Anatomia II 2. Revisão da Anatomia do SISTEMA ESQUELETICO
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- Maria dos Santos Alves di Azevedo
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1 Técnico em Radiologia Anatomia II
2 Revisão da Anatomia do SISTEMA ESQUELETICO Os ossos são órgãos esbranquiçados, muito duros, que unindo-se uns aos outros, por intermédio das junturas ou articulações constituem o esqueleto. É uma forma especializada de tecido conjuntivo cuja a principal característica é a mineralização (cálcio). Quanto a irrigação do osso, temos os canais de Volkman (vasos sangüíneos maiores) e os canais de Havers (vasos sangüíneos menores). O tecido ósseo não apresenta vasos linfáticos. O periósteo é uma delgada membrana conjuntiva que reveste o osso, com exceção das superfícies articulares. Apresenta dois folhetos: um superficial e um profundo (contato direto com o osso). Além da função de proteção, o periósteo é responsável pela reconstituição do osso em casos de fratura. FUNÇÃO: 1. Sustentação do organismo. 2. Proteção de órgãos nobres (coração, pulmões, cérebro) 3. Hematopoiética (produz células sangüíneas) e armazenamento de cálcio e fosfato. Quantidade É clássico admitir que o corpo humano possui 206 ossos. Mas esse número varia de indivíduo para individuo, e na mesma pessoa varia conforme a idade. Esqueleto Humano Anatomia II 2
3 Divisão do esqueleto O esqueleto pode ser dividido em esqueleto apendicular e axial. O Esqueleto axial é composto pelos ossos da cabeça, pescoço e do tronco. O esqueleto apendicular é composto pelos membros superiores e inferiores, incluindo suas cinturas. Anatomia II 3
4 A união do esqueleto axial com o apendicular se faz por meio das cinturas escapular (formada pela Clavícula e Escápula) para unir os membros superiores ao esqueleto. E cintura pélvica (formada pelo Ilíaco) para unir os membros inferiores ao esqueleto axial. Classificação dos ossos Os ossos são classificados de acordo com a sua forma e composição. Ossos Longos: São aqueles em que o comprimento predomina sobre a largura e espessura. Os ossos longos apresentam uma escavação central que é o canal medular, onde se encontra a medula óssea. Os ossos longos são constituídos por um corpo (diáfise) e 2 extremidades (epífises). Exemplo: Fêmur. Ossos Curtos: São aqueles em que as 3 dimensões se equivalem. São ossos mais ou menos cúbicos. Exemplo: Ossos do Tarso. Ossos Laminares ou Planos: São osso finos, em que o comprimento e a largura predominam sobre a espessura. Exemplo: Parietal. Ossos Alongados:São ossos longos, porém achatados e não apresentam canal central. Exemplo: Costelas. Ossos Pneumáticos: São osso ocos, com cavidades cheias de ar e revestidas por mucosa (seios), apresentando pequeno peso em relação ao seu volume. Exemplo: Esfenóide, Frontal, Maxilar Ossos Irregulares: São ossos com características específicas, apresentam forma irregular, sem padrões. Exemplo: Vértebras. Anatomia II 4
5 Coluna Vertebral A coluna vertebral se estende desde a base do crânio até a extremidade caudal do tronco. É constituída de 33 vértebras superpostas e intercaladas por discos intervertebrais. As vértebras sacras soldam-se entre si, constituindo um único osso sacro, assim como as coccígeas, que formam o cóccix. Superiormente, articula-se com o osso occipital e inferiormente, com o Ilíaco. É dividida em quatro regiões: Cervical, Torácica, Lombar e Sacro-Coccígea. Caixa Torácica É formada pela região torácica de coluna vertebral, osso esterno e costelas, que são em número de 12 de cada lado, sendo as 7 primeiras verdadeiras (se inserem diretamente no esterno), 3 falsas (se reúnem e depois se unem ao esterno), e 2 flutuantes (com extremidades anteriores livres, não se fixando ao esterno). Fraturas Uma fratura é uma lesão na qual ocorre a ruptura do tecido ósseo. È a perda da continuidade total ou parcial de um osso quando sua carga é ultrapassada. Uma fratura de estresse é uma ruptura (geralmente pequena) que se desenvolve devido à ação de forças prolongadas ou repetidas contra o osso. Anatomia II 5
