AVALIAÇÃO DAS OCORRÊNCIAS DE ARGILA PARA USO EM CERÂMICA VERMELHA NA REGIÃO OESTE DO PARANÁ

Tamanho: px
Começar a partir da página:

Download "AVALIAÇÃO DAS OCORRÊNCIAS DE ARGILA PARA USO EM CERÂMICA VERMELHA NA REGIÃO OESTE DO PARANÁ"

Transcrição

1 1 AVALIAÇÃO DAS OCORRÊNCIAS DE ARGILA PARA USO EM CERÂMICA VERMELHA NA REGIÃO OESTE DO PARANÁ Loyola, Luciano Cordeiro de; Moreira, Gustavo Minerais do Paraná S.A. / MINEROPAR Rua Máximo João Kopp, 274 Bloco 3 / M Curitiba PR luciano@mineropar.pr.gov.br RESUMO A MINEROPAR está mapeando e caracterizando jazidas e ocorrências de argila com o intuito de colaborar com um grande projeto desenvolvido pelo SINDICER do Oeste do Paraná junto com o SEBRAE de Cascavel, que visa aumentar a competitividade e sustentabilidade do setor da indústria de cerâmica vermelha daquela região. Das rochas do subsolo, vulcânicas da formação Serra Geral, formaram-se argilas que se caracterizam por serem plásticas e cauliníticas, e que respondem de forma diversa na atividade cerâmica, quando comparadas com argilas de várzea ou sedimentares. Sobrepondo este tipo de argila ocorre também material mais grosseiro, chamado regionalmente de areia, que ajuda na composição da massa cerâmica. A atuação da MINEROPAR dará o subsídio que colaborará para que aconteça o entendimento entre mineradores, prestadores de serviço,fabricantes de equipamentos e entidades estatais de fiscalização, visando o uso racional das jazidas, de maneira compatível com as legislações ambiental e mineral. Palavras-chave: Argilas, Cerâmica Vermelha, Paraná, Oeste, Jazidas. INTRODUÇÃO No ano de 2004 o SINDICER de Nova Santa Rosa em conjunto com o SEBRAE de Cascavel elaborou um projeto que visa o desenvolvimento das

2 2 cerâmicas da região. O objetivo é que estas empresas produzam atendendo as legislações vigentes, aumentado sua sustentabilidade e competitividade. O cadastramento da atividade mineral foi o primeiro passo nas ações executadas pela MINEROPAR, a avaliação do potencial existente para lavras de argila, que está em execução, servirá de parâmetro a partir do qual outras ações de fomento poderão ser planejadas e implementadas. Neste aspecto as ações visando a legalização das jazidas, seu melhor aproveitamento e o uso racional das argilas fornecem a linha que norteia este estudo. Também se espera avaliar e indicar a melhor maneira de aproveitar as argilas existentes nas lavras, seu melhor beneficiamento e os equipamentos adequados para a sua industrialização. A ocorrência de argilas para uso em cerâmica vermelha se dá de duas maneiras: a) depósitos de argilas transportadas; b) argilas residuais. Os depósitos de argilas transportadas, encontradas ao longo das margens de lagos, rios ou várzeas, formou-se pela ação das águas. Ricas em ferro, elas têm granulometria extremamente fina, com elevada plasticidade e teores apreciáveis de matéria orgânica, fatores responsáveis pelas suas cores escuras, em tons de cinza e preto. Com a formação do lago de Itaipu e de outras represas, muitos depósitos deste tipo ficaram submersos. Os depósitos disponíveis atualmente lavrados nesta região são de argilas residuais ou primárias, oriundas da alteração das rochas subjacentes. São argilas plásticas, de coloração cinza escuro, cinza claro, creme, marrom e avermelhadas. As jazidas dessas argilas ocorrem principalmente em áreas planas, ao longo de pequenos rios ou nascentes, com pouca declividade e onde o lençol freático aflora próximo à superfície. Nestes pontos o terreno é pouco acidentado, sem sulcos erosivos. METODOLOGIA DE TRABALHO O mapeamento das áreas de argila na região do Oeste do Paraná que está sendo desenvolvido, programa as seguintes atividades: Aquisição (cópia) das fotos aéreas que a mapoteca da MINEROPAR não possui;

3 3 Passagem dos 95 pontos obtidos no cadastramento realizado em 2004 para os mapas e fotos aéreas; Interpretação e seleção das aéreas favoráveis para a ocorrência de argilas; Trabalho de campo com a verificação in loco das áreas selecionadas, com a avaliação do seu potencial e coleta de 50 amostras selecionadas; Análises laboratoriais: química, granulométrica e Análise Diferencial, Análise Térmica Diferencial e Análise Térmica Gravimétrica; Execução da confecção dos mapas finais do trabalho e o relatório final do projeto. O QUE SÃO ARGILAS RESIDUAIS Argilas residuais ou primárias são aquelas que são encontradas no local em que se formaram, devido às condições adequadas de intemperismo, topografia e natureza da rocha matriz. Elas são o resultado da ação do intemperismo físico e químico, em que atua a água, oxigênio, anidrido carbônico e ácido orgânicos, fornecidos em quantidades variáveis a depender do clima e vegetação, além do tempo geológico em que atuaram estes processos. A MINEROPAR está atualmente desenvolvendo trabalho de mapeamento geológico nas regiões Oeste e Sudoeste do Paraná. Os resultados até agora alcançados mostram que os depósitos de argila ocorrem sobre rochas do fácies Campo Erê, formação Serra Geral, constituído de andesitos basálticos. A areia seria fruto da alteração de um dos níveis desta unidade geológica, extremamente silicoso. Ao final deste mapeamento geológico e do mapeamento de ocorrências de argilas, esta teoria poderá ser confirmada. Estudos desenvolvidos anteriormente nesta região e em outras do Paraná, onde ocorrem estes tipos de argila, corroboram a classificação destas argilas como sendo residuais: São encontrados depósitos deste tipo de argila em mesetas, sem nenhuma outra superfície topograficamente acima destes depósitos; A composição química destas argilas é bem mais complexa do que os solos que hipoteticamente poderiam ser a fonte de uma argila transportada; Em pesquisas com sondagens a trado, furos feitos em aclives próximos as regiões planas onde são encontradas as argilas, também se encontraram pacotes de argilas, abaixo da camada de solo. Nestes casos, a argila

4 4 possui menos água livre presente, pois o nível do lençol freático não está próximo; Pesquisas em áreas da Bacia do Paraná, municípios de Guamiranga e Prudentópolis, onde ocorrem soleiras de rochas vulcânicas do tipo gabro, foram encontradas ocorrências de argilas com as mesmas características daquelas ocorrências do Oeste do Paraná. TIPOS DE OCORRÊNCIA DE ARGILAS RESIDUAIS O perfil esquemático de uma jazida, mais comumente encontrado mostra no topo um material conhecido pelos ceramistas como areia, e pode ser classificado como tal em uma classificação granulométrica, pois é uma areia fina, bem selecionada, constituída por sílica e outros minerais resistentes originados da decomposição das rochas subjacentes. Abaixo desta areia, vem a argila gorda ou plástica que, boa parte do ano fica encharcada, abaixo do lençol freático. Trata-se de uma argila caulinítica, de granulometria muito fina. O grau de umidade e a granulometria da mesma lhe conferem uma plasticidade bastante elevada. Os solos destes locais são chamados de terra branca pelos moradores locais. Logo abaixo, diretamente sobre a rocha matriz, tem a piçarra, material inconsistente, muito úmido, com pedaços da rocha subjacente, de coloração amarela a cinza ou avermelhada. Quando a camada superior deste perfil de solo contém muita matéria orgânica, a argila apresenta também uma coloração escura, preta a cinza escuro. Como existe uma passagem gradual do material arenoso para a argila plástica e, desta para a piçarra, estes perfis podem apresentar maior ou menor espessura deste ou daquele material. Nas páginas seguintes estão representados esquematicamente os perfis de como são encontradas as ocorrências de argilas residuais. Esta esquematização foi feita após pesquisa de campo no município de Missal (1).

5 5 s de Ocorrências de Argilas Encontradas na Região Oeste do Paraná ,25 m Solo castanho. 0,50 m Argila cinza clara plástica 1,50 m Material argiloso amarelado, com óxido de ferro e fragmentos de rocha. 1,50 m Solo cinza, arenoso muito fino. Argila cinza c/ intercalações de argila avermelhada e às vezes, fragmentos de rocha. Material argiloso, com óxido de ferro e muitos fragmentos de rocha ,25 m Solo cinza, arenoso 0,25 m Solo marrom escuro. muito fino. Argila cinza clara a cinza amarronada, plástica, contendo pequenos nódulos de óxido de ferro. Pacote com 1,50m até 5,00m de espessura. 3,00 m Argila marrom escuro 3,50 m Material argiloso amarelado, com óxido de ferro e fragmentos de rocha.

6 ,25 m Solo de coloração cinza, arenoso fino,. 0,25 m 1,50 m Areia fina, cinza, com pequenos nódulos de óxido de ferro. Material argiloso, cinza amarelado, com muito óxido de ferro e fragmentos de rocha. 2,00 m Solo marrom, arenoso muito fino. Argila cinza plástica. Argila cinza amarronada plástica 4,50 m 7 0,25 m solo cinza claro, arenoso muito fino. Argila cinza clara a prêta 1,50 m Material argiloso, com óxido de ferro e fragmentos de rocha.

