Os Desafios da Integração Sul-Americana: autonomia e desenvolvimento

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2 Os Desafios da Integração Sul-Americana: autonomia e desenvolvimento Ingrid Sarti José Renato Vieira Martins Mônica Leite Lessa Glauber Cardoso Carvalho (organizadores) 2

3 Copyright 2014 by Os autores e Fórum Universitário do Mercosul FoMerco É proibida a reprodução total ou parcial desta obra sem a devida citação Capa e Diagramação: Letra e Imagem Editora Imagem da capa: Torres Garcia Esta é uma obra coletiva composta por artigos de autoria de participantes do XIV Congresso Internacional do Fórum Universitário Mercosul FoMerco, realizado entre 23 e 25 de outubro de 2013, e por depoimentos dos participantes no decorrer da realização do Congresso à repórter Marilu Cabañas (Rádio Brasil Atual), gentilmente cedidos ao FoMerco. Os direitos e responsabilidades sobre os artigos e suas opiniões são dos autores que os enviaram para publicação. D441 Os desafios da integração sul-americana: autonomia e desenvolvimento. [livro eletrônico] Organização: Ingrid Sarti... [et al.] Rio de Janeiro: Letra e Imagem, k (e-pub) ISBN: Integração regional. 2. América do Sul. 3. Autonomia. 4. Desenvolvimento. 5. FoMerco. I. Sarti, Ingrid. II. Martins, José Renato Vieira. III Lessa, Mônica Leite. IV. Carvalho, Glauber. V. Título CDU

4 Sumário APRESENTAÇÃO Integração sul-americana, os desafios de um projeto estratégico Ingrid Sarti I. Panorama da Integração da América do Sul DEPOIMENTOS* Ennio Candotti Ivan Ramalho ARTIGOS Integração regional e acordos de livre comércio Samuel Pinheiro Guimarães La integración regional como proyecto estratégico y la participación popular Mariana Vázquez II. Desenvolvimento, industrialização, recursos naturais e a nova arquitetura financeira da integração no Século XXI INTRODUÇÃO Desenvolvimento, industrialização, recursos naturais e arquitetura financeira Raphael Padula DEPOIMENTO Ricardo Canese ARTIGOS Sobre a arquitetura da integração no século XXI André Calixtre Desenvolvimento dos recursos naturais como eixo dinâmico da Integração regional José Carlos de Assis Por una integración que integre, por un desarrollo que libere José Felix Rivas A construção da teoria do subdesenvolvimento: um exame comparativo das contribuições de Nurske, Rostow, Myrdal e Furtado Vera Alves Cepêda e Rafael Gumiero III. Cooperação internacional, direitos e produção do conhecimento INTRODUÇÃO 4

5 A integração sul-americana: cooperação, redes e produção do conhecimento Glauber Cardoso Carvalho ARTIGOS Tecnología e Innovación para la Inclusión Social: reflexiones sobre energías renovables y agricultura familiar Hernán Thomas, Santiago Garrido, Mariano Fressoli, Paula Juarez e Lucas Becerra Integração, defesa e outros desafios da Amazônia Alexandre Fuccille Pensar la cooperación, integración y producción del conocimiento desde perspectivas no hegemónicas Anibal Oruê Pozzo Institucionalidad pública para la protección y promoción de los Derechos Humanos en el Mercosur Paula Rodriguez Patrinós IV. Desafios da Democracia: desigualdades, teoria e prática INTRODUÇÃO Desafios da Democracia, desigualdades, teoria e prática Flávia Guerra Cavalcanti DEPOIMENTO Williams Gonçalves ARTIGOS Integração regional e democracia: processos entrecruzados na América do Sul (?) Aragon Érico Dasso Junior Eleições para parlamentos regionais e percepção sobre a integração Karina Pasquariello Mariano Migraciones e integración regional: el caso argentino Susana Novick Conjuntura e mobilizações no Brasil: direitos, centavos, fumaça e vinagre Gisálio Cerqueira Filho V. Cultura Contemporânea na América Latina INTRODUÇÃO Cultura Contemporânea na América Latina Leonardo Valente DEPOIMENTO Cultura e transição: como enfrentar o neoliberalismo** Antonio Albino Canelas Rubim 5

6 ARTIGOS Creatividad para la inclusión social en Argentina, en torno a la cuestión de los derechos culturales Ana Wortman Punição, cultura religiosa e Direitos Humanos Gizlene Neder De Antonio Mamerto a Gauchito Gil: estrategias de control y formas de resistencia popular en una región de frontera entre Argentina y Brasil José Renato Vieira Martins Imagens da identidade na perspectiva da integração Maria Luiza Franco Busse Acordos globais e existências regionais: a inserção da cultura brasileira no Mercosul, Mônica Leite Lessa Programa do XIII Congresso Ficha Técnica Colaboradores * Depoimentos. Extratos de entrevistas concedidas à repórter Marilu Cabañas, Rádio Brasil Atual, no decorrer do XIV FoMerco e disponíveis em **Transcrição de fala do autor durante Simpósio no XIV FoMerco 6