6 Causas: A maioria das fraturas de braços e pernas é provocada por um golpe, uma queda ou qualquer outro tipo de trauma: Tipos de Fraturas: acidentes com esquis abuso de crianças osteoporose tumores ósseos doença metabólica fraturas de estresse nos pés ou tornozelos que podem ser provocadas por longas permanências em pé, caminhadas ou corridas. As fraturas são classificadas de várias formas. Mostramos aqui, simplificadamente, as mais comuns. Fratura Simples Existe apenas um traço de fratura, separando o osso em 2 pedaços apenas. Fratura Cominutiva; Fratura onde o osso se quebra em vários fragmentos. Anatomia II 6
7 Fratura exposta Quando uma das pontas fraturadas pode perfurar a pele expondo o osso ao ambiente. Daí o nome "fratura exposta". Traumatismo Crânio Encefálico O traumatismo cranioencefálico (TCE) é uma agressão ao cérebro, não de natureza degenerativa ou congênita, mas causada por uma força física externa, que pode produzir um estado diminuído ou alterado de consciência, que resulta em comprometimento do funcionamento físico. Pode também resultar no distúrbio do funcionamento comportamental ou emocional. Este pode ser temporário ou permanente e provocar comprometimento funcional parcial ou total, ou mau ajustamento psicológico 9. O TCE pode ser provocado por acidente de trânsito (60 a 70%), quedas (20%) e outras causas mais raras como agressões e projétil de arma de fogo. Mecanismos Direto- Neste caso a fratura ocorre no mesmo lugar do impacto,podendo provocar lesões ao nível do encéfalo.as causas da fratura poderão ser pancadas na cabeça contra uma superfície rígida,objetos que golpeiam a cabeça etc. Indiretos- Ocorre lesões do lado oposto ao do impacto por deslocamento brusco da massa encefálica. Tipos de traumas Traumatismos Leves: São considerados como leves os traumatismos que não apresentam lesão orgânica e aqueles em que a recuperação da consciência produz em alguns minutos ou durante as primeiras horas. Traumatismos moderados ou graves: São traumatismos onde a lesão compromete a massa encefálica,a pessoa fica em coma perde a maioria dos reflexos. Traumatismo Craniano Anatomia II 7
8 Traumas Torácicos Os traumatismos torácicos podem comprometer a caixa torácica, as visceras que esta contém ou as duas entidades ao mesmo tempo;em qualquer caso,o equilíbrio que existe entre elas ficará alterado,provocando as conseqüências repercussões sobre as funções ventilatórias e cardíacas. Mecanismos Direto- Produz pela queda sobre uma superfície angulada ou pelo impacto de um objeto sobre o tórax. Indireto- este mecanismo se origina-se quando o tórax é submetido as forças de compressão,fraturando-se pelo ponto maior de pressão e não pelos pontos de pressão Classificação De acordo com a gravidade,serão divididos em leves e graves Traumatismos Leves: Quando as fraturas não provocam problemas funcionais na mecânica ventila tória. Traumatismos Graves: São fraturas múltiplas, lesões pleurais, lesões musculares(diafragmáticas) e lesões pulmonares, traumatismos abertos. Anatomia II 8
9 Traumatismos da coluna Vertebral As fraturas vertebrais podem ocorrer pelo traumatismos importantes conseqüências de quedas golpes diretos em acidentes de transito,ou por traumatismos mínimos. A medula espinhal é protegida pelos ossos da coluna vertebral, e leva os sinais nervosos do cérebro para o resto do corpo, distribuindo estes sinais aos nervos. O traumatismo de coluna vertebral (traumatismo raquimedular) pode ser o resultado de várias lesões, incluindo: o o o o o o Acidente automobilístico, motociclístico ou ciclístico, Quedas, Ferimentos por arma de fogo, Ferimentos por arma branca (ex. faca), Agressão física, Acidentes na prática desportiva, etc. A maioria dos traumas raquimedulares acomete pessoas jovens e do sexo masculino. A maior parte das lesões acontece na região cervical (área do pescoço). O trauma pode ser o resultado de: o o o Contusão da própria coluna vertebral (tanto por lesão direta como por mecanismo de chicote pela ausência da proteção de cabeça no banco do carro), Perda do suprimento de sangue para a medula Pode ocorrer tanto pela formação de um hematoma (coágulo de sangue) que comprime a medula espinhal e os vasos que a suprem, como por lesão direta desses vasos (ruptura), Secções da medula - A secção parcial ou total da medula é bastante rara. As lesões da medula são sérias e podem causar diminuição ou perda total da força motora, coordenação ou sensibilidade, ou ainda, de outras funções (como a perda do controle da bexiga e dos intestinos). Fratura de Coluna Vertebral Anatomia II 9
