JULIANA BOA SORTE DE OLIVEIRA AÇÃO DE ENXAGUATÓRIOS CLAREADORES E SUA ASSOCIAÇÃO AO CLAREAMENTO CASEIRO COM PERÓXIDO DE CARBAMIDA

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1 JULIANA BOA SORTE DE OLIVEIRA AÇÃO DE ENXAGUATÓRIOS CLAREADORES E SUA ASSOCIAÇÃO AO CLAREAMENTO CASEIRO COM PERÓXIDO DE CARBAMIDA 2016

2 JULIANA BOA SORTE DE OLIVEIRA AÇÃO DE ENXAGUATÓRIOS CLAREADORES E SUA ASSOCIAÇÃO AO CLAREAMENTO CASEIRO COM PERÓXIDO DE CARBAMIDA Dissertação apresentada ao curso de Odontologia do Instituto de Ciência e Tecnologia, UNESP Universidade Estadual Paulista, Campus de São José dos Campos, como parte dos requisitos para obtenção do título de Mestre pelo Programa de Pós-Graduação em ODONTOLOGIA RESTAURADORA, Especialidade Dentística. Orientadora: Profa. Dra. Taciana Marco Ferraz Caneppele São José dos Campos 2016

3 Apresentação gráfica e normatização de acordo com: Alvarez S, Coelho DCAG, Couto RAO, Durante APM. Guia prático para Normalização de Trabalhos Acadêmicos do ICT. Rev. São José dos Campos: ICT/UNESP; Oliveira, Juliana Boa Sorte de Ação de enxaguatórios clareadores e sua associação ao clareamento caseiro com peróxido de carbamida / Juliana Boa Sorte de Oliveira. - São José dos Campos : [s.n.], f. : il. Dissertação (Mestrado em Odontologia Restauradora) - Pós-Graduação em Odontologia Restauradora - Instituto de Ciência e Tecnologia de São José dos Campos, UNESP - Univ Estadual Paulista, Orientadora: Taciana Marco Ferraz Caneppele. 1. Descoloração de dente. 2. Clareamento dental. 3. Clareadores. I. Caneppele, Taciana Marco Ferraz, orient. II. Instituto de Ciência e Tecnologia de São José dos Campos, UNESP - Univ Estadual Paulista. III. Universidade Estadual Paulista 'Júlio de Mesquita Filho'. IV. UNESP - Univ Estadual Paulista. V. Título. Ficha catalográfica elaborada pela Biblioteca Prof. Achille Bassi e Seção Técnica de Informática, ICMC/USP com adaptações - STATi e STI do ICT/UNESP. Dados fornecidos pelo autor. AUTORIZAÇÃO Autorizo a reprodução e divulgação total ou parcial deste trabalho, por qualquer meio convencional ou eletrônico, desde que citada a fonte. São José dos Campos, 13 de janeiro de juboasorte@yahoo.com.br Assinatura:

4 BANCA EXAMINADORA Prof. Dra. Taciana Marco Ferraz Caneppele (Orientadora) Instituto de Ciência e Tecnologia UNESP Univ Estadual Paulista Campus de São José dos Campos Prof. Dr. Eduardo Bresciani Instituto de Ciência e Tecnologia UNESP Univ Estadual Paulista Campus de São José dos Campos Prof. Dr. Carlos Martins Agra Faculdade de Odontologia Universidade Ibirapuera São José dos Campos, 13 de janeiro de 2016.

5 DEDICATÓRIA Dedico este trabalho Aos meus pais, Agileno e Maria José, que nunca mediram esforços para a realização de meus sonhos, muitas vezes, à custa de sacrifício; À minha irmã, Jussara, amiga e companheira, que tem estado ao meu lado em todos os momentos; Ao meu esposo, Arilton, que, com seu amor, deu um novo significado à minha existência; Aos meus filhos, Rafael e Mateus, responsáveis pela mudança mais radical de minha vida, mas, ao mesmo tempo, a que me trouxe maior felicidade. Amo, muito, todos vocês!

6 AGRADECIMENTOS Minha gratidão a Deus, pelas maravilhas que fez, faz e fará em minha vida. A Ele todos os méritos de mais uma conquista. À minha família, pelo apoio em toda e qualquer circunstância. À amiga Lidinalva que, mesmo estando longe, sempre me liga para dizer que está orando por mim. Ao Instituto de Ciência e Tecnologia, UNESP Universidade Estadual Paulista, Campus de São José dos Campos, por me proporcionar a realização do antigo sonho de fazer Mestrado. À minha professora e orientadora, Taciana Caneppele, pela paciência e pelo carinho que dispensou a mim durante todo o curso. Admiro sua inteligência, seu dinamismo e sua capacidade de manter o foco em tudo que faz. Obrigada por toda ajuda e pelos conhecimentos compartilhados! Ao professor Clóvis Pagani, pela primeira oportunidade na UNESP. Ao professor César Pucci, por me inserir no grupo da Dentística, através do PROAC, e se mostrar um professor amigo, paciente e sempre disposto a compartilhar seus conhecimentos. Aos professores Sérgio Paiva e Eduardo Bresciani, que me auxiliaram na clínica por diversas vezes, mesmo não sendo meus orientadores. À professora Filomena Huhtala, por, de forma carinhosa e acolhedora, imprimir injeção de ânimo sempre que conversávamos. À professora Alessandra Bühler, pela compreensão

7 quando precisei faltar à Docência. Ao professor Carlos Rocha, por compartilhar seu vasto conhecimento e, por diversas vezes, sanar minhas dúvidas no laboratório. À colega Fabiana Frattes, que apesar de não fazer parte da mesma turma que eu, tornou-se uma grande amiga e ajudadora. Nossa amizade extrapolou os muros da UNESP. Aos colegas Débora, Marina, Ingrid, Letícia, Lucas, Mariana e Érica, pelas muitas vezes em que me ajudaram. Vou sentir saudades. Em especial, destaco o carinho que a Débora demonstrou por mim em situações difíceis, mas que foram contornadas facilmente com seu apoio e sua amizade. À aluna da Graduação, Renata Sarlo, pela força dada durante os experimentos laboratoriais e pela agradável companhia. Às funcionárias do Departamento de Odontologia Restauradora, Josiana e Fernanda, pelo auxílio nos trabalhos laboratoriais e na clínica. À secretária do Departamento de Odontologia Restauradora, Rosângela, por demonstrar alegria e amor sempre que precisei de seu auxílio. Aos funcionários da Biblioteca, por terem sido sempre tão solícitos, inclusive ajudando-me a formatar este trabalho. Aos funcionários da sessão de pós-graduação, Rose, Ivan e Bruno, pela disposição em ajudar sempre que precisei. Aos funcionários da central de esterilização e da triagem, pela presteza no atendimento. Aos funcionários de serviços gerais, por proporcionarem aos alunos um ambiente limpo e agradável. Aos pacientes que confiaram em mim e permitiram que os atendesse. Muito obrigada!

8 Até aqui nos ajudou o Senhor! I Samuel 7:12

9 SUMÁRIO LISTA DE FIGURAS LISTA DE TABELAS LISTA DE ABREVIATURAS E SIGLAS RESUMO ABSTRACT INTRODUÇÃO REVISÃO DE LITERATURA Manchamento dentário Manchas de origem extrínseca Clareamento dental Enxaguatórios clareadores Enxaguatórios com peróxido de hidrogênio Enxaguatórios com enzimas proteolíticas Bromelina e Papaína Mensuração da cor PROPOSIÇÃO MATERIAL E MÉTODOS Dentes Preparo das amostras Escurecimento dos espécimes Embutimento dos espécimes Divisão dos grupos Delineamento experimental Mensuração da cor Planejamento estatístico RESULTADOS... 57

10 5.1 Subgrupos submetidos ao clareamento prévio aos ciclos de manchamento-bochechos clareadores Subgrupos submetidos aos ciclos de manchamento-bochechos clareadores Comparação dos subgrupos submetidos aos ciclos de manchamento-bochechos clareadores com o clareamento com peróxido de carbamida a 10%... 6 DISCUSSÃO... 7 CONCLUSÃO... 8 REFERÊNCIAS... ANEXO

11 LISTA DE FIGURAS Figura 1 Preparo das amostras Figura 2 Embutimento dos espécimes Figura 3 Divisão dos grupos Figura 4 Clareamento dos espécimes e ciclos de bochechos Figura 5 Delineamento experimental Figura 6 Mensuração da cor Figura 7 Curvas espectrais médias do subgrupo PC-LI Figura 8 - Curvas espectrais médias do subgrupo PC-PL Figura 9 - Curvas espectrais médias do subgrupo PC-BP Figura 10 - Curvas espectrais médias do subgrupo PC-AG Figura 11 Curvas espectrais médias do subgrupo LI Figura 12 Curvas espectrais médias do subgrupo PL Figura 13 Curvas espectrais médias do subgrupo BP... 68

12 Figura 14 Curvas espectrais médias do subgrupo AG Figura 15 Curvas espectrais médias de todos os subgrupos após 12 semanas de tratamento... 73

13 LISTA DE TABELAS Tabela 1 Valores de média e desvio-padrão (DP) das coordenadas (ΔL*, Δa* e Δb*) e da diferença de cor (ΔE* ab ) para os subgrupos submetidos ao clareamento prévio, para todas as condições experimentais Tabela 2 Resultado da ANOVA de medidas repetidas Tabela 3 Média do ΔE* ab e resultado do teste de Tukey para o Fator Subgrupo Tabela 4 Média do ΔE* ab e resultado do Teste de Tukey para o Fator Tempo Tabela 5 Média do ΔE* ab e resultado do Teste de Tukey para a interação Tempo e Enxaguatório Tabela 6 Valores de média e desvio-padrão (DP) das coordenadas (ΔL*, Δa* e Δb*) e da diferença de cor (ΔE* ab ) para os ciclos de manchamento-bochechos clareadores, para todas as condições experimentais Tabela 7 Resultado da ANOVA de medidas repetidas Tabela 8 Média do ΔE* ab e resultado do teste de Tukey para o Fator Subgrupo... 70

