ADUBAÇÃO DA SOJA VI EFEITOS DO ENXÔFRE E DE VÁRIOS MICRONU TRIENTES (Zn, Cu, B, Mn, Fe e Mo), EM SOLO LATOSOL ROXO COM VEGETAÇÃO DE CERRADO ( 1 )

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1 ADUBAÇÃO DA SOJA VI EFEITOS DO ENXÔFRE E DE VÁRIOS MICRONU TRIENTES (Zn, Cu, B, Mn, Fe e Mo), EM SOLO LATOSOL ROXO COM VEGETAÇÃO DE CERRADO ( 1 ) H. A. A. MASCARENHAS e S. MIYASAKA, engenheiro-agrônomo, Seção de Leguminoa, E. S. FREIRE, engenheiro-agrônomo ( 2 ), e TOSHIO IGUE, engenheiro-agrônomo, Seção de Técnica Experimental, Intituto Agronômico SINOPSE O efeito do enxôfre e do micronutriente etudado (zinco, cobre, boro, manganê, ferro e molibdênio) ôbre a produção da oja foram tetado em uma área de Latool Roxo com vegetação de cerrado. O enxôfre, quer adicionado, ob a forma de gêo, a uperfofato triplo, quer veiculado por uperfofato imple, proporcionou ubtanciai e ignificativo aumento de produção, ao pao que a repota ao micronutriente foram pequena e não ignificativa. 1 INTRODUÇÃO No Etado de São Paulo, pouca experiência têm ido feita para determinar, em condiçõe de campo, o efeito do enxofre e de micronutriente obre a produção da oja (Glycine max (L.) Merril). Em experiência conduzida em São Joaquim da Barra, em terra-roxa-miturada ob vegetação de cerrado, Freita, McClung e Lott (2) não obtiveram efeito atifatório da adição de S, Zn ou Mo à adubação com calcário + NPK. Todavia, Mikkelen, Freita e McClung (4), que realizaram experiência em Orlândia (terra-roxa-miturada), Matão (arenito Bauru) e Piraçununga ( 1 ) Recebido para publicação em 4 de julho de ( 2 ) Contratado pelo Conelho Nacional de Pequia, para colaborar com técnico do Intituto Agronômico. Sua colaboração no preente trabalho foi pretada no apreentação e interpretação do reultado obtido.

2 (arenito Botucatu), toda em área com vegetação de cerrado, verificaram que a adição de S ao tratamento com calcário + PK proporcionou aumento de, repectivamente, 11, 27 e 78%. Miyaaka e colaboradore (?), numa experiência intalada em Itapeva (terra-roxa-miturada), não obervaram efeito ignificativo da adição, a NPK, de uma mitura de S + Zn + + Cu + B + Mo, quer na auência, quer na preença de calcário. Mai tarde, Miyaaka e outro (5) etudaram, em Itararé (terra-roxa-miturada), a aplicaçõe de S e, eparadamente, de uma mitura do micronutriente há pouco citado, empre na preença de NPK. Nea experiência, como na de Itapeva, o elemento etudado não aumentaram ignificativamente a produção. Bem diferente, porém, foram o reultado de dua experiência que Miyaaka e colaboradore (6) realizaram no município de Itatinga, em olo do arenito Botucatu com vegetação de campo cerrado. A dua experiência, que tiveram o memo plano geral da de Itararé, foram intalada em área vizinha, numa da quai e havia aplicado calcário. O efeito da adição da mitura de micronutriente foi praticamente nulo, na preença, e ignificativamente negativo, na auência do calcário. Entretanto, quer na área beneficiada pelo corretivo, quer na outra, a adição de S a NPK proporcionou aumento ignificativo. Em uma, na oito experiência citada (quatro em terra- -roxa-miturada, trê em arenito Botucatu e uma em arenito Bauru), o enxofre ó não aumentou a produção da oja em trê dela, intalada em terra-roxa-miturada, em dua da quai êle foi empregado em conjunto com micronutriente. Convém acentuar que a cinco experiência com reação favorável ao enxofre foram conduzida em área de cerrado recém-debravada. Em nenhuma da cinco experiência (trê em terra-roxa-mitúyada e dua em arenito Botucatu), em que figuraram, o micronutriente etudado proporcionaram aumento de produção. O objetivo do preente trabalho é apreentar o reultado de mai uma experiência, conduzida em olo Latool Roxo ob vegetação de cerrado, na qual cada tratamento recebeu, em adição a calcário + PK, um do elemento: enxofre, zinco, cobre, boro, manganê, ferro ou molibdênio.