10 Artrose A artrose é um processo degenerativo de desgaste da cartilagem, que afeta sobre tudo as articulações que suportam peso ou as que fazem movimentos em excesso.como por exemplo os quadris e os Joelhos. Esta doença vincula-se ao envelhecimento das articulações, ligado ao passar do tempo. Inicia-se, em geral, a partir dos 40 ou 45 anos. Porém, também pode aparecer de forma precoce como conseqüência de traumatismos ou problemas congênitos que afetem a articulação. Em geral, o envelhecimento e a sobrecarga da articulação fazem com que a cartilagem se desgaste e perca agilidade e elasticidade. Os sintomas da artrose são a dor e a limitação da função articular. A limitação do movimento deve-se ao fator mecânico: as superfícies articulares, em vez de estarem acolchoadas pela cartilagem, tornam-se rugosas e atritam-se. A artrose diferencia-se da artrite reumatóide pelo comprometimento do estado geral. E também existem pessoas assintomáticas, mas o médico pode detectar a artrose em uma radiografia. Isto mostra, entre outras coisas, que o espaço ocupado pela cartilagem é menor que o habitual porque esta está deteriorada. Dado que a cartilagem cumpre a função de amortecer a pressão e o atrito entre os ossos, ao deteriorar-se, os ossos se tocam e se desgastam. Quadro clinico: Limitação funcional Rigidez Matinal Deformidades Crepitações Anatomia II 10
11 Articulações mais acometidas: Coxo-femoral Joelho Coluna Vertebral Articulaçoes mais poupadas: Punho Cotovelo Ombro Tornozelo Classificação Acomete mais o sexo feminino Etiologia desconhecida Antecedentes Familiares Simétricas: afeta ambos os membros Dor ao inicio do movimento Relacionada a idade Artrose de Joelho Anatomia II 11
12 Artrite Reumatóide A artrite reumatóide é uma doença inflamatória crônica de origem auto-imune que acomete principalmente articulações sinoviais, causando dores, deformidades progressivas e incapacidade funcional. É uma doença muito freqüente, aproximadamente 10% dos problemas em articulações são devido à artrite reumatóide. As mulheres são duas vezes mais afetadas do que os homens e sua incidência aumenta com a idade. Com a progressão da doença, os indivíduos portadores de artrite desenvolvem incapacidade para realização de suas atividades tanto de vida diária como profissional, além da redução da expectativa de vida tanto em homens como em mulheres. Apesar de ser uma doença sem cura, existem tratamentos eficazes para o seu controle, e muitos reumatologistas estão desenvolvendo estratégias terapêuticas mais poderosas e agressivas contra a artrite reumatóide. O diagnóstico precoce é essencial para iniciar o tratamento da artrite antes do surgimento de danos mais severos. Sintomas da artrite reumatóide Anatomia II 12
13 Os sintomas iniciais da artrite reumatóide são: Mal estar; Febre baixa; Suores; Perda de apetite; Perda de peso; Fraqueza; Humor deprimido ou irritado; Dores nas articulações, na maioria das vezes de forma simétrica, ou seja, nos dois lados do corpo; Com o tempo, os sintomas da artrite tornam-se mais acentuados: Articulações com sinais evidentes de inflamação: dor, inchaço, calor, vermelhidão, rigidez mais intensa após despertar; A inflamação acomete pelo menos três articulações; Aumento dos gânglios, Anemia; Nódulos subcutâneos. Qualquer articulação sinovial pode apresentar a inflamação da artrite reumatóide, as mais comuns são: Mãos; Joelhos; Pés; Cotovelos; Ombros; Têmporo-mandibular; Coluna cervical. As principais complicações da artrite reumatóide são: Deformidades progressivas; Perda de função da região acometida; Desgaste das articulações (artrose); Ruptura de tendões; Instabilidade da coluna cervical. Quando envolve outros órgãos, a morbidade e a gravidade da doença são maiores, podendo diminuir a expectativa de vida em cinco a dez anos. Articulação do Joelho afetada por atrite Reumatóide Anatomia II 13