7 APRESENTAÇÃO Integração sul-americana, os desafios de um projeto estratégico Este livro reúne uma seleção de textos e depoimentos que buscam analisar as implicações, os problemas e os avanços do processo de integração da América do Sul no século XXI. Foram extraídos dos simpósios e painéis realizados durante o XIV Congresso Internacional do Fórum Universitário Mercosul FoMerco, em 2013, na Universidade Federal de Tocantins, em Palmas, 1 e agora se somam à produção originada no âmbito dos sete últimos Congressos Internacionais do Fórum Universitário Mercosul FoMerco. 2 Intelectuais e pesquisadores oriundos de diferentes instituições e nacionalidades muitas vezes divergem nas avaliações do processo da integração sul-americana vigente. Contudo, há um ponto de partida conceitual comum à literatura desenvolvida pelos colaboradores do FoMerco. Trata-se do reconhecimento de que se inaugura um ciclo virtuoso na política do continente, como estratégia de inserção soberana da região e condição de superação do tradicional papel subalterno de periferia do capitalismo a que foi relegada desde seus primórdios, quando se elege a autonomia da política externa associada ao propósito do desenvolvimento econômico-social. Em suma, um marco conceitual de integração que se apoia sobre uma noção de autonomia dada pela afirmação dos blocos regionais e pela recusa dos acordos de livre-comércio bilaterais, principalmente com as potências hegemônicas. A autonomia entendida como condição de possibilidade de desenvolvimento autônomo e soberano através da construção de um bloco econômico e político na América do Sul, próspero, democrático e soberano, como descreve Samuel Pinheiro Guimarães. 3 É certo, e convém manter em perspectiva, que um longo processo de integração na prolongada busca por emancipação do continente antecedeu o projeto vigente em distintas etapas. 4 Contudo, o que se destaca, é que desde sua posta em prática por governos eleitos no início dos 2000, quando se traçam as diretrizes de um projeto político cujas metas e policies se alinham a um campo socialista e democrático disposto a enfrentar e superar a hegemonia do mercado, a integração como política pública passa a ser um divisor de águas na história do continente. 5 Um dos marcos dessa renovação política regional foi a 4ª Cúpula das Américas, realizada em 2005 com apoio expressivo das organizações sociais e partidos políticos, que refutou a Área de Livre Comércio das Américas - Alca, projeto neocolonizador que pretendia consolidar o novo regionalismo aberto aos mercados mediante a realização de acordos de livre-comércio bilaterais que fortaleceriam o vínculo de dependência da região à potência hegemônica. A pretensão da Alca foi derrotada porque o Mercosul enfatizou sua proposta de superação da dimensão estritamente comercial com a ampliação da pauta e do território da integração. Porque revelou-se prioridade o desenvolvimento econômico e social com ênfase na inclusão social, na redução das assimetrias e desigualdades sociais e culturais em cada país e no âmbito das relações regionais. Essa proposta expressa também a vontade política que enseja a plena conversão da política externa soberana dos países sul-americanos à multipolaridade nas relações internacionais, impulsionada pela dupla estratégia de formação do bloco regional e aproximação a outros países emergentes da Ásia e da África. E esse traço identificatório desse modelo de integração sul-americana foi uma constante reiterada pelo representante do Itamaraty, Reinaldo Salgado, e pelos ex-chanceleres do Uruguai, Roberto Conde, e do Paraguai, Jorge Lara Castro, integrantes do painel de abertura do XIV Congresso coordenado por Geronimo de Sierra. 6 Já em sua concepção, esse projeto de integração aponta alguns importantes desafios para responder à crise capitalista que se manifesta no centro hegemônico desde 2008 e para simultaneamente assegurar uma presença marcante da região no cenário internacional. Vejamos alguns deles, que serão retomados nas análises dos autores deste livro, a seguir. Numa região profundamente assimétrica, assume-se a necessidade de criação de um polo de integração de todo o continente reafirmando-se que Estado algum teria condições de, por si só, alcançar um desenvolvimento econômico igualitário e sustentável o que tanto se aplica ao Brasil, potência emergente no mundo, como à Venezuela com sua riqueza petroleira. O desafio consiste em preservar a meta da 7

8 redução das assimetrias no contexto de responsabilidades e atribuições distintas e desiguais, de acordo com as necessidades e os recursos assimétricos de cada Estado. Nesse marco inovador, levando-se em conta a fragilidade da institucionalidade da integração no continente, as divergências de interesses intranações requerem um constante diálogo político a ser viabilizado pelo exercício permanente da diplomacia presidencial. É, portanto, um modelo que, sem negar os conflitos potenciais, se reconhece no presidencialismo característico dos regimes políticos da região e como tal se declara vinculado a um projeto político de desenvolvimento da nação intrinsicamente ligado ao da região, como já observou Emerson (2014). O segundo desafio remete à importância atribuída à participação social, interna e regionalmente, em um processo de criação de mecanismos institucionais democráticos no que tange todo o processo de tomada de decisão de políticas públicas e sociais na região. No âmbito dos debates do FoMerco, sua relevância tem sido sistematicamente enfatizada por Luiz Dulci, ex-ministro da Secretaria Geral da Presidência da República (2003 a 2010), em suas iniciativas institucionais de participação social, dentre as quais o Mercosul Social e o Conselho de Participação Social do Mercosul. 7 Aqui, em seus textos, autores como Mariana Vázquez, e em seu depoimento, Ivan Ramalho, também destacam o caráter estratégico de políticas sociais ancoradas na participação popular para o êxito da integração soberana e democrática. Sobre as políticas sociais em sua institucionalização no âmbito do Mercosul, 8 destacam-se também a acurada análise do processo de migrações de Susana Novick e o relato de Paula Rodriguez Patrinós sobre o mais recente empenho ao tratamento do tema dos Direitos Humanos. Os avanços obtidos nessas áreas, contudo, contrastam com as deficiências do desempenho do Parlamento do Mercosul - Parlasul, descritas por Karina Pasquariello Mariano, e com a morosidade das políticas de combate à violência e proteção à juventude frente à virulência do crime organizado, apontada por Gisálio Cerqueira Filho. Outra característica que ressalta a observação da integração sul-americana consiste na necessidade de articulação da variedade de blocos existentes desde sua origem, que será expandida com a criação de novos blocos, todos relevantes e atuantes em processos entrecruzados, como analisa Aragon Érico Dasso Jr. Note-se que enquanto o Mercosul completou 20 anos em 2011, a União das Nações Sul-Americanas - Unasul foi criada só em E, posteriormente, a Comunidade dos Estados Latino-americanos e Caribenhos - Celac, em Mais importante, entretanto, e que configura um terceiro desafio e problema que põe em xeque a autonomia da integração em marcha é a coexistência de Estados cujas práticas políticas de cooperação internacional privilegiam a realização de tratados comerciais bilaterais com a potência hegemônica, como é o caso de Chile, Colômbia e Peru. Note-se, porém, que esses mesmos Estados convergem com a integração sul-americana em outros aspectos também relevantes, como a defesa do continente com a construção estratégica de uma infraestrutura financeira, de energia e de transportes na América do Sul. O tema da infraestrutura regional também tem sido objeto de pesquisas dos colaboradores do FoMerco, 10 como em simpósio coordenado por Frederico Katz e relatado por Raphael Padula. Interrogando-se sobre as escolhas dos modelos de desenvolvimento no contexto de crise internacional e a sobre a busca de políticas alternativas na região, as questões referentes ao planejamento dos recursos naturais e às condições de construção da arquitetura financeira e de consolidação da infraestrutura foram submetidas à uma discussão aprofundada por André Calixtre, Ricardo Canese, José Carlos de Assis e José Felix Rivas. Sempre lembrada, a decisiva herança intelectual de Celso Furtado volta reiterada em texto de Vera Alves Cepêda e Rafael Gumiero. Das questões das políticas de defesa contidas na agenda do desenvolvimento integrado debatidas em painel coordenado por Thomas Heye, fica o registro crítico de Alexandre Fuccille que aguarda os efeitos do Conselho de Defesa na Unasul na expectativa de um avanço expressivo nas políticas que contemplam segurança e defesa nacionais na Amazônia. 11 Ennio Candotti avalia as dificuldades na Amazônia e enfatiza a pobreza como questão estratégica premente também para o avanço da defesa, à medida que esta não permite a seus habitantes sequer operar equipamentos de comunicação: não é defensável, não há exército que consiga defender uma terra que é habitada por gente muito pobre. A trajetória combativa de Ennio Candotti revela-se uma vez mais em suas observações sobre o 8

