Concurso de Crimes (continuação)

Tamanho: px
Começar a partir da página:

Download "Concurso de Crimes (continuação)"

Transcrição

1 LEGALE

2 Concurso de Crimes (continuação)

3 Concurso de Crimes Crime Continuado Crime continuado (concurso específico) art. 71 do CP

4 Concurso de Crimes Crime Continuado Crime continuado (concurso específico) art. 71 do CP São crimes autônomos, praticados em contextos diferentes, mas que se ligam por serem muito semelhantes (um crime é continuação do outro)

5 Concurso de Crimes Crime Continuado Para caracterizar o crime continuado são necessários 4 requisitos (cumulativos):

6 Concurso de Crimes Crime Continuado Crimes da mesma espécie

7 Concurso de Crimes Crime Continuado Crimes da mesma espécie tempo de uma atitude e outra não superior a um mês (para a jurisprudência majoritária)

8 Concurso de Crimes Crime Continuado Crimes da mesma espécie tempo de uma atitude e outra não superior a um mês (para a jurisprudência majoritária) que os crimes sejam praticados na mesma região geográfica e

9 Concurso de Crimes Crime Continuado Crimes da mesma espécie tempo de uma atitude e outra não superior a um mês (para a jurisprudência majoritária) que os crimes sejam praticados na mesma região geográfica e que os crimes sejam praticados sempre da mesma forma (mesmo modus operandi)

10 Concurso de Crimes Crime Continuado A pena pelo crime continuado, em regra, é aplicada da seguinte forma:

11 Concurso de Crimes Crime Continuado A pena pelo crime continuado, em regra, é aplicada da seguinte forma: pega-se a pena do crime mais grave e aumenta-se de 1/6 até 2/3.

12 Concurso de Crimes Crime Continuado A pena pelo crime continuado, em regra, é aplicada da seguinte forma: pega-se a pena do crime mais grave e aumenta-se de 1/6 até 2/3. se o crime tiver violência ou grave ameaça deverá ser aplicada a pena do crime mais grave aumentada o triplo.

13 Concurso de Crimes ATENÇÃO As penas de multa (não interessa o concurso) deverão ser sempre somadas.

14 Concurso de Crimes ATENÇÃO As penas de multa (não interessa o concurso) deverão ser sempre somadas. Se a soma das penas for melhor do que a utilização das regras do concurso formal perfeito e do crime continuado as penas deverão ser somadas (concurso material benéfico)

15 Concurso de Crimes ANÁLISE DE JURISPRUDÊNCIA Caso do desastre do avião da Gol (x Jato Legacy)

16 Superior Tribunal de Justiça. RECURSO ESPECIAL Nº MT (2013/ ). RELATORA : MINISTRA LAURITA VAZ RECORRENTE : JAN PAUL PALADINO RECORRENTE : JOSEPH LEPORE EMENTA - RECURSO ESPECIAL DO MPF E DA DEFESA. PENAL E PROCESSUAL PENAL. ATENTADO CONTRA A SEGURANÇA DE TRANSPORTE AÉREO. ALEGADA VIOLAÇÃO A ARTIGOS DA LEI FEDERAL.CRITÉRIO DE APRECIAÇÃO E VALORAÇÃO DA PROVA. REVISÃO. IMPOSSIBILIDADE. SÚMULA N.º 07 DO STJ. MAJORAÇÃO DA (segue)

17 PENA-BASE. FUNDAMENTAÇÃO EM ELEMENTOS CONCRETOS E IDÔNEOS. AUSÊNCIA DE ILEGALIDADE. SUBSTITUIÇÃO DA PENA PRIVATIVA DE LIBERDADE POR RESTRITIVAS DE DIREITOS. IMPOSSIBILIDADE. PRESENÇA DE CIRCUNSTÂNCIAS JUDICIAIS DESFAVORÁVEIS. INTELIGÊNCIA DO ART. 44, INCISO III, DO CP. INCIDÊNCIA DE CAUSA DE AUMENTO DO 4.º DO ART. 121 DO CP. EXISTÊNCIA DE CIRCUNSTÂNCIA DISTINTA DA JÁ CONSIDERADA PARA CONFIGURAÇÃO DO TIPO CULPOSO. AUSÊNCIA DE BIS IN IDEM. RECURSOS ESPECIAIS DESPROVIDOS. (segue)

18 1. O caso dos autos é reconhecidamente um dos maiores e trágicos acidentes aéreos ocorrido no país. Em 29 de setembro de 2006, 154 pessoas perderam suas vidas quando o avião Boeing/ , da companhia Gol Transportes Aéreos S/A, colidiu em voo, sob o céu do Estado de Mato Grosso, com o jato Embraer/Legacy 600, prefixo N600XL. As duas aeronaves mantinham a mesma altitude ( pés), e voavam em sentidos opostos, em pleno espaço aéreo controlado pelo ACC- BS (Centro de Controle de Área de Brasília), sediado no CINDACTA-I (segue)

19 (Primeiro Centro Integrado de Defesa Aérea e Controle de Tráfego Aéreo), nesta Capital. O processo foi cindido em relação aos controladores de voo envolvidos no episódio. 2. Os pilotos foram condenados por concorrerem para o acidente, em apertada síntese, porque, por imperícia, desligaram o transponder, que assim permaneceu por cerca de 1 hora (e só foi religado momentos depois da colisão), e, por negligência, deixaram de manter constante observação dos instrumentos, sobretudo o funcionamento do TCAS Traffic Collision Avoidance (segue)

20 System (sistema anticolisão de tráfego). 3. O acórdão recorrido se valeu do desvalor da culpabilidade e das circunstâncias do crime, retirando do cálculo da pena-base a aferição das consequências. Quanto a estas, o votocondutor do julgado fez constar que "as consequências, muito embora gravíssimas, com a morte das 154 pessoas que se encontravam a bordo do voo 1907 da empresa GOL, não serão consideradas para fixação da pena-base além do mínimo, porque já integram a qualificadora [rectius, causa de aumento] do delito." 4. O desvalor(segue)

21 da culpabilidade está assentado, essencialmente, no exagerado tempo de duração da conduta imperita e negligente, ambas com elevado grau de reprovabilidade por se tratar de inobservância de procedimentos elementares na aviação. 5. Ao tratar das circunstâncias do crime, o acórdão recorrido pôs em destaque o elevado disparate entre o alto grau de preparação dos pilotos, bastante experientes, um deles, aliás, instrutor de voo, e a conduta imperita e negligente. Enfatizou o acórdão que "diante de sua comprovada capacidade profissional, (segue)

22 é inaceitável que tivesse comportamento diametralmente oposto na ocasião do acidente, tal como um amador. Mais grave ainda, não estava sozinho. Errou em dupla. Expôs o espaço aéreo a sua volta a um perigo desnecessário, causando a queda do voo 1907 da empresa GOL". 6. Não se constata desproporcionalidade flagrante que autorize a ingerência do Superior Tribunal de Justiça na individualização da pena estabelecida pela Corte Regional. Com efeito, a partir da pena abstratamente cominada para o crime (de 1 a 3 anos), a pena-base foi fixada em 1 (um) (segue)

23 ano e 9 (nove) meses, ou seja, em patamar praticamente intermediário, em razão do desvalor de duas entre oito circunstâncias judiciais. Nada desarrazoado, considerando o estreito limite da cominação legal para o delito em questão 7. Também não prospera a insurgência ministerial no sentido de valorar na primeira fase da dosimetria da pena as consequências do delito. De fato, o resultado morte figura no crime em tela como causa de aumento e, portanto, deve ser considerado na terceira fase da dosimetria da pena, em estrita observância do sistema trifásico (segue)

24 consagrado no art. 68 do Código Penal, sendo vedada a dupla valoração. 8. A alegação da Defesa de que houve má apreciação das provas revela, indisfarçavelmente, a pretensão de rediscutir o acervo probatório carreado aos autos, de modo a reformar a conclusão a que chegaram as instâncias ordinárias, o que, como é sabido, não se coaduna com a via eleita, a teor do verbete sumular n.º 07 desta Corte. 9. Não se sustenta a alegação de falta de fundamentação na elevação da pena-base, uma vez que o acórdão recorrido bem considerou em desfavor dos (segue)

25 Recorrentes a culpabilidade e as circunstâncias do crime, com elementos concretos e idôneos a ensejar o aumento implementado, de forma fundamentada, notadamente a condição pessoal de expertise dos pilotos e o alto grau de reprovabilidade de suas condutas displicentes, as quais acarretaram um dos maiores acidentes aéreos do país. 10. E, em razão justamente das circunstâncias judiciais desfavoráveis, a Corte Regional denegou a substituição da pena privativa de liberdade por restritiva de direitos, o que fez dentro da mais absoluta legalidade, a teor do art. 44, (segue)

