SUBSÍDIOS PARA UMA PROPOSTA DE NORMAS DE EDIÇÃO DE TEXTOS ANTIGOS PARA ESTUDOS LINGUÍSTICOS

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1 I Seminário de Filologia e Língua Portuguesa, 1999 SUBSÍDIOS PARA UMA PROPOSTA DE NORMAS DE EDIÇÃO DE TEXTOS ANTIGOS PARA ESTUDOS LINGUÍSTICOS César Nardelli CAMBRAIA* RESUMO: Neste trabalho, discute-se a questão da edição de textos antigos que possa ser utilizada para a realização de estudos linguísticos. Na primeira parte, defende-se a necessidade de realização de edições próprias para linguistas e justifica-se a opção por um tipo específico de edição - a edição semidiplomática - como o mais adequado para esta finalidade. Na segunda parte, apresenta-se, com os devidos esclarecimentos, um esboço de proposta de normas de edição de textos antigos para linguistas. Ilustrase esta discussão com exemplos da edição semidiplomática da obra medieval quatrocentista Livro de Isaac (cód. ale. CCLXX/461). PALAVRAS-CHAVE: filologia portuguesa; crítica textual; edótica; linguística histórica portuguesa. 1. EDITAR É PRECISO É inegável que a validade de um estudo diacrónico do português esteja diretamente relacionado à fidedignidade da fonte utilizada para a coleta de dados. Assim sendo, qualquer diacronista terá necessariamente que lidar com o complexo problema da escolha das fontes. Trata-se de um problema complexo porque, quando mais pretérita for a fase da história do português analisada, menor será o número de textos disponíveis e maior será a possibilidade de esses textos apresentarem distorções devidas ao acidentado processo de transmissão manuscrita ("quem diz cópia diz erro" (Spina, 1994, p. 114)). Além de ter que lidar com os problemas gerados pelo processo de cópia, terá o estudioso que lidar também com o problema da escolha da edição desses textos, pois nem toda edição de textos antigos é adequada para o estudo linguístico: muitos editores realizam intervenções no texto Universidade Federal de Minas Gerais.

2 CAMBRAIA, César Nardelli. Subsídios para uma proposta de normas de edição... editado com o objetivo de regularizar formas- desde grafemas até itens lexicais - para facilitar a leitura às pessoas que não estejam habituadas a lidar com esse tipo de texto, regularização esta que apaga e altera os traços linguísticos presentes no texto original. À primeira vista, poder-se-ia pensar que a melhor solução para os estudiosos da história da língua portuguesa seria a consulta direta ao manuscrito, o que eliminaria as intervenções dos editores e resguardaria a fidelidade em relação ao original. Aparentemente, esta seria a melhor solução, mas, na verdade, não o é. Em primeiro lugar, muito raramente um linguista tem acesso direto a um manuscrito, seja porque as instituições que o possuem não lhe permitem o acesso ao texto (o que é perfeitamente compreensível, já que indubitavelmente o manuseio frequente de um códice sempre leva a um desgaste do mesmo), seja porque os textos com que deseja trabalhar se encontram em lugares diferentes e distantes geograficamente (como tornar viável uma pesquisa que pressuponha a consulta de um manuscrito na Biblioteca Nacional do Rio de Janeiro, outro na Arquivo Nacional da Torre do Tombo e outro no Museu Britânico?). Em segundo lugar, mesmo que tivesse acesso ao manuscrito ou a um facsímile seu, a sua leitura pressuporia conhecimentos de natureza codicológica que apenas um estudioso que tiver se debruçado detidamente sobre um dado texto seria capaz de fornecer. Como cada manuscrito possui características próprias, a sua compreensão exigiria que o linguista fizesse um trabalho à parte com cada manuscrito para, somente depois, passar à análise da linguagem do texto. Quanto aos fac-símiles, fotografias ou cópias xerográficas, convém salientar que nem mesmo esses recursos são capazes de reproduzir com absoluta fidelidade as características de um original. É por essas razões que se defende aqui que editar é preciso. A viabilização dos estudos diacrônicos depende, sem dúvida, da realização de edições rigorosas e fidedignas, que ofereçam o máximo possível de informações sobre o texto, reproduzindo, na medida do possível, todas as características do original e efetuando apenas aquelas intervenções que se fizerem necessárias para a inteligibilidade do texto (como, por exemplo, o desdobramento de abreviaturas). Através da realização desse tipo de edição, estar-se-ia transpondo o problema da localização do texto (pois, editado em livro, poderia ser remetido para qualquer lugar), o problema da conservação do manuscrito (uma consulta feita por um estudioso de crítica textual seria suficiente para a elaboração rigorosa de sua edição, o que permitiria a vários estudiosos das mais variadas áreas terem acesso ao texto) e o problema do 14