9 significado e a importância das tecnologias sociais: são as que permitem não só aliviar a fadiga humana, mas que possibilitam a inclusão no mercado de trabalho e na geração de rendas para o nosso povo. Na mesma linha, a criatividade da equipe de pesquisadores da Universidad Nacional de Quilmes (Buenos Aires) sobre a inovação do conhecimento e as relações entre desenvolvimento tecnológico e inclusão social, liderada por Hernán Thomas e composta por Lucas Becerra, Mariano Fressoli, Paula Juarez e Santiago Garrido, retorna ao FoMerco 12 para apresentar a análise crítica de um estudo no campo das energias renováveis e da agricultura familiar que questiona as estratégias de políticas baseadas na suposta transferência de tecnologia implantadas sem o conhecimento e o diálogo com as populações-alvo. Igualmente atentos para a importância da participação da sociedade civil nos estudos e projetos sobre desenvolvimento tecnológico, o painel sobre Tecnologias sociais, cooperação internacional e produção do conhecimento coordenado por Gonzalo Berrón e relatado por Glauber Cardoso Carvalho reiterou a relevância de um tema que se constitui no quarto desafio posto à integração sul-americana: a necessidade de criação de uma dinâmica de construção coletiva do conhecimento entre a comunidade acadêmica, os formuladores de políticas e os usuários de novas tecnologias, em um processo de aprendizagem e reflexão coletivo. Pensar a cooperação, a integração e a produção do conhecimento de uma perspectiva geopolítica requer conhecermo-nos mais e melhor, concordam os integrantes desse painel quando discutem os avanços no campo da educação com a criação de novas universidades como a da Integração Latino-Americana Unila e refletem sobre os inúmeros gargalos a serem solucionados. Anibal Oruê Pozzo, Daniela Perrotta e Geronimo de Sierra são alguns dos participantes que enfaticamente reiteram a importância de se sistematizar um pensamento crítico integracionista o que o Presidente Lula denominaria de uma doutrina da integração para o continente. As relações de cooperação internacional, a mobilidade de alunos e professores de acordo com as especificidades de cada universidade, uma inovação da gestão universitária e o amplo reconhecimento dos diplomas são alguns dos temas de política educacional de nível superior que ainda devem ser revistos passo a passo para que as metas aspiradas sejam colimadas. Questionam-se, particularmente, os critérios de avaliação da produção científica baseados no paradigma quantitativocompetitivo de produtividade que - apesar de todas as transformações ocorridas na primeira década da integração - ainda submetem a produção do conhecimento justamente aos padrões hegemônicos que a integração repudia. Refém desses critérios, a Universidade ainda está por superar as marcas de sua etapa neoliberal para poder promover os valores e as práticas da democracia. A ênfase na produção do conhecimento como instrumento de mobilização da juventude no marco da integração foi também destaque no Simpósio Desafios da Democracia: desigualdades, teoria e prática. Encontrar novas formas de diálogo com o movimento social urbano no contexto atual de descrédito da política e, particularmente, dos partidos políticos, é mais um desafio o quinto que se impõe para um processo civilizatório que tem na integração um instrumento de consolidação democrática. Williams Gonçalves, ao mesmo tempo em que chama a atenção para a importância do trabalho intelectual de pesquisa para entender e propor políticas de integração que aprofundem a democracia no continente, aponta a distância entre os formuladores de políticas e os povos. O Simpósio, tal como registrado no relato de Flávia Guerra Cavalcanti, uma vez mais enfatizou a necessidade de novos canais de participação e divulgação da integração regional por aqueles que a promovem. Uma integração que pretende superar a dimensão estritamente econômica e ampliar sua pauta e seu território já nasce destinada a enfrentar os temas relativos não só à produção mas à divulgação do conhecimento, tão caros à autonomia de seus povos e ao projeto de soberania em um mundo marcado por desiguais avanços científicos e tecnológicos. Em suma, enfrentar a fragmentação do conhecimento e buscar a multidisciplinaridade continuam sendo desafios para a cooperação regional em tempos de extraordinária inovação dos meios de comunicação. Mais do que transversal, o tema da cultura se impõe com relevância pois é o que nos identifica na diversidade e se deveria revelar na produção do conhecimento. No entanto, como no Simpósio de Abertura do XIV Congresso, coordenado por Mônica Leite Lessa e relatado por Leonardo Valente, constata-se que o debate sobre pensamento latino-americano e as expressões culturais do continente continuam pautados pelo poder midiático hegemônico. O papel da cultura como 9

