UNIVERSIDADE CANDIDO MENDES INSTITUTO A VEZ DO MESTRE ALIEKSANDRA KARINE MOREIRA DUAVY

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1 1 UNIVERSIDADE CANDIDO MENDES INSTITUTO A VEZ DO MESTRE ALIEKSANDRA KARINE MOREIRA DUAVY RESSOCIALIZAÇÃO DO PRESO NO CONTEXTO BRASILEIRO: MITO OU REALIDADE? Rio de Janeiro 2010

2 2 ALIEKSANDRA KARINE MOREIRA DUAVY RESSOCIALIZAÇÃO DO PRESO NO CONTEXTO BRASILEIRO: MITO OU REALIDADE? Monografia apresentada ao Curso de Pós Graduação em Direito Penal e Processo Penal na Universidade Candido Mendes - Instituto A vez do Mestre. Orientador: Prof. Francis Rajzman Rio de janeiro

3 Aos meus pais, José Ribamar Duavy e Maria Zila de F. Moreira e meu padrasto José Gomes Ribeiro, por todo amor, incentivo e esforços realizados para que eu alcance todas as minhas metas, e por estar ao meu lado em todos os caminhos da minha vida.

4 4 AGRADECIMENTOS Agradeço em primeiro lugar a Deus, pelas oportunidades colocadas em minha vida, e por me dar forças para superar todos os obstáculos que encontro nos caminhos que escolho. Aos meus pais pelo apoio, incentivo e esforços realizados para que eu alcançasse meus objetivos e persista na busca pelos meus ideais. Ao meu marido Ricardo Luiz, que auxiliou na minha formação, que dividiu comigo cada etapa desta realização, pelo seu amor, pelo seu apoio, compreensão e paciência nas fases mais difíceis. A todos os meus amigos e colegas da faculdade, pela grande amizade e companheirismo. Ao professor Francis Rajzman, meu orientador, pela ajuda com seu grande conhecimento, paciência e dedicação na realização deste trabalho, e por ter me proporcionado um excelente conhecimento teórico. A todos os demais professores que estiveram ao meu lado em todas as etapas importantes da minha formação. A todos aqueles, que embora não mencionados aqui, contribuíram de maneira direta ou indireta para a concretização deste trabalho, muito obrigada.

5 5 RESUMO O objetivo do presente trabalho é averiguar a possibilidade de ressocialização do preso no âmbito dos Presídios no Brasil, frente às incongruências encontradas entre a realidade prisional e a Lei de Execução Penal. Para a elaboração do presente trabalho, foi utilizado estudos em livros e artigos da internet por ser o método adequado para a absorção do conteúdo pretendido. O conteúdo foi obtido de forma gradativa, resultando em uma impossibilidade de ressocialização do preso, ante a precariedade que o sistema prisional se encontra. Registra-se que a conclusão da pesquisa em tela é resultado da pesquisa feita, tendo em vista a impossibilidade de ressocialização dos reclusos, ante a falta de recursos que o levariam a tal fim. Conclui-se ainda que, mesmo havendo legislação pertinente sobre os direitos e deveres dos presos recolhidos, como a Lei de Execução Penal, não há estrutura suficiente para aplicá-la integralmente, tendo a maioria de seus dispositivos caracterizados por letra morta. Palavras-chave: Ressocialização. Preso. Direitos. Dignidade humana.

6 6 SUMÁRIO 1 INTRODUÇÃO ASPECTO HISTÓRICO DA PENA E SUA EVOLUÇÃO PENAS CORPORAIS Penas cruéis Pena de banimento Pena de trabalhos forçados Pena de prisão perpétua Pena de morte PENA PRIVATIVA DE LIBERDADE Reclusão Detenção PENA RESTRITIVA DE DIREITO PENA DE MULTA MOVIMENTOS DE POLÍTICA CRIMINAL PRIVAÇÃO DA LIBERDADE FRENTE À CONSTITUIÇÃO FEDERAL PRINCÍPIO DA DIGNIDADE HUMANA PRINCÍPIO DA HUMANIDADE PRINCÍPIO DA INDIVIDUALIZAÇÃO DA PENA PRINCÍPIO DA PROPORCIONALIDADE LEI DE EXECUÇÃO PENAL ASPECTOS HISTÓRICOS DA LEI N /

7 7 3.2 FUNÇÕES DA PENA Repressão Prevenção Ressocialização DIREITOS DO PRESO ASSISTÊNCIA PREVISTA NA LEP Assistência material Assistência à saúde Assistência jurídica Assistência educacional Assistência social Assistência religiosa Assistência ao egresso DO DIREITO AO TRABALHO DO TRABALHO EXTERNO DA SAÍDA TEMPORÁRIA RESSOCIALIZAÇÃO DO PRESO ATIVIDADES DESENVOLVIDAS PELO PRESO NO PRESÍDIO DO TRABALHO EXTERNO ANÁLISES CRÍTICA DA RESSOCIALIZAÇÃO FRENTE À GARANTIA CONSTITUCIONAL DA DIGNIDADE HUMANA E AO PRINCÍPIO DA HUMANIDADE (IN)EFICIÊNCIA DA FUNÇÃO RESSOCIALIZATÓRIA DA PENA. MITO OU REALIDADE CONCLUSÃO REFERÊNCIAS... 55

8 8 1 INTRODUÇÃO O tema escolhido na presente pesquisa refere-se à possibilidade de ressocialização do preso frente à estrutura do sistema prisional encontrado nos dias de hoje. Registre-se que o conteúdo pesquisado, está diretamente ligado ao aspecto constitucional e penal da norma, enfatizando os dispositivos constantes da Lei de Execução Penal, haja vista serem dispositivos regulamentadores dos direitos e obrigações dos presos. A importância na efetivação da pesquisa em tela se dá não somente por sua conclusão lógica de possibilidade ou impossibilidade de ressocialização do preso, mas por trazer à tona a inaplicação das regras existentes na Lei de Execução Penal, bem como, a manutenção dos direitos e garantias fundamentais. Frise-se, quando mencionamos em dispositivos constantes da LEP e inerentes ao preso, muitos deles coincidem com normas encontradas no artigo 5 da Constituição Federal de 1988, consubstanciadas ainda pelo princípio da dignidade humana. Averiguar a possibilidade de ressocialização dos presos encontrados nos Presídios atuais é o objetivo principal do presente trabalho, corroborado pela identificação dos setores mais precários encontrados no ergástulo público. Para a elaboração da pesquisa, foram utilizados pesquisas em livros de alguns autores e artigos da internet caracterizando assim um estudo do caso. Por fim, com a finalidade de abordar minuciosamente o tema, o presente trabalho foi dividido em três capítulos: o primeiro trata do aspecto