7 7 Foto 1: Imagem de pacote de argila cinza escuro com a areia formando a parte superior do pacote. Foto 2: Outra imagem de pacote de argila, com a areia formando a parte superior do pacote. Neste caso a argila é marrom clara a cinza. Foto 3: Argila plástica preta com pequena camada de areia. Foto 4: Aspecto geral de uma lavra de argila. A argila deste local é de coloração cinza clara com uma pequena camada de areia superior.. Foto 6: aspecto da chamada piçarra. Material de alteração de rocha, encontrada na base das jazidas de argila da região.

8 8 QUALIDADE DAS ARGILAS RESIDUAIS Ao desenvolver trabalho de pesquisa no município de São Miguel do Iguaçu (2), região Oeste do Paraná, a MINEROPAR caracterizou física e quimicamente diversas amostras de ocorrências e de jazidas em exploração. A caracterização química serviu de base para tentar se entender o comportamento físico das argilas e verificar suas similaridades em função da aparência ao natural. Os resultados químicos analíticos da Tabela 1 não mostraram diferenças significativas que possam explicar suas diferenças de plasticidade e coloração. Amostras Ensaios Químicos LL de Material SiO 2 Al 2 O 3 Fe 2 O 3 Cao MgO K 2 ONa 2 O TiO 2 MnO P.F. % % % % % % % % % % 544 Argila marrom a cinza clara 42,80 26,90 11,60 0,12 0,34 0,13 <0,10 4,00 0,03 13, Argila cinza plástica 48,60 28,70 4,00 0,05 0,25 0,15 <0,10 4,60 0,03 13, Argila marrom com pontos 42,10 27,30 12,10 0,10 0,28 0,15 <0,10 3,80 0,03 13,47 creme e vermelhos 551 Argila amarela a creme, muito 47,60 25,40 8,90 0,04 0,24 0,09 <0,10 4,50 0,02 12,58 plástica 553 Argila cinza, muito plástica 48,60 27,50 4,90 0,15 0,39 0,09 <0,10 3,50 0,02 13, Argila branca a creme claro 49,10 28,80 3,30 0,13 0,45 0,18 <0,10 5,30 0,04 12, Areia e argila cinza 50,60 23,50 8,00 0,26 0,52 0,18 <0,10 3,90 0,03 11,59 plástica 557 Areia e argila cinza 52,40 19,80 10,60 0,30 0,43 0,14 <0,10 4,10 0,03 11, a Argila cinza plástica 53,90 19,70 5,30 0,22 0,58 0,26 <0,10 6,30 0,05 11, b Argila plástica verde 47,00 23,10 8,90 0,45 1,10 0,58 <0,10 4,70 0,06 12,57 (piçarra) 570 Argila cinza 46,10 24,90 11,20 0,15 0,33 0,08 <0,10 4,40 0,02 12, Argila cinza, plástica 49,70 28,30 4,20 0,07 0,33 0,13 <0,10 4,90 0,03 12, Argila cinza clara a 43,60 30,50 9,00 0,05 0,29 0,11 <0,10 4,10 0,03 11,74 amarela 575 Areia 62,50 12,90 10,20 0,21 0,53 0,20 <0,10 4,90 0,05 8, Argila preta, plástica 46,90 26,10 3,60 0,38 0,56 0,12 <0,10 5,90 0,05 14,44 Tabela 1: Resultados de análises químicas de materiais cerâmicos coletados em São Miguel do Iguaçu, Laboratório Lakefield Geosol Ltda. Eles mostram que são argilas cauliníticas (alto teor de Al 2 O 3 ) com presença de sílica livre (areia) e teores variáveis de Fe 2 O 3. Os teores presentes de TiO 2, CaO, MgO e K 2 O são originários ainda da composição da rocha matriz que as originou.

9 9 A amostra LL-579, argila plástica considerada de boa qualidade pelos ceramistas, apresentou constituição química assemelhada com as demais argilas pesquisadas. Ressalta-se a Perda ao Fogo (P.F. na tabela), pois é percentualmente mais elevada. Explica-se este fato pela presença de matéria-orgânica. Agumas argilas têm teores mais elevados de MgO e K 2 O, o que pode ser importante para os resultados cerâmicos após queima. Quando a MINEROPAR executou trabalhos nesta região (Oeste do Paraná) em 1986 (3), as amostras coletadas naquela oportunidade foram testadas para análises cerâmicas após queima em ensaios com corpos de prova prensados e extrudados. Os resultados entre os dois métodos, para os mesmos materiais, foram muito diferentes, como pode ser observado nas tabelas a seguir. AMOSTRA PERDA AO FOGO RETRAÇÃO LINEAR MÓDULO DE RUPTURA ABSORÇÃO DA ÁGUA POROSIDADE DENSIDADE (g/cm 3 ) COR MUNSELL SOIL COLOR CHART (Kgf/cm 2 ) AC-599/A 9,01 2,83 102,55 18,25 30,65 1,84 5YR6/6 Telha AC-599/B 4,55-0,17 23,16 16,44 27,70 1,76 5YR6/8 Telha AC-599/C 6,53 0,50 41,40 17,38 29,14 1,79 5YR6/8 Telha AC-600/A 5,72 1,00 58,59 18,71 31,52 1,79 5YR7/5 Telha AC-600/B 6,16 0,00 26,45 20,47 31,71 1,70 2,5YR6/6 Telha AC-600/C 5,56 0,00 48,50 18,27 30,84 1,79 5YR6/6 Telha AC-601 5,03-0,50 49,24 17,49 29,56 1,80 2,5YR6/6 Telha LL-471 5,44-0,17 34,85 16,79 28,76 1,81 5YR5/8 Telha LL-472 6,04 0,17 37,00 18,03 30,73 1,81 5YR5/8 Telha LL-473 6,38-0,33 35,09 24,44 34,78 1,65 10R6/6 Rósea LL-474 7,85 0,83 53,60 19,29 32,45 1,82 5YR6/8 Telha M-14 6,80 0,83 59,50 14,88 26,52 1,91 5YR6/8 Telha Tabela 2: Resultados laboratoriais, características dos corpos de prova após queima a 850ºc. Ensaios físicos laboratório da MINEROPAR, Amostras prensadas. AMOSTRA PERDA AO FOGO RETRAÇÃO LINEAR MÓDULO DE RUPTURA ABSORÇÃO DA ÁGUA POROSIDADE DENSIDADE (g/cm 3 ) COR MUNSELL SOIL COLOR CHART (Kgf/cm 2 ) AC-599/A 9,88 4,17 34,62 15,66 27,03 1,91 5YR6/6 Telha AC-599/B 4,81-0,33 25,54 15,45 27,23 1,85 5YR6/8 Telha AC-599/C 7,24 1,17 51,89 16,32 28,80 1,90 5YR6/8 Telha AC-600/A 6,15 2,00 56,13 16,63 28,10 1,80 5YR7/6 Telha AC-600/B 7,13 0,33 30,29 20,18 33,44 1,78 2,5YR7/6 Telha AC-600/C 6,36 0,50 46,63 18,40 30,71 1,78 5YR6/6 Telha AC-601 6,62 0,17 66,24 16,52 28,24 1,83 2,5YR7/6 Telha LL-471 6,02 0,50 35,88 15,35 27,30 1,89 5YR5/8 Telha LL-472 6,91 0,50 31,38 16,32 27,97 1,84 5YR5/8 Telha LL-473 7,28 0,00 33,06 22,33 36,27 1,75 10R6/6 Rósea LL-474 8,68 1,67 49,63 17,65 30,20 1,87 5YR6/8 Telha M-14 7,67 1,33 68,24 14,39 26,48 1,99 5YR6/8 Telha Tabela 3: Resultados laboratoriais, características dos corpos de prova após queima a 950ºc. Ensaios físicos laboratório da MINEROPAR, Amostras prensadas.

