UNIVERSIDADE CANDIDO MENDES PÓS-GRADUAÇÃO LATO SENSU PROJETO A VEZ DO MESTRE

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1 UNIVERSIDADE CANDIDO MENDES PÓS-GRADUAÇÃO LATO SENSU PROJETO A VEZ DO MESTRE ASSÉDIO MORAL NAS RELAÇÕES DE TRABALHO Por: Ricardo de Souza Santos Orientadora Prof.ª Ana Paula Alves Ribeiro Rio de Janeiro 2008

2 UNIVERSIDADE CANDIDO MENDES PÓS-GRADUAÇÃO LATO SENSU PROJETO A VEZ DO MESTRE ASSÉDIO MORAL NAS RELAÇÕES DE TRABALHO Apresentação de monografia à Universidade Candido Mendes como requisito parcial para obtenção do grau de especialista em Gestão Empresarial. Por: Ricardo de Souza Santos

3 AGRADECIMENTOS A Deus, Senhor primeiro de todas as coisas e a minha esposa, que com sua paciência e compreensão quase infinitas, possibilitou a obtenção de mais esta conquista.

4 DEDICATÓRIA A Mônica, razão de ser de todo este esforço e a quem devo o que nunca poderei pagar.

5 RESUMO Essa matéria é das mais importantes, considerando que a violência moral está aumentando e tomando formas variadas em todos os setores do trabalho, conseqüência do atual estágio da economia mundial, influenciada pela universalização e pelo neoliberalismo, com forte repercussão sobre o aumento do desemprego. Os fatos demonstram que as maiores e mais freqüentes vítimas do assédio moral são as mulheres, diante disso surgiu o interesse em elaborar esse trabalho de final de curso, não com a pretensão de esgotar o assunto, mas procurar situar de forma clara e precisa, como meio de alertar às trabalhadoras(e) brasileiros, ajudando-as(os) a reagir e tomar as providências para eliminar, tanto quanto possível, essa prática que é humilhante e constrangedora, além de ilegal e, ás vezes, imoral. Espero que esse meu trabalho, possa conscientizar não só a classe de trabalhadores(as), mas, também a de empregadores do Brasil, fazendo com que cada um se empenhe da melhor forma possível, para produzir os efeitos colimados.

6 METODOLOGIA O estudo teve seu desenvolvimento alicerçado por meio de pesquisas sobre o tema com base na metodologia teórica, com a leitura e pesquisa de diversos textos, tais como revistas, jornais, cartilhas elaboradas por entidades sindicais e defesa dos interesses dos trabalhadores. Inicialmente foi excelente fonte para o desenvolvimento do trabalho as cartilhas sobre assédio moral editadas pelo Sindicato do Petroleiros do Rio de Janeiro - SINDEPETRO, pelo Sindicato dos Servidores do Poder Judiciário do Estado do Rio de Janeiro - SINDIJUSTIÇA e da Confederação Nacional dos Trabalhadores na Indústria CNTI. Após a leitura de jurisprudências dos Tribunais Regionais do Trabalho e Superior Tribunal do Trabalho acerca da matéria, foi possível compilar a legislação correspondente, com a realização de anotações em cada fase etapa do trabalho, transformando-se estas em textos com as conclusões sobre o tema. A leitura de livros de especialistas brasileiros e estrangeiro, funcionou como pilar para formulação do conteúdo do trabalho, e a conseqüente conclusão com as devidas conclusões para o tema.

7 SUMÁRIO INTRODUÇÃO 09 CAPÍTULO 1 Critérios para identificação do Assédio Moral Assédio moral no trabalho Definindo o assédio moral Como se manifesta Quando não se configura o assédio moral Conseqüências físicas e psíquicas das vítimas do Assédio Moral 22 CAPÍTULO 2 Perfil dos agressores segundo trabalhadores Tipos de chefes As Vítimas do assédio moral O que a vítima de fazer Providências para evitar o assédio moral Providências de ordem judicial 39 CAPÍTULO 3 Da violência contra as mulheres A violência moral e as mulheres O nexo causal A atuação do médico Estatística sobre o assédio moral na Europa 63 CONCLUSÃO 65 REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS 67 Anexo A / Jurisprudências 69 Anexo B / Legislações 82 Anexo C / Estatística 91

8 INTRODUÇÃO O fenômeno do assédio moral é tão antigo quanto o trabalho. Ele sempre aconteceu nos locais de labor. Contudo, no Brasil, somente há pouco tempo os trabalhadores vêm sendo conscientizados sobre essa questão. Este crime ficou mais evidente devido à forma perversa que o capitalismo impõe às relações trabalhistas. A violência moral no trabalho leva trabalhadores e trabalhadoras a serem expostos a situações constrangedoras, vexatórias e humilhantes durante o exercício de suas funções. Expostos a tais situações agressivas eles podem adoecer, daí a importância de se compreender esse processo de adoecimento causado por problemas nos locais de trabalho. Para que o trabalhador se conscientize que é vítima, e não o responsável pelo quadro, é necessário que conheça e reflita sobre essa doença invisível que pode vir a se transformar em um trágico acidente em sua vida. Essa visão podemos encontrar no trabalho realizado pela Drª Margarida Barreto, mestra em psicologia social pela PUC/SP e assessora do Sindicato dos Trabalhadores nas Indústrias Químicas, Farmacêuticas, Plásticas e Similares de São Paulo, trabalho este que demonstra as humilhações sofridas pelos trabalhadores nas relações de trabalho.

