A PERCEPÇÃO DOS ALUNOS DE UMA ESCOLA PÚBLICA DE CAMPOS DOS GOYTACAZES-RJ SOBRE CIÊNCIA E DIVULGAÇÃO CIENTÍFICA

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1 A PERCEPÇÃO DOS ALUNOS DE UMA ESCOLA PÚBLICA DE CAMPOS DOS GOYTACAZES-RJ SOBRE CIÊNCIA E DIVULGAÇÃO CIENTÍFICA Lis P. Rocha lispeixotoroch@gmail.com Rodrigo G. da Costa rgarrett@iff.edu.br Larissa C. Crespo larissacodecocrespo@gmail.com Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia Fluminense, câmpus Campos centro Rua Dr. Siqueira, Parque Dom Bosco - Campos dos Goytacazes - RJ Resumo: Buscando uma aproximação entre as idéias de Alfabetização Científica e Divulgação Científica no contexto da Educação em Ciências, o presente trabalho tem por objetivo diagnosticar a percepção que os estudantes de uma escola estadual localizada no município de Campos dos Goytacazes-RJ apresentam sobre os conceitos de ciência e divulgação científica. Para tanto, foi realizado um estudo de caso exploratório envolvendo as três séries do ensino médio do Colégio Estadual José do Patrocínio, o qual mostrou a predominância de uma visão ingênua e fragmentada de ciências entre os estudantes. Os resultados obtidos reforçam a ideia de que é necessário investir em ações que fortaleçam o acesso às informações sobre ciência no ambiente escolar, visando os recursos que possam ser acessados e explorados pelos estudantes a partir de uma postura reflexiva perante as ideias científicas. Palavras-chave: Alfabetização Científica, Ciência, Divulgação Científica. 1 INTRODUÇÃO A crescente popularização dos meios de comunicação tem ampliado o acesso à ciência e às descobertas científicas, possibilitando a aquisição de conhecimentos pelos cidadãos comuns, os quais são capazes de torná-los seres mais críticos e conscientes. No entanto, o acesso às informações científicas nem sempre significa apropriação das mesmas, uma vez que, para desfrutar da linguagem científica, é necessário saber descrever o mundo natural para entender a nós mesmos e o ambiente que nos cerca. Percebendo a ciência como uma linguagem para facilitar nossa leitura do mundo natural, Chassot (1993, p. 37) contribui para uma linha emergente na didática das ciências, a qual Aguilar (1999) denomina de Alfabetização Científica (AC). Essa linha comporta o conhecimento dos fazeres cotidianos da ciência, da linguagem científica e da decodificação das crenças aderidas a ela. Diversas são as opiniões sobre como definir e caracterizar o termo Alfabetização Científica, entretanto, nessa pesquisa, adotaremos o ponto de vista de Chassot, ao entendermos que seja... a compreensão de conhecimentos, procedimentos e valores que