10 10 AMOSTRA RETRAÇÃO LINEAR TENSÃO DE RUPTURA (Kgf/cm 2 ) ABSORÇÃO DA ÁGUA POROSIDADE (g/cm 3 ) MASSA ESPECÍFICA COR MUNSELL SOIL COLOR CHART E OBSERVAÇÃO VISUAL (g/cm 3 ) AC-599/A 8,23 42,44 13,55 21,91 1,62 5YR4/6 Marrom AC-599/B 3,94 25,79 19,65 33,62 1,71 5YR6/6 Verm. Claro AC-599/C 7,26 92,24 17,34 40,76 1,76 5YR5/6 Verm. Claro AC-600/A 8,90 36,50 16,81 28,96 1,72 5YR6/6 Bege AC-600/B 8,66 88,55 18,88 33,03 1,75 2,5 YR5/8 Vermelho AC-600/C 8,98 36,99 15,89 27,22 1,71 5YR5/8 Verm Claro AC-601 6,96 35,23 20,46 34,51 1,69 2,5YR6/8 Vermelho LL-471 7,10 98,33 16,85 30,86 1,83 2,5YR4/3 Verm. Tijolo LL-472 7,73 111,42 13,39 25,07 1,87 5YR4/6 Marrom LL ,90 31,04 20,43 34,08 1,67 2,5YR5/6 Vermelho LL-474 9,39 135,35 16,10 28,74 1,78 5YR4/6 Marrom M-14 7,99 89,08 14,86 27,08 1,82 2,5YR5/6 Marrom Tabela 4: Resultados laboratoriais, características dos corpos de prova após queima a 850ºc. Ensaios físicos laboratório das Usinas Piloto, UFPR, Amostras extrudadas. AMOSTRA RETRAÇÃO LINEAR TENSÃO DE RUPTURA (Kgf/cm 2 ) ABSORÇÃO DA ÁGUA POROSIDADE (g/cm 3 ) MASSA ESPECÍFICA COR MUNSELL SOIL COLOR CHART E OBSERVAÇÃO VISUAL (g/cm 3 ) AC-599/A 9,48 65,57 9,58 17,43 1,82 2,5YR5/8 Marrom AC-599/B 4,10 26,20 19,83 33,63 1,71 5YR6/8 Verm. Claro AC-599/C 7,75 122,17 16,38 35,80 1,78 5YR6/8 Verm. Claro AC-600/A 9,54 193,42 14,05 25,24 1,80 5YR6/8 Verm. Claro AC-600/B 9,34 138,85 17,83 30,40 1,74 2,5YR6/8 Verm. Claro AC-600/C 9,65 197,61 13,38 24,87 1,86 5YR6/8 Verm. Claro AC-601 7,00 111,62 18,96 32,83 1,73 2,5YR6/8 Vermelho LL-471 7,36 113,74 16,29 29,13 1,79 2,5YR5/8 Verm. Tijolo LL-472 8,33 209,50 11,40 21,15 1,86 2,5YR4/8 Vermelho LL ,36 147,26 17,94 29,88 1,67 2,5YR6/6 Vermelho LL ,14 229,46 11,36 20,78 1,81 2,5YR4/8 Verm. Tijolo M-14 8,14 137,69 14,00 25,62 1,83 5YR5/8 Vermelho Tabela 4: Resultados laboratoriais, características dos corpos de prova após queima a 950ºc. Ensaios físicos laboratório das Usinas Piloto, UFPR, Amostras extrudadas CONCLUSÕES DESTE TRABALHO A interpretação dos resultados dos trabalhos executados anteriormente, do cadastramento de jazidas e ocorrências de argilas de 2004, e da avaliação regional, iniciada em 2005, permite que se cheguem as seguintes conclusões: As argilas disponíveis nesta região são residuais ou primárias, todas oriundas da alteração das rochas subjacentes; Os depósitos dessas argilas residuais variam em sua espessura, características de coloração, plasticidade, presença e espessura de níveis arenosos e presença de blocos e/ou fragmentos de rocha;

11 11 As argilas, apesar de diferenças visuais e de tato, são assemelhadas quimicamente. As diferenças percentuais de Fe 2 O 3 não refletem a cor in natura; A presença de areia na massa cerâmica melhora a qualidade do material queimado. A proporção correta da mistura depende de cada cerâmica. As argilas mais escuras são de acordo com os ceramistas melhores para se fabricar telhas e tijolos, devido provavelmente à presença de matéria-orgânica, que lhe facilita sua conformação. Porém, devido à escassez de argilas escuras, as olarias estão utilizando argilas claras, marrons e pintalgadas (mistura de colorações no pacote de argila) O que diferem os locais onde podem ocorrer estes depósitos de outros que não os possuem, é a rocha matriz e o relevo, que controla a declividade, a posição do depósito em relação ao derrame vulcânico e ao tamanho da rede de drenagem; Os depósitos são encontrados principalmente ao longo de pequenos rios ou nascentes, com pouca declividade e onde o lençol freático aflora próximo à superfície. Nestes pontos o terreno é pouco acidentado, sem sulcos erosivos. Não são típicos depósitos de várzea, pois tem muito pouca influência da deposição de materiais transportados de áreas topograficamente mais elevadas. A grande presença de argila nestes locais, faz com que estas áreas apresentem saturamento de água, pela própria condição de impermeabilidade do material; Estas terras, chamadas de terra branca pelos agricultores, têm uma produtividade agrícola muito menor que os demais solos que ocorrem nestas regiões. Aceitando-se as premissas acima descritas, e considerando que existe a necessidade social e econômica da continuidade da existência deste tipo de atividade para a sociedade local, conclui-se que é imprescindível a discussão das condicionantes envolvidas (ambientais, econômicas e sociais), para chegar-se a uma decisão sobre o padrão de procedimentos que os mineradores locais deverão respeitar para continuar com sua atividade.

12 12 REFERÊNCIAS 1. LOYOLA, L.C. et al. Avaliação do potencial de matéria-prima cerâmica no município de Missal. Etapa II. Curitiba : MINEROPAR, 2002, 24 p. 2. LOYOLA, L.C.; Falcade, D. Avaliação do potencial de matéria-prima cerâmica no município de São Miguel do Iguaçu. Etapa II. Curitiba : MINEROPAR, LOYOLA, Luciano Cordeiro de (Coord.). O setor da cerâmica vermelha no Paraná. Curitiba : IPARDES, 1997, 185 p. Convenio MTb/SEFOR/CODEFAT/SERT_PR/MINEROPAR. EVALUATION OF CLAY OCCURRENCES IN THE WEST REGION OF STATE OF PARANÁ ABSTRACT The occurrences of clay in the West Region of Paraná are the residual kind. A project made by the ceramists try to develop these industries. MINEROPAR is mapping the occurrences in order of understand all the factors envolved in that mining and ceramic companies. The objective is give assistance for the main purpose of the project. Key-words: Paraná, red clay, ceramic.

3 Aspectos Geológicos e Geotécnicos

3 Aspectos Geológicos e Geotécnicos 3 Aspectos Geológicos e Geotécnicos Nos itens a seguir serão abordados os aspectos geológicos e geotécnicos de maior interesse na área da Barragem de Terra da Margem Esquerda. 3.1. Características Gerais

Leia mais

Geotécnica Ambiental. Aula 2: Revisão sobre solos

Geotécnica Ambiental. Aula 2: Revisão sobre solos Geotécnica Ambiental Aula 2: Revisão sobre solos Fatores de Formação As propriedades e características do solo são função dos fatores de formação Material de Origem Solos derivados de granitos x basaltos

Leia mais

AVALIAÇÃO DE MATÉRIAS-PRIMAS ALTERNATIVAS PARA ATENDER AS OLARIAS DO SUL DA REGIÃO METROPOLITANA DE CURITIBA

AVALIAÇÃO DE MATÉRIAS-PRIMAS ALTERNATIVAS PARA ATENDER AS OLARIAS DO SUL DA REGIÃO METROPOLITANA DE CURITIBA 1 AVALIAÇÃO DE MATÉRIAS-PRIMAS ALTERNATIVAS PARA ATENDER AS OLARIAS DO SUL DA REGIÃO METROPOLITANA DE CURITIBA Loyola, Luciano Cordeiro de; Santiago, Roberto Eustáquio dos Anjos Minerais do Paraná S.A.

Leia mais

MÓDULO 03 GEOGRAFIA II

MÓDULO 03 GEOGRAFIA II MÓDULO 03 GEOGRAFIA II Ação da água Oscilações de temperatura Atuação dos seres vivos (animais e vegetais) ROCHA Com o tempo ocorre a desintegração e a decomposição Os minerais vão se quebrar em pequenos

Leia mais

Figura 07: Arenito Fluvial na baixa vertente formando lajeado Fonte: Corrêa, L. da S. L. trabalho de campo dia

Figura 07: Arenito Fluvial na baixa vertente formando lajeado Fonte: Corrêa, L. da S. L. trabalho de campo dia 40 Figura 07: Arenito Fluvial na baixa vertente formando lajeado Fonte: Corrêa, L. da S. L. trabalho de campo dia 11-10-2005. O arenito friável forma um pacote de maior espessura, com baixa cimentação

Leia mais

Estudos Ambientais. Solos CENTRO DE ENSINO SUPERIOR DO AMAPÁ - CEAP

Estudos Ambientais. Solos CENTRO DE ENSINO SUPERIOR DO AMAPÁ - CEAP Estudos Ambientais Solos CENTRO DE ENSINO SUPERIOR DO AMAPÁ - CEAP Objetivos da aula Definir os conceitos de solo e intemperismo Compreender o processo de formação do solo Conhecer os tipos de solos existentes.