9 No primeiro capítulo, vou falar sobre os critérios para identificação do assédio moral; definindo o que é o assédio moral no trabalho, o seu conceito, como se manifesta, quando não se configura o assédio moral e as conseqüências físicas e psíquicas das vítimas do assédio moral. O capítulo segundo traz o perfil dos agressores, segundo os trabalhadores, os tipos de chefes, quem são as vítimas do assédio moral, o que a vítima deve fazer quando está sendo assediada moralmente, as providências para evitar o assédio moral e providência de ordem judicial. Para finalizar, o terceiro capítulo informa sobre a violência contra as mulheres, a violência moral e as mulheres, o nexo causal, a atuação dos médicos e a estatística sobre o assédio moral na Europa. Sendo assim, espero contribuir para que os trabalhadores(as), possam identificar o Assédio Moral nos locais de trabalho e que suas vítimas e testemunhas denunciem a agressão, e fazer com que possíveis agressores entendam a necessidade de modificarem suas condutas, evitando-se prejuízos para todos. HISTÓRICO A novidade reside na intensificação, gravidade, amplitude e banalização do fenômeno e na abordagem que tenta estabelecer o nexo-causal com a organização do trabalho e tratá-lo como não inerente ao trabalho. A reflexão e o debate sobre o tema são recentes no Brasil, tendo ganhado força

10 após a divulgação da pesquisa brasileira realizada pela Drª Magarida Barreto, tendo como tema para sua dissertação de mestrado em psicologia social, foi defendida em 22 de maio de 2000 na PUC/SP, sob o título uma jornada de humilhação. A primeira matéria sobre a pesquisa brasileira saiu na folha de São Paulo, no dia 25 de Novembro de 2000, na coluna de Mônica Bérgamo, desde então o tema tem tido presença constante nos jornais, revistas, rádio e televisão, em todo país. O assunto vem sendo discutido amplamente pela sociedade, em particular no movimento sindical e no âmbito do legislativo. Em agosto do mesmo ano, foi publicado no Brasil o livro de Marie France Hirigoyen Harcelement Moral: La violence Perverse au Quotidien. O livro foi traduzido pela editora Bertrand Brasil, com o título Assédio Moral: A Violência Perversa no Cotidiano. Atualmente, existem mais de 80 projetos de lei em diferentes municípios do país, vários projetos já foram aprovados e, entre eles estão: São Paulo, Natal, Guarulhos, Iracemápolis, Bauru, Jaboticabal, Cascável, Sidrolândia, Reserva do Iguaçu, Guararema, Campinas, entre outros. No âmbito estadual, o Rio de Janeiro, que, desde de maio de 2002, condena esta prática, existem projetos em tramitação nos estados de São Paulo, Rio Grande do Sul. Há, também proposta de alteração do código penal e outros projetos de lei. CONCEITO DE ASSÉDIO MORAL NO TRABALHO

11 É a exposição dos trabalhadores e trabalhadoras a situações humilhantes e constrangedoras, repetitivas e prolongadas durante a jornada de trabalho e no exercício de suas funções, sendo mais comuns em relações hierárquicas, autoritárias e assimétricas, em que predominam condutas negativas, relações desumanas e éticas de longa duração, de um ou mais chefes dirigida a um ou mais subordinados, desestabilizando a relação da vítima com o ambiente de trabalho e a organização, forçando-o a desistir do emprego. Caracteriza-se pela degradação deliberada das condições de trabalho em que prevalecem atitudes e condutas negativas dos chefes em relação a seus subordinados, constituindo uma experiência subjetiva que acarreta prejuízos práticos e emocionais para o trabalhador e a organização. A vítima escolhida é isolada do grupo sem explicações, passando a ser hostilizada, ridicularizada, inferiorizada, culpabilizada e desacreditada diante dos pares. Estes, por medo do desemprego e a vergonha de serem também humilhados, associado ao estímulo constante à competitividade, rompem os laços afetivos com a vítima e, freqüentemente, reproduzem e reatualizam ações e atos do agressor no ambiente de trabalho, instaurando o pacto da tolerância e do silêncio no coletivo, enquanto a vítima vai gradativamente se desestabilizando e fragilizando, perdendo sua autoestima. O desabrochar do individualismo reafirma o perfil do novo trabalhador: autônomo, flexível, capaz, competitivo, criativo, agressivo, qualificado e empregável. Estas habilidades o qualificam para a demanda do mercado que procura a excelência e saúde perfeita. Estar apto significa responsabilizá-los pelo

12 desemprego, aumento da pobreza urbana e miséria, desfocando a realidade e impondo aos trabalhadores um sofrimento perverso. A humilhação repetitiva e de longa duração interfere na vida do trabalhador e trabalhadora de modo direto, comprometendo sua identidade, dignidade e relações afetivas e sociais, ocasionando graves danos à saúde física e mental, que podem evoluir para a incapacidade laborativa, desemprego ou a morte, constituindo um risco invisível, porém concreto, nas relações e condições de trabalho. A violência moral no trabalho constitui um fenômeno internacional segundo levantamento recente da Organização Internacional do Trabalho ( OIT) com diversos países desenvolvidos. A pesquisa aponta para distúrbios da saúde como Finlândia, Alemanha, Reino Unido, Polônia e Estados Unidos. As perspectivas são sombrias para as duas próximas décadas, pois segundo a OIT e Organização Mundial da Saúde, estas serão as décadas do mal estar na globalização, onde predominará depressões, angústias e outros danos psíquicos, relacionados como as novas políticas de gestão na organização de trabalho e que estão vinculadas às políticas neoliberais.

13 CAPÍTULO I 1.1 ASSÉDIO MORAL NO TRABALHO O assédio moral a cada dia vem sendo uma grande preocupação, tanto para os trabalhadores como também aos empregadores. Sempre existiu, mas tornou-se mais ocorrente à época atual, pois vivemos em um mundo em que a conjuntura econômica mundial, voltada a eficiência, qualificação e concorrência, faz como que a cada dia os trabalhadores, sejam mais exigidos e capacitados, ficando para traz e sem espaço no mercado aqueles que são acompanham essas mudanças. Essa guerra psicológica no local de trabalho agrega basicamente dois fatores: - o abuso de poder, que é rapidamente desmascarado e não é necessariamente aceito pelos empregados - a manipulação perversa, que se instala de forma mais insidiosa e que, no entanto, causa devastações muito maiores. O assédio nasce como algo inofensivo e propaga-se insidiosamente. Em um primeiro momento as pessoas envolvidas não querem mostrar-se ofendidas e levam na brincadeira desavenças e maus-tratos. Em seguida esses ataques vão se multilicando e a vítima é seguidamente acuada, posta em situação

