ANÁLISE QUÍMICA I. Materiais para Laboratório
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- Matheus Henrique Raminhos Candal
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1 ANÁLISE QUÍMICA I Materiais para Laboratório Tipos de Vidro : borossilicato (uma miscelânea de óxidos de silício, sódio, alumínio e boro comercialmente conhecido pelo nome pirex), pois como entra em contato direto com uma chama ou superfície aquecida, o material de constituição deve ser demasiado resistente (além de inerte frente à boa parte das substâncias químicas). Copo de Béquer : É de uso geral em laboratório. Serve para fazer reações entre soluções, dissolver substâncias sólidas, efetuar reações de precipitação e aquecer líquidos. Pode ser aquecido sobre a TELA DE AMIANTO e CHAPA AQUECEDORA. Existem dois tipos principais de béquer, o Copo de Griffin (Béquer de Forma Baixa), a forma mais comum, e o Copo de Berzelius (Béquer de Forma Alta). Balão Fundo Chato : Utilizado como recipiente para conter líquidos ou soluções, ou mesmo fazer reações com desprendimento de gases. Pode ser aquecido sobre o TRIPÉ com TELA DE AMIANTO ou CHAPA AQUECEDORA. 1
2 Balão de Fundo Redondo : Utilizado principalmente em sistemas de refluxo e evaporação a vácuo, acoplado a MANTA AQUECEDORA. Balão de Destilação : é uma vidraria utilizada em laboratórios com principal objetivo de conter algum líquido (mistura) que será levado à ebulição para que o componente mais volátil seja completamente vaporizado e posteriormente destilado. Erlenmeyer Boca Larga, Estreita ou Rolha Esmerilhada : Utilizado em titulações, aquecimento de líquidos e para dissolver substâncias e proceder reações entre soluções. 2
3 Frasco Kjeldahl : é utilizado em análises para a determinação de nitrogênio em produtos orgânicos e inorgânicos. Bulbo Kjeldahl : tem como finalidade condensar vapores gerados pelo aquecimento de líquidos na destilação para determinação de nitrogênio via Kjeldahl. Balão Volumétrico / Balão Kohlrausch : Possui volume definido e é utilizado para o preparo de soluções em laboratório. Não pode ser aquecido. 3
4 Pipeta Sorológica / Mohr (Graduadas) : possuem uma escala para medir volumes variáveis. Não pode ser aquecida. Existem dois tipos : Pipeta Mohr (escoamento parcial) e Pipeta sorológica (escoamento total). Exemplos de divisão : 1/10 = 0,1 ml ; 1/20 = 0,05 ml. Tabela de codificação para pipetas graduadas Capacidade Nominal (ml) Menor Divisão (ml) Cores das faixas 1 0,01 1 amarela 0,05 2 verdes 0,1 1 vermelha 1,5 0,01 2 vermelhas 2 0,01 2 brancas 0,02 1 preta 0,05 2 laranjas 0,1 1 verde 3 0,01 2 azuis 5 0,05 1 vermelha 0,1 1 azul 10 0,1 1 laranja 15 0,1 2 verdes 20 0,1 2 amarelas 25 0,1 1 branca 0,2 1 verde 50 0,1 2 laranjas 0,2 1 preta 100 0,2 1 vermelha Pipeta Volumétrica : possuem apenas um traço para indicar o volume fixo e final indicado por ela, sendo estas mais rigorosas que as graduadas. Não pode ser aquecida. 4
5 Tabela de codificação para pipetas volumétricas Capacidade Nominal (ml) Cores das faixas 1 1 azul 2 1 laranja 3 1 preta 4 2 vermelhas 5 1 branca 6 2 laranjas 7 2 verdes 8 1 azul 9 1 preta 10 1 vermelha 15 1 verde 20 1 amarela 25 1 azul 30 1 preta 40 1 branca 50 1 vermelha 75 1 verde amarela pretas azul Pera de Sucção : Para utilizar uma destas pipetas é também necessário o uso de uma Pera de Sucção. Esta é colocada na ponta superior da pipeta, produzindo um abaixamento da pressão de seu interior e provocando a aspiração do líquido de tal forma a preencher a pipeta no volume desejado. Para escoar os líquidos, deve-se colocar a pipeta na posição vertical, com a ponta encostada na parede do recipiente que vai receber o líquido; Esperam-se 15 segundos e retira-se a gota aderida a ponta da pipeta, encostando-a à parede do recipiente. a) Pipetas com escoamento total: contêm duas faixas na parte superior (além da faixa de código que indica o volume), indicando que as mesmas são calibradas para - assoprando-se até a última gota - liberar sua capacidade total. b) Pipetas com esgotamento parcial: contêm uma faixa estreita acima da faixa de código (indicadora do volume), que as diferencia das pipetas de escoamento total. Não precisa ser assoprada. 5