Leia mais

Argilas e processamento de massa cerâmica

Argilas e processamento de massa cerâmica Argilas e processamento de massa cerâmica ARGILA não é barro! ARGILA não é barro! Argila é um material natural, de granulometria fina, que quando umedecido adquire plasticidade; Quimicamente as argilas

Leia mais

Foto 1 Material escuro Material bege

Foto 1 Material escuro Material bege Comentários sobre as fotos com exposições passíveis de interpretações do ponto de vista da geologia das formações superficiais M. Cristina M. de Toledo 30/03/14 Foto 1 a exposição mostra material muito

Leia mais

PROSPECÇÃO E ANÁLISE TÉCNICA DA JAZIDA DE CALCÁRIO RENAUX COM O OBJETIVO DE DESENVOLVER CALCITA #200 PARA APLICAÇÃO EM MASSAS DE MONOPOROSA

PROSPECÇÃO E ANÁLISE TÉCNICA DA JAZIDA DE CALCÁRIO RENAUX COM O OBJETIVO DE DESENVOLVER CALCITA #200 PARA APLICAÇÃO EM MASSAS DE MONOPOROSA PROSPECÇÃO E ANÁLISE TÉCNICA DA JAZIDA DE CALCÁRIO RENAUX COM O OBJETIVO DE DESENVOLVER CALCITA #200 PARA APLICAÇÃO EM MASSAS DE MONOPOROSA Nilson Schwartz da Silva T cota Engenharia e Minerais Industriais

Leia mais

FABRICAÇÃO DE TELHAS EM FORNO A ROLOS

FABRICAÇÃO DE TELHAS EM FORNO A ROLOS FABRICAÇÃO DE TELHAS EM FORNO A ROLOS José Francisco M. Motta IPT motta.jf@gmail.com Fabricação de telhas em forno a rolo Projeto: seleção de matérias-primas para o processo de fabricação de telhas por

Leia mais

Objetivo. Material de apoio. Curso básico de mecânica dos solos (Carlos Souza Pinto, Oficina de Textos, 2006); Sumário

Objetivo. Material de apoio. Curso básico de mecânica dos solos (Carlos Souza Pinto, Oficina de Textos, 2006); Sumário Universidade Paulista Instituto de Ciências Exatas e Tecnologia Departamento de Engenharia Civil Professora Moema Castro, MSc. 1 Material de apoio 2 Curso básico de mecânica dos solos (Carlos Souza Pinto,

Leia mais

Levantamento /mapeamento das reservas de matéria prima para a indústria cerâmica (LMGRAVS)

Levantamento /mapeamento das reservas de matéria prima para a indústria cerâmica (LMGRAVS) Levantamento /mapeamento das reservas de matéria prima para a indústria cerâmica (LMGRAVS) Participantes: Geol. Antonio Passos Rodrigues SIC/GGM Geol. Tasso Mendonça Junior SIC/GGM Geol. José Augusto Vieira

Leia mais

Difratometria por raios X

Difratometria por raios X 57 A amostra 06 foi coletada no fundo de um anfiteatro (Figura 23), em uma feição residual de um degrau no interior da voçoroca, este material, aparentemente mais coeso, também consiste em areia muito

Leia mais

ENSAIOS TECNOLÓGICOS DE ARGILAS DA REGIÃO DE PRUDENTÓPOLIS-PR. Resumo: Introdução

ENSAIOS TECNOLÓGICOS DE ARGILAS DA REGIÃO DE PRUDENTÓPOLIS-PR. Resumo: Introdução ENSAIOS TECNOLÓGICOS DE ARGILAS DA REGIÃO DE PRUDENTÓPOLIS-PR Patrick Antonio Morelo (UNICENTRO), Luiz Fernando Cótica,Fabio Luiz Melquíades e Ricardo Yoshimitsu Miyahara (Orientador), e-mail: rmiyahara@unicentro.br.

Leia mais

INSTITUTO FEDERAL CATARINENSE

INSTITUTO FEDERAL CATARINENSE ÁGUA & MINÉRIO SONDAGENS DE SOLO LTDA SONDAGENS DE SIMPLES RECONHECIMENTO - SPT NBR 6484 e NBR 8036 da ABNT INSTITUTO FEDERAL CATARINENSE CAMPUS VIDEIRA Rodovia SC 135, km 125 Campo Experimental Furos

Leia mais

O CONHECIMENTO DAS MATÉRIAS-PRIMAS COMO DIFERENCIAL DE QUALIDADE NAS CERÂMICAS OTACÍLIO OZIEL DE CARVALHO

O CONHECIMENTO DAS MATÉRIAS-PRIMAS COMO DIFERENCIAL DE QUALIDADE NAS CERÂMICAS OTACÍLIO OZIEL DE CARVALHO O CONHECIMENTO DAS MATÉRIAS-PRIMAS COMO DIFERENCIAL DE QUALIDADE NAS CERÂMICAS OTACÍLIO OZIEL DE CARVALHO O OBJETIVO DE TODO CERAMISTA É transformar as matérias-primas disponíveis nas proximidades da empresa,

Leia mais

USO DE MASSAS CERÂMICAS DA REGIÃO DE CAMPOS DOS GOYTACAZES PARA FINS ARTESANAIS.

USO DE MASSAS CERÂMICAS DA REGIÃO DE CAMPOS DOS GOYTACAZES PARA FINS ARTESANAIS. 28 de junho a 1º de julho de 2004 Curitiba-PR 1 USO DE MASSAS CERÂMICAS DA REGIÃO DE CAMPOS DOS GOYTACAZES PARA FINS ARTESANAIS. Jonas Alexandre, Gustavo de Castro Xavier, Milton P. Soares Júnior, Rosane

Leia mais

5 Caracterizações Física, Química e Mineralógica.

5 Caracterizações Física, Química e Mineralógica. 5 Caracterizações Física, Química e Mineralógica. Neste capitulo são apresentados os ensaios realizados nas amostras dos solos descritos no capitulo anterior, necessários para sua caracterização física,

Leia mais

NOÇÕES DE SOLO. Rita Moura Fortes

NOÇÕES DE SOLO. Rita Moura Fortes NOÇÕES DE SOLO Rita Moura Fortes rita.fortes@latersolo.com.br Terminologia de solos e rochas TERMINOLOGIA Engenharia Civil Terra: construção civil material natural não consolidado, possível de ser escavado

Leia mais

Se formam a partir de materiais praticamente inertes, extremamente resistentes ao intemperismo (areias de quartzo);

Se formam a partir de materiais praticamente inertes, extremamente resistentes ao intemperismo (areias de quartzo); NEOSSOLOS Ordem Solos pouco desenvolvidos, sem horizonte B diagnóstico Se formam a partir de materiais praticamente inertes, extremamente resistentes ao intemperismo (areias de quartzo); Foram recentemente

Leia mais

Disciplina: Mecânica dos Solos e Fundações

Disciplina: Mecânica dos Solos e Fundações Disciplina: Mecânica dos Solos e Fundações Classificação dos Solos - continuação Profº Caio Rubens Tipos de classificação usuais: Classificação Unificada: Considera o tamanho dos grãos e os índices de

Leia mais

CONCEITO DE SOLO CONCEITO DE SOLO. Solos Residuais 21/09/2017. Definições e Conceitos de Solo. Centro Universitário do Triângulo

CONCEITO DE SOLO CONCEITO DE SOLO. Solos Residuais 21/09/2017. Definições e Conceitos de Solo. Centro Universitário do Triângulo Centro Universitário do Triângulo CONCEITO DE SOLO Sistema Brasileiro de Classificação do Solo Definições e Conceitos de Solo É uma coleção de corpos naturais, constituídos por partes sólidas, líquidas

Leia mais

A Influência da Variação da Moagem dos Carbonatos e Tratamento Térmico no Material, nas Características Físicas do Produto Acabado

A Influência da Variação da Moagem dos Carbonatos e Tratamento Térmico no Material, nas Características Físicas do Produto Acabado A Influência da Variação da Moagem dos Carbonatos e Tratamento Térmico no Material, nas Características Físicas do Produto Acabado Eduardo L. Bittencourt 1, José Celso B. Júnior 2 e Mário D. M. Silvestre

Leia mais

Iane Barroncas Gomes Engenheira Florestal Mestre em Ciências de Florestas Tropicais Professora Assistente CESIT - UEA. Gênese e Morfologia do Solo

Iane Barroncas Gomes Engenheira Florestal Mestre em Ciências de Florestas Tropicais Professora Assistente CESIT - UEA. Gênese e Morfologia do Solo Iane Barroncas Gomes Engenheira Florestal Mestre em Ciências de Florestas Tropicais Professora Assistente CESIT - UEA z Gênese e Morfologia do Solo Morfologia do solo Morfologia do solo: significa o estudo

Leia mais

Formação do Solo. Luciane Costa de Oliveira

Formação do Solo. Luciane Costa de Oliveira Formação do Solo Luciane Costa de Oliveira Solo É o sustentáculo da vida e todos os organismos terrestres dele dependem direta ou indiretamente. É um corpo natural que demora para nascer, não se reproduz

Leia mais

GEOGRAFIA. Solos. Prof ª. Ana Cátia

GEOGRAFIA. Solos. Prof ª. Ana Cátia GEOGRAFIA Solos Prof ª. Ana Cátia - CAMADAS DO SOLO Solos . TIPOS DE SOLOS - ARGILOSO: é formado por grãos pequenos e compactos, sendo impermeável e apresentando grande quantidade de nutrientes, característica

Leia mais

Sondagem. Introdução. Solos

Sondagem. Introdução. Solos Sondagem Introdução O reconhecimento do solo sobre o qual uma obra estará apoiada é de suma importância para a escolha e o correto dimensionamento das fundações. Sendo assim é necessária a investigação

Leia mais

PLINTOSSOLOS. Ordem. Sheila R. Santos 1

PLINTOSSOLOS. Ordem. Sheila R. Santos 1 PLINTOSSOLOS Ordem Apresentam horizonte com pronunciado acúmulo de óxidos de Fe e/ou Al na forma de nódulos e/ou concreções, ou mesmo de camadas contínuas. Sheila R. Santos 1 Sheila R. Santos 2 Sheila

Leia mais

20º CBECIMAT - Congresso Brasileiro de Engenharia e Ciência dos Materiais 04 a 08 de Novembro de 2012, Joinville, SC, Brasil

20º CBECIMAT - Congresso Brasileiro de Engenharia e Ciência dos Materiais 04 a 08 de Novembro de 2012, Joinville, SC, Brasil ESTUDO DAS PROPRIEDADES PRÉ E PÓS QUEIMA DA MISTURA DE ARGILAS DA REGIÃO DE BOA SAÚDE E DO MUNICIPIO DE ITAJÁ (RN) OBJETIVANDO A OBTENÇÃO DE TIJOLOS CERÂMICOS DE ENCAIXE R. F. Sousa 1 ; R. B. Assis 2 ;

Leia mais

PROPOSTA DE REVISÃO ESTRATIGRÁFICA E ASPECTOS HIDROGEOLÓGICOS DO GRUPO URUCUIA NA BACIA SANFRANCISCANA.