14 de inferioridade, submetida a manobras hostis e degradantes durante um período maior. Segundo Marie-France Hirigoyen, em sua Obra Assédio Moral a Violência Perversa no Cotidiano, informa que: Quando esse cerco se inicia é como uma máquina que se põe em movimento e pode atropelar tudo. Trata-se de um fenômeno assustador porque é desumano, sem emoções e piedade. Os que estão em torno, por preguiça, egoísmo ou medo, preferem manter-se fora da questão. Mas quando esse tipo de interação assimétrica e destrutiva se processa, só tende a crescer se ninguém de fora intervier energicamente. Na realidade, em um momento de crise, tende-se ainda mais rígida, um empregado depressivo torna-se ainda mais depressivo, um agressivo ainda mais agressivo DEFININDO O ASSÉDIO MORAL O assédio moral, também conhecido como violência moral, é, antes de tudo, uma condenável prática que deve ser erradicada do sistema trabalhista no Brasil e em todos os países do mundo. Pois da mesma forma a que é obrigado a tratar seu superior hierárquico, o trabalhador tem direito à recíproca de tratamento,o mesmo tratamento igualitário,com urbanidade e respeito ao seu inalienável direito à cidadania e a uma vida condigna. O que ele vende não é seu corpo e /ou sua mente, mas sua energia, sua força de trabalho. O assunto assédio moral, dadas suas conseqüências nocivas em prejuízos da saúde física e mental dos trabalhadores e tão presente, diuturnamente, nas relações de trabalho, tem sido motivo de preocupação de 1 Hirigoyen, Marie-France, Assédio Moral, a violência perversa no cotidiano, 7 ed., Rio de Janeiro, Bertrand Brasil, 1997, pag 66.

15 diversos setores da sociedade organizada, até mesmo de muitos de nossos governantes, existindo já diversas leis específicas em muitos estados da federação e municípios, visando extirpar o fenômeno em comento. Mormente nas relações de trabalho. Muitas pessoas têm a vida desestruturada, entram em depressão e não percebem que isso vem da violência cotidiana no trabalho. A repetição de atos violentos, de abusos no ambiente de trabalho, acaba se refletindo na vida pessoal provocando problemas físicos e até psicológicos. A criminalização ajuda porque inibe o assediador. O debate é fundamental para que as pessoas tenham consciência do que está acontecendo com elas. A preocupação com essa questão é tão grande que por último o assunto tomou dimensões ainda maiores, até mesmo a nível internacional, sendo que a própria Organização Internacional do Trabalho (OIT) publicou recentemente resultados alarmantes sobre os danos e agravos causados à saúde dos trabalhadores(as) em conseqüência do aumento dos distúrbios psíquicos e vivências depressivas. A Organização Mundial de Saúde (OMS), por sua vez, também passou a se preocupar com a gravidade desse problema que atinge a todas as economias do mundo capitalista, chamando a atenção e alertando que a depressão, nas próximas duas décadas, poderá ser uma das mais importantes causas de morte e incapacidade no planeta, atingindo de morte os sistemas de previdência pública mesmo nos países conhecidos como de primeiro mundo, fazendo crescer as aposentadorias em conseqüência dos danos psíquicos oriundos da organização do trabalho.

16 Todos concordam que é antiga, pois que sempre ocorreu, desde o momento em que algumas pessoas dotadas de maior poder econômico ou superioridade hierárquica julgaram-se com o direito de impor a seus subordinados a prática de atos que normalmente não aceitariam. Tornou-se de conhecimento geral quando, na certeza de que pode influir no ambiente de trabalho, na produtividade das empresas e na saúde pública, foram tomadas providências de ordem legal, embora ainda tímidas, com o objetivo de proibição dessa prática social e moralmente inadmissível. Indaga-se, então: o que se entende por assédio moral? Muitas têm sido as definições, em sua maioria dando margem a pequenas dúvidas, por não oferecerem completa abrangência, de modo a espelhar a realidade. E tanto isso é verdade que quase todas são implementadas por explicações dos autores. Na cartilha elaborada e publicada sobre a matéria, o SINDIPETRO-RJ, definiu assédio moral da seguinte forma: É o mesmo que violência moral: trata-se da exposição de trabalhadores a situações vexatórias, constrangedoras e humilhantes durante o exercício de sua função. Isto caracteriza uma atitude desumana, violenta e sem ética nas relações de trabalho praticada por um ou mais chefes contra seus subordinados, visando desqualificar e desestabilizar emocionalmente a relação da vítima com a organização e o ambiente de trabalho, pondo em risco a saúde e a própria vida da vítima. A violência moral ocasiona desordens emocionais, atinge a dignidade e identidade da pessoa, altera valores, causa danos psíquicos (mentais), interfere negativamente na saúde e na qualidade de vida podendo até levar à morte. 2 seguinte definição. Em cartilha publicada pelo SINDJUSTIÇA-RJ, encontramos a 2 Sindpetro-RJ, Assédio Moral, acidente invisível que põe em risco a saúde e a vida do trabalhador, pag 6.

17 É a exposição dos trabalhadores e trabalhadoras a situações humilhantes e constrangedoras, repetitivas e prolongadas durante a jornada de trabalho e no exercício de suas funções, sendo mais comuns em relações hierárquicas autoritárias e assimétricas, em que predominam condutas negativas, relações desumanas e aéticas de longa duração, de um ou mais chefes dirigida a um ou mais subordinado(s), desestabilizando a relação da vítima com o ambiente de trabalho e a organização, forçando-o a desistir do emprego. 3 A Procuradora Regional do Trabalho, Adriane Reis de Araújo, em esquema elaborado com base nas obras publicadas por Marie-France Hirigoyen Assédio Moral: A Violência Perversa no Cotidiano e Mal estar no Trabalho, formalizou a seguinte definição: Por assédio moral em um local de trabalho temos que entender toda e qualquer conduta abusiva manifestando-se, sobretudo, por comportamentos, palavras, gestos, escritos, que possam trazer dano á personalidade, á dignidade ou à integridade física ou psíquica de uma pessoa, pôr em perigo seu emprego ou degradar o ambiente de trabalho. Trata-se de prática reiterada e por um período prolongado. O assédio se dirige a um trabalhador ou um grupo de trabalhadores específicos. 4 da seguinte forma: Martha Halfeld Furtado de Mendonça Schmidt defini assédio moral Para ela existem várias definições, que variam segundo o enforque desejado (médico, psicológico ou jurídico). Juridicamente, pode ser considerado como um abuso emocional no local de trabalho, de forma maliciosa, não-sexual e não-racial, com o fim de afastar o empregado das relações profissionais, através de boatos, intimidações, humilhações, descrédito e isolamento. Mais sinteticamente, o assédio moral constitui, segundo o projeto de lei francês, depositado no Senado em Paris no dia , um assédio pela deliberada das condições de trabalho. 5 Já a Confederação Nacional dos Trabalhadores na Indústria CNTI, informa a seguinte definição: 3 Sindjustiça-RJ, Assédio Moral, o que você deve saber, pág 8. 4 Hirigoyen, Marie-France, op.cit, pag Schmidt, Martha Halfeld Furtado de Mendonça, Assédio Moral e o Mundo do Trabalho, vol 103, RT, 2001, pág. 143

