Desenvolvimento do conceito de resiliência

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1 RESILIÊNCIA Na atualidade, os estudos sobre os processos de resiliência, tem tido um grande interesse nas áreas das ciências sociais e de saúde, pois buscam uma compreensão deste fenômeno a partir das diferentes dimensões do conceito, tais como elementos individuais, afetivos, cognitivos, familiares e sociais (Daniel, 2006). Esta compreensão dos processos envolvidos na resiliência objetiva o desenvolvimento de ações de promoção e de prevenção em saúde em várias instâncias, tais como familiar, social, pública (Junqueira & Deslandes, 2003; Sapienza & Pedromônico, 2005; Yunes, 2001). Basicamente, a resiliência é entendida como um processo interativo e dinâmico, em que o enfrentamento dos eventos traumáticos não conduza a trajetórias negativas de desenvolvimento. Associados à noção de risco estão os fatores de proteção que podem ser compreendidos como situações que promovem a saúde ou mitigam o impacto negativo do trauma. Estes fatores incluem desde características individuais como também recursos do ambiente social ou contextual onde o indivíduo está inserido que agem de forma interativa na determinação das trajetórias individuais (Fergus & Zimmerman, 2005). Neste sentido, considerando-se o aspecto interativo deste processo em relação às características internas individuais e os recursos disponíveis no contexto proximal e distal, verifica-se que são diversas as possibilidades de se desenvolverem estratégias de promoção de resiliência nestes diferentes níveis, dirigidas a indivíduos ou grupos em situação de risco e vulnerabilidade (Bronfenbrenner, 1979/2002). Portanto, o conceito de resiliência é um construto importante para o trabalho com crianças, adolescentes e famílias em situação de vulnerabilidade e risco, por enfatizar a compreensão das respostas emocionais e comportamentais que se orientam ao crescimento e por permitir a promoção de diferentes abordagens preventivas (Luthar & Cicchetti, 2000). Dessa forma, o objetivo deste artigo é conhecer a influência do apoio social na promoção da resiliência em adolescentes em situação de pobreza. Este apoio social será conhecido através do trabalho de uma instituição (Horta Comunitária Joanna de Angelis), na qual o adolescente desfavorecido socialmente e economicamente é acolhido e inserido num contexto de auxílio, proteção e promoção de habilidades. Desenvolvimento do conceito de resiliência O conceito é oriundo das ciências exatas, as quais o definem como sendo a energia de deformação máxima que um material é capaz de armazenar sem sofrer alterações permanentes; 2

2 materiais diferentes podem sofrer diferentes módulos de resiliência. (Yunes & Szymanski, 2001). Na medicina o termo representa a capacidade de uma pessoa resistir às doenças, infecções ou intervenções, com ou sem ajuda de medicamentos (Tavares, 2001). Segundo Rutter (1985/1987), a resiliência está relacionada à adaptação e consiste em variações individuais em resposta aos fatores de risco. Segundo Pesce (2005, p. 436) é o conjunto de processos sociais e intrapsíquicos que possibilitam o desenvolvimento saudável do indivíduo. Ou seja, que fazem com que o individuo desenvolva uma vida sadia, mesmo vivendo em um ambiente não sadio. Estes processos resultam da interação entre os atributos do indivíduo e o ambiente familiar, social e cultural. Portanto, a resiliência não deve ser pensada como um atributo que nasce com o sujeito nem que ele adquire com seu desenvolvimento. É um processo interativo entre o indivíduo e seu meio, sendo que os mesmos fatores causadores de estresse podem ser experenciados de maneiras distintas por pessoas distintas, portanto não é um atributo fixo do individuo (Yunes, 2001). Os primeiros trabalhos sobre resiliência indicaram que algumas características tornavam alguns indivíduos mais resilientes frente às situações de adversidade. Num dos modelos iniciais, Masten e Garmezy (1985) identificaram três níveis de fatores associados a maior proteção e resiliência: as características disposicionais da criança, tais como atividade, autonomia, positiva orientação social e auto-estima; as características familiares, como coesão familiar, ausência de conflitos, e maustratos; e as características do contexto social, como a disponibilidade de uma rede de apoio social definida. Além destes fatores, Rutter (1993) salientou a importância de se considerar o momento evolutivo da criança e a fonte de origem da situação de adversidade. Portanto, relacionados à resiliência estão os fatores de risco e os fatores de proteção, pois são construtos que constituem o fenômeno da resiliência. O termo risco tem sido usado na área de saúde mental, significando estressor ou fator que gera resultados negativos ou indesejados. Risco é um processo, não um evento estático. Um mesmo fator de risco não possui o mesmo significado para sujeitos distintos. Segundo Cowan, Cowan e Schulz (1996), os fatores de risco relacionam-se com toda a sorte de eventos negativos de vida, e que, quando presentes, aumentam a probabilidade de o indivíduo apresentar problemas físicos, sociais ou emocionais (Poletto & Koller, 2006). Já os fatores de proteção, ou mecanismos de proteção, são aqueles que numa trajetória de risco modificam o rumo da vida do individuo para um final mais adaptado. Por isso, os fatores de proteção podem não ter efeito se não existe um estressor, pois a função é modificar a resposta do individuo à situação de risco. (Rutter, 1987). Segundo Rutter (1987), os mecanismos de proteção atuam na redução do impacto dos riscos, diminuindo os efeitos da exposição do indivíduo a um evento estressor, reduzindo as reações negativas em cadeia que acompanham a exposição do 3