PROPOSTA DE REVISÃO ESTRATIGRÁFICA E ASPECTOS HIDROGEOLÓGICOS DO GRUPO URUCUIA NA BACIA SANFRANCISCANA. PROPOSTA DE REVISÃO ESTRATIGRÁFICA E ASPECTOS HIDROGEOLÓGICOS DO GRUPO URUCUIA NA BACIA SANFRANCISCANA. Paulo Henrique Prates Maia & Zoltan Romero Cavalcante Rodrigues 1- Introdução Ø Durante a evolução

Leia mais

CARACTERIZAÇÃO DO SOLO DO MUNICÍPIO DE SANTA MARIA MADALENA

CARACTERIZAÇÃO DO SOLO DO MUNICÍPIO DE SANTA MARIA MADALENA CARACTERIZAÇÃO DO SOLO DO MUNICÍPIO DE SANTA MARIA MADALENA R. A. Freitas¹, B. F. Borges¹, S. do Rosário¹, J. Alexandre¹*, W. V. Beiral¹*, R.B. Anderson¹, E. F. Pessanha¹, 1 Laboratório de Engenharia Civil

Leia mais

Figura 01 - Perfil esquemático de ocorrência de solos em ambiente tropical

Figura 01 - Perfil esquemático de ocorrência de solos em ambiente tropical 3.3 - SOLOS DE EVOLUÇÃO PEDOGÊNICA Complexa série de processos físico-químicos e biológicos que governam a formação dos solos da agricultura. Compreendem a lixiviação do horizonte superficial e concentração

Leia mais

Palavras chave: argila, cerâmica, resíduo, homogeneização, sinterização.

Palavras chave: argila, cerâmica, resíduo, homogeneização, sinterização. 1 CARACTERIZAÇÃO DE ARGILAS USADAS PELA INDÚSTRIA CERÂMICA VERMELHA DE MARTINÓPOLIS SP E EFEITO DA INCORPORAÇÃO DE RESÍDUO SÓLIDO NAS SUAS PROPRIEDADES CERÂMICAS S.R. Teixeira, A.E. Souza, G.T. A. Santos,

Leia mais

RELATÓRIO TÉCNICO: INVESTIGAÇÕES GEOTÉCNICAS

RELATÓRIO TÉCNICO: INVESTIGAÇÕES GEOTÉCNICAS Página 1 de Belo Horizonte, de novembro de 1 RL 04 RELATÓRIO TÉCNICO: INVESTIGAÇÕES GEOTÉCNICAS SONDAGEM À PERCUSSÃO Responsável Técnico: Engenheiro (CREA: ) À NOME DA EMPRESA Endereço: Email: Aos cuidados

Leia mais

EXPERIMENTOTECA DE SOLOS COLEÇÃO DE CORES DE SOLOS (COLORTECA) 1

EXPERIMENTOTECA DE SOLOS COLEÇÃO DE CORES DE SOLOS (COLORTECA) 1 EXPERIMENTOTECA DE SOLOS COLEÇÃO DE CORES DE SOLOS (COLORTECA) 1 Marcelo Ricardo de Lima 2 1. PÚBLICO SUGERIDO: Alunos a partir do primeiro ciclo do ensino fundamental. 2. OBJETIVOS * Demonstrar que o

Leia mais

Composição dos Solos

Composição dos Solos Composição dos Solos Composição do Solo Fragmentos de rocha Minerais primários Minerais secundários: Argilo-minerias Silicatos não cristalinos Óid Óxidos e hidróxidos hidóid de ferro e alumínio íi Carbonatos

Leia mais

ANÁLISE COMPARATIVA ENTRE AS VOÇOROCAS DA SERRA DA FORTALEZA EM CAMPOS GERAIS, SUL DE MINAS GERAIS

ANÁLISE COMPARATIVA ENTRE AS VOÇOROCAS DA SERRA DA FORTALEZA EM CAMPOS GERAIS, SUL DE MINAS GERAIS 87 ANÁLISE COMPARATIVA ENTRE AS VOÇOROCAS DA SERRA DA FORTALEZA EM CAMPOS GERAIS, SUL DE MINAS GERAIS Welder Junho Batista¹ Dr. Lineo Gaspar Júnior² ¹weldertiao@yahoo.com.br ²lineo.gaspar@unifal-mg.edu.br

Leia mais

Roberta Bomfim Boszczowski e Laryssa Petry Ligocki. Características Geotécnicas dos Solos Residuais de Curitiba e RMC

Roberta Bomfim Boszczowski e Laryssa Petry Ligocki. Características Geotécnicas dos Solos Residuais de Curitiba e RMC Roberta Bomfim Boszczowski e Laryssa Petry Ligocki Características Geotécnicas dos Solos Residuais de Curitiba e RMC MAPA GEOLÓGICO CARACTERÍSTICAS REGIONAIS Rochas do embasamento: condições muito boas

Leia mais

À PROCALC Engenheiros Associados Ltda. Rua Grã Nicco, 113 CJ 504 Curitiba - Paraná

À PROCALC Engenheiros Associados Ltda. Rua Grã Nicco, 113 CJ 504 Curitiba - Paraná SONDAGENS E FUNDAÇÕES Maringá Pr. de Fevereiro de 8 À PROCALC Engenheiros Associados Ltda. Rua Grã Nicco, CJ 5 Curitiba - Paraná. Ref.: Sondagem de Reconhecimento do subsolo Ass.: Prezados (as) Senhores

Leia mais

Divisão Ambiental Prazer em servir melhor!

Divisão Ambiental Prazer em servir melhor! Prazer em servir melhor! Caracterização hidrogeológica: Estudo ambiental em área de futuro aterro sanitário Este trabalho teve como objetivo realizar a caracterização geológica e hidrogeológica, assim

Leia mais

Propriedades Físicas dos Solos. Prof. Dra. Sheila Santos

Propriedades Físicas dos Solos. Prof. Dra. Sheila Santos Propriedades Físicas dos Solos Prof. Dra. Sheila Santos 1 Modelo conceitual simplificado da composição do solo - fases Solução Sólidos Biota Ar 2 Modelo conceitual simplificado da composição do solo -

Leia mais

A importância da litodependência na gênese do depósito de Ni laterítico do Complexo Onça Puma e suas implicações econômicas Carajás PA

A importância da litodependência na gênese do depósito de Ni laterítico do Complexo Onça Puma e suas implicações econômicas Carajás PA A importância da litodependência na gênese do depósito de Ni laterítico do Complexo Onça Puma e suas implicações econômicas Carajás PA 1 Maio de 2016 Ouro Preto MG genda 1. Localização 2. Geologia 3. Perfil

Leia mais

- Para compreender os solos (conceitos e processos importantes)

- Para compreender os solos (conceitos e processos importantes) Os Solos - Para compreender os solos (conceitos e processos importantes) - Solo: camada superficial, resultante de rocha decomposta ou triturada. Mistura-se a matéria orgânica. - Intemperismo: ação decompositora

Leia mais

A importância dos minerais de argila: Estrutura e Características. Luiz Paulo Eng. Agrônomo

A importância dos minerais de argila: Estrutura e Características. Luiz Paulo Eng. Agrônomo A importância dos minerais de argila: Estrutura e Características Luiz Paulo Eng. Agrônomo Argilo-minerais O Quando se fala em minerais, normalmente vemnos à mente a imagem de substâncias sólidas, duras,

Leia mais

FORMULAÇÃO DE MASSA CERÂMICA PARA FABRICAÇÃO DE TELHAS

FORMULAÇÃO DE MASSA CERÂMICA PARA FABRICAÇÃO DE TELHAS 1 FORMULAÇÃO DE MASSA CERÂMICA PARA FABRICAÇÃO DE TELHAS R.M.P.R. Macêdo 1,2 ; R.P.S. Dutra 1 ; R.M. Nascimento 1,3 ; U.U. Gomes 1 ; M.A.F. Melo 1 Universidade Federal do Rio Grande do Norte - UFRN Campus

Leia mais

DESENVOLVIMENTO DE NOVOS MATERIAIS CERÂMICOS A PARTIR DE RESÍDUOS DE LAPIDÁRIOS

DESENVOLVIMENTO DE NOVOS MATERIAIS CERÂMICOS A PARTIR DE RESÍDUOS DE LAPIDÁRIOS DESENVOLVIMENTO DE NOVOS MATERIAIS CERÂMICOS A PARTIR DE RESÍDUOS DE LAPIDÁRIOS GUERRA, R.F. 1 REIS, A.B.dos 2, VIEIRA. F. T. 3 1 Universidade Federal dos Vales Jequitinhonha e Mucuri, Departamento de

Leia mais

UNIDADE I - SOLOS, ORIGEM, FORMAÇÃO E MINERAIS CONSTITUINTES

UNIDADE I - SOLOS, ORIGEM, FORMAÇÃO E MINERAIS CONSTITUINTES UNIDADE I - SOLOS, ORIGEM, FORMAÇÃO E MINERAIS CONSTITUINTES 1.1 - Origem e formação dos solos O solo é um típico material composto por uma combinação de partículas sólidas, líquidas e gasosas, representadas