18 O assédio moral é a pratica abominável, ilegal e imoral, de atos que, atentando contra a dignidade humana, expõem os trabalhadores, trabalhadoras e eventualmente os empresários, no exercício de suas funções, a um processo continuado de desestabilização, humilhante e degradante para o ambiente de trabalho, causando-lhe danos à integridade física e mental, deixando-os na contingência de aceitar as propostas feitas ou ficar na iminência de perder o emprego, ou sofrer perda salarial. 6 A mesma explica que é prática abominável, ilegal e imoral, porque? Abominável, segundo os filólogos, é o que é detestável, execrado, odiado. Ninguém, em sã consciência, pode dar apoio ao assédio moral, todos o detestam. Ilegal e imoral por contrariar a legislação pertinente, bem ainda, em algumas vezes, os mais elementares princípios da moral. O que tipifica o assédio é o fato de atentar contra a dignidade humana, assim considerada no sentido de honestidade, honra, decência ou decoro. Outra característica é a ocorrência de um processo continuado, que se prolonga por dias ou meses até que seja conseguido o objetivo final, via de regra a desistência do emprego. Não há nenhuma dúvida de que o assédio pode dirigir-se tanto a um trabalhador ou trabalhadora ou a um empresário, como a um grupo deles. Pode vir de cima para baixo, isto é, de pessoa com maior hierarquia de comando, inclusive diretor da empresa, ou de baixo para cima, ou seja, de um empregado para o chefe imediato ou o dono da empresa. 6 CNTI, Cartilha Assédio Moral no Trabalho, Brasília, 2005, pág. 3

19 Referimos a processo continuado de desestabilização exatamente porque, quase sempre, consiste na prática de atos que contribuem para colocar o assediado em posição de dificuldade capaz de afetar-lhe a boa fama e o bom desempenho no trabalho, causando-lhe danos à saúde física ou mental, podendo chegar á morte. Finalmente, pondera-se que a vítima fica na iminência de perder o emprego, ou de sofrer perda salarial. Esta última hipótese ocorre, por exemplo, quando o empregado é ameaçado de ser exonerado da função que está exercendo, importando conseqüente perda da retribuição correspondente, voltando ao exercício do cargo efetivo. Há sempre pressão psicológica, humilhante e capaz de acarretar mal maior, com prejuízos econômicos e morais O conceito de Marie-France Hirigoyen, psiquiatra, psicanalista e psicoterapeuta, em sua Obra Assédio Moral A violência Perversa no Cotidiano, classifica o assédio Moral da seguinte forma: O assédio moral é qualquer manifestação sobretudo por comportamentos, palavras, atos, gestos, escritos que possam trazer dano à personalidade, à dignidade ou à integridade física ou psicológica de uma pessoa, pôr em perigo seu emprego ou degradar o ambiente de trabalho COMO SE MANIFESTA Geralmente o assédio se caracteriza pela ameaça de demissão ou por ato, ou por qualquer forma que venha ameaçar uma parte do salário, pois essa 7 Hirigoyen, Marie-France, op.cit, pág. 65.

20 forma é a mais comum e que produz efeitos imediatos, já que a empregada, ou o empregado, está sempre preocupado com o seu emprego, e faz de tudo para mantê-lo, pois o fantasma do desemprego é real. Diante disso, o empregado sente a necessidade de prover a subsistência da própria família e está consciente de que o empresário tem o direito de despedir, a qualquer momento, com justa causa ou sem ela. Às vezes ele se apresenta como promessa de certa recompensa. No aguardo de que se concretize, o empregado é levado a suportar situações humilhantes. Existem também outras práticas comuns que o assediador utiliza para manifestar a sua discriminação. - Isolar o empregado, impedindo-o de cumprir tarefas que os outros cumprem normalmente. - Determinar que o empregado cumpra tarefas não previstas em seu contrato de trabalho. - Não conversar, subestimar o trabalho realizado ou sobrecarregar o assediado de tarefas, sonegar informações, transferir de função e até mesmo de cidade, inopinadamente. - humilhar em virtude de pequenas faltas, submeter à jornada de trabalho exaustiva sem qualquer finalidade ou necessidade, monitoramento constante dos passos do subordinado, criação de óbices para que o servidor ou empregado trate da saúde própria ou de familiar, dar causa à instauração de pseudos processos disciplinares ou sindicâncias sem qualquer justa causa para tal.

21 - Investigações que se eternizam e só se iniciam após prévios ajustes, combinações. - Comentários depreciativos e zombeteiros. - Tratar o empregado com rigidez excessiva. - Dirigir-se ao empregado de modo desrespeitoso e provocador. - Discriminar o empregado impondo-lhe tarefas humilhantes - Controle de tempo do empregado ou da empregada, quando vai ao banheiro, quase sempre pedindo explicações quando retorna. - Ridicularização do empregado diante dos outros. - Desnecessária imposição de sobrecarga de trabalho. - Não dar trabalho ao empregado, obrigando-o a permanecer, durante todo o expediente, sem nada fazer. - Divulgação de atos contrários à moral atribuídos, falsamente, ao empregado. Nesta hipótese se incluem aqueles atos que atingem diretamente o trabalhador e os que se relacionam a pessoas da família. - Coloca o empregado em ambiente isolado, sem comunicação com os companheiros de trabalho, objetivando causar-lhe humilhação. - Convites diretos do superior hierárquico para festas, estadas em determinados locais, ameaçando-o de mal maior. 1.4 QUANDO NÃO SE CONFIGURA O ASSÉDIO MORAL.