14 Tabela 9 - Média do ΔE* ab e resultado do teste de Tukey para o Fator Tempo Tabela 10 - Média do ΔE* ab e resultado do teste de Tukey para a interação Tempo e Enxaguatório Tabela 11 Resultado da ANOVA a 1 fator Tabela 12 Resultado do teste de Dunnet... 72

15 LISTA DE ABREVIATURAS E SIGLAS ADA = American Dental Association AG = Água ANOVA = Análise de variância a* = Coordenada cromática que indica cor e saturação no eixo vermelho-verde b* = Coordenada cromática que indica cor e saturação no eixo amarelo-azul BP = Bromelina acrescida de Papaína CIE = International Comission Illumination CIE L*a*b* = Espaço de cores CLSI = Clinical and Laboratory Standards Institute cm = centímetro DP = Desvio Padrão g = grama GRIT = granulação h = hora L = litro L* = Luminosidade L0 = Leitura da cor inicial L1 = Leitura da cor após clareamento L2 = Leitura da cor após 4 semanas de ciclo coranteenxaguatório L3 = Leitura da cor após 8 semanas de ciclo coranteenxaguatório

16 L4 = Leitura da cor após 12 semanas de ciclo coranteenxaguatório LI = Listerine MDS = multidimensional scaling min = minuto ml = mililitro mm = milímetro n = número de espécimes em um grupo ou subgrupo PC = Clareamento com Peróxido de Carbamida ph PL = potencial hidrogeniônico = Plax RGB = sistema de cores (red, green, blue) s = segundo XYZ = valores triestímulos Δa* = Diferença de cor ao longo do eixo vermelho-verde Δb* = Diferença de cor ao longo do eixo amarelo-azul ΔE* ab = Diferença de cor ΔL* = Diferença de luminosidade % = porcentagem (ΔE*ₒₒ) = diferença de cor CIEDE2000 º = grau ºC = grau Celsius

17 Oliveira JBS. Ação de enxaguatórios clareadores e sua associação ao clareamento caseiro com peróxido de carbamida [dissertação]. São José dos Campos (SP): Instituto de Ciência e Tecnologia, UNESP - Univ Estadual Paulista; RESUMO Objetivos: o objetivo deste estudo foi comparar a efetividade de enxaguatórios clareadores sobre dentes, clareados previamente ou não, expostos a corantes alimentícios. Material e Método: Cento e vinte espécimes de esmalte e dentina de 3 mm de diâmetro foram obtidos a partir de incisivos bovinos. Os espécimes foram manchados por 14 dias em caldo de manchamento. Após o manchamento, a leitura inicial da cor foi realizada, por meio do espectrofotômetro CM-2600d (Konica Minolta, Osaka, Japão). Sessenta espécimes (Subgrupos PC) foram submetidos ao clareamento com Peróxido de Carbamida a 10% por 14 dias. Após, foram subdividos em 4 subgrupos, com ciclos de manchamento (5 min) e enxaguatório (2 min) por 12 semanas, sendo PC-LI: Listerine Whitening Préescovação; PC-PL: Plax Whitening; PC-BP: Bromelina + Papaína; PC-AG: água deionizada. Os subgrupos LI, PL, BP e AG foram submetidos aos mesmos ciclos citados, porém não foram submetidos ao clareamento prévio. A leitura de cor dos espécimes foi feita após 4, 8 e 12 semanas de tratamento com os enxaguatórios. Os dados foram coletados e submetidos à Análise de variância (ANOVA) de medidas repetidas. A comparação entre os subgrupos para a avaliação das diferenças estatísticas foi realizada pelo Teste de Tukey. Todos os testes empregados admitiram 5% como nível de significância estatística. Os resultados mostraram que os valores de ΔL*, Δa*, Δb* e ΔE* confirmaram o clareamento para os subgrupos PC-LI, PC-PL, PC-BP e PC-AG, após o tratamento com peróxido de carbamida, e para os subgrupos PC-LI, PC-PL, LI e PL, após os ciclos manchamento-enxaguatório. Os subgrupos PC-BP e BP assemelharam-se aos subgrupos controle PC-AG e AG. Conclui-se, desse modo, que o enxaguatório bucal Listerine Whitening apresentou maior efeito clareador, seguido do enxaguatório Plax Whitening. Porém, nenhum desses enxaguatórios foi capaz de produzir clareamento semelhante ao evidenciado pelo Peróxido de Carbamida. O enxaguatório contendo Bromelina e Papaína em sua composição não evidenciou efeito clareador, assemelhando-se aos subgrupos controle. Palavras-chave: Descoloração de dente. Clareamento dental. Clareadores.

18 Oliveira JBS. Efficacy of whitening mouthrinses and association to home bleaching with carbamide peroxide [dissertation]. São José dos Campos (SP): Institute of Science and Technology, UNESP - Univ Estadual Paulista; ABSTRACT Objectives: The aim of this study was to compare the effectiveness of whitening mouthrinses on teeth previously whitened or not, exposed to food dyes. Material and Methods: One hundred and twenty specimens of enamel and dentin of 3 mm in diameter were obtained from bovine incisors. The specimens were stained for 14 days in broth staining. After staining, the initial color reading was performed by a spectrophotometer CM-2600d (Konica Minolta, Osaka, Japan). Sixty specimens (Subgroups CP) were submitted to whitening (Carbamide Peroxide 10%) for 14 days. Then they were subdivided into 3 subgroups, and were submitted to cycles of staining (5 min) and mouthrinse (2 min) for 12 weeks, with CP-LI: Listerine Whitening Pré- Escovação; CP-PL: Plax Whitening; CP-BP: Bromelain + Papain; CP-DW: deionized water. LI, LP, BP and DW subgroups were submitted to the same cited cycles, but without bleaching before. The color measurements were performed after 4, 8 and 12 weeks of treatment with mouthrinses. Data were collected and subjected to analysis of variance (ANOVA) for repeated measures. The comparison between the subgroups for the evaluation of statistical differences was performed by Tukey test. All tests admitted statistical significance level of 5%. The results showed that the values ΔL*, Δa*, Δb* and ΔE* confirmed bleaching to PC-LI, PC-PL, PC-BP and PC-DW subgroups, after treatment with carbamide peroxide and to CP-LI, CP-PL, LI and PL subgroups, after the staining-mouthrinse cycles. CP-BP and BP subgroups were similar to CP-DW and DW. We conclude, therefore, that the mouthrinse Listerine Whitening presented the highest bleaching effect, followed by mouthrinse Plax Whitening. Both of them were able to maintain the bleaching effect of CP after 12 weeks of dye-rinse cycles. However, none of these rinses was able to produce whitening similar to that evidenced by the Carbamide Peroxide. The mouthrinse containing Bromelain and Papain in its composition did not show bleaching effect, resembling the control subgroups. Keywords: Tooth discoloration. Tooth bleaching. Bleaching agentes.

19 17 1 INTRODUÇÃO A saúde bucal tem grande influência na qualidade de vida dos indivíduos. Porém, atualmente, não é suficiente para satisfazêlos. Cada vez mais, aumenta a preocupação de se exibir a melhor aparência física possível. Dentes brancos e alinhados contribuem com esse efeito visual de estética agradável, além de terem influência no aumento da autoestima e na melhoria das relações profissionais e pessoais (Joiner, 2004b). Dentre os fatores que prejudicam a estética dos dentes, estão os manchamentos de origem extrínseca. Como a nomenclatura define, são resultado de elementos extrínsecos e afetam a superfície externa dos dentes ou podem ser incorporados à estrutura interna (Hattab et al., 1999). Corantes alimentares, bebidas, tabaco, alguns bochechos e medicamentos compõem a lista de alguns agentes etiológicos responsáveis por mudanças cromogênicas nos dentes (Watts, Addy, 2001). A raspagem radicular seguida de polimento coronário pode eliminar as manchas adsorvidas na superfície dentária. E, se os pigmentos estão incorporados à estrutura dental, pode-se lançar mão de técnicas de clareamento dental (Dahl, Pallesen, 2003). O clareamento dental, quando empregado corretamente, é um dos métodos mais seguros, eficazes e conservadores para se obter uma boa estética dental. Sua atuação envolve uma reação de óxidoredução que libera oxigênio molecular, o qual é capaz de penetrar na estrutura dental, agindo nos compostos responsáveis pelos pigmentos e produzindo alteração da cor. Para dentes vitais, são comuns o clareamento de consultório, o caseiro e o uso de produtos de venda livre (Joiner, 2004b). O clareamento de consultório é realizado utilizando-se