3 2 MATERIAIS E MÉTODOS Em bloco ao acao, com ei repetiçõe, foram comparado o eguinte tratamento, no quai o índice et indicam que o fóforo foi empregado, repectivamente, na forma de uperfofato imple ou uperfofato triplo: 1) P + Zn 6) P + Mo 2) P + Cu 7) P S S 3) P + B 8) P t 4) P + Mn 9) P + S S t 5) P + Fe Todo o canteiro receberam 3 t/ha de calcário com 34% de CaO e 13% de MgO, bem como 40 kg/ha de K 2 0, na forma de cloreto de potáio. O fóforo, na forma indicada, foi empregado na doe de 10Q kg/ha de P Do micronutriente, uaram-e doe correpondente a 20 kg/ha de ulfato de zinco, ulfato de cobre e ulfato de ferro; 10 kg/ha de ulfato de manganê, 5 kg/ha de bórax e 0,5 kg/ha de molibdato de amônio. O enxofre (S) adicionado a P foi empregado à razão de 100 kg/ha de gêo. O calcário foi epalhado em toda a área da experiência, 1,5 mê ante do plantio da oja, e miturado por meio de enxada à camada uperior do olo. Mai tarde, com a aração geral da área experimental, é que foi incorporado mai profundamente ao olo. O fóforo, o potáio, o micronutriente e o gêo foram aplicado, na ocaião do plantio, em ulco ituado a 5 cm ao lado do detinado à emente. O canteiro tiveram ei fileira de 4 m, com o epaçamento de 60 cm, ma aproveitaram-e omente a dua fileira centrai, da quai foram eliminado, na ocaião da colheita, 50 cm na cabeceira. Portanto, a área útil do canteiro correpondeu a 3,60 m 2. Por metro linear de fileira, uaram-e 25 emente inoculada da variedade Pelicano. Efetuou-e o plantio em 5 de novembro de 1965; a colheita, em 12 de abrir de 1966.

4 A experiência foi intalada na fazenda da Prata ( 3 ), ituada no município de Ipuã, em olo Latool Roxo, egundo a claificação do Serviço Nacional de Pequia Agronômica (9). A área aproveitada teve vegetação de cerradão e foi debravada no ano anterior ao da experiência. No quadro 1 e encontram o reultado da análie fíica e química de amotra compota do olo, tirada ante da calagem. 3 RESULTADOS O "tand" foram atifatório e uficientemente uniforme. A produçõe obtida ão apreentada no quadro 2. ( ) O autore agradecem ao Sr. Mário Amaral, proprietário da fazenda da Prata, pela colaboração pretada na execução cia experiência.

5 Na análie etatítica da produçõe, o coeficiente de variação correpondeu a 16%, e não houve diferença ignificativa entre o tratamento. Efetivamente, a repota à adição do divero micronutriente a P (uperfofato imple) foram muito pequena. Todavia, o efeito do enxofre foi apreciável, conforme e pode verificar comparando a produção do tratamento P, praticamente iento de enxofre, com a de P e de P + S. No pri- ' t meiro cao, o enxofre veiculado pelo uperfofato imple foi uficiente para provocar um aumento de 379 kg/ha (29%) obre a produção do tratamento em que o fóforo figurou na forma de uperfofato triplo; no egundo, a adição, a ete adubo, de 100 kg/ha de gêo proporcionou um aumento de 483 kg/ha, correpondente a 37%. Examinando a produçõe da ei repetiçõe, obervou-e grande variação dentro de algun tratamento que receberam micronutriente. É muito conhecido (i. 3) que o micronutriente, neceário em quantidade diminuta, paam facilmente da doe ótima para a doe tóxica, obretudo quando ão