6 A pipeta de sopro pode ser marcada com um pequeno anel branco próximo da parte superior. Adicionalmente, este anel pode ter uma impressão indicando que o instrumento é uma pipeta de sopro ( Blow-out, Ä souffler). Figura 1 Figura 2 Figura 3 Figura 4 Outros tipos de pipetas, usado especialmente quando há a necessidade de se transferir volumes muito reduzidos, é a pipeta de Pasteur (figura 1) e a micropipeta (figuras 2 e 3). A pipeta de Pasteur é uma pipeta bastante simples, não possuem abertura superior, apenas a inferior para entrada de liquido. Possuem na ponta um balão que quando pressionado expele o ar para fora. Daí mergulha-se a ponta no liquido e em seguida soltando o balão, trazendo o líquido para a pipeta. Geralmente são feitas de plástico e são descartáveis. Foi criada pelo médico francês Louis Pasteur em suas pesquisas. A micropipeta permite medir pequenos volumes, da ordem de microlitros, porém, com precisão e exatidão geralmente inferiores às obtidas pelas pipetas graduadas e volumétricas de maior volume. Este tipo de pipeta utiliza pontas (chamadas de ponteiras) descartáveis, feitas de polipropileno (figura 4). O líquido aspirado por elas não entra ou não deve entrar no corpo principal da micropipeta, sob risco de adulterá-la e descalibrá-la. A micropipeta pode ser digital e eletrônica. A maioria das micropipetas são Monocanais (figura 2) mas também existem micropipetas Multicanais de 8 e 12 canais (figura 3). 6
7 Bureta Torneira de Vidro ou Torneira de Teflon / Bureta Digital : É utilizada em análises volumétricas. Uma bureta é um instrumento de medição e transferência rigorosa de volumes líquidos. Não pode ser aquecida. Proveta Base Vidro e Base Plástica : Serve para medir e transferir volumes de líquidos. Não pode ser aquecida. 7
8 Funil Analítico Liso ou Raiado / Haste Curta ou Longa : auxilia na preparação e transferência de soluções ; usado na filtração e para retenção de partículas sólidas juntamente com o PAPEL DE FILTRO. Frasco Filtração ou Kitassato : Utilizado em conjunto com o FUNIL DE BUCHNER em filtrações à vácuo. Funil Buchner : Utilizado em filtrações a vácuo. Pode ser usado com a função de FILTRO em conjunto com o KITASSATO 8
9 Vidro Relógio : Peça de Vidro de forma côncava é usada em análises e evaporações. Não pode ser aquecido diretamente. Pesa Filtro : Muito usado para conter sólidos puros, amostras sólidas, etc. Resiste bem ao aquecimento em estufa (110 ºC), daí seu uso na operação de secagem, determinação de umidade, etc. A tampa esmerilhada protege o conteúdo da ação da umidade e poeira. Picnômetro : O picnômetro é um pequeno frasco de vidro construído cuidadosamente de forma 9
10 que o seu volume seja invariável. Ele possui uma abertura suficientemente larga e tampa muito bem esmerilhada, provida de um orifício capilar longitudinal. Muito utilizado para determinar a densidade de uma substância. Instrumento de laboratório usado sobretudo para calcular a densidade relativa de um líquido. Densímetro : é um instrumento utilizado para medir a densidade dos líquidos. É composto por um tubo de vidro com uma certa quantidade de chumbo no fundo, possui duas partes o tubo e o bulbo. Ao tubo possui uma escala calibrada que permite a leitura da densidade. A relação entre o volume e a massa do bulbo é o fator que tem maior peso na definição dos limites da escala. O densímetro tem de flutuar, em equilíbrio, nos líquidos cujas densidades se quer medir. Isto é, não pode ser pesado demais, a ponto de bater no fundo do recipiente em que é colocado, nem leve demais, a ponto de sua escala ficar fora da interface líquido-ar, que é utilizada como referência para leitura. Além disso, obviamente, a profundidade de equilíbrio deve ser função da densidade do fluido. O densímetro faz uso do princípio do empuxo descoberto por Arquimedes. O empuxo é a força que provoca a flutuação dos corpos nos líquidos, sendo proporcional a densidade ρ, ao volume do corpo V e a aceleração da gravidade g dado pela relação: I = ρ.v. g Por causa desta relação de proporcionalidade é posssível descobrir a densidade dado que a aceleração da gravidade é conhecida e constante, o volume do densímetro também é conhecido e constante assim como a força de empuxo que na flutuação iguala a força peso. 10
