Rede Eléctrica Nacional, S.A. PLANO DE INVESTIMENTOS DA REDE NACIONAL DE TRANSPORTE

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1 Rede Eléctrica Nacional, S.A. PLANO DE INVESTIMENTOS DA REDE NACIONAL DE TRANSPORTE PLANO DE INVESTIMENTOS DA REDE NACIONAL DE TRANSPORTE Volume 1 Texto e Anexos 1 a 7 Novembro de 2005

2 Nota Introdutória: O presente documento é uma versão simplificada do Plano de Investimentos da Rede Nacional de Transporte , para permitir uma consulta fácil da internet, sem que, contudo, tenha perdido a sua essência. Quaisquer dúvidas que a consulta deste documento possa suscitar deverão ser remetidas para a REN, S.A. através do correio electrónico comunicacao@ren.pt

3 Índice ÍNDICE VOLUME 1 TEXTO SUMÁRIO EXECUTIVO 1 1 ENQUADRAMENTO, ÂMBITO E CONTEÚDO ENQUADRAMENTO LEGISLATIVO E REGULAMENTAR ÂMBITO E CONTEÚDO 18 2 EVOLUÇÃO DAS CARGAS E DOS MEIOS DE PRODUÇÃO CENÁRIO DE EVOLUÇÃO DOS CONSUMOS PREVISÃO DE CARGAS ACTIVAS E REACTIVAS EVOLUÇÃO DO SISTEMA PRODUTOR 33 3 PRESSUPOSTOS DECORRENTES DO MIBEL 43 4 PRINCÍPIOS E CRITÉRIOS DE PLANEAMENTO PADRÕES DE SEGURANÇA DE PLANEAMENTO DA RNT OUTROS PRINCÍPIOS DE PLANEAMENTO CRITÉRIOS PARA OUTROS TIPOS DE INVESTIMENTOS 50 5 AMBIENTE E DESENVOLVIMENTO DA RNT OS PRINCÍPIOS DA SUSTENTABILIDADE ACTIVIDADE EMPRESARIAL COM MAIOR RELEVÂNCIA AMBIENTAL 55 6 CARACTERIZAÇÃO E JUSTIFICAÇÃO DOS INVESTIMENTOS E DA EVOLUÇÃO DA RNT AQUISIÇÃO DE ENERGIA ELÉCTRICA (AEE) TRANSPORTE DE ENERGIA ELÉCTRICA (TEE) Área 1 - Faixa litoral a Norte do Grande Porto Área 2 - Trás-os-Montes e eixo do Douro Área 3 - Grande Porto Área 4 - Faixa litoral entre o Grande Porto e a Grande Lisboa Área 5 - Beiras interiores Área 6 - Grande Lisboa e península de Setúbal Área 7 - Alentejo Área 8 - Algarve QUADROS RESUMO DE ENTRADA/SAÍDA DE EQUIPAMENTO Transformadores e linhas Meios de gestão de reactiva GESTÃO GLOBAL DO SISTEMA (GGS) Gestor do sistema Telecomunicações de segurança INFORMÁTICA REMODELAÇÃO DE INSTALAÇÕES SUBESTAÇÕES LINHAS INDICADORES DE EVOLUÇÃO 132 Plano de Investimentos da Rede Nacional de Transporte

4 Índice 8.1 LINHAS TRANSFORMADORES PAINÉIS DE 60 KV PARA A DISTRIBUIÇÃO ESTABILIDADE DO SISTEMA PRINCÍPIOS GERAIS ANÁLISES REALIZADAS E EM CURSO CONCLUSÕES EVOLUÇÃO DAS CORRENTES DE DEFEITO EVOLUÇÃO DA CAPACIDADE DE INTERLIGAÇÃO PREVISÕES PARA O ANO SEGUINTE PERSPECTIVAS PARA ALÉM DE EVOLUÇÃO DAS PERDAS CONDICIONANTES EXTERNAS E RISCOS VALORES DOS INVESTIMENTOS PREVISTOS DESAGREGAÇÃO GLOBAL DOS INVESTIMENTOS COMPARAÇÃO COM O PLANO ANTERIOR INVESTIMENTOS COMPARTICIPADOS 174 Anexos 1. Padrões de Segurança de Planeamento da RNT 3. Quadros e mapas de entradas em serviço de 2006 a Mapas da RNT de 2005, 2006, 2008 e Mapas mais relevantes de trânsitos de potência 14. Evolução das correntes de defeito Plano de Investimentos da Rede Nacional de Transporte

5 Índice Página em Branco Plano de Investimentos da Rede Nacional de Transporte

6 Sumário executivo PLANO DE INVESTIMENTOS DA REDE NACIONAL DE TRANSPORTE SUMÁRIO EXECUTIVO ENQUADRAMENTO O Plano de Investimentos da Rede Nacional de Transporte (adiante designado apenas por Plano ou PIR ) apresenta, de acordo com a regulamentação em vigor, os investimentos regulados a realizar pela REN, Rede Eléctrica Nacional, S.A., concessionária da Rede Nacional de Transporte (RNT) para o período até ao ano 2011 (inclusive), embora englobe também, a título indicativo, uma estimativa para os investimentos mais relevantes relacionados com a expansão daquela rede até final de Entre outros objectivos, este Plano dá resposta ao estipulado nos artigos 11º e 12º do actual Regulamento de Acesso às Redes e às Interligações (RARI), na sua versão de Agosto de Os vectores mais relevantes que estão na base das decisões de investimento deste Plano são os seguintes: 1. Garantia de abastecimento dos consumos. 2. Possibilidade de ligação de centrais de grande dimensão, hídricas e térmicas. 3. Criação de condições para a concretização dos objectivos nacionais no âmbito da Directiva Europeia de promoção das energias renováveis (Directiva 2001/77/CE) no que respeita à recolha e transporte da energia produzida, em particular da produção em regime especial (PRE). 4. Criação de condições técnicas de funcionamento da RNT e outros requisitos a nível da REN no âmbito da criação do Mercado Ibérico da Electricidade (MIBEL). 5. Necessidades de grande conservação ou remodelação de equipamentos em fim de vida útil. Plano de Investimentos da Rede Nacional de Transporte /175

7 Sumário executivo 6. Criação de soluções para alimentação dos projectos de linhas ferroviárias de alta velocidade (linhas ferroviárias AVE). O cenário de evolução dos consumos aqui assumido é o cenário alto e, relativamente à evolução do sistema electroprodutor, é adoptado o cenário de referência de sustentabilidade, ambos considerados no documento Perspectivas de Evolução do Sistema Electroprodutor Português Período (PESEP ) de Junho de Neste quadro, o consumo final, líquido do auto-consumo, evoluirá desde os 45,8 TWh em 2006 até aos 56,9 e 71,9 TWh, respectivamente nos anos de 2011 e 2016, a uma taxa média anual de 4,6% neste período de 10 anos. A evolução do parque produtor de grandes centrais hídricas considerada neste Plano é a assumida no citado cenário do trabalho de perspectivas de evolução do sistema electroprodutor, o qual, engloba, até 2016, as centrais do Baixo Sabor (2012), de Picote 2 (2012), de Linhares (2013), de Bemposta 2 (2014) e de Foz-Tua (2015). A nível de grandes centrais térmicas de base, encontram-se previstas no cenário de sustentabilidade do PESEP , até 2016, 6 novos grupos a carvão, 5 de ciclo combinado e 3 de ciclo simples. Os 4 primeiros novos grupos a carvão foram supostos, neste Plano, ficar localizados em Sines e os 5º e 6º em Lavos. Os ciclos combinados a seguir ao 3º grupo da central do Ribatejo foram assumidos alternar entre as zonas do Pego e Lavos, sendo o primeiro no Pego. Por outro lado, o último grupo de ciclo combinado a entrar neste período foi assumido dar início à substituição de grupos da primeira grande central térmica a desclassificar, a actual central do Carregado a fuel-óleo. Quanto a centrais de ponta e apoio em regime seco, assume-se a construção de três grupos de 250 MW de turbinas a gás, ciclo simples, a primeira no Algarve, em Tunes, para substituição em 2008 dos grupos da actual central aí existente que, entretanto, serão desclassificados. Os outros dois grupos foram admitidos situarem-se no Norte do País, na zona do Grande Porto, em 2011 e As desclassificações previstas de centrais são as dos grupos 3 e 4 da central de Tunes em 2008 (165 MW) da central do Barreiro em 2010 (56 MW), dos 6 grupos da central do Carregado em 2011 (710 MW) e dos 4 grupos da central de Setúbal em 2013 (946 MW). No que respeita à ligação de produção em regime especial (PRE), o Plano engloba um conjunto de reforços da RNT que irão permitir, no cumprimento dos Padrões de Segurança de Planeamento da RNT" em vigor, receber e transportar sem restrições significativas decorentes da RNT a potência proveniente da PRE que se prevê que venha a concluir os seus projectos até 2010 de acordo com as metas nacionais decorrentes da Directiva 2001/77/CE, as quais, na sua componente eólica, passaram entretanto dos 2600 MW considerados no PIR para os 3750 MW assumidos no PIR e, finalmente, para a meta considerada no PESEP e neste Plano de 4500 MW. Plano de Investimentos da Rede Nacional de Transporte /175

8 Sumário executivo Por conseguinte, houve necessidade de reestruturar, alargar ou antecipar alguns dos projectos de reforço na RNT necessários para escoar essa potência no respeito pelos referidos Padrões de Segurança relativamente ao que estava consignado no PIR , em particular aumentando a potência instalada de transformação. Este Plano não contém investimentos relativos à construção do novo aeroporto de Lisboa, os quais figuravam no PIR mas que foram, entretanto, retirados há algum tempo, enquanto se aguardava definição mais concreta de avanço deste projecto. Por outro lado, passou a incluir já um conjunto de investimentos ligados com a alimentação de 3 linhas ferroviárias AVE, mais exactamente Porto Vigo, Lisboa Madrid e Lisboa Porto em datas indicativas. A evolução destas soluções de ligação tem vindo a ser debatida no âmbito de um grupo de trabalho da REN, S.A. com a Empresa RAVE, S.A. CRITÉRIOS E ORIENTAÇÃO Os critérios de Planeamento adoptados para a definição da necessidade de reforços na rede são os que constam dos Padrões de Segurança de Planeamento da RNT propostos pela REN, S.A., os quais foram objecto de parecer favorável por parte da Entidade Reguladora do Sector Eléctrico (ERSE) e que se apresentam no Anexo 1 a este Plano. A avaliação de projectos alternativos para escolha da opção mais adequada para concretizar esses reforços é feita com recurso à respectiva comparação técnico-económica-ambiental. Procura-se igualmente uma optimização económica conjunta com investimentos das empresas de distribuição e de produção no quadro de referência de um trabalho conjunto entre a REN, S.A. e a EDIS. A redução de impactos ambientais, privilegiando a remodelação, a reconstrução ou o reforço de instalações antigas, em particular a reutilização de corredores de linhas em fim de vida útil, continua a constituir uma orientação de referência nas soluções adoptadas. Refere-se que, em consonância com o que se encontra consignado nos Padrões de Segurança de Planeamento da RNT acima referidos, continua a considerar-se que as subestações de entrega à distribuição com potência reduzida e fora de áreas críticas possam permanecer temporariamente sem redundância instantânea de alimentação a partir da própria RNT, desde que exista apoio de recurso através das redes de distribuição com tempos de comutação aceitáveis. Para além dos investimentos em construção, remodelação e manutenção de linhas e subestações, o Plano contempla igualmente algumas das restantes componentes mais importantes de investimento regulado englobando, para além dos terrenos destinados a novos centros produtores, sobretudo Plano de Investimentos da Rede Nacional de Transporte /175

