AGRICULTORES FAMILIARES

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1 Projeto Quintais Amazônicos BOLETIM INFORMATIVO DO PROJETO QUINTAIS AMAZÔNICOS - AGOSTO - Nº.02 AGRICULTORES FAMILIARES QUE JÁ SE CADASTRARAM NO PROJETO COMEÇARAM A RECEBER BENEFÍCIOS PARA SUA PROPRIEDADE PROJETO É LANÇADO EM TRÊS MUNICÍPIOS DE RONDÔNIA COM PARTICIPAÇÃO DA COMUNIDADE. CURSO DE VIVEIRISMO GERA EMPREGO E RENDA PARA BENEFICIÁRIOS DO PROJETO VEJA COMO CONTROLAR O ATAQUE DE PRAGAS EM SUA HORTA UTILIZANDO AGROECOLOGIA

2 EDITORIAL Olá caro leitor, O Centro de Estudos Rioterra é uma instituição com 15 anos de atuação na Amazônia. Em nossa história aprendemos que a conservação da Amazônia carece de uma sociedade crítica, capaz de propor um modelo de desenvolvimento para a região compatível com suas vocações. Isto significa valorizar os conhecimentos das populações amazônicas, estabelecer um diálogo intersetorial que envolva todos os atores que aqui trabalham em discussões sobre contexto social, econômico e ambiental da região. Precisamos promover o empoderamento dos públicos excluídos para o fortalecimento da participação social, primando pelo protagonismo e autonomia política dos atores regionais na busca por cidadania e garantia de direitos. É necessária mais ação e menos discurso, pois as necessidades são muitas. O projeto Quintais Amazônicos, realizado pelo CES Rioterra com apoio financeiro do BNDES através do Fundo Amazônia é uma ação orientada neste sentido, pois possibilita acesso à formação, assistência técnica e extensão rural, regularização ambiental de propriedades rurais e Cadastro Ambiental Rural aos agricultores familiares em uma perspectiva de troca de conhecimentos entre os envolvidos e respeito mútuo. Sabemos que há muito por fazer frente ao que proporcionamos. Entretanto, os resultados deste projeto têm elevado potencial de replicação e poderão num futuro próximo, melhorar a vida de muitos produtores que trabalham e produzem na Amazônia. Direção CES Rioterra Boletim Informativo do Projeto Quintais Amazônicos Ano 01 Edição 02 Setembro 2014 Material produzido pelo setor de Comunicação do CES Rioterra Tiragem: exemplares Distribuição Gratuita Fotos: Centro de Estudos Rioterra Contato: Rua Padre Chiquinho, 1651 B. São João Bosco CEP: Porto Velho - Rondônia - Brasil Informações: Viveiro Municipal de Itapuã do Oeste: (69) CES Rioterra em Porto Velho: (69) Cujubim: (69) Machadinho D Oeste: (69) EXPEDIENTE rioterra@rioterra.org.br facebook.com/cesrioterra youtube.com/cesrioterra twitter.com@ces_rioterra

3 Este projeto recebe recursos do

4 AGRICULTORES ADEREM AO PROJETO QUINTAIS AMAZÔNICOS EM QUATRO ANOS, PROJETO BENEFICIARÁ MAIS DE SEIS MIL PESSOAS LIGADAS A AGRICULTURA FAMILIAR EM RONDÔNIA O CES RIOTERRA FAZ SEMINÁRIO DE APRESENTAÇÃO DO PROJETO NAS CIDADES DE ITAPUÃ DO OESTE, CUJUBIM E MACHADINHO D OESTE O projeto Quintais Amazônicos aos poucos começa a ser conhecido pelos pequenos produtores rurais de Rondônia. O número de adesões cresce a cada dia. Moradores de Machadinho d Oeste, Cujubim e Itapuã do Oeste começaram a receber os benefícios como assistência técnica e extensão rural, cadastro ambiental rural gratuito e participação de formações voltadas para geração de renda e emprego. Já realizamos seminários nos três municípios e desenvolvemos uma série de materiais de comunicação como folders, informativos e vinhetas de rádio para que a população pudesse se informar e saber como participar. Estamos agora trabalhando na aplicação de um questionário socioeconômico junto as famílias que desejam participar do projeto. Assim, poderemos conhecer melhor as pessoas e poderemos propor ações mais alinhadas com a realidade de cada família, disse Fabiana B. Gomes, presidente do CES Rioterra.