22 Quando o empregador age de acordo com o que a lei determina, ele não está cometendo abuso de poder, pois a própria lei lhe protege os atos praticados no exercício regular de seu poder de comando. De acordo com a CLT o empregador tem poderes para admitir, assalariar e dirigir a prestação pessoal dos serviços. No exercício desses poderes é permitido que faça advertências e até repreensão ao empregado, chegando a ameaçá-lo de ser penalizado ou de ser demitido. A respeito do constrangimento, tais atos não podem ser tipificados como assédio moral. Em atos praticados com animus jocandi, isto é, a intenção de brincar, gracejar, não há assédio, ainda que, ao exame de pessoas não inteiradas do propósito jocoso, possa parecer como ocorrente. Atos praticados pelo empregador com o propósito de acompanhar e fiscalizar os serviços do empregado, com vistas a definir sobre a continuidade de sua permanência na empresa, repetidos constantemente. A despeito de causarem certa humilhação para o empregado, não constituem assédio moral, mas apenas o propósito de constatar se o obreiro realmente preenche as condições mínimas de permanência no emprego, tendo em vista as normas da empresa. 1.5 CONSEQÜÊNCIAS FÍSICAS E PSÍQUICAS DAS VÍTIMAS DO ASSÉDIO MORAL. A vítima de violência moral não consegue compreender o que se passa, sente-se em geral culpada e responsável pela agressão do chefe. Não

23 consegue entender os fatos, pois o agressor não lhe dá satisfação e a ignora, passa a hostilizá-la, ridicularizá-la e inferiorizá-la, até que a vítima se sinta culpada, confusa e desestabilizada emocionalmente. As mulheres passam a chorar freqüentemente, ficam sensíveis e magoadas, têm ressentimentos. O medo é constante, chegando a passar mal, ter tremores e palpitações quando avistam o agressor. Os homens, por sua vez, têm sentimento de traição, raiva e vontade de vingança. Evitam contar o ocorrido por vergonha, passam a se achar sem valor, inútil. Com a masculinidade ferida e a dignidade manchada, encontram saída nas drogas, ocasionando, muitas vezes, a violência doméstica. Solitários e com a auto-estima em baixa, sentem-se fracassados, segundo a cartilha do SINDIPETRO-RJ, que tem como tema, Assédio Moral, acidente invisível que põe em risco a saúde e a vida do trabalhador. Já o SINDJUSTIÇA-RJ, em seu trabalho denominado Assédio Moral, o que você deve saber. Informa que em entrevistas realizadas com 870 homens e mulheres vítimas de opressões no ambiente profissional revelam como cada sexo reage a essa situação em porcentagem. SINTOMAS DO ASSÉDIO MORAL NA SAÚDE Sintoma Mulheres Homens Crises de Choro Dores Centralizadas Palpitações e Tremores Insônia ou Sonolência Excessiva 69,6 63,6

24 Depressão Sede de Vingança Aumento da Pressão Arterial 40 51,6 Dor de Cabeça 40 33,2 Distúrbios Digestivos Tontura 22,3 3,2 Idéia de Suicídio 16,2 100 Falta de Apetite 13,6 2,1 Falta de Ar Passar a Beber 5 63 Tentativa de Suicídio 0 18,3 Fonte: Barreto, M. Uma Jornada de Humilhação PUC/SP O assédio moral, embora seja uma forma continuada de pressão que o empregado tem que resistir, pressão essa psicológica, que afeta não só o psicológico, mas também o lado físico, social, familiar e o desempenho dos serviços. Os efeitos físicos: como classifica a Confederação Nacional dos Trabalhadores na Industria (CNTI), afirma em sua Cartilha, denominada Assédio Moral no Trabalho, que os efeitos físicos, são responsáveis pelo o aumento de peso ou emagrecimento exagerado, distúrbios digestivos, hipertensão arterial, tremores, palpitações, diminuição de libido, agravamento de doenças préexistentes, dores de cabeça, estresse, surgimento de diabete, tentativa de suicídio, doenças do trabalho.

25 Os Efeitos psicológicos: são dificuldades emocionais, irritação constante, falta de confiança em si, cansaço exagerado, diminuição da capacidade para enfrentar estresse, pensamentos repetitivos, alterações do sono, dificuldades para dormir, pesadelos, interrupções freqüentes do sono, insônia, alteração da capacidade de concentrar-se e memorizar (amnésia psicógena, diminuição da capacidade de recordar os acontecimentos), anulação de atividades ou situações que possam recordar a tortura psicológica, interesse claramente diminuído em manter atividade consideradas importantes anteriormente, sensação negativa do futuro, vivência depressiva, sentimento de culpa, pensamentos suicidas, tentativa de suicídio, aumento de consumo de bebidas alcoólicas e outras drogas, estresse em 47% dos casos associado à tortura psicológica. Efeitos sociais: diminuição da capacidade de fazer novas amizades, morte social, retraimento no relacionamento com os amigos, parentes e companheiros de serviço, redução da capacidade de se relacionar com outras pessoas, Efeitos Familiares: degradação no relacionamento com a esposa e filhos, atitudes extremamentes severas para com os filhos, o que antes não ocorria, maus tratos à mulher e aos filhos, indiferença quanto às responsabilidades familiares. Efeitos no Trabalho: redução da capacidade de concentração, redução da produtividade, dificuldade de relacionamento com os companheiros de serviço, falhas no cumprimento das tarefas cometidas, intolerância ao ambiente de trabalho, intolerância às ordens superiores, cansaço exagerado, redução da capacidade de memorização, permanente irritação, desinteresse pelo trabalho.

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27 CAPÍTULO II 2.1 TIPOS DE CHEFES O assédio moral começou a ganhar maiores proporções e conhecimento, devido a um fenômeno chamado globalização, um mercado mais exigente, seletivo, que visa sempre a qualidade e eficiência dos seus empregados. Com a chegada da globalização da economia e do neoliberalismo o desemprego é uma constante preocupação para os empregados, pois estão sempre preocupados com o mesmo. Esse fator contribuiu indiretamente para o assédio moral, pois com medo de ser demitido, o empregado não reage às pretensões patronais. Já ficou provado que o assédio moral acontece sempre com conduta repetitiva, fazendo com que a vítima se sinta cada vez mais humilhada e a sua condição psicológica seja afetada. Essa pressão pode prolongar-se por tempo indeterminado, pois o objetivo do agressor sempre é alcançar os objetivos visados. Essas agressões sempre são exercidas pelo chefe ou pelo imediato, mas também acontece assédio moral entre companheiros de trabalho.