9 Sumário executivo hídricos, os sistemas complementares fundamentais para o correcto desempenho conjunto da RNT e respectivas fronteiras com o sistema produtor e as redes de distribuição, os quais concorrem, tal como os reforços físicos da RNT, para a melhoria da fiabilidade de alimentação dos consumos. Estes últimos englobam as funcionalidades do gestor do sistema e ainda investimentos relacionados com os sistemas de protecção, de comunicações de segurança e informática. Refere-se ainda que as datas e consistências dos projectos são, na sua quase totalidade, as que estavam assumidas em Maio / Junho de 2005, altura em que se fixou o Orçamento da REN, S.A. para o período e em que se começaram a preparar os elementos para o presente Plano. Por este motivo, as alterações que entretanto ocorreram como, por exemplo, as recentes decisões do MEI de actualização de conteúdo e datas do projecto ferroviário AVE e também as relativas ao novo aeroporto de Lisboa já não puderam ser aqui consideradas. PROJECTOS MAIS IMPORTANTES Os grandes projectos de investimento contemplados neste Plano com início, desenvolvimento ou conclusão até ao final de 2011 são os seguintes: Reforço de ligação aos distribuidores vinculados Abertura, até 2011, de 12 novas subestações para entrega de energia que, conjugada com os reforços de transformação em subestações existentes, se traduzem pelo aumento líquido de 4972 MVA (em relação à potência instalada em finais de 2005) de capacidade de transformação instalada, destinada na totalidade ou maioritariamente a esta função. Em 2009, com a entrada em serviço da linha M. de Cavaleiros V.P. de Aguiar fechar-se-á mais uma malha da RNT a 220 kv com função repartida entre o apoio ao abastecimento de consumos e a recolha de produção PRE. A construção de uma nova estrutura de alimentação ao interior do Alto Alentejo com um fecho de malha por meio de linha 400 kv entre as subestações da Falagueira e de Évora com abertura de uma subestação de apoio à rede de distribuição na zona de Estremoz/Borba. Ligação de centros electroprodutores Até 2011, as ampliações que possibilitem a integração na RNT da produção de uma possível nova central de ciclo combinado a gás natural com 2 grupos de 400 MW, a ligar ao posto de corte Plano de Investimentos da Rede Nacional de Transporte /175

10 Sumário executivo do Pego, e ainda os reforços necessários para a ligação a 400 kv na subestação de Lavos de uma possível nova central de ciclo combinado a gás natural, com 1 grupo de 400 MW. As extensões e os reforços necessários à preparação da integração das novas centrais hídricas de Picote 2 e Baixo Sabor a entrar em serviço em Ligação de PRE A antecipação para 2006 na execução do fecho de malha a 220 kv entre as subestações de Ferro e de Castelo Branco, em face de metas e cenários anteriores de produção PRE. A instalação de um total de transformação MAT/AT de 1298 MVA predominantemente para recepção PRE. Prosseguimento da concretização de um acréscimo significativo do nível de compensação do factor de potência, tendo em vista não apenas a redução de perdas e a possibilidade de concretização mais tardia de alguns novos reforços da RNT, mas também permitir níveis mais elevados de importação de energia em certas situações e melhor escoamento de Norte para Sul de produção PRE. O total previsto de acréscimo é de 890 Mvar entre 2006 e Reforço interno de rede Conclusão do processo de ligação da rede de 400 kv na subestação de Alto de Mira mediante a chegada do segundo corredor de linha prevista a este nível de tensão resultante da reconstrução como dupla da actual linha simples a 220 kv Fanhões-Alto de Mira 2. A extensão da RNT a novas regiões do País visando, simultaneamente, criar melhores condições de alimentação dos consumos e facilitar o transporte da potência proveniente de instalações de PRE. Até 2009 destacam-se as novas ligações Castelo Branco Rodão (2005), Valdigem Bodiosa (Viseu) (2006), Bodiosa (Viseu) Paraimo (Anadia) (2007), Vila Pouca de Aguiar Valdigem (2007) e Macedo de Cavaleiros Douro Internacional (2007/08). A concretização da primeira linha a 400 kv para o Algarve, proveniente de Sines, e da terceira linha (dupla a 220 kv) de alimentação da subestação de Trajouce, tendo presente os elevados crescimentos dos consumos previstos para o Algarve e para a área ocidental da Grande Lisboa. A data para ambos empreendimentos é agora A concretização de novos pontos de articulação entre a rede de 400 kv e as de 220 e 150 kv, mediante instalação de autotransformação nas subestações de Pedralva (2006), Castelo Branco (2006), Paraimo (Anadia) (2007), Valdigem 2 (2009) e Douro Internacional (2009). Plano de Investimentos da Rede Nacional de Transporte /175

11 Sumário executivo A construção da segunda ligação entre o posto de corte do Pego e o litoral, mais concretamente da linha a 400 kv Pego Batalha em Será ainda reconstruída como dupla de 400 kv, em 2009, a actual linha Valdigem Vermoim e prosseguido o conjunto de reforços de capacidade de linhas existentes. Reforço da capacidade de interligação O prosseguimento do reforço da capacidade de interligação com a rede de transporte de Espanha, concretizada em fases sucessivas no tempo: 1. Conclusão do programa anteriormente iniciado de reforços de capacidade de linhas existentes a 220 kv, e já concretizado na sua maior parte, que representam ainda restrições mais activas nas capacidades de troca. 2. Reforço da capacidade de interligação na região do Douro Internacional mediante o reforço da capacidade existente a nível dos 220 kv e o estabelecimento de interligação a 400 kv. A REN, S.A. e a REE, S.A. prosseguem os estudos conjuntos de análise de novos reforços de ligação entre as duas redes, em particular tendo em vista as possíveis novas interligações Algarve Andaluzia e a segunda interligação entre o Minho e a Galiza, ambas a 400 kv, para além de, eventualmente, outras a tensões mais reduzidas de interesse regional. Ligação a clientes O estabelecimento de mais uma ligação para a REFER em Fatela destinada à conclusão da electrificação da linha ferroviária da Beira Baixa. O PIR inclui já, até 2011, alguns projectos definidos para a alimentação de linhas ferroviárias AVE, a primeira das quais, de acordo com as estimativas da RAVE, SA na altura em que foi fixada a programação deste Plano, estava assumida como a ligação Porto Vigo. Por isso, em 2010, é aqui representada a entrada em serviço da linha a 400 kv entre a zona do Grande Porto e Vigo a qual, para além de ter também a função de potencial futuro apoio à distribuição, permitirá ainda alimentar duas subestações ferroviárias e de proporcionar mais uma interligação a 400 kv. A estratégia de alimentação da futura linha ferroviária AVE Lisboa Madrid ditou também que o anel que havia sido definido a 150 kv no PIR entre a Falagueira Estremoz / Borba Plano de Investimentos da Rede Nacional de Transporte /175

12 Sumário executivo Évora vá ser concretizado com linhas isoladas para 400 kv, embora temporariamente a funcionar a 150 kv. Remodelações As reconstruções e as remodelações totais ou parciais dos equipamentos AT e transformadores de potência de algumas subestações em fim de vida útil e com equipamentos obsoletos, como sejam, Setúbal, Ermesinde e Carregado. A remodelação de sistemas de protecção, de comando e controlo e de supervisão e registo cronológico de acontecimentos de um conjunto de subestações da RNT, substituindo equipamentos obsoletos ou em fim de vida útil por equipamentos de tecnologia actual. Nos sistemas de protecção, destaca-se a continuação da instalação sistemática da função de protecção diferencial de linha. A continuação da concretização do programa de reforço de capacidade de um significativo número de linhas antigas, tendo em vista o abastecimento dos consumos e a recepção de PRE conjugados, sempre que possível, com a necessidade de reabilitação parcial de algum equipamento das linhas envolvidas. Tecnologias de informação O prosseguimento da renovação tecnológica dos sistemas de telecomunicações suportados essencialmente em fibra óptica e também em feixes hertzianos por forma a criar elevados níveis de segurança e qualidade de serviço. O prosseguimento da criação ou melhoria das plataformas informáticas que disponibilizem ferramentas e níveis de serviço adequados, quer quanto a aplicações corporativas quer a nível de segurança e monitorização. Os mapas das páginas seguintes sintetizam os projectos mais relevantes de evolução da RNT previstos para o período 2006 a 2011, o primeiro indicando os projectos respeitantes a linhas e o segundo a capacidade de transformação, autotransformação e baterias de condensadores. Também os mapas do Anexo 3 permitem visualizar com bastante facilidade os principais projectos previstos, ano a ano, para o período de 2006 a FIABILIDADE DO FUNCIONAMENTO DA RNT Os projectos de investimento contemplados neste Plano potenciam a manutenção de índices globais de fiabilidade idênticos aos actuais. A nível regional e local são, porém de antever melhorias no que Plano de Investimentos da Rede Nacional de Transporte /175

13 Sumário executivo respeita à fiabilidade na entrega à distribuição, resultante de uma política concertada entre as Empresas de transporte e distribuição no estabelecimento de malhas de 60 kv que permitem o recurso imediato em caso de falha de alimentação por parte da RNT. A nível geral, isto é, tomando como referência um indicador como o tempo de interrupção equivalente (TIE), as simulações da RNT feitas com o modelo Zanzibar para os anos de 2006, 2008 e 2011 mostram uma manutenção daquele indicador dentro de valores médios de 3 a 5 minutos anuais. Trata-se de um modelo de análise probabilística do comportamento da RNT face a ocorrências furtuitas de indisponibilidade dos seus elementos. Em termos regionais, assinala-se a importância na concretização, em data neste momento aqui assumida como 2010, da interligação a 400 kv Algarve Andaluzia, a qual irá beneficiar a garantia de abastecimento e a segurança em contingências extremas de toda a zona da RNT a Sul de Sines, com especial ênfase para o Algarve. Tal como já referido em Planos anteriores, será desviado em 2007 da subestação de Rio Maior um dos dois circuitos norte-sul a 400 kv existentes. Um deles, entre a subestação da Batalha e o posto de corte do Ribatejo, irá rodear a subestação de Rio Maior através do desvio de linhas na vizinhança da referida subestação criando a ligação directa entre aquelas duas instalações da RNT. Também são propostas condições para que o nó de Palmela venha a ser futuramente circundado por uma ligação a 400 kv, proporcionada pela construção do circuito duplo que introduzirá aquele nível de tensão na área de Fernão Ferro onde será instalada autotransformação 400/150 kv e, ainda, pela possibilidade de construção de um circuito a 400 kv directo entre Sines e a região da Grande Lisboa. Deste modo será diversificado o apoio de alimentação a toda a zona da margem Sul de Lisboa e península de Setúbal, neste momento muito dependente apenas da subestação de Palmela. A área a Sul do Porto, que também neste momento se encontra dependente de uma única instalação da RNT, a subestação de Canelas, com pontas que atingem já elevados valores, verá a respectiva fiabilidade de abastecimento acrescida através da criação de uma nova subestação na zona a Sul de São João da Madeira prevista para A nível local refere-se a concretização de diversos fechos de malha em MAT que deverão eliminar, dentro de alguns anos, todas as alimentações de subestações com apoio à distribuição em antena hoje ainda existentes. A mais curto prazo, em 2005, verificar-se-á a passagem para 220 kv de um dos circuitos Vermoim Amieira Custóias, neste momento em serviço a 60 kv e utilizado pela EDIS, por forma a estabelecer um segundo corredor em linha aérea de alimentação à subestação de Custóias e, ainda, a construção da linha Tunes Estói (agora prevista para 2006). Plano de Investimentos da Rede Nacional de Transporte /175

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16 Sumário executivo Em 2006 deverá também concretizar-se o fecho de malha que irá beneficiar as alimentações das áreas das cidades da Covilhã e de Castelo Branco. Em 2009 serão criadas as condições para a bialimentação à área de Chaves, actualmente o ponto de entrega à rede da distribuição de mais baixa fiabilidade na RNT, e efectuar-se-á uma malha no interior do Alentejo entre as subestações da Falagueira e de Évora, passando pela futura subestação de Estremoz / Borba. Obviamente, a fiabilidade da RNT na sua situação actual e previsível para os próximos anos dependerá, também, de todo um conjunto de factores que ultrapassam o planeamento da RNT como sejam a qualidade de desempenho dos equipamentos e dos sistemas de protecção, comando e controlo assim como a fiabilidade dos elementos a inserir na RNT nas instalações novas ou objecto de remodelação e ainda as respectivas práticas de manutenção. As simulações previsionais do funcionamento da RNT a nível de trânsito de potências nos regimes de ponta, intermédio e vazio, em situações de Verão e de Inverno, permitem concluir que se verificam os Padrões de Segurança de Planeamento da RNT na quase totalidade das situações quer em condições normais, com todos os elementos da rede em serviço, quer ainda em condições de contingência (perda por avaria ou indisponibilidade fortuita de elementos da RNT linhas, transformadores, etc.) de um desses elementos (segurança n-1 ), perda simultânea de grupo gerador + linha e em quase todas as contingências que decorrem da perda simultânea de dois elementos relevantes para efeitos de planeamento (segurança n-2 de aplicação apenas às linhas duplas mais longas ou nas áreas críticas da RNT áreas metropolitanas de Lisboa e do Porto). RISCOS MAIS RELEVANTES Região de Lisboa - subestação de Alto de Mira Depois de concluída a primeira parte da solução de introdução dos 400 kv na subestação de Alto de Mira, figura neste Plano o estabelecimento de uma nova ligação a 400 kv através da reconstrução da actual linha Fanhões Alto de Mira 2, permitindo completar a necessária garantia de abastecimento. É da maior importância que esta nova ligação se venha a concretizar logo que possível. Zona Ocidental de Lisboa - subestação de Trajouce De realçar a importância da concretização na data assumida neste Plano da terceira ligação à subestação de Trajouce por meio de nova linha dupla de 220 kv. Esta nova ligação é imprescindível e inadiável face às elevadas e sustentadas taxas de crescimento dos consumos na área de influência de Trajouce (concelhos de Oeiras, Cascais e Sintra, basicamente). A envolvente urbana desta obra é de elevada complexidade ambiental, tendo a REN, S.A. procedido a uma análise pormenorizada das diferentes situações, tendo em vista criar as condições para uma AIA com sucesso e a conclusão, embora difícil, desta obra no prazo previsto. Plano de Investimentos da Rede Nacional de Transporte /175