3 indivíduo às situações de risco. Os fatores de proteção são provenientes de fatores individuais como: auto-estima positiva, autocontrole, autonomia, temperamento afetuoso e flexível, estratégias de coping 1 e competência social; de fatores familiares como: coesão, estabilidade, respeito mútuo, apoio/suporte; e de fatores do meio ambiente como: relações interpessoais (relacionamento afetuoso com adulto significativo e amizades significativas), suporte social e comunitário. Outro conceito importante a ser abordado é o conceito de vulnerabilidade e invulnerabilidade, que há algum tempo as pesquisas utilizavam esse conceito para definir resiliência, mas esse termo é equivocado, por que dá idéia de resistência absoluta a qualquer adversidade, o que não é realidade. Alguns autores dizem que, para que o fator de risco influencie, o sujeito precisa estar vulnerável ou fragilizado diante dele. Dessa forma, vulnerabilidade refere-se a uma predisposição individual para apresentar resultados negativos no desenvolvimento, ou seja, aumenta a probabilidade de um resultado negativo ocorrer na presença de um risco. (Masten & Garmezy, 1985). Conforme Haggerty e cols. (2000), em alguns períodos o indivíduo está mais vulnerável, como na adolescência, por exemplo, por ser uma fase onde ocorrem mudanças físicas e psicológicas. Essa fase é a que o individuo começa a tornar-se independente e valorizar os pares, o adolescente quer explorar situações com as quais ele pode não saber lidar. Pode não conseguir dizer não a um amigo que lhe oferece drogas ao qual ele tem admiração. Conger e cols. (1994) analisaram a influência da condição da pobreza e da família coercitiva como fatores de risco para o desenvolvimento de problemas de comportamento em adolescentes. Segundo os autores, esses fatores afetam a qualidade das relações familiares, atuando como estímulos aversivos, não dando condições adequadas para o desenvolvimento. Em relação aos riscos aos quais os indivíduos, famílias e comunidades podem estar expostas, a pobreza é considerada uma ameaça, aumentando a vulnerabilidade, pois pode causar subnutrição, privação social e desvantagem educacional. (Zimmerman & Arunkumar, 1994) Resiliência e pobreza Entre as pesquisas realizadas no Brasil sobre resiliência, pode-se citar o estudo realizado no Rio de Janeiro, com 997 adolescentes, que teve como objetivo analisar a relação da resiliência com os eventos de vida desfavoráveis e os fatores de proteção. Os estudiosos observaram que os eventos de vida negativos não apresentaram relação com a resiliência, enquanto que os fatores de proteção mostraram-se todos correlacionados com o construto. As situações adversas investigadas foram a violência psicológica, a violência física severa do pai e da mãe, entre os irmãos, entre os 1 Conjunto de estratégias utilizadas pelas pessoas para adaptarem-se a circunstâncias adversas ou estressantes. 4

4 pais, violência sexual, eventos na família e na comunidade. Os dados demonstraram que os eventos traumáticos de vida não estão relacionados com características de um indivíduo resiliente, pois não se pode afirmar que ter vivenciado experiências negativas contribui para a capacidade de lidar com adversidade. Já os fatores de proteção tiveram associação com a resiliência. Interpreta-se essa relação entendendo que os fatores abordados no estudo (auto-estima, apoio social, gênero, relacionamento com outras pessoas) atuam como facilitadores no processo individual de perceber ou enfrentar o risco. (Pesce, Assis, & Avanci, 2006). Em outra pesquisa, Yunes (2001) ao pesquisar sobre resiliência em famílias em situação de pobreza, entrevistou duas famílias de baixa renda. Um de seus objetivos era investigar a história de vida deles e compreender os processos que determinaram sua atual condição. A autora constatou que existe uma tendência social de atribuir a priori a esta população pobre, uma condição de nãoresiliência. No entanto, a pesquisa apontou que estas famílias enfrentaram e enfrentam as adversidades da pobreza à sua maneira e no seu estilo de ser família (2001, p.11). Uma das famílias enfrentava a crise como um desafio, seus membros se mostravam unidos, sendo que a confiança era fortalecida, propiciando maior solidariedade e possibilidades de transformação da crise. Na segunda família, o enfrentamento da crise estava relacionado mais com a coesão e introspecção do grupo, numa relação mais espiritualizada que reforçava a crença da ajuda divina na superação dos problemas. Portanto, o sentido atribuído às crises pelas duas famílias é diferente, o que leva a concluir que não há um sentido hegemônico que defina a condição de resiliência (p. 158). Dessa forma, Yunes (2001) conclui que os critérios que indicam a resiliência em famílias não são universais. Ainda destaca que se deve redobrar o cuidado do uso do termo da resiliência em famílias pobres, ou em crianças, adultos, idosos, famílias de outras camadas e de diferentes culturas. Em outro estudo, Yunes, Mendes e Albuquerque (2007) pesquisaram famílias de baixa renda lideradas por mulheres pobres e constataram, através de suas histórias, o dinamismo interacional dos fatores de risco vividos por elas e a presença/ausência dos fatores de proteção, e o desenvolvimento saudável (ou não) do grupo familiar vêm dessa interação. A referida pesquisa identificou situações como alcoolismo, violência doméstica, perdas materiais e infidelidade, que estão relacionadas às relações conflituosas causadas pela presença masculina da figura do pai/marido. Essas situações constituem risco ao convívio familiar. Percebeu-se que a situação de monoparentalidade apresentou-se como elemento chave para a melhoria na qualidade de vida relacional das famílias. Os Fatores de risco como moradia e alimentação inadequadas, emprego e renda instáveis, falta de apoio social eficiente, continuaram existindo. Porém há aspectos que serviriam como ponto de equilíbrio ao convívio familiar, atuando como fatores de proteção. Como 5