3 I Seminário de Filologia e Língua Portuguesa, 1999 conhecimento técnico necessário para a leitura de um manuscrito (o estudioso responsável pela edição do texto forneceria todas as informações pertinentes em sua edição, a fim de que o linguista possa consultar o texto editado com segurança, mas também possa conferir, ele mesmo, em um fac-símile - algo imprescindível em uma edição que objetive permitir a análise da linguagem -, todas as dúvidas que surgirem).1 Mas, se editar é preciso, qual é o tipo de edição mais adequado ao estudo linguístico? É o tema de que se trata a seguir. Em seu manual de crítica textual, Spina (1994, p ) diferencia 4 tipos de edição:2 (a) reprodução mecânica, que consiste na reprodução do manuscrito por procedimentos mecânicos (como fotografia, xerografia, etc.); (b) reprodução diplomática, que consiste na reprodução tipográfica do texto manuscrito, mantendo-se todas as características (os grafemas, as abreviaturas e seus sinais, a separação vocabular, etc.) do original; (c) transcrição diplomático-interpretativa (ou semidiplomática), que consiste na transcrição do original, fazendo-se um série de melhoramentos do ponto de vista da leitura, tais como adoção dos critérios atuais de separação vocabular, desdobramento das abreviaturas, pontuação do texto, entre outras; e (d) texto crítico, que consiste no estabelecimento da forma genuína de um texto a partir das cópias existentes, segundo as leis e normas da crítica textual, facilitando-se a sua leitura e tornando-o inteligível. A opção por um destes tipos fundamenta-se principalmente no público a que se destina a edição. Para um público com conhecimento de codicologia e de paleografia, certamente a reprodução mecânica seria satisfatória, na medida em que se poderia não apenas ter acesso ao texto como também às suas características formais (disposição no papel, tipo de letra, etc). Entretanto, essa mesma edição seria certamente de difícil acesso a um público que, mesmo conhecedor da língua da época, não tivesse experiência anterior com a escrita medieval (e seu complexo sistema de abreviaturas). Quando se tem em mente como principal público-alvo (mas não o único) linguistas, o tipo mais adequado parece ser a edição semidiplomática, pois esse Consultar também as justificativas de Duarte (1986, p ) para a dupla edição (paradiplomática e interpretativa) dos documentos em português da Chancelaria de D. Afonso III. Azevedo Filho (1987, p ) também defende serem estes os quatro tipos de edição. 15