2 permitam aos estudantes tomar decisões e perceber tanto as muitas utilidades da ciência e suas aplicações na melhora da qualidade de vida, quanto às limitações e conseqüências negativas de seu desenvolvimento (CHASSOT, 2003, p. 99). A respeito do processo de Alfabetização Científica no contexto escolar, Sasseron e Carvalho (2008) identificam três pontos, ou Eixos Estruturantes da Alfabetização Científica, os quais servem de apoio na idealização, planejamento e análise de propostas de ensino que almejem a AC: (i) a compreensão básica de termos, conhecimentos e conceitos científicos fundamentais, (ii) a compreensão da natureza da ciência e dos fatores éticos e políticos que circundam sua prática e (iii) o entendimento das relações existentes entre ciência, tecnologia, sociedade e meio ambiente. Mais particularmente quanto ao segundo eixo, a contribuição da Divulgação Científica (DC) pode configurar-se como um fator importante, uma vez que possibilita... levar ao grande público a notícia e a interpretação dos progressos de pesquisas científicas, mas também busca familiarizar esse público com a natureza do trabalho da ciência e da vida dos cientistas (REIS, 2006). Bueno (2007) concebe a divulgação científica de um modo particular, situado dentro das atividades que integram aquilo que ele nomeia difusão científica de ciência e tecnologia, a qual pode ser subdividida em: disseminação científica e divulgação científica. A disseminação científica consiste naquela modalidade que tem como público alvo os especialistas, os próprios pesquisadores e cientistas, enquanto que a divulgação científica seria feita pelos jornalistas científicos e pelos próprios cientistas, tendo como finalidade popularizar conhecimentos científicos e tecnológicos a um público de não especialistas, mas sem deixar de lado a existência de um caráter formativo. Diversos estudos (CHAVES et al., 2001; LANÇA E ALMEIDA, 2005; SILVA e ALMEIDA, 2005) têm mostrado que os textos de divulgação científica podem cumprir diferentes funções nas aulas de ciências, tais como: estímulo à participação dos estudantes, complementação de materiais didáticos, estabelecimento de relações entre a linguagem do estudante e a linguagem científica, contato com valores sócio culturais implícitos ou explícitos nas informações presentes em reportagens sobre ciência e tecnologia, além da possibilidades de se explorar relações entre ciência, tecnologia e sociedade. Nesse sentido, acreditando que a alfabetização científica e a divulgação científica são temáticas que, embora distintas, encontram-se fortemente relacionadas no contexto da Educação em Ciências, o presente trabalho tem por objetivo diagnosticar a percepção que os estudantes de uma escola estadual apresentam sobre as ideias de ciências e divulgação científica. Para tanto, foi realizado um estudo de caso exploratório envolvendo as três séries do ensino médio do Colégio Estadual José do Patrocínio, localizado no município de Campos dos Goytacazes RJ. 2 METODOLOGIA O estudo de caso exploratório (GIL, 2007) foi realizado com um grupo de 38 estudantes das três séries do ensino médio, visando captar suas percepções sobre a noção de ciência e divulgação científica. A investigação decorreu sob uma perspectiva pragmática, ou seja, visou simplesmente apresentar uma perspectiva global, tanto quanto possível completa e coerente, do objeto de estudo do ponto de vista do investigador (FONSECA, 2002). As etapas da pesquisa envolveram: (i) levantamento bibliográfico; (ii) aplicação de questionário avaliativo e (iii) análise das respostas visando compreender o problema investigado. O levantamento bibliográfico foi feito, principalmente, a partir da leitura de livros e artigos científicos voltados aos temas Alfabetização Científica e Divulgação Científica. Já o questionário avaliativo (Quadro 1), adaptado do trabalho de Aires et al.

3 (2011), teve como objetivo o levantamento de informações relativas à percepção dos estudantes com relação às idéias de ciência e divulgação científica. Quadro 1 Questionário avaliativo adaptado do trabalho de Aires et al. (2011). 1- Para você, o que é ciência? 2- Você considera a ciência importante? Caso responda sim, diga o que você considera importante na ciência. 3- Dentre os cientistas listados abaixo, qual (is) você conhece ou já ouviu falar (pode marcar mais de uma opção): ( ) Galileu Galilei ( ) Isaac Newton ( ) Antoine Laurent Lavoisier ( ) Charles Darwin ( ) Louis Pasteur ( ) Albert Einstein ( ) Niels Bohr ( ) Oswaldo Cruz 4- O que você entende por Divulgação Científica? 5- Dentre as revistas de Divulgação Científica listadas abaixo, qual (is) você conhece? (pode marcar mais de uma opção) ( ) Ciência Hoje ( ) Ciência Hoje das Crianças ( ) Super Interessante ( ) Galileu ( ) National Geographic ( ) Mundo Estranho ( ) Outra. Qual? 6- Você possui o hábito de ler revistas de Divulgação Científica? ( ) Sim ( ) Não 7- Você conhece algum programa de TV que fale sobre Ciência? ( ) Não. ( ) Sim. Qual (is)? 8- Seus professores já utilizaram algum filme ou documentário para abordar os conteúdos em sala de aula? ( ) Não. ( ) Sim. Qual o nome do filme utilizado? Em qual (is) disciplina(s)? 9- Em qual meio de comunicação você costuma procurar informações sobre Ciência? ( ) Jornal Impresso ( ) Telejornal ( ) Revista ( ) Filme ( ) Documentário ( ) Livro ( ) Museus de Ciência ( ) Internet ( ) Não me interesso por este tipo de informação O questionário foi aplicado em um grupo de alunos distribuídos entre o primeiro, segundo e terceiro ano do ensino médio durante um evento promovido pelo Programa Institucional de Bolsa de Iniciação à Docência (PIBID-IF Fluminense). Com o levantamento das informações relativas à percepção dos estudantes a respeito de ciência e divulgação científica, pretende-se obter subsídios para futuras estratégias de divulgação científica na respectiva escola. 3 RESULTADOS E DISCUSSÃO A análise das respostas referentes à pergunta de número 1 do questionário demonstrou haver entre os estudantes, duas compreensões distintas a respeito da natureza da ciência: uma relacionada à sua visão ingênua, e outra que confere um caráter mutável e não linear à ciência e às descobertas científicas. Na primeira categoria, estão incluídas as respostas que relacionam a ciência exclusivamente ao estudo dos seres vivos e dos fenômenos naturais. Essa concepção de ciência, que não leva em consideração o seu caráter mutável e não linear, deve-se ao fato que as únicas discussões sobre o assunto costumam ocorrer no estudo das disciplinas tradicionais, como Ciências, Biologia, Física e Química. As frases abaixo extraídas do questionário ilustram claramente esse ponto de vista:

4 Ciência é o que estuda os animais e o corpo humano. (Estudante da 1ª série) Ciência é um estudo sobre partes do corpo, células, etc. (Estudante da 1ª série) Ciência é o estudo da natureza e dos fenômenos biológicos. (Estudante da 2ª série) É uma disciplina que estuda os seres. (Estudante da 2ª série) As respostas relacionadas à segunda categoria, que consiste na visão mutável de ciência, quase não puderam ser observadas. As poucas idéias a que se teve acesso estão transcritas abaixo: Na minha opinião, ciência nada mais é do que conhecer e buscar cada vez mais aprimorar seus conhecimentos. (Estudante da 3ª série) Um estudo que ao passar do tempo vai se mudando o modo de ver o mundo com descobertas e conhecimento. (Estudante da 3ª série) É o estudo de todas as coisas que ainda não tem respostas. (Estudante da 3ª série) Quando questionados se a ciência é importante (pergunta de nº 2), a maior parte dos estudantes (81%) respondeu positivamente. Os que acreditam que a ciência não é importante contabilizaram 5%, enquanto 14% restantes não opinaram. Desses 81% que acenaram positivamente, aqueles que complementaram a resposta justificando o que consideram ser importante na ciência, destacaram os seguintes aspectos: a) o seu papel no estudo e desenvolvimento de medicamentos: Sim, porque a ciência ajuda a achar remédios para algumas doenças. (Estudante da 1ª série); b) a sua capacidade de promover o conhecimento:... através dela que temos o conhecimento. (Estudante da 3ª série); c) a sua contribuição para o esclarecimento dos fenômenos no cotidiano:... na ciência aprendemos a conhecer melhor nosso corpo e as coisas ao redor. (Estudante da 1ª série) Na pergunta de número 3, procurou-se descobrir se os estudantes entrevistados já haviam ouvido falar de alguns dos principais cientistas que marcaram sua época com grandes descobertas nas áreas de biologia, física e química. As respostas, considerando-se a possibilidade de se marcar mais de uma opção, podem ser verificadas na Figura 1. Qual(is) cientistas você conhece ou já ouviu falar? 12% 3% 18% Galileu Galilei Antoine Laurent Lavoisier Isaac Newton Charles Darwin Louis Pasteur Albert Einstein 18% Niels Bohr Oswaldo Cruz 23% 5% 16% 6% Figura 1: Respostas à questão de número 3, sobre os principais cientistas que marcaram sua época, segundo os estudantes entrevistados.

5 Como se pôde observar, o cientista inglês Isaac Newton (23%) foi o mais citado, seguido de Galileu Galilei (18%) e Charles Darwin (16%). A popularidade de Newton entre os estudantes de ensino médio é justificável pelo fato de ter sido ele o idealizador das leis físicas que regem a mecânica clássica. Diferentemente das três perguntas anteriores que se voltavam à percepção de ciência dos estudantes, na pergunta de número 4, buscou-se captar a ideia que eles apresentavam sobre divulgação científica. Como a pergunta era do tipo aberta, o que se observou foi que quase a totalidade dos estudantes não soube definir ou explicar esse conceito de forma precisa. Nas poucas respostas em que se tentou apresentar uma explicação mais detalhada sobre o assunto, pôde-se observar claramente a falta de familiaridade dos estudantes a respeito do tema, como em: É um meio para nos dar informações sobre o planeta terra e plantas e seres vivos. (Estudante da 1ª série) Pra mim é divulgar a ciência. (Estudante da 3ª série) Divulgar assuntos que não conhecemos ainda, e entre outras coisas. (Estudante da 3ª série) Ao questionarmos os estudantes sobre qual(is) revista(s) de divulgação científica eram mais conhecidas (pergunta de número 5), constatou-se que 28% das respostas apontavam para a revista Ciência Hoje. Trata-se de um meio de divulgação científica criado pelo Instituto Ciência Hoje e vinculado à Sociedade Brasileira para o Progresso da Ciência (SBPC), que mantém um portal de divulgação científica na internet, a Ciência Hoje On-line. Já as revistas Galileu e National Geographic ficaram empatadas na segunda colocação, ambas com um percentual de 17% das respostas. O detalhamento das respostas apresentadas pelos estudantes pode ser verificado na Figura 2. Qual(is) revistas de divulgação científica você conhece? 8% 15% 2% Ciência 28% Hoje Outra National Geographic Mundo Estranho Galileu Ciência Hoje das Crianças Super Interessante Respostas em branco 17% 17% 10% 3% Figura 2: Respostas à questão de número 5, a respeito das revistas de divulgação científica mais conhecidas pelos estudantes entrevistados. Embora tenha se constatado que 92% dos estudantes entrevistados possuem conhecimento de pelo menos uma das revistas de divulgação científica mencionadas, pôde-se verificar a partir das respostas à questão de número 6, que 77% do total de entrevistados não possuem o hábito de ler esse tipo revista. Outros 15% afirmaram possuir o hábito da leitura de alguma dessas revistas, enquanto 8% preferiram não responder a pergunta.