5 o senso de coesão familiar, apoio afetivo e financeiro da família extensa, valorização do estudo e trabalho, perspectiva positiva do futuro e consciência dos direitos de cidadão (Yunes, Mendes & Albuquerque, 2004/2007). Cecconello (2003) investigou os processos de resiliência e vulnerabilidade em famílias em situação de risco e identificou a presença de diversos fatores de risco e proteção, internos e externos em cada família. A pobreza e a violência presentes na comunidade potencializaram os efeitos negativos associados aos fatores de risco internos à família, como a violência doméstica, o alcoolismo e a depressão materna. Entretanto, quando estão ausentes, a pobreza e a violência não atuam como risco, pois parecem ser moderadas pela presença de fatores de proteção, internos e externos à família como as características pessoais de seus membros, a coesão familiar e o apoio conjugal/social, por exemplo. A interação destes fatores de proteção contribui para a promoção da resiliência, através de um processo compartilhado pela família como um todo e por processos individuais. De Antoni (2005) em sua pesquisa sobre coesão e hierarquia em famílias com história de abuso físico, percebeu que a presença e associação de muitos e severos indicadores de risco são agravantes para a vulnerabilidade social e familiar. Os aspectos mais evidentes destas vulnerabilidades se relacionaram à violência e às condições socioeconômicas, que aparecem no desemprego, na precariedade de moradia e falta de recursos financeiros, impossibilitando a família em questão de ter uma boa qualidade de vida. A autora refere que o enfrentamento das adversidades e sua superação pela família dependem em muito do suporte social, como as redes de serviço e de políticas públicas voltadas para amenizar a pobreza e a violência. Portanto, observa-se nestas pesquisas que o fator de risco como a pobreza potencializa as dificuldades internas da família e, conseqüentemente, seus membros acabam apresentando comportamentos ou atitudes negativas diante do enfrentamento das adversidades. No entanto, as pesquisas também apontam para os fatores de proteção presentes tanto na própria família como no suporte social, que ajudam a amenizar o impacto do risco. Horta Comunitária - Suporte Social A Horta Comunitária Joana de Angelis existe a 18 anos na cidade de Novo Hamburgo e sempre teve como proposta auxiliar na solução de problemas de vida cotidiana, tanto na escola, na família e na inclusão social, bem como na preparação das pessoas da comunidade para o ingresso na Universidade e ao mundo do trabalho. A instituição se organiza através de projetos núcleos, apoiados desde 2002 pela PETROBRÁS S/A e, envolvendo novos parceiros, expande suas ações oferecendo oficinas de Arte e Comunicação Social. Atende comunidades com dificuldades 6

6 socioeconômicas fortalecendo-as ao melhorar sua auto-estima, garantindo-lhes liberdade de expressão, reforçando dessa forma, a cidadania e o rompimento com os ciclos de violência que vivenciam no cotidiano. Método Delineamento O presente estudo possui um delineamento qualitativo descritivo dos fatores de proteção e risco diante da situação de pobreza vivenciada pelos adolescentes. Para conhecer como o suporte social promove as respostas de resiliência para estes adolescentes, o estudo se utilizou de entrevistas semi-estruturadas, que foram construídas e testadas a partir de um estudo piloto. As entrevistas tiveram como questões norteadoras, conhecer os principais motivos de ingresso na instituição (ONG), a situação socioeconômica, relações familiares e sociais, além de compreender o significado da instituição para a construção de suas trajetórias de vida. Foi entregue um termo de consentimento livre e esclarecido para os participantes da pesquisa e no caso dos menores de idade o adolescente trouxe assinado pelo responsável, sendo entregue uma via. Os procedimentos de entrevista estavam de acordo com a resolução 016/2000 do Conselho Federal de Psicologia. As entrevistas duraram em torno de 1 hora e foram gravadas e posteriormente transcritas em sua totalidade para realização das análises. Participantes A pesquisa foi realizada com adolescentes que freqüentam a instituição e jovens que freqüentaram e atualmente, já saíram. Estes adolescentes são moradores de vilas pobres próximas a ONG, na qual eles buscam suporte. O contato inicial foi feito através dos professores de referência destes adolescentes. Com os jovens que já saíram da instituição, o contato foi feito por telefone. Participaram da pesquisa três adolescentes que continuam freqüentando a instituição. São eles Débora 2 (14), Jean (15), Júlia (13), que moram com os pais e estudam. E dois jovens que já não freqüentam que são: Rodrigo (22) freqüentou a instituição durante seis anos, mora sozinho e trabalha. Antônio (21) freqüentou a ONG cerca de quinze anos, mora com a mãe, estuda e está concluindo um curso técnico de Administração. O critério para a amostra da pesquisa se baseou na escolha dos jovens que estão na instituição há pelo menos cinco anos. Os jovens que já não freqüentam foram selecionados a partir do critério de permanência na instituição de no mínimo cinco anos e da possibilidade de contato com eles, pois muitos não possuem mais o mesmo endereço o que dificultou o contato direto, por isso a amostra se reduziu a dois. 2 Todos os nomes são fictícios. 7

