FISCALIZAÇÃO DE FAUNA SILVESTRE. Curso de Capacitação dos Municípios para a Gestão Ambiental Rio de Janeiro 28/03/2012
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- Luís Sá Galindo
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1 FISCALIZAÇÃO DE FAUNA SILVESTRE Curso de Capacitação dos Municípios para a Gestão Ambiental Rio de Janeiro 28/03/2012
2 Tráfico de animais Silvestres Após a perda do habitat, a caça, para subsistência e comércio, é a segunda maior ameaça à fauna silvestre brasileira (Redford, 1992; Rocha, 1995). Atualmente, o comércio ilegal de vida silvestre, o qual inclui a fauna e seus produtos, movimenta de 10 a 20 bilhões de dólares por ano (Webster apud Webb, 2001). É a terceira atividade ilícita do mundo, depois das armas e das drogas. O Brasil participa com cerca de 5% a 15% do total mundial (Rocha, 1995; Lopes, 2000) Fonte: 1 Relatório Nacional sobre Tráfico de Animais Silvestres (RENCTAS)
3 FLUXO DO COMÉRCIO ILEGAL INTERNACIONAL DE ANIMAIS E PLANTAS SILVESTRES. É... tá danado dotô!! ÁREAS DE CAPTURA/COLETA ÁREAS DE MERCADO
4 O histórico do tráfico de animais silvestres Os portugueses (provas de novas terras) Os piratas europeus (terra papagalis) Questão cultural
5 A moda do tráfico Do século XVI ao século XVIII ( Grande procura por aves e primatas exóticos como símbolo de status. ) Centros de pesquisa No século XIX ( Utilização de animais para decoração e adorno de roupas e chapéus. ) - Indígena Anos 40, 50 e 60 ( Comércio de peles de felinos e répteis para a indústria da moda. ) - Tráfico de peles Anos 70, 80 e 90 ( tráfico de animais para abastecer pet shops na Europa e nos E.U.A. ) - Internacional Século XXI ( Biopirataria ) - Internacional
6 Os tipos de tráfico
7 Tráfico para colecionadores particulares e zoológicos: Modalidade que mais movimenta recursos e a mais danosa às espécies, pois prioriza os animais mais ameaçados. Ex: Arara Azul de Lear, Mico Leão Dourado, Harpia, Papagaio da Cara Roxa.
8 Tráfico para fins científicos (Biopirataria): Modalidade especializada em extrair substâncias químicas para a pesquisa científica e para a produção de medicamentos. Ex: Sapos Amazônicos, Aranhas, Escorpiões, Serpentes Venenosas e Besouros.
9 Tráfico para pet shops: Modalidade que mais incentiva o tráfico de animais, pois se destina à utilização de animais para companhia. Ex: Jibóia, Iguana, Arara Vermelha, Macaco Aranha, Jaguatirica.
10 Tráfico de passeriformes: Modalidade comum em todo Brasil por conta da cultura do aprisionamento de pássaros canoros Ex: Trinca-ferro, papa-capim, canário da terra, tisiu, pichanchão, sabiá, araponga etc.
11 Os agentes do tráfico Apanhadores: índios, caboclos, lavradores, ribeirinhos, caçadores, crianças e adolescentes. Distribuidores: barqueiros, pilotos de aviões, caminhoneiros e motoristas de ônibus. Comerciantes: feirantes, donos de pet shops, criadores ilegais e avicultores. Consumidores: criadouros, zoológicos, aquários, circos, laboratórios, turistas e a população em geral.
12 ESQUEMA DO TRÁFICO
13 O modus operandi O contrabando: Utiliza-se técnicas rudimentares para transporte, como: Trazer animais junto ao corpo ou dentro da bagagem; Transportar animais dentro de carros, ônibus e caminhões; Envio de animais por meio dos serviços postais.