10 fator de integração regional foi resgatado desde suas versões históricas de luta por direitos, nas análises de Gizlene Neder, passando por dimensões religiosas, como a narrativa do Gauchito Gil, aqui apresentada por José Renato Vieira Martins, até as mais recentes manifestações de busca de identidade social tanto na imagem do poder, segundo Maria Luiza Franco Busse, como nas manifestações criativas de gestão e resistência cultural dos barrios argentinos na fatura de Ana Wortman, ou nas políticas e ações culturais estabelecidas nos marcos da integração, segundo Mônica Lessa. Se saber é poder, a América do Sul tem uma batalha a travar em muitas frentes para resistir à mídia monopolista que se perpetua na assimetria mundial em plena Era do Conhecimento. A luta pela regulamentação do poder midiático debatida com frequência nos Congressos do FoMerco (Sel, 2013) e a busca de alternativas culturais a essa hegemonia são condições de um êxito possível de cada sociedade e de todas integradas no continente sul-americano. Intelectual especialista nas relações entre poder e mídia da Universidade Federal da Bahia, atualmente Secretário de Cultura do governo da Bahia, Antonio Albino Canelas Rubim sublinha o papel estratégico da dimensão cultural na superação do neoliberalismo e revisita a trajetória bem sucedida dos governos progressistas, apontando também seus gargalos. Enfatiza a necessidade de promoção de políticas públicas que assegurem um intercâmbio e cooperação bem mais intensos que os atuais, através de uma pluralidade de instituições, movimentos e dispositivos, que inclusive tornem mais conhecido e compartilhado o enfrentamento que tem se dado no campo cultural em cada um desses países. À guisa de conclusão de dois dias de intensos debates, cabe observar que a trajetória recente da América do Sul revela um continente que, em plena crise do capitalismo global, se converteu em um dos pilares da autonomia e do revigoramento das instituições democráticas, do desenvolvimento econômico e da diminuição da pobreza. A integração foi a estratégia política adotada em concepção simultaneamente, econômica, política, social e cultural, que busca enfrentar e superar as assimetrias que constrangem o continente. Afirma-se a relevância das políticas sociais e se busca promover o avanço da educação, da ciência e da tecnologia em novas formas de produção do conhecimento. Contudo, a integração sulamericana, tal como concebida neste milênio, é um processo em construção e imensos desafios permanecem nesse continente ainda marcado por profundas desigualdades sociais e em contexto internacional de crise que se distancia de uma multipolaridade de fato. No âmbito do Mercosul e da Unasul, a despeito de uma vasta produção analítica, anda não dispomos de uma sistematização do conhecimento que permita o levantamento dos recursos naturais, industriais, científicos e culturais de nosso continente e propicie o diagnóstico de gargalos existentes para uma formulação de políticas mais adequada. Embora ainda incipiente, a formação de redes como o Fórum Universitário Mercosul - FoMerco, é uma pequena demonstração de que é possível refletir e propor alternativas às políticas que visam efetivamente às mudanças profundas e que requerem o avanço da integração de nossos Estados, nossos povos e culturas. O que aqui se destaca, portanto, é o imperativo de uma reflexão aprofundada sobre as políticas de integração na América do Sul, cuja especificidade é chave para o debate político, público e democrático. Constata-se que, com estilos e recursos próprios e a despeito das diversidades de cada Estado, como sugere o desenho assimétrico da geopolítica continental em linhas gerais, na última década foram privilegiadas as políticas de inclusão social e mantida a meta da autonomia no cenário internacional impulsionada pela dupla estratégia de formação do bloco regional e aproximação a outros países emergentes de Ásia e África. Os trabalhos aqui apresentados dedicam-se a pesquisar e refletir sobre esse processo ousado que requer uma sólida e entusiasta vontade política e uma permanente renovação de suas diretrizes para que elas sejam traduzidas em políticas e planejamento de governo voltadas para a realização das metas desejadas. Inegáveis avanços que confirmam a escolha do rumo certo não escondem, contudo, o quanto ainda há que caminhar. Afinal, se hace camino al andar. Agradecemos a inestimável colaboração da jornalista Marilu Cabañas e à Rádio Brasil Atual a gravação e ampla divulgação de todos os depoimentos prestados pelos participantes do XIV Congresso do FoMerco, disponíveis em ambos os sítios. 13 Agradecemos em especial ao apoio institucional e à solidariedade de Gonzalo Berron, Rosa Freire de Aguiar e Moira Paz Estensoro, representantes, respectivamente, da Friedrich Ebert Stiftung, do Centro Internacional Celso Furtado e do Banco de Desenvolvimento da América 10