4 CAMBRAIA, César Nardelli. Subsídios para uma proposta de normas de edição... tipo de edição, em uma versão um pouco mais conservadora3 do que como definida por Spina (1994), tem como vantagem respeitar ao máximo as características do original, fazendo-se, no entanto, pequenas intervenções (sempre assinaladas!) com o objetivo de viabilizar a leitura ao seu público. Embora voltada para um público em especial, isto não significa que estudiosos de outras áreas não possam também utilizá-la: este tipo de edição serve também, por exemplo, a pesquisadores de literatura ou historiadores, que, com um pequeno esforço inicial para se habituarem ao sistema de transcrição adotado, certamente não encontrarão maiores dificuldades na leitura do texto. 2. PROPOSTA DE NORMAS DE EDIÇÃO DE TEXTOS PARA LINGUISTAS E SUA JUSTIFICATIVA Esta seção está divida em duas partes: inicialmente, apresentam-se, em linhas gerais, as normas desejáveis para uma edição de textos antigos que permita a realização de um estudo minucioso da língua em que foi escrito, expondo-se também as justificativas para a adoção de cada uma das normas; em seguida, assinalam-se alguns problemas que têm aparecido na aplicação desta proposta na edição da obra Livro de Isaac (cód. ale. 461), que se encontra em andamento (cf. Cambraia (em preparação)). 2.1 AS NORMAS E SUAS JUSTIFICATIVAS NORMAS Norma geral > Manter o máximo possível de catacterísticas do original JUSTIFICATIVAS Possibilita uma análise do texto nos níveis grafemático, fonético-fonológico, morfológico, sintático, semântico e lexical. 1 Conferir, por exemplo, a edição semidiplomática d'a Vida do Cativo Monge Confesso preparada por Cambraia & Lobo (1995). 16

5 I Seminário de Filologia e Língua Portuguesa, 1999 Respeitar todas existentes no original <r> x a) Vatiantes posicionais: as particularidades grafemáticas <V>x<t*>x<A>, Desenvolver abreviaturas <n> x <*>>, <tw> x <"**)>, etc. b) Forma e posição dos diacríticos c) Transcrição dos grafemas <*> e <j> sem pingo, como no original d) Separação inter- e intravocabular Pode fornecer informações de natureza fonético-fonológica (p. ex., distribuição de alofones; variação fonológica) e morfológica (p. ex., fronteira de palavras). Pode fornecer informações de natureza fonético-fonológica (p. ex., assimilação de nasalidade). Evita a confusão gráfica que ocorre ao colocar, sobre um mesmo caractere, pingo e acento agudo (quando há plica no original). Pode fornecer informações de natureza grafemática relevante para o estudo da histótia da ortografia (p. ex., a passagem da separação inttavocabular em final de linha baseada em critério estético (independente do limite de sílaba) para critério fonéticofonológico (respeitando o limite de sílaba)) e fonético-fonológica (p. ex., no caso da separação intervocabular, fronteira de vocábulo fonológico). e) Sinais de pontuação Pode fornecer informações de natureza fonético-fonológica (p. ex., unidade de entonação), sintática (p. ex., fronteira de sintagma) e semântica (p. ex., interpretação de passagens). f) Uso de maiúsculas x minúsculas a) Indicando em itálico as letras acrescentadas b) Tomando-se como referência as formas desenvolvidas existentes no manuscrito Manter as variantes fonológicas, morfológicas e sintáticas Pode fornecer informações de natureza sintática (p. ex., fronteira de oração) e semântica (p. ex., ênfase no sentido da palavra pelo uso de maiúscula). Viabiliza a leitura, mas alertando o leitor para o fato de se tratar de interpretação do editor. Impede a projeção de traços linguísticos de outras fases Possibilita investigação dos processos de variação e mudança dos quais os textos podem ser testemunhos. 17