14 O contrabando: O modus operandi
15 Espécies mais procuradas AVES: passeriformes, psitacídeos, tucanos, mutuns, corujas, guarás, beija-flores, etc.
16 RÉPTEIS: serpentes, jacarés, jabutis, tartarugas e lagartos.
17 MAMÍFEROS: macacos, felinos, preguiças, veados, roedores, etc.
18 INSETOS: borboletas, besouros, libélulas, aranhas, escorpiões, etc.
19 ANFÍBIOS: sapos e rãs da Amazônia e da Mata Atlântica.
20 PEIXES: peixes ornamentais, da Amazônia e da costa brasileira, e cavalos marinhos.
21 Lógica cruel De cada 10 animais traficados, 09 morrem durante a captura e o transporte, apenas 01 chega ao consumidor final. (Redford,1992) Evitar retirada!!!
22 Disseminação de doenças PRIMATAS: febre amarela, mal de chagas, hepatite A, tuberculose, raiva, herpes, malária, vírus desconhecidos, etc; ROEDORES: leptospirose e vírus desconhecidos. PSITACÍDEOS: toxoplasmose, herpes e psitacose. RÉPTEIS: salmonelose. Conscientização
23 Desafios estratégicos TRÁFICO DE ANIMAIS SILVESTRES PRINCIPAIS ÁREAS DE CAPTURA. LEGENDAS: Aves Pequenos Primatas Carnívoros Aracnídeos Insetos R. Quelônios R. Ofídeos Ai de miiiim!! Cervídeos Peixes Ornamentais. Fonte: IBAMA /2005 Centros Compradores
24 Desafios Estratégicos A QUESTÃO DO TRÁFICO NACIONAL DA FAUNA SILVESTRE - ROTAS. Rotas hidroviárias Rotas rodoviárias Aeroportos Utilizados Assim num dá sô!! Portos Utilizados
25 Fonte: RENCTAS Rotas internacionais
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27 Principais dificuldades para combater o tráfico de animais Legislação: falta de rigidez na aplicação da lei, por considerar os crimes contra a fauna um crime de menor importância. Fiscalização: Falta de contingente, de equipamentos e de treinamentos para os agentes ambientais. Política: a inexistência de uma política pública para combater esta atividade e a falta de integração dos órgãos ambientais. Destinação: falta de locais apropriados para receber animais, superlotação de zoológicos, poucos trabalhos para reintrodução dos animais apreendidos.
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29 Perigos do Tráfico Risco de acidentes
30 Risco de zoonoses Perigos do Tráfico
31 Prejuízos do Tráfico Manutenção da injustiça social
32 Prejuízos do Tráfico Extinção de espécies
33 MODA TRISTE
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38 Sem espaço. apreensão 4a Cia. de Polícia Militar Florestal de Juiz de Fora/MG (Foto: RCB)
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41 Dispositivos Legais Lei Federal n /1967: Proteção à Fauna? - Código de Caça Propriedade do Estado Lei Federal 9.605/1998: Lei de Crimes Ambientais Lei Estadual 3467/2000 Sanções administrativas
42 Silvestre, nativa, indígena, autóctone Exótica, domesticada, introduzida, invasora, alóctone Fauna Lei Art 29 São espécimes da fauna silvestre todos aqueles pertencentes à espécies nativas, migratórias ou quaisquer outras que tenham todo ou parte do seu ciclo de vida ocorrendo dentro dos limites do território brasileiro ou águas jurisdicionais brasileiras
43 Criadouro Conservacionista Não pode comercializar Visitas somente monitoradas e com fins educacionais e científicos Tipos de criadores Criadouro Científico Somente instituições de pesquisa Mantenedor de fauna exótica
44 Criadouro Comercial de Fauna Silvestre Criadouro com fins econômicos e industriais Zoológicos Tipos de criadores Criador Comercial de Passeriformes da Fauna Silvestre Brasileira (CCP) Criador Amador de Passeriformes da Fauna Silvestre Brasileira (CAP)