7 Análise de dados Após a transcrição do relato das entrevistas foi realizada a análise das narrativas através do roteiro interpretativo de Flick (2004). Este roteiro organiza-se em etapas de análise que incluem a obtenção da narrativa, a exposição do texto como unidade, a subdivisão do texto em unidades experimentais ou função-chave, a análise lingüística interpretativa de cada unidade, desdobramento em série, interpretação dos significados e desenvolvimento de interpretações funcionais do texto. Finalmente, as últimas etapas compreendem a compreensão do texto em sua totalidade e a exposição das múltiplas interpretações. O método qualitativo baseado na abordagem da narrativa permite a compreensão dos significados específicos de construção e constituição da realidade (Bruner, 1991), identificando como as pessoas dão sentido às suas experiências a partir de referências pessoais, familiares, sociais, culturais e incluindo também os aspectos transgeracionais. Resultados e Discussão dos Resultados A seguir se apresenta uma síntese das histórias de vida de cada adolescente. Débora tem quatorze anos, estuda na 6ª série e mora com sua mãe, duas irmãs, além da família extensa, que reside no mesmo pátio. Ingressou na instituição quando tinha cerca de sete anos, por que sua mãe não queria que a menina ficasse em casa e preferia que fizesse algo positivo. No momento do ingresso a situação econômica era regular, porém sua família recebia ajuda da família extensa. No momento, conforme Débora, a situação está melhor. Jean tem quinze anos, estuda na 6ª série e mora com seus pais e mais três irmãos. Ingressou na instituição quando tinha seis anos de idade, por que seus pais trabalhavam fora e não tinham com quem deixar o menino nesse período. Então alguns amigos de seus pais sabiam da existência da instituição e comentaram da mesma para eles, os quais decidiram matricular Jean. No momento do ingresso a situação econômica era difícil, mas no presente, parece estar mais estável. Júlia tem treze anos, estuda na 6ª série e mora com seus pais adotivos desde bebê e uma irmã, mas mantém contato com sua família biológica, exceto seu pai. Ingressou na instituição quando tinha cerca de seis anos, por que sua mãe trabalhava na mesma e levava a menina junto, por não ter quem cuidasse. A situação econômica no momento do ingresso era, conforme refere normal. Rodrigo tem vinte e dois anos, mora sozinho, estudou até o 1 ano do Ensino médio e trabalha em obra. Seu ingresso na instituição se deu por influência de sua irmã, de alguns amigos e também por que conforme ele não tinha nada pra fazer. Tinha cerca de sete anos quando entrou e permaneceu na instituição por cerca de seis anos. Sua situação econômica era igual à atual. 8

8 Antônio tem vinte e um anos, estuda no 1 ano do ensino médio e faz curso técnico de administração. Mora com a mãe e os irmãos Ingressou através de seus irmãos, que já freqüentavam o local, tinha cerca de cinco anos e permaneceu por cerca de quinze anos, como aluno, voluntário e funcionário. Na ocasião do ingresso sua situação econômica era ruim e agora define como boa. No momento está desempregado, mas faz um trabalho voluntário na instituição. Nos quadros (1 e 2) são apresentados os resultados das interpretações das narrativas dos adolescentes a cerca de suas histórias de vida, em que se observa como os fatores de proteção promoveram novos processos de enfrentamento das situações de risco. Quadro 1 Fatores de Proteção e de Risco na interpretação das narrativas dos adolescentes da pesquisa que ainda freqüentam a ONG. Fatores de Proteção Fatores de Risco Fatores individuais Consciência do aprendizado Adoção Repetência escolar Capacidade de fazer amizades. Necessidade de retribuição e Reconhecimento da instituição Habilidades e valores Projeção de futuro Fatores familiares Papel dos pais: Incentivo, Proteção, cuidado, vínculos afetivos. Família extensa (avós) Distanciamento do pai Dificuldade financeira Falta de cuidador na ausência dos pais. Fatores sociais Apoio e suporte da ONG: Desenvolvimento de Amizades, habilidades e de valores sociais. Aprendizagens compartilhadas no grupo. Vínculos significativos com professores. Desemprego 9

9 Promoção de segurança e Proteção. Reforço à aprendizagem escolar Síntese interpretativa dos Fatores de Proteção Fator Individual Observou-se que os fatores de proteção para os adolescentes da pesquisa que freqüentam a ONG, à nível individual foram, a consciência do aprendizado, que a maioria deles possui: Aqui eu aprendi coisas que eu posso levar para o futuro (...) posso me aprofundar no teatro. eu aprendi a como ser uma pessoa melhor (Débora,14)...é importante saber essas coisas...tudo teve algum sentido, todas as coisas que eu fiz deu...trouxe alguma coisa boa. (Júlia,13). Percebeuse uma valorização por parte das adolescentes em relação às oportunidades que têm. A promoção das próprias capacidades assim como o desenvolvimento de novas forças, é a chave para a promoção da resiliência. Para isso, a introspecção individual e a interação com os pares e adultos são fundamentais (Ojeda & Munist, 2006) Outro fator encontrado foi a capacidade de fazer amizades. Todos eles desenvolveram amizades dentro da instituição e as consideram importantes para suas vidas.... fiz várias amizades (...) são como irmãos, são os melhores amigos que eu já fiz... (Débora, 14)... tenho um monte de amigos aqui, me dou bem com todos (...) os amigos e professores, pra mim é o mais importante. (Júlia, 13). Conforme Assis, Pesce e Avanci, (2006) quando os adolescentes constroem laços de amizades, essas acabam contribuindo para sua competência social, adquirem habilidades, propiciando a socialização e o desenvolvimento cognitivo emocional. Observou-se também que a nível individual existe uma necessidade de retribuição nesses adolescentes, pois relataram ter vontade de fazer um trabalho voluntário demonstrando também uma valorização da ajuda recebida nesse período que estão freqüentando a instituição... como a Horta me ajudou muito, eu gostaria de poder ajudar também (...) ia me sentir bem, ia ajudar né. (Jean, 15). O reconhecimento do trabalho que a instituição promove para a comunidade está presente na fala dos adolescentes: A horta dá um apoio total (...) as pessoas com necessidades eles ajudam, alunos aqui que não tem tantas condições, doando roupas (...) super bacana, isso. (Débora, 14). Talvez esses valores que venham de casa, pois o apoio dos pais, recebido pela criança enquanto está se socializando, faz com que aprenda padrões de comportamento de ajuda. Então a criança se baseia nesse modelo para buscar ou para proporcionar essa ajuda. (Pierce e cols. 1996). 10