6 CAMBRAIA, César Nardelli. Subsídios para uma proposta de normas de edição... Assinalar as correções efetuadas pelo copista com sinais especiais4 Marcar as intervenções feitas pelo editor com sinais especiais a) No caso de acréscimo, colocando a sequência entre parênteses uncinados duplos no ponto assinalado no otiginal: < < > > (para trecho em entrelinha) e <{ }> (para trecho nas margens) b) No caso de supressão, colocando a sequência eliminada no original entre chaves duplas: {{ }} a) No caso de acréscimo por conjectura, colocando a sequência entre parênteses uncinados simples no ponto pertinente do original: < > b) No caso de supressão por conjectura, colocando a sequência entie chaves simples: { } c) No caso de supressão homotelêutica, colocando a sequência entre colchetes duplos: [[ Assinalar trechos de leitura duvidosa entre parênteses: ( ) Assinalar trechos mutilados, mas cuja leitura for reconstituível, com colchetes simples: [ ]. Assinalar trechos mutilados ou de leitura impossível entre colchetes com pontos precedidos por uma cruz (haverá tantos pontos quanto forem as letras ilegíveis): t [ ] Numerar as linhas do texto de 5 em 5 de maneira contínua Possibilita a detecção de casos de forma espontânea substituída por fotma menos espontânea (p. ex., ausência de concordância, posteriormente reparada). Possibilita investigação do processo de cópia/composição do texto através de escolhas. Alerta o leitor para possíveis acidentes típicos do processo de transmissão manuscrita, deixando bastante claro tratar-se de intervenção do editor. Alerta o leitor para o fato de que, embora tenha proposto uma leitura para um dado trecho, o editor não tem absoluta certeza dela, podendo haver outras leituras. Alerta o leitor para o fato da passagem em que se encontra o trecho poder ter várias interpretações em razão da ausência de elementos. Facilita a localização de palavras a partir do glossário exaustivo. Os sinais utilizados para assinalar inserções e supressões variam muito de edição para edição. Uma proposta unificadora que dê conta das especificidades de cada manuscrito ainda está por ser elaborada. 18

7 I Seminário de Filologia e Língua Portuguesa, PROBLEMAS NA REALIZAÇÃO DA PROPOSTA Um primeiro problema diz respeito à diferenciação entre erro do copista e variação linguística. Não é de todo simples a identificação do que seja um erro decorrente do processo de cópia e do que seja um caso de alteração na forma de uma palavra motivada por variação linguística. Confira-se o par de dados abaixo, extraído do cód. ale. CCLXX\461: A B or<aç>oes (fólio 43 recto linha 6) fenho<r> (fólio 47 recto linha 2) Por um lado, a sequência < or<aç>oes > em A parece ser um caso de erro (omitiram-se duas letras no interior dessa palavra), por se tratar de ocorrência única no manuscrito e, além disso, por a forma em questão não ser relacionável aos processos fonológicos de que se tem notícia na história do português (haveria, no entanto, a hipótese de se tratar de forma abreviada, mas seria necessário admitir que o traço reto seria, ao mesmo tempo, sinal de abreviatura da sequência < aç > e sinal de nasalidade da(s) vogal (is) da sílaba final). O mesmo, por outro lado, não pode ser dito da sequência < fenho<r> > em B, pois a queda do/r/em final de palavra é um processo atestado na língua portuguesa (conferir, por exemplo, a forma popular "sinhô") e essa sequência poderia estar revelando que esse processo já estava em curso no português quatrocentista. Um segundo problema consiste na diferenciação de maiúscula e minúscula. E fm alguns casos, faz-se essa distinção sem qualquer problema, dada a diferença existente no traçado de uma e de outra. Entretanto, casos há em que só a proporção de uma letra em relação às outras na palavra parece ser um meio para diferenciá-las. Examinem-se os dados abaixo: A B r ff 9 fólio 78 recto fólio 52 recto fólio 28 recto fólio 28 recto 11 linha linha 4 linha 26 linha 25 19

