Caracterização das populações de Salmo trutta e de Squalius torgalensis nos rios Paiva e Mira

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1 Caracterização das populações de Salmo trutta e de Squalius torgalensis nos rios Paiva e Mira Relatório final das campanhas de monitorização da ictiofauna efectuadas pelo Centro de Biociências do ISPA, no âmbito da execução do projecto LIFE+ ECOTONE Outubro 2015

2 Título: Caracterização das populações de Salmo trutta e de Squalius torgalensis nos rios Paiva e Mira Ano: 2015 Entidade contratante: Quercus, ANCN Execução: Centro de Biociências do ISPA Equipa técnica: Carla Sousa Santos Cristina Lima Joana Robalo Sara Francisco Âmbito: Relatório final das campanhas de monitorização da ictiofauna efectuadas pelo Centro de Biociências do ISPA, no âmbito da execução do projecto ECÓTONE Management of riparian habitats towards the conservation of endangered invertebrates, cofinanciado pelo Programa LIFE+ da União Europeia, através do contrato LIFE09 NAT/PT

3 Índice 1. Enquadramento Área de estudo Metodologia Amostragem Variáveis ambientais Amostragem da ictiofauna Análise de dados Resultados Rio Paiva Caracterização dos habitats Composição da comunidade piscícola Distribuição espacial da comunidade piscícola Distribuição por classes etárias Variação da comunidade piscícola entre 2012 e Caracterização dos habitats Composição da comunidade piscícola Distribuição espacial da comunidade piscícola Distribuição por classes etárias Variação da comunidade piscícola entre 2012 e Considerações finais Anexos Anexo I Anexo II Anexo III Anexo IV

4 1. Enquadramento O presente relatório é o produto final do trabalho desenvolvido pelo Centro de Biociências do ISPA Instituto Universitário (cbio/ispa-iu), no âmbito da execução do projecto ECÓTONE Management of riparian habitats towards the conservation of endangered invertebrates, cofinanciado pelo Programa LIFE+ da União Europeia, através do contrato LIFE09 NAT/PT De acordo com o contrato realizado, coube à equipa técnica do cbio/ispa-iu a realização de saídas de campo no SIC Rio Paiva e no SIC Costa Sudoeste com o objectivo de caracterizar as populações de Truta Salmo trutta Linnaeus, 1758 no Rio Paiva e de Escalo do Mira Squalius torgalensis (Coelho, Bogutskaya, Rodrigues & Collares-Pereira, 1998) no Rio Mira. Estas duas espécies são hospedeiras obrigatórias das naíades de Margaritifera margaritifera e Unio tumidiformis que se alojam nas brânquias dos peixes nos primeiros estádios de vida. O recrutamento das populações destas espécies de bivalves ameaçados está, pois, dependente de densidades de peixes suficientemente altas na altura em que os adultos emitem as larvas para a coluna de água para que haja uma probabilidade considerável de infestação dos hospedeiros. A existência de populações estáveis e numerosas de Truta Salmo trutta e de Escalo do Mira Squalius torgalensis é, portanto, crucial para a conservação das populações ameaçadas de bivalves Margaritifera margaritifera e Unio tumidiformis nos rios Paiva e Mira. Este trabalho foi efectuado em dois momentos distintos, em 2012 e 2015, para que fosse possível a monitorização dos impactes das intervenções realizadas no âmbito do projecto ECÓTONE. Assim, o presente relatório inclui os resultados das campanhas efectuadas em 2015 e estabelece as devidas comparações com a situação de referência (em 2012), identificando os contrastes detectados e propondo medidas a implementar no futuro. 4

5 2. Área de estudo O Rio Paiva é um tributário da margem esquerda do Rio Douro, com uma bacia hidrográfica de cerca de 77 km 2 e um regime hidrológico de carácter permanente. Pelo contrário, o Rio Mira, com uma bacia hidrográfica de 1575 km 2, é um rio tipicamente Mediterrânico, com um regime hidrológico temporário que inclui caudais turbulentos no Inverno e acentuadas reduções de caudal durante os meses de estio, frequentemente com interrupção da conectividade fluvial. No que respeita à ictiofauna, os dois rios apresentam composições específicas díspares, embora predominem os ciprinídeos em ambos os casos. As espécies nativas com ocorrência registada para o Rio Paiva são a Truta Salmo trutta Linnaeus, 1758, o Escalo-do-Norte Squalius carolitertii (Doadrio, 1987), o ruivaco Achondrostoma oligolepis (Robalo, Doadrio, Almada & Kottelat, 2005), a Boga-de-boca-recta Pseudochondrostoma duriense (Coelho, 1985), o Barbocomum Luciobarbus bocagei (Steindachner, 1864), a Enguia Anguilla anguilla Linnaeus, 1758 e a verdemã Cobitis paludica (De Buen, 1929) - Ribeiro et al Por outro lado, as espécies nativas que ocorrem no Rio Mira são o Escalo-do-Mira Squalius torgalensis (Coelho, Bogutskaya, Rodrigues & Collares-Pereira, 1998), o Barbo-do-Sul Luciobarbus sclateri (Günther, 1868), a Boga-do-Sudoeste Iberochondrostoma almacai (Coelho, Mesquita & Collares-Pereira, 2005), a Enguia Anguilla anguilla Linnaeus, 1758, o Esgana-gata Gasterosteus aculeatus Linnaeus, 1758 e a Verdemã Cobitis paludica (De Buen, 1929) - Ribeiro et al

6 3. Metodologia 3.1 Amostragem Foram amostrados, em Julho e Agosto de 2015, os 21 locais seleccionados como pontos de amostragem para a ictiofauna nos Rios Paiva e Mira (n=9 e n=12, respectivamente), com base no tipo de habitat presente e na acessibilidade ao rio, e previamente amostrados em 2012 (Figuras 1 e 2). As coordenadas geográficas e fotografias de cada ponto de amostragem são apresentadas, respectivamente, nas Tabelas I.1 e I.2 do Anexo I e nas Figuras II.1-20 do Anexo II. Figura 1 Localização geográfica dos pontos de amostragem no Rio Paiva. Figura 2 Localização geográfica dos pontos de amostragem na Ribeira do Torgal, Rio Mira. 6

7 3.2 Variáveis ambientais Com vista à caracterização ambiental dos pontos de amostragem, foram analisados os seguintes parâmetros (ver Anexo III - Ficha de campo), baseados no protocolo de campo sugerido pelo Programa Nacional de Monitorização de Recursos Piscícolas e de Avaliação da Qualidade Ecológica de Rios (Oliveira et al. 2007): 1. Largura máxima (metros) 2. Profundidade máxima (centímetros) 3. Transparência (0: transparente, 1: turvo, 2: muito turvo) 4. Ensombramento do sector (0: ausente, 1: <30%, 2: 30-60%, 3: >60%) 5. Cor da água (0: sem cor, 1: esverdeada, 2: acastanhada) 6. Percentagem relativa de cada habitat fluvial: rápido (riffle), escorrência (run) e remanso (pool) 7. Abrigos disponíveis (T: troncos, P: pedras, R: raízes, V: vegetação) 8. Vegetação dominante (A: algas filamentosas, M: musgos, P: plantas superiores) 9. Abundância de macrófitos hidrófitos e helófitos (0: ausente, 1: esparsa, 2: intermédia, 3: abundante) 10. Abundância de detritos lenhosos (0: ausente, 1: esparsa, 2: intermédia, 3: abundante) 11. Substracto dominante e sub-dominante (<0.5mm: silte e argila, 0.5-5mm: areia, 5-50mm: gravilha pequena, mm: gravilha grande, mm: pedras pequenas, mm: pedras grandes, mm: blocos pequenos, >600mm: blocos grandes, RM: rocha mãe) 12. Percentagem de finos 13. Complexidade da galeria ripícola (0: ausente, 1: uniforme, 2: simples, 3: complexa) 14. Continuidade das margens (100%: contínua, %: semi-contínua, ~50%: interrompida, <50%: esparsa, 0%: ausente) 15. Vegetação nas margens (B: briófitos, ERb: Ervas e relvas baixas, Era: ervas e relvas, Ab: arbustos, 16. ph Ar: Árvores) 17. Temperatura da água (ºC) 18. Condutividade (us/cm) 19. Sólidos dissolvidos totais (TDS - ppm) 20. Oxigénio dissolvido (ppm e %) 21. Concentração de nitritos (mg/l) 22. Concentração de nitratos (mg/l) 23. Concentração de amónia (mg/l) 24. Concentração de fosfatos (mg/l) 7