17 Sumário executivo Península de Setúbal O caso do reforço de capacidade de abastecimento à península de Setúbal envolve dois projectos estruturais da maior relevância, que terão que ser concluídos em tempo útil, aos quais estão associados riscos do mesmo tipo dos referidos nos casos anteriores: a construção de uma ligação a 400 kv vinda de Palmela até à área de Fernão Ferro e ainda a construção da segunda ligação a 150 kv entre Fernão Ferro e a futura subestação de Trafaria (anteriormente designada de Monte da Caparica). A REN, S.A. tem vindo também a preparar estes projectos com o maior rigor, em especial nas vertentes técnicas e ambientais que, em particular, permitirá abrir possibilidades à não necessidade de construir outra subestação na zona de F. Ferro, através de uma instalação blindada de 400 kv, que, neste nível de tensão, será a primeira da RNT. Quanto à segunda ligação a 150 kv referida, o Estudo de Impacte Ambiental e o projecto estão concluídos e seguirão para processo de AIA e de licenciamento. Salienta-se o desenvolvimento, em colaboração com a indústria nacional, de uma solução nova de apoios de tipo tubular para 150 kv, como instrumento de melhor integração no tecido urbano existente em quase toda a extensão desta ligação. No referente à ligação a 400 kv entre a subestação de Palmela e a subestação de Fernão Ferro foi lançado um estudo de viabilidade técnica e ambiental, tendo por objecto consolidar corredores, tipologia de apoios, etc., o qual está em fase de conclusão. São aqui particularmente importantes os contactos prévios com as autarquias, tendo por finalidade explicar o objectivo da infra-estrutura e as condições para a sua realização. Algarve O complexo processo de pós-avaliação da linha Tunes Estoi está em fase de conclusão, havendo já uma decisão favorável condicionada relativa a dois de três troços da linha, em conformidade com definição efectuada pelo Instituto do Ambiente e na sequência de um diálogo alargado com as diferentes entidades envolvidas, salientando-se o relevante papel que a AMAL tem desempenhado neste processo. Dado o grande atraso na entrada em serviço desta linha, continua a degradar-se cada vez mais o cumprimento das condições contidas nos Padrões de Segurança de Planeamento da RNT, em particular em situações de cargas de Verão quer na subestação de Estoi, que continua alimentada por uma só linha dupla de comprimento considerável, quer também no que respeita aos consumos que se apoiam na subestação de Tunes. Plano de Investimentos da Rede Nacional de Transporte /175

18 Sumário executivo Entretanto foram concretizadas já um conjunto de medidas de recurso para apoio da alimentação destas duas instalações incluindo o reforço dos meios de compensação de reactiva e de capacidade das linhas existentes Sines Tunes 1 e 2 e Ourique Tunes. Desta forma, e na medida do possível, o nível de segurança na alimentação do Algarve foi melhorado ao mesmo tempo que se minimizou a necessidade do recurso à geração, de elevado custo, dos grupos da central de Tunes. Apesar de todas as medidas, e porque a capacidade de basculamento de cargas entre Tunes e Estoi por parte da rede de distribuição tem limites, em caso de falha da linha Ourique Estoi, será já hoje significativo o número de horas em que não será possível garantir o abastecimento dos consumos ligados à subestação de Estói correspondentes a uma área já bastante grande, em particular as zonas mais para nascente incluindo Olhão, Tavira, V. R. de Santo António e Castro Marim. Ainda relativamente ao abastecimento do Algarve, realça-se o significativo risco de abastecimento em caso de qualquer atraso que venha a afectar a data de construção da nova linha Sines Portimão prevista neste Plano para finais de Efectivamente, esta linha será imprescindível para aumentar a capacidade de colocação de potência em todo o Algarve (subestações de Portimão, Tunes e Estói) a partir do centro produtor de Sines. O respectivo processo de AIA está em fase de conclusão, tendo tido também alguma complexidade quer de análise, quer de modificações, particularmente nos descritores de ecologia de avifauna (preservação da águia de Bonelli) e de quirópteros. VALORES DOS INVESTIMENTOS O total de investimento regulado a custos directos externos (CDE), referido a preços constantes de Janeiro de 2006, para o período de 6 anos entre 2006 e 2011 ronda os 1080 milhões de euros a que corresponde um valor de investimento médio anual de 180 milhões de euros. No entanto, o valor do investimento não se distribuirá uniformemente ao longo dos 6 anos em análise, antes tendo um patamar entre os 200 e os 212 milhões de euros a CDE entre 2006 e 2009 e assumindo valores mais baixos em 2010 e 2011 (respectivamente, 163 e 102 milhões). O quadro seguinte especifica os valores anuais correspondentes a custos directos externos. As figuras seguintes mostram a desagregação relativa do volume de investimento regulado total por diversas rubricas e ainda a desagregação da componente de Transporte de Energia Eléctrica específica (TEE) pelas suas diferentes sub-rubricas. Este Plano apresenta pois, por comparação com o PIR , um acréscimo de investimento de 10% (de 161 para 180 M anuais) cujos motivos se encontram expostos em detalhe no capítulo 14 e que se podem atribuir, sinteticamente, ao aumento de crescimento de consumos previsível, ao alargamento das metas de PRE eólica de 3750 para 4500 MW, à necessidade de garantir valores adequados de capacidade de interligação no âmbito do MIBEL e à consideração de algumas Plano de Investimentos da Rede Nacional de Transporte /175

19 Sumário executivo soluções mais dispendiosas de ligação de grandes centrais térmicas e novas centrais hídricas por constrangimentos ambientais e outros. DESAGREGAÇÃO DO INVESTIMENTO DA REN Custos directos externos Total de Investimento Regulado Transporte Transporte de Energia de Energia Eléctica (TEE esp.) esp.) Gestão Global do Sistema 2.97% Aquisição de energia eléctrica 2.27% Investimento não específico 0.91% Transporte de energia eléctrica 94% Desenvolvimento da rede 21.2% Promoção ambiental Promoção Ligação a Remodelações 0.2% ambiental grandes centrais Sistemas de informação 12,9% 0,2% Ligação a 7,8% grandes Ligação de PRE 0.1% centrais 15,7% Remodelações 7.7% Ligação de PRE Desenvolvimento Sistemas e 12.8% 15.7% da rede equipamentos 21,2% secundários Sistemas e 0,5% Clientes equipamentos e modif. p/ terceiros secundários 2,5% 0.5% Reforço da capacidade de interligação 11.8% Reforço da capacidade de interligação 11,8% Ligação à distribuição vinculada 27,5% Ligação à distribuição vinculada 27.5% Clientes e outros 2.5% De salientar que os valores de investimento são apresentados a preços constantes referidos ao ano inicial de cada Plano, o que justifica uma subida de cerca de 5 a 6% nos índices de preços entre o actual Plano e o anterior, elaborado há 2 anos. Plano de Investimentos da Rede Nacional de Transporte /175

20 Sumário executivo Síntese de investimentos previstos Custos directos externos, a preços constantes de Janeiro de 2006 Investimentos regulados (custos directos externos) I INVESTIMENTO ESPECÍFICO Anos Unidade: TOTAIS 1. Aquisição de energ. eléctrica (AEE) 1.a Terrenos para centros produtores Total AEE específico Transporte de energ eléctrica (TEE) 2 a Ligação a grande c produtores 2 a 1 Grande hídrica a 2 Grande térmica b Ligação a PRE c Reforço da cap interligação d Ligação à distribuição vinculada e Clientes e modificações p/ terceiros Novas alimentações REFER RAVE f Reforço interno da RNT Desenvolvimento da rede Remodelação de instalações Sist e equipa secundários g Meios de gestão de reactiva (1) 2 h Promoção ambiental Total TEE específico Gestão global do sistema (GGS) 3 a Gestor do Sistema b Gestor de Ofertas c Telecomunicações de segurança Total GGS específico TOTAL DE INV ESPECÍFICO II INVEST NÃO ESPECÍFICO TOTAL DE INV NÃO ESPECÍFICO TOTAL INV REGULADO (I + II) Comparticipações (Natureza) PRE REFER Programa de incentivos (PRIME) Aprovado ou em aprovação Estimado Redes Transeuropeias (TEN) Aprovado ou em aprovação Estimado (1) A verba com esta rubrica não é adicionada aos totais pois ela já se encontra repartida pelas outras rubricas de TEE Plano de Investimentos da Rede Nacional de Transporte /175

21 Sumário executivo Página em Branco Plano de Investimentos da Rede Nacional de Transporte /175

22 Enquadramento, âmbito e conteúdo 1 ENQUADRAMENTO, ÂMBITO E CONTEÚDO 1.1 ENQUADRAMENTO LEGISLATIVO E REGULAMENTAR O planeamento da RNT e, mais especificamente, a obrigatoriedade por parte da concessionária da RNT de elaborar, periodicamente, planos de investimento para esta rede, estão consignados a diversos níveis, na legislação e na regulamentação do sector eléctrico. Assim, o Decreto Lei (DL) 185/95, que estabelece o regime jurídico do exercício da actividade de transporte de energia eléctrica, estipula no seu artigo 22º Exploração da RNT que a concessionária deve assegurar o planeamento e o desenvolvimento da RNT, desígnio também contemplado no Contrato de Concessão assinado entre a REN, S.A. e o Estudo Português, o qual, correspondentemente, assume na sua cláusula 2ª o planeamento e desenvolvimento da RNT como integrando o objecto da concessão e, mais adiante, na cláusula 11ª estipulando que A concessionária deve elaborar periodicamente o plano de investimentos da RNT, o qual deve ser submetido a parecer da ERSE A nível regulamentar, o actual (2005) Regulamento de Acesso às Redes e Interligações (RARI) define: Artigo 11º : Planeamento das redes e interligações. Os operadores das redes de transporte e de distribuição MT e AT em Portugal continental devem elaborar os planos de investimento das suas redes, assegurando a coerência dos respectivos planos e proceder ao seu envio para a ERSE para parecer. Artigo 12º : A metodologia do planeamento das redes e interligações. Estipula, em particular, que a REN, S.A. deve apresentar o conjunto de cenários de previsão utilizados no planeamento e a necessidade de demonstrar, a nível técnico, o bom funcionamento das redes, e a apresentação de justificações técnico-económicas dos projectos mais relevantes com indicação de alternativas e valores orçamentados. Artigo 13º : O processo de planeamento das redes e interligações. Este artigo, e pela primeira vez na edição de 2005 do RARI, define que a proposta de plano de investimento será objecto de consulta pública prévia, a qual deve envolver um conjunto de iniciativas de divulgação e de sessões públicas de esclarecimento. Dado que as novas edições de 2005 dos regulamentos da ERSE, e em particular do RARI, foram publicadas já em Agosto do corrente ano, não foi materialmente possível à REN, S.A. elaborar o Plano de Investimentos da Rede Nacional de Transporte /175