11 Latina - CAF. Nas pessoas do Reitor Marcio Silva e da professora Mônica Aparecida da Rocha e Silva, agradecemos a acolhida e a colaboração dos docentes e técnicos da Universidade Federal de Tocantins - UFT. O XIV Congresso do FoMerco não teria ocorrido sem o suporte das instituições públicas brasileiras de apoio à Ciência, Tecnologia e Ensino Superior as federais CNPq e Capes e as estaduais Faperj e Fapesp, cuja confiança agradecemos e valorizamos como reconhecimento ao trabalho que o FoMerco vem desenvolvendo há bem mais de uma década. Ingrid Sarti Rio de Janeiro, Junho de 2014 Referências CODAS, G. O Brasil nas relações Sul-Sul e na integração regional da América do Sul: uma agenda de estudo e debate. São Paulo: Friedrich Ebert Stiftung, Paraguay, 22 de Junio de 2012: un golpe contra la integración regional de América del Sur. In: Por uma integração ampliada da América do Sul no século XXI. op.cit., COSTA, D. A América do Sul: o destino do Brasil. In: Por uma integração ampliada da América do Sul no século XXI. op.cit., EMERSON, G. Strong Presidentialism and the limits of foreign policy success: explaining cooperation between Brazil and Venezuela. International Studies Perspectives, 2014: EQUIT. Rethinking regionalisms in times of crisis: a collection of activists perspectives from Latin America, Asia, Africa and Europe. Rio de Janeiro: Equit Institute, FORTI, A. Cooperación hacia dentro y disuasión hacia fuera: la Defensa y los recursos naturales en Suramérica. In: Foro de la Unión de Naciones Suramericanas sobre Ciencia, Tecnología, Innovación e Industrialización en América del Sur, Rio de Janeiro, 2013 (no prelo). LIMA, M. R. S. Inserção Internacional e Política Externa do Governo Lula. In: ROQUE, BITTENCOURT E COSTA (org.). Pensando uma agenda para o Brasil: desafios e perspectivas. Brasília: Inesc, MARTINS, J. R. ALBUQUERQUE, C. E GOMENSORO, F. Mercosul social e participativo: a ampliação da esfera pública regional. In: CAETANO, G. (org.). Mercosur 20 años. Montevidéu: Cefir, QUIJANO, A. Colonialidade do poder, eurocentrismo e América Latina. In: LANDER, E. (org.). A colonialidade do saber, eurocentrismo e ciências sociais. Buenos Aires: Clacso, GUIMARÃES, S. P. Desafios Brasileiros na Era dos Gigantes. Rio de Janeiro: Contraponto, MELLO, C. Integração, democracia e tecnologias de inclusão social. In: Por uma integração ampliada da América do Sul no século XXI. op.cit., THOMAS, H.; BECERRA, L.; FRESSOLI, M. Y BORTZ, G. Ciencia y tecnología para la inclusión y el desarrollo: opciones de política pública para Argentina y Brasil, In: Por uma integração ampliada da América do Sul no século XXI. op.cit.,

12 DIAS, R. Tecnologias sociais no Brasil: análise do Programa Um Milhão de Cisternas (P1MC). In: Por uma integração da América do Sul no século XXI. op.cit., SEL, S. La comunicación en el Mercosur. Entre políticas nacionales y la integración regional. In: Por uma integração ampliada da América do Sul no século XXI. op.cit., SARTI, I. A arquitetura política e os desafios da institucionalidade na integração sul-americana. In: Cerqueira Filho, G. (org). Sulamérica, comunidade imaginada: emancipação e integração. Niterói: EdUFF, L architecture politique de l intégration sud-americaine: le rôle du Brésil. In: DUFRESNE & MAGGI- GERMAIN (ed.). Les transformations des relations professionnelles en Europe et en Amérique Latine. Presses Universitaires de Rennes, VIGEVANI, T. E CEPALUNI, G. A política externa de Lula da Silva: a estratégia da autonomia pela diversificação. Contexto Internacional, vol. 29, nº 2, Rio de Janeiro, PUC-RJ,

13 I. Panorama da Integração da América do Sul DEPOIMENTOS* Ennio Candotti Ivan Ramalho ARTIGOS Integração regional e acordos de livre comércio Samuel Pinheiro Guimarães La integración regional como proyecto estratégico y la participación popular Mariana Vázquez * Depoimentos. Extratos de entrevistas concedidas à repórter Marilu Cabañas, Rádio Brasil Atual, no decorrer do XIV FoMerco e disponíveis em 13

14 DEPOIMENTO Ennio Candotti Professor, eu gostaria que o senhor falasse a respeito da sua explanação de hoje. O senhor estava chamando a atenção de alguns professores sobre o quanto o mercado da China está sendo agressivo também. Eu parti de duas premissas: uma foi a conclusão do painel de abertura de ontem a noite em que tanto o Roberto Conde, senador do Uruguai, como o Samuel Pinheiro Guimarães insistiram que precisamos da integração latino-americana para fazer frente aos desafios da economia mundial e, sobretudo, ter uma presença marcante no cenário de intercâmbios comerciais. Acrescentei a isso o quanto a América Latina integrada representa: um mercado de 300 milhões de almas e de uma grande extensão territorial com recursos naturais importantes. Então é o mercado interno da América do Sul que está em jogo. Daí eu retirei da Folha de hoje, quinta-feira, 24/10/13, a notícia de que há em São Paulo uma exposição de produtos têxteis chineses que tem sido muito contestada pelos sindicatos que estão fazendo uma manifestação pacífica mas bastante incisiva lembrando que nos últimos cinco anos a indústria de manufaturados têxteis no Brasil reduziu o emprego de três milhões para um milhão e 300 mil trabalhadores na área. Ou seja, se perderam por conta das importações chinesas cerca de 1 milhão e 700 mil empregos. Isso é um desastre, isso é terrível. Como conciliar isto? Obviamente devemos enfrentar a China não apenas como um parceiro comprador de matérias-primas brasileiras, mas como um rival na ocupação do mercado interno brasileiro. Devemos então melhorar nossa competitividade? Devemos, mas também devemos encontrar instrumentos de governo e planejamento capazes de dar competitividade aos produtos brasileiros. Os sindicalistas e os manifestantes mostravam na manifestação que as empresas chinesas gozam de benefícios, incentivos fiscais e incentivos de governo muito superiores aos nossos, e que dessa forma os nossos não podem competir nem mesmo se zerassem o lucro e cobrassem apenas a soma dos salários, mesmo que reduzidos, e das matérias-primas. O senhor usou o termo inimigo... Sim, sim, um adversário respeitável! Estamos em uma situação de guerra comercial; uma guerra boa para estreitar os laços entre os produtores e para chamar a atenção do nosso governo e dos nossos parceiros na América Latina que fora da união e da colaboração não há salvação. É uma guerra comercial e a devemos enfrentar. Se não são produtos chineses, são os produtos americanos. Ontem mesmo o Samuel Pinheiro Guimarães disse que os EUA, para sair da crise, emitiram moeda e desvalorizaram o dólar e com isso tornaram seus produtos competitivos nos mercados do Sul com um artifício, que em princípio os próprios EUA e a Organização Mundial do Comércio condenam, se chama dumping. Estamos sim numa guerra comercial e nela os chineses ocupam uma posição ambígua. Por vezes são vistos como aliados na exploração das matérias-primas e são grandes parceiros comerciais na compra de minérios, mas são rivais, competidores na venda de manufaturados, usam práticas comerciais agressivas para ocupar os mercados sul-americanos. Tanto o mercado argentino no Brasil como o mercado brasileiro na Argentina. O Brasil era o principal parceiro comercial da Argentina e o principal exportador para a Argentina, e a Argentina para o Brasil. Essa posição agora está passando para a China. Isso deveria preocupar muito, não podemos ceder os nossos mercados aos chineses. Então devemos nos preparar para essa disputa comercial; amigos sim, aliados, mas os interesses nacionais devem prevalecer para preservar os empregos e o nosso desenvolvimento, senão daqui a pouco estaremos de pires na mão mendigando como um país africano abandonado por Deus e pelos agentes econômicos. Então, esse era o ponto de partida. Agora, como enfrentar isso? Obviamente estávamos falando em uma mesa-redonda que tinha como título Tecnologias sociais e a geração de conhecimento. Então precisamos entender o que significam as tecnologias sociais: são as que permitem não só aliviar a fadiga humana, mas que possibilitam a inclusão no mercado de trabalho e na geração de rendas para o nosso povo. Não basta dizer que milhões de brasileiros foram incluídos na sociedade de consumo, é preciso incluí-los na sociedade de trabalho para que esse consumo e 14