8 A largura e profundidade máximas do sector foram medidas com recurso a fita métrica extensível e vara graduada, respectivamente. Os parâmetros 16 a 20 foram medidos com sonda multiparamétrica (Hanna instruments, modelo HI ) e os parâmetros 21 a 24 foram calculados através de testes colorimétricos (kit comercial JBL ). Os procedimentos adoptados foram registados na Figura IV.1 do Anexo IV. 3.3 Amostragem da ictiofauna A amostragem da ictiofauna foi efectuada recorrendo à técnica de pesca eléctrica com dois operadores, de acordo com os procedimentos descritos por Oliveira et al. (2007) Figura 3. Foi utilizado um aparelho portátil de pesca eléctrica (SAMUS 725G), com ajustamento das características da corrente eléctrica de acordo com a condutividade do local e de modo a maximizar a eficácia da amostragem. Este método permite a captura de indivíduos sem comprometimento da sua sobrevivência, sendo os mesmos devolvidos ao habitat natural após a aquisição dos dados necessários. Figura 3 Amostragem com recurso a pesca eléctrica. O sector a amostrar foi percorrido lentamente, no sentido jusante-montante, descrevendo um movimento de zig-zag entre as duas margens, cobrindo todos os microhabitats e fazendo sair os peixes abrigados sob rochas e/ou vegetação. O comprimento do sector 8

9 amostrado foi variável, de acordo com as características hidrológicas do local e/ou com a heterogeneidade dos habitats. Para posterior padronização do esforço de pesca, foram registados o comprimento do sector (em metros) e o tempo de amostragem (em minutos). Todos os indivíduos capturados foram mantidos em recipientes com arejamento permanente para serem posteriormente identificados, pesados (com a excepção de juvenis inferiores a 40 mm) e medidos. O comprimento à furca foi a medida morfométrica escolhida para caracterizar o tamanho dos espécimes capturados. Deste modo obviaram-se os erros associados à utilização do comprimento total, nomeadamente aqueles que derivam do facto dos peixes poderem apresentar lobos caudais de comprimentos distintos ou lobos caudais danificados por doença ou predação. A única excepção foi a medição de exemplares de Cobitis paludica, uma vez que a barbatana caudal desta espécie não apresenta furca neste caso tomou-se como medida o comprimento total. Após o registo dos dados necessários, todos os indivíduos foram devolvidos ao curso de água. 3.4 Análise de dados Em termos globais, a caracterização da ictiofauna em cada rio incidiu sobre os seguintes parâmetros: riqueza específica total, composição específica, número total de capturas, número de capturas por espécie, proporção relativa entre espécies nativas e exóticas, e frequência de ocorrência para cada espécie (definida como a razão entre o número de pontos de amostragem em foram efectuadas capturas da espécie e o número total de pontos de amostragem). Complementarmente, para cada ponto de amostragem, procedeu-se às seguintes análises, comummente utilizadas para a caracterização populacional da ictiofauna: caracterização da composição específica e riqueza específica total; cálculo da percentagem relativa de espécies exóticas e nativas; análise da distribuição das classes de comprimento das espécies-alvo; cálculo da percentagem de juvenis amostrados; capturas totais e por espécie; abundâncias globais e por espécie (ver abaixo) Uma vez que as amostragens realizadas através da pesca eléctrica não foram padronizadas, e de modo a possibilitar o estabelecimento de um estudo comparativo das abundâncias relativas de indivíduos entre pontos de amostragem (e entre campanhas de 9

10 amostragem), o comprimento do sector e o tempo de pesca foram utilizados para calcular a unidade de esforço (UE, em metros/minuto): comprimento do sector/tempo de amostragem. Posteriormente, o número de capturas efectuadas por unidade de esforço (CPUE), traduzido pelo número de indivíduos capturados por unidade de esforço (UE), foi utilizado como estimador da abundância de peixes em cada ponto de amostragem. As abundâncias relativas (globais e por espécie) foram utilizadas para o estabelecimento de comparações entre pontos de amostragem e entre campanhas de amostragem. 4. Resultados 4.1. Rio Paiva Caracterização dos habitats Os sectores amostrados no Rio Paiva, com uma largura máxima entre os 5.1 e os 42 metros e profundidade máxima entre 31 e 92 cm, são maioritariamente troços onde estão presentes os três tipos de habitats fluviais (pools, runs e riffles), ensombrados por galerias ripícolas complexas (quatro ou mais tipos de vegetação), contínuas ou semi-contínuas, constituídas maioritariamente por briófitos, ervas altas e baixas, arbustos e árvores (Tabela 1). O leito do rio na maior parte dos pontos amostrados é constituído por blocos grandes (>600mm) ou rocha-mãe, coberto por uma reduzida percentagem de finos (<30%) e com esparsos detritos lenhosos. A vegetação aquática mais frequente é constituída por macrófitos (principalmente helófitos) e plantas superiores e os abrigos disponíveis incluem maioritariamente pedras, raízes e vegetação (Tabela 1). Relativamente aos parâmetros físico-químicos da água, os teores de oxigénio dissolvidos são superiores a 5.25ppm, com o ph a variar entre 6.94 e 7.20, valores de condutividade entre 43 e 67 us/cm e sólidos dissolvidos totais entre 21 e 33ppm Tabela 1. A água é transparente em todos os pontos de amostragem e não apresenta cor (com excepção do ponto PAI9 onde a água se apresentava esverdeada) Tabela 1. No entanto, nos pontos de amostragem PAI3, PAI4 e PAI7 foram detectados teores de nitratos e amónia ligeiros e teores de fosfatos moderados a elevados em todos os pontos de amostragem, com excepção do ponto PAI5 (Tabela 1). 10