11 Placa de Petri : Usadas para fins diversos tais como, secagem de compostos, processos de incubação em Biologia, etc. Dessecador : Usado para guardar substâncias em atmosfera com baixo índice de umidade. Um dessecador é um recipiente fechado que contém um agente de secagem chamado dessecante. A tampa é engraxada (com graxa de silicone) para que feche de forma hermética. O agente dessecante mais utilizado é a sílica, que deve estar na coloração azul (seca). Quando a sílica fica na coloração avermelhada, significa que já está saturada de água, impossibilitando que a mesma absorva a água do interior do dessecador. Como auxílio ao processo de secagem de substâncias, é comum o acoplamento de uma bomba de vácuo para reduzir a pressão no interior do dessecador, quando o mesmo apresenta uma válvula para esta finalidade na tampa. Após o vácuo desejado, a válvula é fechada e a bomba de vácuo desacoplada. Seu uso mais comum se dá nas etapas de padronização de soluções e gravimetria, onde um sal de uma determinada substância é aquecido em estufa e posteriormente posto para esfriar sob pressão reduzida no interior do dessecador (padronização de soluções) ou onde uma massa de um determinado produto é aquecida em estufa e posteriormente posto para esfriar sob pressão reduzida no interior do dessecador. O resfriamento a pressão reduzida e no interior do dessecador impede a absorção de água enquanto sua temperatura se iguala à ambiente, para que seja posteriormente pesado. 11
12 Figura 1 Figura 2 Figura 3 Condensador : Utilizado na destilação, tem como finalidade condensar vapores gerados pelo aquecimento de líquidos. Ele é dividido em duas partes: Uma onde passa o vapor que se tem interesse em condensar e outra onde passa um líquido (normalmente água) resfriado para abaixar a temperatura interna do condensador. Um vapor aquecido entra no condensador e encontra uma superfície com uma temperatura inferior ao seu ponto de ebulição, e então condensa (ou liquefaz). Tipos : Serpentina : Friedrich (Figura 1), Reto : Liebig (Figura 2), Bolas : Allihn (Figura 3). 12
13 Tubo/Pêra para centrifugação : São fabricados em vidro ou plástico, graduados ou não, e são utilizados em um equipamento chamado de centrífuga, a fim de se promover a separação dos componentes via sedimentação dos líquidos imiscíveis de diferentes densidades. Coluna de Fracionamento Vigreux : É parte de um aparelho de destilação fracionada. Ela provê uma superfície externa para troca de calor, de modo que o vapor que sai do líquido em ebulição no frasco destilador condensa e evapora diversas vezes ao longo do caminho entre o líquido em ebulição e a cabeça de destilação, fazendo que um gradiente de temperatura se estenda ao longo desse caminho, desde a temperatura mais alta no frasco destilador até a temperatura mais baixa na cabeça de destilação. Conseqüentemente, ocorre, continumente, na superfície da coluna, uma troca de calor entre o condensado descendente mais frio e o vapor ascendente mais quente. À medida que o condensado recebe calor do vapor, em parte ele evapora novamente, formando um vapor mais rico que o condensado no componente mais volátil (de menor ponto de ebulição). Ao mesmo tempo, à medida que o vapor cede calor para o condensado, em parte ele condensa, formando um condensado mais rico que o vapor no componente menos volátil (de maior ponto de ebulição). Tudo isso faz com que o vapor que emerge, e é removido no topo da coluna, seja o componente mais volátil praticamente puro; o resíduo no frasco destilador, por outro lado, é composto do componente menos volátil, também praticamente puro. 13