5 O cadastro das famílias permite que elas participem do projeto. Após esta etapa, estão aptos a receber todos os benefícios previstos. Essa também é uma importante fase para acesso a recuperação de áreas, pois a partir do questionário são levantadas informações básicas sobre o produtor e sua propriedade, como: tamanho da área, área que deseja recuperar, existência ou não de CAR, tempo de residência na área e principal fonte de renda, dentre outras questões. Sabíamos que haveria uma grande busca pelos benefícios, pois esta é uma região onde a agricultura familiar é muito forte. Temos um limite de atendimento, por isso precisamos nos preocupar sobre quem os recebe para que os recursos sejam bem empregados, comentou Alexis Bastos, coordenador de programas do CES Rioterra.

6 CURSO DE VIVEIRISMO GERA EMPREGO NO INTERIOR DE RONDÔNIA MAIS DE 600 PESSOAS SERÃO BENEFICIADAS ATRAVÉS DE CURSOS E ATIVIDADES EDUCATIVAS PARA PROMOVER O EMPODERAMENTO DAS COMUNIDADES E GERAÇÃO DE EMPREGO E RENDA AOS AGRICULTORES CADASTRADOS NO PROJETO AGRICULTORES QUE PARCIPARAM DO CURSO DE VIVEIRISMO, CRIARAM ÓTIMA OPORTUNIDADE PARA AMPLIAR SUA FONTE DE RENDA FAMILIAR O curso de viveirismo realizado pelo CES Rioterra no segundo trimestre desse ano já começa a mostrar resultados. A ação realizada no Viveiro Municipal de Itapuã do Oeste para moradores do município e dos vizinhos Cujubim e Machadinho propiciaram geração e emprego e renda para alguns dos participantes do curso. Eu escutei o anúncio na rádio e me inscrevi para o curso. Fui selecionado, fiz o curso e aprendi bastante. Fui contratado e estou trabalhando há 2 meses. Esse novo trabalho além de ajudar na minha renda familiar também está me dando oportunidade para aprender mais sobre o plantio e produção de mudas. Recomendo a todos que tiverem a chance, que façam o curso, disse Romário de Souza, viveirista. Este foi o primeiro curso sobre o tema promovido pela instituição através do projeto Quintais Amazônicos, com apoio financeiro do BNDES através do Fundo Amazônia. Dando continuidade às ações de formação, está prevista para o final de setembro o curso Produção de Mudas, realizado em parceria com a Comissão Executiva do Plano da Lavoura Cacaueira CEPLAC/ RO. Este curso tem amplo potencial de empregabilidade, pois serão repassadas técnicas de produção a partir de enxertia. Essa é uma prática muito valorizada no setor produtivo de fruticultura, devido as possiblidades de emprego das técnicas e melhoramento dos frutos e árvores, bem como pela raridade de profissionais ligados a área que dominam a prática. A enxertia é um método de propagação vegetativa de plantas, muito utilizada na produção de mudas de frutíferas. A técnica consiste basicamente em juntar os tecidos (partes) de uma planta aos tecidos de outra planta, que geralmente é da mesma espécie, passando a formar uma planta com as duas partes. Possui amplo uso comercial na produção de frutas, pois assegura as características da planta que se quer multiplicar, propicia floração e frutificação em períodos mais curtos, permite a utilização de plantas resistentes a certas enfermidades e pragas, permite modificar o porte das plantas, pode ser usada para restaurar indivíduos substituindo a copa e também, possibilita a geração de frutos melhores, disse Adriano Ramos, engenheiro Florestal do CES Rioterra. Uma programação intensa de cursos está prevista para o segundo semestre deste ano. Todos os cursos que promoveremos através do projeto Quintais Amazônicos, são voltados para a geração de renda. Eles são divulgados através dos boletins informativos, rádio e cartazes do projeto nos municípios. Há uma disputa grande pelas vagas, já que são gratuitos e os custos para participação são pagos pelo projeto. Muitos agricultores querem fazer os cursos. É importante que as pessoas interessadas se mantenham informadas para que possam fazer suas inscrições logo que as vagas são abertas, complementa Janaina Alves, educadora do CES Rioterra. MAIS ALGUNS CURSOS PREVISTOS NO PROJETO Compostagem para agricultura familiar de base agroecológica; Produção de mudas; Viveirismo; Zoneamento de propriedades rurais; Manejo e conservação de solos; Agroecologia e permacultura; Técnicas de coleta de sementes florestais; Técnicas de germinação de sementes florestais.

