3/6/2012. Plantas Daninhas. Referências para próxima aula (banco de sementes) Cultura suscetível. Banco de sementes. Condições favoráveis
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- Nelson Vilalobos Carreira
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1 Referências para próxima aula (banco de sementes) Referência 4 - Ikeda, F.S.; Mitja, D.; Carmona, R.; Vilela, L. Caracterização florística de bancos de sementes em sistemas de cultivo lavoura-pastagem. Planta Daninha, Viçosa-MG, v. 25, n. 4, p , Referência 5 - Severino, F. J.; Christoffoleti, P.J. Banco de sementes de plantas daninhas em solo cultivado com adubos verdes. Bragantia, Campinas, v. 60, n. 3, p , Aula - Classificação e Mecanismos de Sobrevivência e Disseminação das Plantas Daninhas Prof. Dr. Pedro J. Christoffoleti Referência 6 - Monquero, P.A.; Christoffoleti, P.J. Banco de sementes de plantas daninhas e herbicidas como fator de seleção. Bragantia, Campinas, v. 64, n. 2, p , As plantas daninhas são vegetais adaptados a ambientes perturbados: agroecosistemas Cultura suscetível Condições favoráveis Plantas Daninhas Banco de sementes Um planta em lugar onde ela não deveria estar de flor a semente... Rápido! 1
2 Controlar as plantas daninhas sem afetar produção final das culturas depende das diferenças biológicas entre as plantas daninhas e culturas Produção de sementes: Centenas a milhares de sementes por planta que assegura sobrevivência Germinação rápida em resposta ao estímulo pela luz que indica solo livre de vegetação Características das sementes que promove dispersão a longas distâncias Mecanismos de dormência das sementes Como as sementes de plantas daninhas dispersam? vento animais água explosão humanos Propágulos vegetativo de sobrevivência Sobrevivem em condições adversas Rápida multiplicação e difícil de ser controlado Características ocultas: Plantas alelopáticas produzem toxinas Hospedeiras de pragas e doenças de culturas Hospedeiras alternativas de insetos vetores de patógenos de culturas cultura planta daninha Rizosfera da cultura vida no solo Rizosfera da pl. daninha 2
3 1. Classificação das Plantas Daninhas 1.1. Sistemática vegetal ou taxonomia: Sistema de classificação baseado nas variações morfológicas e nas relações evolutivas. Chaves filogenéticas - cladrogramas Divisão: ophyta (Ex. Magnoliophyta) Classe: opsida (Ex. Magnoliopsida) Subclasse: idae (Ex. Rosidae) Ordem: ales (Ex. Myrtales) Família: aceae (Ex. Euphorbiae) Gênero: não tem terminação específica Espécie: não tem terminação específica Errado Certo - Divisão I - Pteridophyta (Plantas Inferiores) - reproduzem-se por esporos - exemplos: algas, liquens, salvínea, samambaia, Equisetum (cavalinha) - Divisão II - Espermacophyta (Plantas Superiores) - flores verdadeiras e sementes com embrião - Subdivisão I - Pinophyta (Gimnospermae) - óvulo não está inserido em ovário - não tem planta daninha importante 3
4 Exemplos de Pteridophytas (aquáticas) Exemplos de Pteridophytas Chorella spp (algas unicelulares) Pithophora spp (algas pluricelulares) Chara spp (algas com tecidos diferenciados) Samambaia Pteridium aquilinum Exemplos de Pteridophytas Esporangióforo (estrutura de reprodução) Cavalinha Cavalinha Equisetum spp Equisetum spp 4
5 Subdivisão II - Magnoliophyta (Angiospermae) Óvulo está inserido em ovário Subdivisão II - Magnoliophyta (Angiospermae) Óvulo está inserido em ovário Classe - Liliopsida (Monocotyledoneae) - monocotiledôneas Classe - Magnoliopsida (Dicotyledoneae) dicotiledôneas 5
6 Capim-marmelada Brachiaria plantaginea Capim-colchão Digitaria horizontalis Capim-braquiária Brachiaria decumbens Capim-carrapicho Cenchrus echinatus 6
7 Capim-pé-de-galinha Eleusine indica Capim-massambará Sorghum halepense Capim amargoso Digitaria insularis Capim arroz Echinochloa crusgalli 7
8 Tiririca Cyperus rotundus LEVANTAMENTO DO BANCO DE TUBÉRCULOS 0,25 m 0,25 m 1308 tubérculos vivos 20 ton/ha tubérculos/ha 8
9 Trapoeraba Commelina benghalensis Caruru-de-mancha Amaranthus viridis Picão-preto Bidens pilosa 9
10 Falsa-serralha Emilia sonchifolia Mentrasto Ageratum conyzoides Amendoim-bravo Euphorbia heterophylla Corda-de-viola Ipomoea triloba 10
11 Corda-de-viola Ipomoea nill Fedegoso Senna obtusifolia Guanxuma-branca Sida cordifolia Maria-pretinha Solanum americanum 11