28 Marie France Hirigoyem, em sua Obra Assédio Moral A violência perversa no cotidiano, afirma que: Acontece assédio moral tanto na vertical, isso é superior hierárquico agredindo um subordinado, como na horizontal, subordinado agredindo seu colega de trabalho. Ela afirma que esta segunda situação é bem mais rara, pode dar-se no caso de uma pessoa vinda de fora, cujo estilo e métodos sejam reprovados pelo grupo, e que não faça o menor esforço no sentido de adaptar-se a ele. Pode ser também o caso de antigo colega que tenha sido promovido sem que o serviço tenha sido consultado. Em ambos os casos, a direção não levou suficientemente em conta as opiniões do pessoal com o qual esta pessoa será levada a trabalhar. O problema tende a complicar-se quando a relação dos objetivos do serviço não tiver sido previamente estabelecida e as tarefas da pessoa promovida duplicarem, indevidamente, às de alguns de seus subordinados. 8 O Sindicato dos Servidores do Poder Judiciário do Estado do Rio de Janeiro, SINDJUSTIÇA-RJ, em cartilha Assédio Moral, O que você deve saber para evitá-lo, afirma que: existe assédio moral tanto na vertical, como na horizontal, na vertical, se caracteriza por relações autoritárias, desumanas e aéticas, onde predomina os desmandos, a manipulação do medo, a competitividade, os programas de qualidade total associado à produtividade. Com a reestruturação e reorganização do trabalho, novas características foram incorporadas à função qualificação, polifuncionalidade, visão sistêmica do processo produtivo, rotação das tarefas, autonomia e flexibilização, exige-se dos trabalhadores maior escolaridade, competência, eficiência, espírito competitivo, criatividade, qualificação, responsabilidade pela manutenção do seu próprio emprego (empregabilidade), visando produzir mais a baixo custo. 9 A flexibilização inclui a agilidade das empresas diante do mercado, agora globalizado, sem perder os conteúdos tradicionais e as regras das relações industriais. Se para os empresários competir significa dobrar-se elegantemente ante as flutuações do mercado, com os trabalhadores não acontece o mesmo, pois são obrigados a adaptarse e aceitar as constantes mudanças e novas exigências das políticas competitivas dos empregadores no mercado global. 8 Hirigoyen, Marie-France, op.cit, pag 74 9 Sindjustiça-RJ, Assédio Moral, o que você deve saber, pág 15.

29 A flexibilização dos trabalhadores / as, envolve a precarização, eliminação de postos de trabalho e de direitos duramente conquistados, assimetria no contrato de trabalho, revisão permanente dos salários em função da conjuntura, imposição de baixos salários, jornadas prolongadas, trabalhar mais com menos pessoas, terceirização dos riscos, eclosão de novas doenças, mortes, desemprego maciço, informalidade, bicos e subemprego, aumento da pobreza urbana e viver com incertezas. A ordem hegemônica do neoliberalismo abrange reestruturação produtiva, privatização acelerada, estado mínimo, políticas físicas, que sustentam o abuso de poder e manipulação do medo, revelando a degradação deliberada das condições de trabalho. O fenômeno horizontal está relacionado à pressão para produzir com qualidade e baixo custo. O medo de perder o emprego e não voltar ao mercado formal favorece a submissão e fortalecimento da tirania. O enraizamento e disseminação do medo no ambiente de trabalho, reforça atos individualistas, tolerância aos desmandos e práticas autoritárias no interior das empresas que sustentam a cultura do contentamento geral. 10 Enquanto os adoecidos ocultam a doença e trabalham com dores e sofrimentos, os sadios que não apresentam dificuldades produtivas, mas que carregam a incerteza de vir a tê-las, memorizam o discurso do chefe e passam a discriminar os improdutivos, humilhando-os. A competição sistemática entre os trabalhadores incentivada pela empresa provoca comportamentos agressivos e de indiferença ao sofrimento do outro. A exploração de mulheres e homens no trabalho explicita a excessiva freqüência de violência vivida no mundo do trabalho. A globalização da economia provoca na sociedade uma deriva feita de exclusão, desigualdades e de injustiça, que sustenta, por sua vez, um clima repleto de agressividades, não somente no mundo do trabalho, mas socialmente, este fenômeno se caracteriza por algumas variáveis: 10 Ibid, pág 16.

30 Internalização, produção, reatualização e disseminações de práticas agressivas nas relações entre os pares, gerando indiferença ao sofrimento do outro e naturização dos desmandos dos chefes. Dificuldade para enfrentar as agressões da organização do trabalho e interagir em equipe, rompimento dos laços efetivos entre os pares, relações afetivas frias e endurecidas, aumento do individualismo e instauração do pacto do silêncio no coletivo. Comprometimento da saúde, da identidade e dignidade, podendo culminar em morte, sentimento de inutilidade e coisificação, descontentamento e falta de prazer no trabalho, aumento do absenteísmo, diminuição da produtividade. O chefe é aquele que detém o controle de tudo, pois dele depende o próprio ambiente de trabalho, e devido a essa prerrogativa, fica muito mais fácil ele pressionar os seus subordinados(as). Em cartilha elaborada pelo SINDIPRETRO-RJ, encontramos algumas definições de tipos de chefes: Tem o chefe estilo Pit Bull, que é agressivo, durão e perverso em palavras e atos; Existe o chefe profeta, que vê o futuro, pois para ele tudo acontece segundo suas previsões; O agressor Troglodita, é do tipo grosso, estúpido, chegar a ser ridículo; Chefe Tigrão é aquele que esconde sua incapacidade e dificuldade nos gritos que dirige aos subordinados;

31 Grande Irmão é aquele que conversa com um, sorri para outros e dá tapinhas nas costas para conquistar a confiança de seus subordinados, utiliza as informações que obtém contra sua equipe ou contra um trabalhador; Existem os bajuladores tipo Mel babão O Tesea (tá se achando), chefe confuso e inseguro, que dá ordens contraditórias; Há também, o estilo garganta que não conhece bem seu trabalho, mas conta vantagens, seu desespero é saber que um subordinado sabe mais do que ele. Os chefes são mediadores da política da empresa ou instituição e selecionados por suas características: racionais, lógicos e indiferentes à dor do outro. Sua função é fazer a política acontecer. Não importa se as condições de trabalho não são adequadas, se existem falhas ou falta de infra-estrutura, se o trabalho está sendo fator de adoecimento pela sobrecarga e excesso de tarefas, invasão e expropriação do tempo de lazer, do convívio com a família ou amigos entre outras coisas. As pessoas não são vistas como seres com desejos, necessidades, vontades, sonhos, mas como mais um na engrenagem burocrática com aparência de moderna, ágil, transparente e que freqüentemente investe em ações sociais. A maquiagem externa encobre os atos de tirania presentes na s relações e organizações de trabalho. O assédio moral na empresa agrega dois elementos essenciais à sua manifestação: o abuso de poder e a manipulação perversa. Se, por um lado, o abuso de poder pode ser facilmente desmascarado, a manipulação, insidiosa causa maior devastação. O fenômeno se instala de modo quase imperceptível,