45 Criador Amador de Passeriformes da Fauna Silvestre Brasileira (CAP) Pessoa física que mantém em cativeiro, sem finalidade comercial, indivíduos das espécies de aves nativas da Ordem Passeriformes, descritos nos Anexos I e II desta Instrução Tipos Normativa, de objetivando criadores a contemplação, estudo e conservação de espécies de pássaros ou para desenvolvimento de tecnologia reprodutiva das espécies, com possibilidade, a critério do IBAMA, de participação em programas de conservação do patrimônio genético das espécies envolvidas (IN IBAMA n. 15/2010)
46 Criadouro Amadorista de Passeriformes Não pode comercializar O documento que comprova a legalidade do criador é a sua relação atualizada de passeriformes, impressa pelo SISPASS. Tipos de criadores As carteirinhas de Clubes e Federações continuam existindo, mas não têm validade para a fiscalização. As transações (máx. 50 aves) somente devem ser feitas via internet. Trânsito com documentação e com fins de participação em Concursos ou Torneios autorizados ou para treinamento. Permanência em logradouros públicos, praças e estabelecimento comerciais com documentação e desde que não caracterize exposição e comércio.
47 Criadouro Amadorista de Passeriformes Procedimentos de fiscalização Tipos de criadores Verificar se o passeriforme está com anilha inviolável (anel fechado), sem quaisquer sinais de adulteração e de origem comprovada. Solicitar a documentação de origem (relação de passeriforme, CTF e CI) Conferir a numeração seqüencial da anilha com a aposta na relação de passeriforme; Caso o passeriforme não esteja anilhado, fazer a apreensão com lavratura do Auto de Infração - AI e Termo de Apreensão e Depósito TAD;
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50 IN IBAMA n. 15/ CAP Origem Criadores comerciais (com Nota Fiscal) Criadores amadores Cessão de órgãos ambientais Irregularidades mais comuns no SISPASS Reprodução Até 10 filhotes/ano (limite de 30 aves/criador) Transfêrencias Até 15/ano Cada ave só poderá ser transferida 3 vezes
51 IN IBAMA n. 15/ CAP Máximo de 30 pássaros Proibida outra atividade relacionada a fauna Irregularidades mais comuns no Proibida a venda, a exposição à venda, a exportação ou qualquer SISPASS transmissão a terceiros com fins econômicos de passeriformes, ovos e anilhas Proibida a a manutenção de pássaros em estabelecimentos comerciais e áreas públicas
52 IRREGULARIDADES MAIS COMUNS Plantel encontrado não confere com a relação Pássaros sem anilha Irregularidades mais comuns no Anilhas adulteradas ou falsas SISPASS Informações falsas no SISPASS
53 FRAUDES
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56 Lei Estadual 3467/2000 Art. 2º 6º - A apreensão e a destruição ou inutilização, referidas nos incisos IV e V do "caput", obedecerão ao seguinte: I os animais serão libertados em seu habitat ou entregues a jardins zoológicos, fundações ou entidades assemelhadas, desde que fiquem sob a responsabilidade de técnicos habilitados; II tratando-se de produtos perecíveis ou madeira, serão os mesmos avaliados e doados a instituições científicas, hospitalares e outras com fim beneficentes; III os produtos e subprodutos da fauna, não perecíveis, serão destruídos ou doados a instituições científicas, culturais ou educacionais; IV os instrumentos utilizados na prática da infração serão vendidos, garantida a sua descaracterização através da reciclagem, e observados, no que couber, os princípios de licitação.