26 inciso III, do Código Penal. 11. Não há o alegado bis in idem pelo aumento implementado com base no 4.º do art. 121 do Código Penal, uma vez que se constata circunstâncias distintas, uma para configurar a majorante, outra para o reconhecimento do próprio tipo culposo. 12. No caso, a principal conduta culposa dos pilotos resume-se a não promoverem o devido monitoramento dos instrumentos de bordo da aeronave. O desligamento do transponder, por sua vez, em pleno voo por instrumento em espaço aéreo controlado, submetido a rígidas (segue)

27 regras da aviação, surge como uma circunstância que, de fato, agrava a conduta culposa, merecendo, pois, maior reprovabilidade, passível de enquadramento justo na causa de aumento do 4.º do art. 121 do Código Penal. Não só foram negligentes (conduta negativa, ausência de ação), mas também imperitos no manuseio do transponder, equipamento de altíssima relevância para o voo proposto, que, se não tivesse sido desligado, teria indicado, com acuidade, a altitude e direção da aeronave tanto para o ACC-BS como para (segue)

28 a outra aeronave que se aproximava. Se o transponder estivesse ligado, poderia ter ensejado uma reação do controlador de voo do setor (a tela radar mostraria em evidência os aviões em rumo de colisão), ou dos pilotos da outra aeronave acidentada ou dos próprios pilotos do legacy, já que o TCAS poderia ter indicado a colisão iminente, sugerindo manobras evasivas. 13. Recursos especiais desprovidos. Brasília (DF), 07 de agosto de 2014 (Data do Julgamento) MINISTRA LAURITA VAZ Relatora.

29 Efeitos da Condenação

30 Efeitos da Condenação São efeitos da condenação:

31 Efeitos da Condenação - tornar certa a obrigação de indenizar o dano causado pelo crime

32 Efeitos da Condenação - a perda em favor da União, ressalvado o direito do lesado ou de terceiro de boa-fé:

33 Efeitos da Condenação - a perda em favor da União, ressalvado o direito do lesado ou de terceiro de boa-fé: a) dos instrumentos do crime, desde que consistam em coisas cujo fabrico, alienação, uso, porte ou detenção constitua fato ilícito;

34 Efeitos da Condenação - a perda em favor da União, ressalvado o direito do lesado ou de terceiro de boa-fé: a) dos instrumentos do crime, desde que consistam em coisas cujo fabrico, alienação, uso, porte ou detenção constitua fato ilícito; b) do produto do crime ou de qualquer bem ou valor que constitua proveito auferido pelo agente com a prática do fato criminoso.

35 Efeitos da Condenação - a perda de cargo, função pública ou mandato eletivo (que devem ser declarados em sentença):

36 Efeitos da Condenação - a perda de cargo, função pública ou mandato eletivo (que devem ser declarados em sentença): a) quando aplicada pena privativa de liberdade por tempo igual ou superior a um ano, nos crimes praticados com abuso de poder ou violação de dever para com a Administração Pública;

37 Efeitos da Condenação - a perda de cargo, função pública ou mandato eletivo (que devem ser declarados em sentença): a) quando aplicada pena privativa de liberdade por tempo igual ou superior a um ano, nos crimes praticados com abuso de poder ou violação de dever para com a Administração Pública; b) quando for aplicada pena privativa de liberdade por tempo superior a 4 (quatro) anos nos demais casos.

38 Efeitos da Condenação - a incapacidade para o exercício do pátrio poder (atual poder familiar), tutela ou curatela, nos crimes dolosos, sujeitos à pena de reclusão, cometidos contra filho, tutelado ou curatelado

39 Efeitos da Condenação - a inabilitação para dirigir veículo, quando utilizado como meio para a prática de crime doloso fim

40 Reabilitação

41 Reabilitação A reabilitação visa apagar os antecedentes do réu em sua folha de antecedentes

42 Reabilitação A reabilitação poderá ser requerida, decorridos 2 (dois) anos do dia em que for extinta, de qualquer modo, a pena ou terminar sua execução, desde que o condenado:

43 Reabilitação - tenha tido domicílio no País no prazo acima referido;

44 Reabilitação - tenha tido domicílio no País no prazo acima referido; - tenha dado, durante esse tempo, demonstração efetiva e constante de bom comportamento público e privado;

45 Reabilitação - tenha ressarcido o dano causado pelo crime ou demonstre a absoluta impossibilidade de o fazer, até o dia do pedido, ou exiba documento que comprove a renúncia da vítima ou novação da dívida

46 Reabilitação Se a reabilitação for negada, poderá ser requerida, a qualquer tempo, com novos elementos probatórios

47 Reabilitação A reabilitação será revogada, de ofício ou a requerimento do Ministério Público, se o reabilitado for condenado, como reincidente, por decisão definitiva (salvo no caso de pena de multa) fim

48 Extinção da Punibilidade

49 Extinção da punibilidade É a extinção da capacidade de punir pertencente ao Estado.

50 Extinção da punibilidade Como se sabe, a ação pode ser pública ou privada, mas quem pune o agente é o Estado, único detentor do jus puniendi.

51 Extinção da punibilidade Ocorre que às vezes o Estado perde o direito de punir, independente da existência ou não do crime. É o caso da EXTINÇÃO DA PUNIBILIDADE.

52 Extinção da punibilidade As causas de extinção da punibilidade estão previstas o art. 107 do Código Penal em rol meramente exemplificativo

53 Extinção da punibilidade As causas de extinção da punibilidade estão previstas o art. 107 do Código Penal em rol meramente exemplificativo (existem outras causas de extinção da punibilidade na lei e na jurisprudência)

54 Extinção da punibilidade São causas do artigo 107 do CP:

55 Extinção da punibilidade I Morte do agente

56 Extinção da punibilidade Morte do agente - Se o agente morrer não poderá ser punido e nem os seus herdeiros, pois a pena é intransmissível, sendo o processo penal intranscendente

57 Extinção da punibilidade II Anistia, Graça ou Indulto

58 Extinção da punibilidade anistia A anistia é uma lei votada no Congresso Nacional e sancionada pelo Presidente da República. Promove o esquecimento oficial acerca de um fato.

59 Extinção da punibilidade anistia Entretanto, é bom lembrar que se o beneficiado cometer outro crime idêntico, não será beneficiado, pois a anistia se refere a fato determinado

60 Extinção da punibilidade anistia * A Lei /11 concede anistia aos policiais e bombeiros militares dos Estados de Alagoas, de Goiás, do Maranhão, de Minas Gerais, da Paraíba, do Piauí, do Rio de Janeiro, de Rondônia, de Sergipe, da Bahia, do Ceará, de Mato Grosso, de Pernambuco, do Rio Grande do Norte, de Roraima, de Santa Catarina e do Tocantins e do Distrito Federal punidos por participar de movimentos reivindicatórios.

61 Extinção da punibilidade graça e indulto A graça e o indulto são de atribuição do Presidente da República, através de um decreto presidencial.

62 Extinção da punibilidade graça e indulto A graça e o indulto são de atribuição do Presidente da República, através de um decreto presidencial. Porém, essa atribuição poderá ser delegada ao Ministro da Justiça, ao Procurador Geral da República ou ao Advogado Geral da União.

63 Extinção da punibilidade Graça A graça é individual Precisa ser requerida Indulto O indulto é coletivo Pode ser dado de ofício Pode ser parcial (caso em que não extingue a punibilidade)

64 Extinção da punibilidade Anistia, graça ou indulto Os crimes hediondos e os assemelhados são insuscetíveis de anistia, graça ou indulto

65 Extinção da punibilidade Anistia, graça ou indulto Decreto de Indulto 8940/2016:

66 Concede indulto natalino e dá outras providências. O PRESIDENTE DA REPÚBLICA, no exercício da competência privativa que lhe confere o art. 84, caput, inciso XII, da Constituição, tendo em vista a manifestação do Conselho Nacional de Política Criminal e Penitenciária e, considerando a tradição, por ocasião das festividades comemorativas do Natal, de conceder indulto às pessoas condenadas ou submetidas a medida de segurança, DECRETA:

67 Art. 1º O indulto será concedido às pessoas nacionais e estrangeiras condenadas a pena privativa de liberdade, não substituída por restritivas de direitos ou por multa, que tenham, até 25 de dezembro de 2016, cumprido as condições previstas neste Decreto. 1º Os requisitos para concessão de indulto serão diferenciados na hipótese de pessoas: I - gestantes; II - maiores de 70 anos de idade; (segue)