9 9 histórico da pena e sua evolução; o segundo refere-se única e exclusivamente à Lei de Execução Penal; o terceiro e último capítulo, consubstancia-se na ressocialização dos presos encontrados nos Presídios. 2- ASPECTO HISTÓRICO E EVOLUÇÃO DA PENA A evolução da pena se caracteriza por uma evolução constante, tendo em vista que cada época foi marcada por um tipo de sanção penal diverso, o que demonstra que a humanidade, vai se transformando e se aperfeiçoando de acordo com as necessidades de segurança do grupo social. Conforme a visão de Leal A pena criminal tem sido, em todas as épocas, um permanente e severo mecanismo de controle das condutas individuais e coletivas, utilizado pelo Estado com o objetivo de manter a convivência social e de proteger valores morais e interesses das classes sociais. Vista como uma reprimenda pela prática de uma conduta proibida, deve ela ser considerada como um mal ainda necessário, enquanto perdurar uma sociedade constituída de homens moral e politicamente imperfeitos. 1 Constata-se então, que a sociedade possui uma característica de mudança contínua, diante dos acontecimentos no âmbito cultural e tecnológico, surgindo assim, diferentes fases no pensamento humano. Por fim, no presente capítulo será feita uma abordagem sobre a evolução histórica das penas constantes de diferentes épocas, objetivando uma melhor compreensão, ao final, quando da verdadeira função da legislação atual pertinente ao caso concreto, ou seja, a função ressocializadora da pena, tendo como finalidade

10 precípua a aplicação integral dos dispositivos encontrados na Lei de Execução Penal, consubstanciada pelos preceitos da Lei maior LEAL, João José. Direito Penal Geral. São Paulo: Atlas, p PENAS CORPORAIS Há inúmeras teorias e fundamentos para dirimirem a exatidão da origem do que entendemos por justiça. Contudo, é inegável não crer que a justiça propriamente dita surgiu dos sentimentos mais sinceros e vorazes do ser humano, e ainda assim é manifestada em algumas formas. Em tempos remotos, antes mesmo da concepção do Estado como um ente político, o sentimento de justiça, quando invocado no ser humano, era manifestado de forma brutal, prevalecendo a lei do mais forte. Com a origem da civilização, socialmente organizada ainda sem a existência de um Estado mudou-se pouco, pois a justiça antes exercida por um único ser, agora encontrava apoio em outros grupos, não surtindo efeitos significativos. Posteriormente, com o desenvolvimento das civilizações e automaticamente com a criação do Estado político, a inserção de normas regulamentadoras de condutas humanas foi impreterível, pois esta teria o condão de afastar a justiça exercida pela forma bruta, fazendo com que se obedecessem critérios para a defesa dos cidadãos. Mas nem sempre foi assim. As sanções e a pretensão punitiva do Estado evoluíram muito gradativamente. Tanto que na sua origem, era comum o uso da pena de morte, do banimento, da pena cruel - como a tortura, por exemplo -, do trabalho forçado e

11 da pena de caráter perpétuo, manifestadas com o intuito na aplicação do que se denominaria justiça Penas cruéis No âmbito do direito criminal, para toda uma conduta juridicamente reprovada, deve-se apurar a culpa latu senso do agente, nos preceitos do devido processo legal.. Porém, para Beccaria É uma barbárie consagrada pelo uso na maioria dos governos aplicar a tortura a um acusado enquanto se faz o processo, seja para que ele confesse a autoria do crime, seja para esclarecer as contradições em que tenha caído, seja para descobrir com cúmplices ou outros crimes de que não é acusado, porém dos quais poderia ser culpado, seja finalmente porque sofistas incompreensíveis pretenderam que a tortura purgava a infâmia. 2 Em que pese o mencionado autor tratar no caso citado exclusivamente da pena de tortura, outras formas de penas consideradas cruéis devem ser dignas de nota, como o açoite, a marca e a mutilação. O açoite permaneceu até o século passado. Era uma pena que teve previsão no Código Criminal do Império, aplicada principalmente aos escravos à época colonial escravagista.3 A pena de açoite consistia - como prática nítida da tortura -, na agressão física com chicotes, visando castigar e intimidar o criminoso, bem como servir de exemplo aos demais membros da sociedade. Outra pena de caráter cruel, também prevista no referido Código Imperial, foi a marca. Referida pena consistia na aplicação de um ferro em brasa em determinado local

12 12 do corpo, causando profunda dor. Leal descreve que os franceses utilizavam a marca de uma flor de lírio sobre a espádua do condenado e os ingleses na parte lateral do nariz. 4 A ablação de órgãos, muito conhecida também como pena de mutilação, foi uma sanção muito severa, bastante usada no início do século passado, porém ainda se faz presente em alguns países muçulmanos.5 3 LEAL, 1988, p LEAL, loc. cit. 5 LEAL, loc. cit. Essa pena consiste na amputação de partes do corpo sem o objetivo de causar a morte do criminoso. A amputação está diretamente ligada ao tipo de crime praticado. Era muito comum a amputação do órgão genital masculino nos crimes definidos hoje, em nosso ordenamento, contra a liberdade sexual, como o estupro. Frise-se que todas as penas mencionadas aqui como penas cruéis, são consideradas como tortura, inclusive em nossa legislação. O artigo 1 da Lei nº 9.455, de 7 de abril de 1997 Lei de Tortura define como tortura, toda conduta que haja emprego de violência ou grave ameaça, que cause sofrimento físico em ou mental à vítima, com o intuito de obter informações, confissões e declarações da vítima ou de terceiros Pena de banimento Importante ressaltar, que assim como as penas cruéis, trabalhos forçados, tortura, prisão perpétua, a pena de banimento também é vedada pela nossa Constituição Federal, apesar de que alguns países ainda utilizam este tipo de sanção. Conforme Moraes Banimento ou desterro é a retirada forçada de um nacional de seu país, em virtude da prática de determinado fato no território nacional. A Constituição Federal proíbe a