20 18 materiais que contêm peróxido de hidrogênio em altas concentrações (15 a 38%) e pode ser ativado por luz (Bernardon et al., 2010). É interessante porque produz resultados visíveis e imediatos sem precisar contar com a cooperação do paciente. Além disso, é melhor para pacientes que necessitem de um acompanhamento cuidadoso para condições como recessões gengivais pronunciadas, lesões de abfração, restaurações profundas ou manchamento associado à terapia endodôntica. O clareamento caseiro pode ser realizado pelo próprio paciente, com supervisão profissional e utiliza produtos com concentrações que variam entre 10 e 22% de peróxido de carbamida e 3 a 8% de peróxido de hidrogênio (Leonard et al., 1998; Dahl, Pallesen, 2003). No entanto, existem produtos de uso doméstico com um teor de até 15% de peróxido de hidrogênio. Podem ser utilizados de 2 a 4 horas por dia, num período de 2 a 3 semanas. Em 2001, Leonard et al. mencionaram ser um método eficaz e seguro, com efeitos colaterais mínimos. Alguns estudos (Swift et al., 1999; Meireles et al., 2009) observaram que, ao longo do tempo, os resultados obtidos com o clareamento dental caseiro ou de consultório vão diminuindo, isto é, há uma recidiva de escurecimento, embora, na maioria das vezes, não retornando à cor inicial antes do clareamento. Os hábitos alimentares e o cigarro podem ter influência nessa recidiva. Por fim, existem no mercado produtos clareadores, acessíveis ao consumidor, conhecidos como produtos de venda livre. Entre eles, estão os enxaguatórios (Lima et al., 2012). Os enxaguatórios bucais foram desenvolvidos com o intuito de serem auxiliadores no controle da placa dental, principal responsável pela prevalência de infecções como cárie e doença periodontal (Charugundla et al., 2015). Mas, para atender à crescente procura dos consumidores por métodos de clareamento, fabricantes têm investido em enxaguatórios clareadores

21 19 que são vendidos livremente e veiculados em propagandas com a ideia de dentes brancos em um curto espaço de tempo. Em sua composição, pode haver baixas concentrações de peróxido de hidrogênio, geralmente de 1 a 2% (Ulkur et al., 2013) que se difunde pelo esmalte, causando, assim, o clareamento de pigmentos presentes na junção amelodentinária e áreas da dentina (Joiner, Thakker, 2004a). Segundo Naik et al. (2006), tais concentrações, geralmente, não causam irritabilidade. Porém, Consolaro et al. (2011) afirmaram a existência de um efeito cocarcinogênico no peróxido de hidrogênio, mesmo em dentifrícios e antissépticos bucais, que pode provocar efeitos indesejáveis sobre tecidos moles e duros. Por isso, recomendam seu uso somente sob prescrição do cirurgião-dentista. Alguns estudos avaliaram a eficácia clareadora dos enxaguatórios bucais com peróxido de hidrogênio (Lima et al., 2012; Torres et al., 2013; Jaime et al., 2014), porém sem consenso nos resultados obtidos. Também, existem os enxaguatórios clareadores que contêm enzimas proteolíticas em sua composição. Bromelina e Papaína, derivadas, respectivamente, do abacaxi e do mamão atuariam como clareadores ao removerem manchas extrínsecas dos dentes (Kalyana et al., 2011). Porém, no meio científico, as pesquisas em torno de enxaguatórios com esses componentes ainda são escassas, o que serviu de motivação para o desenvolvimento deste trabalho. Devido ao reduzido número de pesquisas que avaliem a eficácia dos enxaguatórios bucais clareadores, bem como sua associação ao clareamento caseiro, há necessidade de mais estudos a respeito desses produtos. Uma explanação maior acerca deles poderia ajudar o clínico a conhecer melhor os seus efeitos e esclarecer os pacientes sobre a necessidade, ou não, de seu uso.

22 20 2 REVISÃO DE LITERATURA A elaboração desta revisão da literatura teve por objetivo abordar algumas das mais relevantes pesquisas que antecederam este estudo, as quais serão apresentadas em quatro tópicos: 2.1 Manchamento Dentário; 2.2 Clareamento Dental; 2.3 Enxaguatórios Clareadores; 2.4 Mensuração da Cor. 2.1 Manchamento dentário Manchas dentárias podem ser causadas por fatores extrínsecos, intrínsecos ou pela combinação dos dois fatores. Fatores intrínsecos são os congênitos ou os ocasionados por influência sistêmica, ao passo que os fatores extrínsecos advêm de componentes da dieta, bebidas, tabaco, alguns bochechos e medicamentos. Enquanto as manchas intrínsecas resultam da incorporação de pigmentos para os tecidos dentários, causando uma alteração da composição estrutural dos tecidos dentais duros, as manchas extrínsecas se localizam na superfície externa dos dentes. (Hattab et al., 1999; Watts, Addy, 2001). Neste trabalho, vamos nos ater às manchas de origem extrínseca advindas de corantes alimentícios, por se tratarem de parte do objeto de nosso estudo.

23 Manchas de origem extrínseca Watts e Addy (2001) publicaram uma revisão da literatura que detalhou os mecanismos de manchamento dos dentes. Eles concluíram que os cirurgiões-dentistas devem conhecer a etiologia do manchamento dentário para realizarem um correto diagnóstico ao examinarem uma dentição manchada e também para esclarecerem os pacientes sobre a natureza exata de sua condição, além de ajudá-los na prevenção dessas manchas. Diversos estudos têm utilizado a técnica de coloração in vitro para simular a condição de manchamento dentário. Segundo Freccia e Peters (1982), a finalidade do escurecimento experimental é possibilitar a execução de trabalhos que avaliem a eficácia de técnicas de clareamento dental, contribuindo, assim, para a conquista de uma aparência estética aceitável, tanto pelo paciente quanto pelo profissional. Sulieman et al. (2006), objetivando testar os efeitos do clareamento caseiro, realizado com várias concentrações de peróxido de carbamida e uma com peróxido de hidrogênio presente em um agente clareador de venda livre, utilizaram coroas de terceiros molares humanos que foram bisseccionadas verticalmente e tiveram suas dentinas polidas e submetidas ao ataque ácido para remoção de smear layer e exposição da rede tubular. Para simular um manchamento interno, imergiram esses dentes em uma solução contendo 2 g de chá em 100 ml de água, por 24 horas. Somente após o manchamento, procederam com o clareamento. A fim de testar os efeitos de duas gomas de mascar utilizadas em terapias de reposição de nicotina e uma goma de mascar clareadora, Moore et al. (2008) provocaram manchas de origem extrínseca em amostras de esmaltes de dentes bovinos com o preparo de um caldo de manchamento contendo café, chá e mucina gástrica diluídos em um caldo de tripticase de soja esterilizada e uma cultura de

24 22 Micrococcus luteus 24 h, bactérias que promovem e aceleram a formação de manchas extrínsecas na cavidade oral. As amostras permaneceram 10 dias nesse caldo que era trocado a cada 24 h, para depois serem submetidas à ação de uma máquina de simulação da mastigação humana de goma de mascar. Kalyana et al. (2011), com o intuito de avaliar a eficácia de um creme dental clareador, prepararam uma solução corante para produzir manchas extrínsecas em 24 blocos de esmalte de dentes humanos. Utilizaram chá, café, noz de areca com tabaco e clorexidina a 0,2%. O tempo de imersão das amostras na solução foi de 24 h. Passado esse tempo, foram submetidas à ação do dentifrício clareador e de um controle, através de uma máquina simuladora de escovação dental. Potgieter e Grobler (2011), em seus estudos, utilizaram dentes humanos anteriores e posteriores limpos e os colocaram em um caldo de coloração elaborado de acordo com o protocolo da American Dental Association (2008) durante 14 dias. Os componentes desse caldo foram: café, chá, mucina gástrica, corante vermelho nº 40 e corante amarelo nº 5 diluídos em um caldo de tripticase de soja esterilizada, uma cultura de Micrococcus luteus 24 h e vinho tinto. O objetivo do manchamento foi testar o efeito clareador de três enxaguatórios bucais. Para avaliar a influência do manchamento dental com vinho tinto e café, durante e após o clareamento dental caseiro com peróxido de carbamida em diferentes concentrações, Côrtes et al. (2013) utilizaram coroas de terceiros molares humanos que foram seccionadas de distal para mesial e tiveram a superfície de esmalte polida. Os dentes foram submetidos a manchamento dental com duas soluções: 8 g de café em 100 ml de água e 750 ml de vinho, no período correspondente à ação do agente clareador e após o tratamento. Torres et al. (2013) realizaram um estudo in vitro com o objetivo de avaliar a eficácia de cremes dentais e enxaguatórios bucais clareadores em comparação ao clareamento com peróxido de carbamida

25 23 a 10%. Foram utilizados espécimes de 3 mm de diâmetro e 2,0 mm de altura, sendo 1 mm de esmalte e 1 mm de dentina, a partir de dentes bovinos. Eles foram polidos e colocados em matrizes de silicone com a parte de esmalte voltada para cima e foram imersos por 24 h em uma solução contendo 25 g de café e 100 ml de água, produzindo, assim, o escurecimento dental pregresso aos tratamentos clareadores. Jaime et al. (2014), propondo avaliar a eficácia de um enxaguatório bucal clareador contendo 1,5% de peróxido de hidrogênio, comparado ao clareamento com peróxido de carbamida a 10%, utilizaram solução corante Orange II para simular pigmentação exógena em dentes terceiros molares humanos recém extraídos. Blocos de esmalte foram obtidos e imersos nessa solução por 15 dias, tendo sido feita uma troca após sete dias. Os agentes clareadores foram testados após esse período de manchamento. 2.2 Clareamento Dental Registros evidenciam que a prática do clareamento dental existe desde o século XIX. Começou a ser aplicada em dentes não vitais, mas, no mesmo século, estendeu-se para os vitais, com a utilização de diversos produtos não mais empregados na modernidade (Alqahtani, 2014). Atualmente, os métodos de clareamento preferidos pelos cirurgiões-dentistas são o de consultório, no qual o principal componente ativo é o peróxido de hidrogênio, de forma geral em concentrações que variam de 30 a 35%; e o caseiro, utilizado pelo paciente em casa, sob supervisão profissional, normalmente empregado com peróxido de carbamida a 10% (Haywood, 1992). Os agentes clareadores atuam por mecanismos de ação óxido redutores (Haywood, 1992). A reação de óxido redução acontece