12 Beldroega Portulaca oleracea 1.2. Classificação quanto ao tipo de planta: Classificação com finalidade prática - Folha larga (dicotiledôneas) Pecíolo Folhas alternadas Folhas opostas Cotilédone (opostos) Hipocótilo - Folha estreita (monocotiledôneas): Lígula Aurículas - gramíneas (Poaceae) - tipo não gramíneas (Cyperaceae, Commelinaceae, etc.) Limbo Região do colar Bainha Lígula membranosa Lígula pilosa 1.3. Classificação quanto ao ciclo de vida: Anuais: Ciclo de vida menor que um ano Tipicamente tem crescimento rápido e produzem sementes rapidamente anuais de verão inverno primavera verão outono Perfoliação convoluta Perfoliação conduplicada Caule triangular Germinam na primavera, atingem a maturidade no verão e completam o ciclo no outono. As sementes então permanecem dormentes até a primavera 12
13 anuais de inverno inverno primavera verão outono Germinação semente semente Germinam no outono, atingem a maturidade no inverno e completam o ciclo no final da primavera/início do verão. As sementes então permanecem dormentes até o outono Crescimento Morte Ciclo de vida das plantas daninhas anuais florescimento planta madura crescimento e captura de recursos do meio planta vegetando emergência dos seedlings CICLO DE VIDA DAS PLANTAS DANINHAS ANUAIS germinação produção de semente dispersão mortalidade banco de sementes dormência chuva de sementes 11 sementes/m 2 Profundidade (cm) componente ativo componente inativo Eriophorum vaginatum germinação 14 sementes/m 2 (McGraw, 1980, citado por McGraw & Vavrek, 1989) Banco Solo orgânico de sementes 13
14 - Bianuais Vegetam no primeiro ano, e florescem/produzem sementes no segundo ano Requerem vernalização antes do florescimento (exposição ao frio) Não são tão importantes quantos as anuais e perenes - Perenes Simples Sobrevivem no inverno através de estruturas vegetativas radiculares Produzem sementes, sem estruturas vegetativas especializadas de propagação Podem produzir novas plantas quando cortadas Inflorescência arredondada Flores Escapo floral tubular Folhas dispostas em roseta Raíz pivotante Raiz do ciclo anterior Nova parte aérea -complexas ou arrastadoras (problemas) Reproduzem por estruturas especializadas como: Caules subterrâneos (rizomas) e aéreos (estolões), bulbos, cormos, tubérculos e raízes gemíferas. Geralmente também reproduzem-se por sementes, portanto de difícil controle Gema apical ponto de crescimento Aplicação do herbicida inverno primavera verão outono Rizoma 14
15 TIRIRICA Cyperus rotundus L. Holm et al., 1977: razões da alta dispersão e importância Rizomas caules subterrâneas nós e entrenós curtos folhas rudimentares Capim-massambará, tiririca, etc Capim massambará - rizomas Características biológicas de reprodução vegetativa: - tubérculos - bulbos basais - rizomas Rizoma Tubérculo Bulbo basal Ciclo de vida das plantas daninhas perenes INFLORESCÊNCIA FOLHA seedlings semente FASCÍCULO fase sexuada TUBÉRCULO BULBO BASAL planta florescida RIZOMA MADURO RIZ. NOVO perenização crescimento perenização formação do propágulo vegetativo Magalhães (1965) taxa de multiplicação - 10 x em 60 dias; Condições favoráveis = 30 a 40 milhões tub./ha/ciclo; Bhardwaj & Verma (1968) absorve 95,6 kg de N/ha, 11,6 kg P 2 O 5 /ha e 49,3 kg K 2 O/ha. estabelecimento planta vegetativa fase assexuada propágulo vegetativo dispersão dormência brotação 15
16 1.4. Classificação quanto ao habitat: - Terrestres: - áreas agrícolas - sincronismo com culturas: - tratos culturais - época de maturação semelhante - semelhança tamanho sementes - uso repetitivo do mesmo herbicida Seleção de plantas daninhas tolerantes ao glyphosate Corda-de-viola - áreas de pastagens Trapoeraba - áreas florestais Plantas daninhas de áreas florestais Resistência de plantas daninhas ao glyphosate 16
17 - Aquáticas: - Algas: - microscópicas - filamentosas - chara - Macrófitas: fitoplâncton Algas filamentosas - flutuantes livres - flutuantes ancoradas - emergentes Chara Algas microscópicas - Submersas Infestação de aguapé flutuante livre Plantas emergentes Plantas flutuantes ancoradas Plantas flutuantes livres Plantas submersas 17
18 Alface-d água Lírio-aquático Chapéu-de-couro Sagittaria montevidensis Taboa Coletor de plantas aquáticas 18
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