23 Enquadramento, âmbito e conteúdo Plano de Investimentos da Rede Nacional de Transporte para o período (PIR ) já completamente de acordo com as indicações daquele regulamento, em particular no que respeita à realização de consulta pública prévia. O planeamento da RNT é também referido no Regulamento das Relações Comerciais (RRC) no seu artigo 27º Transporte de Energia Eléctrica em cujo nº 2, alíneas a) e b) se estipula que o operador da RNT, no âmbito da actividade de transporte de energia eléctrica, deve: Alínea a) Planear e promover o desenvolvimento da rede de transporte e interligação por forma a veicular a energia eléctrica dos pontos de recepção aos pontos de entrega assegurando o cumprimento dos padrões de segurança que lhe sejam aplicáveis. Alínea b) Assegurar, a longo prazo, a capacidade necessária à segurança de abastecimento e a pedidos de acesso à RNT, por parte dos utilizadores de redes, nos termos do disposto no RARI. O planeamento da RNT é ainda citado no DL 312/2001 que define o regime de gestão da capacidade de recepção de energia eléctrica nas redes do SEP proveniente de centros electroprodutores do SEI, mais exactamente no seu artigo 8º Planos de investimento nas redes do SEP, estipulando a obrigatoriedade de elaborar o plano de investimentos da RNT e submetê-lo a parecer da ERSE devendo apresentar o conjunto de propostas previstas no RARI, incluindo as relacionadas com a gestão da capacidade previsional da recepção da rede, atendendo às previsões de expansão do sistema electroprodutor do SEI. 1.2 ÂMBITO E CONTEÚDO O PIR apresenta a proposta de evolução dos investimentos regulados da RNT, incluindo o detalhe de todas as obras na rede a efectuar no período e estimativas para os respectivos valores de investimento a custos directos externos. O Plano inclui todo um conjunto de informação técnica sobre o funcionamento previsional da RNT trânsitos de potência, análise da segurança perante contingências, capacidades de interligação e níveis de correntes de defeito com o objectivo de tornar clara a antevisão do seu funcionamento futuro e mostrar em que medida são cumpridos os Padrões de Segurança de Planeamento da RNT. Pela primeira vez em anexo, estudos e análises económicas em que se baseiam as decisões de Planeamento para os projectos mais relevantes são apresentados. Também pela primeira vez são apresentados capítulos relativos ao ambiente e à estabilidade do sistema (RNT + sistema gerador). Plano de Investimentos da Rede Nacional de Transporte /175

24 Enquadramento, âmbito e conteúdo O Plano está dividido em 3 volumes. O primeiro inclui o texto e a informação complementar essencial, o segundo os anexos de carácter mais técnico ou mais descritivo e o terceiro, em volume separado, os estudos e análises técnico-económicas em que se basearam as principais decisões de Planeamento. Esta terceira parte, que pela primeira vez é inserida no Plano, dada a sua extensão é apenas apresentada em formato electrónico (CD-ROM). O texto começa, no capítulo 2, por enquadrar os cenários de previsão de consumos e de cargas e de evolução dos sistemas produtores. O capítulo 3 faz uma descrição de pressupostos e objectivos relacionados com o Mercado Ibérico da Electricidade. O capítulo 4 apresenta os princípios e critérios de planeamento, em particular os Padrões de Segurança de Planeamento da RNT. O capítulo 5 apresenta o posicionamento da Empresa a nível de ambiente, na sua componente mais direccionada com diferentes temáticas envolvidas no desenvolvimento da RNT. O capítulo 6, pela primeira vez organizado por regiões, apresenta uma descrição e justificação dos empreendimentos mais importantes procurando-se, em especial, enquadrar os investimentos de desenvolvimento da RNT numa visão mais global da evolução desta rede. Neste capítulo faz-se referência a diversos estudos e análises de Planeamento da RNT em que se basearam as decisões sobre os projectos mais relevantes. O capítulo 7 apresenta as remodelações previstas em instalações da RNT. Seguidamente, e com base na simulação do funcionamento da RNT, apresentam-se previsões da evolução de índices globais de utilização de equipamento (capítulo 8), da evolução das correntes de defeito (capítulo 10) e da capacidade de interligação (capítulo 11). O capítulo 9 aborda a temática da estabilidade do sistema, de especial relevância tendo em vista o elevado valor previsto para a geração eólica. O capítulo 12 apresenta, pela primeira vez, uma previsão da evolução de perdas na RNT indicando, para os anos de 2006, 2008 e 2011 estimativas de gamas previsíveis de variações desta grandeza. No capítulo 13 abordam-se as situações de risco mais delicadas associadas com os atrasos verificados com a construção da linha Tunes-Estoi e ainda outros casos de empreendimentos futuros que apresentam maiores riscos para o funcionamento em segurança. Plano de Investimentos da Rede Nacional de Transporte /175

25 Enquadramento, âmbito e conteúdo O último capítulo (capítulo 14) apresenta os valores dos investimentos e respectivos valores desagregados por diversas rubricas e remete para os anexos correspondentes a listagem e a programação detalhada da execução de todos eles. No anexo 1 figuram os Padrões de Segurança para Planeamento da RNT definidos pela REN, S.A. nos termos regulamentares e que foram aprovados pela ERSE. O anexo 2 apresenta e comenta de forma mais detalhada os resultados da análise de contingências nas diferentes redes simuladas no Plano. Os anexos 3 e 4 contêm mapas geográficos indicando os elementos a entrar em serviço em cada ano de 2006 a 2011 e os mapas no final de cada ano de 2005, 2006, 2008 e O anexo 5 engloba os esquemas unifilares representando a composição dos empreendimentos de desenvolvimento da rede MAT/AT, os quais permitem uma mais fácil visualização dos projectos que os constituem e dos respectivos custos. A lista geral dos investimentos com o detalhe da programação dos respectivos valores anuais figura no anexo 6. No anexo 7 indicam-se as distribuições de valores de investimento afectas a diversos objectivos de planeamento. Dos anexos incluídos no volume 2 salientam-se, pela sua importância, uma enumeração detalhada das cargas activas e reactivas em Verão e Inverno previstas para os próximos anos (anexo 9), das potências instaladas da PRE (anexo 10) bem como dos planos de produção (anexo11). Os resultados incluem os trânsitos de potências (anexo 12), diversos índices evolutivos de equipamentos (anexo 13) e os valores das correntes de defeito trifásicas e monofásicas em todos os seus barramentos (anexo 14). O anexo 15 apresenta um conjunto de mapas relativos à situação e evolução das redes de transmissão de dados e comunicação dedicadas exclusivamente às actividades reguladas da REN, S.A. O período formal de análise do Plano vai até ao final de No entanto, a título indicativo, alargase a análise até ao final de O interesse de incluir este segundo período decorre da necessidade de fundamentar parte dos investimentos dos anos finais do período os quais englobam uma componente de execução de projectos que já entrarão em serviço nos anos seguintes a 2011 e ainda possibilitar uma visão mais alargada no tempo de alguns aspectos da evolução necessária para a RNT. Plano de Investimentos da Rede Nacional de Transporte /175

26 Enquadramento, âmbito e conteúdo Assinala-se, no entanto, que os anos 2012 a 2016 são abordados de maneira menos completa nas análises de simulação e por isso as propostas apresentadas, para além de não abarcar todas as necessidades da RNT, têm carácter meramente indicativo devendo ainda, algumas delas, vir a ser sujeitas a avaliações técnico-económicas-ambientais em tempo oportuno. Por este motivo, não se exclui a necessidade de vir a alterar futuramente a composição e programação dos projectos agora propostos. Por outro lado, outros projectos aqui não indicados ou alterações dos que aqui figuram podem vir a ser necessários. Refere-se, por último, que os traçados de linhas novas e bem assim as localizações das novas subestações que figuram no texto e anexos deste Plano no médio prazo são meramente esquemáticos e indicativos já que, nesta altura, se desconhecem as localizações exactas que irão ter no terreno. Plano de Investimentos da Rede Nacional de Transporte /175

27 Enquadramento, âmbito e conteúdo Página em Branco Plano de Investimentos da Rede Nacional de Transporte /175

28 Evolução das cargas e dos meios de produção 2 EVOLUÇÃO DAS CARGAS E DOS MEIOS DE PRODUÇÃO 2.1 CENÁRIO DE EVOLUÇÃO DOS CONSUMOS A evolução dos consumos adoptada neste Plano é a que figura no PESEP como cenário de sustentabilidade associado ao cenário alto de evolução macroeconómica, considerando-se que o balanço oferta/procura de electricidade aí definido deverá ser suportado pelas correspondentes infraestruturas das redes públicas, nomeadamente a RNT. Recorda-se que o cenário de sustentabilidade do PESEP assume a concretização de um conjunto de acções decorrentes da implementação da Proposta de Directiva do Parlamento Europeu ao Conselho relativa à eficiência energética na utilização final e nos serviços energéticos (versão de Abril de 2005). Em linhas gerais, a aplicação desta Directiva, que se assume que terá efeitos a partir de 2008, comportará medidas de eficiência energética nos sectores dos serviços, indústria e residencial e ainda a promoção de soluções baseadas em demand response, conseguindo-se uma modulação da ponta anual de consumo em situação de contingência, a qual poderá, a partir do 6º ano de aplicação, atingir os 3%. No cenário alto de sustentabilidade as previsões de consumos globais do SEN e as respectivas taxas de crescimento para o período abrangido neste Plano, são as que constam do quadro 2-1. QUADRO 2-1 PREVISÃO DE CONSUMOS GLOBAIS (SUSTENTABILIDADE CENÁRIO ALTO) Consumo final Ano Total do Auto Continente consumo SEN (1) (2) (3=1-2) Taxa de cresc. (%) Perdas nas redes (4) Unidade : GWh Fornecimento (a) SEP + SEI Consumo (3+4) Ponta (b) (MW) ,8 4,2 4, (a) Valores referidos à emissão (b) Ponta calculada a partir dos valores de consumo supondo-se um factor de carga de 0,62 Plano de Investimentos da Rede Nacional de Transporte /175

29 Evolução das cargas e dos meios de produção As pontas quantificadas no quadro 2-1 serão satisfeitas, simultaneamente, pelos diferentes meios de produção do SEN e pelo balanço de trocas com o exterior. Para além dos crescimentos significativos da PRE, mais elevados ainda que os assumidos no anterior PIR , em especial da eólica, o que adiante será explicitado em pormenor, existe neste momento um quadro de evolução diferente por comparação com o Plano anterior sobre a calendarização, localização e tipo de centrais térmicas de grande dimensão a ligar directamente à RNT. Refere-se por último que, do ponto de vista do dimensionamento da RNT, a ponta de consumos a abastecer é a variável mais determinante, independentemente da energia efectivamente transportada, ou seja, independentemente da utilização da ponta de consumos. Daí que, do ponto de vista da RNT, se tenha considerado o cenário alto acima referido 2.2 PREVISÃO DE CARGAS ACTIVAS E REACTIVAS O ponto de partida para a previsão de cargas activas e reactivas nas subestações consistiu no tratamento estatístico dos registos disponíveis do consumo e da produção em cada ponto de entrega da RNT nos últimos anos, recorrendo também a taxas de crescimento recolhidas junto da EDIS. No final foi efectuado um ajuste anual dos montantes globais por forma a se alcançar uma coerência, a nível de taxas de crescimento, com a previsão energética global para o Continente assumida no PESEP Os valores de previsão para a carga activa máxima em cada um dos pontos de entrega da RNT, nos períodos sazonais de Verão e de Inverno, correspondem a situações de carga simultânea máxima, com uma probabilidade de cerca de 95% de não ser excedida. A situação de carga máxima de Verão em Portugal continental verifica-se, tipicamente, no mês de Julho. Contudo, no Algarve, contrariamente ao que se passa a nível nacional, o registo máximo de Verão verifica-se em Agosto. Para ultrapassar esta não simultaneidade e a fim de não tornar o número de casos a simular excessivo, assumiu-se substituir, na ponta de Verão como nas anteriores edições do Plano, os valores relativos às subestações de Tunes, Estói e Portimão na situação de carga nacional máxima simultânea pelos respectivos máximos simultâneos típicos em Agosto. A previsão de carga activa intermédia foi obtida a partir dos respectivos máximos utilizando-se, em cada ponto de entrega, factores típicos de relação intermédia/ponta, enquanto que a carga de vazio corresponde a situações de carga sazonal mínima simultânea no País. Em cada época sazonal e regime de carga, a respectiva parcela de carga reactiva foi obtida através dos factores de potência característicos de cada ponto de entrega, que se supõem constantes para o Plano de Investimentos da Rede Nacional de Transporte /175