13 aplicação dessa pena. Notemos que a impossibilidade de banimento não impedirá, em excepcionais casos previstos na própria Constituição, a concessão de extradição do brasileiro naturalizado, como será adiante analisado nos incisos LI e LII, uma vez que a extradição é motivada por crime praticado no exterior BRASIL. Lei n de 7 de abril de Define os crimes de tortura e dá outras providências. Disponível em: < 7 MORAES, Alexandre de. Constituição do Brasil Interpretada. 2. ed. São Paulo: Atlas, p Nas sábias palavras de Beccaria, quem perturba a tranqüilidade pública, quem não obedece as leis, quem viola as condições sobre as quais os homens se mantém e se defendem mutuamente, devem ser posto fora da sociedade, isto é, banido Pena de trabalhos forçados Pode-se dizer que o trabalho forçado é - das penas vedadas pela Constituição Federal a que mais se realiza indiretamente. O regime de escravidão, em que pese já estar extinto há muito tempo, ainda é cotidiano, vez que são comuns trabalhos forçados em condições penosas, capazes de debilitar a condição de uma vida digna, constitucionalmente garantida. Para Leal: Essa espécie de pena corporal foi aplicada desde a antiguidade até recentemente. O condenado era forçado a executar os serviços mais penosos e insalubres, em regime de completa e perpétua escravidão. Eram trabalhos geralmente realizados nas minas e nas galés (remar para impulsionar as embarcações do Estado). Nosso Código Criminal de 1930 previa este tipo de pena, a ser cumprida nas embarcações do Estado.9

14 14 Frise-se que o trabalho forçado existiu com dupla função: a punitiva, visando meramente castigar o apenado, e a função retributiva, resultando na mão-de-obra barata dos serviços efetuados para o Estado no âmbito da administração prisional. 8 BECCARIA, 2000, p LEAL, 1988, p Pena de prisão perpétua Nas palavras de Foucault, encontrar para um crime o castigo que convém é encontrar a desvantagem cuja idéia seja tal que torne definitivamente sem atração a idéia de um delito.10 No Brasil, a Constituição Federal veda penas de caráter perpétuo, sendo impossível a introdução da referida sanção através de emenda constitucional, haja vista tratar-se de cláusula pétrea.11 Vários países ainda prevêem a possibilidade da aplicação da prisão perpétua em seus ordenamentos jurídicos, sendo que muitos deles aceitam o livramento condicional depois de determinado período de cumprimento da pena, dependendo, é claro, do comportamento do sentenciado.12 Conforme Porto: No Reino Unido, esta modalidade de prisão não tem o significado pelo resto da vida mas sim por tempo indeterminado, podendo variar de acordo com o comportamento do sentenciado. 13

15 15 A privação perpétua da liberdade, não permite ao condenado obter uma perspectiva de liberdade, sendo que a principal função da pena é a reestruturação do individuo que praticou o delito, com o objetivo de romper com os desvios do crime. De acordo com Porto, não é a crueldade da pena que acarreta o não cometimento do crime, e sim a certeza de sua aplicação, de forma rápida e infalível FOUCAULT, Michel. Vigiar e Punir. 18. ed. Petrópolis: Vozes, p PORTO, Roberto. Crime Organizado e Sistema Prisional. São Paulo: Atlas, p Ibid., p Ibid., p PORTO, loc. cit Pena de morte A pena de morte é uma espécie de sanção muito antiga que ao longo dos tempos causou e causa muitas discussões, haja vista a grande divergência existente entre as pessoas, a respeito de sua aplicabilidade e efetividade. Segundo Porto: A pena de morte surgiu na Antiguidade ligada a idéia de vingança. O direito de vingança impõe ao culpado um mal igual àquele que foi causado a outrem com o seu crime. É o denominado princípio do Talião, fundamentado na necessidade de compensar sangue por sangue. 15 Vários países ainda adotam a pena de morte em seus ordenamentos jurídicos. Para Albergaria, Se a pena de morte aterroriza o delinqüente ocasional ou o cidadão honesto, não causa espanto aos grandes criminosos. 16 Nas palavras de Beccaria:

16 A morte de um cidadão apenas pode ser considerada necessária por duas razões: nos instantes confusos em que a nação está na dependência de recuperar ou perder sua liberdade, nos períodos de confusão quando se substituem as leis pela desordem; e quando um cidadão, embora sem a sua liberdade, pode ainda, graças às suas relações e ao seu crédito, atentar contra a segurança pública, podendo a sua existência acarretar uma revolução perigosa no governo estabelecido Ibid., p ALBERGARIA, Jason. Das Penas e Da Execução Penal. 3.ed. rev., ampl. Belo Horizonte: Del Rey, p BECCARIA, 2000, p. 52. O Brasil utilizou a pena de morte até 1855, quando executaram Mota Coqueiro, na cidade de Macaé, tendo este episódio causado grande repercussão na época, haja vista sua condenação ter sido fruto de erro judiciário, o que levou o Imperador a impedir execuções em nosso território.18 Conforme Albergaria: Um argumento à parte consiste no perigo de a instituição da pena de morte ser aplicada apenas para os excluídos do universo socioeconômico, os sem acesso ao Estado Democrático de Direito. Excluídos são os dos grupos minoritários, o pobre, o negro, o analfabeto, os sem-casa, os sem-terra,o adversário político. 19 Atualmente, é vedada pela nossa Constituição Federal a pena de morte, exceto nos casos de guerra declarada. Ainda prevê o Código Penal Militar brasileiro que em tempo de guerra, é possível a aplicação da pena de morte nos crimes militares.20 Entre tantas divergências sobre a aplicabilidade da pena de morte, sabemos que os países que aboliram esta sanção, não obtiveram uma multiplicação nos crimes.