10 Percebeu-se, que estão presentes nesses adolescentes algumas habilidades, como no esporte e no desenho, as quais eles já possuíam e pôde ser mais desenvolvida e aperfeiçoada no local. Ajudou bastante, por que antes eu desenhava mais ou menos, e agora eu já to desenhando bem melhor, fazendo o desenho mais perfeitinho... sabe... graças à Horta. (Jean, 15). Eu jogava basquete... eu sabia bastante sobre basquete e o professor que tava, não sabia direito algumas coisas... e eu queria ser voluntária... (Débora, 14). Notou-se na fala deles que existe uma perspectiva em relação ao futuro, pois têm uma consciência da importância dessas aprendizagens pra vida. Acho que vai ser bom pro meu futuro. Se eu quiser trabalhar, tipo assim, de desenho, eu gosto bastante, então pode me ajudar. (Jean, 15). Um valor importante que está presente nos adolescentes entrevistados é o respeito, o qual apareceu em várias falas: A gente respeita muito os professores da Horta, é muito legal (...) aprendi a respeitar os outros também. (Jean, 15). Ambientes facilitadores de resiliência apresentam as seguintes características: estruturas coerentes e flexíveis, respeito; tolerância às mudanças; limites de comportamento definidos e realistas; comunicação aberta; tolerância aos conflitos, busca de reconciliação; sentido de comunidade; empatia (Pinheiro, 2004). Seguindo esse raciocínio, pôde-se ver que a instituição promove uma série desses aspectos para seus alunos, contribuindo para que os adolescentes desenvolvam-se. Fator Familiar Os fatores de proteção a nível familiar, é o apoio familiar encontrado na maioria dos relatos. Minha mãe não queria que eu ficasse sozinha em casa, e queria que eu usasse o tempo para alguma coisa que prestasse. (Débora, 14) Observa-se nesse relato um cuidado e também uma proteção dos pais em relação aos filhos. Notou-se também, que todos têm uma boa relação familiar, com bons vínculos afetivos. Com minha mãe sempre me dei bem, e com meu pai também. (Jean, 15). Ah todos me tratam muito bem (...) minha irmã é muito legal comigo (...) minha mãe me dá bastante conselho (Júlia, 13). A boa relação em casa é essencial na vida de qualquer individuo e assim, quando pais e filhos interagem positivamente, fazem com que habilidades e estratégias de enfrentamento se desenvolvam, contribuindo para sua adaptação em situações adversas. (Pierce e cols., 1996) Existe também o cuidado e o auxílio da família extensa, que está presente em um dos casos. Ah! A minha família se reúne pra contar histórias, fazer um churrasco.... por que o máximo que fosse, tinha meu avô que ajudava, e a minha avó também (Débora, 14). Segundo Assis, Pesce e Avanci (2006), a família saudável é aquela formada por pais e filhos morando juntos e que continuem assim sucessivamente, ainda é um mito nos dias de hoje, mas quando são necessárias 11