26 24 entre o agente clareador e o material orgânico existente no interior do tecido dental. O peróxido de carbamida a 10% degrada-se em 3% de peróxido de hidrogênio e 7% de ureia. O peróxido de hidrogênio reage com água para produzir os radicais livres que penetram pelo esmalte e agem no esmalte e dentina, produzindo, assim, os efeitos do clareamento (Sulieman, 2004). Porém, tão relevante quanto a produção de um efeito clareador seguro e eficiente, é a necessidade de se demonstrar a longevidade do tratamento (Boushell et al., 2012), visto que, segundo Haywood (1992), nos primeiros dias após o clareamento, há uma discreta recidiva da cor que pode ser explicada pela eliminação de oxigênio residual, proveniente do agente clareador, que fica presente nos dentes clareados e provoca alteração de suas propriedades ópticas. Desse modo, torna-se essencial a abordagem desse assunto nesta revisão. Leonard et al. (2001) realizaram um estudo longitudinal para determinar a durabilidade e eficácia clínica do clareamento dental com peróxido de carbamida a 10% aos 3, 6 e 47 meses após o tratamento. Os resultados do estudo mostraram que o método é eficaz e seguro, com efeitos colaterais mínimos. Além disso, o efeito do clareamento durou até 47 meses em 82% dos pacientes. Meireles et al. (2008) efetuaram um ensaio clínico randomizado e controlado com o objetivo de avaliar o efeito do clareamento caseiro com peróxido de carbamida a 10% e a 16% seis meses após o tratamento, levando em conta os componentes da dieta dos pacientes envolvidos e seus hábitos de higiene oral. Noventa e dois indivíduos (n = 46 para cada grupo) receberam o tratamento com uma das concentrações do agente clareador, duas horas por noite, durante 3 semanas. Ainda, todos receberam um kit com escova e creme dental, além de instruções de higiene oral, a fim de terem o mesmo padrão de higienização. A cor dos dentes foi avaliada antes do clareamento, duas

27 25 semanas após e seis meses mais tarde. Foram utilizados espectrofotômetro e escalas de cor, e os dentes foram avaliados por examinadores previamente calibrados. Um questionário foi aplicado a cada participante, com o intuito de se checar quantidade, frequência e tipos de alimentos corantes consumidos. Após seis meses, os examinadores observaram que não houve alteração do efeito de clareamento para nenhuma das concentrações de agente clareador, em comparação ao efeito registrado duas semanas após o tratamento. Além disso, o elevado consumo de alimentos corantes não teve influência sobre a longevidade do tratamento. Meireles et al. (2010) continuaram o estudo relatado acima e avaliaram os pacientes um ano e dois anos após o início do tratamento. Completaram a avaliação de dois anos 88% dos indivíduos presentes no início do tratamento. Os resultados mostraram que houve alteração de cor para ambos os grupos tratados com as duas concentrações de peróxido de carbamida em comparação à avaliação de um mês. A maioria dos participantes relatou estar satisfeita, embora 66% deles tenham relatado a percepção de mudanças de cor de leve a moderada. Giachetti et al. (2010) realizaram um ensaio clínico randomizado com o intuito de comparar os resultados de duas técnicas de clareamento: caseiro e de consultório. Dezessete participantes tiveram seus dentes clareados com peróxido de carbamida a 10%, por 14 dias, ou peróxido de hidrogênio a 38%. A cor foi avaliada por um espectrofotômetro utilizado antes do clareamento, uma semana, um mês e nove meses após. Na última avaliação, os resultados não mostraram diferenças clínicas significativas entre as duas técnicas de clareamento. As duas mostraram-se eficazes quanto ao clareamento e satisfatórias no quesito longevidade. Bernardon et al. (2010) conduziram um projeto de estudo de boca dividida, com a finalidade de comparar resultados clínicos de

28 26 técnicas de clareamento em dentes vitais em um período de dezesseis semanas. Três grupos de 30 pacientes, cada, foram formados. O grupo I foi submetido a clareamento caseiro com peróxido de carbamida a 10%, por 8 h, em 14 dias; e a clareamento de consultório com peróxido de hidrogênio a 35% com irradiação de luz, em 6 sessões de 15 min cada. O grupo II foi submetido a clareamento de consultório com peróxido de hidrogênio a 35% com ativação de luz; e a clareamento de consultório com peróxido de hidrogênio a 35% sem ativação de luz, ambos em 6 sessões de 15 min cada. O grupo III foi submetido a clareamento caseiro com peróxido de carbamida a 10%, por 8 h, em 14 dias; e a uma técnica mista correspondente a uma sessão de 15 minutos de clareamento de consultório com peróxido de hidrogênio a 35% com irradiação de luz, e a clareamento caseiro com peróxido de carbamida a 10%, por 8 h, em 14 dias. Os resultados mostraram que todas as técnicas foram efetivas para clarear dentes vitais; houve maior sensibilidade com o uso de peróxido de hidrogênio, provavelmente devido à elevada concentração e, no clareamento caseiro, a sensibilidade praticamente foi inexistente. Dessa forma, os pesquisadores concluíram que tanto o clareamento de consultório quanto o caseiro apresentaram o mesmo grau de clareamento em um período de 16 semanas. Auschill et al. (2012) realizaram um estudo clínico randomizado com o intuito de avaliar a eficácia, tolerância e estabilidade de cor a longo prazo de duas técnicas de clareamento dental: uma caseira, com peróxido de hidrogênio a 5% e outra com tira clareadora de venda livre, contendo peróxido de hidrogênio a 5,3%. Participaram do estudo 30 indivíduos que foram avaliados duas semanas após o clareamento. Em nova avaliação, 18 meses mais tarde, ambas as técnicas demonstraram níveis significativos de clareamento dental, apesar de um pequeno grau de escurecimento da cor, em comparação à avaliação inicial.

29 27 Boushell et al. (2012) realizaram um estudo para avaliar efeitos secundários e satisfação dos pacientes 10 a 17 anos (média de 12,3 anos) após clareamento caseiro com peróxido de carbamida a 10%, administrado de 8 a 10 h por noite, de duas a seis semanas. Trinta e um participantes foram localizados e responderam a um questionário para identificar seu nível de satisfação: muito satisfeito, parcialmente satisfeito e não satisfeito quanto ao tratamento feito no passado. Todos foram examinados quanto à vitalidade pulpar, inflamação gengival e reabsorção cervical externa (exame radiográfico). Dos pacientes que não haviam feito retratamento, 31% relataram estar muito satisfeitos, 54% parcialmente satisfeitos e 15% nada satisfeitos com a cor de seus dentes. Dos que foram submetidos a retratamento, todos se mostraram muito ou parcialmente satisfeitos. O exame clínico não detectou problemas gengivais sérios, a maioria dos dentes respondeu a estímulo frio e o exame radiográfico não constatou reabsorções ou lesões apicais. A conclusão dos autores, então, foi de que o clareamento caseiro com peróxido de carbamida a 10%, além de proporcionar satisfação por um tempo médio de 12,3 anos, proporciona efeitos colaterais mínimos. Tay et al. (2012), através de um ensaio clínico randomizado, avaliaram a eficácia do clareamento de consultório com peróxido de hidrogênio a 35% e do clareamento caseiro com peróxido de carbamida a 16%. Dois grupos de 30 participantes com dentes anteriores hígidos e de cores mais escuras que C2 receberam um dos dois tratamentos. As cores foram registradas, com o auxílio de uma escala de cor, uma semana após o tratamento e dois anos mais tarde. Ambas as técnicas de clareamento demonstraram significativas e equivalentes mudanças de cor, comprovando, assim, a eficácia de cada uma em um longo período de tempo. De Geus et al. (2015) avaliaram a longevidade do clareamento caseiro com peróxido de carbamida a 10% em 60 pacientes,

30 28 30 fumantes e 30 não fumantes que foram submetidos ao tratamento 3 h por dia, durante 3 semanas. Foi feita avaliação da cor com auxílio de um espectrofotômetro digital e uma escala de cor antes de se começar o tratamento, uma semana, um mês e um ano após o término. Na avaliação de um ano, a cor foi medida antes e após profilaxia com pasta profilática e escova de Robinson. Compareceram 27 fumantes e 28 não fumantes. Foi constatado um ligeiro escurecimento da cor medida antes da profilaxia. Depois desse procedimento, com a remoção das manchas extrínsecas advindas da dieta e da fumaça de cigarro, observou-se que o clareamento com peróxido de carbamida a 10% permaneceu estável, indicando sua eficácia mesmo em pacientes fumantes. 2.3 Enxaguatórios clareadores Os enxaguatórios clareadores fazem parte de um grupo de agentes clareadores que podem ser consumidos sem prescrição nem supervisão do cirurgião-dentista. São os agentes clareadores de venda livre, OTC, do inglês over-the-counter. Entre eles, encontram-se também os cremes dentais clareadores e outros produtos que se tornaram populares porque têm um custo acessível e não oferecem complicações de uso ao paciente (American Dental Association Council on Scientific Affairs, 2009). Dentre os estudos realizados com enxaguatórios clareadores, enfatizaremos, neste trabalho, os que contêm peróxido de hidrogênio em sua composição e os que contêm enzimas proteolíticas.