14 Causas da artrite reumatóide A artrite reumatóide acomete homens e mulheres de todas as idades, porém é duas a três vezes mais freqüente em mulheres. A maior incidência da artrite ocorre em pessoas entre 50 e 70 anos. A doença artrite reumatóide é auto-imune, ou seja, é causada quando as células do sistema imunológico passam a atacar as juntas e articulações do próprio corpo. Esta reação auto-imune leva a inflamação progressiva dos tecidos que revestem as articulações causando danos em cartilagens, ossos, tensões e ligamentos próximos às juntas. Gradualmente a articulação perde sua forma e alinhamento, podendo até ser completamente destruída. Artrite Reumatóide no Adulto Manifestações Extra-articulares: Insuficiência Renal Fibrose Pulmonar Miocardite Nodulações de partes Moles 1-Artrite Reumatóide nas mãos Desvio Ulnar de metacarpo-falangianas Deformidade de pescoço de cisne Polegar de carona Luxações de dedos Anatomia II 14
15 Erosão do processo estilóide da ulna e do radio 2-Artrite Reumatoíde do Ombro Erosões marginais na cabeça umeral Ruptura de ligamentos Anatomia II 15
16 3-Artrite Reumatóide de quadril Redução do espaço articular Protusão acetabular Anatomia II 16
17 4-Artrite Reumatóide de Joelho 5-Artrite de coluna Vertebral Anatomia II 17
18 Desvios que afetam a coluna Vertebral Existem inúmeros desvios que afetam a coluna vertebral humana.as mais conhecidas e mais vistas são: Escoliose- A escoliose é uma curvatura anormal da coluna vertebral; é um distúrbio espinhal, não uma doença. Apesar de ser muito difícil a sua verificação em seu estágio inicial, é em geral caracterizada por uma curva lateral que pode produzir uma elevação ou queda nos ombros ou quadris, um ombro proeminente, um quadril um tanto maior do que o outro. Também pode se manifestar como uma curva exagerada em algum segmento da coluna. Como lordose, uma curva excessiva na parte baixa das costas, ou cifose, na qual a cabeça e o estômago são empurrados para frente, e as costas na parte superior fica pronunciada e não devem ser confundidas com "problema de postura". Mais fácil de se observar aos olhos de um leigo é a "corcunda", a qual dá ao resto do tronco um efeito puxado com ombros levantados e uma protrusão de protuberância na parte superior das costas. Última Atualização Cifose- A cifose, vulgarmente chamada de corcundez (a pessoa afetada sendo popularmente chamada de "corcunda"), é definida como um aumento anormal da concavidade anterior da Anatomia II 18
19 coluna vertebral, sendo as causas mais importantes dessa deformidade, a má postura e o condicionamento físico insuficiente. Lordose- é um termo anatômico usado para designar as curvaturas lombar e cervical normais da coluna vertebral. Uma acentuação da lordose lombar ou cervical é chamada hiperlordose. Bico de papagaio Osteófitos conhecidos popularmente como bicos de papagaio, são formações ósseas em forma de gancho que se desenvolvem em torno dos discos da coluna vertebral nos seres humanos. Anatomia II 19
20 A adoção de posturas erradas leva, ao longo do tempo, a lesões das articulações vertebrais. Os bicos-de-papagaio são decorrentes da protrusão progressiva do anel fibroso do disco intervertebral, dando origem à formação de formações óssea cujos efeitos são agravados pela desidratação gradual do disco intervertebral, causando a aproximação das vértebras, comprimindo a raiz nervosa e causando dores e fenômenos reflexos. LUXAÇÕES: A luxação é uma lesão onde as extremidades ósseas que formam uma articulação ficam deslocadas, permanecendo desalinhadas e sem contato entre si. O desencaixe de um osso da articulação (luxação) pode ser causado por uma pressão intensa, que deixará o osso numa posição anormal, ou também por uma violenta contração muscular. Com isto, poderá haver uma ruptura dos ligamentos. Os sinais e sintomas mais comuns de uma luxação são: dor intensa, deformidade grosseira no local da lesão e a impossibilidade de movimentação. ENTORSES: Entorse pode ser definido como uma separação momentânea das superfícies ósseas, ao nível da articulação. A lesão provocada pela deformação brusca, geralmente produz o estiramento dos ligamentos na articulação ou perto dela. Os músculos e os tendões podem ser estirados em excesso e rompidos por movimentos repentinos e violentos. Uma lesão muscular poderá ocorrer por três motivos distintos: distensão, ruptura ou contusão profunda. O entorse manifesta-se por um dor de grande intensidade, acompanhada de inchaço e equimose no local da articulação. Entorse Tornozelo Anatomia II 20