30 Evolução das cargas e dos meios de produção futuro, embora o assunto do factor de potência na fronteira transporte - distribuição se encontre neste momento em debate, podendo ocorrer a sua melhoria no futuro. Recorda-se que a designação carga ou carga natural se refere ao valor da carga activa ou reactiva vista ao nível de AT ou de MAT, a qual será satisfeita pela totalidade da produção existente, independentemente de ela se encontrar na MAT ou inserida nas redes de distribuição. Assim, os valores da carga indicados em cada ponto de entrega são abastecidos quer pela RNT, via transformação MAT/AT, quer pela produção injectada nas redes locais de AT ou de tensões mais baixas. Apresenta-se nas páginas seguintes, a título de informação relevante para a compreensão da localização dos consumos, 4 mapas com classes de níveis de consumo absoluto, densidades de consumo por área de cada concelho do Continente, taxas de crescimento dos consumos nos últimos 5 anos e ainda com as pontas nas áreas de influência das subestações. As produções PRE de origens eólica, mini-hídrica, cogeração e outras mais relevantes são consideradas de forma explícita em cada subestação da RNT, sendo a sua simulação efectuada por meio de geradores equivalentes correspondentes ao agregado de cada um daqueles tipos de geração, na área de influência dessa subestação. As outras produções menos relevantes, caso o seu somatório seja inferior a 5 MW nas redes ligadas a uma subestação, são subtraídas às respectivas cargas naturais. Ter presente que a cogeração é representada com injecção de apenas cerca de 20%, em horas de ponta e cheias, da potência instalada (e 10% em vazio), apenas interessando para os trânsitos e fluxos na RNT o saldo físico entre produção e consumo próprio. Tal como em Planos anteriores apresenta-se na figura 2-1, para o Continente e para as zonas do Grande Porto, Grande Lisboa e Algarve, a evolução das cargas diárias nos dias de maior ponta de Verão e de Inverno em 1999/00, em 2004/05 e ainda no Verão de Na figura 2-2, e para as mesmas regiões da figura 2-1, apresenta-se a evolução das pontas de Verão e de Inverno desde 1999/00 até 2004/05 e também as do Verão do corrente ano. Em termos globais do Continente mantém-se uma subida das pontas de Inverno e de Verão as quais evoluíram, nos últimos 5 anos (de 1999/00 a 2004/05), respectivamente, a 4,4% e a mais de 3,9%. Se a área do Grande Porto mostra taxas mais moderadas, em particular de Inverno em que pouco passou de 1%, mas com 3,2% no Verão já na Grande Lisboa Norte (2,5% tanto de Inverno como de verão) e particularmente no Algarve, continuam a verificar-se taxas elevadas. Em geral, a progressão de pontas de Verão mostra uma maior regularidade relativamente à de Inverno, a qual é mais afectada por situações de frio extremo que não ocorrem todos os anos. Plano de Investimentos da Rede Nacional de Transporte /175

31 Evolução das cargas e dos meios de produção No Algarve continua a assistir-se a uma significativa subida das cargas de Inverno, embora nos últimos dois anos as pontas de Verão tenham sofrido uma pequena redução (441 MW em 2003, 436 MW em 2004 e 432 MW em 2005). A média de subida dos últimos 5 anos no Inverno rondou os 7,7%, passando a ponta de cerca de 301 MW em 1999/00 para 437 MW em 2004/05. As pontas de Verão subiram menos mas, mesmo assim, a uma taxa média que se mantém acima de 6%. Plano de Investimentos da Rede Nacional de Transporte /175

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36 Evolução das cargas e dos meios de produção FIGURA 2-1 EVOLUÇÃO DA CARGA EM DIAS DE MAIOR PONTA DE INVERNO E VERÃO 1999/00, 2004/05 E VERÃO DE 2005 Continente a) Grande Porto b) [MW] [MW] :00 04:00 08:00 12:00 16:00 20:00 00:00 [horas] 9.Jul Jul Jan Jan Jun.2005 a) Consumo SEP+SENV referido à emissão. 0 00:00 04:00 08:00 12:00 16:00 20:00 00:00 [horas] 24.Set Set Jan Jan Jul.2005 b) Engloba as entregas à rede de distribuição nas subestações de Canelas, Custóias, Ermesinde, Recarei e Vermoim, o consumo da Siderurgia da Maia e a produção (com telecontagem) injectada na área de influência destas subestações. Grande Lisboa (norte) c) Algarve d) [MW] 1000 [MW] :00 04:00 08:00 12:00 16:00 20:00 00:00 [horas] 0 00:00 04:00 08:00 12:00 16:00 20:00 00:00 [horas] 8.Jul Jun Jan Jan Jul Ago Ago Jan Fev Ago.2005 c) Engloba as entregas à rede de distribuição nas subestações de Alto de Mira, Carriche, Carregado, Fanhões, Trajouce, Sete-Rios e Sacavém e a produção (com telecontagem) injectada nas área de influência destas subestações. d) Engloba as entregas à rede de distribuição nas subestações de Estoi e Tunes e a produção (com telecontagem) injectada na área de influência destas subestações. Plano de Investimentos da Rede Nacional de Transporte /175

37 Evolução das cargas e dos meios de produção FIGURA 2-2 EVOLUÇÃO DAS PONTAS MÁXIMAS NO INVERNO E NO VERÃO 1999/00 A 2004/05 E VERÃO DE 2005 Continente a) Grande Porto b) (MW) (MW) / / / / / / / / / / / / / /06 ponta sincrona no verão ponta síncrona no inverno ponta sincrona no verão ponta sincrona no inverno a) Consumo SEP+SENV referido à emissão. b) Engloba as entregas à rede de distribuição nas subestações de Canelas, Custóias, Ermesinde, Recarei e Vermoim, o consumo da Siderurgia da Maia e a produção (com telecontagem) injectada na área de influência destas subestações. Grande Lisboa (norte) c) Algarve d) (MW) (MW) / / / / / / / / / / / / / /06 ponta sincrona no verão ponta sincrona no inverno ponta sincrona no verão ponta sincrona no inverno c) Engloba as entregas à rede de distribuição nas subestações de Alto de Mira, Carriche, Carregado, Fanhões, Trajouce, Sete-Rios e Sacavém e a produção (com telecontagem) injectada nas área de influência destas d) Engloba as entregas à rede de distribuição nas subestações de Estoi e Tunes e a produção (com telecontagem) injectada na área de influência destas subestações. Plano de Investimentos da Rede Nacional de Transporte /175

38 Evolução das cargas e dos meios de produção Em 2004/05 a ponta de Inverno (437 MW) foi ligeiramente superior à de Verão de 2005 (432 MW). Relativamente ao Algarve notou-se, nos últimos dois anos, alguma desaceleração nas taxas de crescimento de consumos, embora estas se mantenham elevadas no Inverno e claramente acima das médias nacionais. De notar que a ponta absoluta atingida foi de 448 MW em Março de 2005, portanto já fora dos períodos classificados como de Inverno e Verão. Esta situação inesperada correspondeu ao culminar de uma série de dias com temperaturas ambientes bastante baixas. O anexo 9 contém a listagem das previsões de cargas activas e reactivas típicas simultâneas por subestação para os diferentes anos em causa neste Plano, quer em situações de ponta quer em vazio e horas de carga intermédia. 2.3 EVOLUÇÃO DO SISTEMA PRODUTOR CENTRAIS DE GRANDE DIMENSÃO A evolução considerada para o sistema electroprodutor (exceptuando PRE) até 2016 é exposta na sequência, desdobrada em centrais térmicas e centrais hídricas. Recorda-se que a evolução base aqui assumida corresponde à do cenário de sustentabilidade do PESEP para o período Na óptica de desenvolvimento da RNT, torna-se imprescindível conhecer a localização deste tipo de centrais pelo que, neste documento, se assumiu uma hipótese de base neste âmbito. Grupos térmicos O cenário de sustentabilidade associado ao cenário alto de evolução da procura assume a concretização de novos grupos térmicos de grande dimensão tanto a carvão como a gás natural. No cenário base prevê-se o aparecimento até final de 2016 de 14 novos grupos térmicos de grande dimensão, sendo 5 de turbina a gás, ciclo combinado (TGCC) de 400 MW, 6 grupos de 450 MW a carvão e de três grupos de turbina a gás, ciclo simples (TGCS) de 250 MW. Para além do número de novos grupos geradores, um plano de investimentos na RNT tem de assumir uma hipótese base para a respectiva localização. Tenha-se presente que, dos referidos 14 grupos, neste momento apenas o primeiro tem localização já conhecida e assegurada tratase do terceiro grupo da central do Ribatejo (Carregado) a entrar em serviço industrial no final de 2005 ou princípio de Plano de Investimentos da Rede Nacional de Transporte /175

39 Evolução das cargas e dos meios de produção Neste Plano têm-se presentes hipóteses relativas aos grupos a carvão e ainda outras relativas aos grupos TGCC. Em linhas gerais, e para o cenário base de localização aqui adoptado: Tendo em conta que existem condições para aumentar significativamente a capacidade de descarga de carvão em Sines para cerca do dobro do volume actual, assumiu-se que os 4 primeiros novos grupos a carvão de 450 MW (2013 e 2014) se localizarão aí. Para os 2 grupos seguintes (2015 e 2016) a carvão, assumiu-se que apareceriam apoiados por descarga de carvão na zona da Figueira da Foz, pressupondo-se que se irão ligar à actual subestação de Lavos. Quanto aos novos grupos TGCC, a seguir o terceiro grupo da central do Ribatejo, e no desconhecimento da futura atribuição de pontos de recepção aos que, neste momento, têm pedidos de informação prévia (PIP s) respondidos, optou-se pela colocação dos três primeiros em duas áreas, Pego e Lavos, alternadamente, começando pelo Pego por ser aquela localização a que tem PIP mais antigo para um grupo TGCC. Assume-se a reutilização dos locais das actuais grandes centrais térmicas que, entretanto, vão ser desclassificadas, assumindo para isso um período de 5 a 6 anos entre desclassificação e entrada em serviço efectiva de novos equipamentos. Nesse sentido, e nesta hipótese base de localização, supõe-se que o último grupo TGCC a entrar no período não vinculativo deste Plano, mais exactamente em 2016, será construído na zona do Carregado no local da actual central do Carregado, cujos grupos a fuel serão desclassificados no início de Por último refere-se que, no cenário base de localização, Sines foi excluído para colocação de grupos TGCC tendo presente que, com a localização de mais 4 novos grupos de 450 MW de carvão será arriscado e menos seguro para o SEN imaginar uma concentração de potência para além dos 1192 MW da central neste momento existente mais os novos 4*450 MW a carvão. Foi ainda admitido, na hipótese base, que o primeiro grupo TGCS será instalado no Algarve para substituir os grupos de turbinas existentes na actual central de Tunes. Quanto aos outros dois grupos TGCS de 250 MW a entrar em serviço em 2011 e 2015, considerou-se a hipótese da sua colocação no Norte do País, mais exactamente na zona do grande Porto. Efectivamente, é importante que o Norte do País, onde se concentra uma fatia muito significativa de novas energias renováveis, em particular de eólica e grande hídrica, seja dotado de meios complementares que possam equilibrar alguns dos consumos locais em períodos de maior consumo e, simultaneamente, de produções hídrica e eólica reduzidas. Plano de Investimentos da Rede Nacional de Transporte /175

40 Evolução das cargas e dos meios de produção Para efeitos de análise de simulação da RNT neste Plano foi também considerado um cenário alternativo de localização e composição do parque produtor térmico de grande dimensão, relativamente ao qual se apresentam análises de sensibilidade. QUADRO 2-2 NOVOS CENTROS PRODUTORES TÉRMICOS DE GRANDE DIMENSÃO ATÉ 2016 Tipo de central Potência bruta (MW) Ano de entrada em serviço e localização (*) Cenário base Cenário alternativo Ciclo Combinado (TGCC) 1º grupo (3º CRJ) 2º grupo 3º grupo 4º grupo 5º grupo 6º grupo 7º grupo Ribatejo Pego Lavos Pego Carregado Até 2011 Até 2011 Sines Sines Carvão 1º grupo 2º grupo 3º grupo 4º grupo 5º grupo 6º grupo Sines Sines Sines Sines Lavos Lavos Térmicas de ponta Turbinas a gás TGCS 1º grupo 2º grupo 3º grupo Tunes T. Outeiro T. Outeiro Sistemas de armazenamento distribuído (SAD) 1º sistema 2º sistema 3º sistema Paraimo Valdigem 2 Riba d Ave (*) Assumindo em termos de cenários uma vez que a localização depende das respectivas autorizações legais/ambientais 3º CRJ 3º grupo da Central Termoeléctrica do Ribatejo. TGCS Turbina a gás de ciclo simples Nota O cenário alternativo apenas foi simulado em 2011 Plano de Investimentos da Rede Nacional de Transporte /175