17 17 De acordo com Porto: Defender a pena de morte é, portanto, defender o atraso, é reconhecer a regressão moral do homem. É também, como salientado por Luiz Flávio Gomes, rasgar o Pacto de San José (Convenção Americana Sobre Direitos Humanos), subscrito pelo Brasil em Além do mais, a pena de morte vai de encontro aos princípios emanados do Estado Democrático de Direito. 18 PORTO, 2008, p ALBERGARIA, op. cit., p PORTO, op. cit., p Ibid., p PENA PRIVATIVA DE LIBERDADE A antiguidade desconhecia a pena privativa de liberdade como forma de sanção. Naquela época, existia o encarceramento do delinqüente, mas não como forma de sanção suficiente para punir o condenado. Os condenados eram depositados nas masmorras e calabouços, onde aguardavam o momento de sua punição, qual seja, a aplicabilidade de uma pena corporal.22 As prisões foram introduzidas com o intuito de substituir as penas cruéis, no entanto, a aplicabilidade desta dependeria da gravidade do delito.23 A religião teve um papel preponderante nesta fase de substituição. A pena, antes com o caráter apenas de punição, agora passaria a ter também caráter de prevenção, visando à recuperação moral e espiritual do condenado.24

18 18 As primeiras prisões surgiram a partir do ano de 1552, caracterizando-se pelo trabalho em comum durante o dia, o silêncio, a disciplina, o isolamento no período noturno e a classificação dos condenados de acordo com o delito praticado.25 Segundo Leal: O declínio das penas corporais fez com que se buscasse uma alternativa penal, encontrada na privação da liberdade física do condenado, que fica sujeito ao isolamento do meio social (encarceramento), durante algum tempo ou perpetuamente, num estabelecimento penitenciário. A prisão transformou-se no núcleo do sistema punitivo estatal, a partir do final do século XVIII LEAL, 1988, p LEAL, loc. cit. 24 LEAL, loc. cit. 25 Ibid., p Ibid., p Nas palavras de Oliveira, a privação de liberdade é o pior dos sofrimentos que se pode impor ao ser humano. O rompimento compulsório com a família, principalmente com os filhos, com o recinto e a privacidade do lar, via de regra é o mais difícil de suportar Reclusão A pena de reclusão é utilizada em nosso ordenamento jurídico, nos crimes de maior gravidade, sendo que o próprio código define em quais crimes é aplicável a reclusão. Segundo nosso Código Penal, a reclusão pode ser cumprida, dependendo do caso, em regime fechado, semi-aberto ou aberto.

19 19 O regime fechado é o clássico, sendo que o condenado deverá, em tese, cumprir sua pena em penitenciária de segurança máxima ou média, conforme disposto na lei de execução penal. Já o regime semi-aberto é bem menos severo, já que conforme estabelecido na lei de execução penal, o cumprimento da pena poderá ser executado em colônia agrícola ou industrial, no entanto, a segurança destes estabelecimentos nem se compara com o de uma penitenciária. Conforme Leal: Neste regime, não são utilizados mecanismos ou dispositivos ostensivos de segurança contra a fuga do condenado. Este não encontrará obstáculo material para se evadir do local do cumprimento da pena, que é cumprida em colônia agrícola, industrial ou estabelecimento similar (art. 33 1, letra b), ou seja, é um estabelecimento que se 27 OLIVEIRA, Odete Maria de. Prisão: um paradoxo social. Florianópolis: UFSC, caracteriza pela inexistência de grades, fossos, muros, cercas eletrificadas ou guardas armados para evitar a evasão do preso, que ai permanece por revelar personalidade merecedora desta privação atenuada da liberdade de locomoção. 28 Já o regime aberto, o condenado deveria passar o dia trabalhando livremente e recolher-se durante a noite para o estabelecimento prisional (caso do albergado). Entretanto, devido à falta deste tipo de estabelecimento, o condenado é autorizado a cumprir o resto da pena em casa, devendo, no entanto, se ater a determinadas peculiaridades transcritas pelo juiz responsável pela execução da pena Detenção

20 20 Ao contrário da reclusão, na detenção, o regime inicial para o cumprimento da pena é o regime semi-aberto ou o aberto, sendo que somente poderá ser cumprido no regime fechado caso haja a regressão de regime. Nos crimes punidos com detenção, a autoridade policial poderá conceder fiança. Já nos crimes punidos com reclusão, a fiança ficará a cargo do juiz. A definição de quais crimes se aplica a detenção é estabelecida pelo próprio legislador, ao transcrever as tipicidades com as devidas sanções correspondentes. 2.3 PENA RESTRITIVA DE DIREITO As penas restritivas de direito adotadas em nosso código penal são: prestação pecuniária, perda de bens e valores, prestação de serviço à comunidade ou a entidade pública, interdição temporária de direitos e limitação de fim de semana. 28 LEAL, 1988, p Para Leal: Podemos conceituar a pena restritiva de direito como a sanção criminal que obriga o condenado a suportar a limitação de certos direitos (proibição de exercer certa atividade ou profissão), ou impõe-lhe o dever de prestar serviços públicos ou comunitários ou, ainda restringi-lhe parcialmente sua liberdade física. 29 Com o fracasso da pena privativa de liberdade, busca-se com a pena restritiva de direito dar soluções ao grande e grave problema encontrado com a pena de prisão, que além de não cumprir com o seu objetivo principal, que é a ressocialização, deixa marcas inesquecíveis de ordem moral na vida de muito dos condenados. Conforme Bitencourt:

21 As penas alternativas adotadas pelo ordenamento jurídico brasileiro, a exemplo de muitas legislações alienígenas, constituem uma das mais importantes inovações da reforma penal de 1984, que procurou obviar a crise da pena de prisão, a qual sabidamente não atende aos objetivos fundamentais da sanção penal, que é reeducar o apenado e integrá-lo socialmente Segundo Albergaria: As medidas alternativas resultaram, pois, da crise da prisão, sobretudo nas hipóteses das penas privativas de liberdade de curta duração. Permitem que o condenado cumpra a sua pena junto à família e no emprego, com as restrições necessárias à sua educação e à proteção da sociedade. Eliminam a contaminação carcerária, diminuem a superpopulação prisional e suprimem a contradição segurança com reeducação LEAL, 1988, p BITENCOURT, Cezar Roberto. Falência da Pena de Prisão. 2. ed. São Paulo: Saraiva, p ALBERGARIA, 1996, p. 69. A vantagem dessa pena é a permanência do condenado junto à sua família, ocorrendo o seu afastamento apenas nos dias dedicados ao repouso semanal, a possibilidade de reflexão sobre o ato cometido, a permanência do condenado em seu trabalho, não trazendo assim dificuldades materiais para a sua família. No entanto, para conversão da pena privativa de liberdade para restritiva de direito, nosso código penal adotou algumas peculiaridades. Assim estabelece o art. 44 do Código Penal brasileiro: Art. 44. As penas restritivas de direitos são autônomas e substituem as privativas de liberdade, quando:

22 I - aplicada pena privativa de liberdade não superior a quatro anos e o crime não for cometido com violência ou grave ameaça à pessoa ou, qualquer que seja a pena aplicada, se o crime for culposo; II - o réu não for reincidente em crime doloso; III - a culpabilidade, os antecedentes, a conduta social e a personalidade do condenado, bem como os motivos e as circunstâncias indicarem que essa substituição seja suficiente Vale ressaltar que em caso de descumprimento da pena restritiva de direito, o juiz poderá convertê-la em pena privativa de liberdade, haja vista o descumprimento da sanção anteriormente imposta, conforme estabelecido em nosso ordenamento jurídico. 32BRASIL. Decreto-Lei n 2.848, de 7 de Dezembro de Código Penal. Disponível em:< 2.4 PENA DE MULTA A pena de multa consiste, no pagamento ao fundo penitenciário de uma quantia fixada na sentença e calculada em dias-multa, sendo que a quantidade mínima será de 10 dias e a máxima de 360 dias-multa.33 A quantidade de dias-multa fixada pelo juiz na sentença dependerá das circunstâncias judiciais previstas no art. 59 do Código Penal, sendo que se forem totalmente favoráveis, a quantidade de dias-multa deverão ser fixadas próximas do

23 23 mínimo, aumentando na medida em que as circunstâncias deixarem de favorecer o acusado.34 O valor do dia-multa será fixado pelo juiz, sendo que jamais poderá ser inferior a um trigésimo do maior salário mínimo mensal correspondente ao tempo do fato, nem superior a cinco vezes esse salário. Para Leal, em relação aos que vivem exclusivamente de rendimentos do trabalho assalariado, será fácil ao juiz fixar o valor do dia-multa, bastando apenas verificar quanto recebe por dia o condenado. Essa importância constituirá o valor do dia-multa MOVIMENTOS DE POLÍTICA CRIMINAL Através da política criminal, elaboram-se estudos com o intuito de combater a criminalidade, analisando-se a legislação em vigor, formulando propostas e recomendações a fim de combater o quadro da delinqüência. A política criminal não se limita exclusivamente à esfera penal, sendo que seu estudo abrange outras formas de controle social. 33 LEAL, 1988, p LEAL, loc. cit. 35 Ibid., p Colhe-se da lição de Batista: Do incessante processo de mudança social, dos resultados que apresentem novas ou antigas propostas do direito penal, das revelações empíricas propiciadas pelo desempenho das instituições que integram o sistema penal, dos avanços e descobertas da criminologia, surgem princípios e recomendações para reforma ou transformação da legislação criminal e dos órgãos encarregados de sua aplicação. A esse conjunto de princípios e recomendações denomina-se política criminal. 36

24 24 Para Albergaria, define-se hoje a política criminal como parte da política de desenvolvimento social e a readaptação do delinqüente dentro do contexto de respeito aos direitos humanos.37 Conforme decisão do IV Congresso da ONU de 1970, recomendou-se aos estados-membros que a política criminal deveria estar integrada aos planos de desenvolvimento nacional PRIVAÇÃO DA LIBERDADE FRENTE À CONSTITUIÇÃO FEDERAL Nossa Constituição Federal deixa claro ser a liberdade a regra de nosso ordenamento jurídico. No entanto, em determinadas ocasiões, admite-se a prisão com fundamento no interesse público, desde que amparada em pressupostos cautelares, que se sobressai sobre o interesse individual. 36 BATISTA, Nilo. Introdução Crítica ao Direito Penal Brasileiro. 8. ed. Rio de Janeiro: Revan, p ALBERGARIA, 1996, p ALBERGARIA, loc.cit. Conforme Queiroz: A simples leitura do pórtico do texto constitucional, nomeadamente no art. 5, que alude à inviolabilidade da vida, da liberdade, da integridade física, da igualdade etc., põe de manifesto que a liberdade, postulado fundamental do Estado Democrático, é, nesse sistema, a regra; a não-liberdade, a exceção. 39

25 25 Com base no princípio constitucional do estado de inocência (CF, art. 5, LVII), vislumbra-se que ninguém poderá ser considerado culpado antes de uma sentença penal condenatória transitada em julgado. Nas Palavras de Queiroz: Toda restrição jurídico-penal a ela, há de pressupor a absoluta necessidade e adequação desse modo cirúrgico de intervenção estatal, vale dizer, violações autorizadas da liberdade pelo direito penal somente podem ser toleradas quando necessárias à afirmação da liberdade mesma, razão pela qual, crime só pode consistir em lesão à liberdade de alguém, isto é, lesão a um bem jurídico definido, não se tolerando intervenções pedagógicas ou moralizadoras para coibir comportamentos que não lesam ninguém (e.g., o trazer consigo substância entorpecente para consumo, da Lei n /76, art. 16) ou possam ser objeto de suficiente repressão fora do direito penal (civil, administrativo etc), como, por exemplo, as contravenções penais. Porque a liberdade, no sistema democrático, é, a um tempo, o limite e o fim do direito penal. 40 Portanto, a não-liberdade somente deve ser admitida quando for imprescindível, haja vista termos que prestigiar a liberdade em favor do princípio da dignidade humana, admitindo-se, portanto, a privação da liberdade somente em casos extremos e necessários estabelecidos em nossa legislação. 39 QUEIROZ, Paulo de Souza. Do Caráter Subsidiário Do Direito Penal. 2. ed. ver., atual. Belo Horizonte: Del Rey, p QUEIROZ, Paulo de Souza. Funções Do Direito Penal. Belo Horizonte: Del Rey, p PRINCÍPIO DA DIGNIDADE HUMANA O princípio da dignidade da pessoa humana, consagrado pelo art. 1º da Constituição Federal, deve existir para estar a serviço da pessoa humana, sendo que o direito à vida privada, à intimidade, à honra, à imagem, entre outros, aparece como