11 Tabela 1 Dados qualitativos e quantitativos relativos aos habitats e qualidade da água dos pontos de amostragem Rio Paiva. Legendas: * T-troncos, P pedras, R-rochas, V vegetação; ** A-algas, M macrófitas, P-plantas aquáticas; *** RM-rocha-mãe; x presença; ver ponto 3.2 para interpretação dos atributos das variáveis qualitativas (transparência, hidrófitos, helófitos, detritos e galeria ripícola). Ponto de Amostragem PAI1 PAI2 PAI3 PAI4 PAI5 PAI6 PAI7 PAI8 PAI9 Temperatura (ºC) Condutividade (us/cm) O2 dissolvido (ppm) ph Sólidos dissolvidos (ppm) Salinidade Nitritos (mg/l) Nitratos (mg/l) Amónia (mg/l) Fosfatos (mg/l) >2 2 1 > > Transparência Ensombramento (%) 30-60% <30% <30% <30% <30% 30-60% >60% >60% <30% Cor Largura máxima (m) Profundidade máxima (cm) % Pools % Runs % Riffles Abrigos * PRV TPRV TPRV R PV PRV TPRV TPRV PRV Vegetação dominante ** M P P MP P AM MP M P Hidrófitos Helófitos Detritos Substrato dominante *** >600 >600 RM >600 RM RM >600 Substrato sub-dominante >600 > RM % de finos Galeria ripícola margem esquerda 100% % 50% 100% 100% 100% 100% 100% 100% margem direita 100% % 100% 100% % 100% 100% 100% 50% Briófitos x x x x x x x x x Ervas baixas x x x x x x x x x Ervas altas x x x x x x x x x Arbustos x x x x x x x x x Árvores x x x x x x x x x Composição da comunidade piscícola Em termos ictiofaunísticos, foi detectada a ocorrência das seguintes espécies nos pontos de amostragem do Rio Paiva: truta (Salmo trutta), escalo do Norte (Squalius carolitertii), ruivaco (Achondrostoma oligolepis), bordalo (Squalius alburnoides), barbo (Luciobarbus bocagei) e boga de boca recta (Pseudochondrostoma duriense) Figura 2. Não foi detectada a presença de qualquer espécie exótica. 11

12 Figura 2 Espécies capturadas no Rio Paiva: 1- truta (Salmo trutta), 2 - escalo do Norte (Squalius carolitertii), 3 - ruivaco (Achondrostoma oligolepis), 4 - bordalo (Squalius alburnoides), 5 - barbo (Luciobarbus bocagei), 6 - boga de boca recta (Pseudochondrostoma duriense). As capturas totais por espécie e por local de amostragem são apresentadas na Tabela 2. Foi capturado um total de 850 indivíduos, 7.29% (N=62) dos quais pertencentes à espécie-alvo Salmo trutta e os restantes 92.70% (N=788) a uma das cinco espécies de ciprinídeos nativos listados acima. Globalmente, a boga de boca recta (P. duriense) e o bordalo (S. alburnoides) foram as espécies com maior expressão nas capturas, representando respectivamente 42.82% (N=364) e 36.82% (N=313) do total de indivíduos capturados Tabela 2. O barbo (L. bocagei) e o ruivaco (A. oligolepis) foram, pelo contrário, as espécies com menor número de indivíduos capturados, representando apenas 2.00% (N=17) e 4.24% (N=36) do total de indivíduos capturados Tabela 2. Tabela 2 Número de indivíduos capturados e frequência de ocorrência (FO) de cada espécie Rio Paiva. Local A. oligolepis L. bocagei P. duriense S. trutta S. alburnoides S. carolitertii PAI PAI PAI PAI PAI PAI PAI PAI PAI total FO 66.67% 44.44% 100% 88.89% 66.67% 66.67% Distribuição espacial da comunidade piscícola A análise da composição específica por ponto de amostragem revela que, em média, a riqueza específica nos locais amostrados no Rio Paiva é de 4.33 espécies (mínimo 2 máximo 6), não parecendo existir uma relação entre o número de espécies presentes e a localização do 12

13 ponto de amostragem no perfil longitudinal do rio, uma vez que os maiores e menores valores de riqueza específica foram observados tanto a montante como a jusante da área amostrada. Relativamente à distribuição das espécies, é de salientar que a truta (S. trutta) e a boga de boca recta (P. duriense) revelaram ser espécies ubíquas com ocorrência detectada, respectivamente, em 88.89% e 100% dos pontos de amostragem (Tabela 2). Pelo contrário, o barbo (L. bocagei) parece ter uma ocorrência menos frequente, tendo sido detectado em apenas quatro (44.44%) dos nove pontos de amostragem Tabela 2. As restantes espécies (bordalo, ruivaco e escalo do Norte) foram detectados em seis (66.67%) dos nove pontos de amostragem Tabela 2. A comparação das abundâncias relativas, normalizadas para ter em conta o comprimento do sector amostrado e o tempo de pesca despendido, revela que os pontos de amostragem localizados mais a jusante (PAI1 a PAI3) e os locais mais a montante (PAI8 e PAI9) apresentam um maior número de indivíduos do que os locais situados na zona intermédia da área de amostragem Tabela 3. Tabela 3 Abundância relativa por ponto de pesca, utilizando como estimador as capturas por unidade de esforço (CPUE), calculadas com base no tempo de pesca e no comprimento do sector amostrado (ver descrição na secção Metodologia ) Rio Paiva. Local total indivíduos sector (m) tempo pesca (min) UE (m/min) CPUE PAI PAI PAI PAI PAI PAI PAI PAI PAI Relativamente à espécie-alvo (S. trutta), as estimativas de abundância relativa indicam que esta é mais abundante nos pontos PAI3, PAI8 e PAI9 Figura 3. As abundâncias desta espécie são, comparativamente, bastante diminutas nos pontos PAI4, PAI5 e PAI7 Figura 3. 13

14 13,68 7,20 8,57 1,87 1,38 0,00 0,48 3,33 0, Pontos de amostragem Figura 3 Abundâncias relativas de truta (Salmo trutta) nos nove pontos de amostragem efectuados no Rio Paiva Distribuição por classes etárias Dos 850 indivíduos capturados, 305 (35.88%) eram juvenis (<40mm de comprimento) de cinco espécies: S. alburnoides (N=241), P. duriense (N=47), A. oligolepis (N=14), S. carolitertii (N=2) e L. bocagei (N=1) - Tabela 4. Não foi detectada a presença de indivíduos juvenis de S. trutta. A fracção de juvenis excedeu a de adultos nos pontos PAI2 e PAI3, representando, respectivamente, 73.91% e 59.31% do número total de indivíduos capturados nestes locais Tabela 4. No ponto de amostragem PAI9, o número de juvenis capturados foi ligeiramente inferior ao número de adultos, representando 46.91% do total de capturas Tabela 4. A percentagem de juvenis capturados foi inferior a 23% do total de indivíduos capturados nos restantes seis pontos de amostragem (sendo nula nos pontos PAI5 e PAI6) Tabela 4. Analisando os resultados por espécie, verifica-se que apenas foram capturados indivíduos juvenis de ruivaco A. oligolepis, barbo L. bocagei e escalo do Norte S. carolitertii num ponto de amostragem para cada uma destas espécies Tabela 4. Os juvenis das restantes espécies foram detectados em seis e três pontos de amostragem, respectivamente, no caso da boga de boca recta P. duriense (em média, 17.35% do total de capturas em cada ponto) e do bordalo S. alburnoides (em média, 70.49% do total de capturas em cada ponto) Tabela 4. 14