41 Evolução das cargas e dos meios de produção Mais concretamente, analisa-se um cenário alternativo, para o ano de 2011, assumindo-se o aparecimento, para além do 3º grupo da central do Ribatejo, de mais 5 (em vez de mais 3) novos grupos de TGCC nas áreas de Pego (2 grupos), Lavos (1 grupo) e Sines (2 grupos). Este cenário corresponde a algum sobreequipamento em geração térmica, pelo que a análise aqui no PIR se centra nas situações de exportação em situações de pontas húmidas e secas. O quadro 2-2 sintetiza a informação sobre datas e localizações destes grupos e bem assim as alternativas de localização e composição do parque produtor térmico assumidas. Grupos hídricos A evolução prevista no PESEP para o parque hídrico no cenário de sustentabilidade é a que consta do quadro 2-3. Começa-se por referir que o aproveitamento de fins múltiplos do Alqueva já em serviço deverá, a partir de 2006, passar a ser reversível devido à conclusão do contra-embalse de Pedrógão. QUADRO 2-3 PREVISÃO DE NOVAS CENTRAIS HÍDRICAS DE GRANDE DIMENSÃO ATÉ FINAL DE 2016 Central Potência líquida (MW) Data de entrada em serviço Baixo Sabor Picote 2 Linhares Bemposta 2 Foz Tua 2 x 69 rev. 1 x x 231 rev. 1 x x 104 rev rev : grupos reversíveis O PESEP deixa de considerar as duas novas centrais reversíveis em Salamonde (2011) e V. Nova (2013) com uma potência considerável ( MW) que figuravam no documento semelhante de Também o aproveitamento do Picote 2 é agora assumido como não reversível. Em contrapartida, aparece a hipótese de criação do aproveitamento de bombagem pura de Linhares com uma potência de 2 x 231 MW. Plano de Investimentos da Rede Nacional de Transporte /175

42 Evolução das cargas e dos meios de produção DESCLASSIFICAÇÕES DE CENTRAIS A evolução prevista para o parque produtor inclui igualmente as desclassificações dos grupos térmicos referidos no quadro 2-4. QUADRO 2-4 PREVISÃO DE DESCLASSIFICAÇÕES DE CENTRAIS ATÉ FINAL DE 2016 Central Potência líquida (MW) Data de saída de serviço Tunes 1 e 2 Tunes 3 e 4 Barreiro Carregado Setúbal 2 x 16 2 x x x x 237 Jan Jan Jan Jan Jan Quanto a grupos hídricos, não se prevê qualquer caso de desclassificação. SISTEMAS DE ARMAZENAMENTO DISTRIBUÍDO O PESEP considera, pela primeira vez, no seu cenário de sustentabilidade, a concretização de sistemas de armazenamento distribuído (SAD s) com base em pilhas regenerativas de combustível. Mais concretamente, supõe-se a possibilidade de instalar um primeiro SAD com 50 MW em 2009, seguido, em 2010 e 2011 por outros dois, cada um com 200 MW, ou seja, perfazendo um total de 450 MW. Estes sistemas assumirão uma primeira componente de absorção de potência renovável em períodos de vazio e sua restituição em ponta, que será continuada pela entrada da bombagem pura de Linhares em Dado não se conhecer ainda em detalhe o quadro de concretização deste tipo de equipamentos, assumiu-se neste Plano, apenas para efeitos de simulação da RNT e do sistema electroprodutor, a sua localização em áreas de forte implantação de geração eólica e ligados a nós de rede com capacidade disponível, já que se trata também de equipamentos geradores que acrescem a sua potência (quando geradores) à do restante parque produtor. Plano de Investimentos da Rede Nacional de Transporte /175

43 Evolução das cargas e dos meios de produção MEIOS DE PRODUÇÃO EM REGIME ESPECIAL A evolução dos montantes globais de PRE ao longo do período 2006 a 2016 é a mesma que está assumida no PESEP , os quais cumprem os requisitos de contribuição de produção a partir das energias renováveis necessários para o cumprimento das metas nacionais e comunitárias neste domínio. No Quadro 2-5 são apresentados os montantes de PRE considerados em cada ano simulado neste Plano, tendo por base os 4500 MW de eólica em QUADRO 2-5 PRODUÇÃO EM REGIME ESPECIAL POR TIPO E MONTANTES GLOBAIS POR ANO (MW) Eólica Pequena hídrica Cogeração RSU Outras renov Totais Por comparação com Planos anteriores verifica-se a continuação da subida das metas para a componente eólica, as quais passaram dos 2600 MW no PIR para 3750 MW no PIR e agora para 4500 MW, sempre para o horizonte Acrescenta-se que, já depois de definidas as conclusões do PESEP , foi aberto pelo MEI um concurso para atribuição de novas potências eólicas com valores que deverão levar a potências instaladas em 2010 superiores aos 4500 MW aqui mencionados. Por uma questão de manutenção da coerência entre este PIR e o PESEP este novo facto não é considerado nesta edição do Plano. É conhecido o facto de a REN, S.A. ter desenvolvido uma nova abordagem para dar resposta, do ponto de vista de adequação da RNT, à concretização do objectivo nacional de criação de um grande novo vector de produção baseado na energia eólica, conjuntamente com alguma grande e pequena hídrica. Plano de Investimentos da Rede Nacional de Transporte /175

44 Evolução das cargas e dos meios de produção A REN, S.A. elaborou em 2001/02 um Plano de Reforço da RNT para a PRE o qual definiu um conjunto de novos desenvolvimentos para a rede por forma, por um lado, a criar ou antecipar algumas novas instalações em áreas de maior potencial eólico e/ou de maior número de pedidos de ligação e, por outro, tendo em vista alargar a capacidade de transporte para escoamento do aumento das potências geradas no interior do País para os centros de consumo. Por outro lado, foi também definida, com base na evolução previsional da RNT, englobando o Plano de Reforço da RNT para a PRE, uma previsão das capacidades de recepção de nova potência, ano a ano, e por cada nó da RNT, o que tem permitido à DGGE gerir a atribuição de pontos de recepção e a definição das potências dos projectos de PRE numa base de proporcionalidade. Tanto o Plano de Reforço para a PRE, (apresentado em anexo deste PIR e incorporado nos Planos de Investimentos da RNT subsequentes) como as capacidades de recepção têm sido sistematicamente actualizadas, acompanhando as metas sucessivamente mais ambiciosas para os objectivos de potência eólica a instalar em Portugal. Fruto deste processo, no momento em que o presente PIR é elaborado, encontram-se já atribuídos pontos de recepção para projectos eólicos num valor que ronda os 3800 MVA, dos quais 990 MVA já se encontravam ligados em finais de Setembro de 2005 no Continente, o que se representa geograficamente no mapa da página seguinte. Neste mapa são ilustrados igualmente os montantes adicionais de potência eólica já atribuída, por área de rede, até ao final de Setembro de 2005, assim como a potência simulada em Deste modo, as potências ligada e atribuída perfazem, actualmente, o montante referido de 3800 MVA. A perspectiva, neste momento, para os próximos anos é de rápido crescimento da potência eólica a entrar em serviço, em particular dos grandes parques que ligam directamente à RNT a 150 ou a 220 kv, de que se encontra agora apenas um em serviço, o das Terras Altas de Fafe com 86 MVA ligado a 150 kv à subestação de Riba d Ave e a Pampilhosa da Serra com 119 MVA (no total) ligado a 220 kv. Para além deste, estão previstos mais três parques ligados aos 150 kv (Alto Minho 1 (Pedralva) com 220 MVA o maior parque eólico de Portugal Gardunha (Castelo Branco) com 113 MVA e Pinhal Interior 130 MVA (Falagueira)) e um aos 220 kv, Penamacor (F. Ferro) com 129 MVA. De qualquer modo refere-se que a maioria (cerca de 80%) da potência eólica atribuída até agora será ligada a níveis de tensão iguais ou inferiores a 60 kv. Por grandes regiões, a situação prevista para 2010 é a que consta do quadro 2.6, para o valor global de 4500 MW aqui considerado. Plano de Investimentos da Rede Nacional de Transporte /175

45 Evolução das cargas e dos meios de produção VILA FRIA ESTARREJA 0 PEDRALVA OLEIROS MOURISCA PEREIROS FRADES ESPARIZ V. P. DE AGUIAR 152 RIBA D'AVE VALDIGEM TORRÃO CARRAPATELO BODIOSA VILA CHÃ CHAVES CHAFARIZ FERRO MOGADOURO/MACEDO POCINHO RIO MAIOR POMBAL PENELA BATALHA ZÊZERE 0 14 FALAGUEIRA C. BRANCO FANHÕES 2 A. DE MIRA 3 TRAJOUCE TORRES VEDRAS CARREGADO SINES PORTIMÃO TUNES Plano de Investimentos da Rede Nacional de Transporte /175

46 Evolução das cargas e dos meios de produção A produção eólica é aquela que irá provocar maior impacto na RNT, não só atendendo ao seu significativo montante absoluto, mas também porque a maior parte do seu potencial se situa em regiões montanhosas do interior com consumos pouco significativos e caracterizadas por redes desenvolvidas para os meios de produção até então existentes. Por conseguinte, está-se perante um alargamento de excesso de produção que é necessário transportar para os centros de consumo. Este facto, conjugado com a subida de cerca de 750 MW da meta global de eólica nos últimos dois anos (a acumular à subida de cerca de 1000 MW de 2001 para 2003), veio aprofundar a necessidade de reforços suplementares na RNT, de modo a que o seu transporte para a faixa litoral se faça de acordo com os Padrões de Segurança de Planeamento da RNT. A localização dos pontos de recolha previstos para a produção eólica não sofreu, no entanto, qualquer alteração relativamente à anterior edição do Plano. QUADRO PREVISÃO DOS MONTANTES DE POTÊNCIA EÓLICA POR REGIÃO, NO HORIZONTE 2010 Zonas Potência [MW] Minho 790 Oeste Sul Minho Trás-os-Montes 580 Beira Alta 740 Litoral Centro 630 Trás-os-Montes Interior Centro 780 Oeste 750 Sul 230 Total 4500 Interior Centro Litoral Centro Beira Alta O incremento da produção de pequena hídrica, embora de muito menor expressão (mais 100 MW até 2010 e mais 120 MW até 2016, perfazendo um total estimado nessa altura de 570 MW) encontra-se também amiúde localizado em zonas remotas do território coincidentes, na maior parte dos casos, com algumas das zonas de potencial eólico. Assim, do ponto de vista da RNT, a maioria dos projectos de reforço para receber a produção eólica serve também para alargar o escoamento da energia mini-hídrica. A cogeração é suposta evoluir, em termos de potência instalada, em quase mais 600 MW até 2016, altura em que atingirá cerca de 1875 MW instalados. Grande parte da sua produção é usada em consumos internos ao processo industrial. Como se sabe, na sequência da aplicação do DL 399/2002, tem-se verificado, a nível estatístico, uma individualização dos antigos autoconsumos nestas instalações relativamente às cogerações, o que Plano de Investimentos da Rede Nacional de Transporte /175

47 Evolução das cargas e dos meios de produção tem sido responsável por um aumento numérico e puramente estatístico no valor das taxas de crescimento dos consumos, mas sem correspondentes alterações nas condições técnicas de funcionamento das redes. Para além destes factores é ainda de assinalar que, na larga maioria das vezes, a cogeração se situa em zonas urbanas e/ou industrializadas onde a RNT tem, normalmente, uma estrutura bastante desenvolvida e, por conseguinte, com menores dificuldades de recepção por parte das redes de transporte e distribuição. No que se refere aos resíduos sólidos urbanos (RSU) é assumido neste Plano, de forma coerente com o PESEP , uma quase duplicação até 2016 da potência instalada, a qual passará de 90 para 180 MW. O biogás é utilizado em instalações de pequenas potências e de localização muito dispersa pelo que não é alvo de representação individualizada nas redes deste Plano. Assume-se que possa vir a haver em 2016 cerca de 60 MW instalados. Espera-se que se verifique um aumento significativo de utilização da biomassa, assumindo-se que poderá atingir os 240 MW em A energia solar fotovoltaica de maior dimensão será objecto de alguns projectos relevantes, em particular no Baixo Alentejo e prevê-se que 160 MW possam estar em serviço em Plano de Investimentos da Rede Nacional de Transporte /175

