MORIN, Edgar. Os sete saberes necessários à educação do futuro. São Paulo: Cortez; Brasília, DF: UNESCO, 2000.
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- Manuel Caminha Mirandela
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1 UNIVERSIDADE FEDERAL DO PAMPA Curso de Licenciatura em História Atividade do PIBID: resumo Bolsista: Edson Sousa Lucas de Araujo Orientadora: Prof. Dra. Juliane C. P. Serres MORIN, Edgar. Os sete saberes necessários à educação do futuro. São Paulo: Cortez; Brasília, DF: UNESCO, Ao longo do texto o autor busca argumentar sobre as armadilhas que as nossas ideias colocam no nosso caminho, colocando- as como erro e ilusão. Morin começa o texto colocando uma ideia de Marx e Engles: os homens sempre elaboraram falsas concepções de si próprios, do que fazem, do que devem fazer, do mundo onde vivem (MORIN, p. 18), essa frase sintetiza a discussão realizada ao longo do texto. No primeiro subtítulo do capítulo, o autor fala do calcanhar de Aquiles do conhecimento. Para o autor: o conhecimento, sob forma de palavra, de idéia, de teoria, é o fruto de uma tradução/reconstrução por meio da linguagem e do pensamento e, por conseguinte, está sujeito ao erro (MORIN, 2000, p. 19), para ele, todo o conhecimento construído é permeado por uma série de fatores que cercam o indivíduo e que podem influenciar na percepção de falhas, por isso, todo conhecimento é passível de reformulação, não devendo se fechar dogmaticamente. Cada mente é dotada também de potencial de mentira para si próprio (self- deception), que é fonte permanente de erros e de ilusões, por isso, deve- se tomar cuidado na hora de formulações e não se fechar para novas ideias. Segundo Morin, existem, às vezes, falsas lembranças que julgamos ter vivido, assim como recordações recalcadas a tal ponto que acreditamos jamais as ter vivido. Assim, a memória, fonte insubstituível de verdade, pode ela própria estar sujeita aos erros e às ilusões (2000, p. 21), assim, a memória prega as mesmas peças que a construção de teorias, mas essa, muito mais relacionada com o lado afetivo, que embora não esteja desligado da formulação de teorias, na memória se manifestam mais abertamente. O autor faz uma distinção entre racionalidade e racionalização, que é importante par a entender o seu ponto de vista. A verdadeira racionalidade, aberta por natureza, dialoga com o real que lhe resiste. Opera o ir e vir incessante entre a instância lógica e a instância empírica; é o fruto do debate argumentado das idéias, e não a propriedade de um sistema de idéias (2000, p. 22), diferentemente da racionalização que se crê racional porque constitui um sistema lógico perfeito, fundamentado na dedução ou na indução, mas fundamenta- se em bases mutiladas ou falsas e nega- se à contestação de argumentos e à verificação empírica (2000, p. 22). O autor aponta que essa racionalidade foi usada como argumento para a linha de pensamento em vigor em um passado não muito distante, que legitimava o eurocentrismo, pela racionalidade da civilização ocidental, que deveria ser objetivo das demais, não se abrindo para o entendimento do outro. Outro ponto do conhecimento que o autor coloca em cheque é o paradigma. Segundo ele, o paradigma designa as categorias fundamentais da inteligibilidade e opera o controle de seu emprego. Assim, os indivíduos conhecem, pensam e agem segundo 1