26 26 conseqüência imediata da consagração da dignidade da pessoa humana como fundamento da República Federativa do Brasil.41 Nas palavras de Moraes: A dignidade da pessoa humana é um valor espiritual e moral inerente a pessoa, que se manifesta singularmente na autodeterminação consciente e responsável da própria vida e que traz consigo a pretensão ao respeito por parte das demais pessoas, constituindose em um mínimo invulnerável que todo estatuto jurídico deve assegurar, de modo que apenas excepcionalmente possam ser feitas limitações ao exercício dos direitos fundamentais, mas sempre sem menosprezar a necessária estima que merecem todas as pessoas enquanto seres humanos.42 Diante da grande desigualdade social existente em nosso país, onde existem milhares de pessoas alojadas pelas ruas, frente à falta de moradia, sucumbidas à fome, à falta de saneamento básico, à saúde, à educação, à falta de perspectiva de vida, diante da inexistência de um trabalho digno capaz de suprir suas necessidades básicas, não se pode, jamais, falar em dignidade. Nosso sistema prisional encontra-se falido, detentos são amontoados nas celas sem o mínimo de dignidade, haja vista a superlotação existente, sendo que diante do alto grau de insalubridade e a falta de mínimas condições de ali permanecerem, acarretam doenças graves e outras moléstias entre os segregados. 41 MORAES, 2003, p Ibid., p A escassez de recursos, as péssimas condições estruturais, ausências de pessoas especializadas, a falta de políticas públicas capazes de proporcionar condição mínima para o detento, gera conseqüências para toda a sociedade como rebeliões, motins, etc. Conforme ainda Moraes:

27 A Declaração Universal dos Direitos Humanos, adotada e proclamada pela resolução n 217 A (III) da Assembléia Geral das Nações Unidas, em , e assinada pelo Brasil na mesma data, reconhece a dignidade como inerente a todos os membros da família humana e como fundamento da liberdade, da justiça e da paz no mundo Por fim, falar em princípio da dignidade da pessoa humana, é falar em respeito ao próximo, é colocar em prática os direitos fundamentais a todos os cidadãos, independentemente de raça, classe social, partido político etc. 2.8 PRINCÍPIO DA HUMANIDADE Ao longo dos anos todo o mundo acompanhou as evoluções dos tipos de pena utilizadas como forma de aplicar a justiça. Na antigüidade, era comum a aplicação de penas cruéis, pena de banimento, pena de trabalho forçados, pena de prisão perpétua e pena de morte. Nossa atual Constituição veda a imposição destes tipos de pena, salvo a pena de morte, em caso de guerra declarada. O princípio da humanidade surge para garantir ao detento, o tratamento como pessoa humana, e não como animais irracionais ou qualquer outro objeto. 43 MORAES, loc. cit. Nas palavras de Batista: O princípio da humanidade, que postula da pena uma racionalidade e uma proporcionalidade que anteriormente não se viam, está vinculado ao mesmo processo histórico de que se originaram os princípios da legalidade, da intervenção mínima e até mesmo sob o prisma da danosidade social o princípio da lesividade. 44

28 28 O mencionado princípio surge para que as penas sejam executadas humanitariamente, sendo totalmente vedada pela Constituição Federal, a aplicação de penas desumanas, as quais apenas visavam o sofrimento do condenado e não a sua recuperação. 2.9 PRINCÍPIO DA INDIVIDUALIZAÇÃO DA PENA Para cada crime existe uma sanção prevista, no entanto, ao ser aplicada esta sanção, o juiz observará os antecedentes criminais, a conduta social, a personalidade, o motivo, as conseqüências e as circunstâncias do crime. Segundo Moraes: O princípio da individualização da pena exige estreita correspondência entre a responsabilização da conduta do agente e a sanção a ser aplicada, de maneira que a pena atinja suas finalidades de prevenção e repressão. Assim, a imposição da pena depende do juízo individualizado da culpabilidade do agente (censurabilidade de sua conduta). 45 A individualização da pena é regulada por lei, sendo que a Constituição Federal prevê o rol de penas previstas em nossa legislação: perda de bens, multa, prestação social alternativa, suspensão ou interdição de direitos, privação ou restrição da liberdade. 44 BATISTA, 2001, p MORAES, 2003, p No entanto, a aplicação destas penas depende de previsão e regulamentação, em obediência ao princípio da reserva legal previsto.46 Cada delinqüente deve receber a punição na medida punitiva pelo que fez, ou seja, a pena deve ser aplicada na medida de sua culpabilidade.

29 PRINCÍPIO DA PROPORCIONALIDADE O princípio da proporcionalidade visa estabelecer, dentre os meios disponíveis para aplicação da tutela jurisdicional, o meio menos oneroso para o indivíduo, com o objetivo de verificar qual a verdadeira necessidade da tutela penal. Além do mais, a tutela penal não pode extravasar os limites da relevância e invadir a esfera da superficialidade, sob pena de gerar a falta de proporcionalidade entre o dano possivelmente praticado e a pena abstratamente cominada ao delito. A justiça e a liberdade, objetivos de nosso Estado, são as vigas para o desenvolvimento do princípio da proporcionalidade. A importância deste princípio está diretamente ligada ao grau de relevância da afetação de um bem jurídico, fazendo nascer a necessidade da aplicação de uma norma penal. 47 O princípio da proporcionalidade determina que se comparem as diversas alternativas e, ao final de um compenetrado sopesamento, eleja-se a menos lesiva para os direitos individuais. No plano da incriminação de condutas, conduz, assim, à configuração de um Direito penal de caráter subsidiário. 48 Aplicar o princípio da proporcionalidade é dar ao cidadão a menor desvantagem que puder, aplicando-se sempre o meio menos oneroso, dentro, é lógico, da ideia da legalidade. 46 Ibid., p BIANCHINI, Alice. Do Processo de Incriminação de Condutas. Tubarão: Curso de especialização telepresencial e virtual em ciências penais, Apostila, aula 2. p BIANCHINI, loc. cit. 3 LEI DE EXECUÇÃO PENAL

30 30 A pretensão punitiva do Estado, configurada pela decisão condenatória no processo criminal, tem por objetivo principal a não reiteração da conduta praticada pelo autor do delito. Com isso, a Lei de Execução Penal surgiu, com o objetivo de servir os direitos, garantias e deveres do preso, nos parâmetros da dignidade da pessoa humana e humanidade, uma vez que o caráter meramente castigador da pena já fora extinto no século passado. Portanto, será minuciosamente trabalhado sobre a Lei de Execução Penal, seus aspectos históricos e principais dispositivos encontrados, uma vez que se trata de norma ligada diretamente aos direitos e garantias fundamentais do ser humano, e por conseqüência, dispositivos jurídicos auto-aplicáveis. 3.1 ASPECTOS HISTÓRICOS DA LEI N /84 No Brasil, desde o ano de 1933, tentava-se elaborar uma legislação a respeito das normas de execução penal, vez que o código penal e o código de processo penal não constituíam regulamentos a respeito da execução da pena.1 Foram inúmeras tentativas ao longo dos anos, vários projetos foram elaborados, sendo posteriormente abandonados. No entanto, em 1981, uma comissão instituída pelo Ministro da Justiça da época e composta por vários professores de renome nacional, apresentou o projeto da nova lei de execução penal, que após passar por comissões revisoras, foi encaminhado ao congresso nacional, que aprovou sem qualquer alteração, sendo promulgada em 11 de julho de MIRABETE, Julio Fabbrini. Execução Penal. 11. ed. rev., atual. São Paulo: Atlas, 2004, p Ibid., p FUNÇÕES DA PENA