32 inicialmente a vítima se descuida, encarando o fato como uma simples brincadeira; todavia, é na repetição dos vexames, das humilhações, que a violência vai se mostrando demolidora e, se ninguém de fora intervier energeticamente, evolui numa escalada destrutiva. Quando a vítima reage e tenta libertar-se, as hostilidades transformam-se em violência declarada, dando início à fase de aniquilamento moral, que os estudiosos costumam denominar de psicoterror. Quando a empresa está preocupada apenas com resultados financeiros e s e esquece que 50% do seu capital é constituído de capital humano, facilmente seus dirigentes esquecem-se de tratar o pessoal como seres humanos. O assédio se executa precisamente pelo desprezo e conseqüente anulação do outro. Marco Aurélio Mendes de Farias Mello, ainda quando ministro do TST, examinando esta questão, e concluiu com grande sabedoria: A violência ocorre minuto, enquanto o empregador, violando não só o que contratado,mas também, o disposto no 2º, do art. 461 consolidado preceito imperativo coloca-se na insustentável posição de exigir trabalho de melhor valia, considerando o enquadramento do empregado, e observa contraprestação inferior,o que conflita com a natureza onerosa, sinalagmática e comutativa do contrato de trabalho e com os princípios de proteção, da realidade, da razoabilidade e da boa-fé, norteadores do Direito do Trabalho. Conscientizem-se os juridicamente, à dignidade do trabalhador como pessoa humana e partícipe da obra que encerra o empreendimento econômico. (Tribunal Superior do Trabalho, 1ª T.Ac RR 7.642/86, 09/11/1987). 11 Já o professor Aldacy Rachid Coutinho, analisando o contrato de trabalho que ganhou novos contornos com a Constituição de 1998, conclui que: 11 Jurisprudência disponível no sitio visitado em 20 de agoso de 2008.

33 Ser o empregador responsável por assegurar ao empregado condições de trabalho, de salário e de vida as mais amplas, visando assegurar o direito à saúde e a um ambiente de trabalho saudável, que retratem questões de abrangência social,como a justiça contratual, boa-fé, lealdade e confiança contratual ou instrumentalização do contrato como garantia de melhor distribuição de renda. 12 Cabe ao empregador proporcionar o trabalho e pagar salários compatíveis com este trabalho, vedada a imposição de ato discriminatório ou procedimento assemelhado. Portanto o trabalhador deve ser tratado com respeito e urbanidade, da mesma forma que o empregado deve tratar seu empregador. 2.2 VÍTIMAS DO ASSÉDIO MORAL A Organização Internacional do Trabalho (OIT), se manifestou quanto aos danos e agravos à saúde dos trabalhadores(as), em conseqüência do aumento dos distúrbios psíquicos e vivências depressivas. A Organização Mundial de Saúde (OMS) também tem alertado que a depressão, nas próximas duas décadas, poderá ser uma das mais importantes causas de morte e incapacidade no planeta. Nos países europeus, crescem as aposentadorias em conseqüência dos danos psíquicos oriundos da organização do trabalho. Em dezembro de 2000, o Fundo Europeu, para melhoria das condições de trabalho e de vida (fundo Dublin), concluiu, após extensa pesquisa, 12 Disponível no sítio visitado em 10 de agosto de 2008.

34 que 8% dos trabalhadores da união européia, ou seja, 12 milhões de homens e mulheres, vivenciaram, nos seus ambientes de trabalho, situações de humilhações e constrangimentos, sendo que 4% sofreram violência física e 2% assédio sexual. Na Suécia 15% dos casos de suicídio têm sua causas nos fatores organizacionais. Internacionalmente vem aumentando a morbimortalidade cardiovascular (5 a 10%) e casos de estresse em conseqüência da degradação das condições de trabalho, oriunda da violência moral. 13 As vítimas do assédio moral podem ser as empregadas e empregados, os empregados que não estejam em perfeita saúde, os chefes e os companheiros de serviço. As empregadas são sempre as mais freqüentes vítimas, pois que são assediadas desde antes de obterem os empregos. Em relação a elas são feitas mais exigências, verdadeiras e humilhantes discriminações, que além do aspecto físico, inclusive altura (as baixinhas são preteridas), são levados em conta certos detalhes como: comprimento das saias, decotes, cabelos, sapatos. Uma vez admitidas, ficam sujeitas a outras formas de pressões como o medo de perda do emprego ou de perda salarial. Os homens são quantitativamente menos humilhados, mas não deixam de sofrer pressões psicológicas como ameaças de perda do emprego, retirada de gratificação, transferências para turno noturno de trabalho. Outra forma de assédio que merece repulsa de todos é a exercida contra empregados que, embora com sérios problemas de saúde, permanecem trabalhando, suas condições físicas e mentais não permitem manter a mesma 13 Dados disponíveis no sítio visitado em 10 de agosto de 2008

35 produtividade e, por isso mesmo, passam a ser alvos de pressões, com objetivos de forçá-los a pedir demissões ou dispensa da função exercida. Em tais casos, a atitude correta da empresa é mandar averiguar o motivo do decréscimo da produtividade e fazer com que o empregado retome seu ritmo normal de produção. Em posição diametralmente oposta, o chefe também pode ser vítima de assédio moral por parte de qualquer empregado a ele subordinado. Há casos em que empregadas ou empregado exerce verdadeiro assédio moral contra o chefe, atribuindo-lhe certas atitudes incompatíveis com os serviços ou ameaçando-o com objetivo de tirar vantagens pessoais (promoções e aumento salarial). Finalmente, os próprios colegas de trabalho podem colocar em prática o assédio, mediante isolamento da vítima, ou falta de comunicação ou outras atividades que discriminam e humilham O QUE A VÍTIMA DEVE FAZER PARA EVITAR O ASSÉDIO MORAL A pessoa que estiver sofrendo assédio moral deverá sempre estar disposto a resistir, anotar com detalhes todas as humilhações sofridas, dia, mês, ano local ou setor, nome do agressor, colegas que testemunharam, conteúdo da conversa e o que mais você achar de grande importância. 14 Confederação Nacional dos Trabalhadores na Indústria (CNTI), cartilha assédio moral no trabalho.