14 Adaptador / Ponte / Cabeça para Destilação : é uma peça de vidro habitualmente indispensável em qualquer montagem experimental de destilações. Esta peça de vidro faz a ligação entre o balão (onde a mistura é levada à ebulição) e o condensador (onde ocorre a condensação do destilado) e tem uma abertura (socket) para suportar um termómetro à entrada do condensador. Existem, basicamente, dois tipos de cabeças de destilação: a cabeça de destilação simples e a de Claisen. Esta é utilizada principalmente para destilações com colunas de fracionamento (colunas de Vigreux, por exemplo) e em refluxos. Frasco Lavador : Usado para lavagens de gases, remoção de precipitados e outros fins. 14
15 Cuba : Cuba é um recipiente de vidro, com tampa, onde são realizadas as separações cromatográficas pela técnica de Cromatografia em Camada Delgada (CCD) e sem tampa é utilizada para conter misturas refrigerantes e finalidades diversas. Funil Separação ou Decantação Tipo Pera : Utilizado na separação de líquidos não miscíveis e na extração líquido/líquido. Cápsula de Alumínio : para acondicionamento de amostras na determinação de umidade por gravimetria. 15
16 Cápsula de Evaporação : Peça de porcelana usada para evaporar líquidos das soluções. Pode ser aquecida, por exemplo, em banho-maria, para garantir que a evaporação se processe de maneira controlada. Gral ou Almofariz com Pistilo : Usado na trituração e pulverização de sólidos. Cadinho Forma Baixa, Média ou Alta : Peça de porcelana, cuja utilidade é aquecer substâncias à seco e com grande intensidade (calcinação), por isto pode ser levado diretamente ao BICO DE BUNSEN, MEKER E MUFLA 16
17 Dean Stark (Trap) : é usado na determinação quantitativa de água presente em óleo, através de destilação por arraste com solvente. Tubo de Ensaio : Empregado para fazer reações em pequena escala, principalmente em testes de reação em geral. Pode ser aquecido com movimentos circulares e com cuidado diretamente sob a chama do BICO DE BÜNSEN ou MEKER. Estante : É usada para suporte dos TUBOS DE ENSAIO. Tubo de Thiele : É uma vidraria de laboratório projetado para conter e aquecer um banho de óleo e é utilizada na determinação do ponto de fusão de uma substância. 17
18 Tubo Capilar : É um tubo estreito utilizado na determinação do ponto de fusão e ebulição das substâncias baseado na capilaridade ou ação capilar é a propriedade física que os fluidos têm de subirem ou descerem em tubos extremamente finos. Essa ação pode fazer com que líquidos fluam mesmo contra a força da gravidade ou à indução de um campo magnético. Se um tubo que está em contato com esse líquido for fino o suficiente, a combinação de tensão superficial, causada pela coesão entre as moléculas do líquido, com a adesão do líquido à superfície desse material, pode fazê-lo subir por ele. Plataforma Elevatória tipo Jack : Ferramenta utilizada para subir ou baixar qualquer equipamento em laboratório. Pinça Dupla Bureta / Pinça bureta com mufa : Usada para sustentar a bureta na operação de titulação. Suporte Universal : Utilizado em operações como : Filtração, Suporte para Condensador, Bureta, Sistemas de Destilação, etc. Serve também para sustentar peças em geral. 18
19 Pérola de Vidro : As pérolas de vidro são utilizadas para não haver uma super ebulição. Com o aquecimento da solução, o ar retido nas paredes das pérolas, vão se soltando e a solução é aquecida por igual. Placa de Toque : É uma placa dotada de cavidades, destinadas à execução de reações químicas com quantidades pequenas de reagentes (geralmente uma ou duas gotas), denominadas provas de toque. Resiste bem ao ataque da maioria dos reagentes químicos. Sendo branca, permite boa percepção do aparecimento ou mudanças de cores. Para fins especiais, existem também, placas de toque pretas e placas de toque de vidro. Bastão de Vidro : Empregado na agitação de líquidos, em operações como: homogeneização, dissolução, etc., auxílio na transferência de líquidos de um recipiente para outro (faz-se o líquido escorrer pelo bastão de vidro ao invés de vertê-lo diretamente ao outro frasco). 19