15 Tabela 4 Número de juvenis capturados e respectiva percentagem relativamente ao total de capturas, por espécie, em cada local de amostragem Rio Paiva. A. oligolepis L. bocagei P. duriense S. alburnoides S. carolitertii Nº total de juvenis % do total de capturas/ponto Local PAI (13.33%) % PAI (8.33%) 101 (84.87%) % PAI3 0 1 (14.29%) 10 (13.16%) 126 (94.03%) % PAI (25.00%) % PAI PAI PAI (23.21%) % PAI (21.05%) 0 2 (5.88%) % PAI9 14 (100%) (32.56%) % total A análise da distribuição das classes de comprimento dos indivíduos de S. trutta capturados permite verificar que a população de trutas do Rio Paiva é maioritariamente composta por indivíduos com um tamanho entre os 41 e os 100mm de comprimento à furca (N=53, 86.89%). Não tendo sido capturado qualquer indivíduo com menos de 40mm, as restantes classes de comprimento representam apenas 14.75% ( mm: 8.20% e mm: 6.56%) do total de indivíduos capturados. A distribuição das classes de tamanho por ponto de amostragem é apresentada nas Figuras 4 a 11. Na generalidade, foram capturados indivíduos pertencentes a uma ou duas classes de comprimento em todos pontos de amostragem, excepto no caso do ponto PAI9, onde os indivíduos capturados pertenciam a três classes de comprimento (Figura 11). Verifica-se que os indivíduos de maior dimensão (pertencentes à classe de comprimentos mm) ocorrem apenas nos pontos de amostragem PAI1, PAI3 e PAI9, enquanto os indivíduos de menor dimensão (pertencentes à classe de comprimentos ) foram detectados em todos os pontos de amostragem, com excepção do ponto PAI1. 15

16 Frequências albsolutas Frequências albsolutas Frequências albsolutas Projecto LIFE ECOTONE caracterização das populações de Salmo trutta e Squalius torgalensis PAI Classes de tamanho (mm) Figura 4 Distribuição das classes de comprimento de Salmo trutta no ponto de amostragem PAI1 (N=2). PAI Classes de tamanho (mm) Figura 5 Distribuição das classes de comprimento de Salmo trutta no ponto de amostragem PAI2 (N=3). PAI Classes de tamanho (mm) Figura 6 Distribuição das classes de comprimento de Salmo trutta no ponto de amostragem PAI3 (N=12). 16

17 Frequências albsolutas Frequências albsolutas Frequências albsolutas Projecto LIFE ECOTONE caracterização das populações de Salmo trutta e Squalius torgalensis PAI Classes de tamanho (mm) Figura 7 Distribuição das classes de comprimento de Salmo trutta no ponto de amostragem PAI5 (N=2). PAI Classes de tamanho (mm) Figura 8 Distribuição das classes de comprimento de Salmo trutta no ponto de amostragem PAI6 (N=6). PAI Classes de tamanho (mm) Figura 9 Distribuição das classes de comprimento de Salmo trutta no ponto de amostragem PAI7 (N=1). 17

18 Frequências albsolutas Frequências albsolutas Projecto LIFE ECOTONE caracterização das populações de Salmo trutta e Squalius torgalensis 30 PAI Classes de tamanho (mm) Figura 10 Distribuição das classes de comprimento de Salmo trutta no ponto de amostragem PAI8 (N=26). 8 7 PAI Classes de tamanho (mm) Figura 11 Distribuição das classes de comprimento de Salmo trutta no ponto de amostragem PAI9 (N=10) Variação da comunidade piscícola entre 2012 e 2015 Os resultados obtidos nas campanhas de amostragem realizadas em 2012 e 2015 mostram que a comunidade piscícola do Rio Paiva se mantém idêntica, com uma riqueza específica global de 6-7 espécies (em 2015 não foi detectada a presença de A. anguilla), exclusivamente nativas, e uma riqueza específica média de 4.22/4.33 espécies por ponto de amostragem Tabela 5. Na campanha de 2015 verificou-se um acréscimo do número de juvenis capturados para cerca do triplo relativamente ao valor obtido na campanha anterior Tabela 5. 18

19 Tabela 5 Comparação dos dados populacionais e relativos à espécie-alvo S. trutta, obtidos nas campanhas de 2012 e Riqueza específica global 7 sp. 6 sp. Riqueza média/ponto 4.22 sp./ponto 4.33 sp./ponto % espécies nativas 100% 100% % juvenis 10.95% 35.88% S. trutta % do total de capturas 4.46% (33/740) 7.29% (62/850) Total de indivíduos Nº juvenis 0 0 Frequência de ocorrência global 66.67% (6/9) 88.89% (8/9) Espécie ausente PAI4, PAI7 e PAI8 PAI4 Classes tamanho: 0-40mm 0% 0% mm 69.70% 85.25% mm 21.21% 8.20% mm 9.09% 6.56% Relativamente à espécie-alvo S. trutta, verificou-se um aumento do número de indivíduos capturados e da frequência de ocorrência (de 66.67% para 88.89% dos pontos de amostragem), havendo apenas um local onde a espécie continua a não ser capturada (PAI4) Tabela 5. De 2012 para 2015 a distribuição das classes de tamanho é idêntica: sem ocorrências na primeira classe de tamanho (<40mm) e maior representatividade da segunda classe de tamanho (41-100mm). Salienta-se, no entanto, um aumento da percentagem de indivíduos pertencentes à classe e uma diminuição das percentagens referentes às maiores classes de tamanho de 2012 para 2015 Tabela 5. A comparação das abundâncias relativas da espécie-alvo S. trutta em cada ponto de amostragem (traduzidas pelas capturas por unidade de esforço), nas duas campanhas de amostragem, mostra que houve um ligeiro incremento nos pontos PAI1, PAI7 e PAI9 e um incremento mais acentuado nos pontos PAI3 e PAI8 Tabela 6. Pelo contrário, registou-se um ligeiro decréscimo de abundância nos pontos PAI2 e PAI6, e um decréscimo acentuado no ponto PAI5 Tabela 6. 19

20 Tabela 6 Abundâncias relativas da espécie-alvo S. trutta por ponto de amostragem, calculadas com base no número de capturas por unidade de esforço, obtidas nas campanhas de 2012 e 2015 e respectivas tendências de incremento ou de redução Tendência PAI PAI PAI PAI PAI PAI PAI PAI PAI

21 4.2. Rio Mira Caracterização dos habitats O Rio Mira, tal como a maior parte dos rios de tipo mediterrânico, apresenta desconectividade fluvial na época estival, ou seja, com o abaixamento dos caudais, o curso de água fica reduzido uma série de pêgos com comunicação reduzida ou inexistente. A situação de caudal reduzido em que se encontravam os locais de amostragem é notória nas Figuras II.10 a II.20, sendo de salientar a total ausência de água no ponto de amostragem MIR11 (Figura II.19 Anexo II) e uma situação de pêgo isolado nos pontos MIR2, MIR9 e MIR10. Tabela 7 Dados qualitativos e quantitativos relativos aos habitats e qualidade da água dos pontos de amostragem Rio Mira. Legendas: * T-troncos, P pedras, R-rochas, V vegetação; ** A-algas, M macrófitas, P-plantas aquáticas; *** RM-rocha-mãe; presença (x) e ausência (-); ver ponto 3.2 para interpretação dos atributos das variáveis qualitativas (transparência, hidrófitos, helófitos, detritos e galeria ripícola). Ponto de Amostragem MIR1 MIR2 MIR3 MIR4 MIR5 MIR6 MIR7 MIR8 MIR9 MIR10 MIR12 Temperatura (ºC) Condutividade (us/cm) O2 dissolvido (ppm) ph Sólidos dissolvidos (ppm) Salinidade Nitritos (mg/l) Nitratos (mg/l) Amónia (mg/l) /10 0 0/ Fosfatos (mg/l) / Transparência Ensombramento (%) >60% 30-60% >60% >60% <30% 30-60% >60% >60% >60% >60% >60% Cor Largura máxima (m) Profundidade máxima (cm) % Pools % Runs % Riffles Abrigos TPR TPRV TPR TPRV V TPRV TPR TPR TPR TP TPR Vegetação dominante - A - A P AP - A A A - Hidrófitos Helófitos Detritos Substrato dominante >600 RM >600 RM 5-50 RM Substrato sub-dominante 5-50 < RM >600 < RM >600 % de finos < Galeria ripícola margem esq >75% <50% >75% <50% 100% 100% 100% 100% 100% 100% 100% margem dta <50% <50% 100% % % % 100% 100% 100% 100% 100% Briófitos x x x x x x Ervas baixas x x x x x x x x x x Ervas altas x - x x x x x x x x x Arbustos x x x - - x x x x x x Árvores x - x x - x x x x x x 21