68 III - que tenham filho ou filha menor de doze anos ou com doença crônica grave ou com deficiência que necessite de seus cuidados diretos; IV - que estejam cumprindo pena no regime semiaberto ou aberto ou estejam em livramento condicional e tenham frequentado, ou estejam frequentando curso de ensino fundamental, médio, superior, profissionalizante ou de requalificação profissional, na forma do art. 126, caput, da Lei nº 7.210, de 11 de julho de 1984, ou exercido trabalho, no mínimo por (segue)

69 doze meses nos três anos contados retroativamente a 25 de dezembro de 2016; V - com paraplegia, tetraplegia ou cegueira, desde que tais condições não sejam anteriores à prática do delito e se comprovem por laudo médico oficial ou, na falta deste, por médico designado pelo juízo da execução; ou VI - acometidas de doença grave e permanente que apresentem grave limitação de atividade e restrição de participação ou exijam cuidados contínuos que não possam ser prestados no estabelecimento penal, desde que comprovada a hipótese por laudo médico oficial ou, (segue)

70 na falta deste, por médico designado pelo juízo da execução, constando o histórico da doença, caso não haja oposição da pessoa condenada. 2º A hipótese prevista no inciso III do 1º, não alcança as pessoas condenadas por crime praticado com violência ou grave ameaça contra o filho ou a filha ou por crimes de abuso sexual contra crianças, adolescentes ou pessoas com deficiência. Art. 2º As hipóteses de indulto concedidas por este Decreto não abrangem as penas impostas por crimes:

71 I - de tortura ou terrorismo; II - tipificados no caput e no 1º do art. 33, bem como nos arts. 34, 36 e 37 da Lei nº , de 23 de agosto de 2006, salvo a hipótese prevista no art. 4º deste Decreto; III - considerados hediondos ou a estes equiparados praticados após a publicação da Lei nº 8.072, de 25 de julho de 1990, observadas as suas alterações posteriores; IV - previstos no Código Penal Militar e correspondentes aos mencionados neste artigo; ou

72 V - tipificados nos arts. 240 e parágrafos, 241 e 241-A e 1º, da Lei nº 8.069, de 13 de julho de Art. 3º Nos crimes praticados sem grave ameaça ou violência à pessoa, o indulto será concedido quando a pena privativa de liberdade não for superior a doze anos, desde que, tenha sido cumprido: I - um quarto da pena, se não reincidentes, ou um terço, se reincidentes; ou II - um sexto da pena, se não reincidentes, ou um quarto, se reincidentes, nas hipóteses do 1º, do art. 1º. (segue)

73 Art. 4º No caso dos crimes previstos no caput e no 1º, combinados com o 4º, do art. 33 da Lei nº , de 2006, quando a condenação tiver reconhecido a primariedade do agente, seus bons antecedentes e a ausência de dedicação a atividades criminosas ou inexistência de participação em organização criminosa, o indulto somente será concedido nas hipóteses do 1º, do art. 1º deste Decreto e desde que tenha sido cumprido um quarto da pena. Art. 5º Nos crimes praticados com grave ameaça ou violência à pessoa, o indulto (segue)

74 será concedido, nas seguintes hipóteses: I - quando a pena privativa de liberdade não for superior a quatro anos, desde que, tenha cumprido: a) um terço da pena, se não reincidentes, ou metade, se reincidentes; b) um quarto da pena, se não reincidentes, ou um terço, se reincidentes, nas hipóteses do 1º, do art. 1º; II - quando a pena privativa de liberdade for superior a quatro e igual ou inferior a oito anos, desde que, tenha sido cumprido:

75 a) metade da pena, se não reincidentes, ou dois terços, se reincidentes; b) um terço da pena, se não reincidentes, e metade, se reincidentes, nas hipóteses do 1º, do art. 1º. Art. 6º O indulto será concedido às pessoas condenadas a pena privativa de liberdade que, no curso do cumprimento da sua pena, tenham sido vítimas de tortura, nos termos da Lei nº 9.455, de 7 de abril de 19997, praticada por agente público ou investido em função pública, com decisão transitada em julgado. (segue)

76 Art. 7º O indulto será concedido às pessoas submetidas a medida de segurança que, independentemente da cessação de periculosidade, tenham suportado privação da liberdade, internação ou tratamento ambulatorial por período igual ou superior ao máximo da pena cominada à infração penal correspondente à conduta praticada ou, nos casos da substituição prevista no art. 183 da Lei nº 7.210, de 1984, por período igual ao remanescente da condenação cominada, garantindo o tratamento psicossocial adequado, de acordo com a (segue)

77 Lei nº , de 6 de abril de Parágrafo único. A decisão que extinguir a medida de segurança com base no resultado da avaliação individualizada realizada por equipe multidisciplinar e, objetivando a reinserção psicossocial, determinará: I - o encaminhamento a centro de Atenção Psicossocial ou outro serviço na região de residência, previamente indicado pela Secretaria de Estado de Saúde, com a determinação para a busca ativa, se necessário, e com atendimento psicossocial à sua família caso de trate de medida apontada no (segue)

78 projeto terapêutico singular, quando houver indicação de tratamento ambulatorial; II - o acolhimento em serviço residencial terapêutico, nos moldes da Portaria nº 106/GM/MS, de 11 de fevereiro de 2000, do Ministério da Saúde, previamente indicado pela Secretaria de Saúde do Estado ou Município da última residência, quando não houve condições de acolhimento familiar ou moradia independente; III - o encaminhamento ao serviço de saúde em que receberá o tratamento psiquiátrico, indicado previamente pela Secretaria de (segue)

79 Estado da Saúde, com cópia do prontuário médico, e determinação de realização de projeto terapêutico singular para alta planejada e reabilitação psicossocial assistida, nos termos do art. 5º da Lei nº , de 2001, quando houver a indicação de internação hospitalar, por critérios médicos ou por ausência de processo de desinstitucionalização; e IV - ciência ao Ministério Público do local de residência do paciente para acompanhamento da inclusão do paciente em tratamento de saúde e para avaliação de sua situação civil. (segue)

80 Art. 8º O indulto de que trata este Decreto não se estende às penas acessórias previstas no Código Penal Militar e aos efeitos da condenação. Art. 9º A declaração do indulto prevista neste Decreto fica condicionada à ausência da prática de infração disciplinar de natureza grave, nos doze meses anteriores à publicação deste Decreto. Parágrafo único. Caso a infração disciplinar não tenha sido submetida à apreciação do juízo de execução, a declaração do indulto deverá ser postergada até a conclusão (segue)

81 da apuração, que deverá ocorrer em regime de urgência. Art. 10. A pena de multa aplicada, cumulativamente ou não, com a pena privativa de liberdade ou restritiva de direitos não é alcançada pelo indulto. Parágrafo único. O indulto será concedido independentemente do pagamento da pena pecuniária, que será objeto de execução fiscal após inscrição em dívida ativa do ente federado competente. Art. 11. As penas correspondentes a infrações diversas devem somar-se, para efeito (segue)

82 da declaração do indulto até 25 de dezembro de Parágrafo único. Na hipótese de haver concurso com infração descrita no art. 2º, não será declarado o indulto correspondente ao crime não impeditivo enquanto a pessoa condenada não cumprir integralmente a pena correspondente ao crime impeditivo dos benefícios. Art. 12. A declaração de indulto terá preferência sobre a decisão de qualquer outro incidente no curso da execução penal. (segue)

83 Art. 13. Este Decreto entra em vigor na data de sua publicação. Brasília, 22 de dezembro de 2016; 195º da Independência e 128º da República.

Concurso de Crimes. Quando se fala em concurso de crimes há de se entender que o agente cometeu mais de um crime

Concurso de Crimes. Quando se fala em concurso de crimes há de se entender que o agente cometeu mais de um crime LEGALE Concurso de Crimes Concurso de Crimes Quando se fala em concurso de crimes há de se entender que o agente cometeu mais de um crime Concurso de Crimes Quando se fala em concurso de crimes há de se

Leia mais

Reincidência EXEMPLO:

Reincidência EXEMPLO: LEGALE Reincidência Reincidência Verifica-se a reincidência quando o agente comete novo crime, depois de transitar em julgado a sentença que, no País ou no estrangeiro, o tenha condenado por crime anterior

Leia mais

Critério Trifásico de Aplicação da Pena. Súmulas sobre aplicação da pena:

Critério Trifásico de Aplicação da Pena. Súmulas sobre aplicação da pena: LEGALE Critério Trifásico de Aplicação da Pena Súmulas sobre aplicação da pena: Critério Trifásico de Aplicação da Pena Súmula 444 É vedada a utilização de inquéritos policiais e ações penais em curso

Leia mais

Extinção da Punibilidade

Extinção da Punibilidade LEGALE Extinção da Punibilidade É a extinção da capacidade de punir pertencente ao Estado. Como se sabe, a ação pode ser pública ou privada, mas quem pune o agente é o Estado, único detentor do jus puniendi.