2 paradigmas inscritos culturalmente neles (2000, p. 24). Para o autor, esses paradigmas podem gerar a junção ou a disjunção, o primeiro seria uma união de fatores para se formar um paradigma único, enquanto o segundo seria um âmbito em oposição ao outro. O poder imperativo e proibitivo conjunto dos paradigmas, das crenças oficiais, das doutrinas reinantes e das verdades estabelecidas determina os estereótipos cognitivos, as idéias recebidas sem exame, as crenças estúpidas não- contestadas, os absurdos triunfantes, a rejeição de evidências em nome da evidência, e faz reinar em toda parte os conformismos cognitivos e intelectuais (2000, p. 26). As influências para o autor surgem de todos os lugares, desde o inicio da vida dos indivíduos. Ele coloca que o imprinting cultural marca os humanos desde o nascimento, primeiro com o selo da cultura familiar, da escolar em seguida, depois prossegue na universidade ou na vida profissional (2000, p. 27). Segundo Morin, as sociedades domesticam os indivíduos por meio de mitos e idéias, que, por sua vez, domesticam as sociedades e os indivíduos, mas os indivíduos poderiam, reciprocamente, domesticar as idéias, ao mesmo tempo em que poderiam controlar a sociedade que os controla (...) As idéias existem pelo homem e para ele, mas o homem existe também pelas idéias e para elas (2000, p. 28). Ou seja, o homem, para o autor, tem que saber se distanciar dos objetos para os quais lança o seu olhar, com o intuito de ter uma melhor apreensão da realidade. Uma teoria deve ajudar e orientar estratégias cognitivas que são dirigidas por sujeitos humanos (2000, p. 28), não como formulas dadas, das quais não se questiona ou reflete sobre elas, de qualquer forma, o conhecimento permanece como uma aventura para a qual a educação deve fornecer o apoio indispensável (2000, p. 30). O autor destaca no final do texto que Necessitamos de intercâmbio e de comunicação entre as diferentes zonas de nossa mente. É preciso tomar consciência do id e do alguém que falam por meio do ego, e é preciso estar sempre alerta para tentar detectar a mentira em si mesmo (2000, p. 31), concluindo o debate das idéias que apresentou ao longo do texto. Universidade Federal do Pampa PIBID Michelle Lima Comentário do texto: Os setes saberes necessários a educação do futuro (Edgar Morin) Edgar Morin aborda que a educação do futuro depende dos caminhos que optarmos no presente, que os educadores devem se perguntar, qual a educação queremos construir para as futuras gerações? O texto problematiza as formas como operamos o pensamento para mediar e aprender a realidade. Para compreendermos, analisarmos e interferimos numa realidade por natureza complexa não podemos continuar com formas de pensar 2
3 simplificada, tudo esta interligada, sendo a mediação de uma forma complexa visto que as vivencias são totalmente diferentes. O ensino deixa de se uma missão de transmissão no sentido para ser uma função, uma especialização. Morin diz que a todo o momento estamos expostos a erros de percepção ou julgamento em relação a nós mesmos, e que temos que enfrentar a incertezas e as cegueiras do conhecimento, a educação do futuro trabalha para elaboração de saberes capazes de critica e autocrítica, ensinando a conviver com varias idéias e não ser possuídas por ela. Universidade Federal do Pampa Unipampa Bolsista: Kaiene Pereira Supervisora: Juliane Serres Resumo do Capítulo: As cegueiras do conhecimento: o erro e a ilusão Edgar Morin O texto de Edgar Morin trata de muitos fatores importantes, tanto para a educação como para a vida como um todo. O capítulo desse resumo fala dos erros e da ilusão, tão frequentes no conhecimento, dos vícios que eles criam, onde estão visíveis e como se pode diminuir ao máximo esses fatores. O autor fala que o conhecimento está diretamente ligado a afetividade, que ele é uma construção, onde todas as percepções são, ao mesmo tempo, traduções e reconstruções cerebrais com base em estímulos ou sinais captados e codificados pelos sentidos. (MORIN, 2000, p. 20). Dessa forma, a inteligência não se separa da afetividade, sendo a afetividade um fator a contribuir nos processos de conhecimento ou a sufocá- lo. O autor cita diversos setores que estão dispostos ao erro. Entre eles, ele fala do nosso sistema de ideias, que são as teorias, doutrinas e ideologias, onde elas estão sujeitas tanto ao erro, como a