22 Os sectores amostrados no Rio Mira, com uma largura máxima entre os 2.9 e os 14 metros e profundidade máxima entre 32 e 110 cm, são maioritariamente troços com apenas um tipo de habitat fluvial (pool), bastante ensombrados, com galerias ripícolas complexas (quatro ou mais tipos de vegetação), contínuas ou semi-contínuas, constituídas maioritariamente por ervas altas e baixas, arbustos e árvores (Tabela 7). A granulometria dos substratos dominante e sub-dominante é bastante variável entre pontos de amostragem, sendo, no entanto muito frequente uma elevada cobertura por sedimentos finos (>60%) Tabela 7. A abundância de detritos lenhosos é na generalidade intermédia ou abundante, a vegetação aquática que ocorre mais frequentemente são algas filamentosas, e os abrigos disponíveis incluem maioritariamente troncos, pedras e raízes (Tabela 7). Relativamente aos parâmetros físico-químicos da água, os teores de oxigénio dissolvidos variam entre 1.89 e 6.94ppm, com ph entre 7.22 e 7.54, valores de condutividade entre 602 e 973us/cm e sólidos dissolvidos totais entre 301 e 487ppm Tabela 7. A água é acastanhada em todos os pontos de amostragem (excepto no ponto MIR5) e turva na maior parte dos pontos de amostragem (Tabela 7). Não foram detectados nitritos ou nitratos em qualquer ponto de amostragem, embora tenham sido detectados teores reduzidos de amónia nos pontos MIR4, MIR6 e MIR9 (Tabela 7). Relativamente aos fosfatos, os teores são intermédios a elevados em todos os pontos de amostragem, com excepção do ponto MIR2 (Tabela 7) Composição da comunidade piscícola Em termos ictiofaunísticos, foi detectada a ocorrência das seguintes espécies nos pontos de amostragem do Rio Paiva: escalo do Mira (Squalius torgalensis), enguia (Anguilla anguilla), barbo do sul (Luciobarbus sclateri), verdemã (Cobitis paludica), boga do Sudoeste (Iberochondrostoma almacai), perca-sol (Lepomis gibbosus) e esgana-gata (Gasterosteus aculeatus) Figura Figura 12 Espécies capturadas no Rio Mira: 1- escalo do Mira (Squalius torgalensis), 2-enguia (Anguilla anguilla), 3-barbo do sul (Luciobarbus sclateri), 4-verdemã (Cobitis paludica), 5-boga do Sudoeste (Iberochondrostoma almacai), 6-perca-sol (Lepomis gibbosus) e 7-esgana-gata (Gasterosteus aculeatus). 22

23 Das sete espécies capturadas, apenas a perca-sol é uma espécie exótica, sendo as restantes seis (85.71%) espécies nativas. As capturas totais por espécie e por local de amostragem são apresentadas na Tabela 8. Foi capturado um total de 792 indivíduos, a maior parte dos quais (63.64%, N=504) pertencentes à espécie-alvo Squalius torgalensis. As outras duas espécies com maior expressão nas capturas, embora com valores substancialmente inferiores, foram a enguia A. anguilla (15.53%, N=123), a perca-sol L. gibbosus (7.70%, N=61) e o esgana-gata G. aculeatus (5.93%, N=47) Tabela 8. O barbo do Sul (L. sclateri), a verdemã (C. paludica) e a boga do Sudoeste (I. almacai) foram, pelo contrário, as espécies com menor número de indivíduos capturados, representando apenas 3.41% (N=27), 3.54% (N=28) e 0.25% (N=2) do total de indivíduos capturados Tabela 8. Tabela 8 Número de indivíduos capturados e frequência de ocorrência (FO) de cada espécie Rio Mira. S. torgalensis A. anguilla L. sclateri Local MIR MIR MIR MIR MIR MIR MIR MIR MIR MIR MIR total FO 90.91% 90.91% 54.55% 36.36% 9.09% 36.36% 54.55% C. paludica I. almacai L. gibbosus G. aculeatus Distribuição espacial da comunidade piscícola A análise da composição específica por ponto de amostragem revela que, em média, a riqueza específica nos locais amostrados no Rio Mira é de 3.73 espécies (mínimo 2 máximo 6), não parecendo existir uma relação entre o número de espécies presentes e a localização do ponto de amostragem no perfil longitudinal do rio, uma vez que os maiores e menores valores de riqueza específica foram observados tanto a montante como a jusante da área amostrada. Relativamente à distribuição das espécies, é de salientar que o escalo do Mira (S. torgalensis) e a enguia (A. anguilla) são as espécies mais ubíquas, tendo sido capturadas em 23

24 todos os pontos de amostragem excepto no ponto MIR2 (FO=90.91%) Tabela 8. Pelo contrário, a boga do Sudoeste (I. almacai) foi detectada apenas em um (9.09%) dos 11 pontos de amostragem Tabela 6. As restantes espécies (barbo do Sul, verdemã, esgana-gata e perca-sol) foram detectados em quatro (36.36%) ou seis (54.55%) dos 11 pontos de amostragem Tabela 8. As espécies exóticas representam em média 9.77±25.28% (mínimo: 0, máximo: 83.87%) das capturas e estão restringidas a pontos de amostragem no sector mais a jusante do Rio Mira (Tabela 9). Por outro lado, excluindo a espécie migradora A. anguilla, as espécies nativas representam em média 62.30±32.66% das capturas (Tabela 9). Tabela 9 Percentagem de espécies exóticas (L. gibbosus), espécies nativas não migradoras (S. torgalensis, L. sclateri, C. paludica, I. almacai e G. aculeatus) e espécies nativas migradoras (A. anguilla) capturadas em cada ponto de amsotragem. % Espécies % Espécies nativas Local exóticas não migradoras migradoras MIR % 42.86% 37.14% MIR % 16.13% 0.00% MIR3 1.56% 95.31% 3.13% MIR4 0% 89.30% 10.70% MIR5 0% 89.06% 10.94% MIR6 2.00% 40.00% 58.00% MIR7 0% 66.67% 33.33% MIR8 0% 94.12% 5.88% MIR9 0% 37.50% 62.50% MIR10 0% 98.58% 1.42% MIR12 0% 15.79% 84.21% média 9.77% 62.30% 27.93% mín 0.00% 15.79% 0.00% max 83.87% 98.58% 84.21% dp 25.28% 32.66% 29.24% A comparação das abundâncias relativas, normalizadas para ter em conta o comprimento do sector amostrado e o tempo de pesca despendido, revela que os pontos de amostragem MIR4 e MIR10 apresentam um maior número de indivíduos capturados por unidade de esforço, enquanto os pontos MIR9 e MIR12 apresentam os menores números de indivíduos (Tabela 10). 24