20 Tela de Amianto : Suporte para as peças a serem aquecidas. A função do amianto é distribuir uniformemente o calor recebido pelo BICO DE BUNSEN ou MEKER. Tripé : Sustentáculo para efetuar aquecimentos de soluções em vidrarias diversas de laboratório. É utilizado em conjunto com a TELA DE AMIANTO. Triângulo de Porcelana : Formado por fios de arame e três tubos de porcelana. Colocado sobre o tripé, serve para suportar cadinhos que serão submetidos a aquecimento direto pelo bico de Bunsen ou Meker, ou ainda sob resistências. 20
21 Peneira : É utilizada em análise granulométrica, estudo que permite identificar o tamanho e a distribuição dos grãos e, junto à composição mineralógica, permite obter o grau de liberação. As peneiras granulométricas possuem diferentes aberturas que são padronizadas internacionalmente. O número de abertura por polegada é chamado de mesh e é determinado da maneira a seguir: Quanto maior o mesh é maior o número de aberturas e mais fino deverá ser o grão, para passar por ela. Resumindo, para análise de materiais grosseiros é indicado o uso de peneiras de baixo mesh e, para materiais finos, é necessário o uso de peneiras de maior mesh. Barra Magnética : Acessório essencial utilizado em agitadores magnéticos. São barras duplamente imantadas em PTFE (Politetrafluoretileno). Dentro da solução coloca-se uma barra magnética que vai criar um campo magnético com a base do agitador e que garante deste modo uma agitação eficaz. Agitador Magnético com ou sem Aquecimento : É utilizado para agitação uniforme de soluções, aquecidas ou não, com o auxílio da BARRA MAGNÉTICA. O equipamento possui um botão que permite selecionar a intensidade da agitação pretendida, e nos modelos com aquecimento a temperatura desejada. A agitação é uma operação fundamental na titulação, homogeneização e mistura de materiais. 21
22 Figura 1 Figura 2 Bico de Bunsen / Bico de Meker : É a fonte de aquecimento mais utilizada em laboratório. Mas contemporaneamente tem sido substituído pelas MANTAS E CHAPAS DE AQUECIMENTO. O bico de Bunsen (figura 1) / Meker (figura 2) é um dispositivo usado em química para efetuar aquecimento de soluções em laboratório. Normalmente o bico de Bunsen / Meker queima GPL (mistura de propano e butano) Condensador Soxhlet : tem como finalidade condensar vapores de um solvente utilizado na extração de compostos, geralmente de natureza lipídica, contido em um sólido. Extrator Soxhlet : um material sólido contendo algum composto desejado é envolvido por um papel de filtro e colocado dentro de um dedal, que é carregado para dentro da câmara principal do extrator de Soxhlet. O extrator de Soxhlet é colocado sobre um balão contendo um solvente, e 22
23 na parte superior é acoplado o condensador de Soxhlet.O solvente é aquecido em refluxo e o vapor do solvente condensa sobre a amostra. e a câmara do extrator quando cheia, é automaticamente esvaziada por um sifão (braço lateral), com o solvente voltando para o balão de Soxhlet. Este ciclo pode se repetir muitas vezes, ao longo de horas. Cone Imhoff : é um recipiente cônico usado em todos os laboratórios de pesquisas e estações de tratamento de esgotos, para se determinar a sedimentação natural dos sólidos em suspensão. Cadinho Filtrante (Placa Porosa) : utilizado em filtrações à vácuo (efetuada com sucção) e o cadinho já possui o meio filtrante fundido ao corpo. Sofrem via de regra, ataque das soluções alcalinas. Por isso são utilizados em aplicações diversas, evitando-se apenas soluções alcalinas. Código 1 = porosidade grossa (100 a 160 micras) ; Código 2 = porosidade média (40 a 100 micras) ; Código 3 = porosidade média fina (16 a 40 micras) ; Código 4 = porosidade fina (10 a 16 micras). 23