48 Pressupostos decorrentes do MIBEL 3 PRESSUPOSTOS DECORRENTES DO MIBEL A decisão de concretização do Mercado Ibérico de Electricidade (MIBEL) veio obrigar, como se sabe, os operadores das duas redes de transporte ibéricas, e em particular a REN, S.A., ao desenvolvimento de tarefas em diversas vertentes, entre as quais o planeamento coordenado das respectivas redes, por forma a que estas venham a assumir níveis mais elevados de capacidades de troca consentâneos com um ambiente de mercado. Este assunto começou a ser abordado, pela primeira vez, no PIR e, de forma mais aprofundada, no PIR , no qual se listou já um conjunto alargado de estudos feitos ao longo de 2002 e 2003, quer internos quer conjuntos com a REE, S.A., com o objectivo de definir os reforços e alterações de ambas as redes ibéricas que venham a melhorar sustentada e significativamente os valores de capacidade de interligação. Os valores indicados no PIR foram de 1000 MW para 2004/05 e de 1500 MW para o horizonte 2007/08 (ambos valores comerciais). Neste momento o primeiro daqueles objectivos já foi atingido visto que, se apenas se tiver em consideração as limitações de rede (isto é, excluindo na exportação, o limite adicional por vezes mais restritivo dos meios de produção disponíveis e mobilizáveis em cada momento), já raramente a capacidade de troca é inferior a 1000 MW, sendo frequentes, por outro lado, valores máximos da ordem de MW em períodos de vazio. Os valores médios de capacidades de troca rondam neste momento os 1450 MW, cerca de 17% da ponta anual prevista para Os elementos-chave para esta evolução foram a concretização no terreno de boa parte do programa de reforços de capacidade de linhas existentes definido há alguns anos e também a entrada em serviço das novas interligações a 400 kv Alqueva Balboa e A. Lindoso Cartelle 2. A REN, S.A. e a REE, S.A. prosseguiram em 2004 e 2005 os seus estudos conjuntos de planeamento do reforço da capacidade de interligação entre as suas redes actualizando e consolidando a programação dos reforços necessários para o prosseguimento do aumento da capacidade de interligação. Foram, entretanto, elaborados os seguintes trabalhos: Análise Estratégica Sobre o Reforço da RNT na Zona do Douro Internacional Relatório Síntese RL PRPR 9/2004 Outubro de Estrutura da Rede na Zona do Douro Internacional : Topologias Intermédias de Reforço e Capacidades de Interligação RL PRPR-DS 10/2004 Julho de Plano de Investimentos da Rede Nacional de Transporte /175

49 Pressupostos decorrentes do MIBEL Análise Estratégica Sobre o Reforço da RNT na Zona do Douro Internacional Relatório Final RL PRPR 16/2005 Novembro de Desarrollo de la Red de España y Portugal para la Implantación del MIBEL. Estúdio de Desarrollo de la Red de Interconnexión en la Zona de Duero Internacional a 400 kv. Horizonte Temporal 2008/2009 REE, S.A. Junho de Estes trabalhos conjuntos, como se pode deduzir dos respectivos títulos, foram centrados, sobretudo, na definição das alterações a introduzir na zona do Douro Internacional e, no caso da RNT, abrangendo também a zona de 220 kv (e futuramente também de 400 kv) da Valdigem. Os resultados e as decisões decorrentes serão apresentadas mais adiante no capítulo 6 (área geográfica de Trás-os-Montes e eixo do Douro). Em termos gerais refere-se que, para o ano de 2008, as redes simuladas neste PIR antevêem a possibilidade de se atingir uma meta de capacidade comercial de interligação um pouco superior a 1600 MW (valor que, embora não sendo mínimo absoluto, não será frequentemente ultrapassado por defeito), valor este que havia sido fixado como objectivo MIBEL para 2007/08 e que corresponde a 1800 MW de capacidade técnica. Para o horizonte 2011, procurar-se-á um aumento deste valor, acompanhando também o aumento dos consumos, e por isso são simulados 2000 MW técnicos para esse ano neste Plano, a que correspondem 1800 MW comerciais. Estas metas são um pouco mais elevadas que as referidas no anterior PIR Como é evidente, atingir metas neste domínio é um propósito sempre sujeito a alguma componente de risco, em particular porque não é possível antever a localização precisa dos novos grandes centros produtores térmicos e porque pode haver acréscimos de capacidades instaladas de PRE eólica para além do que aqui se encontra assumido, também em localizações que se desconhecem. Por outro lado, as extensões e reforços da rede agora previstos para as actuais datas objectivo podem vir a deslizar no tempo, relativamente à actual programação. Caso a localização dos novos centros produtores se venha a afastar razoavelmente do estabelecido nos cenários contidos neste PIR a REN, S.A. e a REE, S.A. poderão ter que actualizar os estudos de planeamento nesta matéria e daí poderá resultar a necessidade de novos reforços cuja viabilidade de concretização em tempo útil, poderá não ser possível, reduzindo-se as metas aqui referidas. Plano de Investimentos da Rede Nacional de Transporte /175

50 Pressupostos decorrentes do MIBEL Esta nota é válida tanto para a rede de Portugal como para a rede de Espanha, cujos cenários previsionais foram considerados pelas duas Empresas e que correspondem, portanto, à melhor previsão de momento, mas da qual a realidade futura se poderá, eventualmente, afastar. Neste enquadramento, o presente Plano aborda a questão da ligação da interligação Portugal Espanha numa perspectiva semelhante à adoptada no PIR , tomando como pressuposto os valores alvo de capacidade que se acabaram de referir e internalizando as conclusões dos novos estudos MIBEL mencionados, isto é: Assumindo na evolução da RNT e na rede da REE, S.A. os novos reforços detectados como necessários nos trabalhos conjuntos entretanto feitos e nos respectivos planeamentos internos. Incluindo no conjunto de simulações da RNT para os anos de 2008 e 2011 situações de trânsito de importação e exportação para os valores alvo indicados de capacidade técnica de 1800, e 2000 MW, respectivamente. Esta análise cobre algumas das situações mais relevantes para as redes 2008 e 2011 (para 2006 este assunto havia já sido estudado em documentos da REN, S.A. referidos no princípio do capítulo 11), embora, como facilmente se compreende, tendo em conta o enorme leque de combinações que resultam do cruzamento de situações de produção / consumo / hidraulicidade / época do ano / intensidade do vento, seja inviável incluir uma cobertura completa de análise de importações e exportações extremas num documento como este. Plano de Investimentos da Rede Nacional de Transporte /175

51 Pressupostos decorrentes do MIBEL Página em Branco Plano de Investimentos da Rede Nacional de Transporte /175

52 Princípios e critérios de Planeamento 4 PRINCÍPIOS E CRITÉRIOS DE PLANEAMENTO 4.1 PADRÕES DE SEGURANÇA DE PLANEAMENTO DA RNT Posteriormente à elaboração em 1999 do primeiro Plano de Investimentos da RNT (PIR ) nos moldes definidos no RARI, a REN, S.A. e a ERSE procederam a uma reflexão sobre critérios de planeamento da RNT, da qual resultou, em 2001, a versão dos Padrões de Segurança de Planeamento da RNT que se apresenta no anexo 1 deste Plano e que já figurava nos PIR e PIR O texto daquele anexo é suficientemente completo e detalhado, justificando-se apenas neste capítulo referir as linhas gerais adoptadas e tecer algumas notas complementares. NECESSIDADE DE REFORÇOS DA RNT E SUA AVALIAÇÃO Os projectos de investimento de expansão da RNT resultam, basicamente, das necessidades de: Reforço de alimentação à distribuição e a outros consumidores directamente ligados à RNT. Ligação à rede de novos centros produtores, tanto de grande dimensão como PRE. Reforços e melhorias intrínsecas à própria RNT, incluindo os decorrentes dos objectivos tendo em vista atingir determinados e crescentes níveis de capacidade de troca global com a rede de Espanha. Substituição de equipamentos que atingiram o fim de vida útil. Gestão de energia reactiva na rede. De acordo com o ponto 2 dos Padrões de Segurança, a identificação de uma necessidade de reforço da RNT pode resultar da constatação, através da simulação sistemática das redes futuras, da necessidade na adopção de novas ligações ou outras soluções de reforço, em especial quando deixam de ser respeitados os critérios técnicos de segurança na sequência de contingências n-1 e de um número restrito de contingências n-2 ou, ainda, quando é posta em causa a garantia de perfis aceitáveis de tensão, justificando-se deste modo a tomada de medidas correctivas de alteração da rede. Plano de Investimentos da Rede Nacional de Transporte /175

53 Princípios e critérios de Planeamento Esses limites de aceitabilidade encontram-se definidos no ponto 5 dos Padrões de Segurança. O critério base de selecção de um projecto de reforço consiste na comparação técnico-económica de alternativas para satisfazer a necessidade identificada, tendo em consideração a manutenção dos níveis de qualidade e de continuidade de serviço adequados, com base na fixação de opções de expansão da rede que conduzam ao menor custo total actualizado. Na quantificação dos benefícios que se obtêm com os novos projectos são incluídos, nas análises mais elaboradas, os resultantes da redução da expectativa da energia não fornecida (ENF), da redução de perdas, da variação dos custos de operação do parque produtor e da melhoria da qualidade de serviço. No que se refere a encargos incluem-se os resultantes do próprio investimento e os custos de operação e manutenção. A avaliação da qualidade de serviço e, em particular, da esperança matemática de energia não fornecida, é baseada nos índices médios de fiabilidade dos equipamentos da RNT, tendo em conta ainda, sempre que pertinente, o comportamento das redes de Distribuição e dos centros produtores, na medida em que esta interacção possa contribuir para reduzir as consequências negativas de indisponibilidades (fortuitas ou programadas) dos elementos da RNT. Em situações particulares o critério económico atrás citado baseado no valor actualizado líquido (VAL), é complementado pela avaliação de outros indicadores como sejam a taxa interna de rendibilidade (TIR) e a taxa de rendibilidade inicial (TRI) do projecto. FIABILIDADE DE ALIMENTAÇÃO DOS CONSUMOS A avaliação da fiabilidade de alimentação nos diferentes pontos de entrega da RNT e sua comparação com os índices que se encontram estabelecidos no Regulamento da Qualidade de Serviço (RQS) é outro factor que pode determinar opções de planeamento. As propostas de projectos de investimento são, em princípio e salvo se houver razões particulares muito específicas, suportadas nos indicadores estatísticos médios de desempenho dos sistemas de protecção, comando e controlo, bem como dos sistemas de comunicação que os suportam, cuja fiabilidade é determinante para a segurança e qualidade de desempenho do sistema global. Por esse motivo, perante situações de desvio comportamental significativo em relação à média, que não fiquem abrangidas pelos Padrões de Segurança para Planeamento, podem ocorrer situações com uma menor qualidade final de alimentação dos clientes. Plano de Investimentos da Rede Nacional de Transporte /175

54 Princípios e critérios de Planeamento Faz-se aqui referência progressiva à introdução, desde há poucos anos, de funções de protecção diferencial de linhas de transporte, o que veio melhorar significativamente o desempenho e, sobretudo, a selectividade do sistema de protecções, em particular nas linhas multiterminal (cujo caso mais ilustrativo são as linhas em T ) que, em alguns anos, haviam sido responsáveis por um número razoável de actuações incorrectas e alguns disparos de cargas. Infelizmente, os fogos florestais têm sido um factor de risco também ao nível da fiabilidade do SEN, tendo a ENF do ano de 2004 tido uma forte componente deles resultante. 4.2 OUTROS PRINCÍPIOS DE PLANEAMENTO REDUÇÃO DE IMPACTES AMBIENTAIS Os projectos de investimento incorporam uma envolvente estratégica ao nível da redução do impacto ambiental das soluções propostas. Para o caso das linhas procura-se uma eficiente reutilização e reforço dos corredores já existentes, nomeadamente através da sua remodelação ou reconstrução para tensões mais elevadas ou para linhas duplas, de acordo com a previsão de necessidades futuras de expansão da RNT a médio e longo prazo, procurando-se evitar, sempre que possível, a necessidade de abertura de novos corredores de linha aérea. Também para as subestações, em particular para aquelas cujo equipamento chega ao fim da sua vida útil, procura-se concretizar soluções de remodelação e reforço no mesmo local, de menor impacte ambiental e desde que economicamente aconselhável, como é o caso, em especial, das que se situam junto às zonas mais urbanizadas. GESTÃO DOS NÍVEIS DE CORRENTES DE DEFEITO As alternativas de reforço ou expansão da RNT procuram contemplar também um adequado compromisso técnico-económico entre o grau de emalhamento da rede e o consequente aumento das potências de curto-circuito. De facto, se por um lado o maior emalhamento duma rede pode contribuir para a sua mais eficiente exploração, reduzindo perdas e aumentando a fiabilidade na alimentação dos consumos (desde que os nós de concentração dos vários elementos da rede sejam fiáveis), por outro vai aumentar o nível das potências de curto-circuito e exigir equipamento mais robusto e, portanto, mais dispendioso. Plano de Investimentos da Rede Nacional de Transporte /175