Leia mais

Efeitos da Condenação

Efeitos da Condenação LEGALE Efeitos da Condenação Efeitos da Condenação São efeitos da condenação: Efeitos da Condenação - tornar certa a obrigação de indenizar o dano causado pelo crime Efeitos da Condenação - a perda em

Leia mais

Ponto 13 do plano de ensino. Efeitos da condenação: secundários; penais e extrapenais genéricos e específicos. Reabilitação. Reincidência.

Ponto 13 do plano de ensino. Efeitos da condenação: secundários; penais e extrapenais genéricos e específicos. Reabilitação. Reincidência. Ponto 13 do plano de ensino Efeitos da condenação: secundários; penais e extrapenais genéricos e específicos. Reabilitação. Reincidência. Efeitos da Condenação Art. 91/92 Condenação 1 Efeitos da Condenação

Leia mais

AZUL SEM ALTERAÇÃO DA REDAÇÃO. VERMELHO COM ALTERAÇÃO DA REDAÇÃO EM 2013 INDULTO 2013 DECRETO INDULTO 2014 DECRETO 8.830

AZUL SEM ALTERAÇÃO DA REDAÇÃO. VERMELHO COM ALTERAÇÃO DA REDAÇÃO EM 2013 INDULTO 2013 DECRETO INDULTO 2014 DECRETO 8.830 AZUL SEM ALTERAÇÃO DA REDAÇÃO. VERMELHO COM ALTERAÇÃO DA REDAÇÃO EM 2013 INDULTO 2013 DECRETO 8.172 INDULTO 2014 DECRETO 8.830 A PRESIDENTA DA REPÚBLICA, no exercício da competência privativa que lhe confere

Leia mais

Crimes Contra a Incolumidade Pública

Crimes Contra a Incolumidade Pública LEGALE Crimes Contra a Incolumidade Pública Crimes de Perigo Comum Incêndio Conduta típica: causar incêndio, expondo a perigo a vida, a integridade física ou o patrimônio de outrem. Núcleo do tipo: causar

Leia mais

Presidência da República. Casa Civil. Subchefia para Assuntos Jurídicos DECRETO Nº 7.046, DE 22 DE DEZEMBRO DE 2009.

Presidência da República. Casa Civil. Subchefia para Assuntos Jurídicos DECRETO Nº 7.046, DE 22 DE DEZEMBRO DE 2009. Presidência da República Casa Civil Subchefia para Assuntos Jurídicos DECRETO Nº 7.046, DE 22 DE DEZEMBRO DE 2009. Concede indulto natalino e comutação de penas, e dá outras providências. O PRESIDENTE

Leia mais

Direito Penal. Extinção da Punibilidade. Professor Fidel Ribeiro.

Direito Penal. Extinção da Punibilidade. Professor Fidel Ribeiro. Direito Penal Extinção da Punibilidade Professor Fidel Ribeiro www.acasadoconcurseiro.com.br Direito Penal EXTINÇÃO DA PUNIBILIDADE TÍTULO VIII Da Extinção da Punibilidade Causas extintivas Art. 123.

Leia mais

PRINCIPAIS PRAZOS NO CÓDIGO PENAL (Decreto-Lei nº 2.848, de )

PRINCIPAIS PRAZOS NO CÓDIGO PENAL (Decreto-Lei nº 2.848, de ) PRINCIPAIS PRAZOS NO CÓDIGO PENAL (Decreto-Lei nº 2.848, de 7-12-1940) Contagem Art. 10. O dia do começo inclui-se no cômputo do prazo. Contam-se os dias, os meses e os anos pelo calendário comum. Imposição

Leia mais

CURSO PROFESSOR ANDRESAN! CURSOS PARA CONCURSOS PROFESSORA SIMONE SCHROEDER

CURSO PROFESSOR ANDRESAN! CURSOS PARA CONCURSOS PROFESSORA SIMONE SCHROEDER CURSO PROFESSOR ANDRESAN! CURSOS PARA CONCURSOS PROFESSORA SIMONE SCHROEDER REGIME PENAL 1. Conforme entendimento do STF, a opinião do julgador sobre a gravidade em abstrato do crime não constitui motivação

Leia mais

Direito Penal. Suspensão Condicional da Pena. Professor Joerberth Nunes.

Direito Penal. Suspensão Condicional da Pena. Professor Joerberth Nunes. Direito Penal Suspensão Condicional da Pena Professor Joerberth Nunes www.acasadoconcurseiro.com.br Direito Penal SUSPENSÃO CONDICIONAL DA PENA CÓDIGO PENAL TÍTULO V DAS PENAS CAPÍTULO IV DA SUSPENSÃO

Leia mais

DIREITO PROCESSUAL PENAL MILITAR

DIREITO PROCESSUAL PENAL MILITAR DIREITO PROCESSUAL PENAL MILITAR Execução de Sentença e Incidentes de Execução Parte 4 Prof. Pablo Cruz DO INDULTO, DA COMUTAÇÃO DA PENA E DA ANISTIA Requerimento Art 643. O indulto e a comutação da pena

Leia mais

PROCESSO PENAL 1. PENA PRIVATIVA DE LIBERDADE. Reclusão e detenção está reservada para os crimes e a prisão simples para as contravenções.

PROCESSO PENAL 1. PENA PRIVATIVA DE LIBERDADE. Reclusão e detenção está reservada para os crimes e a prisão simples para as contravenções. 1 PROCESSO PENAL PROCESSO PENAL PONTO 1: Pena Privativa de Liberdade PONTO 2: Princípio da Individualização da Pena PONTO 3: Individualização Judicial São três: a) Reclusão b) Detenção c) Prisão Simples

Leia mais

Extinção da Punibilidade

Extinção da Punibilidade LEGALE Extinção da Punibilidade É a extinção da capacidade de punir pertencente ao Estado. Como se sabe, a ação pode ser pública ou privada, mas quem pune o agente é o Estado, único detentor do jus puniendi.

Leia mais

Material de Apoio Prof. Fernando Tadeu Marques Apontamentos de Direito Penal. Da suspensão condicional da pena - Sursis (arts.

Material de Apoio Prof. Fernando Tadeu Marques Apontamentos de Direito Penal. Da suspensão condicional da pena - Sursis (arts. Da suspensão condicional da pena - Sursis (arts. 77 ao 82, CP) Conceito A suspensão condicional da pena, também conhecida por sursis, pode ser conceituada como a suspensão parcial da execução da pena privativa

Leia mais

DIREITO PENAL MILITAR MILITAR RETA FINAL CFO PMMG JOÃO PAULO LADEIRA. Aulas 19 a 21

DIREITO PENAL MILITAR MILITAR RETA FINAL CFO PMMG JOÃO PAULO LADEIRA. Aulas 19 a 21 MILITAR RETA FINAL CFO PMMG JOÃO PAULO LADEIRA Aulas 19 a 21 EXTINÇÃO DA PUNIBILIDADE PUNIBILIDADE É Exclusiva do Estado? CAUSAS DE EXTINÇÃO DA PUNIBILIDADE Situações expressamente previstas em lei Rol

Leia mais

Livramento condicional

Livramento condicional Livramento condicional CONDICIONAL ART. 83 E SEGUINTES DO CP CONCEITO CARACTERÍSTICAS ANTECIPADA LIBERDADE CONDICIONAL PRECÁRIA NATUREZA JURÍDICA DIREITO SUBJETIVO DO APENADO - NÃO SE PODE NEGAR A LIBERDADE

Leia mais

Direito Penal. Teoria da Pena Parte VIII

Direito Penal. Teoria da Pena Parte VIII Direito Penal Teoria da Pena Parte VIII 1 - Conceito. - Etapa final da execução da pena privativa de liberdade que permite a desinstitucionalização, ou seja, o cumprimento fora do cárcere sob determinadas

Leia mais

DIREITO PENAL MILITAR

DIREITO PENAL MILITAR DIREITO PENAL MILITAR Extinção da Punibilidade Parte 1 Prof. Pablo Cruz A punibilidade é o quarto e último degrau de avaliação do fato punível. É o requisito final para que um agente que pratique um ato

Leia mais

Direito Penal. Livramento Condicional: Conceito e Consequências, Requisitos para a Concessão e Prorrogação do Período de Prova. Professor Adriano Kot

Direito Penal. Livramento Condicional: Conceito e Consequências, Requisitos para a Concessão e Prorrogação do Período de Prova. Professor Adriano Kot Direito Penal Livramento Condicional: Conceito e Consequências, Requisitos para a Concessão e Prorrogação do Período de Prova Professor Adriano Kot www.acasadoconcurseiro.com.br www.estudaquepassa.com.br

Leia mais

Direito Processual Penal

Direito Processual Penal Direito Processual Penal Decisões Interlocutórias - Sentença Professor Joerberth Nunes www.acasadoconcurseiro.com.br Direito Processual Penal DECISÕES INTERLOCUTÓRIAS SENTENÇA COMUNICAÇÃO DOS ATOS PROCESSUAIS

Leia mais

Professora Simone Schroeder Home Page:

Professora Simone Schroeder Home Page: LEMBRETES DE EXECUÇÃO PENAL: ALGUNS ASPECTOS RELEVANTES. Instituto Legislação Requisitos Observações Progressão de Regime é um direito adquirido pelo preso, no sentido de ser transferido de um regime mais

Leia mais

Direito Penal. Lei dos Crimes Hediondos (Lei 8.072/90) Professor Joerberth Nunes.