15 trabalho sejam estáveis e possam crescer e ser melhor remunerado. Isso, então, exige a produção de tecnologias específicas para esse fim. Eu poderia dizer: eu vivo na Amazônia e faltam-nos geradores de energia capazes de funcionar com biomassa, ou produção de biocombustíveis a partir da biomassa da floresta que não deixe resíduos tóxicos. O problema é um desafio tecnológico complexo, mas que poderia mobilizar nossos melhores laboratórios tecnológicos para resolvê-lo. Por que isso? Porque a economia de todo o povo que vive ao longo dos rios depende da pesca, dos peixes. As comunidades de pescadores estão distantes centenas de quilômetros dos centros urbanos e precisam de refrigeração, e refrigeração depende de energia. Hoje, essa refrigeração é fornecida por geradores que funcionam a diesel e gasolina. O diesel e a gasolina custam três, quatro vezes mais por litro lá no interior do que nos centros urbanos. Ou seja, são preços proibitivos para povoados e gentes que vivem muito modestamente, que vivem quase de troca, de pesca, banana e mandioca. Pescam, plantam e têm uma renda monetária muito pequena. Então a geração de energia barata representa muito, não só para o bem-estar dessas gentes, mas para a própria segurança da Amazônia. Em geral, se fala das dificuldades de defesa da Amazônia. O nosso grande desafio é que uma Amazônia ocupada por gente pobre, sem condições de operar equipamentos de comunicação, não é defensável, não há exército que consiga defender uma terra que é habitada por gente muito pobre. Então, é uma questão estratégica. É mais importante dar ao povo da Amazônia e aí vale para a Pan-Amazônia, a Amazônia que abrange os países vizinhos, Peru, Guianas, Colômbia, Venezuela e Bolívia, mais vale dar a eles as condições de gerar renda do que comprar os aviões Grispen ou Mirage que dificilmente vão nos ajudar na defesa da Amazônia. O sr. mencionou o papel dos indígenas na defesa do Vietnam e na derrota do exército dos EUA em Sim, aí eu lembrei, o Vietnam derrotou os EUA e impôs uma derrota humilhante graças à participação do povo que vive nos seus igarapés, nos seus rios, no interior, que se envolveu na guerra como protagonista, não apenas como soldado, mas abrindo uma rede de cumplicidade na floresta que permitiu aos exércitos vietnamitas se mover como peixes na água e tornaram um inferno a vida dos soldados americanos. É um exemplo magnífico para mostrar que guerras às vezes se vencem com conhecimento dos ambientes de batalha e que as bicicletas e fuzis podem vencer bombardeiros e canhões que na floresta se revelaram pouco eficientes. Basta andar na floresta para saber disso. Se essas são as premissas, quais são as soluções? Eu vejo no nosso horizonte alguns projetos que estão em sintonia com a integração política dos países amazônicos. Por exemplo, nós deveríamos ter cem mil estudantes dos países latino-americanos envolvidos nesse projeto de integração latino-americana. Que sejam brasileiros em países vizinhos, ou que sejam estudantes bolivianos, peruanos, venezuelanos, argentinos, chilenos, uruguaios, que venham ao Brasil. Então o Ciência Sem Fronteiras, que é uma das pérolas da coroa, poderia ser estendido, com igual escala, para os estudantes latino-americanos. Por quê? Está-se mandando os jovens para estudar engenharia lá fora para melhorar a competitividade da nossa indústria, para internacionalizar a juventude. E, com isso, pelo que dissemos antes, vemos que não bastará ser mais competitivos, precisaremos alargar, dar novas dimensões ao nosso universo cultural, científico e tecnológico para que ele seja respeitado no cenário internacional. Se nós queremos de fato ocupar uma posição de destaque entre os Brics, um Brasil com 200 milhões é ainda pequeno, mas se juntarmos os países da América Latina, chegamos a 400 milhões, um mercado de porte respeitável. O sr. chegou a falar de recursos hídricos... Sim. Devemos pensar em viabilizar o que foi apresentado pelo Roberto Conde ontem a noite. Que se fabrique parte de determinados equipamentos no Uruguai, parte no Brasil, parte na Argentina, que se montem no Paraguai, que a construção seja comum. Na Europa se faz assim. Uma coisa é feita na Alemanha, outra na França; os aviões da Airbus se fazem em três ou quatro lugares. Por que nós não poderíamos pensar em um sistema desses, a ser implementado em prazos longos. Devemos, para isso, unificar a formação dos recursos humanos? Há projetos desse tipo, mas são tímidos, e não podem se limitar à formação de gente, há também grande necessidade de conhecer melhor a nossa terra. Por quê? O conhecimento que temos até agora é o conhecimento funcional a um desenvolvimento da economia de mercado assim como ela está, 15