Leia mais

COMPARAÇÃO DE PEÇAS ARTÍSTICAS CONTENDO LODO DE ESTAÇÃO DE TRATAMENTO DE ÁGUA E DIFERENTES ARGILAS

COMPARAÇÃO DE PEÇAS ARTÍSTICAS CONTENDO LODO DE ESTAÇÃO DE TRATAMENTO DE ÁGUA E DIFERENTES ARGILAS COMPARAÇÃO DE PEÇAS ARTÍSTICAS CONTENDO LODO DE ESTAÇÃO DE TRATAMENTO DE ÁGUA E DIFERENTES ARGILAS Eixo temático: Gestão ambientalmente correta de resíduos João Carlos Pozzobon 1, Juliana Fenner Ruas Lucas

Leia mais

FORMAÇÃO DO SOLO 13/04/2018. (Gênese do solo) FATORES DE FORMAÇÃO DO SOLO FATORES DE FORMAÇÃO DO SOLO BIBLIOGRAFIA OBRIGATÓRIA GÊNESE DO SOLO

FORMAÇÃO DO SOLO 13/04/2018. (Gênese do solo) FATORES DE FORMAÇÃO DO SOLO FATORES DE FORMAÇÃO DO SOLO BIBLIOGRAFIA OBRIGATÓRIA GÊNESE DO SOLO FORMAÇÃO DO SOLO (Gênese do solo) BIBLIOGRAFIA OBRIGATÓRIA KÄMPF, N.; CURI, N. Formação e evolução do solo (pedogênese). In: KER, J.C.; CURI, N.; SCHAEFER, C.E.G.R.; VIDAL-TORRADO, P. (Eds.). Pedologia:

Leia mais

GEOGRAFIA. Prof. Daniel San.

GEOGRAFIA. Prof. Daniel San. GEOGRAFIA Prof. Daniel San daniel.san@lasalle.org.br SOLOS Solo é o substrato onde os seres humanos constroem suas vidas, por sobre a astenosfera (Crosta), abaixo da atmosfera. O solo é produto da intemperização

Leia mais

IDENTIFICAÇÃO DOS SOLOS TROPICAIS

IDENTIFICAÇÃO DOS SOLOS TROPICAIS IDENTIFICAÇÃO DOS SOLOS TROPICAIS 2 Pavimentos Econômicos 2. IDENTIFICAÇÃO DOS SOLOS TROPICAIS 2.1. CONSIDERAÇÕES INICIAIS No Brasil, no fim da década de 1940, o uso da Mecânica dos Solos foi introduzido

Leia mais

Introdução Santa Gertrudes SP, Fone/fax (019) ,

Introdução Santa Gertrudes SP, Fone/fax (019) , A Variação das Propriedades da Massa Cerâmica em Função das Características Físico-Químicas, Mineralógicas e Texturais de Argilas da Região de Santa Gertrudes SP Antonio Carlos Fernandes 1, Paulo Eduardo

Leia mais

Fatores de Formação de Solos

Fatores de Formação de Solos Fatores de Formação de Solos De onde vem o solo? O solo resulta da ação simultânea do clima e organismos que atuam sobre um material de origem (rocha), que ocupa determinada paisagem ou relevo, durante

Leia mais

NATUREZA E TIPOS DE SOLOS ACH1085. MORFOLOGIA DOS SOLOS Profª Mariana Soares Domingues

NATUREZA E TIPOS DE SOLOS ACH1085. MORFOLOGIA DOS SOLOS Profª Mariana Soares Domingues NATUREZA E TIPOS DE SOLOS ACH1085 MORFOLOGIA DOS SOLOS Profª Mariana Soares Domingues 1 O que é morfologia? Definição Morfologia é o estudo das formas dos objetos, retratando-os com: Palavras Desenhos

Leia mais

Matérias-primas naturais

Matérias-primas naturais UNIVERSIDADE DE SÃO PAULO - USP ESCOLA DE ENGENHARIA DE LORENA EEL naturais Argilas 20/3/2018 Argilas Comparação entre as escalas principais de dimensões de partículas em sólidos Pérsio de Souza Santos

Leia mais

LAUDO GEOTÉCNICO. Quilombo SC. Responsável Técnico Geólogo Custódio Crippa Crea SC

LAUDO GEOTÉCNICO. Quilombo SC. Responsável Técnico Geólogo Custódio Crippa Crea SC 1 LAUDO GEOTÉCNICO Sondagem e avaliação de solo e subsolo para determinar a resistência e capacidade de carga para um empreendimento turístico projetado nas cataratas do Salto Saudades. Quilombo SC Responsável

Leia mais

PROJETO SEARA ESTUDOS DE CARACTERIZAÇÃO E CONCENTRAÇÃO DE AMOSTRA DE ITABIRITO FRIÁVEL

PROJETO SEARA ESTUDOS DE CARACTERIZAÇÃO E CONCENTRAÇÃO DE AMOSTRA DE ITABIRITO FRIÁVEL PROJETO SEARA ESTUDOS DE CARACTERIZAÇÃO E CONCENTRAÇÃO DE AMOSTRA DE ITABIRITO FRIÁVEL Introdução O Projeto Seara consiste na avaliação de uma formação ferrífera com aproximadamente 3,6 km de extensão

Leia mais

Universidade Federal do Acre. UNIDADE 5 Perfil de Solo - Parte II Descrição Morfológica

Universidade Federal do Acre. UNIDADE 5 Perfil de Solo - Parte II Descrição Morfológica Universidade Federal do Acre UNIDADE 5 Perfil de Solo - Parte II Descrição Morfológica Prof. Dr. José de Ribamar Silva 1. Importância. Classificação taxonômica e técnica de solos;. Levantamento de solos;.

Leia mais

ROTEIRO DO EXERCÍCIO COMPOSIÇÃO, MORFOLOGIA E PERFIL DO SOLO

ROTEIRO DO EXERCÍCIO COMPOSIÇÃO, MORFOLOGIA E PERFIL DO SOLO UNIVERSIDADE FEDERAL DO PARANÁ PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM CIÊNCIAS DO SOLO DISCIPLINA DE GÊNESE, MORFOLOGIA E CLASSIFICAÇÃO DO SOLO ROTEIRO DO EXERCÍCIO COMPOSIÇÃO, MORFOLOGIA E PERFIL DO SOLO Prof.

Leia mais

CARACTERIZAÇÃO DE UMA ARGILA CONTAMINADA COM CALCÁRIO: ESTUDO DA POTENCIABILIDADE DE APLICAÇÃO EM MASSA DE CERÂMICA DE REVESTIMENTO.

CARACTERIZAÇÃO DE UMA ARGILA CONTAMINADA COM CALCÁRIO: ESTUDO DA POTENCIABILIDADE DE APLICAÇÃO EM MASSA DE CERÂMICA DE REVESTIMENTO. CARACTERIZAÇÃO DE UMA ARGILA CONTAMINADA COM CALCÁRIO: ESTUDO DA POTENCIABILIDADE DE APLICAÇÃO EM MASSA DE CERÂMICA DE REVESTIMENTO. Roberto A. L. SOARES Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia

Leia mais

1 Na figura abaixo há uma medida estrutural tirada em um afloramento com contato geológico.

1 Na figura abaixo há uma medida estrutural tirada em um afloramento com contato geológico. UNIVERSIDADE DE SÃO PAULO FACULDADE DE FILOSOFIA LETRAS E CIÊNCIAS HUMANAS DEPARTAMENTO DE GEOGRAFIA GEOMORFOLOGIA II FLG - 1252 EXERCÍCIO 1 Noturno- Quartas Feiras das 19:30 às 23:20 hs Prof. Dr. FERNANDO

Leia mais

Materiais Geotécnicos Usados na Construção Civil

Materiais Geotécnicos Usados na Construção Civil Materiais Geotécnicos Usados na Construção Civil Introduçao a Eng. Geotécnica Trabalho Realizado por: João Monteiro Willian Costa Eduardo Zilioto Gabriel Ortega Bruno Moraes O que são? Material geotécnico

Leia mais

ROCHAS ORNAMENTAIS FELDSPATO E QUARTZO

ROCHAS ORNAMENTAIS FELDSPATO E QUARTZO ROCHAS ORNAMENTAIS FELDSPATO E QUARTZO Ricardo Dutra (SENAI PR) ricardo.dutra@pr.senai.br Resumo O Brasil possui uma das maiores reservas mundiais de granitos, e a lavra extensiva dos mesmos gera um volume

Leia mais

EFEITO DA VARIAÇÃO DAS CONDIÇÕES DE PRENSAGEM NA COR E PROPRIEDADES TECNOLÓGICAS DE PEÇAS CERÂMICAS SEM RECOBRIMENTO

EFEITO DA VARIAÇÃO DAS CONDIÇÕES DE PRENSAGEM NA COR E PROPRIEDADES TECNOLÓGICAS DE PEÇAS CERÂMICAS SEM RECOBRIMENTO EFEITO DA VARIAÇÃO DAS CONDIÇÕES DE PRENSAGEM NA COR E PROPRIEDADES TECNOLÓGICAS DE PEÇAS CERÂMICAS SEM RECOBRIMENTO A.O. Feitosa (1); J.E. Soares Filho (1); L.L. dos Santos (1); L.F. Campos (1); R.P.S.