31 Enxaguatórios com peróxido de hidrogênio Lima et al. (2012), efetuaram uma pesquisa in vitro objetivando avaliar o efeito clareador de dois enxaguatórios bucais contendo peróxido de hidrogênio. Foram selecionados trinta dentes prémolares recém extraídos por motivos ortodônticos que foram limpos e autoclavados. As raízes foram seccionadas, os tecidos pulpares removidos e as câmaras pulpares seladas com resina composta. Sobre a resina, foram aplicadas duas camadas de esmalte de unha, a fim de se evitar manchamento das coroas através da câmara pulpar. Os dentes tiveram suas cores registradas, com auxílio de uma escala de cor e do sistema CIE L*a*b*. De forma randomizada, foram divididos em dois grupos: Listerine Whitening e Plax Whitening. Diariamente, esses grupos eram imersos em seus respectivos bochechos, por 1 min. Logo após, eram lavados em água corrente por 10 min e imersos em saliva artificial. Após 45 dias, os pesquisadores concluíram que os dois enxaguatórios proporcionaram efeito clareador nos dentes. Jhingta et al. (2013) realizaram um estudo in vivo com o objetivo de investigar se a utilização de um enxaguatório clareador associado à clorexidina seria eficaz na redução de manchas e de placa bacteriana. Os participantes da pesquisa foram divididos aleatoriamente em três grupos, cada um com 35 indivíduos. O grupo I foi instruído a, depois da escovação, bochechar clorexidina a 0,2% por um min, duas vezes ao dia, por um período de 3 semanas. O grupo II também foi instruído a bochechar clorexidina a 0,2%, após a escovação, por um minuto e, em seguida, bochechar peróxido de hidrogênio a 1,5% também por um minuto, duas vezes ao dia, por 3 semanas. Por fim, o grupo III foi instruído a bochechar peróxido de hidrogênio a 1,5%, após a escovação, por um minuto e, logo após, clorexidina a 0,2%, duas vezes por dia, durante 3 semanas. Chegou-se à conclusão de que a ação combinada

32 30 de clorexidina e do peróxido de hidrogênio é superior à da clorexidina sozinha, quando utilizada como enxaguatório, em auxílio à escovação de rotina. Segundo os pesquisadores, bochechos duas vezes ao dia com clorexidina associada a peróxido de hidrogênio podem ser recomendados com segurança para minimizar manchas extrínsecas nos dentes e, ainda, aumentar a eficácia de clorexidina na redução da formação de placa. Torres et al. (2013) realizaram um estudo com o objetivo de comparar o efeito clareador entre cremes dentais e enxaguatórios clareadores e peróxido de carbamida a 10%. Após preparar os espécimes a partir de dentes bovinos, manchá-los por 24 h em solução de café e submetê-los a limpeza com ultrassom, suas cores foram lidas com o auxílio de um espectrofotômetro. Formaram-se 6 grupos contendo 20 amostras cada. As do grupo 1 foram submetidas a escovação com creme dental convencional contendo flúor, ao passo que as do grupo 2 foram submetidas a escovação com creme dental clareador. O grupo 3 foi submetido a imersão com enxaguatório Listerine Whitening por um minuto seguida de escovação com dentifrício fluoretado convencional. O grupo 4 foi submetido a imersão com enxaguatório Colgate Plax Whitening por um minuto seguida de escovação com dentifrício fluoretado convencional e nova imersão em Colgate Plax Whitening por um minuto. O grupo 5 foi submetido a imersão em enxaguatório manipulado com 2 g de polivinilpirrolidona em 100 ml de água destilada (Plasdone 2%), por um minuto, seguida de escovação com dentifrício fluoretado convencional. Do grupo 1 ao 5, as simulações corresponderam a um período de 12 semanas de tratamento. Por fim, o grupo 6 foi submetido a aplicação de gel de peróxido de carbamida a 10% duas horas por dia e imersão em saliva artificial 22 h por dia, durante 14 dias. As cores foram lidas novamente após seis e doze semanas de experimento. Ao final desse tempo, os grupos 3, 4 e 6 mostraram os melhores resultados. Os autores concluíram que Listerine

33 31 Whitening e Colgate Plax Whitening apresentaram graus de clareamento semelhantes ao apresentado pelo gel contendo peróxido de carbamida. Jaime et al. (2014) conduziram um estudo com o intuito de testar a eficácia do enxaguatório bucal Colgate Plax Whitening. Trinta blocos de esmalte foram obtidos a partir de terceiros molares humanos, manchados, por 15 dias em solução corante Orange II. Tiveram suas cores registradas com o auxílio do sistema CIE L*a*b e foram divididos em três grupos com 10 espécimes cada. O grupo CP recebeu aplicação de gel contendo peróxido de carbamida a 10% por 2 h, duas vezes ao dia, em um período de 4 semanas. Após lavagem com água, o grupo era submerso em saliva artificial. O grupo PLAX foi submerso em enxaguatório bucal Colgate Plax Whitening por dois min, sob constante agitação, duas vezes ao dia, também em 4 semanas. Já o grupo AS permaneceu submerso em saliva artificial trocada diariamente, durante as 4 semanas, não tendo recebido nenhum tratamento clareador. Após o período de 4 semanas, o registro de cor das amostras foi feito novamente. Os resultados mostraram que o grau de clareamento do grupo CP foi superior ao do grupo PLAX. Levando-se esses resultados em consideração e avaliando o risco de uso excessivo de enxaguatório bucal, por parte do paciente, os autores chegaram à conclusão de que o clareamento caseiro com peróxido de carbamida a 10% continua a ser um método eficaz e seguro de clareamento dental. Segundo Consolaro (2013), os produtos clareadores de venda livre que contêm peróxido de hidrogênio deveriam ser vendidos com advertências e campanhas de conscientização sobre o efeito carcinogênico desse componente. Ainda segundo ele, anunciantes que incentivam o uso desses produtos sem acompanhamento profissional deveriam ser processados pelo governo.

34 Enxaguatórios com enzimas proteolíticas As enzimas proteolíticas têm o poder de remover a porção de proteína existente na placa que se forma sobre a superfície dos dentes. Consequentemente, as manchas associadas a essas proteínas são eliminadas (Kalyana et al., 2011) Bromelina e Papaína Bromelina e Papaína são enzimas proteolíticas derivadas, respectivamente, do abacaxi (Ananas comosus) e do mamão (Carica papaya) (Chakravarthy, Acharya, 2012). Algumas empresas têm investido na fabricação de cremes dentais e enxaguatórios que contêm bromelina e papaína em sua composição, mas as pesquisas em torno desses produtos ainda são escassas. Por isso, não foi possível citar, neste estudo, trabalhos sobre enxaguatórios clareadores, mas sim dentifrícios com esses componentes. Kalyana et al. (2011) obtiveram blocos de esmalte advindos de 24 dentes molares humanos e os submeteram a manchamento posterior a condicionamento com ácido a 37% por 24 h. Após a visibilidade das manchas, foram feitas imagens digitais padronizadas de todos os blocos e formados dois grupos, com 12 espécimes cada, que foram imersos em saliva humana. Cada grupo foi submetido a dois ciclos de escovação por 1 min, feitos em uma máquina de escovação. O primeiro continha um dentifrício comum, com flúor, e o segundo continha um dentifrício à base de bromelina e papaína. Porém, o estudo não informou as porcentagens desses produtos. Ao final dos

35 33 ciclos, novas imagens digitais foram feitas, as quais levaram à constatação de que o dentifrício contendo bromelina e papaína apresentou uma significativa remoção de manchas em comparação ao outro dentifrício. Chakravarthy e Acharya (2012) realizaram um estudo in vivo com o objetivo de avaliar a eficácia da remoção de manchas de um dentifrício à base de bromelina e papaína (Glodent), sem porcentagem revelada desses componentes, em comparação a um dentifrício comum contendo flúor. Dois grupos de 12 pessoas cada foram formados de forma aleatória. Fotografias padronizadas dos quatro dentes anteriores superiores foram feitas. Todos os participantes deveriam cumprir os requisitos de terem manchas extrínsecas com Pontuação Lobene > 1, os quatro dentes anteriores superiores hígidos, não usarem prótese oral e não terem cárie. Os dois grupos receberam instruções de escovação e higiene oral e escovas macias. Além disso, foram instruídos a realizarem a escovação em frente ao espelho durante dois minutos, duas vezes ao dia. O creme dental utilizado por cada grupo só foi revelado aos participantes duas semanas após o uso, quando foi assegurado por eles o cumprimento dos requisitos da pesquisa. Novas fotografias foram feitas e revelaram que os valores de luminosidade aumentaram de forma semelhante nos dois grupos. Entretanto, participantes do grupo que utilizou o dentifrício contendo bromelina e papaína tiveram as manchas de seus dentes reduzidas de forma significativa, o que, segundo os pesquisadores, pode ser atribuído à ação das enzimas proteolíticas. Ananthakarishna et al. (2014), em um estudo in vivo, avaliaram a eficácia no clareamento de um creme dental contendo bromelina e papaína. Foram selecionados 35 indivíduos com pelo menos 20 dentes na boca e quatro dentes manchados, hígidos ou restaurados. A tonalidade de cor foi mensurada, com o auxílio da escala Vita, antes do início do experimento e após uma, duas e três semanas. Todos foram orientados a escovar os dentes duas vezes ao dia com o dentifrício