16 uma economia que admite grandes bolsões de pobreza e que não foi capaz de reduzi-los até agora por meios de mercado; se eles foram reduzidos foram por específicas decisões de governo. É preciso conhecer mais e melhor o nosso povo, não só o brasileiro, o venezuelano, o boliviano, o peruano, o equatoriano. Se conhecemos pouco da Amazônia brasileira, se incluirmos a Amazônia dos outros países, a cartografia social que conhecemos é muito pobre. É muito difícil promover uma integração de territórios e comunidades mal conhecidas. Há desafios para os cientistas sociais, para os planejadores, para os políticos, para os programas multidisciplinares de ciências, para dar resposta a essas questões. Não só nas áreas humanas, desconhecemos grande parte do patrimônio genético da Amazônia, para não falar de outros biomas como o cerrado, pantanal etc. que são compartilhados com outros países. Conhecer mais deve ser nosso propósito de integração sul-americana. É fácil explorar os recursos naturais, minerais e hídricos, mas difícil evitar a predação e melhorar o IDH regional. Um navio de ferro vale um pouco mais que uma mala de chips, ou vale o mesmo que um pequeno frasco de veneno de jararaca. Criar cobra para tirar veneno. Por que não? Os indianos fazem isso. Há um mercado de toxinas, fungos especiais que poderia ser muito bem explorado, mas é preciso investir, é preciso conhecer mais, se dedicar a isso. Os minérios... a gente vai cavando, bota num navio e manda embora... e deixa um buraco. No caso dos recursos naturais podemos explorá-los de maneira inteligente, cautelosa, cuidadosa, e ter rendas muito superiores. O futuro depende de maior conhecimento para oferecer recursos naturais ao nosso povo para que ele possa extrair renda. Para criar aranhas e cobras é preciso ter muita habilidade, e essa habilidade nossos ribeirinhos têm de sobra. Quem não tem somos nós ou os planejadores de Brasília, que nem imaginam como se poderia entrar ou sair da floresta. Outra questão é a dos recursos hídricos. Um dos sistemas geológicos mais aglutinadores do Mercosul, hoje, é o aquífero Guarani, que tem sido estudado com cuidado e hoje se encontra razoavelmente mapeado. Mas se eu disser a você que embaixo da Amazônia toda tem um aquífero maior que o Guarani e que envolve Bolívia, Peru, Venezuela, etc., você vai dizer que nem sabe disso. Isso é o que espanta. Um dos grandes tesouros de reserva de água doce do planeta não é conhecido, não está mapeado. De Belém até Manaus temos o aquífero Alter do Chão, de Manaus até os Andes, temos o aquífero Amazonas, que se estima ser maior do que o Guarani. Não se trata de um poço ou um tanque subterrâneo de água, trata-se de rochas esponjosas impregnadas de água. Parece que ele é o responsável pela regularidade do fluxo de águas da bacia amazônica entre as épocas de seca e cheia. Então, é uma questão com importância climática e social muito grande, porque, por incrível que pareça, as comunidades ribeirinhas têm carência de água potável, uma vez que a água do rio não se pode beber, pois é contaminada por material orgânico. Não necessariamente material orgânico de origem antrópica, mas de micro-organismos que vivem e se reproduzem na água e tornam essa água imprópria para beber. É possível filtrar, mas os filtros não estão sempre disponíveis. Enfim, se pudéssemos fazer um poço e extrair água para as comunidades, vilas etc., isso seria muito importante. Então tecnologias sociais para a integração, para o desenvolvimento, para a dignidade humana. Essas são as propostas. Outra proposta que mencionei, e que também está ao nosso alcance, é ampliar de um fator pelo menos por dez os programas de divulgação científica, de popularização da ciência: semanas da ciência, programas de jardins botânicos e museus, enfim, lugares onde o povo possa ir e aprender mais, perder aquele temor que tem pela ciência como um instrumento de dominação, de expropriação da paz e das poucas riquezas ao alcance de todos. Poderíamos multiplicar os programas de intercâmbio latino-americanos existe hoje a Rede de Popularização da Ciência na América Latina, a Red Pop, inclusive dirigida pela brasileira Luisa Massarani, que poderiam ajudar nesse projeto de integração da América Latina e da inclusão social e da mobilização não só de dez ou vinte milhões de pessoas atentas ao que acontece no mundo da ciência, mas cem, duzentos milhões que estejam atentos e mobilizados nos avanços e uso popular da ciência e da técnica. Isso é importante porque faz com que os adultos vejam com simpatia o interesse das crianças pelos avanços da ciência, por estudar, para conhecer e ser eles mesmos estudiosos da natureza, e reduzir o impacto dessas feiras de ignorância que se espalham pelas nossas vilas e comunidades mais carentes, em que vendem salvação eterna em troca de uma perseverante ignorância dos e temor perante os fenômenos naturais. Então, esse foi o segundo ponto; eram quatro: eu acho que mencionei o Ciência Sem Fronteiras para a integração latino-americana, a divulgação e popularização da ciência, a cartografia social necessária e o aumento de conhecimento sobre os recursos naturais não entendidos 16

17 apenas como os recursos minerais e hídricos, mas incluindo neles toxinas micro-organismos fitoterápicos e outros possíveis. Esses eram os principais pontos. 17

