Teoria de Relações Internacionais - TRI
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- Matheus Peixoto Gabeira
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1 UNIVERSIDADE FEDERAL DE MINAS GERAIS Faculdade de Filosofia e Ciências Humanas Disciplina: Teorias de Relações Internacionais (45h/aula) Prof.: Marco A. C. Cepik 2002 / 1 o semestre Teoria de Relações Internacionais - TRI I Introdução: Nesse curso serão estudadas algumas das principais obras que estruturam o debate contemporâneo no campo da Teoria das Relações Internacionais (TRI). Dado o contexto institucional do programa de pósgraduação em Ciência Política da UFMG, decidi utilizar os capítulos de um volume bastante conhecido na área de RI como roteiro geral (Dougherty e Pfaltzgraff, 1997), verticalizando o estudo das obras selecionadas de acordo com o programa (num total de cinco seminários). O livro utilizado como guia de viagem da disciplina trata não apenas de tradições teóricas mais abrangentes, tais como o realismo ou o funcionalismo, mas também discute teorias de alcance médio sobre vários fenômenos relevantes, desde a guerra até a integração econômica. Algo assim também ocorre com os seminários. Enquanto três dos seminários estão focados em correntes teóricas (neorealismo; escola inglesa; institucionalismo liberal) outros dois priorizam fenômenos/autores considerados essenciais para uma compreensão adequada dos problemas de relações internacionais (Clausewitz e a guerra; horizontes normativos e empíricos para a teoria das relações internacionais após o final da Guerra Fria). O curso não tem a pretensão de ser exaustivo, ou sequer compreensivo o bastante em relação às várias correntes de pensamento no campo da TRI. As ênfases escolhidas decorrem das preferências e/ou curiosidades do professor e são relativamente arbitrárias. Na medida do possível, para os alunos interessados serão indicados textos e autores de outras correntes de pensamento, não contemplados no curso. II - Procedimentos didáticos: Estão previstas quinze semanas de trabalho, com um encontro de três horas-aula em cada semana. As aulas serão expositivas, mas espera-se uma participação ativa dos alunos e a leitura prévia dos materiais indicados. A avaliação será feita através de dois mecanismos: 1) um trabalho escrito (entre 10 e 20 páginas) sobre algum tema relacionados com o curso, previamente aprovados pelo professor; 2) apresentação oral e resenha (entre 03 a 10 páginas) de um dos livros/textos indicados para os seminários do curso). Nos cinco seminários previstos serão atribuídas tarefas para cada estudante relativas `a apresentação oral, bem como à resenha de algum autor/obra. O trabalho final com tema livre valerá até 40 pontos, enquanto a apresentação oral do texto selecionado valerá 30 pontos e a resenha escrita valerá 30 pontos. As datas para entrega dos trabalhos serão acertadas em acordo com a turma. Atraso na entrega de qualquer uma das tarefas implicará em nota zero para aquela versão. Os trabalhos serão entregues em papel impresso. 1
2 III Programa: Semana Tópico Autor/Páginas 1 Abordagens Teóricas em Relações Internacionais (1997: cap. 1) WALTZ (1959) 2 Do Realismo ao Neorealismo (1997: cap. 2) MORGENTHAU (1971) BETTS (2002:33-98) 3 Seminário 1 Realismo Estrutural WALTZ (1979) KEOHANE (1986) WALTZ (2000) 4 Teorias Sistêmicas da Política e RI (1997: cap. 3) 5 Seminário 2 A Escola Inglesa BULL (1977) WIGHT (1991) LITTLE (2000) 6 Teorias Ambientais em RI (1997: cap. 4) DIAMOND (2001) 7 Teorias Clássicas sobre Conflito e Guerra 8 Seminário 3 Clausewitz 9 Teorias do Imperialismo e as Causas Econômicas do Conflito Internacional 10 Teorias Microscópicas e Macroscópicas dos Conflitos Violentos 11 Teorias da Dissuasão e Armas Nucleares (1997: cap. 5) CLAUSEWITZ (1993) PARET (1986) PROENÇA Jr., DINIZ e RAZA (1999) DINIZ (2002) (1997: cap. 6) HALLIDAY (1999) ARRIGHI (1996) (1997: caps. 7 e 8) (1997: cap. 9) ART & WALTZ (1999: ) 2