proteção desses erros e ilusões. Pois, partindo da lógica desses sistemas, ele se torna resistente a novas ideias e conceitos. Como também, a memória é plausível de erro, pois nossa mente seleciona o que deve ser lembrado e esquecido. Assim, Morin fala que a melhor arma contra os erros e as ilusões é a racionalidade. Ele divide a mesma em: racionalidade construtiva, que é a que elabora as teorias coerentes e a racionalidade crítica, que é o constante exercício sobre os erros, ilusões, doutrinas e teorias. Entretanto, o autor aponta que a racionalidade também pode tender ao erro, quando se transforma em racionalização e se vê totalmente racional pois constitui um sistema lógico perfeito, fundamentado na dedução ou na indução, mas fundamenta- se em bases mutiladas ou falsas e nega- se à contestação de argumentos e à verificação empírica (MORIN, 2000, p.23). Para Morin, a racionalidade deve se manter aberta, disposta a dialogar com o real existente, reconhecedora da afetividade, de modo a não cair na racionalização. Outro ponto abordado pelo autor são os paradigmas. Para ele, os paradigmas determinam e designam pontos fundamentais da inteligibilidade, afirmando mais ainda seu controle no momento da transferência de conhecimento, dessa forma a ação dos paradigmas se efetua na formação de seres moldados por seus paradigmas culturais. Para Morin o paradigma é inconsciente, mas irriga o pensamento 3
4 consciente, controla- o e, neste sentido, é também supraconsciente. ( MORIN, 2000, p.26). O autor também cita os determinismos desses paradigmas e a força dos mesmos na construção de doutrinas e ideologias, trazendo verdades absolutas que não são contestadas que acabam gerando um conformismo intelectual. O autor também apresenta as crenças e as ideias, não só como produtos da mente, mas como seres mentais, e que por tal característica podem nos possuir. Ele apresenta como elas podem dominar o ser humano os levando a consequências graves. Morin fala que ao invés de sermos dominados por elas, podíamos muito bem usar dessas crenças, ideias e teorias na construção humana, domesticando- as e relativizando- as. Conforme Morin, as incertezas não precisam ser encaradas apenas como fatores ruins, pois a incerteza mata o conhecimento simplista e desintoxica o complexo (MORIN, 2000,p.31). Elas podem ser aliadas as teorias e doutrinas, trazendo questionamentos pras mesmas, as transformando em teorias abertas, para assim se desenvolver uma nova geração de teorias abertas, racionais, críticas, reflexivas, autocríticas, aptas a se auto- reformar. (MORIN, 2000, p.32) Morin faz um ótimo exercício de análise nesse texto, traz à tona diversos obstáculos na formação do conhecimento, tanto reproduzidos por professores como alunos. É necessário um constante exercício de análise na formação de nossas teorias e ideias, pois podemos nos fechar nelas e reproduzir a tão temida racionalização. As ideias sugeridas nesse texto são de grande valia para a educação. UNIVERSIDADE FEDERAL DO PAMPA CAMPUS JAGUARÃO Josi Silva Tormam O autor fala dos erros e das ilusões presentes nos conteúdos. O conhecimento nas formas de palavra e teoria é feito sob uma construção e interpretação, portanto esta sujeito a erros. A emoção esta presente nestas interpretações, o autor ressalta que a afetividade pode asfixiar o conhecimento, mas pode também fortalecê- lo. Há estreita relação entre inteligência e afetividade: a faculdade de raciocinar pode ser diminuída, ou mesmo destruída, pelo déficit de emoção. (MORIN, 1921) Há muitas fontes de erros, não só a emoção, a memória é uma delas. Pois, nossa mente seleciona as recordações inconscientemente, assim até ela que julgamos para nós tão verdadeiras acaba estando sujeita a erros e ilusões. Também nas idéias resistimos ao que não nos convém ou não conseguimos assimilar. O autor cita que a racionalidade é a melhor forma