31 31 Há inúmeras teorias a respeito da função da pena, para que o Estado possa utilizá-la a fim de realizar o controle social. Segundo Bitencourt, o Estado utiliza a pena para proteger de eventuais lesões determinados bens jurídicos, assim considerados em uma organização socioeconômica específica Repressão Todo ato praticado por um indivíduo contrário à lei, recebe uma resposta do Estado com forma de sanção. Segundo Leal: A partir do momento em que o indivíduo realiza o tipo penal de forma antijurídica e culpável, surge para o Estado o direito de sancioná-lo com uma medida repressiva. A sanção, portanto, é a resposta do poder estatal à transgressão de norma de conduta promulgada para tutelar certos bens e interesses. Ao longo dos tempos, o tipo de resposta repressiva imposta ao indivíduo infrator tem-se modificado conformes as necessidades de segurança do grupo social e segundo os interesses das classes dominantes.4 A única idéia que se tinha de pena, era o castigo ao indivíduo que praticou uma conduta reprovável pelo Estado. Nas palavras de Mirabete: Para as teorias chamadas absolutas (retribucionistas ou de retribuição), o fim da pena é o castigo, ou seja, o pagamento pelo mal praticado. O castigo compensa o mal e dá reparação à moral, sendo a pena imposta por uma exigência ética em que não se vislumbra qualquer conotação ideológica.5 3 BITENCOURT, Cezar Roberto. Falência da Pena de Prisão. 2. ed. São Paulo: Saraiva p LEAL, João José. Direito Penal Geral. São Paulo: Atlas p MIRABETE, 2004, p. 24.

32 32 Nas palavras de Oliveira: As teorias absolutistas apontam a retribuição e a expiação do delito praticado como finalidade da pena. A sanção é simplesmente a conseqüência jurídica do delito. Não há, pois, que se cogitar de qualquer outro sentido à pena, pois ela é justa em si mesma.6 Ao longo dos anos surgiram novas idéias com o objetivo de modificar a função da pena, para que não se revestisse da mera finalidade de castigo do indivíduo pelo mal praticado, mas sim, evitar a prática de novos delitos, bem como reintegrar o indivíduo ao convívio social Prevenção Com o surgimento da teoria relativa, dava-se à pena um fim exclusivamente prático, em especial, o de prevenção geral (com relação a todos) ou especial (com relação ao condenado).7 Para Bitencourt, essa necessidade da pena, não se baseia na idéia de realizar justiça, mas na função, já referida, de inibir, tanto quanto possível, a prática de novos fatos delitivos. 8 Segundo Leal: A pena representa uma ameaça de castigo, visando intimidar o indivíduo e com isto evitar a ocorrência de novos crimes. Essa função preventiva se passa em dois níveis. Com mera ameaça, ainda no plano abstrato, a sanção criminal exerce uma coação psicológica, levando os indivíduos a se absterem de praticar infrações penais, pelo medo de sofrer a respectiva reprimenda. A efetiva aplicação da pena também pode intimidar os indivíduos e desestimulá-los da eventual prática de infrações penais. É o que se denomina de prevenção geral, que consiste no poder intimidativo que a pena pode exercer sobre os indivíduos em geral. 6 OLIVEIRA, Odete Maria de. Prisão: um paradoxo social. 2. ed. rev., ampl. Florianópolis: UFSC, p MIRABETE, loc. cit. 8 BITENCOURT, 2001, p. 121

33 Pode ela também intimidar o indivíduo que, após ter sofrido a punição, vai se sentir desestimulado a praticar outros crimes. É o que se denomina de prevenção especial ou específica Portanto, com a teoria relativa, o objetivo primordial da pena é o de prevenir que novos delitos aconteçam na sociedade, ligado sempre a idéia de que a punição deveria desestimular a prática de um novo crime Ressocialização A ressocialização é assunto de grande relevância nos dias atuais, tendo em vista que o alto índice de reincidência existente em nosso país está diretamente ligado à ineficácia da política adotada para que essa ressocialização realmente se torne efetiva. Segundo Mirabete: A tendência moderna é a de que a execução da pena deve estar programada de molde a corresponder a idéia de humanizar, além de punir. Deve afastar-se a pretensão de reduzir o cumprimento da pena a um processo de transformação científica do criminoso em não criminoso.10 O principal objetivo da ressocialização é que após o cumprimento da pena, o detento esteja pronto para retornar a sociedade, sem recorrer ao caminho do crime. Assim, muitas penitenciárias, com o objetivo de ressocializar, reeducar e reintegrar o indivíduo à sociedade implantam no interior de seus estabelecimentos, postos de trabalho, bibliotecas, e outras medidas previstas na Lei de Execução Penal. 9 LEAL, 1998, p MIRABETE, op. cit., p. 26.

34 34 Para Torrens: A finalidade da pena, segundo o sistema penal, é a recuperação do homem infrator. Não se nega que a pena tem caráter aflitivo-retributivo-intimidatório, porém a sua função primordial, segundo os princípios geradores da escola positiva, nos fins do século XIX e começo do século XX, com Ferri, Garofalo e Lambroso, é a ressocialização do homem, portanto, a sua recuperação social.11 No entanto, devido à precariedade existente em nosso sistema prisional, não se vislumbra a aplicação de políticas voltadas ao retorno do indivíduo à sociedade, de forma que este não volte a praticar condutas ilícitas. 3.3 DIREITOS DO PRESO O Brasil, por adotar o Estado Democrático de Direito, estabelece que todas as pessoas possuam direitos e deveres, sendo este ideal estendido ao indivíduo que se encontra preso.12 Conforme Mirabete: A Lei de Execução Penal, impedindo o excesso ou o desvio da execução que possa comprometer a dignidade e a humanidade da execução, torna expressa a extensão de direitos constitucionais aos presos e internos. Por outro lado, assegura também condições para que os mesmos, em decorrência de sua situação particular, possam desenvolver-se no sentido da reinserção social como afastamento de inúmeros problemas surgidos com o encarceramento TORRENS, Laertes de Macedo. Estudos Sobre Execução Penal. Guarulhos: Soge, 2000, p PORTO, Roberto. Crime Organizado e Sistema Prisional. São Paulo: Atlas, p MIRABETE, 2004, p. 42.

