Referências para próxima aula (banco de sementes)
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- Pedro Lucas Tomé Flores
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1 Referências para próxima aula (banco de sementes) Referência 4 - Ikeda, F.S.; Mitja, D.; Carmona, R.; Vilela, L. Caracterização florística de bancos de sementes em sistemas de cultivo lavoura-pastagem. Planta Daninha, Viçosa-MG, v. 25, n. 4, p , Referência 5 - Severino, F. J.; Christoffoleti, P.J. Banco de sementes de plantas daninhas em solo cultivado com adubos verdes. Bragantia, Campinas, v. 60, n. 3, p , Referência 6 - Monquero, P.A.; Christoffoleti, P.J. Banco de sementes de plantas daninhas e herbicidas como fator de seleção. Bragantia, Campinas, v. 64, n. 2, p , Aula - Classificação e Mecanismos de Sobrevivência e Disseminação das Plantas Daninhas Prof. Dr. Pedro J. Christoffoleti 1
2 Porque as plantas daninhas sempre vencem? Características que as tornam plantas daninhas: Elevada produção de sementes Propágulos de sobrevivência vegetativa (assexuado) sob condições adversas Disseminação efetiva das sementes Sementes e propágulos resistem a condições ambientais adversas Dormência ou germinação descontínuas das sementes Características ocultas: Plantas alelopáticas produzem toxinas Hospedeiras de pragas e doenças de culturas Hospedeiras alternativas de insetos vetores de patógenos de culturas 2
3 1. Classificação das Plantas Daninhas 1.1. Classificação científica (taxonômica): Linneaus ( ) - chaves filogenéticas Divisão Subdivisão Classe Família Gênero Espécie - Divisão I - Pteridophyta (Plantas Inferiores) - reproduzem-se por esporos - exemplos: algas, liquens, salvínea, samambaia, Equisetum (cavalinha) - Divisão II - Spermacophyta (Plantas Superiores) - flores verdadeiras e sementes com embrião - Subdivisão I - Pinophyta (Gimnospermae) - óvulo não está inserido em ovário - não tem planta daninha importante 3
4 Exemplos de Pteridophytas (aquáticas) Chorella spp (algas unicelulares) Pithophora spp (algas pluricelulares) Chara spp (algas com tecidos diferenciados) Exemplos de Pteridophytas Samambaia Pteridium aquilinum 4
5 Exemplos de Pteridophytas Cavalinha Equisetum spp Esporangióforo (estrutura de reprodução) Cavalinha Equisetum spp 5
6 Subdivisão II - Magnoliophyta (Angiospermae) Óvulo está inserido em ovário Classe - Liliopsida (Monocotyledoneae) - monocotiledôneas Classe - Magnoliopsida (Dicotyledoneae) dicotiledôneas Monocotiledônea Inflorescência de uma monodicotiledônea Capim-colchão Digitaria ciliaris 6
7 Capim-rabo-de-gato Setaria viridis Capim-marmelada Brachiaria plantaginea 7
8 Capim-colchão Digitaria horizontalis Capim-braquiária Brachiaria decumbens 8
9 Capim-colonião Panicum maximum Capim-carrapicho Cenchrus echinatus 9
10 Capim-pé-de-galinha Eleusine indica Capim-massambará Sorghum halepense 10
11 Capim favorito Rhynchelitrum repens Grama seda Cynodon dactylon 11
12 Capim amargoso Digitaria insularis Capim oferecido Pennisetum setosum 12
13 Capim arroz Echinochloa crusgalli Tiririca Cyperus rotundus 13
14 LEVANTAMENTO DO BANCO DE TUBÉRCULOS 0,25 m 0,25 m 14
15 1308 tubérculos vivos 20 ton/ha tubérculos/ha Número de tubérculos vivos e eficácia do sulfentrazone no controle da tiririca DAT DATA AMOSTRAGEM: 25/03/2001 Doses de sulfentrazone 700 g/l (0,8) (1,0) (1,2) (1,4) (1,6) (1,8) TEST % DE CONTROLE N. de tubérculos vivos Usina São Martinho Bento,
16 Sintomas do herbicida sulfentrazone em tiririca Trapoeraba Commelina benghalensis 16
17 Carrapicho-rasteiro - Acanthospermum australi Mentrasto Ageratum conyzoides 17
18 Caruru Amaranthus retroflexus Caruru-de-mancha Amaranthus viridis 18
19 Picão-preto Bidens pilosa Carrapicho-beiço-de-boi Desmodium tortuosum 19
20 Cambará Eupathorium paucifolorum Falsa-serralha Emilia sonchifolia 20
21 Amendoim-bravo Euphorbia heterophylla Macela Gnophalium spicatum 21
22 Corda-de-viola Ipomoea aristolochiaefolia Joá-de-capote Nicandra physaloides 22
23 Quebra-pedra Phyllanthus niruri Poaia-branca Richardia brasiliensis 23
24 Fedegoso Senna obtusifolia Guanxuma-branca Sida cordifolia 24
25 Maria-pretinha Solanum americanum Erva-de-touro Tridax procumbens 25
26 Corda-de-viola Ipomoea nill Caruru 26
27 Picão-preto Beldroega Portulaca oleracea 27