21 Revisão do Sistema Respiratório Anatomia SISTEMA RESPIRATÓRIO O sistema respiratório humano é constituído por um par de pulmões e por vários órgãos que conduzem o ar para dentro e para fora das cavidades pulmonares. Esses órgãos são as fossas nasais, a boca, a faringe, a laringe, a traquéia, os brônquios, os bronquíolos e os alvéolos, os três últimos localizados nos pulmões. Anatomia II 21
22 Fossas nasais: são duas cavidades paralelas que começam nas narinas e terminam na faringe. Elas são separadas uma da outra por uma parede cartilaginosa denominada septo nasal. Em seu interior há dobras chamada cornetos nasais, que forçam o ar a turbilhonar. Possuem um revestimento dotado de células produtoras de muco e células ciliadas, também presentes nas porções inferiores das vias aéreas, como traquéia, brônquios e porção inicial dos bronquíolos. No teto das fossas nasais existem células sensoriais, responsáveis pelo sentido do olfato. Têm as funções de filtrar, umedecer e aquecer o ar. Faringe: é um canal comum aos sistemas digestório e respiratório e comunica-se com a boca e com as fossas nasais. O ar inspirado pelas narinas ou pela boca passa necessariamente pela faringe, antes de atingir a laringe. Laringe: é um tubo sustentado por peças de cartilagem articuladas, situado na parte superior do pescoço, em continuação à faringe. O pomo-de-adão, saliência que aparece no pescoço, faz parte de uma das peças cartilaginosas da laringe. A entrada da laringe chama-se glote. Acima dela existe uma espécie de lingüeta de cartilagem denominada epiglote, que funciona como válvula. Quando nos alimentamos, a laringe sobe e sua entrada é fechada pela epiglote. Isso impede que o alimento ingerido penetre nas vias respiratórias. O epitélio que reveste a laringe apresenta pregas, as cordas vocais, capazes de produzir sons durante a passagem de ar. Traquéia: é um tubo de aproximadamente 1,5 cm de diâmetro por centímetros de comprimento, cujas paredes são reforçadas por anéis cartilaginosos. Bifurca-se na sua região inferior, originando os brônquios, que penetram nos pulmões. Seu epitélio de revestimento muco-ciliar adere partículas de poeira e bactérias presentes em suspensão no ar inalado, que são posteriormente varridas para fora (graças ao movimento dos cílios) e engolidas ou expelidas. Pulmões: Os pulmões humanos são órgãos esponjosos, com aproximadamente 25 cm de comprimento, sendo envolvidos por uma membrana serosa denominada pleura. Nos pulmões os brônquios ramificam-se profusamente, dando origem a tubos cada vez mais finos, os bronquíolos. O conjunto altamente ramificado de bronquíolos é a árvore brônquica ou árvore respiratória. Cada bronquíolo termina em pequenas bolsas formadas por células epiteliais achatadas (tecido epitelial pavimentoso) recobertas por capilares sangüíneos, denominadas alvéolos pulmonares. Anatomia II 22
23 Diafragma: A base de cada pulmão apóia-se no diafragma, órgão músculo-membranoso que separa o tórax do abdomen, presente apenas em mamíferos, promovendo, juntamente com os músculos intercostais, os movimentos respiratórios. Localizado logo acima do estômago, o nervo frênico controla os movimentos do diafragma Patologias do sistema Respiratório O que são doenças respiratórias? As doenças respiratórias são as que afetam o trato e os órgãos do sistema respiratório. Quais são os fatores de risco? O tabagismo, a poluição, a exposição profissional a poluentes atmosféricos, as condições alérgicas e doenças do sistema imunitário, entre outros. Pneumonia O que é a Pneumonia? A pneumonia é a inflamação dos pulmões, mas especificamente dos alvéolos, local onde ocorrem às trocas gasosas, devido à infecção causada por bactérias, vírus, fungos e outros agentes infecciosos ou por substâncias químicas. Na pneumonia os alvéolos se enchem de pus, muco e outros líquidos, o que impede o seu funcionamento adequado. O oxigênio pode não alcançar o sangue, e se existe oxigênio Anatomia II 23