11 ações de proteção surge uma responsabilidade promovedora, apesar dos novos arranjos familiares, de bem estar entre os seus membros. Fator Social Por fim, em relação aos fatores de proteção à nível social observou-se algumas ações como a possibilidade do desenvolvimento de amizades, pois o convívio diário com colegas da mesma faixa etária facilita as afinidades.... fiz muitos amigos aqui dentro, muito legais (Jean, 15).A instituição promoveu também nos adolescentes habilidades e valores sociais. Eles ensinam que a gente não pode ser mal educado (...) que a gente tem que respeitar as pessoas. (Júlia, 13)...eu aprendi a respeitar os outros também, a Horta me ensinou isso. (Jean,15). Fica clara a percepção desses adolescentes da importância desses valores. Esses adolescentes ao freqüentarem a instituição têm essa possibilidade, pois assim têm a oportunidade de conviverem com diferentes pessoas e aprender muitas coisas e não somente o que o professor ensina. Freqüentar a instituição possibilitou também aos adolescentes adquirirem várias aprendizagens que são compartilhadas no grupo. Há diversas oficinas que são oferecidas e que os adolescentes aprendem muitas coisas novas.... atividade que eu aprendi foi o fanzine, que eu não sabia, não conhecia, e eu gosto, achei bem legal. (Júlia,13) Tinha informática também, daí...agora veio a dança...antes não tinha...o fanzine também, é novo... (Jean,15) Um fator de proteção interessante que a instituição proporcionou são os vínculos significativos com os professores, que os adolescentes trouxeram como muito importante pra eles. A Sora Carine (nome trocado), ela é muito legal, ela ajuda a gente, ta sempre aconselhando a fazer a coisa certa. (Júlia. 13)... se eu tenho alguma coisa pra falar, ele ta sempre escutando o que eu falo (...) ele ta sempre ali pra me ajudar. (Débora, 14). Estudos demonstram que desempenho não é estimulado somente pela competência dos professores, mas, quando a escola é capaz de ensinar valores, criando um ambiente de respeito e confiança, o desenvolvimento dos alunos cresce (Assis, Pesce e Avanci, 2006). Na instituição isso fica claro, pelos relatos dos adolescentes que falam com muito carinho de seus professores. A proteção e a segurança foi um fator importante encontrado e são oferecidos pela instituição, pois como eles mesmos relatam se não freqüentassem o local, poderiam estar na rua, ou seja, estariam correndo riscos.... mas a gente poderia estar na rua, em outro lugar... ainda bem que a gente ta na Horta, aproveitando e aprendendo com as atividades da Horta, né... (Jean, 15). Segundo Assis, Pesce e Avanci (2006) quando uma comunidade consegue oferecer às crianças e aos adolescentes, creches e escolas suficientes, de boa qualidade, os pais desses, podem despreocupar-se durante parte de seu dia. No caso da instituição, os pais ficam tranqüilos, pelo fato de seus filhos estarem seguros e protegidos, pois vão à escola num turno do dia e no outro 12

12 freqüentam a ONG. O apoio social contribui para a resiliência familiar, pois suas práticas educativas impactam para o bem estar emocional dos pais e consequentemente para a resiliência familiar. (Belsky, 1984; Simons & Johnson, 1996; Simons e cols., 1993). Por isso as redes de apoio social em comunidades têm sua importância mencionada por vários autores. Outro fator de proteção encontrado nas falas foi o reforço escolar, pois as crianças podem levar o que aprenderam na escola, que os professores ajudam nas tarefas escolares.... Às vezes tinha um tema que a gente não conseguia fazer, a gente traz aqui e eles ensinam o tema, explicam, sabe?... me ajudou na escola, sabe quando tinha um tema a sora ensinava, a gente trazia e ela ensinava (Júlia,13) A rede de apoio social, segundo Rutter (1987) pode funcionar como um mecanismo de proteção ao disponibilizar espaço para convivências saudáveis, aprendizagens, reforço de habilidades e de capacidades sociais e emocionais importantes para o desenvolvimento. Síntese Interpretativa dos Fatores de Risco Fator Individual Já os fatores de risco que apareceram nas entrevistas, primeiramente a nível individual foram: a adoção, no caso de uma das entrevistadas, que foi adotada desde bebê.... sim eu conheço... (a família biológica), meu pai verdadeiro eu não conheço, quer dizer, até conheço ele, ele já falou comigo, mas não me procura. (Júlia, 13). A repetência escolar também aparece como um indicador de risco, pois a maioria deles já repetiu alguma série na escola, o que pode ser reflexo de alguma situação vivenciada em casa ou na escola. Estes fatores de risco internos ao adolescente (adoção e repetência escolar) dificultam o enfrentamento das situações de adversidade (dificuldades financeiras, desemprego) aumentando as possibilidades de respostas de vulnerabilidade pelo sujeito. Fator Familiar Ao nível familiar, os fatores de risco encontrados foram o distanciamento do pai, no caso da menina adotada e de outra adolescente e as dificuldades financeiras que ao ingressar na instituição eram maiores Acho que era um pouco pior que agora, meu pai não tava trabalhando (Jean,15) Um fator de risco que normalmente não vem desacompanhado é a miséria econômica, ela contribui, aumentando os conflitos entre pais, influenciando a relação deles com a criança. Ocasionando assim o que alguns autores chamam de miséria afetiva (Cecconello & Koller, 2000). Outro fator de risco é a falta de um cuidador na ausência dos pais, que poderia prejudicar o adolescente, ficando mais exposto a situações adversas. Minha mãe começou a me incentivar, trabalhava aqui e me trazia (...) e não tinha como eu ficar em casa, sozinha, por que todo mundo trabalhava, não tinha quem me cuidasse, então eu vinha junto. (Júlia, 13). Mas no caso dessa adolescente, sua mãe conseguiu uma maneira de amenizar a situação. 13

13 Fator Social Já à nível social o risco que apareceu foi o desemprego do pai de um dos adolescentes.... meu pai não tava trabalhando, ele saia muito de casa pra arrumar emprego, então trabalhava às vezes só. (Jean, 15). Esse fator pode contribuir para agravar ainda mais a situação financeira dessa família. Quadro 2-Fatores de Proteção e de Risco na interpretação das narrativas dos adolescentes da pesquisa que deixaram a ONG. Fatores de Proteção Fatores de Risco Fatores Individuais Capacidade de fazer amizades Consciência do aprendizado Projeção de futuro Reconhecimento do papel da ONG Necessidade de retribuição Fatores Familiares Relacionamento positivo entre os membros da família. Morte na família Dificuldades financeiras Família numerosa Fatores Sociais -Suporte e apoio da Ong: Alimentação, lazer, Desenvolvimento de Amizades, habilidades Aprendizagens compartilhadas no grupo. Vínculos significativos com professores e colegas Promoção de segurança e Proteção. Preparação para o trabalho Brigas Desemprego Drogas Síntese Interpretativa dos Fatores de Proteção Os fatores de proteção encontrados tanto a nível individual, como familiar e social entre os adolescentes que freqüentam e os que já saíram da instituição são semelhantes. Sendo que se 14