8 CAMBRAIA, César Nardelli. Subsídios para uma proposta de normas de edição... Em A, percebe-se claramente a diferença entre um < T > e um < t >, uma vez que o traçado dos dois é bem distinto; mas, em B, só mesmo o confronto do dígrafo com os outros elementos da palavra em que ocorre é capaz de permitir identificar se se trata de um < FF > ou um < ff >. Um terceiro problema está relacionado à interpretação de certos sinais de abreviatura. Há casos em que uma determinada forma aparece apenas abreviada no texto que se está editando, o que dificulta determinar como deve ser desdobrada por não haver forma que lhe sirva de referência. Exemplifica esse problema o dado a seguir: fremofa ou fermofa (fólio 66 verso linha 19) O fato de, através da análise das abreviaturas no manuscrito, ficar claro que a abreviatura presente nessa palavra pode ser desenvolvida como < re > ou < er > torna ainda mais difícil optar por uma das duas possibilidades, sobretudo sabendo que o processo de metátese do / r / era atuante na fase arcaica do português (Nunes, 1945, p. 163). Ainda enquadrando-se nesse terceiro tipo de problema, há o caso do traço reto que pode ser interpretado como abreviação de consoante nasal, mas também como apenas marca de nasalidade. Confiram-se os dados a seguir: A B pêltencia (fólio 27 recto linha 1) penitencia (fólio 26 verso linha 8) Levando-se em conta que houve, na história do português, um processo de síncope da nasal alveolar intervocálica (Williams, 1991, p. 81), não seria impossível que a sequência em A - < pêltencia > -, ao invés de consistir em uma forma com marca de abreviatura da consoante nasal intervocálica, pudesse estar representando, na verdade, uma variante de B - < penitencia > - afetada pelo processo de síncope (sem o [n], portanto). 20

9 I Seminário de Filologia e Língua Portuguesa, 1999 Um quarto problema diz respeito à determinação da posição da marca de nasalidade. Por se tratar de um processo de escrita manual, a posição da marca de nasalidade nem sempre é de fácil determinação, como, por exemplo, na palavra a seguir: Jaíuu (fólio 43 recto linha 20) Nessa palavra, é difícil estabelecer se o traço reto que marca nasalidade está (a) sobre o primeiro <u >, (b) sobre o segundo, (c) entre os dois ou (d) sobre os dois. Embora a maior parte da marca esteja sobre o segundo <u >, convém lembrar que, no processo de escrita manual, a pressa ou desleixo pode fazer com que a marca fique um pouco depois de onde se intencionava pô-la (tal como acontece hoje em dia ao se colocar um acento sobre uma vogal um pouco mais adiante do que sobre o seu centro). Mesmo sabendo que, por razões etimológicas, era de se esperar que a marca estivesse sobre o primeiro <u > (a referida palavra vem do lat vulg. JÃJUNUS (Cunha, 1996, p. 454.)), pois é nele que teria recaído a nasalização anterior à síncope do [ n ]; ainda assim não se pode desprezar a possibilidade de o copista ter coberto os dois grafemas com a marca porque a nasalidade de um teria se espraiado para o outro também, ou seja, a determinação da posição da marca é relevante para o estudo linguístico porque pode estar revelando o espraiamento do traço de nasalidade de um vogal para suas vizinhãs. Um quarto problema consiste na determinação do inventário de grafemas. Embora o sistema de representação gráfica na fase arcaica do português não fosse exatamente "fonético" (Cagliari, 1996), não se pode deixar de reconhecer a importância das variações na grafia como "pista" (e não como testemunho irrefutável) para a percepção de fenómenos de natureza fonético-fonológica na língua da época - o que torna a fidelidade na transcrição dos manuscritos um imperativo na edição de textos para linguistas. Tal fidelidade passa certamente pela determinação do inventário de grafemas utilizados, para que, na transcrição, represente-se de maneira diferenciada cada um dos grafemas utilizados pelo escriba. A dificuldade está na identificação de quantos eram esses grafemas, já que não é toda e qualquer diferença na forma que indicaria grafemas diferentes: porque a escrita era manual, a reprodução de um mesmo grafema sempre gerava diferenças. 21