Direito Penal. Lei dos Crimes Hediondos (Lei 8.072/90) Professor Joerberth Nunes. Direito Penal Lei dos Crimes Hediondos (Lei 8.072/90) Professor Joerberth Nunes www.acasadoconcurseiro.com.br Direito Penal LEI Nº 8.072, DE 25 DE JULHO DE 1990 Dispõe sobre os crimes hediondos, nos termos

Leia mais

Das Penas Parte IV. Aula 4

Das Penas Parte IV. Aula 4 Das Penas Parte IV Aula 4 PENAS RESTRITIVAS DE DIREITO Art 44 - As penas restritivas de direitos são autônomas e substituem as privativas de liberdade [...] Conceito Elas perfazem uma espécie de pena,

Leia mais

Direito Penal. Curso de. Rogério Greco. Parte Geral. Volume I. Atualização. Arts. 1 o a 120 do CP

Direito Penal. Curso de. Rogério Greco. Parte Geral. Volume I. Atualização. Arts. 1 o a 120 do CP Rogério Greco Curso de Direito Penal Parte Geral Volume I Arts. 1 o a 120 do CP Atualização OBS: As páginas citadas são referentes à 14 a edição. A t u a l i z a ç ã o Página 187 Nota de rodapé n o 13

Leia mais

CEM. Magistratura Federal. Direito Penal. Das Penas

CEM. Magistratura Federal. Direito Penal. Das Penas CEM CADERNO DE EXERCÍCIOS MASTER Direito Penal Período 2010 2016 1) CESPE - JF TRF2/TRF 2/2013 A respeito de aspectos diversos relacionados às penas, assinale a opção correta. a) No concurso formal perfeito,

Leia mais

Aula nº. 05 SUBSTITUIÇÃO DA PENA PRIVATIVA DE LIBERDADE POR PENA RESTRITIVA DE DIREITO

Aula nº. 05 SUBSTITUIÇÃO DA PENA PRIVATIVA DE LIBERDADE POR PENA RESTRITIVA DE DIREITO Curso/Disciplina: DIREITO PENAL (PARTE GERAL) MODULO TEORIA DA PENA Aula: SUBSTITUIÇÃO DA PENA PRIVATIVA DE LIBERDADE POR PENA RESTRITIVA DE DIREITO AULA 05 Professor(a): CLÁUDIA BARROS Monitor(a): PAULA

Leia mais

Ponto 6 do plano de ensino: Penas restritivas de direito.

Ponto 6 do plano de ensino: Penas restritivas de direito. Ponto 6 do plano de ensino: Penas restritivas de direito. Espécies: prestação pecuniária, perda de bens e valores, prestação de serviços à comunidade ou a entidades públicas, interdição temporária de direitos

Leia mais

Direito Penal. Penas restritivas de direito. Substituição concessão. Prof.ª Maria Cristina

Direito Penal. Penas restritivas de direito. Substituição concessão. Prof.ª Maria Cristina Direito Penal Penas restritivas de direito. Substituição concessão. Prof.ª Maria Cristina Art. 44. As penas restritivas de direitos são autônomas e substituem as privativas de liberdade, quando: I aplicada

Leia mais

PONTO 1: REVISÃO. PONTO 3: b) CRIMES DE MESMA ESPÉCIE CRIME FORMAL PRÓPRIO + C. CONTINUADO REQUISITO SUBJETIVO.

PONTO 1: REVISÃO. PONTO 3: b) CRIMES DE MESMA ESPÉCIE CRIME FORMAL PRÓPRIO + C. CONTINUADO REQUISITO SUBJETIVO. 1 DIREITO PENAL PONTO 1: REVISÃO PONTO 2: a) CRIME CONTINUADO PONTO 3: b) CRIMES DE MESMA ESPÉCIE CRIME CONTINUADO ART. 71 CP 1 é aquele no qual o agente mediante mais de uma ação ou omissão, pratica dois

Leia mais

b) as medidas de segurança e as penas são aplicáveis tanto aos inimputáveis como aos semi-imputáveis;

b) as medidas de segurança e as penas são aplicáveis tanto aos inimputáveis como aos semi-imputáveis; DIREITO PENAL II - CCJ0032 Título SEMANA 16 Descrição 1) As medidas de segurança diferem das penas nos seguintes pontos: a) as penas são proporcionais à periculosidade do agente; b) as medidas de segurança

Leia mais

Legislação Penal Especial Lei de Tortura Liana Ximenes

Legislação Penal Especial Lei de Tortura Liana Ximenes Lei de Tortura Liana Ximenes 2014 Copyright. Curso Agora eu Passo - Todos os direitos reservados ao autor. Lei de Tortura -A Lei não define o que é Tortura, mas explicita o que constitui tortura. -Equiparação

Leia mais

Superior Tribunal de Justiça

Superior Tribunal de Justiça RECURSO ESPECIAL Nº 1.458.012 - MT (2013/0302524-7) RECORRENTE : JAN PAUL PALADINO RECORRENTE : JOSEPH LEPORE ADVOGADOS : FRANCISCO PEREIRA DE QUEIROZ PHILIPPE ALVES DO NASCIMENTO E OUTRO(S) RECORRENTE

Leia mais

NOÇÕES DE DIREITO PENAL ESPÉCIES DE PENAS, SURSIS, LIVRAMENTO CONDICIONAL, EFEITOS DA CONDENAÇÃO, REABILITAÇÃO E CONCURSO DE CRIMES

NOÇÕES DE DIREITO PENAL ESPÉCIES DE PENAS, SURSIS, LIVRAMENTO CONDICIONAL, EFEITOS DA CONDENAÇÃO, REABILITAÇÃO E CONCURSO DE CRIMES NOÇÕES DE DIREITO PENAL ESPÉCIES DE PENAS, SURSIS, LIVRAMENTO CONDICIONAL, EFEITOS DA CONDENAÇÃO, REABILITAÇÃO E CONCURSO DE CRIMES 1) (Auditor Fiscal de Receita Municipal - Prefeitura de Teresina-PI-

Leia mais

PROVA Delegado ES (2019)

PROVA Delegado ES (2019) QUESTÃO NUMERO: 01 O Código Penal Brasileiro adotou como fins da pena tanto a visão retributiva quanto a preventiva, assumindo um perfil eclético ou misto. Art. 59 - O juiz, atendendo à culpabilidade,

Leia mais

4.8 Comunicabilidade das condições, elementares e circunstâncias 4.9 Agravantes no concurso de agentes 4.10 Cabeças 4.11 Casos de impunibilidade

4.8 Comunicabilidade das condições, elementares e circunstâncias 4.9 Agravantes no concurso de agentes 4.10 Cabeças 4.11 Casos de impunibilidade Sumário NDICE SISTEMÁTICO EXPOSIÇÃO DE MOTIVOS DO CÓDIGO PENAL MILITAR 1. DA APLICAÇÃO DA LEI PENAL MILITAR 1.1 O princípio da legalidade e suas funções de garantia 1.2 Abolitio criminis e novatio legis

Leia mais

Professor Sandro Caldeira Concurso de Crimes

Professor Sandro Caldeira Concurso de Crimes Professor Sandro Caldeira Concurso de Crimes Concurso de crimes Espécies: Concurso material artigo 69 do CP; Concurso formal artigo 70 do CP; Continuidade delitiva artigo 71 do CP Concurso de crimes Espécies:

Leia mais

1.1.4 Execução penal: conceito, pressuposto fundamental e natureza jurídica

1.1.4 Execução penal: conceito, pressuposto fundamental e natureza jurídica SUMÁRIO 1. OBJETO E APLICAÇÃO DA LEI DE EXECUÇÃO PENAL 1.1 Direito de execução penal 1.1.1 Direito de Execução Penal e Direito Penitenciário 1.1.2 Autonomia do Direito de Execução Penal 1.1.3 Antecedentes

Leia mais

Crimes Contra a Incolumidade Pública. (continuação)

Crimes Contra a Incolumidade Pública. (continuação) LEGALE Crimes Contra a Incolumidade Pública (continuação) Fabrico, fornecimento, aquisição, posse ou transporte de explosivos ou gás tóxico, ou asfixiante Conduta típica: fabricar, fornecer, adquirir,

Leia mais

RECURSO ESPECIAL SP

RECURSO ESPECIAL SP PARECER 257 /2019 JEMT/PGR RECURSO ESPECIAL 1785872 - SP Relatora : Ministra Laurita Vaz Sexta Turma Recorrente : Ministério Público do Estado de São Paulo Recorrido : José Abelardo Guimarães Camarinha

Leia mais

Direito Penal. Causas de Extinc a o da Punibilidade. Professor Adriano Kot.