6 aplicado localmente, memo em ulco laterai. Segundo Rippel e Meyer (8), o exceo de concentração de adubo aumenta conideravelmente a variação entre a repetiçõe do tratamento por êle afetado. Efetivamente, a variância de algun tratamento (P + + Zn, P + Mn e P + Mo) foram muito elevada. Em vita ' dito, excluiram-e ee tratamento e fêz-e nova análie etatítica para o retante, cuja variância foram emelhante. Nete cao, o coeficiente de variação baixou para 11%, e houve diferença ignificativa entre o tratamento. Segundo o tete de Tukey ao nível de 5% de probabilidade, o tratamento P foi ignificativamente inferior ao demai, que e motraram etatiticamente equivalente. Em outra palavra: o efeito do trê micronutriente agora coniderado permaneceram em ignificáncia, ao pao que o aumento proporcionado pelo enxofre, quer adicionado a P ob a forma de gêo, quer fornecido com uperfofato imple (P ), tornaram-e ignificativo. 4 CONCLUSÕES Da experiência relatada, na qual e etudaram, na preença de calcário magneiano, potáio e fóforo, o efeito do enxofre e de divero micronutriente obre a produção da oja, numa área de Latool Roxo com vegetação de cerrado, podem-e tirar a eguinte concluõe: a) O efeito do micronutriente zinco, cobre, boro, manganê, ferro e molibdênio foram muito pequeno e não ignificativo. b) O enxofre aumentou ubtancial e ignificativamente a produção, tanto aplicado ob a forma de uperfofato imple (em comparação com uperfofato triplo), como quando foi adicionado, ob a forma de gêo, a uperfofato triplo. FERTILIZING SOYBEANS VI EFFECTS OF SULFUR AND SOME MICRO-NUTRIENTS IN A LATOSOL SOIL WITH "CERRADO" VEGETATION SUMMARY The repone of oybean to ulfur, zinc, copper, boron, manganee, iron and molybdenum were teted in an area of latool oil previouly

7 covered with "cerrado" vegetation. Sulfur increaed coniderably the eed yield, but no ignificant effect of the indicated micro-nutrient were oberved. LITERATURA CITADA 1. DETURK, E. E. Plant-nutrient deficiency ymptom in legume. In: Hunger ign in crop: a impoium, edited by Gove Ham bidge. Wahington, Judd & Detweler, p :2. FREITAS, L. M. M.; McCLUNG, A. C. & LOTT, W. L. Experimento de adubação em doi olo de campo cerrado. São Paulo, IBEC Reearch Intitute, p. (Boletim 21) 3. IGNATIEFF, W. & PAGE, H., ed. Efficient ue of fertilizer. Roma, F.A.O., p. 4. MIKKELSEN, D. S.; FREITAS, L. M. M. & McCLUNG, A. C. Efeito da calagem e adubação na produção de algodão, milho e oja em trê olo de campo cerrado. São Paulo, Intituto de Pequia I.R.I., p. (Boletim 29).5. MIYASAKA, S.; ALENCAR, CLÓVIS & FREIRE, E. S. Repota da oja à adubação com N, P, K, S e micronutriente em olo pobre de Itararé, no Sul do Planalto Paulita. Bragantia, 25:[XXIX-XXXIII], Nota ; FREIRE, E. S. & MASCARENHAS, H. A. A. Adubação da oja. III Efeito de NPK, do enxôfre e de micronutriente em olo do arenito Botucatu, com vegetação de cerrado. Bragantia, 23: [65]-71, ; WUTKE, A. C. P. & VENTURINI, W. R. Adubação da oja. II Adubação mineral em "terra-roxa-miturada com argilito do Glacial". Bragantia, 21: [617]-630, RIPPEL, A. & MEYER, R. Weitere Unteruchungen über da Ertraggeetz bei Pflanzen. Z. PflErnähr. Düng. 27A (5/6):[257]-302, SERVIÇO NACIONAL DE PESQUISAS AGRONÔMICAS, COMISSÃO DE SOLOS. Levantamento de reconhecimento do olo do Etado de São Paulo. Rio de Janeiro, Minitério da Agricultura, p. (Boletim 12)