parágrafo anterior, e observado o prazo fixado no caput, o requerente, se houver interesse, deverá apresentar novo pedido de GU ao DNPM instruído
5 Art. 22. Durante o período compreendido entre a apresentação do relatório final de pesquisa e a outorga da concessão de lavra, a GU poderá ser emitida pelo mesmo prazo de vigência da licença ambiental e sem vistoria imediata da área. 1º A emissão da GU dependerá da apresentação tempestiva do relatório final de pesquisa e do requerimento de lavra, conforme o caso. 2º Ato que negar aprovação ao relatório final de pesquisa, reconhecer a caducidade do direito de requerer a lavra ou indeferir o requerimento de lavra, conforme o caso, deverá também efetuar o cancelamento da GU. trabalhos de lavra deverão ser suspensos. Art. 22. Durante o período compreendido entre a aprovação do relatório final de pesquisa e a outorga da concessão de lavra, a GU poderá ser emitida pelo mesmo prazo de vigência da licença ambiental e sem vistoria imediata da área. Parágrafo único. A decisão que negar aprovação ao relatório final de pesquisa, reconhecer a caducidade do direito de requerer a lavra ou indeferir o requerimento de lavra, conforme o caso, ensejará o cancelamento imediato de eventual GU anteriormente emitida, sem a necessidade de manifestação expressa da autoridade competente. com os documentos elencados no art. 20. Art. 22. Durante o período compreendido entre a aprovação do relatório final de pesquisa e a outorga da concessão de lavra, a GU poderá ser emitida pelo mesmo prazo de vigência da licença ambiental e sem vistoria imediata da área. Parágrafo único. A decisão que negar aprovação ao relatório final de pesquisa, reconhecer a caducidade do direito de requerer a lavra ou indeferir o requerimento de lavra, conforme o caso, ensejará o cancelamento imediato de eventual GU anteriormente emitida, sem a necessidade de manifestação expressa da autoridade competente. 3º Na hipótese do relatório final de pesquisa apresentado com requerimento de sobrestamento da decisão, somente será emitida GU após a realização de vistoria na área, com parecer conclusivo e desde que destinada exclusivamente para o fim previsto no inciso II do artigo 2º desta Portaria, ficando vedada a comercialização da substancia mineral autorizada. Portaria nº 541, de 18 de dezembro de 2014 Altera a Guia de Utilização Art. 35. Deferido o pedido de 1º A publicação do título objetivado mudança de regime será implicará no arquivamento do processo originário depois de
6 outorgado o título objetivado pelo requerente. 1º A publicação do título objetivado implicará no arquivamento do processo originário depois de concluídos eventuais procedimentos relativos a infrações administrativas e cobrança de créditos do DNPM. 2º Na hipótese de redução da área quando do pedido de mudança de regime, o arquivamento do processo originário será efetuado somente depois de concluído o procedimento de disponibilidade da área descartada. Art. 45. A nova redação dada ao parágrafo único do art. 21 da Portaria nº 144, de 2007, aplicarse-á aos pedidos de prorrogação protocolizados a partir da data de vigência desta Portaria. concluídos eventuais procedimentos relativos a infrações administrativas e cobrança de créditos do DNPM, exceto na mudança do regime de licenciamento e de permissão de lavra garimpeira para os regimes de autorização e concessão, hipótese em que o título originário continuará em vigor até a outorga da portaria de lavra. Art. 45. Os do art. 21 da Portaria nº 144, de 2007, na sua nova redação, aplicar-se-ão somente aos pedidos de nova GU protocolizados a partir da data de vigência desta Portaria." Art. 2º Fica acrescido à Portaria nº 541, de 2014, o art. 45-A, com a seguinte redação: Art. 21. A mudança de regime deverá ser requerida mediante formulário padronizado de prérequerimento eletrônico para o regime objetivado a ser preenchido no sítio do DNPM na internet, impresso e protocolizado na Superintendência de origem do respectivo processo minerário. "Art. 45-A. Serão analisados com vistas ao eventual deferimento os requerimentos de mudança de regime na fase de requerimento de lavra, no regime de concessão, protocolizados até o início de vigência desta Portaria, não se lhes aplicando o disposto no art. 18. Art. 3º Ficam revogados o Anexo III da Portaria nº 144, de 2007, o parágrafo único do art. 21 e o art. 28 da Portaria nº 541, de Parágrafo único. Será admitido requerimento de mudança de regime apresentado pelo cessionário concomitante a requerimento de anuência e
7 averbação de cessão de direitos minerários, hipótese em que o requerimento do título no regime objetivado deverá ser apresentado em nome do cessionário. Art. 28. Observados os limites de área estabelecidos na Portaria nº 392, de 21 de dezembro de 2004, o requerente poderá englobar duas ou mais áreas contíguas, com vistas à outorga de apenas um alvará de pesquisa, ou ampliar a área vinculada aos regimes de licenciamento ou PLG, desde que esteja livre, quando do requerimento de mudança para o regime de autorização.
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