10 CAMBRAIA, César Nardelli. Subsídios para uma proposta de normas de edição... O último problema que será abordado aqui (o que não quer dizer que os problemas sejam apenas estes...) diz respeito à distância entre as palavras. Como foi dito acima, é relevante manter o sistema de separação vocabular original dos manuscritos porque ele pode fornecer informações sobretudo de natureza fonéticofonológica (o sistema de separação parece basear-se no vocábulo fonológico e não, como o atual, no vocábulo formal). Porém, também pelo fato de a escrita ser manual, a distância não é sempre a mesma, o que suscita dúvidas sobre duas sequências estarem ou não juntas. Consultem-se os dados que se seguem: A B C $ que deus (fl. 89 recto linha 1) que he? (fl. 89 recto linha 16) quea (fl. 89 recto linha 5) Em A, não parece haver dúvida de que as duas palavras estejam claramente separadas por espaço; em C, também parece ser indubitável que as duas palavras estejam juntas; mas, em B, a história é outra. Embora a distância entre as duas palavras em B não indique nitidamente se devem ser consideradas como estando juntas ou separadas, pois estão numa distância menor do que a em A e maior do que em C, o fato de o traço de abreviatura da primeira estar tocando a segunda poderia sugerir que estejam juntas. Mas a questão não é tão simples: por estar a sequência em B no final de linha, poderia ter o copista diminuído a distância para que ambas coubessem na linha sem que houvesse a intenção de escrevê-las junto. 3. CONSIDERAÇÕES FINAIS Enfim, não há dúvida de que a adoção de critérios mais rigorosos do que os do passado na edição (de preferência, semidiplomática) de textos antigos seja um imperativo se se deseja permitir um estudo adequado da linguagem presente nesses textos. Entretanto, é preciso sempre ter cautela em relação às conclusões chegadas com base na análise desses textos, uma vez que seu trajeto do passado aos dias de hoje é sempre acidentado. Por melhor que seja uma edição de um texto antigo, dificilmente será definitiva, já que há uma relação dialética entre Filologia 22

11 I Seminário de Filologia e Língua Portuguesa, 1999 e Linguística Histórica: o rigor da edição permite o avanço do conhecimento sobre a história da língua e esse avanço permite a revisão dos critérios utilizados nas edições, que, refeitas, trarão novos avanços e assim sucessivamente. BIBLIOGRAFIA AZEVEDO FILHO, L. A. de (1987) Iniciação em crítica textual. Rio de Janeiro/São Paulo, Presença/Edusp. CAMBRAIA, C. N. (Em preparação) Livro de Isaac: edição e estudo do cód. ale Tese de doutorado. São Paulo, FFLCH-USE & LOBO, T. (1995) Edição diplornático-interpretaúva d'a Vida do Cativo Monge Confesso. São Paulo, FFLCH-USE (Mimeo.) CASTRO, I. (1991) Curso de história da língua portuguesa. Lisboa, Universidade Aberta. CUNHA, A. G. da (1996) Dicionário etimológico nova fronteira da língua portuguesa. 2. ed. 7. impr. Rio de Janeiro, Nova Fronteira. DUARTE, L. F. (1986) Os documentos em português da chancelaria de D. Afonso 111 (edição). Lisboa, Universidade de Lisboa. NUNES, J. J. (1945) Compêndio de gramática histórica portuguesa. 3. ed. Lisboa, Livraria Clássica Editora. SPINA, S. (1994) Introdução à eàótica: crítica textual. 2. ed. rev. e atual. São Paulo, Ars Poetica/Edusp. TEYSSIER, E (1993) História da língua portuguesa. 5. ed. Lisboa, Sá da Costa. WILLIAMS, E. B. (1991) Do latim ao português. 5. ed. Rio de Janeiro, Tempo Brasileiro. ABSTRACT: In tfiis paper, the issue ofediting old textsfor the purpose ofunguistic studies is discussed. In the first part, the necessity of preparing editkms specific for linguists is defended and the choice of a particular type of edition the semidiplomatic edition - as the most adequate for this purpose is justified. In the second part, a sketch of a proposal of rules for editing old texts for linguists is presented. This discussion is illustred with examples takenfrom the semidiplomatic edition of the fifteenth century work Livro de Isaac (cód. ale. CCLXX/461). KEYWORDS: Portuguese philology; textual criticism; Portuguese historical linguistics. 7» 23

12 ISBN PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM FILOLOGIA E LÍNGUA PORTUGUESA I SEMINÁRIO DE FILOLOGIA E LÍNGUA PORTUGUESA Ângela Cecília de Souza Rodrigues Ieda Maria Alves Norma Seltzer Goldstein (Orgs.)

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