36 34 fornecido pelos pesquisadores, por um período de três semanas. Após esse tempo, foi constatado que a maior parte dos tons mais escuros tornaram-se mais leves. Houve um aumento de 35% na cor A1 e 45% na cor A2. Segundo os pesquisadores, parte do branqueamento fornecido pelo dentifrício deve-se aos extratos de bromelina e papaína presentes em sua composição. Patil et al. (2015) desenvolveram um estudo para comparar a efetividade de um dentifrício abrasivo à base de carbonato de cálcio e um dentifrício enzimático, à base de bromelina e papaína. Foram selecionados 90 indivíduos saudáveis com, pelo menos, 20 dentes, sendo 8 anteriores naturais, hígidos e avaliáveis para manchas extrínsecas, não usuários de aparelho e não fumantes. Ao exame oral, foi feito o registro das manchas extrínsecas, de acordo com o Índice Macpherson modificado de Lobene. Foram considerados os escores de 1 a 3. Formaram-se dois grupos de 45 indivíduos cada. O primeiro foi instruído a escovar os dentes com creme dental clareador com ação enzimática (Glodent) e o segundo a escovar com creme dental com ação abrasiva (Pepsodent Whitening). Ambos os grupos receberam escovas padronizadas, tiveram o dever de escovar os dentes duas vezes ao dia, manhã e noite, por, pelo menos, 1 min e foram aconselhados a abster-se de outros procedimentos de higiene oral. Após um mês, as manchas foram reavaliadas e os dados registrados. Os participantes voltaram a usar cremes dentais convencionais e, novamente, foram avaliados, após dois meses. Os dois dentifrícios mostraram-se efetivos na remoção de manchas extrínsecas. Contudo, o que contém bromelina e papaína em sua composição teve melhores resultados. 2.4 Mensuração da Cor

37 35 A cor é um fenômeno de natureza física, visto que depende da luz; química, por depender de pigmentos; fisiológica, porque depende do olho humano e psicológica, já que depende da interpretação em nível cerebral. A cor dos dentes naturais é resultado da combinação de luz refletida a partir da superfície do esmalte e da luz difundida e refletida tanto pelo esmalte quanto pela dentina. A dentina é a principal fonte de cor, a qual se apresenta modificada pela translucidez e pela espessura do esmalte (AlSaleh et al., 2012). A percepção da cor é influenciada por três fatores: fonte de luz, objeto e observador e, de acordo com o sistema criado pelo físico Albert Henry Munsell, em 1915, pode ser descrita em três dimensões: matiz, croma e valor (Westland, 2003). Matiz possibilita a distinção entre diferentes famílias de cores. Croma determina os graus de saturação de uma cor e descreve sua força, intensidade ou vividez. Já o valor indica a luminosidade de uma cor, variando do preto puro ao branco puro (Park et al., 2006). A literatura apresenta diversos métodos de mensuração de cor utilizados na odontologia. Basicamente, pode-se determinar a cor através de avaliação visual ou análise instrumental. A avaliação visual, através de escalas de cores, tem sido o método mais utilizado entre os dentistas. Dentre os métodos instrumentais, podemos citar Colorimetria, Análise computacional de imagem digital e Espectrofotometria (Joiner, 2004b). Na escala de cores Vita Lumim Vacuum, as famílias são diferenciadas pelas letras. As cores do tipo A apresentam uma tonalidade vermelho-marrom, enquanto as do tipo B apresentam uma tendência ao vermelho-amarelo, que resulta em uma coloração alaranjada. A categoria C tem um tom mais acinzentado, por apresentar um croma mais baixo e a categoria D é denominada vermelho-cinza. Já para a escala Chromascop, as dimensões de cor estão agrupadas em cinco séries: 100 branco, 200

38 36 amarelo, 300 marrom claro, 400 cinza e 500 marrom escuro (Ahn e Lee, 2008). Existe ainda a escala Vitapan 3D Master, dividida em seis séries, inclusive uma para dentes clareados. É bastante útil para a prótese dentária. Suas cores são designadas por um número de três dígitos e cartas de combinação. Por exemplo: para a designação 2M3, o número 2 representa o valor, a carta M o matiz e 3 o croma. Além do M que indica um tom médio, existe o L que indica um amarelo matiz e o R que indica uma tonalidade vermelha (Marcucci, 2001; Ahn, Lee, 2008). Colorímetros mensuram valores triestímulos XYZ, baseados nas funções de relação de cor definidas em 1931 pela CIE (Comissão Internacional de Iluminação). Eles filtram a luz em áreas do espectro visível vermelho, verde e azul e depois as convertem em coordenadas do sistema L*A*B*. O olho humano possui três tipos de cones (sensores de cor) os quais são sensíveis a essas três cores primárias. Esses instrumentos têm a vantagem de ser portáteis. São utilizados principalmente para a medição de diferenças de cor na produção ou em áreas de inspeção. Porém, não registram reflectância espectral (Konica Minolta, 1998; Chu et al., 2010). Câmeras digitais funcionam através do sistema de cores RGB (red - vermelho, green - verde, blue azul). Essas cores são somadas e produzem uma vasta gama de cores. Fotografias digitais são muito importantes para auxiliar na comunicação da cor (Chu et al., 2010). Espectrofotômetros medem a quantidade de cada comprimento de onda de luz que uma superfície reflete ou transmite. Espectrofotometria é a ciência que mede a reflectância espectral, ou seja, a relação entre a intensidade de cada comprimento de onda da luz que incide sobre uma superfície e a luz de mesmo comprimento de onda que reflete de volta para o detector de um instrumento. Dessa forma, com o uso de um espectrofotômetro, pode-se obter não apenas os valores numéricos de cor em vários espaços, mas o gráfico de reflectância espectral da cor (Konica Minolta, 1998).

39 37 Os espectrofotômetros são muito mais precisos do que os colorímetros. O método aplicado a eles pertence ao sistema CIE L*a*b*, um modelo de cor estabelecido pela Comissão Internacional de Iluminação, desde o ano de Calcula a distância de cor entre dois pontos, utilizando a fórmula: E* ab =[( L*) 2 +( a*) 2 +( b*) 2 ] 1/2 onde: ΔE* representa a diferença de cor; ΔL* representa a diferença de luminosidade - valor de zero (branco) a 100 (preto); Δa* representa a diferença de cor ao longo do eixo vermelho-verde e Δb* representa a diferença de cor ao longo do eixo amarelo-azul (International Comission on Illumination, 1978). Em 2001, porém, a CIE publicou a fórmula da diferença de cor CIEDE2000 (ΔE*ₒₒ), um procedimento melhorado para o cálculo de diferenças de cor em ambientes industriais (Sharma et al., 2005). Além de incluir as três dimensões de cor, como é o caso da CIE L*a*b*, inclui um termo interativo entre as diferenças de croma e matiz para a melhoria de desempenho da cor azul e um fator para a coordenada a* da CIE para a melhoria de desempenho da cor cinza (Luo et al., 2001). Ahn e Lee (2008) conduziram um estudo com o objetivo de avaliar a habilidade de 50 estudantes de odontologia do sexo feminino em realizar a tomada de cor em seus próprios dentes. As idades variaram entre 20 e 24 anos e as estudantes ainda não haviam entrado em contato com a matéria Ciência da cor. Três clínicos também participaram do estudo. A seleção de cor foi feita visualmente, com a escala de cores Vitapan e com o auxílio do espectrofotômetro VITA Easy Shade. Os dentes avaliados foram os incisivos centrais. Todos os dentes receberam profilaxia prévia e a forma de seleção foi padronizada. Os espectros de reflectância obtidos a partir de cada dente e expressos sob a forma CIE L*a*b* foram comparados com os espectros de cada amostra da escala

40 38 de cores VITA. Os resultados mostraram uma diferença significativa na precisão da seleção de cor entre os meios visuais e instrumentais. Também, o valor de ΔE* referente às cores selecionadas pelos clínicos foi significativamente mais baixo do que o referente às cores selecionadas pelas estudantes. Dessa forma, os pesquisadores concluíram que a análise espectrofotométrica de cor foi mais precisa do que a avaliação visual. Peskersoy et al. (2014), a fim de avaliar a eficácia de produtos de clareamento, e determinar aplicabilidade e validação dos métodos de mensuração de cor, realizaram ensaios laboratoriais com 110 dentes incisivos humanos recém extraídos, por motivos de periodontite agressiva, limpos, polidos e corados com solução hemolisada. Os dentes foram incorporados em maxilas de acrílico e submetidos ao clareamento. Foram formados 11 subgrupos. Dez deles tiveram dentes clareados com peróxido de carbamida a 15 e 16%. As marcas dos produtos foram diferentes, mas a aplicação foi padronizada. O grupo controle (que simulou clareamento de consultório) teve seus dentes clareados com peróxido de hidrogênio a 25%. Fotos digitais de cada dente foram cuidadosamente tomadas antes e depois de cada procedimento. As imagens digitais foram capturadas com o software Photoshop CS4. O espectrofotômetro Easyshade mensurou as cores dos dentes antes e após o clareamento (1º, 3º, 7º e 14º dias). De acordo com os resultados, os pesquisadores concluíram que o clareamento caseiro, apesar de mais demorado, teve efeito semelhante ao de consultório. Quanto à mensuração de cor, concluíram que, tanto a análise digital quanto a espectrofotometria, foram eficientes e objetivas. Gómez-Polo et al. (2014), com o objetivo de comparar os métodos visual e instrumental de mensuração da cor desenvolveram um estudo em que mensuraram as cores de 1361 incisivos centrais superiores hígidos e livres de clareamento em homens e mulheres com idades entre 16 e 89 anos. Antes da mensuração, foi realizada profilaxia