14 destacou, a nível familiar, o suporte da amizade entre os membros da família. Mesmo perdendo três irmãos e o pai, o relacionamento dessa família se manteve saudável. O relacionamento foi sempre bom, e já são todos casados. (Antônio, 21). Os fatores de proteção a nível social também foram semelhantes, mas se destacou o suporte e o apoio da ONG, na alimentação, por exemplo, que foi de fundamental importância na vida dessa família... eles ajudavam, eles auxiliavam muito nós, assim, inclusive com cesta básica, que a gente ganhava, levava verdura daqui pra casa, esse tipo de coisa... (Antonio, 21). Os jovens relataram também que existe uma preparação para o trabalho na instituição, pois foram auxiliados....no caso pra mim arrumar emprego ajudou, eu sempre ponho ali no currículo, como cursos, acho que ajuda alguma coisa, então eu sempre ponho (Rodrigo, 22). Esses jovens enfatizaram mais sobre a diversão e lazer dentro da instituição... a gente amarrava cordas nas árvores, brincava de balanço com corda, correndo por tudo, era só árvore aqui (...) era muito bom, acho que é a época que mais faz falta. (Antonio, 21). Situação que esse jovem cita com muito entusiasmo, é o clima de solidariedade na escola, marcado pela relação entre professor e aluno, pois é fundamental para o surgimento de relações de amizade entre todos os participantes do sistema escolar, inclusive os pais dos alunos. Uma ética de solidariedade precisa estar presente como uma maneira de ser e de se relacionar consigo próprio, com a família e na sociedade, tendo em sua base valores como o respeito, compreensão e interesse, o que favorece ainda mais o surgimento de outros fatores de proteção. (Melilo, 2005) Síntese Interpretativa dos Fatores de Risco Já em relação aos riscos a nível individual não apareceram nas entrevistas. Ao nível familiar, alguns fatores são semelhantes aos citados pelos adolescentes, como as dificuldades financeiras. Outros fatores encontrados foram mortes na família de um dos jovens, que perdeu o pai cedo Naquela época, a gente tinha mais dificuldades que agora (...) o tempo foi passando e as pessoas falecendo, né, meu pai faleceu cedo. (Antonio, 21). Na maioria das famílias, segundo Haggerty e cols (2000) o acúmulo de riscos está presente, mas nas famílias mais pobres o efeito é maior, pois os indivíduos são mais expostos a adversidades como discórdia e separação, cuidados inadequados com a saúde, pobreza dos pais e desemprego crônico. No caso, desse mesmo jovem, que pertencia a uma família numerosa, ele cita a dificuldade de sua mãe, com muitos filhos. Por ser de uma família muito grande, a minha mãe, e por meu pai ter falecido cedo, então a educação, ela não tinha como dar á todos ao mesmo tempo, e aqui, nossa, eu aprendi muita coisa... (Antonio, 21) Já a nível social um risco que atualmente está em sua vida é o seu desemprego, pois saiu há pouco tempo de seu antigo trabalho. Faz uma semana que eu estou desempregado, eu trabalhava 15

15 numa fábrica, na produção (...) e como to concluindo meu curso técnico de administração eu preciso estagiar e a empresa não quis abrir espaço pra mim. (Antonio, 21). Outro risco observado foi uma briga ocorrida dentro da instituição. Eu saí por brigar com outro funcionário, discuti com ouro funcionário, fato que pode ter prejudicado o jovem, mas atualmente ele retornou como voluntário novamente, mostrando que superou o ocorrido. Uma pessoa que acredita em suas potencialidades e demonstra sentimentos positivos em relação a si mesmo é uma pessoa competente. Além disso, mesmo quando fracassa consegue ter metas e delas obtém bons resultados (Cecconello, 1999). As drogas que poderiam estar presentes na sua vida seriam um indicador de risco também, pois o jovem tem amigos que fazem uso. Se hoje eu não uso drogas (...) por que eu tenho amigos que estão nesse mundo, sou muito grato às pessoas que me auxiliaram (Antonio, 21). Autores dizem que os estressores ou os riscos raramente são eventos isolados, pois podem fazer parte dum ambiente complexo e quando interligados formam um mecanismo que age de maneira que influencie o indivíduo (Sapienza & Pedromônico, 2005). Portanto, os principais fatores de proteção identificados a nível individual foram a consciência do aprendizado, pois ter a noção da importância dessas aprendizagens para seu futuro os torna capazes de ir em busca do próprio crescimento profissional e pessoal. Já a habilidade de fazer e cultivar amizades faz com que se sintam pertencentes a um grupo, além das interações positivas com essas pessoas, se sentem parceiros em momentos de prazer, diversão, apoiados e amparados em momentos de necessidade. Ao nível familiar, o bom relacionamento que todos têm com suas famílias, caracteriza o apoio e a coesão e tem um peso muito importante como fator de proteção. O fato de estar vivendo num ambiente familiar agradável, com um relacionamento tranqüilo entre seus membros, faz com que os adolescentes se sintam amparados tanto afetivamente quanto emocionalmente e assim, mais capacitados para enfrentar as experiências difíceis da vida. Especificamente, em relação ao fator de proteção do suporte social, os vínculos significativos com professores foram de grande importância para os entrevistados. O apoio recebido em forma de aconselhamentos e ajuda em situações de adversidade, em que o adolescente e sua família necessitavam de auxílio financeiro facilitaram o enfrentamento e a superação das dificuldades. Também se constatou que a percepção do carinho recebido por pessoas consideradas significativas para o adolescente, promoveu sua auto-estima. Proteção e segurança também foram fundamentais para os participantes, pois ao ocuparem seu tempo com atividades construtivas fez com que estivessem menos propensos a riscos, tais como o acesso às drogas e a marginalidade. Assim, os pais ficam mais tranqüilos, pois seus filhos estão em um ambiente de segurança, o que favorece a manutenção do bom ambiente familiar. 16