24 Cadinho de Gooch : é um cadinho de porcelana com fundo perfurado utilizado em filtrações à vácuo (efetuada com sucção) e o meio filtrante utilizado é polpa de papel de filtro quantitativo ou amianto (amianto misturado com água ou polpa de papel filtro com água) ou ainda fibra de óxido de alumínio. Cubeta : são recipientes retangulares de vidro (G) ou quartzo (Q) usadas na espectroscopia de absorção visível/ ultravioleta para a determinação quantitativa de compostos contendo grupos absorventes. Para a região do ultravioleta, devem-se usar as cubetas de quartzo, que são transparentes à radiação ultravioleta, pois o vidro absorve a mesma. A região ultravioleta do espectro é geralmente considerada na faixa de 200 a 400 nm, e a região do visível entre 400 a 800 nm. As cubetas também podem ter dimensões diferentes, e esse dado deve ser considerado na hora do cálculo. 24
25 Espátulas : Empregadas para retirar reagentes sólidos de frascos, substâncias sólidas de vidrarias, material sólido de papéis de filtro, etc. Barrilete em PVC : Para armazenamento de água purificada (destilada ou deionizada) ou estocagem de reagentes preparados, com segurança e sem risco de contaminação. Possui mangueira de nível graduada de líquido depositado, tampa móvel que permite fácil acesso para limpeza e torneira de escoamento. 25
26 . Deionizador : Próprio para se obter água desmineralizada (deionizada) de alta pureza, remove os sais minerais produzindo água quimicamente pura com condutividade equivalente à da água destilada. Ótima aplicação nos laboratórios de análises clínicas, fabricação de cosméticos, água para baterias, etc. Fundamenta-se no princípio de leito misto, ou seja, as resinas de intercâmbio iônico (catiônica e aniônica) estão no mesmo leito ou coluna. Papel de Filtro Qualitativo e Quantitativo :utizado na operação de filtração à frio ou à quente, para separar sólido de líquido ou líquido de sólido em suspensão, em análises qualitativas e quantitativas (gravimetria). Os papéis filtro para fins quantitativos diferem dos qualitativos, principalmente por serem quase livres de cinzas (na calcinação). O papel de filtro é especificado pela faixa : faixa preta (mole) - textura aberta e mole que filtra rapidamente. Usos: precipitados grossos e soluções gelatinosas. faixa branca (médio) - Usos: precipitados médios. faixa azul (denso) - Usos: precipitados finos. faixa vermelha (extra-denso) - Usos: para materiais que tendem a passar para a solução ou suspensões coloidais. faixa verde (extra-espesso) - Usos: no caso anterior quando exige-se dupla folha da faixa vermelha. 26
27 Garra para Condensador com mufa :Usada para prender o condensador à haste do suporte universal ou outras peças como balões, erlenmeyers etc. Anel ou Argola : Usado como suporte do funil na filtração, funil simples, etc. Pinça para Termômetro : Usada para prender o termômetro à haste do suporte universal. Pinça Metálica : Usada para manipular objetos aquecidos. 27
28 Pinça Hoffman : Usada para impedir ou reduzir a passagem de líquidos ou gases, através de tubos flexíveis. Pinça Mohr : Usada para obstruir a passagem de um líquido ou gás, que passa através de tubos flexíveis. Pinça Metálica com Ranhuras : É um instrumento auxiliar usados para segurar / agarrar matérias que não podem ser contaminados pelo contato manual. 28
29 Rolhas de Borracha / Silicone / Cortiça : utilizadas para fechamento de tubos com a finalidade de evitar contaminações, bem como nas operações de filtração à vácuo para a devida vedação. Mangueira de Silicone / Látex : utilizada na conecção de tubos, vidrarias e equipamentos, com a finalidade de passagem de fluidos líquidos e gasosos, bem como utilização em sistemas com pressão e vácuo, sendo a mangueira de silicone mais resistente à produtos corrosivos, pressão e vácuo. Furador de Rolhas : É um utensílio que permite produzir orifícios de diferentes diâmetros, em rolhas de cortiça, silicone ou de borracha. 29