41 39 em todos os dentes. Um pano cinza foi utilizado para neutralizar as cores ao redor. Todos os registros foram feitos no mesmo ambiente, sob condições padronizadas de iluminação em cinco diferentes momentos. Examinadores calibrados utilizaram uma escala Vita 3D Master e um espectrofotômetro VITA Easy Shade Compact. As três dimensões de cor propostas por Munsell foram avaliadas. Os resultados mostraram que o valor ou luminosidade foi a dimensão de cor com maior grau de concordância entre os métodos empregados, seguida por matiz e croma. Gómez-Polo et al. (2016), em outro estudo, testaram as fórmulas CIE L*a*b* e CIEDE2000 para determinar a que reflete melhor a diferença na percepção de cores e se essa percepção se altera de acordo com a diferença de sexo. Com resina composta, os pesquisadores confeccionaram 18 espécimes em forma de disco, com 7 mm de diâmetro e 2 mm de espessura. Todos os discos foram medidos três vezes com o espectrofotômetro Easyshade Compact para a obtenção das coordenadas L*, a* e b*. Quarenta participantes com idades entre 16 e 75 anos (21 mulheres e 19 homens) foram solicitados a formar grupos com os espécimes de mesma cromaticidade. Cada um formou seus grupos individualmente, porém sob as mesmas condições de ambiente e luminosidade. Com os resultados, foi gerada uma matriz de dissimilaridade que foi submetida ao escalonamento multidimensional (MDS), com a finalidade de se obter as coordenadas dos discos dentro de um espaço euclidiano. Foram obtidos os coeficientes de correlação linear entre as distâncias de configuração MDS e os valores das diferenças de cor obtidas pelas fórmulas CIE L*a*b* e CIEDE2000. A partir daí, os investigadores concluíram que a fórmula CIEDE2000 refletiu as diferenças de cor percebidas pelo olho humano melhor do que a fórmula CIE L*a*b* e que as mulheres têm maior sensibilidade no quesito diferenças de cor quando comparadas aos homens.

42 40 3 PROPOSIÇÃO Comparar a efetividade de enxaguatórios clareadores sobre dentes, clareados ou não, expostos a corantes alimentícios. As hipóteses de nulidade testadas foram: a) os enxaguatórios bucais não são capazes de manter o resultado obtido pelo clareamento com Peróxido de Carbamida a 10%; b) não há diferença na ação clareadora entre os produtos testados; c) os enxaguatórios bucais avaliados não são capazes de produzir efeito clareador semelhante ao clareamento supervisionado.

43 41 4 MATERIAL E MÉTODOS Esta pesquisa foi realizada no laboratório do Departamento de Dentística da Faculdade de Odontologia do Instituto de Ciência e Tecnologia da UNESP, Universidade Estadual Paulista, no período de dezembro de 2014 a agosto de Foi enviada ao Comitê de Ética de Pesquisa em Animais do Instituto de Ciência e Tecnologia, UNESP Univ Estadual Paulista, Campus de São José dos Campos. Porém, não foi analisada por esse Comitê porque não envolve a utilização de vertebrados, mas sim o uso de dentes bovinos, como substrato comercialmente disponível (ANEXO A). 4.1 Dentes Cento e vinte incisivos bovinos foram obtidos de animais recém abatidos, com idades de 2 a 4 anos. Após a extração, os dentes foram limpos com lâminas de bisturi e armazenados, sob refrigeração, em água tipo I, produzida pelo sistema de purificação de água ultrapura (Mega Purity, Mega Up). Esse sistema produz a água no momento de seu uso, para não haver riscos de contaminação de armazenamento. No laboratório clínico, a água é utilizada como reagente químico. Por isso, deve conter uma quantidade mínima de contaminantes (íons, matéria orgânica e microorganismos). Traços desses contaminantes podem acelerar ou inibir reações e prejudicar o desempenho de vários reagentes, controles e calibradores (Basques, 2010). Segundo o Clinical and Laboratory Standards Institute, a água tipo I deve conter menos de dez

44 42 bactérias heterolíticas por ml (Unidades Formadoras de Colônias - UFC/mL) (Miller et al., 2005) Preparo das amostras Os dentes tiveram suas raízes seccionadas com disco flexível diamantado dupla face com furos grandes 0,10 mm X 22 mm Discoflex (KG Sorensen, Cotia, SP, Brasil) montado em mandril (Figura 1A e 1B). Apenas as coroas foram utilizadas e submetidas à cortadora de amostras circulares (Figura 1C), a fim de se obter amostras circulares de 3mm de diâmetro. Para isso, foi acoplada à cortadora de amostras uma broca tipo trefina de 3 mm de diâmetro interno com a ponta revestida de diamante (FN Moraes, São José dos Campos, SP, Brasil) (Figura 1D). Para padronização da espessura dos espécimes (1 mm de esmalte e dentina), foi utilizado um dispositivo metálico, com orifício para posicionamento do espécime, que permite ajuste da profundidade (Figura 1E). A amostra removida do dente bovino foi colocada no orifício com a dentina correspondente à câmara pulpar voltada para cima. Girando-se o parafuso central na porção inferior, a superfície da câmara pulpar foi alinhada com a superfície do dispositivo. A seguir, as amostras foram levadas a uma politriz circular (DP-10, Panambra, São Paulo, SP, Brasil) com lixa 600 (Extec, Enfield, CT, USA) (Figura 1F), removendo-se todo o excedente de dentina e obtendo-se uma superfície plana. O limite amelodentinário foi alinhado com a superfície, girando-se o parafuso central na porção inferior. Então, colocou-se o delimitador de desgaste, levando-se a amostra à politriz e obtendo-se exatamente 1,1 mm de esmalte. Para a obtenção da espessura padronizada de dentina, o espécime foi invertido no dispositivo, de modo que o esmalte ficou voltado para o lado interno. O orifício foi ajustado para 2,1mm de profundidade, utilizando-se um paquímetro digital (Starret, Itu, SP, Brasil). Esse

45 43 dispositivo foi submetido à ação de uma lixa d água de granulação 600 GRIT (Extec, Enfield, CT, EUA), acoplada a uma politriz circular (DP-10, Panambra, São Paulo, SP, Brasil), e todo o excedente de dentina foi desgastado, obtendo-se um espécime com 1,1 mm de esmalte e 1 mm de dentina. Feito esse desgaste, foi dado prosseguimento ao polimento com lixas d água de granulação 800 GRIT e 1200 GRIT (Extec, Enfield, CT, EUA), aplicadas por 1 min, restando-se espécimes de esmalte e dentina com 1 mm de espessura de cada tecido. Os espécimes foram imersos em água tipo I e mantidos sob refrigeração.

46 44 A B C D E F Figura 1 Preparo das amostras. A) Dentes bovinos utilizados; B) Corte das raízes; C) Cortadora de amostras circulares; D) Broca trefina e dentes posicionados para o corte; E) Dispositivo metálico para padronização da espessura dos espécimes; F) Lixamento dos espécimes na politriz Escurecimento dos espécimes Na sequência, os espécimes foram escurecidos com o caldo de manchamento adaptado da norma da American Dental Association (2008), para pesquisas de clareamento dental. A ADA fez uma adaptação de um caldo utilizado em um estudo realizado por

47 45 Wozniak et al. (1991) para manchar porcelana dental. Eles, porém, não explicam o porquê dos componentes e quantidades utilizados. A composição do caldo preparado para este trabalho foi de 24 g de café instantâneo (Nescafé Original, Nestlé, Araras, SP, Brasil), 24 g de chá preto (Lin Tea, São Bernardo do Campo, SP, Brasil), 2 g de metilparabeno, 1,2 g de propilparabeno, 17,6 g de mucina gástrica finamente moída dissolvida em 8 L de água deionizada, em agitador magnético (Fisatom 752, São Paulo, Brasil), 5,28 ml de corante vermelho nº 40, 5,28 ml de corante amarelo nº 5, e 665,6 ml de vinho tinto (Dom Bosco, Cereser, Jundiaí, SP, Brasil). O metilparabeno e o propilparabeno foram utilizados como conservantes da mistura. Os espécimes ficaram imersos nesse caldo corante por 14 dias, sob agitação constante em agitador multifuncional de Kline (Biomixer, TS 2000 A VDRL SHAKER). O tempo de 14 dias foi especificado pela American Dental Association (2008), ao realizar um teste-piloto de exposição dos dentes ao caldo de manchamento e observar que as alterações significativas da cor não ocorreram após esse período de tempo Embutimento dos espécimes Com o objetivo de se expor apenas a face de esmalte dos espécimes, seu embutimento foi realizado. Após o manchamento, os espécimes foram inseridos em uma matriz de silicone com 6 mm de diâmetro e 3,1 mm de profundidade. No fundo da matriz havia uma cavidade em um segundo nível com 3 mm de diâmetro e 0,1 mm de profundidade. Com o auxílio de uma pinça Backhaus 13 cm, foi realizado condicionamento ácido com ácido fosfórico a 37% por 15 s (Condac 37, FGM, Joinville, SC, Brasil) (Figura 2A),

48 46 lavagem abundante com água por 30 s e aplicação de sistema adesivo (Adper Single Bond, 3M Espe, St. Paul, MN, USA) (Figura 2B), com fotopolimerização por 40 s em toda a circunferência lateral dos espécimes. Eles, então, foram posicionados no interior da cavidade interna da matriz de silicone, com a superfície do esmalte voltada para o fundo do molde (Figura 2C). O molde foi preenchido com resina composta de baixa viscosidade - resina flow cor A4 (Permaflo, Ultradent Products Inc., South Jordan, UT, USA) que foi fotopolimerizada por 40 s (Figura 2D). Os espécimes foram posicionados em outro dispositivo de metal, com um orifício central (6 mm de diâmetro), cuja profundidade foi ajustada em 3 mm. A amostra foi posicionada com a face de esmalte voltada para a superfície externa do dispositivo, com o intuito de realizar a planificação e polimento do esmalte (Figura 2E). O conjunto (disco/dente) foi posicionado sobre a plataforma giratória da politriz para a realização da planificação do esmalte, permitindo o paralelismo entre as superfícies polidas e a base de metal na qual foram fixados os espécimes. Para tal, foram utilizadas lixas de carbeto de silício de granulação 800 GRIT e 1200 GRIT, ambas por 1 min, sob refrigeração com água. Após o último polimento, os espécimes foram colocados em tubos tipo Eppendorf, mergulhados em água tipo I e mantidos sob refrigeração (Figura 2F). A finalidade do polimento foi a produção de uma superfície livre de irregularidades (Sensi, 2013).