16 A preparação para o trabalho é outro fator importante de proteção para os adolescentes, pois os cursos oferecidos pela instituição possibilitaram que eles obtivessem experiência, sentindo-se mais preparados e capacitados para irem em busca de um emprego. Então, a possibilidade de freqüentar a Horta Comunitária Joanna de Angelis favoreceu a aquisição de habilidades e conhecimentos, que capacitaram o adolescente para um maior enfrentamento das situações adversas da vida. Em relação aos riscos internos, se observou que estes não tiveram grande influência na vida desses adolescentes, pois os riscos encontrados foram a adoção e a repetência escolar, que não trouxeram grandes prejuízos à vida dos mesmos. Já a nível familiar, o principal risco que poderia influenciar foi a dificuldade financeira presente na maioria das famílias desses adolescentes. Mas foi esse fator de risco, somado a necessidade de manterem seus filhos protegidos, que os fez procurar a instituição. Através dela, estes adolescentes escaparam do risco de viver nas ruas. Em conseqüência, ganharam proteção e os benefícios decorrentes. Portanto, o fator de risco, a pobreza, não potencializou as dificuldades dessas famílias. Todas mantiveram a coesão familiar, propiciando o auxílio que seus filhos necessitassem, demonstrando atitude positivas frente às adversidades. Ao nível social, os principais riscos a que estavam expostos eram o desemprego e a violência social das drogas e da marginalidade. Portanto, estes riscos externos ao indivíduo e à família, ameaçam a manutenção da saúde emocional e psicológica, podendo gerar respostas de vulnerabilidade. Considerações finais Nesta pesquisa, se observou que a influência dos fatores de proteção na vida dos adolescentes foi promovedor de respostas positivas para o enfrentamento de situações de adversidade. Em especial, o suporte social que a referida ONG proporcionou aos seus adolescentes, se confirmou na caminhada dos jovens que a freqüentaram e que hoje fazem escolhas positivas em busca de realizações pessoais e profissionais. Concluindo, não se pode ignorar que apesar da presença dos fatores de proteção presentes no suporte social realizado por algumas instituições, os riscos aos quais as famílias de classes menos favorecidas estão expostas, possuem uma dimensão muito maior e de difícil enfrentamento. Para minimizá-los é preciso que a sociedade e os governos, desenvolvam políticas sociais e educacionais muito claras e objetivas, que possam atacar os problemas decorrentes da extrema pobreza, multiplicando o número de escolas e instituições de amparo, para que mais adolescentes tenham oportunidades de serem protegidos e preparados para a vida. 17

17 Referências Assis, G. S., Pesce, P. R., & Avanci, Q. J. (2006). Resiliência: enfatizando a proteção dos adolescentes. Porto Alegre: Artmed. Belsky, J. (1980). Child maltreatment / An ecological integration. American Psychologist, 35(4): Bronfenbrenner, U. (2002). A ecologia do desenvolvimento humano: experimentos naturais e planejados. Porto Alegre: Artmed. (original publicado em 1979). Bruner, J. S. (1991). The narrative construction of reality. Critical Inquiry, 17, Cecconello, A. M. (2003). Resiliência e vulnerabilidade em famílias em situação de risco. Tese de Doutorado não publicada, Curso de Pós-graduação em Psicologia do Desenvolvimento, Universiade Federal do Rio Grande do Sul, Porto Alegre/RS. Disponível em Ceconello, A. M. e Koller, S. H.(2000) Competência social e empatia: um estudo sobre resiliência com crianças em situação de pobreza. Estudos de psicologia. vol. 5, no Conger, R. D., Ge, X., Elder, G. H., Lorenz, F.O., & Simons, R. L. (1994).Economic stress, coercive family process, and developmental problems of adolescents. Child Development, 65, Daniel B. (2006). Operationalizing the concept of resilience in child neglect: case study research. Child Care Health Development, 32, De Antoni, C. (2005). Coesão e hierarquia em famílias com história de abuso físico. Tese de doutorado não-publicada. Programa de Pós-Graduação em Psicologia do Desenvolvimento. Universidade Federal do Rio Grande do Sul, Porto Alegre, RS. Disponível em Fergus, S., & Zimmerman, M. A. (2005). Adolescent Resilience: A Framework for Understanding Healthy Development in the Face of Risk. Annual Review Public Health, 26, Flick, U. (2004). Uma introdução à pesquisa qualitativa. Porto Alegre: Bookman. Haggerty, R. J., Sherrod, L. R., Garmezy, N. & Rutter, M. (2000) Stress, risk and resilience in children and adolescents: process, mechanisms and interventions. New York : Cambridge University Press. 18

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