25 Tabela 10 Abundância relativa por ponto de pesca, utilizando como estimador as capturas por unidade de esforço (CPUE), calculadas com base no tempo de pesca e no comprimento do sector amostrado (ver descrição em Metodologia ) Rio Mira. Local Total indivíduos sector (m) Tempo pesca (min) UE (m/min) CPUE MIR MIR MIR MIR MIR MIR MIR MIR MIR MIR MIR Relativamente à espécie-alvo (S. torgalensis), as estimativas de abundância relativa (nº capturas por unidade de esforço em cada ponto de amostragem) indicam que esta é extremamente abundante no ponto MIR10 e atinge abundâncias intermédias nos pontos MIR3, MIR4 e MIR7 Figura 13. Além de estar ausente no ponto MIR2, esta espécie é muito pouco abundante nos pontos MIR8 e MIR12 Figura ,37 89,89 4,27 0,00 46,28 14,61 3,00 38,57 1,70 2, MIR1 MIR2 MIR3 MIR4 MIR5 MIR6 MIR7 MIR8 MIR9 MIR10 MIR12 0,65 Figura 13 Abundâncias relativas, calculadas com base no número de capturas por unidade de esforço, de escalo do Mira (Squalius torgalensis) nos 11 pontos de amostragem. 25

26 4.2.4 Distribuição por classes etárias Dos 792 indivíduos capturados, 430 (54.29%) eram juvenis de quatro espécies: S. torgalensis (N=384), C. paludica (N=1), I. almacai (N=2), e G. aculeatus (N=43) - Tabela 11. Tabela 11 Número de juvenis capturados e respectiva percentagem relativamente ao total de capturas, por espécie, em cada local de amostragem Rio Mira. S. torgalensis C. paludica I. almacai G. aculeatus Nº total juvenis % do total de capturas/ponto Local MIR1 2 (22.22%) (80.00%) % MIR (100%) % MIR3 52 (92.86%) (50.00%) % MIR4 100 (75.76%) (94.44%) % MIR5 7 (17.07%) (87.50%) % MIR (100%) % MIR7 17 (38.64%) % MIR MIR9 4 (66.67%) % MIR (97.58%) 1 (100%) % MIR (100%) % total % Foram capturados indivíduos juvenis em todos os pontos de amostragem com excepção do ponto MIR8, representando 8.00% a 95.75% do total de indivíduos capturados (Tabela 11). A fracção de juvenis em cada ponto de amostragem excedeu a de adultos em apenas três pontos de amostragem: MIR3 (82.81%), MIR4 (62.57%) e MIR10 (95.75%) - Tabela 9. Nos restantes pontos de amostragem, a percentagem de juvenis relativamente ao número total de indivíduos capturados variou entre 8.00% e 25.76% (Tabela 11). Os juvenis da espécie alvo S. torgalensis foram capturados em sete (63.64%) dos 11 pontos de amostragem, tendo o maior número de capturas sido registado nos pontos MIR4 (N=100) e MIR10 (N=202) Tabela 11. A fracção de juvenis de S. torgalensis excedeu a de adultos em todos pontos de amostragem, com excepção dos pontos MIR1, MIR5 e MIR7, representando 66.67% a 97.58% das capturas (Tabela 11). Relativamente às restantes espécies, apenas foram capturados indivíduos juvenis de C. paludica e I. almacai num ponto localizado a montante da área de amostragem (MIR10 e MIR12, respectivamente) Tabela 11. Os juvenis de esgana-gata (G. aculeatus) foram capturados em 26

27 Frequências albsolutas Projecto LIFE ECOTONE caracterização das populações de Salmo trutta e Squalius torgalensis seis pontos de amostragem consecutivos, localizados no sector a jusante do Pego das Pias (pontos MIR1 a MIR6) Tabela 11. A análise da distribuição das classes de comprimento dos indivíduos de S. torgalensis capturados permite verificar que a população de escalos do Rio Mira é maioritariamente composta por indivíduos com um tamanho inferior a 40mm de comprimento à furca (N=391, 77.58%). A segunda e terceira classes de comprimento representam, respectivamente, 21.23% (N=107) e 1.19% (N=6) da população de S. torgalensis. Não foram capturados indivíduos com comprimento à furca superior a 98mm. A distribuição das classes de tamanho por ponto de amostragem é apresentada nas Figuras 14 a 23. Foram capturados indivíduos pertencentes às duas classes de comprimento na maioria dos pontos de amostragem, com excepção dos pontos MIR6, MIR8 e MIR12 onde apenas foram capturados indivíduos pertencentes à segunda classe de tamanhos (41-100mm) Figuras 18, 20 e 23. MIR Classes de tamanho (mm) Figura 14 Distribuição das classes de comprimento de Squalius torgalensis no ponto de amostragem MIR1 (N=9). 27

28 Frequências albsolutas Frequências albsolutas Projecto LIFE ECOTONE caracterização das populações de Salmo trutta e Squalius torgalensis MIR Classes de tamanho (mm) Figura 15 Distribuição das classes de comprimento de Squalius torgalensis no ponto de amostragem MIR3 (N=56). MIR Classes de tamanho (mm) Figura 16 Distribuição das classes de comprimento de Squalius torgalensis no ponto de amostragem MIR4 (N=132). 28

29 Frequências albsolutas Frequências albsolutas Projecto LIFE ECOTONE caracterização das populações de Salmo trutta e Squalius torgalensis MIR Classes de tamanho (mm) Figura 17 Distribuição das classes de comprimento de Squalius torgalensis no ponto de amostragem MIR5 (N=41). MIR Classes de tamanho (mm) Figura 18 Distribuição das classes de comprimento de Squalius torgalensis no ponto de amostragem MIR6 (N=6). 29

30 Frequências albsolutas Frequências albsolutas Projecto LIFE ECOTONE caracterização das populações de Salmo trutta e Squalius torgalensis MIR Classes de tamanho (mm) Figura 19 Distribuição das classes de comprimento de Squalius torgalensis no ponto de amostragem MIR7 (N=44). 25 MIR Classes de tamanho (mm) Figura 20 Distribuição das classes de comprimento de Squalius torgalensis no ponto de amostragem MIR8 (N=2). Nota: a escala das abcissas tem uma escala diferente da dos restantes gráficos. 30

31 Frequências albsolutas Frequências albsolutas Projecto LIFE ECOTONE caracterização das populações de Salmo trutta e Squalius torgalensis MIR Classes de tamanho (mm) Figura 21 Distribuição das classes de comprimento de Squalius torgalensis no ponto de amostragem MIR9 (N=6). MIR Classes de tamanho (mm) Figura 22 Distribuição das classes de comprimento de Squalius torgalensis no ponto de amostragem MIR10 (N=207). 31

32 Frequências albsolutas Projecto LIFE ECOTONE caracterização das populações de Salmo trutta e Squalius torgalensis 20 MIR Classes de tamanho (mm) Figura 23 Distribuição das classes de comprimento de Squalius torgalensis no ponto de amostragem MIR12 (N=1). Nota: a escala das abcissas tem uma escala diferente da dos restantes gráficos Variação da comunidade piscícola entre 2012 e 2015 Os resultados obtidos nas campanhas de amostragem realizadas em 2012 e 2015 mostram que a comunidade piscícola do Rio Mira se mantém idêntica, com uma riqueza específica global de 7 espécies, embora com uma composição específica ligeiramente distinta uma vez que uma das espécies foi detectada apenas numa das campanhas: Atherina boyeri em 2012 e Gasterosteus aculeatus em A riqueza específica média foi igualmente idêntica em ambas as campanhas (3.50 e 3.73 espécies por ponto de amostragem) Tabela 12. De 2012 para 2015 verificou-se um incremento da percentagem de juvenis capturados e um ligeiro decréscimo da percentagem de espécies nativas relativamente ao total de capturas, devido à maior abundância de perca-sol na campanha de 2015 (Tabela 12). Relativamente à espécie-alvo S. torgalensis, verificou-se um aumento bastante expressivo do número de indivíduos e da percentagem de juvenis capturados (Tabela 12). A frequência de ocorrência da espécie mantém-se idêntica, mantendo-se o registo de captura da espécie em 10 dos 12 pontos de amostragem (as diferentes percentagens de ocorrência devemse ao facto de um dos pontos ter secado em 2015 e, portanto, terem sido amostrados 11 e não 12 pontos) Tabela