6 A análise das respostas às perguntas de número 5 e 6 nos permitem concluir, para o nosso universo de investigação, que o grande alcance das revistas de divulgação científica na mídia não significa necessariamente uma ampliação da cultura da divulgação científica entre os estudantes. Mudando um pouco o foco do veículo de divulgação científica, das revistas para os programas televisivos, a pergunta de número 7 buscou saber se os entrevistados conheciam algum programa que abordasse assuntos relacionados a ciências. Nesse caso, pouco mais da metade dos entrevistados (55%) afirmaram que tinham conhecimento desse tipo de programa sendo transmitido na TV. Outros 38% dos estudantes responderam que não conheciam e 7% não responderam a pergunta. Ainda a respeito da pergunta anterior, nos casos de respostas positivas (55%), os entrevistados puderam apontar quais programas eram mais conhecidos. Os destaques foram aqueles que são transmitidos pelo canal Discovery (foi o mais citado, com 32% das respostas dentre as 55% positivas), seguido pelo Globo Ciência (11%) e pelo Fantástico (6%). Conforme se observa na Figura 3, o percentual de estudantes que, embora tenham afirmado conhecer algum programa de divulgação científica na TV, não souberam apontá-los, ficou em 21%. Figura 3: Respostas à questão de número 7, a respeito dos programas de divulgação científica mais conhecidos pelos estudantes entrevistados. Interrogados sobre a utilização de filmes ou documentários em sala de aula (questão de número 8), somente 30% dos entrevistados afirmaram que essa estratégia vem sendo utilizada pelos professores. A grande maioria (62%) respondeu que o recurso do vídeo nunca foi utilizado, enquanto que 8% dos estudantes não responderam a pergunta. Dos 30% que se recordaram da utilização de algum filme ou documentário em sala de aula, o destaque ficou com o filme de animação americano Wall-E, transmitido na aula de ciências. Sua história relata a vida de um robô chamado Wall-E, criado no ano 2000, para limpar a Terra coberta por lixo em um futuro distante. A partir dos dados obtidos por meio da questão de número 9, relativa aos meios pelos quais os estudantes obtêm informações sobre ciências, constatou-se que a internet é a fonte mais utilizada (28%), seguida dos livros (19%) e dos documentários de TV.

7 Figura 4: Respostas à questão de número 9, a respeito dos meios de comunicação nos quais os entrevistados buscam informações sobre Ciências. As respostas ilustradas na Figura 4 comprovam o fato de que o crescimento do acesso à rede mundial de computadores vem democratizando o acesso às descobertas e à divulgação científica. Apesar disso, verifica-se que os livros ainda se constituem em um importante veículo de comunicação das idéias científicas. 4 CONSIDERAÇÕES FINAIS O desenvolvimento de uma visão crítica de mundo, pautada na compreensão dos fenômenos e transformações que ocorrem no nosso entorno, depende em grande parte do acesso aos conhecimentos cientificamente construídos. Nesse sentido, atribui-se grande importância aos debates sobre a natureza da ciência, bem como aos meios de comunicação que se ocupam em disseminar a cultura científica. A partir dos resultados da nossa investigação, observou-se que a escola, enquanto instituição oficial promotora do processo de ensino e aprendizagem da ciência e das descobertas científicas, tem se ocupado muito pouco em discutir a aprendizagem sobre a ciência. Dessa forma, os estudantes não têm conseguido compreender o caráter mutável e não linear da ciência e das ideias científicas, apresentando quase sempre uma visão ingênua e fragmentada sobre o assunto. Outra forma de se ter acesso às descobertas científicas, além da sala de aula, são os meios de divulgação científica. Apesar disso, esse artifício ainda é pouco explorado no ambiente escolar, fato pelo qual se constata o pouco conhecimento a respeito do tema. Uma das formas de se promover a divulgação científica é por meio de revistas especializadas. Entretanto, conforme se pôde observar, o grande alcance das revistas de divulgação científica na mídia não significa necessariamente uma ampliação da cultura da divulgação científica entre os estudantes. Essa afirmação repousa no fato de que, embora se tenha verificado que 92% dos estudantes entrevistados possuam conhecimento de pelo menos uma das revistas de divulgação científica listadas, apenas 15% afirmaram possuir o hábito da leitura delas. Quanto às outras formas de divulgação científica, destaca-se, em primeiro lugar, a falta de conhecimento ou até mesmo de acesso aos programas de TV especializados (pois são pagos), como é o caso do Discovery Channel. Os vídeos e documentários também se mostraram ser pouco explorados em sala de aula. Já a internet destacou-se como a forma mais utilizada para a busca de informações com teor científico. Mas apesar do crescimento do