55 Princípios e critérios de Planeamento A instalação de reactâncias série ou de neutro constitui uma solução, por vezes necessária, para prevenir a ultrapassagem dos limites de correntes de defeito. Refere-se aqui que a REN, S.A. apresentou em 2004 uma análise estratégica sobre o controlo e a gestão dos níveis máximos de correntes de defeito para dimensionamento de instalações, tendo elevado, nalguns casos, os níveis limites anteriormente fixados, em particular os relativos a instalações de 220 kv e algumas de 150 kv. Este assunto é desenvolvido em maior detalhe no capítulo 10 sobre evolução de correntes de defeito. OPTIMIZAÇÃO CONJUNTA COM A PRODUÇÃO E DISTRIBUIÇÃO As análises técnicas e económicas da fronteira transporte-distribuição são conduzidas do ponto de vista global do Sistema Eléctrico, isto é, procura-se uma articulação, sempre que pertinente, com os benefícios e os custos induzidos relevantes nos centros produtores e nas redes da empresa de distribuição vinculada, para além dos da própria RNT. O conjunto de reforços ditados pelas elevadas metas de PRE que se apresentam neste Plano e parte da respectiva programação constituem também um exemplo de conciliação e articulação entre soluções de recepção de produção e de reforço da capacidade de satisfação dos consumos. GESTÃO DAS CAPACIDADES DE INTERLIGAÇÃO A manutenção ou o incremento dos valores alvo para a capacidade de troca com a rede de Espanha é também um objectivo determinante nas opções de planeamento. Como referido no capítulo 3, no âmbito do MIBEL foram assumidos valores alvo para os horizontes 2006, 2008 e 2011, tanto a nível de importação como de exportação, para os níveis comerciais de capacidade de troca. Tendo por base essas metas indicativas foram feitos estudos das redes de transporte de Portugal e Espanha tendo em vista definir ou actualizar os reforços de ambas as redes necessários para os atingir. 4.3 CRITÉRIOS PARA OUTROS TIPOS DE INVESTIMENTOS Para além dos projectos de expansão da RNT, isto é, os que se traduzem por construção ou remodelação profunda de linhas e subestações da RNT, este Plano inclui também projectos nos domínios dos sistemas de informação do gestor de sistema, e ainda substituições ou alterações nos Plano de Investimentos da Rede Nacional de Transporte /175

56 Princípios e critérios de Planeamento sistemas de supervisão, registo, comunicação, protecção, comando e controlo de instalações da RNT, incluindo, por isso, investimentos no domínio das tecnologias da informação. Relativamente a estes investimentos, o critério geral que justifica a sua concretização prende-se com a necessidade de substituir equipamentos em fim de vida útil ou obsoletos ou ainda de criar sistemas que permitam suportar tecnicamente as novas funções ou actividades que a REN, S.A. tem de assumir resultantes das alterações que continuam a ser implementadas no Sector Eléctrico. O capítulo 6 apresenta em mais detalhe estas justificações para os investimentos mais relevantes neste domínio. Plano de Investimentos da Rede Nacional de Transporte /175

57 Princípios e critérios de Planeamento Página em Branco Plano de Investimentos da Rede Nacional de Transporte /175

58 Ambiente e desenvolvimento da RNT 5 AMBIENTE E DESENVOLVIMENTO DA RNT 5.1 OS PRINCÍPIOS DA SUSTENTABILIDADE No desenvolvimento das suas actividades a REN, S.A. tem procurado manter-se em linha com o desenvolvimento sustentável, apostando nos seus três vectores económico, social e ambiental. Em 2004 aderiu ao Conselho Empresarial para o Desenvolvimento Sustentável (BCSD Portugal), delegação Portuguesa do World Business Council for Sustainable Development, e apresentou uma proposta de adesão à United Nations Global Compact e aos seus princípios e valores nas áreas dos direitos humanos, emprego, ambiente e combate à corrupção. Num processo de evolução gradual a REN, S.A. desenvolveu um Sistema de Gestão Ambiental segundo o normativo NP EN ISO 14001:1999, o qual obteve a certificação em Dezembro de Encontra-se neste momento em conclusão um processo de aprofundamento e melhoria desse sistema através da sua adaptação à nova norma NP EN ISO 14001:2004, no próprio âmbito de desenvolvimento de um Sistema Integrado de Gestão de Qualidade Ambiente e Segurança (SIGQAS). No âmbito deste sistema, em fase de auditoria de certificação, a Empresa assume os valores do primado ambiental no âmbito da sua Declaração de Política Empresarial, Qualidade, Ambiente e Segurança, a qual se apresenta na página seguinte. A REN, S.A. está em linha com a recente Resolução do Conselho de Ministros nº 169/2005, de 24 de Outubro de 2005, designadamente com os seguintes objectivos da política energética nacional, de que se destaca: Garantir a segurança do abastecimento de energia, através da diversificação dos recursos primários e dos serviços energéticos, e da promoção da eficiência energética, tanto na cadeia da oferta como na cadeia da procura da energia. Estimular e favorecer a concorrência, na defesa dos consumidores. Garantir a adequação ambiental de todo o processo energético, reduzindo os impactes ambientais às escalas locais, regional e global, nomeadamente no que respeita à intensidade energética do PIB. Plano de Investimentos da Rede Nacional de Transporte /175

59 Ambiente e desenvolvimento da RNT FIGURA 5-1 DECLARAÇÃO DE POLÍTICA EMPRESARIAL Plano de Investimentos da Rede Nacional de Transporte /175

60 Ambiente e desenvolvimento da RNT No prosseguimento das suas competências de concessionária, a REN, S.A. encontra-se já há alguns anos a concretizar um ciclo de expansão da RNT sem paralelo no passado que diversos indicadores (número de projectos, comprimento de linhas, número de novas subestações e/ou remodelações/ampliações de subestações existentes, volume de investimento, etc.) expressivamente mostram. Em termos globais, este facto traduz-se num crescimento, desde 2002 até 2012, de cerca de 45% relativamente ao desenvolvido desde o início da RNT até Este quadro coloca uma particular necessidade de organização e gestão, interna e externa à Empresa, tendo em vista levar a cabo estes objectivos num quadro de sustentabilidade. Destaca-se o desenvolvimento acelerado de diversas competências técnicas e ambientais para este efeito, com bastante sucesso. 5.2 ACTIVIDADE EMPRESARIAL COM MAIOR RELEVÂNCIA AMBIENTAL Entre outras, destacam-se as seguintes actividades em que a acção da REN, S.A. no âmbito da sua concessão e da política empresarial, têm particular relevância ambiental: A promoção das energias renováveis, de acordo com a Directiva 2001/77/CE O Sistema Integrado de Gestão da Qualidade, Ambiente e Segurança (SIGQAS) A formação e sensibilização O Plano de Promoção do Desempenho Ambiental (PPDA) A monitorização de impactos O desenvolvimento da RNT PROMOÇÃO DAS ENERGIAS RENOVÁVEIS No que se refere às energias renováveis salienta-se, como já se referiu no capítulo 2, o relevante papel da REN, S.A. na integração destas energias no sistema electroprodutor, dentro das competências da concessão e em colaboração com o Ministério da Economia e Inovação: Análise do potencial de desenvolvimento das energia renováveis Desenvolvimento acelerado da rede de transporte para permitir a recepção de 4500 MW de energias renováveis até 2010 Estudos de estabilidade local e global, a nível nacional e ibérico Destaca-se ainda o facto de a REN, S.A. ser a entidade emissora dos certificados verdes do sistema RECS Renewable Energy Cerificate System, sistema que permite, através da garantia de origem, certificar e valorizar a energia de origem renovável. Plano de Investimentos da Rede Nacional de Transporte /175

61 Ambiente e desenvolvimento da RNT ACÇÕES DA REN NA VERTENTE AMBIENTAL NO ÂMBITO DO SIGQAS A REN, S.A. identifica os aspectos das suas actividades que podem interferir com o ambiente e sobre as quais pode ter influência ou controlo, determinando quais de entre eles têm ou podem ter impactes ambientais significativos. A minimização dos impactes ambientais com cariz negativo é assegurada através da definição de medidas que, de acordo com a metodologia indicada no fluxograma da figura 5-2, são sistematizadas nos planos ambientais, de monitorização e de emergência interna. A prossecução dos objectivos e metas ambientais no âmbito do SIGQAS é efectuada através de programas que envolvem diversos descritores: FIGURA 5-2 Emissões atmosféricas Paisagem Solos e recursos hídricos Ruído Avifauna Compatibilidade electromagnética (CEM) Consumo de recursos PROCESSO GERAL DE MEDIDAS AMBIENTAIS Para os projectos de investimento, sujeitos a procedimento de Avaliação de Impacte Ambiental (AIA), a avaliação de significância é realizada na fase do Estudo de Impacte Ambiental (EIA), tendo por base, de forma consistente, a análise de significância dos impactes identificados. A REN, S.A. tem tomado iniciativas de colaboração institucional no sentido de assegurar a eficiência de todo o processo de AIA. Para este efeito estabeleceu uma parceria com o Instituto do Ambiente para o desenvolvimento de um Guia Metodológico para AIA das infra-estruturas da RNT. Este projecto foi adjudicado à APAI Associação Portuguesa de Avaliação de Impactes (associada internacional da IAIA International Association for Impact Assessment), da qual a REN, S.A. é membro colectivo. Este Guia tem como público-alvo os profissionais envolvidos nos projectos da RNT, na elaboração de EIA e nos Plano de Investimentos da Rede Nacional de Transporte /175

62 Ambiente e desenvolvimento da RNT processos de AIA, assim como o público em geral interessado nestas matérias. Este Guia tem os seguintes objectivos: Compilar, de uma forma didáctica, a informação relevante para a elaboração de EIA e o desenvolvimento dos processos de AIA, tendo por base as melhores práticas e tecnologias disponíveis Enquadrar os projectos das infra-estruturas da REN nos objectivos da política energética num quadro de desenvolvimento sustentável Integrar e melhorar o saber-fazer adquirido com a experiência Permitir o aumento da eficiência dos procedimentos de AIA FORMAÇÃO E SENSIBILIZAÇÃO PARA A SUSTENTABILIDADE Em acções planeadas no âmbito do SIGQAS, a REN, S.A. tem vindo a realizar acções de formação em qualidade, ambiente e segurança, assim como levou a cabo acções de formação de uma bolsa interna de auditores. De realçar ainda diversas acções sistemáticas de sensibilização/orientação promovidas pela REN, S.A. junto dos seus fornecedores de serviços, com a colaboração de entidades governamentais ou ONGA s, em tempo de construção, abrangendo temáticas técnicas como segurança e ambiente, particularmente em torno de valores ecológicos ou patrimoniais. PLANO DE PROMOÇÃO DO DESEMPENHO AMBIENTAL Por proposta da REN, S.A. junto da ERSE foi desenvolvido um instrumento de cobertura tarifária designado por Plano de Promoção do Desempenho Ambiental (PPDA). Este instrumento destina-se a dar seguimento às actividades de carácter voluntário destinadas à protecção do ambiente, desenvolvidas pela Empresa, no âmbito da sua concessão. Caracteriza ainda este instrumento o reporte de execução e de eficácia das medidas. Sob este plano destaca-se um conjunto de acções de integração paisagística e de protecção da biodiversidade, em particular a gestão da nidificação da cegonha branca em apoios de linhas da RNT. O conjunto de acções e técnicas desenvolvidas pela REN, S.A. em colaboração com o ICN de instalação de plataformas para nidificação, instalação de dispositivos de inibição do poiso/nidificação e de transferência de ninhos em situações de risco (para as aves e, principalmente, para o bom funcionamento da RNT, com reflexo directo na qualidade de serviço), obtiveram elevados índices de Plano de Investimentos da Rede Nacional de Transporte /175

63 Ambiente e desenvolvimento da RNT sucesso como se ilustra na figura 5-3 em que se mostra a evolução do número de ninhos em apoios da RNT e a taxa de incidentes. FIGURA 5-3 NINHOS DE CEGONHA E TAXA DE INCIDENTES N.º de ninhos Taxa de incidentes N.º de ninhos Taxa de incidentes Sob o ponto de vista conservacionista, a RNT tornou-se um importante suporte para esta espécie, se atentarmos que alberga cerca de 1500 ninhos numa população nacional que se estima em 4000 casais nidificantes. Neste mesmo quadro destaca-se ainda o protocolo celebrado entre a REN, S.A. e o ICN (e através deste com a Quercus e a Spea), em Julho de 2003 e em fase de produção de resultados em No âmbito deste protocolo levou-se a cabo o seguinte conjunto de acções: Avaliação de impacte de linhas aéreas da RNT sobre as populações de aves selvagens no contexto nacional Identificação e classificação de linhas e apoios segundo um índice de risco, especialmente em ZPE e IBA Análise do comportamento migratório/dispersivo de diversas espécies de aves e interacção com a RNT Sinalização de linhas da RNT de acordo com os resultados da avaliação Monitorização dos efeitos da sinalização Estudo de soluções técnicas com vista à minimização de impactes em aves Plano de Investimentos da Rede Nacional de Transporte /175

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