36 Procurar dar visibilidade, estar sempre solicitando ajuda dos colegas que trabalham com você, preferencialmente aqueles que presenciaram ou presenciam as humilhações rotineiras ou que também foram vítimas dos maustratos no serviço pelo agressor. Estar sempre organizando e participando de reuniões em busca de apoio, pois isso é de suma importância dentro e fora da empresa. Procurar nunca ficar sozinho com o agressor, pois senão fica muito difícil provar algo. O certo é estar ao lado de algum colega que trabalha com você, ou um representante do sindicato que represente sua classe de trabalhadores. Outro ponto importante é exigir, por escrito, explicações do ato agressor e permanecer com cópia da carta enviada ao D.P ou R.H e da eventual resposta do agressor, se possível mandar as correspondências registradas, por correio, e sempre guardar o recibo. Procurar seu sindicato e relatar o acontecido para diretores e outras instâncias como, médicos ou advogados do sindicato, Ministério Público, Justiça do Trabalho, Comissão de Direitos Humanos e Conselho Regional de Medicina. Recorrer ao Centro de Referência em Saúde dos Trabalhadores e contar a humilhação sofrida ao médico, assistente social ou psicólogo. Buscar apoio junto a familiares, amigos e colegas, pois o afeto e a solidariedade são fundamentais na recuperação da auto-estima, dignidade, identidade e cidadania Disponível no sítio visitado em 10 de agosto de 2008

37 Há um perfil das vítimas muito marcante, são pessoas que resistem às investidas dos chefes, trabalham mesmo doentes, são capazes e criativas, maiores de 35 anos, em sua maioria mulheres. Os humilhados não são os incompetentes, sem qualificações profissionais ou inexperientes. Isso é muito curioso, pois o alvo do agressor (chefia) é desqualificar e rebaixar profissionalmente o trabalhador. A dica mais importante para as vítimas de violência moral no trabalho é resistir e não permitir que os laços afetivos sejam quebrados. A resistência tem uma dimensão individual, que se fortalece com ações coletivas, tendo como referência a solidariedade e ajuda mútua. Se o tirano isola a vítima, é necessário que se quebre a frieza das relações afetivas, tornando-as alegres, fortes e potencializadoras em seu modo de ser e existir. Contra o individualismo, o egoísmo, é necessário fortalecer o coletivo, os laços de amizade. È sempre bom não esquecer que o medo e o silêncio submetem e dão mais força ao tirano. A visibilidade social é fundamental, conversar, trocar experiências, ouvir os colegas e principalmente estar ao seu lado, oferecer o ombro amigo. A organização também é fundamental para denunciar os agressores, seja através do seu sindicado, Câmara Municipal e Assembléia Legislativa, comissões de fábrica, Ministério Público, Ministério do Trabalho ou órgãos especializados em direitos humanos. Lembrando sempre que o silêncio, a omissão e o medo são formas de compactuar com o agressor, deixando-o agir livremente.

38 2.3.1 PROVIDÊNCIAS PARA EVITAR O ASSÉDIO MORAL O assédio moral pode ser combatido pela própria empresa, fábricas, instituições e estabelecimentos empregadores, pelas vítimas que estão sendo assediadas pelo agressor ou agressores, através de compatíveis programas de qualidade de vida e sociais, direcionados à dignidade humana. A Confederação Nacional dos Trabalhadores na Indústria (CNTI), informa que para impedir que ocorram casos de assédio moral a empresa deve providenciar no sentido de: Tomar, via de regulamentos, instruções e outros atos, providências com objetivo de impedir a prática de ações discriminatórias e humilhantes em relação aos empregados. Os ocupantes de chefias, em especial, devem estar conscientizados sobre os limites de suas competências, de modo a distinguir entre os atos de legítima gestão e aquelas que importam discriminação, humilhação para com seus comandados. Devem estar conscientes do respeito que devem ter para com todas as pessoas que estão sob suas ordens. Orientar os subordinados no sentido de adotarem uma política de respeito para com os empregados e seus familiares, evitando quaisquer atos que, direta ou indiretamente, possam influir negativamente no convívio social de todos. Averiguar dos motivos que levaram o empregado à redução de sua produtividade, encaminhando-o para tratamento médico, se necessário. Criar formas de acompanhamento das atividades dos empregados, de modo a orientá-los e reintegrá-los aos serviços, sem que se registrem quaisquer pressões ou humilhações; Manter bom ambiente de trabalho.

39 A vítima do assédio moral deve resistir de imediato, de forma que seja evidenciada a prática discriminatória, eliminando-a. Silenciar ante o assédio não é recomendável. Ao contrário, pode ser interpretado como concordância ou apoio ao ato, o que se transforma em incentivo ao assediante. Não ter medo, o medo do assediado pode ser visto como incentivo ao assédio, deve ser evitado o medo de perda do emprego ou da função, o que não é fácil, à época atual, na qual o desemprego acentuado é incontestável. Conhecer melhor os companheiros de trabalho, mantendo bom e afetivo relacionamento com eles, de modo a que possam testemunhar os fatos, demonstrando a violência moral ocorrente. Procurar maior aproximação com os companheiros de trabalho, em todos os momentos possíveis, não se deixar ficar isolado. Quando necessário, comunicar o assédio ao sindicato representativo da categoria, com vistas às providências que possam ser tomadas. Levar o fato ao conhecimento das autoridades do trabalho, em especial ao delegado regional do trabalho. Marie-France Hirigoyen, em sua Obra Assédio Moral A violência Perversa no Cotidiano, informa que: enquanto se está em condição de lutar, é preciso buscar ajuda dentro da própria empresa. Muito freqüentemente, os empregados não reagem, a não ser quando entra em curso um processo de demissões. Por isso a busca nem sempre é fácil, pois quando a situação chega a degradar-se a esse ponto, é porque o responsável hierárquico, mesmo que não seja pessoalmente o detonador do processo, não conseguiu reagir de maneira eficaz. Se este suporte moral não puder ser obtido no próprio departamento, pode ser buscado em outros serviços Hirigoyen, Marie-France, op.cit, pág. 133.

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