35 35 preso: Está previsto na Lei de Execução Penal, em seu art. 41, quais são os direitos do Art Constituem direitos do preso: I - alimentação suficiente e vestuário; II - atribuição de trabalho e sua remuneração; III - Previdência Social; I - constituição de pecúlio; V - proporcionalidade na distribuição do tempo para o trabalho, o descanso e a recreação; VI - exercício das atividades profissionais, intelectuais, artísticas e desportivas anteriores, desde que compatíveis com a execução da pena; VII - assistência material, à saúde, jurídica, educacional, social e religiosa; VIII - proteção contra qualquer forma de sensacionalismo; IX - entrevista pessoal e reservada com o advogado; X - visita do cônjuge, da companheira, de parentes e amigos em dias determinados; XI - chamamento nominal; XII - igualdade de tratamento salvo quanto às exigências da individualização da pena; XIII - audiência especial com o diretor do estabelecimento; XIV - representação e petição a qualquer autoridade, em defesa de direito; XV - contato com o mundo exterior por meio de correspondência escrita, da leitura e de outros meios de informação que não comprometam a moral e os bons costumes. XVI atestado de pena a cumprir, emitido anualmente, sob pena da responsabilidade da autoridade judiciária competente. (Incluído pela Lei nº , de ) Parágrafo único. Os direitos previstos nos incisos V, X e XV poderão ser suspensos ou restringidos mediante ato motivado do diretor do estabelecimento BRASIL. Lei n 7.210, de 11 de Julho de Lei de Execução Penal. Disponível em: < Acesso em: 09/11/2009.

36 36 Além dos direitos previstos em nosso ordenamento jurídico, os detentos gozam de outros direitos que não se encontram regulamentados, tais como visita íntima e entrega de gêneros alimentícios, que são permitidos em quase todos os estabelecimentos prisionais do Brasil. No entanto, estes benefícios estão condicionados ao bom comportamento carcerário do preso ASSISTÊNCIA PREVISTA NA LEP Conforme disposto em nosso ordenamento jurídico, a assistência ao preso é um dever do Estado. Dentre essas assistências previstas, podemos destacar a assistência material, assistência à saúde, assistência jurídica, assistência educacional, assistência religiosa e assistência ao egresso. Segundo Kuehne, a assistência, que deve ser prestada, no mais amplo sentido, visa a reinserção do condenado ao convívio social, umas das finalidades da pena.16 Nas palavras de Mirabete: Se a reabilitação social constitui a finalidade precípua do sistema de execução penal, é evidente que os presos devem ter direito aos serviços que a possibilitem, serviços de assistência que, para isso, devem ser-lhes obrigatoriamente oferecidos, como dever do Estado. 17 Assim, para que haja efetiva ressocialização do preso, devem ser respeitadas as formas de assistência ao preso estabelecida na legislação pertinente. 15 PORTO, 2008, p KUEHNE, Maurício. Lei De Execução Penal Anotada. 5. ed. rev., atual. Curitiba: Juruá, p MIRABETE, 2004, p. 63.

37 Assistência material Prevê nossa legislação que a assistência material consiste no fornecimento de alimentação, vestuário e instalação apropriada e higiênica. Conforme Mirabete: A assistência material, segundo a lei, consiste no fornecimento de alimentação, vestuário e instalações higiênicas aos presos e internados. Um dos direitos do preso, aliás, é a alimentação suficiente e vestuário, que corre a cargo do Estado (art. 41, I, da LEP), ainda que se permita às vezes o envio de pacotes de comida do exterior, principalmente em ocasiões especiais ou nos dias reservados às visitas. 18 Percebe-se nos presídios e penitenciárias, o descontentamento dos presos em relação à alimentação, considerada de má qualidade. Em relação ao vestuário, a situação também é bem complicada, haja vista que a maioria das penitenciárias não distribui vestuários para os presos, ficando estes dependendo de suas famílias. No entanto, muitos detentos não recebem vestuário nem mesmo da família, ficando na dependência de doações de outros detentos, sendo o vestuário uma obrigação do Estado. A higiene é muito complicada no sistema prisional. Detentos dependem quase que exclusivamente de seus familiares para receberem este tipo de material, o que faz com que o ambiente, já superlotado, fique cada vez mais insalubre Assistência à saúde As pessoas que se encontram presas também necessitam de atendimento à saúde. Conforme Mirabete, constitui-se hoje necessidade indeclinável a Administração

38 18 MIRABETE, 2004, p. 66. manter a saúde dos presos e internados e atendê-lo em caso de enfermidade, procurando um adequado regime sanitário nos estabelecimentos penitenciários.19 Segundo Porto: A superlotação dos presídios brasileiros tem causado a propagação de microbactérias resistentes na comunidade carcerária, de modo a difundir a tuberculose pulmonar, chegando a atingir níveis epidêmicos. Descrevendo os presídios como um território ideal para a transmissão do vírus HIV e da tuberculose pulmonar, o Programa de Prevenção da AIDS das Nações Unidas (UNAIDS) tem anualmente alertado as autoridades prisionais brasileiras para que tomem medidas preventivas para evitar maiores índices de contaminação A tuberculose não se limita apenas aos detentos, mas se propaga para a comunidade, haja vista o contato com os familiares, funcionários do estabelecimento prisional, advogados, promotores, juízes etc. 21 Morrem no Brasil anualmente (cinco mil) pessoas vítimas de tuberculose, sendo que mais da metade destas mortes estão relacionados ao sistema prisional. 22 Assim, podemos perceber a grande necessidade de uma política voltada à saúde no interior das inúmeras unidades prisionais espalhadas pelo país. Nas palavras de Kuehne, a questão relacionada à saúde da população prisional é um dos graves problemas que aflige o Sistema Penitenciário, sob a responsabilidade do Ministério da Justiça e dos Estados.23 Vale lembrar que dentro da assistência à saúde, além do atendimento médico, os detentos têm direito de assistência farmacêutica e odontológica. No entanto, diante das péssimas condições de higiene e da superlotação existente, a propagação de doenças graves e outras moléstias é quase que natural. 19 MIRABETE, 2004, p PORTO, 2008, p Ibid., p. 34.

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