Direito Penal. Causas de Extinc a o da Punibilidade.  Professor Adriano Kot. Direito Penal Causas de Extinc a o da Punibilidade Professor Adriano Kot www.acasadoconcurseiro.com.br www.estudaquepassa.com.br DIREITO PENAL CAUSAS DE EXTINÇÃO DA PUNIBILIDADE ROL CAUSAS DE EXTINÇÃO

Leia mais

Direito Penal. Teoria da Pena II

Direito Penal. Teoria da Pena II Direito Penal Teoria da Pena II Direitos do Preso Art. 38: O preso conserva todos os direitos não atingidos pela perda da liberdade, impondo-se a todas as autoridades o respeito à sua integridade física

Leia mais

LIVRAMENTO CONDICIONAL

LIVRAMENTO CONDICIONAL LIVRAMENTO CONDICIONAL Arts. 83 a 90 do CP e 131 e s. da LEP. Consagrado no CP de 1890, mas com efetiva aplicação pelo Decreto 16.665 de 1924. É mais uma tentativa de diminuir os efeitos negativos da prisão.

Leia mais

1. OBJETO E APLICAÇÃO DA LEI DE EXECUÇÃO PENAL 1.1 Direito de Execução Penal

1. OBJETO E APLICAÇÃO DA LEI DE EXECUÇÃO PENAL 1.1 Direito de Execução Penal 1. OBJETO E APLICAÇÃO DA LEI DE EXECUÇÃO PENAL 1.1 Direito de Execução Penal 1.2 Pena 1.1.1 Direito de Execução Penal e Direito Penitenciário 1.1.2 Autonomia do Direito de Execução Penal 1.1.3 Antecedentes

Leia mais

Capítulo 1 Noções Preliminares... 1 Capítulo 2 Aplicação da Lei Penal... 29

Capítulo 1 Noções Preliminares... 1 Capítulo 2 Aplicação da Lei Penal... 29 Sumário Capítulo 1 Noções Preliminares... 1 1. Introdução... 1 2. Princípios... 4 2.1. Princípio da legalidade... 5 2.2. Princípio da anterioridade da lei penal... 5 2.3. Princípio da irretroatividade

Leia mais

Penas Privativas de Liberdade

Penas Privativas de Liberdade LEGALE REMIÇÃO Penas Privativas de Liberdade Remição é o benefício pelo qual a cada 3 (três) dias trabalhados ou estudados o condenado terá direito a 1 (um) dia a menos na pena (Alterado pela lei 12.433/11)

Leia mais

Profª Ms. Simone Schroeder SANÇÕES PENAIS

Profª Ms. Simone Schroeder SANÇÕES PENAIS Profª Ms. Simone Schroeder SANÇÕES PENAIS PENAS PRIVATIVAS DE LIBERDADE DO CP Pena privativa de liberdade Art. 33 CP Reclusão CP Detenção CP Prisão Simples Dec. Lei 3688/41 Sanções penais Penas Art. 32

Leia mais

Ponto 12 do plano de ensino

Ponto 12 do plano de ensino Ponto 12 do plano de ensino Livramento condicional: conceito e natureza jurídica, requisitos (objetivos e subjetivos), concessão, condições, revogação obrigatória e revogação facultativa, prorrogação,

Leia mais

Direito Penal. Concurso de Crimes. Professor Joerberth Nunes.

Direito Penal. Concurso de Crimes. Professor Joerberth Nunes. Direito Penal Concurso de Crimes Professor Joerberth Nunes www.acasadoconcurseiro.com.br Direito Penal CONCURSO MATERIAL Conceito: É uma das formas do concurso de crimes. Pode ser concurso material homogêneo

Leia mais

SUSPENSÃO CONDICIONAL DA PENA. Profa. Luanna Tomaz

SUSPENSÃO CONDICIONAL DA PENA. Profa. Luanna Tomaz SUSPENSÃO CONDICIONAL DA PENA Profa. Luanna Tomaz INTRODUÇÃO Origem: Surge na França em 1884. Medida judicial que determina o sobrestamento da pena, preenchidos determinados requisitos. Natureza Jurídica:

Leia mais

DIREITO PROCESSUAL PENAL MILITAR

DIREITO PROCESSUAL PENAL MILITAR DIREITO PROCESSUAL PENAL MILITAR Execução de Sentença e Incidentes de Execução Parte 2 Prof. Pablo Cruz Facultativas I - freqüentar curso de habilitação profissional ou de instrução escolar; (Inciso incluído

Leia mais

Direito Penal - Professor Sandro Caldeira. Concurso de Pessoas

Direito Penal - Professor Sandro Caldeira. Concurso de Pessoas Direito Penal - Professor Sandro Caldeira Concurso de Pessoas Art. 29 CP - Quem, de qualquer modo, concorre para o crime incide nas penas a este cominadas, na medida de sua culpabilidade Conceito: Configura-se

Leia mais

Profª. Ms Simone Schroeder

Profª. Ms Simone Schroeder Profª. Ms Simone Schroeder Base legal: Artigos 109 ao 119 do Código Penal Conceito: É a perda do poder de punir ou de executar a sanção imposta pelo Estado, causada pelo decurso de tempo fixado em Lei

Leia mais

05/02/2013 SEGUNDA TURMA : MIN. GILMAR MENDES TERRITÓRIOS

05/02/2013 SEGUNDA TURMA : MIN. GILMAR MENDES TERRITÓRIOS Ementa e Acórdão Inteiro Teor do Acórdão - Página 1 de 5 RELATOR : MIN. GILMAR MENDES AGTE.(S) :ANDRE VICENTE DE OLIVEIRA ADV.(A/S) :DEFENSOR PÚBLICO-GERAL DO DISTRITO FEDERAL E AGDO.(A/S) :MINISTÉRIO

Leia mais

Interpretação e integração da lei penal Interpretação...11

Interpretação e integração da lei penal Interpretação...11 Sumário Notas Preliminares Finalidade do Direito Penal...2 Bens que podem ser protegidos pelo Direito Penal...2 Códigos do Brasil...3 Código Penal atual...3 Direito Penal...3 Garantismo...3 Garantias...4

Leia mais

Supremo Tribunal Federal

Supremo Tribunal Federal INDULTO OU COMUTAÇÃO NA EXECUÇÃO PENAL 3 DISTRITO FEDERAL RELATOR POLO PAS ADV.(A/S) : MIN. ROBERTO BARROSO :DELÚBIO SOARES DE CASTRO : CELSO SANCHEZ VILARDI E OUTRO(A/S) DECISÃO: EMENTA: EXECUÇÃO PENAL.

Leia mais

Direito Penal. Concurso de Crimes

Direito Penal. Concurso de Crimes Direito Penal Concurso de Crimes Distinções Preliminares Concurso de crimes ou delitos X Concurso de pessoas ou agentes X Concurso de normas ou conflito aparente de normas penais - Concurso de crimes ou

Leia mais

Prof. Dr. Vander Ferreira de Andrade

Prof. Dr. Vander Ferreira de Andrade Prof. Dr. Vander Ferreira de Andrade Crise do Sistema Penitenciário versus Direito Penal Mínimo As penas restritivas de direitos são: Prestação pecuniária Perda de bens e valores Limitação de fim de semana.

Leia mais

DELEGADO DIREITO PENAL

DELEGADO DIREITO PENAL DELEGADO DIREITO PENAL Extinção da Punibilidade Prof. Joerberth Nunes www.acasadoconcurseiro.com.br Direito Penal MATERIAL DE LEGISLAÇÃO TÍTULO VIII Da Extinção Da Punibilidade Extinção da punibilidade

Leia mais

DIREITO PENAL MILITAR

DIREITO PENAL MILITAR Prof:Davi ferraz DIREITO PENAL MILITAR LIVRAMENTO CONDICIONAL DA PENA Aqui bisonho observe os detalhes em vermelho e faça um bom desempenho. Requisitos Condenado a pena acima de dois anos ou ate mesmo

Leia mais

O art. 98, do CPM enumera as chamadas penas acessórias. As três primeiras foram, desde sempre, consideradas inconstitucionais.