8 acesso à web, nota-se que os livros ainda se constituem em um importante veículo de comunicação para as idéias científicas. Por fim, chama-se a atenção para a necessidade de se investir em ações que fortaleçam o acesso às informações sobre ciência no ambiente escolar, buscando os recursos que possam ser acessados e explorados pelos estudantes a partir de uma postura reflexiva perante as ideias científicas. 5 REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS AGUILAR, T. Alfabetización científica para La ciudadanía. Madrid: Narcea, AIRES, J. A.; LOPES, A.; TODESCO, S. A.; RODRIGUES, T. S.. Ensino de química através da divulgação cientifica: a química dos alimentos. Relatório do Programa Institucional de Bolsas de Iniciação à Docência PIBID Subprojeto de Química. Curitiba, Disponível em: < DC_Stephanie_e_Tatiane.pdf> Acessado em 16 de Julho de BUENO, W. C. Jornalismo científico. (Editorial). Portal do Jornalismo Científico. Disponível em CHASSOT, A. Catalisando transformações na educação. Ijuí: Editora Unijuí., CHASSOT, A. Alfabetização científica: uma possibilidade para a inclusão social. Revista Brasileira de Educação, nº 22, Jan/Fev/Mar/Abr, 2003 CHAVES, T. V.; MEZOMMO, J.; TERRAZAN, A. Textos de divulgação científica como recurso didático para o ensino-aprendizagem da física clássica: exemplos em termodinâmica e eletromagnetismo. In: Atas do III Encontro Nacional de Pesquisa de Educação em Ciências. Atibaia, SP: ABRAPEC, FONSECA, J. J. S. Metodologia da pesquisa científica. Fortaleza: UEC, Apostila. GIL, A.C. Como elaborar projetos de pesquisa. 4 ed. São Paulo: Atlas, LANÇA, T.; ALMEIDA, M. J. P. M.. Leitura dentro e fora da sala de aula: livro de divulgação científica. In: BORGES, P. F. e LIMA, M. C. B. (Orgs.) Programa e resumos do XVI Simpósio Nacional de Ensino de Física. Rio de Janeiro: CEFET-RJ: SBF: UERJ, jan REIS, J.. Divulgação científica. Revista Espiral - Revista Eletrônica de Divulgação Científica, ano 7, n. 27, abr-mai-jun., SASSERON, L. H.. CARVALHO, A. M. P. Almejando a Alfabetização Científica no Ensino Fundamental: A Proposição e a Procura de Indicadores do Processo. Investigações em Ensino de Ciências, v13(3), pp , SILVA, H. C.; ALMEIDA, M. J. P. M. O deslocamento de aspectos do funcionamento do discurso pedagógico pela leitura de textos de divulgação científica em aulas de física. Revista Electrónica de Enseñanza de las Ciencias, vol. 4, n. 3, p. 1-25, 2005.

9 PERCEPTION OF HIGH SCHOOL STUDENTS FROM CAMPOS DOS GOYTACAZES-RJ ABOUT SCIENCE AND SCIENTIFIC POPULARIZATION Abstract: Seeking an approach between the ideas of Science Literacy and Science Popularization in the context of Science Education, the present work aims to diagnose the perception of high school students from Campos dos Goytacazes-RJ about Science and Scientific Popularization. For this, was carried out an exploratory case study involving the students of Jose do Patrocínio High School, which showed the predominance of a naive and fragmented view of Science among students. The results support the idea that we need to invest in actions that strengthen access to information about science at school, looking for resources that can be accessed and explored by students from a reflexive attitude towards scientific ideas. Key-words: Scientific Literacy, Science, Scientific Popularization.