18 DEPOIMENTO Ivan Ramalho Nós estamos em um momento de ampliação em função do ingresso de novos sócios. Com o ingresso da Venezuela, nós demos início a uma mudança importante no mapa geopolítico do Mercosul. Como vocês sabem, há cerca de vinte anos atrás, quando o Mercosul foi criado, ele estava concentrado naturalmente no Cone Sul: Argentina, Uruguai, Paraguai e principalmente as regiões Sul e Sudeste do Brasil, que estavam mais próximas desses países, e que naturalmente participaram mais desse processo de integração. Ora, agora com a entrada da Venezuela, a região Norte brasileira passa a ter como vizinha também um Estado membro, e depois disso nós já tivemos também a confirmação da Bolívia; a decisão política da Bolívia ingressar como Estado Membro do Mercosul já foi tomada e hoje nós temos um grupo trabalhando já nas questões normativas. Naturalmente que há todo um cronograma, aprovação ainda dos parlamentos e tudo o mais. Além desses dois, há também uma perspectiva grande do Equador ingressar. Tivemos a associação também, agora recente, do Suriname e da Guiana. Todos são países vizinhos da região Norte. Então, eu tenho comigo que existe uma importância muito grande principalmente para a região Norte brasileira. Para a região Centro-Oeste também, que já era vizinha do Paraguai, agora também da Bolívia. Eu acredito que isso deve levar a uma ampliação tanto do comércio como da troca de investimentos. Isso vai ter um reflexo também nas questões sociais, nas iniciativas sociais do Mercosul, que são muitas. A gente tem que lembrar sempre que o Mercosul começou como um mercado, começou com foco principalmente na questão do comércio, mas o Mercosul tem uma agenda social, uma agenda de cidadania muito grande, muito importante e que eu acho que nós devemos sempre pedir às pessoas que conheçam mais, por exemplo, o Plano Estratégico de Ação Social; o Instituto Social do Mercosul, que tem atividades importantes, com sede em Assunção; o Instituto de Direitos Humanos, que com sede em Buenos Aires, que tem uma diretora que está participando aqui, hoje. Ou seja, são muitas as decisões, atribuições e iniciativas que existem no Mercosul, que não se restringem à questão apenas comercial, apenas de negócios. Na América do Sul, quanto representa do PIB o comércio feito pelo Mercosul? O PIB do Mercosul como um todo, que é o Produto Interno Bruto dos cinco países membros, hoje soma três trilhões e trezentos bilhões de dólares. Isso corresponde a 83% do PIB de toda a América do Sul. Mas nós não estamos ainda computando, evidentemente, a Bolívia, assim como outros países que poderão ser também Estados membros, acredito que no futuro relativamente próximo. Na sua intervenção, o senhor falou sobre dados do crescimento do Mercosul, não é? Do comércio também. Quando foi criado, nós tínhamos um comércio intrazona, ou seja, entre os países do Mercosul, de cinco bilhões de dólares; no ano passado, foi de 60 bilhões de dólares, ou seja, multiplicou por doze. No mesmo período, o comércio mundial, como um todo, cresceu seis vezes. Portanto, o comércio intrabloco dos países do Mercosul cresceu o dobro do que cresceu o comércio mundial como um todo, o que é uma prova indiscutível, do meu ponto de vista, de que a integração trouxe um benefício bastante grande da perspectiva comercial, com muitas repercussões positivas para todas as pessoas, as pessoas que trabalham, que produzem. Esse crescimento muito grande do comércio também fez com que aumentasse a troca de investimentos. Indiscutivelmente, ajudou bastante em tudo o que veio depois, principalmente da agenda social de mobilidade das pessoas, da própria mobilidade acadêmica, que as pessoas podem trabalhar em outros países, a contagem para a aposentadoria, por exemplo, se a senhora trabalha em outro país, conta tempo para se aposentar no Brasil, e vice-versa, entre muitas outras: eliminação de visto, eliminação de passaporte para o trânsito das pessoas. Eu digo sempre isso para enfatizar que o Mercosul não é só um acordo de comércio, como existem muitos no mundo. O Mercosul tem propostas e objetivos muito mais profundos no que diz respeito às pessoas e particularmente de ação social. 18

19 19

20 ARTIGO Integração regional e acordos de livre comércio Samuel Pinheiro Guimarães A conveniência da participação do Brasil em esquemas de integração regional e da negociação de acordos de livre comércio com países altamente desenvolvidos, e altamente competitivos na área industrial, somente pode ser avaliada a partir da situação real da economia mundial e da economia brasileira que se caracteriza hoje por quatro fatos principais: 1. a estratégia dos países desenvolvidos de procurar sair da crise através de políticas agressivas de abertura de mercados de terceiros países, de proteção de sua produção doméstica e de manipulação cambial, que desvaloriza suas moedas; 2. a política chinesa de expansão de suas exportações de produtos industriais e de abertura de mercados para seus produtos e para seus investimentos, em especial para a produção de commodities (produtos primários); 3. a importância do comércio intrafirma que chega a atingir 60% do comércio mundial, o que torna limitada e bastante retórica o conceito de livre comércio; 4. a presença avassaladora de megaempresas multinacionais, e de empresas estrangeiras de menor porte, na economia brasileira, não só no setor industrial, mas crescentemente no setor de serviços, tais como educação e saúde. A alternativa estratégica, para os países subdesenvolvidos como o Brasil, a uma política de inserção plena e irrestrita na economia mundial é a participação em esquemas de integração. Esta participação pode ocorrer: 1. em esquemas em que se encontram países desenvolvidos e países subdesenvolvidos, como é o caso do Nafta North America Free Trade Agreement, que inclui os Estados Unidos, o Canadá e o México; 2. ou em esquemas em que se encontram somente países subdesenvolvidos, como é o caso do Mercosul, de que participam a Argentina, o Brasil, o Paraguai, o Uruguai e a Venezuela; 3. ou através de acordos de livre comércio bilaterais, como o tratado de livre comércio entre o Chile e os Estados Unidos. No primeiro caso, a economia dos países subdesenvolvidos (e sua política econômica interna e sua política externa) se torna altamente dependente da economia e das políticas praticadas pelo sócio desenvolvido e sobre as quais não tem influência maior por não participar de seu sistema político/administrativo e, portanto, das decisões de política econômica que são adotadas pelo Governo do país desenvolvido. No segundo caso, os países subdesenvolvidos podem formar: 1. uma zona de livre comércio em que os países eliminam os obstáculos tarifários e não tarifários ao comércio intrazona enquanto mantém suas tarifas aduaneiras nacionais em relação às exportações de empresas situadas em terceiros países extrazona; 2. uma união aduaneira em que os países eliminam os obstáculos tarifários e não tarifários ao comércio intrazona e estabelecem uma tarifa aduaneira comum em relação às importações provenientes de empresas situadas em países extrazona; 3. uma união econômica (e eventualmente monetária) em que os países integrantes da união aduaneira também estabelecem políticas econômicas (cambial, tributária, trabalhista, creditícia, 20

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