O art. 98, do CPM enumera as chamadas penas acessórias. As três primeiras foram, desde sempre, consideradas inconstitucionais. ENCONTRO 08 DAS PENAS ACESSÓRIAS Penas Acessórias Art. 98. São penas acessórias: I - a perda de posto e patente; (considerado inconstitucional) II - a indignidade para o oficialato; (considerado inconstitucional)

Leia mais

Pós Penal e Processo Penal. Legale

Pós Penal e Processo Penal. Legale Pós Penal e Processo Penal Legale COMPETÊNCIA (continuação) Competência Criação dos TRFs OBS: Resolução n.1, de 06/10/88, do Tribunal Federal de Recursos, que estabeleceu: a) o Tribunal Regional Federal

Leia mais

Direito Penal. Progressão de Regime Penitenciário. Professor Adriano Kot.

Direito Penal. Progressão de Regime Penitenciário.  Professor Adriano Kot. Direito Penal Progressão de Regime Penitenciário Professor Adriano Kot www.acasadoconcurseiro.com.br www.estudaquepassa.com.br DIREITO PENAL PROGRESSÃO E REGRESSÃO DE REGIME PROGRESSÃO DE REGIME Visa

Leia mais

UNIVERSIDADE REGIONAL DO CARIRI URCA CENTRO DE ESTUDOS SOCIAIS APLICADOS DEPARTAMENTO DE DIREITO DISCIPLINA: DIREITO PENAL I

UNIVERSIDADE REGIONAL DO CARIRI URCA CENTRO DE ESTUDOS SOCIAIS APLICADOS DEPARTAMENTO DE DIREITO DISCIPLINA: DIREITO PENAL I UNIVERSIDADE REGIONAL DO CARIRI URCA CENTRO DE ESTUDOS SOCIAIS APLICADOS DEPARTAMENTO DE DIREITO DISCIPLINA: DIREITO PENAL I EXTINÇÃO DE PUNIBILIDADE Acadêmico: Rafael Mota Reis EXTINÇÃO DE PUNIBILIDADE

Leia mais

LIVRAMENTO CONDICIONAL LUANNA TOMAZ

LIVRAMENTO CONDICIONAL LUANNA TOMAZ LIVRAMENTO CONDICIONAL LUANNA TOMAZ CONCEITO Incidente na execução da pena privativa de liberdade que possibilita a liberdade antecipada, mediante a existência de pressupostos e condicionada a determinadas

Leia mais

Resumos Gráficos de Direito Penal Parte Geral Vol. I

Resumos Gráficos de Direito Penal Parte Geral Vol. I Resumos Gráficos de Direito Penal Parte Geral Vol. I Arts. 1 o a 120 do Código Penal Atualização OBS: As páginas citadas neste arquivo são da 2 a edição. Pág. 148 Colocar novo item dentro dos destaques

Leia mais

Direito Penal. Teoria da Pena Parte IV

Direito Penal. Teoria da Pena Parte IV Direito Penal Teoria da Pena Parte IV Da Aplicação da Pena Disciplina Legal - Título V da Parte Geral do CP / Da Aplicação da Pena (arts. 59 a 76); - Critério trifásico (reforma da Parte Geral do CP em

Leia mais

XXII EXAME DE ORDEM DIREITO PENAL PROF. ALEXANDRE SALIM

XXII EXAME DE ORDEM DIREITO PENAL PROF. ALEXANDRE SALIM XXII EXAME DE ORDEM DIREITO PENAL PROF. ALEXANDRE SALIM Atualização legislativa (Lei 13.344/2016) TRÁFICO DE PESSOAS Revogação dos arts. 231 e 231-A do CP Criação do art. 149-A do CP Alteração do art.

Leia mais

PONTO 1: Teoria Geral da Sanção Penal PONTO 2: Penas Restritivas de Direito 1. TEORIA GERAL DA SANÇÃO PENAL

PONTO 1: Teoria Geral da Sanção Penal PONTO 2: Penas Restritivas de Direito 1. TEORIA GERAL DA SANÇÃO PENAL 1 PROCESSO PENAL PONTO 1: Teoria Geral da Sanção Penal PONTO 2: Penas Restritivas de Direito 1.1 Sanções penais: 1. TEORIA GERAL DA SANÇÃO PENAL * Penas: a) Pena Privativa de Liberdade b) Pena Restritiva

Leia mais

Direito Penal Da Extinção da Punibilidade Prof. Joerberth Nunes

Direito Penal Da Extinção da Punibilidade Prof. Joerberth Nunes Escrivão de Polícia Direito Penal Da Extinção da Punibilidade Prof. Joerberth Nunes Direito Penal CÓDIGO PENAL TÍTULO VIII Da Extinção da Punibilidade Extinção da punibilidade Art. 107. Extingue-se a

Leia mais

Superior Tribunal de Justiça

Superior Tribunal de Justiça RELATOR AGRAVANTE ADVOGADO AGRAVADO : MINISTRO JOEL ILAN PACIORNIK : : DEFENSORIA PÚBLICA DO ESTADO DE MATO GROSSO DO : MINISTÉRIO PÚBLICO DO ESTADO DE MATO GROSSO DO EMENTA PENAL. AGRAVO REGIMENTAL NO

Leia mais

Superior T ribunal de J ustiça

Superior T ribunal de J ustiça (e-stj Fl.123) HABEAS CORPUS Nº 366.181 - SP (2016/0209184-6) RELATOR IMPETRANTE ADVOGADO IMPETRADO PACIENTE : MINISTRO JORGE MUSSI : LUIZ FERNANDO PICCIRILLI : LUIZ FERNANDO PICCIRILLI - SP374498 : TRIBUNAL

Leia mais

Material de Apoio Prof. Fernando Tadeu Marques Apontamentos de Direito Penal

Material de Apoio Prof. Fernando Tadeu Marques Apontamentos de Direito Penal DAS PENAS FINALIDADES DA PENA Por que punir? O que é pena? O que se entende por pena justa? Teorias sobre as finalidades da pena: 1) Absolutas: a finalidade da pena é eminentemente retributiva. A pena

Leia mais

Concurso: Circunstâncias agravantes x atenuantes

Concurso: Circunstâncias agravantes x atenuantes LEGALE Concurso: Circunstâncias agravantes x atenuantes No concurso de agravantes e atenuantes, a pena deve aproximar-se do limite indicado pelas circunstâncias preponderantes, entendendo-se como tais

Leia mais

Poder Judiciário Tribunal de Justiça do Estado do Rio de Janeiro Quinta Câmara Criminal

Poder Judiciário Tribunal de Justiça do Estado do Rio de Janeiro Quinta Câmara Criminal Poder Judiciário Tribunal de Justiça do Estado do Rio de Janeiro Quinta Câmara Criminal Agravo em Execução nº 0060927-73.2013.8.19.0000 Relator: Desembargador Paulo de Oliveira Lanzellotti Baldez Agravante:

Leia mais

PROCESSO PENAL MARATONA OAB XXI PROF. FLÁVIO MILHOMEM

PROCESSO PENAL MARATONA OAB XXI PROF. FLÁVIO MILHOMEM PROCESSO PENAL MARATONA OAB XXI PROF. FLÁVIO MILHOMEM 1ª QUESTÃO José Augusto foi preso em flagrante delito pela suposta prática do crime de receptação (Art. 180 do Código Penal pena: 01 a 04 anos de reclusão

Leia mais

Sumário CAPÍTULO 1 OBJETO E APLICAÇÃO DA LEI DE EXECUÇÃO PENAL 1.1 DIREITO DE EXECUÇÃO PENAL Direito de execução penal e direito penitenciário

Sumário CAPÍTULO 1 OBJETO E APLICAÇÃO DA LEI DE EXECUÇÃO PENAL 1.1 DIREITO DE EXECUÇÃO PENAL Direito de execução penal e direito penitenciário Sumário CAPÍTULO 1 OBJETO E APLICAÇÃO DA LEI DE EXECUÇÃO PENAL 1.1 DIREITO DE EXECUÇÃO PENAL 1.1.1 Direito de execução penal e direito penitenciário 1.1.2 Autonomia do direito de execução penal 1.1.3 Antecedentes

Leia mais

As penas. Efeitos da condenação. Reabilitação. Medidas de segurança. Ação penal. Extinção da punibilidade.