57 Lei Estadual 3467/2000 Art Matar, perseguir, caçar, apanhar, utilizar espécimes da fauna silvestre, nativos ou em rota migratória, sem a devida permissão, licença ou autorização da autoridade competente, ou em desacordo com a obtida: Multa de R$ 500,00 (quinhentos reais), por unidade com acréscimo por exemplar excedente de: I R$ 5.000,00 (cinco mil reais), por unidade de espécie constante da lista oficial de fauna brasileira ameaçada de extinção e do Anexo I do Comércio Internacional das Espécies da Flora e Fauna Selvagens em Perigo de Extinção-CITES; e II R$ 3.000,00 ( três mil reais), por unidade de espécie constante da lista oficial de fauna brasileira ameaçada de extinção e do Anexo II da CITES.
58 Lei Estadual 3467/2000 Art. 3º - No exercício da ação fiscalizadora, observado o disposto no Art. 5º, XI, da Constituição Federal, ficam asseguradas às autoridades ambientais a entrada e a permanência em estabelecimentos públicos ou privados, competindo-lhes obter informações relativas a projetos, instalações, dependências e demais unidades do estabelecimento sob inspeção, respeitando o sigilo industrial. Parágrafo único O agente de fiscalização requisitará o emprego de força policial, sempre que for necessário, para garantir o exercício de sua função.
59 Lei Estadual 3467/2000 1º - Incorre nas mesmas multas quem: I impede a procriação da fauna, sem licença, autorização ou em desacordo com a obtida; II modifica, danifica ou destrói ninho, abrigo ou criadouro natural; ou III vende, expõe à venda, exporta ou adquire, guarda, tem cativeiro ou depósito, utiliza ou transporta ovos, larvas ou espécimes da fauna silvestre, nativa ou em rota migratória, bem como produtos e objetos dela oriundos, provenientes de criadouros não autorizados ou sem a devida permissão, licença ou autorização da autoridade competente. 2º - No caso de guarda doméstica de espécime silvestre não considerada ameaçada de extinção, pode a autoridade competente, considerando as circunstâncias, deixar de aplicar a multa. 3º - No caso de guarda de espécime silvestre, pode a autoridade competente deixar de aplicar as sanções previstas nesta Lei, quando o agente espontaneamente entregar os animais ao órgão ambiental competente.
60 Lei Estadual 3467/2000 Art Comercializar produtos e objetos que impliquem a caça, perseguição, destruição ou apanha de espécimes da fauna silvestre: Multa de R$ 1.000,00 (mil reais), com acréscimo de R$ (duzentos reais), por exemplar excedente. Alçapão
61 Art Deixar de prestar aos órgãos ambientais estaduais informações exigidas pela legislação pertinente ou prestar informações falsas, distorcidas, incompletas ou modificar relevante dado técnico solicitado: Multa de R$ 250,00 (duzentos e cinqüenta reais) a R$ ,00 (cem mil reais).
62 Maus tratos Art Praticar ato de abuso, maus tratos, ferir ou mutilar animais silvestres, domésticos ou domesticados, nativos ou exóticos: Multa de R$ 500,00 (quinhentos reais) a R$ 2.000,00 (dois mil reais), com acréscimo por exemplar excedente; I R$ 200,00 (duzentos reais), por unidade; II R$ ,00 (dez mil reais), por unidade de espécie constante da lista oficial de fauna brasileira ameaçada de extinção e do Anexo I da CITES; e III R$ 5.000,00 (cinco mil reais), por unidade de espécie constante da lista oficial de fauna brasileira ameaçada de extinção e do Anexo II da CITES. Parágrafo único - Incorre nas mesmas multas quem realiza experiência dolorosa ou cruel em animal vivo, ainda que para fins didáticos ou científicos, quando existirem recursos alternativos.
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65 Rinha
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67 Circo
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71 no porta-malas apreensão 4a Cia. de Polícia Militar Florestal de Juiz de Fora/MG (Foto: RCB)
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73 Caça
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78 Comércio ilegal de peixes ornamentais
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80 OBRIGADO! Avenida Venezuela, 110 Saúde Rio de Janeiro - RJ-CEP: Gerência do Serviço Florestal - GESEF TEL: / gesef@inea.rj.gov.br
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