28 1.2. Classificação quanto ao tipo de planta: - Classificação com finalidade prática - Folha estreita (monocotiledôneas): - gramíneas (Poaceae) - ciperáceas (Cyperaceae) - Folha larga (dicotiledôneas) 1.3. Classificação quanto ao ciclo de vida: Anuais: Ciclo de vida menor que um ano Tipicamente tem crescimento rápido e produzem sementes rapidamente anuais de verão inverno primavera verão outono Germinam na primavera, atingem a maturidade no verão e completam o ciclo no outono. As sementes então permanecem dormentes até a primavera 28
29 anuais de inverno inverno primavera verão outono Germinam no outono, atingem a maturidade no inverno e completam o ciclo no final da primavera/início do verão. As sementes então permanecem dormentes até o outono florescimento planta madura crescimento e captura de recursos do meio planta vegetando CICLO DE VIDA DAS PLANTAS DANINHAS ANUAIS produção de semente dispersão emergência dos seedlings mortalidade banco de sementes germinação dormência 29
30 Ciclo de vida das plantas daninhas anuais chuva de sementes 11 sementes/m 2 germinação 14 sementes/m 2 Profundidade (cm) 0 3 componente ativo componente inativo Banco de sementes Solo orgânico 30 Eriophorum vaginatum (McGraw, 1980, citado por McGraw & Vavrek, 1989) - Bianuais Vegetam no primeiro ano, e florescem/produzem sementes no segundo ano Requerem vernalização antes do florescimento (exposição ao frio) Não são tão importantes quantos as anuais e perenes - Perenes Simples Sobrevivem no inverno através de estruturas vegetativas radiculares Produzem sementes, sem estruturas vegetativas especializadas de propagação Podem produzir novas plantas quando cortadas 30
31 -complexas ou arrastadoras (problemas) Reproduzem por estruturas especializadas como: Caules subterrâneos (rizomas) e aéreos (estolões), bulbos, cormos, tubérculos e raízes gemíferas. Geralmente também reproduzem-se por sementes, portanto de difícil controle inverno primavera verão outono Capim massambará - rizomas Grama-seda - estolhos Thistle raízes gemíferas Alho-bravo - bulbos Cyperaceae - tubérculos 31
32 TIRIRICA Cyperus rotundus L. Holm et al., 1977: razões da alta dispersão e importância Características biológicas de reprodução vegetativa: - tubérculos - bulbos basais - rizomas Rizoma Tubérculo Bulbo basal FOLHA INFLORESCÊNCIA FASCÍCULO BULBO BASAL TUBÉRCULO RIZOMA MADURO RIZ. NOVO Magalhães (1965) taxa de multiplicação - 10 x em 60 dias; Condições favoráveis = 30 a 40 milhões tub./ha/ciclo; Bhardwaj & Verma (1968) absorve 95,6 kg de N/ha, 11,6 kg P 2 O 5 /ha e 49,3 kg K 2 O/ha. 32
33 Ciclo de vida das plantas daninhas perenes seedlings semente fase sexuada planta florescida perenização crescimento perenização formação do propágulo vegetativo estabelecimento planta vegetativa fase assexuada propágulo vegetativo dispersão dormência brotação 1.4. Classificação quanto ao habitat: - Terrestres: - áreas agrícolas - sincronismo com culturas: - tratos culturais - época de maturação semelhante - semelhança tamanho sementes - uso repetitivo do mesmo herbicida - áreas de pastagens - áreas florestais 33
34 Seleção de plantas daninhas tolerantes ao glyphosate Corda-de-viola Trapoeraba Plantas daninhas de áreas florestais 34
35 Resistência de plantas daninhas ao glyphosate - Aquáticas: - Algas: - microscópicas - filamentosas - chara fitoplâncton - Macrófitas: - flutuantes livres - flutuantes ancoradas - emergentes - Submersas 35
36 Algas filamentosas Chara Algas microscópicas Plantas emergentes Plantas flutuantes ancoradas Plantas flutuantes livres Plantas submersas 36
37 Infestação de aguapé flutuante livre Alface-d água Lírio-aquático Chapéu-de-couro 37
38 Sagittaria montevidensis Taboa 38
39 Coletor de plantas aquáticas - Parasitas (fanerógamas): spp - 17 famílias - plantas daninhas - 8 famílias importantes - Parasitas da parte aérea: - erva de passarinho - cipó-chumbo (cuscuta) - Parasitas do sistema radicular: - Striga - (erva de bruxa) (Striga spp) - Orobanche (Orobanche spp) 39
40 Cuscuta parasitando planta ornamental Cuscuta parasitando a cultura da cebola 40
41 Orobanque parasitando a cultura do tomate Orobanque parasitando a cultura de ervilha 41
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