As penas. Efeitos da condenação. Reabilitação. Medidas de segurança. Ação penal. Extinção da punibilidade. Programa de DIREITO PENAL II 3º período: 4h/s Aula: Teórica EMENTA As penas. Efeitos da condenação. Reabilitação. Medidas de segurança. Ação penal. Extinção da punibilidade. OBJETIVOS Habilitar o futuro

Leia mais

Extinção de Punibilidade - Aula IV - 13/03/2017

Extinção de Punibilidade - Aula IV - 13/03/2017 Extinção de Punibilidade - Aula IV - 13/03/2017 Continuação Sursis Revogação *obrigatória: * nova CTJ por crime doloso * não reparação de dano, salvo... *descumprimento da condição do artigo 78, 1º *facultativo:

Leia mais

Suspensão Condicional da Pena. Aula 5

Suspensão Condicional da Pena. Aula 5 Suspensão Condicional da Pena Aula 5 SUSPENSÃO CONDICIONAL DA PENA Conceito Instituto importado do direito francês consistente na possibilidade de o juiz liberar o condenado do cumprimento da pena privativa

Leia mais

Introdução. Principais alterações:

Introdução. Principais alterações: LEI 12.403/11 Lei 12.403/11 A Lei 12.403 de 04 de maio de 2011 altera dispositivos do Código de Processo Penal no que diz respeito a: - Prisões Provisórias - Liberdade Provisória - Relaxamento da Prisão

Leia mais

Contravenção Penal (Decreto nº 3.688/41) Crime anão Delito liliputiano Crime vagabundo

Contravenção Penal (Decreto nº 3.688/41) Crime anão Delito liliputiano Crime vagabundo Contravenção Penal (Decreto nº 3.688/41) Crime anão Delito liliputiano Crime vagabundo Extraterritorialidade Art. 2º. A lei brasileira só é aplicável à contravenção praticada no território nacional. Tentativa

Leia mais

Pós Penal e Processo Penal. Legale

Pós Penal e Processo Penal. Legale Pós Penal e Processo Penal Legale JURISDIÇÃO E COMPETÊNCIA Jurisdição * Jurisdição é a capacidade de dizer o Direito Jurisdição * é a delimitação do poder jurisdicional. A competência determina-se: Pelo

Leia mais

SUMÁRIO. Capítulo 1 Princípios do Direito Penal... 19

SUMÁRIO. Capítulo 1 Princípios do Direito Penal... 19 SUMÁRIO Capítulo 1 Princípios do Direito Penal... 19 1. Noções preliminares... 19 2. Peculiaridades dos princípios do direito penal... 20 3. Princípio da legalidade ou da reserva legal... 20 3.1. Abrangência

Leia mais

Penas Restritivas de Direitos. (continuação)

Penas Restritivas de Direitos. (continuação) LEGALE Penas Restritivas de Direitos (continuação) Penas Restritivas de Direitos Espécies O Código Penal traz cinco espécies de penas alternativa: Penas Restritivas de Direitos Espécies Prestação de serviços

Leia mais

Direito Penal. Livramento Condicional. Professor Joerberth Nunes.

Direito Penal. Livramento Condicional. Professor Joerberth Nunes. Direito Penal Livramento Condicional Professor Joerberth Nunes www.acasadoconcurseiro.com.br Direito Penal LIVRAMENTO CONDICIONAL CÓDIGO PENAL TÍTULO V DAS PENAS CAPÍTULO V DO LIVRAMENTO CONDICIONAL Requisitos

Leia mais

PÓS GRADUAÇÃO PENAL E PROCESSO PENAL Legislação e Prática. Professor: Rodrigo J. Capobianco

PÓS GRADUAÇÃO PENAL E PROCESSO PENAL Legislação e Prática. Professor: Rodrigo J. Capobianco PÓS GRADUAÇÃO PENAL E PROCESSO PENAL Legislação e Prática Professor: Rodrigo J. Capobianco LEGISLAÇÃO ESPECIAL LEI DOS CRIMES HEDIONDOS Lei 8072/90 Trata dos crimes hediondos e dos assemelhados (equiparados)

Leia mais

Direito Penal. Teoria da Pena Parte VII

Direito Penal. Teoria da Pena Parte VII Direito Penal Teoria da Pena Parte VII 1 - Conceito. - Instrumento alternativo de sanção penal, que objetiva a suspensão da execução da pena privativa de liberdade, mediante compromisso prestado pelo condenado

Leia mais

Superior Tribunal de Justiça

Superior Tribunal de Justiça RELATOR RECORRENTE ADVOGADO RECORRIDO : MINISTRO RIBEIRO DANTAS : EMERSON SILVA RODRIGUES (PRESO) : DEFENSORIA PÚBLICA DO ESTADO DE SÃO PAULO : MINISTÉRIO PÚBLICO DO ESTADO DE SÃO PAULO EMENTA PROCESSUAL

Leia mais

Tribunal de Justiça de Minas Gerais

Tribunal de Justiça de Minas Gerais Número do 1.0035.09.159819-9/001 Númeração 0255279- Relator: Relator do Acordão: Data do Julgamento: Data da Publicação: Des.(a) Cássio Salomé Des.(a) Cássio Salomé 26/06/2014 04/07/2014 EMENTA: AGRAVO

Leia mais

DISCIPLINA: DIREITO PENAL III PERÍODO CURSADO: 4

DISCIPLINA: DIREITO PENAL III PERÍODO CURSADO: 4 CURSO: DIREITO, BACHARELADO. SISTEMA EDUCACIONAL INTEGRADO CENTRO DE ESTUDOS UNIVERSITÁRIOS DE COLIDER Av. Senador Julio Campos, Lote 13, Loteamento Trevo Colider/MT Site: www.sei-cesucol.edu.br e-mail:

Leia mais

CEM. Magistratura Federal. Direito Penal

CEM. Magistratura Federal. Direito Penal CEM CADERNO DE EXERCÍCIOS MASTER Direito Penal Período 2010 2016 1) CESPE - JF TRF2/TRF 2/2013 A respeito da punibilidade e das suas causas de extinção, assinale a opção correta. a) A morte do agente dá

Leia mais

CRIMES HEDIONDOS. Prof. Gladson Miranda. Facebook: GladsonMiranda

CRIMES HEDIONDOS. Prof. Gladson Miranda.   Facebook: GladsonMiranda CRIMES HEDIONDOS Prof. Gladson Miranda www.mentoryconcursos.com.br Facebook: GladsonMiranda LEGENDA DOS EMOTIONS Caiu em prova até 5 vezes Caiu em prova mais de 5 vezes Caiu na prova do concurso Base normativa

Leia mais

Ponto 11 do plano de ensino. Suspensão condicional da pena: conceito e jurídica.

Ponto 11 do plano de ensino. Suspensão condicional da pena: conceito e jurídica. Ponto 11 do plano de ensino Suspensão condicional da pena: conceito e jurídica. natureza Comparação da suspensão condicional da pena e da suspensão condicional do processo do artigo 89 da Lei 9.099/95.

Leia mais

Superior Tribunal de Justiça

Superior Tribunal de Justiça RECURSO ESPECIAL Nº 1.440.324 - GO (2014/0044892-1) RELATORA RECORRENTE RECORRIDO ADVOGADO : MINISTRA MARIA THEREZA DE ASSIS MOURA : MINISTÉRIO PÚBLICO DO ESTADO DE GOIÁS : LEANDRO ROSA PENA : LUIZ FERNANDO

Leia mais

TRIBUNAL DE JUSTIÇA PODER JUDICIÁRIO São Paulo

TRIBUNAL DE JUSTIÇA PODER JUDICIÁRIO São Paulo TRIBUNAL DE JUSTIÇA São Paulo fls. 1 Registro: 2013.0000071982 ACÓRDÃO Vistos, relatados e discutidos estes autos de Habeas Corpus nº 0243217-95.2012.8.26.0000, da Comarca de São José dos Campos, em que

Leia mais

CONCURSO DE PESSOAS - nomenclaturas. O Código Penal adotou a seguinte distinção entre autor e partícipe:

CONCURSO DE PESSOAS - nomenclaturas. O Código Penal adotou a seguinte distinção entre autor e partícipe: LEGALE CONCURSO DE PESSOAS CONCURSO DE PESSOAS Ocorre o concurso de pessoas quando mais de uma pessoa, em comum acordo, com identidade de propósitos resolvem praticar um crime (ou pelo menos quando uma

Leia mais

Rogério Greco. C u r s o d e. Direito Penal. P a r t e G e r a l. V ol u m e I. A rt s. 1 0 a d o C P. Atualização Curso de Direito Penal Vol.

Rogério Greco. C u r s o d e. Direito Penal. P a r t e G e r a l. V ol u m e I. A rt s. 1 0 a d o C P. Atualização Curso de Direito Penal Vol. Rogério Greco C u r s o d e Direito Penal P a r t e G e r a l V ol u m e I A rt s. 1 0 a 1 2 0 d o C P Atualização Curso de Direito Penal Vol. I Págs. 481 e 482 Substituição do 3º parágrafo e alteração

Leia mais