Leia mais

Dados Internacionais de Catalogação na Publicação (CIP) (Câmara Brasileira do Livro, SP, Brasil)

Dados Internacionais de Catalogação na Publicação (CIP) (Câmara Brasileira do Livro, SP, Brasil) Editor Thiago Regina Projeto Gráfico e Editorial Rodrigo Rodrigues Revisão Paulo Cesar Freitas Dias Copidesque Jade Souza Capa Tiago Shima Copyright Viseu Todos os direitos desta edição são reservados

Leia mais

UNIVERSIDADE FEDERAL DO ESPÍRITO SANTO ENGENHARIA CIVIL GEOTÉCNICA /2. Marita Raquel Paris Cavassani Curbani

UNIVERSIDADE FEDERAL DO ESPÍRITO SANTO ENGENHARIA CIVIL GEOTÉCNICA /2. Marita Raquel Paris Cavassani Curbani UNIVERSIDADE FEDERAL DO ESPÍRITO SANTO ENGENHARIA CIVIL GEOTÉCNICA - 2011/2 Rochas Sedimentares Marita Raquel Paris Cavassani Curbani maritarpc@gmail.com Referência: Notas de aula (apostila) de Geotécnica,

Leia mais

PREFEITURA MUNICIPAL DE ITAPIRANGA-SC

PREFEITURA MUNICIPAL DE ITAPIRANGA-SC PREFEITURA MUNICIPAL DE ITAPIRANGA-SC RELATÓRIO TÉCNICO SONDAGEM DE PIRFIS DE SOLO NA ÁREA DA FUTURA INSTALAÇÃO DA ETE ESTAÇÃO DE TRATAMENTO DE ESGOTO NO MUNICIPIO DE ITAPIRANGA -SC. MARÇO / 2012 OBJETIVOS

Leia mais

Os vertisolos - Expandem-se e Contraem-se constantemente com a variação da humidade

Os vertisolos - Expandem-se e Contraem-se constantemente com a variação da humidade A análise de solos Os Solos O solo é o resultado da complexa interacção dos processos físicos, químicos e biológicos variados que actuam na pedra ou sedimento ao longo do tempo; Os solos são produtos das

Leia mais

Fatores de Formação do Solo. Unidade III - Fatores de Formação do Solo

Fatores de Formação do Solo. Unidade III - Fatores de Formação do Solo Unidade III - SILVA J.R.T., 2005 1. Material de Origem. 2. Clima. 3. Relevo. 4. Organismos Vivos. 5. Tempo. Estudo da influência de cada fator é difícil Interdependência entre eles. Fatores Ativos: Clima

Leia mais

Origem e Formação dos Solos

Origem e Formação dos Solos Origem e Formação dos Solos Disciplina: Mecânica dos Solos Professor: Marcel Sena Campos E-mail: senagel@gmail.com Várzea Grande - MT 2014 Ciclo das rochas e Origem dos Solos Rochas Ígneas Rochas formadas

Leia mais

II CARACTERIZAÇÃO DE MATÉRIAS-PRIMAS PARA REUSO DE LODO DE ETE EM PRODUTOS CERÂMICOS

II CARACTERIZAÇÃO DE MATÉRIAS-PRIMAS PARA REUSO DE LODO DE ETE EM PRODUTOS CERÂMICOS II-323 - CARACTERIZAÇÃO DE MATÉRIAS-PRIMAS PARA REUSO DE LODO DE ETE EM PRODUTOS CERÂMICOS Franciolli da Silva Dantas de Araújo Tecnólogo em Materiais José Yvan Pereira Leite (1) Professor MSc Laboratório

Leia mais

COLÉGIO 7 DE SETEMBRO FUNDADOR PROF. EDILSON BRASIL SOÁREZ. O Colégio que ensina o aluno a estudar. ALUNO(A): TURMA: Ciências.

COLÉGIO 7 DE SETEMBRO FUNDADOR PROF. EDILSON BRASIL SOÁREZ. O Colégio que ensina o aluno a estudar. ALUNO(A): TURMA: Ciências. FUNDADOR PROF. EDILSON BRASIL SOÁREZ 2011 O Colégio que ensina o aluno a estudar. APICE 4 o Ano Ensino Fundamental I ALUNO(A): TURMA: Ciências [3 a Etapa] Você está recebendo o APICE (Atividade para Intensificar

Leia mais

Tipos e classificação FORMAÇÃO DOS SOLOS

Tipos e classificação FORMAÇÃO DOS SOLOS Tipos e classificação FORMAÇÃO DOS SOLOS PRIMEIRA CLASSIFICAÇÃO Baseia-se principalmente nos fatores de clima, tempo e relevo em que se encontram os solos. solos zonais são aqueles em relevos estáveis,

Leia mais

MANEJO E INDICADORES DA QUALIDADE. Professores: ELIANE GUIMARÃES PEREIRA MELLONI ROGÉRIO MELLONI

MANEJO E INDICADORES DA QUALIDADE. Professores: ELIANE GUIMARÃES PEREIRA MELLONI ROGÉRIO MELLONI MANEJO E INDICADORES DA QUALIDADE Módulo: DO SOLO Professores: ELIANE GUIMARÃES PEREIRA MELLONI ROGÉRIO MELLONI PEDOLOGIA Idade em anos Solos material mineral e/ou orgânico inconsolidado na superfície

Leia mais

4 METODOLOGIA ADOTADA NA AVALIAÇÃO DA ERODIBILIDADE

4 METODOLOGIA ADOTADA NA AVALIAÇÃO DA ERODIBILIDADE 4 METODOLOGIA ADOTADA NA AVALIAÇÃO DA ERODIBILIDADE Visando alcançar o que foi proposto como objetivo desta dissertação, adotou-se um modelo de estudo na área experimental, que consiste nas observações

Leia mais

AS ROCHAS E OS SOLOS MÓDULO 12

AS ROCHAS E OS SOLOS MÓDULO 12 AS ROCHAS E OS SOLOS MÓDULO 12 COMO AS ROCHAS SE FORMAM? A litosfera é a camada de rocha que existe sobre o manto, ou seja, a nossa crosta terrestre, que se transforme e se cria por meio do vulcanismo

Leia mais

ESTUDO DO EFEITO POZOLÂNICO DA CINZA VOLANTE NA PRODUÇÃO DE ARGAMASSAS MISTAS: CAL HIDRATADA, REJEITO DE CONSTRUÇÃO CIVIL E CIMENTO PORTLAND

ESTUDO DO EFEITO POZOLÂNICO DA CINZA VOLANTE NA PRODUÇÃO DE ARGAMASSAS MISTAS: CAL HIDRATADA, REJEITO DE CONSTRUÇÃO CIVIL E CIMENTO PORTLAND ESTUDO DO EFEITO POZOLÂNICO DA CINZA VOLANTE NA PRODUÇÃO DE ARGAMASSAS MISTAS: CAL HIDRATADA, REJEITO DE CONSTRUÇÃO CIVIL E CIMENTO PORTLAND K.C. FERREIRA 1, D.N.P. CARDOSO 1, S.G. e GONÇALVES 1, J. A.

Leia mais

2 Área de Estudo Meio Físico Localização e características gerais

2 Área de Estudo Meio Físico Localização e características gerais 2 Área de Estudo 2.1. Meio Físico 2.1.1. Localização e características gerais O local de estudo desta dissertação está situado no município de Nova Friburgo, sendo os locais escolhidos para a retirada

Leia mais

FONTE DE PLASTICIDADE E FUNDÊNCIA CONTROLADA PARA PORCELANATO OBTIDO POR MOAGEM VIA ÚMIDA

FONTE DE PLASTICIDADE E FUNDÊNCIA CONTROLADA PARA PORCELANATO OBTIDO POR MOAGEM VIA ÚMIDA FONTE DE PLASTICIDADE E FUNDÊNCIA CONTROLADA PARA PORCELANATO OBTIDO POR MOAGEM VIA ÚMIDA Henrique Cislagui da Silva, Nilson Schwartz da Silva e Rui Acácio Lima Neto SUMÁRIO Introdução Tendência da produção

Leia mais

Determinações do Grau de Saturação de alguns solos ao final do

Determinações do Grau de Saturação de alguns solos ao final do Determinações do Grau de Saturação de alguns solos ao final do ensaio CBR Wosniacki, Carlos Augusto (UFPR) E-mail: carloswosniacki@ig.com.br Vogt, Vanessa (UFPR) E-mail: vany_vogt@hotmail.com Moreira,

Leia mais

ANÁLISE DA POSSIBILIDADE DE ADIÇÃO DE RESÍDUO PROVENIENTE DO CORTE E POLIMENTO DE ROCHAS BASÁLTICAS EM BLOCOS DE CERÂMICA VERMELHA

ANÁLISE DA POSSIBILIDADE DE ADIÇÃO DE RESÍDUO PROVENIENTE DO CORTE E POLIMENTO DE ROCHAS BASÁLTICAS EM BLOCOS DE CERÂMICA VERMELHA 1 ANÁLISE DA POSSIBILIDADE DE ADIÇÃO DE RESÍDUO PROVENIENTE DO CORTE E POLIMENTO DE ROCHAS BASÁLTICAS EM BLOCOS DE CERÂMICA VERMELHA M. F. Floss 1, L. M. Pandolfo 2, C. S. Pérez 3, L. A. Thomé 1 BR-285

Leia mais

ESTUDO DA APLICAÇÃO DE RESÍDUOS DE ARDÓSIA COMO FONTE DE MAGNÉSIO PARA SÍNTESE DE FERTILIZANTES MINERAIS

ESTUDO DA APLICAÇÃO DE RESÍDUOS DE ARDÓSIA COMO FONTE DE MAGNÉSIO PARA SÍNTESE DE FERTILIZANTES MINERAIS ESTUDO DA APLICAÇÃO DE RESÍDUOS DE ARDÓSIA COMO FONTE DE MAGNÉSIO PARA SÍNTESE DE FERTILIZANTES MINERAIS K. C. F. ABREU 1, F. A. MOREIRA 2, A. P. L. PAIVA 3 e K. S. SANTANA 4 1 UNIFEMM Centro Universitário

Leia mais

SOLO? SIGNIFICADOS ESPECÍFICOS CONFORME A FINALIDADE...