24 insuficiente no sangue, as células do corpo não funcionam adequadamente. Por esse motivo, e pelo risco da infecção se espalhar pelo corpo, a pneumonia pode ser fatal. Quais são os sintomas da pneumonia? Em muitos casos a pneumonia ocorre depois de um resfriado ou gripe. Os sintomas podem se iniciar lentamente ou serem súbitos. Os principais sintomas são: Febre e suor intenso Calafrios e tremores Falta de apetite Dor no peito que piora com a respiração; Tosse com catarro esverdeado, marrom, ou com raias de sangue. Respiração ofegante, gemência e prostração Aceleração do pulso Em casos graves, os lábios e unhas podem ficar roxos por falta de oxigênio no sangue e pode haver confusão mental. Em crianças muito pequenas ou já com outras doenças de base, a pneumonia pode ocorre sem a presença dos sinais clássicos, o que muitas vezes dificulta o diagnóstico. O que causa a pneumonia? A pneumonia bacteriana é a mais freqüente, ocorrendo em aproximadamente 50% dos casos. A causa mais comum de pneumonia bacteriana em adultos é uma bactéria chamada Pneumococo. As bactérias estão presentes na cavidade oral de algumas pessoas normais. Quando as defesa do organismo enfraquecem, elas podem ser aspiradas para os pulmões e causar a pneumonia. Pessoas com uma diminuição do sistema de defesa do organismo, como os portadores de HIV e pacientes com câncer em tratamento com quimioterapia, podem ter pneumonia por agentes infecciosos incomuns. ASMA A asma é uma doença inflamatória crônica das vias aéreas. Em indivíduos susceptíveis esta inflamação causa episódios recorrentes de tosse, chiado, aperto no peito, e dificuldade para respirar. A inflamação torna as vias aéreas sensíveis a estímulos tais como alérgenos, irritantes químicos, fumaça de cigarro, ar frio ou exercícios.quando expostos a estes estímulos citados a cima, as vias aéreas ficam edemaciadas (inchadas), estreitas, cheias de muco e excessivamente sensíveis aos estímulos. A asma se caracteriza por: Anatomia II 24
25 Doença inflamatória: significa que seu tratamento deve ser feito com um antiinflamatório. Doença crônica: a asma não tem cura, mas pode ser controlada. Indivíduos susceptíveis: nem todas as pessoas têm asma; é preciso ter uma predisposição genética que, somada a fatores ambientais, determinam a presença da doença. Episódios recorrentes de sintomas:- os sintomas não estão presentes o tempo todo, são as manifestações de uma piora da inflamação, esta sim presente cronicamente. A inflamação torna as vias aéreas sensíveis a estímulos: é a inflamação que deixa as vias aéreas mais sensíveis, o que confirma o importante papel da inflamação nesta doença. Quando expostos a estímulos, as vias aéreas se tornam edemaciadas, estreitas, cheias de muco: - existem estímulos que desencadeiam as crises de asma. A presença destes estímulos, que também chamamos de desencadeadores, causa o inchaço, a presença de muco e o estreitamento das vias aéreas dificultando a passagem de ar, daí os sintomas da asma nos momentos de crise. Se não for tratada, a asma pode ter um impacto significativo na qualidade de vida de uma pessoa. No entanto, se controlada, é possível levar uma vida produtiva e ativa. Antigamente, a asma era chamada de bronquite, bronquite alérgica ou bronquite asmática. O nome asma estava vinculado aos casos mais graves. O nome correto é simplesmente ASMA. A bronquite é, na verdade, a inflamação dos brônquios e diferente da asma pode ter sua causa bem definida, por exemplo, uma infecção por bactérias ou vírus. Também difere da asma por apresentar um tempo de início definido e poder ser totalmente tratada. 1.Revisão da Anatomia do Sistema Esquelético 2.Fraturas Anatomia II 25
26 Artrose 4.Artrite Reumatóide Anatomia II 26
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