3 12 Teorias da Cooperação Internacional e da Integração 13 Seminário 4 Novo Institucionalismo liberal e Relações Internacionais 14 Teorias sobre Tomada de Decisões e Teoria dos Jogos em RI 15 Seminário 5 Ordem Mundial e Horizontes Normativos Depois da Guerra Fria (1997: cap. 10) KEOHANE & NYE (1977) KEOHANE (1984) KEOHANE (1989) BROWN et al. (2000: ) (1997: caps. 11 e 12) (1997: cap. 13) BETTS (2002: ) WALTZ (1993) MEARSHEIMER (2001) HAFTENDON, KEOHANE e WALLANDER (1999) NYE e DONAHUE (2000) RAWLS (1999) WALZER (1994) 3
4 IV Referências Bibliográficas: ADLER, Emanuel. (1999), O Construtivismo no Estudo das Relações Internacionais. Lua Nova, nº 47, ALLISON, Graham T. (1971), Essence of Decision: Explaining the Cuban Missile Crisis. Boston, Little, Brown and Company. ARCHIBUGI, D. and HELD, D. [et al.], [eds.]. (1988). Re-imagining Political Community: Studies in Cosmopolitan Democracy. Stanford, California, Stanford University Press. ARON, Raymond. (1985). Que é uma Teoria das Relações Internacionais? In: ARON, R. Estudos Políticos. Brasília, UnB. 2 a edição. Páginas [1967]. ARON, Raymond. (1986). Paz e Guerra entre as Nações. Brasília, Editora da Universidade de Brasília. [1 a edição francesa, 1962]. ARRIGHI, Giovanni. (1996). O Longo Século XX: Dinheiro, Poder e as Origens de nosso Tempo. Rio de Janeiro: Contraponto/ São Paulo: UNESP. [1994]. ART, Robert & WALTZ, Kenneth. [editors]. (1999). The Use of Force: Military Power and International Politics. New York, Rowman & Littlefield. AXELROD, R. and KEOHANE, Robert O. (1985). Achieving Cooperation Under Anarchy: Strategies and Institutions. World Politics 38 (October): BETTS, Richard [editor]. (2002). Conflict After the Cold War: Arguments on Causes of War and Peace. New York, Longman. BOOTH, K. & SMITH, S. [eds.]. (1995). International Relations Theory Today. Pennsylvania, Pennsylvania State University Press. BOUCHER, D. (1998). Political Theories of International Relations: From Thucydidies to the Present. Oxford, Oxford University Press. BROWN, Michael E., COTÉ, Owen R., LYNN-JONES, Sean M. & MILLER, Steven E. [editors]. (2000). Theories of War and Peace: An International Security Reader. Cambridge-MA, The MIT Press. BUKHARIN, Nicolai. (1917). O Imperialismo e a Economia Mundial. Rio de Janeiro, Laemmert, [Segunda edição, traduzida por Aurélia Sampaio Leite a partir da edição francesa de 1928]. BULL, Hedley. (1977). The Anarchical Society: A Study of Order in World Politics. London, Macmillan. BURCHILL, S. e ANDREW, L. [eds.]. (1996). Theories of International Relations. New York, St. Martin's Press. BUZAN, Barry and JONES, Charles and LITTLE, Richard. (1993). The Logic of Anarchy. New York, Columbia University Press. BUZAN, Barry and LITTLE, R. (2001). Why International Relations has Failed as an Intellectual Project and What to do About it. Millennium: Journal of International Studies 30(1): BUZAN, Barry and WÆVER, Ole and WILDE, Jaap de. (1998). Security: A New Framework for Analysis. Boulder-CO, Lynne Rienner Publishers. BUZAN, Barry. (1991). People, States & Fear: An Agenda for International Security Studies in the Post-Cold War Era. Boulder-CO, Lynne Rienner Publishers. (1982). BUZAN, Barry. (1993). International society: structural realism and regime theory meet the English school. International Organization 47(3):
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