SOLO? SIGNIFICADOS ESPECÍFICOS CONFORME A FINALIDADE... SOLO? SIGNIFICADOS ESPECÍFICOS CONFORME A FINALIDADE... AGRICULTURA - É A CAMADA DE TERRA TRATÁVEL, GERALMENTE DE POUCOS METROS DE ESPESSURA, QUE SUPORTA AS RAÍZES DAS PLANTAS GEOLOGIA É UM PRODUTO DO

Leia mais

CARACTERIZAÇÃO FÍSICA DO SOLO UTILIZADO EM CAMADAS DE COBERTURA NO ATERRO SANITÁRIO DE CAUCAIA-CEARÁ

CARACTERIZAÇÃO FÍSICA DO SOLO UTILIZADO EM CAMADAS DE COBERTURA NO ATERRO SANITÁRIO DE CAUCAIA-CEARÁ CARACTERIZAÇÃO FÍSICA DO SOLO UTILIZADO EM CAMADAS DE COBERTURA NO ATERRO SANITÁRIO DE CAUCAIA-CEARÁ Francisco Thiago Rodrigues ALMEIDA (1) ; Gemmelle Oliveira SANTOS (1) ; Roberto Antônio Cordeiro da

Leia mais

As rochas plutónicas rochas ígneas rochas magmáticas solidificação do magma extrusivas e as intrusivas rochas intrusivas plutônicas fareníticas

As rochas plutónicas rochas ígneas rochas magmáticas solidificação do magma extrusivas e as intrusivas rochas intrusivas plutônicas fareníticas As rochas ígneas também chamadas de rochas magmáticas são aquelas originadas em altas temperaturas a partir da solidificação do magma. Elas constituem formações geológicas altamente resistentes e com elevado

Leia mais

Estudo e Avaliação do Uso e Escória Granulada de Fundição na Produção de Cerâmicas Estruturais

Estudo e Avaliação do Uso e Escória Granulada de Fundição na Produção de Cerâmicas Estruturais Acesse a versão colorida no site: www.ceramicaindustrial.org.br https://doi.org/10.4322/cerind.2018.014 Estudo e Avaliação do Uso e Escória Granulada de Fundição na Produção de Cerâmicas Estruturais Ana

Leia mais

%

% PERFIL 2 1. Descrição geral Situação e declive: Corte de estrada na meia encosta de uma elevação com 5% de declividade. Material de origem: Rochas sedimentares, arenito. Pedregosidade e rochosidade: Não

Leia mais

Atividades Especiais. Atividades de Superfície. Atividades de Profundidade

Atividades Especiais. Atividades de Superfície. Atividades de Profundidade Atividades Especiais Atividades de Superfície Atividades de Profundidade Atividades de Superfície Obtenção de materiais para construções em geral Construção de estradas, corte em geral e minas a céu aberto

Leia mais

Avaliação dos equipamentos a serem utilizados; Análise de riscos para execução das atividades; Análise da qualificação dos líderes operacionais;

Avaliação dos equipamentos a serem utilizados; Análise de riscos para execução das atividades; Análise da qualificação dos líderes operacionais; 2014 Avaliação dos equipamentos a serem utilizados; Análise de riscos para execução das atividades; Análise da qualificação dos líderes operacionais; Relatório diário das atividades executadas; Caracterização

Leia mais

Classificação dos Solos Quanto à Origem.

Classificação dos Solos Quanto à Origem. Disciplina: Mecânica dos Solos Tema da Aula Classificação dos Solos Quanto à Origem. Contextualização: Qual a importância dos solos para a Construção Civil? Em que situações usamos ou lidamos com os solos

Leia mais

Classificação dos Solos

Classificação dos Solos Classificação dos Solos SOLOS BRASILEIROS exemplo - solos do RS Lemos e outros,1973- escala 1:750.000 Levantamento semelhante p/ Santa Catarina Levantamentos Brasileiros - EMBRAPA e IBGE - RADAMBRASIL

Leia mais

Moagem Fina à Seco e Granulação vs. Moagem à Umido e Atomização na Preparação de Massas de Base Vermelha para Monoqueima Rápida de Pisos Vidrados

Moagem Fina à Seco e Granulação vs. Moagem à Umido e Atomização na Preparação de Massas de Base Vermelha para Monoqueima Rápida de Pisos Vidrados Moagem Fina à Seco e Granulação vs. Moagem à Umido e Atomização na Preparação de Massas de Base Vermelha para Monoqueima Rápida de Pisos Vidrados G. Nassetti e C. Palmonari Centro Cerâmico Italiano, Bologna,

Leia mais

RELATÓRIO DOS ESTUDOS GEOTÉCNICOS

RELATÓRIO DOS ESTUDOS GEOTÉCNICOS RELATÓRIO DOS ESTUDOS GEOTÉCNICOS Local: Imbituba - SC Mês: Setembro Ano: 2016 CONTROLE INTERNO: W-B-001_2016 CONTROLE INTERNO DE REVISÕES REVISÕES DATA Revisão 03 Quarta emissão 19/10/2016 Revisão 02

Leia mais

CARACTERÍSTICAS FÍSICAS DO LOCAL - GEOMORFOLOGIA

CARACTERÍSTICAS FÍSICAS DO LOCAL - GEOMORFOLOGIA 3.3.1 Aspectos Geomorfológicos No que diz respeito à geomorfologia, podem ser diferenciados dois sistemas de relevos principais. O primeiro deles, são colinas de elevações suaves, com cristas arredondadas,

Leia mais

COMPARAÇÃO ENTRE BLOCOS CERÂMICOS PRODUZIDOS EM FORNOS HOFFMAN E CAIEIRA *

COMPARAÇÃO ENTRE BLOCOS CERÂMICOS PRODUZIDOS EM FORNOS HOFFMAN E CAIEIRA * 3035 COMPARAÇÃO ENTRE BLOCOS CERÂMICOS PRODUZIDOS EM FORNOS HOFFMAN E CAIEIRA * Euzébio Bernabé Zanelato 1 Jonas Alexandre 2 Afonso Rangel Garcez Azevedo 3 Markssuel Teixeira Marvila 4 Sergio Neves Monteiro

Leia mais

Solos e suas várias importâncias

Solos e suas várias importâncias SOLOS Solos e suas várias importâncias Fornecer alimentos, madeira e terra para construções. Capacidade de decompor resíduos e purificar a água. Capacidade de regular as enchentes. Na paisagem, produzindo

Leia mais

EXPERIMENTOTECA DE SOLOS CONHECENDO A COMPOSIÇÃO DO SOLO E SUAS DIFERENTES TEXTURAS

EXPERIMENTOTECA DE SOLOS CONHECENDO A COMPOSIÇÃO DO SOLO E SUAS DIFERENTES TEXTURAS EXPERIMENTOTECA DE SOLOS CONHECENDO A COMPOSIÇÃO DO SOLO E SUAS DIFERENTES TEXTURAS Priscilla Macanhão (Acadêmica do Curso de Agronomia/UFPR) Marcelo Ricardo de Lima (Prof. Doutor do DSEA/UFPR) ATENÇÃO:

Leia mais

AULA 4: CLASSIFICAÇÃO DOS SOLOS. MECÂNICA DOS SOLOS Prof. Augusto Montor

AULA 4: CLASSIFICAÇÃO DOS SOLOS. MECÂNICA DOS SOLOS Prof. Augusto Montor AULA 4: CLASSIFICAÇÃO DOS SOLOS MECÂNICA DOS SOLOS Prof. Augusto Montor AGRUPAR DIVERSOS TIPOS DE SOLOS COM COMPORTAMENTOS SEMELHANTES CLASSIFICAR? ORIGEM EVOLUÇÃO CONSTITUIÇÃO ESTRUTURA... Composição

Leia mais

cota.com.br Palavras chave: Revestimentos porosos, Calcário, Delineamento de Misturas, Massas Cerâmicas. 1. INTRODUÇÃO 1.1. REVESTIMENTO POROSO

cota.com.br Palavras chave: Revestimentos porosos, Calcário, Delineamento de Misturas, Massas Cerâmicas. 1. INTRODUÇÃO 1.1. REVESTIMENTO POROSO AVALIAÇÃO DO EFEITO DA ADIÇÃO DE CALCÁRIOS CALCÍTICOS E DOLOMÍTICOS A MASSA SOBRE A REGULARIDADE DIMENSIONAL E INÉRCIA À ÁGUA DE REVESTIMENTOS CERÂMICOS POROSOS Henrique Cislagui da Silva T cota Engenharia

Leia mais