de fugirmos do erro, pois mantém uma autocrítica dialogando com o irreal que lhe resiste. O paradigma também se faz importante neste contexto da educação, pois não basta levar em conta para tentar fugir do erro a verificação empírica e a coerência lógica das teorias o paradigma instaura relações primordiais que constituem axiomas, determina conceitos, comanda discursos e/ou teorias (MORIN, 1921) Porém ele pode trazer duas visões, e ao mesmo tempo elucidar ou ocultar uma idéia. E estão muito presentes na sociedade, pois há paradigmas rivais em todas as formas de convívio e crenças das sociedades. 4
5 Portanto nossas idéias sempre estão sendo influenciadas de alguma forma por nossas concepções, e assim também é o conhecimento. Nós, como futuros educadores temos o papel de relativizar essas idéias, destacando as interrogações presentes em toda forma de conhecimento, conhecimento esse que permanece como uma aventura para a qual a educação deve fornecer o apoio indispensável. (MORIN, 1921) MORIN, Edgar, Os sete saberes necessários à educação do futuro / Edgar Morin ; tradução de Catarina Eleonora F. da Silva e Jeanne Sawaya ; revisão técnica de Edgard de Assis Carvalho. 2. ed. São Paulo : Cortez ; Brasília, DF : UNESCO, Resumo do capítulo 1 texto: Os Sete Saberes Necessários à Educação do Futuro Suellen Dias Tourança Ribeiro Logo no princípio do texto, notamos a dualidade presente em nossas vidas enquanto futuros educadores, ou seja, o erro e o acerto, o real e o imaginário, o possível e o impossível, o afeto e o desafeto. Portanto, andamos dia após dia nesse universo de incertezas onde as possibilidades e as impossibilidades podem ser nossas piores ou melhores companhias. Como escolher? O conhecimento do professor não pode ser simplesmente absorvido pelos alunos, precisamos mexer com seus sentidos, se quisermos uma educação diferenciada. É preciso torná- lo (conhecimento) palpável para estas crianças, é preciso ter o sabor mais doce de todos, é preciso ter cheiro de quero mais, é preciso que suas visões propiciem novos olhares e, ainda é preciso que soe tanto quanto uma música boa, isto é, precisamos tocá- los nos seus sentidos mais espontâneos e instigá- los a ter gosto pela ciência. Da mesma forma, devemos explorar nossas emoções e domesticá- las, pois seria muita hipocrisia dizer que todos os dias estaremos muito felizes e distribuiremos os melhores frutos, mas também não temos o direito de ser cruéis, pois precisamos saber lidar com as ervas daninhas sem estragar o nosso jardim. Para tanto, precisamos nos conhecer enquanto sujeito cheio de pretensões e ilusões. Não podemos ficar cegos de espírito, de conhecimento e afetividade, pois caso isto ocorra iremos ser: pobres de espírito, arcaicos no conhecimento e amargos na vida, tanto no âmbito pessoal como no profissional. Sendo assim, não somos os detentores do saber, somos um dos disseminadores, bem como, os alunos também o são, necessitamos estar ciente que erro é forma mais explícita de nobreza, quando o reconhecemos e, mais que isto, quando o tornamos um posterior acerto, sem que tenhamos depositado a culpa no outro, estamos fortalecendo nossa decência, por isso, além de compreendermos nossas condições humanas, temos de aceitá- las. O professor vive em meio ao mundo de incertezas, embora na escola precisamos ter a certeza, de como educamos e de que concepção de homem queremos para a nossa sociedade. Sabemos que é nossa responsabilidade fornecer o saber e mediá- lo, de maneira que, neste universo de fragmentações os nossos alunos possam ter um pedaço de certeza, a certeza de que estamos ali para fazer a diferença não só em nossas vidas, enquanto profissionais, mas na vida desses alunos enquanto 5
6 construtores e reconstrutores da história, onde a verdade depende da lente e do senso crítico de cada um. 6
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