QUESTIONANDO A NEUTRALIDADE COMO CARACTERÍSTICA DA INFORMAÇÃO CONTÁBIL POR MEIO DE UM JOGO DIGITAL SOBRE HISTÓRIA DA CONTABILIDADE

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1 COORDENAÇÃO: PROF. DR. GILBERTO MARTINS / COLABORAÇÃO: JULIANA RODRIGUES QUESTIONANDO A NEUTRALIDADE COMO CARACTERÍSTICA DA INFORMAÇÃO CONTÁBIL POR MEIO DE UM JOGO DIGITAL SOBRE HISTÓRIA DA CONTABILIDADE DOUTORANDA: TÂNIA NUNES ORIENTADOR: PROF. DR. EDGARD CORNACCHIONE PPGCC FEA USP AGOSTO/2015

2 Referências teóricas Objetivos Método

3 Quadro de referências teóricas História da Contabilidade, sua relevância e a divisão em períodos históricos; Educação para a autonomia: enquadramento da habilidade de raciocínio crítico na taxonomia de Bloom (Anderson et al, 2011), teoria da aprendizagem transformadora (Mezirow, 2000) e criticidade na obra de Paulo Freire como quadro de referência; Tecnologia da educação: a emergência dos serious games e sua efetividade para fins de aprendizagem; Neutralidade na Contabilidade: divergência entre os autores (Hines, 1988; Solomons, 1991) e normatização.

4 Me parece fundamental, neste exercício, deixar claro, desde o início, que não pode existir uma prática educativa neutra, descomprometida, apolítica. A diretividade da prática educativa que a faz transbordar sempre de si mesma e perseguir um certo fim, um sonho, uma utopia, não permite sua neutralidade. A impossibilidade de ser neutra não tem nada que ver com a arbitrária imposição que faz o educador autoritário a seus educandos de suas opções. É por isso que o problema real que se nos coloca não é o de insistir numa teimosia sem sucesso a de afirmar a neutralidade impossível da educação, mas, reconhecendo sua politicidade, lutar pela postura ético-democrática de acordo com a qual educadoras e educadores, podendo e devendo afirmar-se em seus sonhos, que são políticos (...) O respeito aos educandos não pode fundar-se no escamoteamento da verdade a da politicidade da educação e na afirmação de uma mentira: a sua neutralidade. (Freire, 2001, p.21)

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6 Objetivos Desenvolver um software educacional específico para o ensino de História da Contabilidade, sob a forma de um serious game. Identificar o posicionamento do estudante, sob a influência do jogo desenvolvido, com relação à neutralidade da Contabilidade.

7 QUESTÃO DE PESQUISA: Qual seria o posicionamento dos estudantes de Ciências Contábeis com relação à neutralidade da área (alegada por meio de regulamentação), ao tomarem conhecimento de aspectos históricos da Contabilidade por meio de um jogo digital? HIPÓTESE GERAL: Ao serem questionados sobre sua posição com relação à neutralidade como característica da Contabilidade, a maior parte dos estudantes que tiveram contato com aspectos históricos da área optará por um posicionamento dissonante (contestação da neutralidade).

8 Método Perspectiva ontológica (suposição filosófica sobre a realidade) => Idealismo (realidade subjetiva) Perspectiva epistemológica (processo de aquisição de conhecimento sobre a realidade) => Construtivismo (investigação da interação entre sujeito e objeto) Perspectiva teórica => Criticidade (Paulo Freire), teoria da aprendizagem transformadora (Mezirow) Pesquisa experimental (Gall, Gall & Borg)

9 Resultados preliminares

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11 GETEC Grupo de Estudos de Tecnologia da Educação na Contabilidade História do Pensamento Contábil Universidade Federal de Uberlândia MG Prof.ª Patrícia Costa História da Contabilidade (EAC0560) FEA-USP 2º semestre/2015 Café Contabilidade Maringá-PR Eric Ferreira e Antônio Catânio (Mestrandos UEM) Reportagem no jornal espanhol El Mundo 15/08/2014 Apresentações para estudantes de ensino médio (Bandeirantes, 9ª Feira de Profissões da USP) e em congressos

12 Mais de 3 mil inscritos!

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14 Pesquisa experimental Amostra: Participantes do História da Contabilidade 2015 Coursera Instrumento de coleta: 2 questionários Início do curso = 906 respondentes Final do curso = 169 respondentes Conteúdo do questionário: o o o o Questões sobre o conteúdo educativo do jogo (4 períodos históricos) Perfil do respondente (sexo, idade, estudante...) Neutralidade: concordância com afirmativa e outros tópicos Espaço para comentários Análise de atividade de reflexão sobre o texto Financial accounting: In communicating reality, we construct reality (Hines, 1989)

15 Consórcio Doutoral ANPAD 2013 The Margit F. and Hanns Martin Schoenfeld Scholarship 2015

16 Referências Anderson, L..W., Krathwohl, D.R., Airasian, P.W., Cruikshank, K.A., Mayer, R.E., Pintrich, P.R., Raths J. e Wittrock, M.C. (2001) A taxonomy for learning, teaching, and assessing a revision of bloom's taxonomy of educational objectives. Addison Wesley Longman, Inc. Freire, P. (2006). Pedagogia da autonomia: saberes necessários à prática educativa. São Paulo: Paz e Terra. 148 p. Freire, P. (2001). Política e educação. 5 ed. São Paulo: Cortez. Hines, Ruth D. (1988). Financial accounting: In communicating reality, we construct reality. Accounting, Organizations and Society, Volume 13, Issue 3, Pages , Mezirow, J. (2000) Learning as transformation critical perspectives on a theory in progress. S.F., Jossey-Bass. Solomons, D. (1991) Accounting and social change: a neutralist view. Accounting, Organization and Society, 16(3), pp The Pathways Comission. Disponível em <