33 Tabela 12 Comparação dos dados populacionais e relativos à espécie-alvo S. torgalensis, obtidos nas campanhas de 2012 e Riqueza específica global 7 sp. 7 sp. Riqueza média/ponto 3.50 sp./ponto 3.73 sp./ponto % espécies nativas 97.90% 85.71% % juvenis 36.45% (156/428) 54.29% (430/792) S. torgalensis % do total de capturas 44.39% (190/428) 63.64% (504/792) Total de indivíduos Nº juvenis 84 (49.47%) 384 (76.19%) Frequência de ocorrência global 83.33% (10/12) 90.91% (10/11) Frequência de ocorrência juvenis 75.00% (9/12) 63.64% (7/11) Espécie ausente MIR3 e MIR12 MIR2 e MIR11 (seco) Classes tamanho: 0-40mm 49.73% 77.58% 41-80mm 40.11% 21.23% mm 9.09% 1.19% mm 1.07% 0% De 2012 para 2015 a distribuição das classes de tamanho sofreu algumas alterações: a classe de tamanho mais representativa continua a ser a primeira (<40mm) mas verificou-se um aumento acentuado da sua representatividade (de 49.73% para 77.58%); e a percentagem de indivíduos pertencentes às restantes três classes de tamanho diminuiu, não tendo sido capturado nenhum indivíduo pertencente à maior classe de tamanho ( mm) Tabela 12. A comparação das abundâncias relativas da espécie-alvo S. torgalensis em cada ponto de amostragem (traduzidas pelas capturas por unidade de esforço), nas duas campanhas de amostragem, mostra que houve um ligeiro incremento nos pontos MIR1 e MIR5 e um incremento mais acentuado nos pontos MIR3 e MIR4 Tabela 13. Pelo contrário, registou-se um ligeiro decréscimo de abundância nos pontos PAI2 e PAI6, e um decréscimo acentuado no ponto PAI5 Tabela 13. Tabela 13 Abundâncias relativas da espécie-alvo S. torgalensis por ponto de amostragem, calculadas com base no número de capturas por unidade de esforço, obtidas nas campanhas de 2012 e 2015 e respectivas tendências de incremento ou de redução Tendência MIR MIR MIR MIR MIR MIR MIR MIR MIR MIR MIR (seco) - MIR

34 5. Considerações finais A monitorização das populações de Truta Salmo trutta e de Escalo do Mira Squalius torgalensis, espécies hospedeiras das naíades de Margaritifera margaritifera e Unio tumidiformis, respectivamente, nos SIC Rio Paiva e SIC Costa do Sudoeste visava caracterizar o estado das populações ao longo do período temporal em que decorreu o projecto LIFE ECÓTONE. As intervenções efectuadas no sentido da melhoria dos habitats fluviais e do reforço populacional destas espécies de peixes seriam igualmente benéficas para a preservação dos bivalves que delas dependem para completar o seu ciclo de vida. Apesar das comunidades de peixes de água doce sofrerem tipicamente oscilações naturais de abundância e composição específica, decorrentes essencialmente das características hidrológicas de cada ano, foi possível utilizar os resultados obtidos durante as campanhas de monitorização da ictiofauna numa perspectiva comparativa usando como descritor a abundância relativa traduzida pelo número de capturas por unidade de esforço. Assim, comparando as capturas efectuadas em 2012 e 2015, verificou-se um incremento da abundância relativa de truta Salmo trutta no Rio Paiva (de 4.46% para 7.29%) e de escalo-do-mira Squalius torgalensis no Rio Mira (44.39% para 63.64%). Por outro lado, existem igualmente evidências de um aumento do recrutamento populacional de S. torgalensis no Rio Mira, traduzido pelo aumento da percentagem de juvenis capturados (49.73% em 2012 e 77.58% em 2015). Os troços amostrados do Rio Paiva apresentam uma boa heterogeneidade de habitats fluviais, galerias ripícolas complexas e bem preservadas e presença de vegetação aquática na generalidade dos pontos de amostragem. Estas condições, se aliadas a uma boa qualidade da água ao longo do ano, são ideais para a preservação da ictiofauna e para um eficaz recrutamento anual das espécies. Parece haver, no entanto, alguns focos poluentes responsáveis pelos teores de amónia, nitratos e fosfatos detectados em alguns pontos de amostragem que devem, a curto prazo, ser eliminados ou minimizados. A monitorização periódica dos parâmetros físico- 34

35 químicos da água é igualmente desejável para que se mantenham níveis aceitáveis ao longo do ano, em todo o curso de água. Relativamente à comunidade piscícola do Rio Paiva, esta é claramente dominada por espécies ciprinícolas e verifica-se a total ausência de espécies exóticas, situação que se mantém desde 2012 e que é essencial para o equilíbrio das relações interespecíficas e, consequentemente, do ecossistema fluvial. O recrutamento global das populações das várias espécies sofreu um incremento bastante expressivo de 2012 para 2015, o que pode estar relacionado com a melhoria das condições de habitat, nomeadamente, com uma maior disponibilidade de abrigos para os primeiros estádios de vida. Com efeito, num rio com regime hidrológico do tipo Atlântico, com elevadas velocidades de corrente no Inverno, é essencial que os juvenis das várias espécies tenham ao seu dispor zonas de proteção e de alimentação capazes de assegurar a sua sobrevivência. Esses refúgios são, tipicamente, a vegetação aquática existente no leito do rio, as raízes submersas da vegetação ripícola e outros abrigos providenciados por pedras ou troncos submersos. A população de trutas S. trutta do Rio Paiva continua a ser composta maioritariamente por indivíduos jovens, com 41 a 100mm de comprimento, tendo-se assistido a um aumento da sua frequência de ocorrência (presença num maior número de pontos de amostragem) e da abundância de indivíduos na maioria dos pontos de amostragem entre 2012 e A maior amplitude de distribuição da espécie no Rio Paiva e o aumento do número de indivíduos na maioria dos locais pode ainda ser potenciada com a introdução de exemplares criados ex-situ, cuja libertação deve ocorrer preferencialmente em múltiplos locais. Por outro lado, as acções de sensibilização e educação dirigidas aos pescadores desportivos iniciadas no contexto deste projecto LIFE são cruciais para a manutenção de populações estáveis de truta. Com efeito, o respeito pelos tamanhos mínimos de captura, a obrigatoriedade de declaração do número de indivíduos capturados e o fomento da pesca sem morte (com devolução dos peixes ao curso de água) são medidas essenciais para a preservação da espécie no Rio Paiva. No que diz respeito ao Rio Mira, as condições hidrológicas impõem anualmente fortes constrangimentos à comunidade piscícola, uma vez que a redução drástica dos caudais e a perda de conectividade fluvial têm consequências directas para a sua sobrevivência, nomeadamente fragmentação de populações, confinamento dos indivíduos em pêgos (onde pode ocorrer escassez de oxigénio, temperaturas fisiologicamente inapropriadas, concentração de poluentes, 35