49 47 A B C D E F Figura 2 Embutimento dos espécimes. A) Condicionamento ácido; B) Aplicação de Sistema Adesivo; C) Matriz em silicone com o espécime posicionado; D) Colocação da resina Flow ; E) Dispositvo para polimento; F) Espécime embutido em Resina Flow.

50 Divisão dos grupos Foram utilizados cento e vinte espécimes divididos em dois grupos: amostras clareadas com um agente clareador caseiro de concentração de 10% de peróxido de carbamida (Whiteness Perfect 10%, FGM, Joinville, SC, Brasil) (n = 60) e amostras não clareadas (n = 60). Foram utilizadas duas marcas de enxaguatórios clareadores: Colgate Plax Whitening (Colgate Palmolive Ind. E Com. Ltda, São Paulo, SP, Brasil) e Listerine Whitening (Johnson & Johnson, São José dos Campos, SP, Brasil), as quais possuem peróxido de hidrogênio em sua composição. A primeira, com concentração de 1,5% e a segunda com concentração de 2%. Também foi utilizado um enxaguatório manipulado no Laboratório de Dentística da Faculdade de Odontologia do Instituto de Ciência e Tecnologia da UNESP, Campus São José dos Campos, à base de bromelina a 0,5% e papaína a 0,25%. A opção por essas porcentagens deveu-se ao fato de, anteriormente, ter sido feito um trabalho semelhante, ainda não publicado, no mesmo laboratório, utilizando-se a porcentagem de 0,1% de bromelina e 0,1% de papaína, não surtindo efeito clareador. Por isso, decidiu-se pelo aumento das porcentagens. Também, ao pesquisar cremes dentais e enxaguatórios clareadores com bromelina e papaína em sua composição, foi encontrada a porcentagem de 0,5% de bromelina e 0,125% de papaína para o creme dental Janina Liquid Toothpaste Spray 1 (Janina Ultrawhite, London, England). Desse modo, para o preparo do enxaguatório utilizado neste trabalho, foram utilizados 40 g de bromelina (Sigma-Aldrich, St. Louis, USA), 20 g de papaína (Vetec, Duque de Caxias, RJ, Brasil), 2 g de metilparabeno e 1,2 g de propilparabeno, diluídos em 8 L de água deionizada, em agitador magnético (Nova Ética 114, Vargem Grande Paulista, SP, Brasil). O metilparabeno e o propilparabeno foram utilizados como conservantes.

51 49 Cada grupo foi dividido em 4 subgrupos (n = 15): dentes submetidos à ação do produto Colgate Plax Whitening (PL), dentes submetidos à ação do produto Listerine Whitening (LI), dentes submetidos à ação do produto à base de Bromelina e Papaína (BP) e subgrupo Controle (AG), no qual os espécimes foram imersos em água deionizada pelo mesmo tempo que os enxaguatórios. A Figura 3 mostra a divisão dos grupos. Figura 3 Divisão dos grupos. 4.3 Delineamento experimental Após a confecção dos espécimes, manchamento e embutimento em resina flow, os mesmos tiveram sua cor avaliada (cor inicial). Após realizada a mensuração inicial da cor de cada espécime, o valor médio de L* de cada espécime foi utilizado para a distribuição estratificada em 8 subgrupos. Cada subgrupo foi constituído

52 50 de 15 espécimes. Todos os espécimes foram colocados em matrizes de silicone (Figura 4A), antes de iniciar o clareamento. Cada subgrupo foi submetido a diferentes tratamentos, descritos a seguir: Nos Subgrupos PC, os espécimes foram submetidos ao clareamento com Peróxido de Carbamida a 10% (Whiteness Perfect 10% - FGM, Joinvile, SC, Brasil). Foram realizadas 14 aplicações de 8 h cada, com intervalo de 16 h entre as aplicações (Figura 4B). O gel colocado sobre cada espécime não foi quantificado, mas foi dispensado de forma a cobrir toda a sua área. O tempo de 8h foi preconizado com o intuito de simular uma aplicação durante o período de sono noturno, pois o fabricante preconiza que o gel pode ser usado enquanto o paciente dorme. Já o período de 14 dias também faz parte das instruções do fabricante, que preconiza um tratamento de 10 a 14 dias. No intervalo entre as aplicações, os espécimes foram mantidos em saliva artificial e em estufa para cultura bacteriológica (Marconi, MA 032, Piracicaba, SP, Brasil) a 37 C. A saliva foi preparada de acordo com a fórmula de Göhring (Göhring et al., 2004) acrescida de mucina. Para o preparo dessa saliva, inicialmente, foi preparada uma solução duplamente concentrada contendo 4,8 g de Cloreto de potássio, 3,4 g de Cloreto de sódio, 0,2 g de Cloreto de magnésio hexahidratado, 0,4 g de Cloreto de cálcio dihidratado, 0,4 g de Tiocianato de potássio, 1,4 g de Fosfato de potássio monobásico anidro e 0,2 g de Ácido bórico diluídos em 2 L de água deionizada. Logo após, foi preparada uma solução de Bicarbonato de sódio a 1,62%. Para isso, foi dissolvido 0,4198 g de Bicarbonato de sódio em 259,12 ml de água destilada. Por fim, foram misturados 1000 ml da solução duplamente concentrada, 1000 ml de água deionizada e a solução de Bicarbonado de sódio a 1,62%. Para cada 2 L dessa saliva artificial, foram diluídos 5,4 g de mucina gástrica. A solução final teve seu ph ajustado com o auxílio de um phmetro de bancada (Mettler Toledo AG, Seven Multi S 50, 8603, Schwerzenbach, Switzerland).

53 51 Vinte e quatro horas após a última aplicação do clareamento, foi feita a leitura da cor e os espécimes foram colocados em matrizes de silicone e envolvidos com tule que foi costurado de forma justa, a fim de se evitar perdas (Figura 4C). Em seguida, foram submetidos aos ciclos corante-enxaguatório, conforme os subgrupos a seguir: Subgrupo PC-LI: Foi utilizado o enxaguatório Listerine Whitening Pré-escovação (Johnson & Johnson, São José dos Campos, SP, Brasil); Subgrupo PC-PL: Foi utilizado o enxaguatório Plax Whitening (Colgate-Palmolive Ind. E Com. Ltda, São Paulo, SP, Brasil); Subgrupo PC-BL: Foi utilizado o enxaguatório manipulado a partir das enzimas Bromelina e Papaína; Subgrupo PC-AG: Foi utilizada água deionizada. Ciclo corante-enxaguatório: os espécimes foram imersos 5 min no caldo de manchamento; na sequência, foram imersos por 2 minutos no enxaguatório e, em seguida, permaneceram em saliva artificial. Este ciclo foi repetido por 12 semanas. Durante a imersão no caldo e enxaguatório, os espécimes foram mantidos em constante agitação (Figura 4D). A saliva artificial foi trocada diariamente. A leitura da cor foi feita após 4, 8 e 12 semanas. O tempo de 5 min no caldo de manchamento foi preconizado para simular uma situação extrema de consumo diário de alimentos corantes, feito pelas pessoas de forma geral, ao passo que os 2 min no enxaguatório representam o tempo determinado pelos fabricantes. Os Subgrupos LI, PL, BP e AG foram submetidos ao mesmo ciclo dos subgrupos PC-LI, PC-PL, PC-BP e PC-AG, com a diferença de não terem sido submetidos ao clareamento prévio com Peróxido de carbamida.

54 52 A B C D Figura 4 Clareamento dos espécimes e ciclos de simulação de bochechos. A) Matriz em silicone com os espécimes posicionados; B) Aplicação do gel clareador; C) Posicionamento dos oito subgrupos; D) Agitação dos subgrupos imersos nos enxaguatórios. A Figura 5 ilustra o delineamento experimental:

55 53 Figura 5 Delineamento experimental. 4.4 Mensuração da cor Com o objetivo de avaliar a eficácia clareadora, foi mensurada a cor dos espécimes. Para tanto, foi utilizado o aparelho espectrofotômetro CM-2600d (Konica Minolta, Osaka, Japão), que possui uma esfera de integração. A cor e a distribuição espectral foram medidas de acordo com o Sistema CIE L*a*b*, através do software SpectraMagic NX (Konica Minolta, Osaka, Japão) onde foi regulado o iluminante padrão D65 no modo de reflectância, com inclusão do ultravioleta, ângulo do observador 2º e a reflexão especular incluída (SCI). Para a avaliação da cor dos espécimes, a leitura foi feita sobre fundo branco, com componente UV incluído. O software forneceu

56 54 os valores de Diferenças de Cor (entre as espessuras do mesmo material) E* ab. A fórmula do E* ab é mostrada a seguir: E* ab =[( L*) 2 +( a*) 2 +( b*) 2 ] 1/2 Para a obtenção dessa avaliação geral da cor ( E* ab ), calcula-se a variação de L* ( L*), a* ( a*) e de b* ( b*) subtraindo-se os valores obtidos na leitura em questão (segunda, terceira etc.) dos valores obtidos na primeira tomada de cor. A B C D Figura 6 Mensuração da cor.

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