30 Trompa de Vácuo Simples : Equipamento que, ligado em uma torneira, faz sucções nas filtrações a vácuo, atingindo até 750 mm na escala de mercúrio. Escova : utilizadas para limpeza de vidrarias afim de facilitar a remoção de substâncias incrustadas e evitar o contato manual com substância tóxicas e corrosivas. Porta Pipetas : É usado para suporte das PIPETAS SOROLÓGICAS, GRADUADAS E VOLUMÉTRICAS. 30
31 Pisseta ou Frasco Lavador : Usada para lavagens de materiais ou recipientes através de jatos de água, álcool ou outros solventes. Papel indicador universal de ph :São pedaços de papel cobertos com uma substância indicadora. Geralmente há dois tipos de fitas, as que possuem apenas um tipo de indicador, geralmente o tornassol. E as que possuem mais de dois tipos. Ao mergulhar a fita em um líquido, a coloração da região impregnada com a solução indicadora, muda de coloração e com uma tabela de comparação se determina o valor de ph da solução analisada. Manta Aquecedora : Equipamento usado juntamente com um balão de fundo redondo ; é uma fonte de calor que pode ser regulada quanto à temperatura. 31
32 Bomba de Vácuo : é um aparelho destinado à produção de vácuo ou à redução adicional da pressão de um vácuo já existente. É utilizada nas tarefas de filtração, bem como na aspiração em dessecadores, destiladores e nos evaporadores rotativos. Mufla : é um tipo de estufa para altas temperaturas usada em laboratórios. Consiste basicamente de uma câmara metálica com revestimento interno feito de material refratário e equipada com resistências capazes de elevar a temperatura interior a valores acima de 1000 C. As muflas mais comuns possuem faixas de trabalho que variam de 200 C a 1400 C. Estufa : Aparelho elétrico utilizado para dessecação ou secagem de substâncias sólidas, evaporações lentas de líquidos, etc. 32
33 Chapa Aquecedora : É utilizada para o aquecimento de substâncias de uma forma em geral, principalmente as substâncias inflamáveis. Esta é a forma mais comum e segura de aquecimento em um laboratório de química, atualmente. Banho-Maria : É um dispositivo que permite aquecer substâncias de forma indireta, ou seja, que não podem ser expostas a fogo direto. Serve para aquecer lenta e uniformemente qualquer substância líquida ou sólida num recipiente, submergindo-o noutro, onde existe água a ferver ou quase. phmetro : é um aparelho usado para medição de ph. Constituído basicamente por um eletrodo e um circuito potenciômetro. O aparelho é calibrado (ajustado) de acordo com os valores referenciado em cada soluções de calibração. Para que se conclua o ajuste é então calibrado em dois ou mais pontos. Normalmente utiliza-se tampões de ph 7,00 e 4,00. Uma vez calibrado 33
34 estará pronto para uso. A leitura do aparelho é feita em função da leitura da tensão (usualmente em milivolts) que o eletrodo gera quando submerso na amostra. A intensidade da tensão medida é convertida para uma escala de ph. O aparelho faz essa conversão, tendo como uma escala usual de 0 a 14 ph. Seu uso é comum em qualquer setor da ciência que trabalhe com soluções aquosas. É utilizado na agricultura, tratamento e purificação da água, fabricação de papel, indústria petroquímica, na produção e desenvolvimento de medicamentos, fabricação de alimentos, entre outros. Termômetro : são equipamentos de laboratório muito utilizados para medir a temperatura ou as variações de temperatura de determinada amostra ou substância. Existem diversos tipos de termômetro, como termômetro de mercúrio, termômetros tipo espeto e termômetro digital. Abaixo temos as principais escalas termométricas: Escala Celsius Na escala Celsius o ponto de gelo é 0 e o ponto de vapor é 100. Nessa escala, o intervalo entre os pontos fixos é dividido em 100 partes iguais, sendo que cada divisão corresponde a 1grau. Escala Fahrenheit Na escala Fahrenheit o ponto de gelo é 32 e o ponto de vapor é 212. Nessa escala, o intervalo entre os dois pontos fixos é dividido em 180 partes iguais, sendo que cada divisão corresponde a 1 grau fahrenheit (1 F). Escala Kelvin Na escala Kelvin o ponto de gelo é 273 e o ponto de vapor é 373. Nessa escala, o intervalo entre os dois pontos é dividido em 100 partes iguais, sendo que cada divisão corresponde a 1 kelvin (1K). 34
