O QUE É PRECISO PARA A SAMARCO VOLTAR A OPERAR?

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Alexandra Custódio Porto
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1 Pelotas de minério de ferro O QUE É PRECISO PARA A SAMARCO VOLTAR A OPERAR?

2 A SAMARCO Em 40 anos de existência, a Samarco conquistou clientes em cerca de 20 países. Com uma capacidade produtiva de 30,5 milhões de toneladas de pelotas de minério de ferro por ano, a empresa chegou a empregar 6 mil pessoas, sendo 3 mil direta e 3 mil indiretamente e envolveu em torno de 6 mil empresas fornecedoras. Em 2014, contribuiu com R$ 1,8 bilhão em tributos (municipal, estadual e federal). E, em 2015, a empresa faturou R$ 6,4 bilhões, se posicionando como a 12ª maior exportadora do Brasil. Desde o rompimento da barragem de Fundão, em novembro de 2015, as operações do Complexo Minerário de Germano, dos minerodutos e do Complexo Industrial de Ubu estão paralisadas, e as atividades se restringem à conservação dos ativos e obras para melhorar a segurança operacional, reparar, recuperar e controlar os impactos causados pelo rompimento. Imediatamente após o ocorrido, a empresa mobilizou esforços na assistência humanitária e na mitigação dos impactos ambientais. Todo o trabalho iniciado pela Samarco para reparação e compensação desses impactos foi assumido pela Fundação Renova, constituída em agosto de 2016, a partir da assinatura de Termo de Transação de Ajustamento de Conduta (TTAC) com os Governos Federal, dos Estados de Minas Gerais e Espírito Santo e diversos órgãos técnicos de fiscalização e controle. Também foram iniciadas, de imediato, as atividades relacionadas à estabilização, reparos e monitoramento das estruturas remanescentes do Complexo Germano. Atualmente, todas as estruturas do Complexo apresentam fator de segurança maior que o exigido em norma da Associação Brasileira de Normas Técnicas ABNT e são auditadas por consultoria internacional independente. Destaca-se, ainda, que foi implementado o sistema de contenção de rejeito, assegurando a clarificação e qualidade da água que deságua no Rio Gualaxo.

3 O LICENCIAMENTO OPERACIONAL CORRETIVO (LOC) Dentro dos esforços para retomar suas operações, a Samarco protocolou, junto à Secretaria Estadual de Meio Ambiente e Desenvolvimento Sustentável de Minas Gerais (SEMAD), o Estudo de Impacto Ambiental/Relatório de Impacto ao Meio Ambiente (EIA/RIMA) da Licença de Operação Corretiva (LOC) do Complexo de Germano, em resposta à convocação da SEMAD que, em outubro de 2016, suspendeu todas as licenças do complexo minerário em Mariana, Ouro Preto e Matipó. Trata-se de licenciamento corretivo que contempla a regularização das estruturas existentes e das obras emergenciais realizadas na área de barragens para a estabilização das estruturas, contenção dos rejeitos e clarificação d água. Os estudos ambientais também contemplam a implementação de projetos com tecnologias para o tratamento de rejeitos. Mina de Alegria Norte C2 Pilha de Estéril/ Rejeito Cava Pilhas de Estéril/ Rejeito Alegria Norte Rio Piracicaba RESERVATÓRIO DA BARRAGEM DE GERMANO FUNDÂO Filtragem PRINCIPAIS ESTRUTURAS DO LICENCIAMENTO OPERACIONAL CORRETIVO Empilhamento de rejeito arenoso na cava de Germano Diques: Sela / Selinha / Tulipa EIXO 1 REGULARIZAÇÃO DAS OBRAS EMERGENCIAIS (SEGURANÇA DAS ESTRUTURAS E CONTENÇÃO DOS REJEITOS) REGULARIZAÇÃO DE ESTRUTURAS EXISTENTES ADEQUAÇÃO DE PROJETOS E NOVAS TECNOLOGIAS Nova Santarém SANTA RITA DURÃO A2 e A3 MG129 SANTARÉM Dique S3 Adensamento de lamas C3 A1 Adensamento de lamas C1 Barragem de Germano BENTO RODRIGUES

4 RETOMADA GRADUAL O EIA/RIMA do Licenciamento Operacional Corretivo prevê uma retomada gradual das atividades da empresa. No primeiro momento, a solução encontrada é do retorno das atividades produtivas com a operação de um concentrador, equivalente a uma capacidade produtiva de 26%. Piracicaba Poços C2 Rio Piracicaba C1 e C3 C2 e C3 visando a sustentabilidade A operação dos demais concentradores que permitirão atingir das a capacidade operações total produtiva está associada à disponibilidade hídrica e estrutura para disposição de rejeitos. C1 Cava de C3 GERMANO FUNDÃO Captação de água SOLUÇÕES PARA DISPOSIÇÃO DE REJEITOS MG129 A Samarco propõe, para sua retomada, a adoção de tecnologias que trazem mais segurança técnica e menor impacto ambiental: sistema de filtragem do rejeito arenoso e sistema de adensamento de lamas. A filtragem permitirá o processamento da parte arenosa dos rejeitos, que representa 80% do volume total gerado. Com isso, o rejeito arenoso poderá ser disposto em pilhas, após a retirada da água. Já o adensamento da lama, que corresponde a 20% do volume total de rejeitos, reduzirá a quantidade de água presente neste material, aumentando, portanto, a vida útil das áreas de disposição, como a Cava de, estrutura proposta para receber os rejeitos após a retomada das operações. UTILIZAÇÃO DOS CONCENTRADORES CAPTAÇÃO DE ÁGUA DISPOSIÇÃO DE REJEITOS C2 = MOMENTO 1 C2 + C3 = MOMENTO 2 C2 + C3 + C1 = MOMENTO 3 LINHA DE PRODUÇÃO PIRACICABA / POÇOS PIRACICABA / POÇOS / FILTRAGEM PIRACICABA / POÇOS / FILTRAGEM / OUTROS RECURSOS HÍDRICOS Polpa para mineroduto processo de pelotização NAVIO / SIDERÚRGICAS CAVA ALEGRIA SUL CAVA + PILHAS CAVA + PILHAS + OUTRAS ESTRUTURAS PRODUTOS Toda a água retirada nos processos de filtragem e adensamento será recirculada no processo produtivo, aumentando a eficiência hídrica da empresa. O protocolo dos estudos para o licenciamento da LOC é apenas um passo na direção da volta das operações. Além da obtenção das licenças (SDR Cava de e LOC), também será preciso realizar obras de preparação na Cava de e de implantação para os novos processos de tratamento de rejeitos. MINA Processo de extração CONCENTRADOR Processo de beneficiamento Rejeito do processo de mineração 20% 80% SEPARAÇÃO LAMA REJEITO ARENOSO adensamento de lamas filtragem Cava de pilhas de estéril/rejeito

5 SAMARCO NA ECONOMIA 20 MIL VAGAS diretas e indiretas de emprego em risco na continuada paralisação da Samarco de acordo com estudo produzido pela Tendências Consultoria Integrada. Até antes do rompimento de Fundão, a receita da Samarco equivalia a: 5,8% 1,5% 1,2% do Produto Interno Bruto (PIB) do Espírito Santo do PIB de Minas Gerais das exportações brasileiras Perdas acumuladas em 2017 e 2018 com a paralisação:* R$11,9 BILHÕES em faturamento da cadeia produtiva. R$2,6 BILHÕES em impostos federais, estaduais e municipais. R$2,5 BILHÕES em massa de renda. US$2,3 BILHÕES em exportações. * Fonte: Tendências Consultoria

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