36 elevadas competição intra e interespecífica e predação), e impedimento de acesso a habitats preferenciais de desova e crescimento de alevins. As intervenções efectuadas nas margens da ribeira do Torgal, no âmbito do projecto LIFE ECÓTONE serão, com certeza, um contributo importante no sentido de minimizar o impacto da redução estival de caudais para as populações de escalo-do-mira e deverão ser objecto de uma monitorização continuada no tempo. De facto, a recuperação da galeria ripícola e a estabilização das margens com recurso a técnicas de engenharia natural certamente minimizarão a erosão durante o regime torrencial invernal, a turbidez e a escorrência de detritos e poluentes (muito provavelmente minimizando os teores de fosfatos detectados durante as campanhas de amostragem), contribuindo para a melhoria da qualidade da água. Por outro lado, as intervenções efectuadas no leito no rio com a criação de pequenos represamentos transponíveis pelos peixes cruciais na criação de zonas de oxigenação e de retenção de água no Verão, o que é fundamental para a reprodução e crescimento de alevins de todas as espécies nativas de peixes. A comunidade íctica da área amostrada no Rio Mira continua a ser dominada por espécies nativas (97.90% em 2012 e 85.71% em 2015), embora a abundância da espécie exótica perca-sol suplante localmente a das restantes espécies, principalmente nos locais em situação de pêgo isolado uma vez que esta espécie está mais adaptada a ambientes estagnados com temperaturas da água mais elevadas do que as espécies nativas. A representatividade do escalo-do-mira na comunidade íctica sofreu um aumento substancial entre 2012 e 2015 não só em termos de abundância (de 44.39% para 63.64% das capturas), mas também no que se refere à percentagem de juvenis (de 49.47% para 76.19%) e à frequência de ocorrência global (de 83.33% para 90.91% dos pontos de amostragem). Para a esta situação deverá ter contribuído, muito provavelmente, a libertação de cerca de 1000 peixes criados ex-situ em acções de repovoamento efectuadas em 2013 e 2015, contribuindo directamente para o aumento do efectivo populacional mas também, indirectamente, com a progenia gerada pelos indivíduos libertados. Para finalizar, a manutenção da tendência para um aumento do recrutamento e dos efectivos populacionais das espécies de peixes hospedeiras de naíades (a comprovar em futuras campanhas de monitorização pós-life), em paralelo com a manutenção das condições adequadas em termos de habitat e qualidade da água, potenciará seguramente a conservação das populações ameaçadas de Margaritifera margaritifera e Unio tumidiformis. 36

37 Apesar dos resultados se afigurarem promissores, para que a comunidade ictíca dos rios Mira e Paiva se mantenha equilibrada e em densidades favoráveis, é desejável que sejam cumpridas algumas recomendações: 1) os troços de rio sujeitos a intervenções de melhoramento dos habitats fluviais (incluindo a galeria ripícola) deverão ser ampliados; 2) deve ser garantida a disponibilidade e qualidade hídricas ao longo de todo o ano, em particular durante a época estival; 3) as populações devem ser reforçadas periodicamente com peixes criados ex-situ; 4) deverão ser implementadas acções de controle e/ou erradicação de espécies exóticas de peixes e de lagostim, em particular durante a época estival no Rio Mira; 5) devem ser impostas medidas efectivas de minimização do impacto da pesca desportiva de truta no Rio Paiva, nomeadamente através da criação de zonas de pesca interdita, respeito pelos tamanhos mínimos de captura, declaração do número de exemplares capturados, e reforço populacional com indivíduos criados em cativeiro a partir de stocks selvagens obtidos no mesmo rio. 37

38 6. Referências bibliográficas Oliveira JM (coord.), Santos JM, Teixeira A, Ferreira MT, Pinheiro PJ, Geraldes A, Bochechas J (2007) Projecto AQUARIPORT: Programa Nacional de Monitorização de Recursos Piscícolas e de Avaliação da Qualidade Ecológica de Rios. Direcção-Geral dos Recursos Florestais, Lisboa, 96pp. Ribeiro F, Beldade R, Dix M, Bochechas J (2007) Carta Piscícola Nacional. Direcção-Geral dos Recursos Florestais - Fluviatilis, Lda. Publicação Electrónica (versão 01/2007). 38

39 7. Anexos 7.1 Anexo I Tabela I.1 Coordenadas dos pontos de amostragem do Rio Paiva. Local PAI1 PAI2 PAI3 PAI4 PAI5 PAI6 PAI7 PAI8 PAI9 Coordenadas geográficas 40º54.677N, 8º0.366W 40º54.403N, 7º59.704W 40º54.721N, 7º59.428W 40º54.822N, 7º59.222W 40º54.851N, 7º59.135W 40º55.228N, 7º58.615W 40º53.610N, 7º56.124W 40º53.252N, 7º54.458W 40º53.313N, 7º54.310W 39

40 Tabela I.2 - Coordenadas dos pontos de amostragem do Rio Mira. Local MIR1 MIR2 MIR3 MIR4 MIR5 MIR6 MIR7 MIR8 MIR9 MIR10 MIR11 MIR12 Coordenadas geográficas 37º N, 8º W 37º N, 8º W 37º N, 8º W 37º N, 8º W 37º N, 8º W 37º N, 8º W 37º N, 8º W 37º N, 8º W 37º N, 8º W 37º N, 8º W 37º N, 8º W 37º N, 8º W 40

41 7.2 Anexo II Figura II.1 Ponto de amostragem PAI1, montante e jusante (à esquerda e à direita, respectivamente). Figura II.2 Ponto de amostragem PAI2, montante e jusante (à esquerda e à direita, respectivamente). Figura II.3 Ponto de amostragem PAI3, montante e jusante (à esquerda e à direita, respectivamente). 41

42 Figura II.4 Ponto de amostragem PAI4, montante e jusante (à esquerda e à direita, respectivamente). Figura II.5 Ponto de amostragem PAI5. Figura II.6 Ponto de amostragem PAI6, montante e jusante (à esquerda e à direita, respectivamente). Figura II.7 Ponto de amostragem PAI7, montante e jusante (à esquerda e à direita, respectivamente). 42

43 Figura II.8 Ponto de amostragem PAI8. Figura II.9 Ponto de amostragem PAI9. 43

44 Figura II.10 Ponto de amostragem MIR2. Figura II.11 Ponto de amostragem MIR3. 44

45 Figura II.12 Ponto de amostragem MIR4. Figura II.13 Ponto de amostragem MIR5. Figura II.14 Ponto de amostragem MIR6. 45

46 Figura II.15 Ponto de amostragem MIR7. Figura II.16 Ponto de amostragem MIR8. Figura II.17 Ponto de amostragem MIR9. 46

47 Figura II.18 Ponto de amostragem MIR10. Figura II.19 Ponto de amostragem MIR11. Figura II.20 Ponto de amostragem MIR12. 47

48 7.3 Anexo III Figura III.1 Ficha de campo. 48

49 7.4 Anexo IV Figura IV.1 Procedimentos adoptados durante o trabalho de campo. Em cima: Medição do comprimento à furca (esquerda) e pesagem dos indivíduos capturados (direita); Fila Central: utilização de testes colorimétricos para determinação das concentrações de amónia, nitritos, nitratos e fosfatos (esquerda); registo de dados para caracterização dos habitats (direita); Em baixo: aquisição de dados físico-químicos com sonda multiparamétrica (esquerda); Medição do comprimento do troço amostrado (direita). 49

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