35 Termohigrômetro : são instrumentos para medir a umidade relativa do ar e temperatura. É utilizado principalmente em estudos do clima, mas também em locais fechados onde a presença de umidade excessiva ou abaixo do normal poderia causar danos.. Ele pode ser digital de bancada, digital portátil ou analógico. Balança semi-analítica (±0,01 g) ; (±0,001 g) Balança Analítica(±0,0001 g) Para a medida de massa de sólidos e líquidos não voláteis com grande precisão. A balança analítica é um dos instrumentos de medida mais usados no laboratório e dela dependem basicamente todos os resultados analíticos. Mesmo assim, o simples emprego de circuitos eletrônicos não elimina as interações do sistema com o ambiente. Destes, os efeitos físicos são os mais importantes, pois não podem ser suprimidos: a) Localização da Balança A precisão e a confiabilidade das pesagens estão diretamente relacionadas com a localização da balança analítica. Os principais itens a serem considerados para o seu correto posicionamento são: Características da sala de pesagem Ter apenas uma entrada. Ter o mínimo de janelas possível, para evitar a luz direta do sol e correntes de ar. Ser pouco susceptível a choques e vibrações. 35
36 b) As condições da bancada Ficar firmemente apoiada no solo ou fixada na parede, de modo a transmitir o mínimo de vibrações possível. Ser rígida, não podendo ceder ou vergar durante a operação de pesagem. Pode-se usar uma bancada de laboratório bem estável ou uma bancada de pedra. Ficar localizada nas posições mais rígidas da construção, geralmente nos cantos da sala. Ser antimagnética (não usar metais ou aço) e protegida das cargas eletrostáticas (não usar plásticos ou vidros). c) As condições ambientais Manter a temperatura da sala constante. Manter a umidade entre 45% e 60% (deve ser monitorada sempre que possível). Não permitir a incidência de luz solar direta. Não pesar próximo a irradiadores de calor. Colocar as luminárias distantes da bancada, para evitar distúrbios devido à radiação térmica. O uso de lâmpadas fluorescentes é menos crítico. Evitar pesar perto de equipamentos que usam ventiladores (ex.: ar condicionado, computadores, etc.) ou perto da porta. d) Cuidados operacionais Verificar sempre o nivelamento da balança. Deixar sempre a balança conectada à tomada e ligada para manter o equilíbrio térmico dos circuitos eletrônicos. Deixar sempre a balança no modo stand by, evitando a necessidade de novo tempo de aquecimento (warm up). -O frasco de pesagem Usar sempre o menor frasco de pesagem possível. Não usar frascos plásticos, quando a umidade estiver abaixo de 30-40%. A temperatura do frasco de pesagem e seu conteúdo devem estar à mesma temperatura que a do ambiente da câmara de pesagem (nunca pesar amostras retiradas diretamente de estufas, muflas, ou refrigeradores). Nunca tocar os frascos diretamente com os dedos ao colocá-los ou retirá-los da câmara de pesagem. -O prato de pesagem Colocar o frasco de pesagem sempre no centro do prato de pesagem. Remover o frasco de pesagem do prato de pesagem tão logo termine a operação de pesagem. (usar frascos de pesagem limpos e secos e manter o prato de pesagem sempre livre de poeira, contaminantes ou gotas de líquidos). - A leitura Verificar se o mostrador indica exatamente zero ao iniciar a operação. Tare a balança, se for preciso. Ler o resultado da operação tão logo o detector automático de estabilidade desapareça do mostrador. Para uma correta leitura, conectar a balança a estabilizador e um "terra" eficiente. - Calibração Calibrar a balança regularmente, fazer a verificação antes do uso através de peso padrão. Devido ao efeito gravitacional as balanças devem ser calibradas no local de uso. 36
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