7 COMEÇOU O TRABALHO DE RECUPERAÇÃO DE ÁREAS SEM CUSTOS, O PRODUTOR RURAL TERÁ ACESSO A AASSISTÊNCIA TÉCNICA, DOAÇÃO DE MUDAS, RECUPERAÇÃO DE ÁREAS E CAPACITAÇÕES Técnicos do CES Rioterra e do Instituto Nacional de Pesquisas da Amazônia - INPA começaram os trabalhos de seleção de áreas a serem recuperadas através do projeto Quintais Amazônicos, com apoio financeiro do BNDES através do Fundo Amazônia. As propriedades inseridas no CAR começaram a ser visitadas com o objetivo de averiguar as reais necessidade de cada local no tocante a cercamento, solos e manejo das áreas. O trabalho agora está voltado para o diagnóstico inicial das áreas. Os profissionais visitam cada propriedade para saberem se é necessário ou não utilizar cerca. Caso sim, qual a metragem. Verificar o tipo de solo e suas condições e checar as formas de manejo de cada propriedade. De posse destas informações, uma comissão formada por membros do CES Rioterra e convidados deliberam sobre quais propriedades receberão este ano os serviços, já que não podemos atender a todos de uma única vez. Esse é um passo fundamental para estimarmos os 500 HECTARES custos de cada unidade recuperada antes de definirmos de fato onde serão implantadas falou Adriano Ramos, engenheiro agrônomo do CES Rioterra. A previsão do CES Rioterra é recuperar mais de 100 hectares este ano nos municípios de Itapuã do Oeste e Cujubim. Para 2015 as ações serão intensificadas em Machadinho d Oeste. SERÃO RECUPERADOS GRATUITAMENTE

8 Dicas ao Agricultor Este é um espaço reservado para o agricultor tirar suas dúvidas, ele serve também para esclarecer e informar sobre assuntos relacionados ao PULGÕES Em Itapuã do Oeste e Machadindo d Oeste, produtores enfrentam problemas com a infestação de pulgões em suas hortas. Os pulgões são insetos pequenos, medem de 1,5 a 3,0 mm. Possuem corpo mole em formato de pera, com antenas longas. Seu aparelho bucal é do tipo picador-sugador. Vivem em colônias formadas por adultos (fêmeas) e ninfas (filhotes). Eles se de disseminam pelo vento, sobrevoando centenas de quilômetros. Apresentam ciclo de vida considerado curto, aproximadamente uma semana. Cada fêmea pode gerar até 10 ninfas/fêmea/dia. Desenvolvem-se e multiplicam-se melhor na época das chuvas. dia a dia das atividades rurais. Nosso primeiro assunto é sobre dois insetos que podem causar prejuízos ao agricultor: os pulgões e as cochonilhas. COCHONILHAS Outro problema muito recorrente em palmeiras e cítricos e outros cultivares (café, graviola, couve) é o ataque de um inseto chamado cochonilha, que a moradora da zona peri-urbana, Francisca Leonice, enfrenta em seu pomar. As cochonilhas são insetos pequenos, com tamanho médio de 4,5 mm. Vivem cerca de 80 dias e põe de 80 a 100 ovos durante sua vida. Apresentam o aparelho picador-sugador e costumam aparecer em jardins e em lavouras. Existem diferentes espécies, formatos, tamanhos e colorações (laranja, verde, vermelho, marrom, etc.). Os machos possuem asas e não causam prejuízos as plantas, ao contrário das fêmeas que não tem asas e causam prejuízos. Uma das espécies bem comum em nossa região são as cochonilhas de coloração branca. Possuem corpo ceroso, aparentando ter pelos. Elas se disseminam principalmente pelo vento, mas também aderem à máquinas e pessoas nas colheitas. Predominam na época seca do ano. Você os conhece? Sabe como identificá-los? Leia a matéria a seguir e aprenda como combatê-los. É simples e barato. COMO IDENTIFICÁ-LOS: Tanto o pulgão quanto a cochonilha, se aglomeram na parte de baixo da folha, as cochonilhas se também ficam presas aos caules e frutos. Estes sugam as plantas e injetam toxinas que podem transmitir outras doenças. Além disso, ao eliminar substância açucarada pelas fezes, facilitam a infestação de fungos (fumagina). As plantas ficam com as folhas encarquilhadas, semelhante a um papel amassado, ficam pálidas, ainda pode ocorrer quedas dos frutos e ressecamento dos galhos. COMO COMBATER: Uma forma de controle alternativa é CALDA DE ALHO, PIMENTA E SABÃO. Ingredientes: uma cabeça de alho, duas pimentas vermelhas ( dedo-de-moça ), um quarto de barra de sabão de coco. Preparo: picar e amassar uma cabeça de alho e em seguida duas pimentas vermelhas. Após picar o alho e amassar as pimentas, esquente dois litros de água e dissolva um quarto do sabão de côco. Misture o alho e a pimenta na solução de sabão. Por último coe em um pano limpo. Pronto, você já pode aplicar sobre os insetos (na parte de baixo das folhas), usando um pulverizador manual. Você pode repetir a aplicação após 3 dias. Este projeto recebe recursos do