GESTÃO DE RESÍDUOS DE CONSTRUÇÃO E DEMOLIÇÃO
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- Maria Laura Duarte Barateiro
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1 PROPOSTA DE LEGISLAÇÃO RELATIVA AOS RC&D
2 ÍNDICE TEMÁTICO TICO Quadro legislativo em vigor Quadro legislativo em preparação
3 Quadro Legislativo em Vigor DL 239/97, de 9 de Setembro Estabelece as regras a que fica sujeita a gestão de resíduos Portaria 961/98, de 10 de Novembro Estabelece os requisitos do processo de autorização das operações de gestão de resíduos Portaria 335/97, de 16 de Maio Fixa as regras do transporte de resíduos em território rio nacional
4 Quadro Legislativo em Preparação A proposta de diploma pretende estabelecer normas aplicáveis em matéria de planeamento e gestão, tendo em vista a protecção, prevenção e melhoria da qualidade ambiental bem como a prevenção dos riscos para a saúde pública.
5 GESTÃO DE RESÍDUOS DE CONSTRUÇÃO «RC&D» - os resíduos provenientes de obras de construção, reconstrução, ampliação, alteração, conservação e demolição e da derrocada de edificações.
6 «Produtor de RC&D» - o empresário em nome individual ou a sociedade comercial que se encontra habilitada a exercer a actividade de construção ou qualquer outra pessoa, singular ou colectiva, que exerça uma actividade que produza ou de que resultem RC&D.
7 Promoção da Reutilização de Materiais e Utilização de RC&D em Obras com metodologias e práticas eficientes que visem a minimização da produção e da perigosidade dos RC&D.
8 Reutilização de solos, rochas, betão e material betuminoso na própria obra ou em obra licenciada. Utilização de RC&D em obra desde que respeitem as normas técnicas nacionais e comunitárias aplicáveis, na ausência de normas terá de obedecer a especificações a definir pelo LNEC.
9 Normas técnicas: - Material para agregados de betão; - Material para aterros; - Material para sub-base e base de estradas; - Material para misturas betuminosas.
10 Plano de Prevenção e Gestão de RC&D onde conste: 1 - Caracterização sumária da obra com descrição dos métodos construtivos; 2 - Estudo das possibilidades de prevenção, identificando os materiais a reutilizar em obra, incluindo os materiais de escavação;
11 3 - Identificação da metodologia a adoptar para assegurar a triagem de RC&D na origem; 4 Programa de gestão de RC&D em obra, do qual conste uma estimativa dos RC&D a produzir, com identificação do respectivos códigos LER, estimativa da fracção a reciclar, a sujeitar a outras formas de valorização, bem como a eliminar, identificando os destinos preconizados.
12 Plano de Prevenção e Gestão de RC&D: No caso de obras públicas, o dono de obra deve inclui-lo no conjunto de elementos que servem de base ao concurso ou à adjudicação; No caso de obras sujeites a licença ou autorização, o dono de obra deve apresentar o Plano nos procedimentos de licença ou autorização administrativa, bem como no conjunto de elementos que servem de base à negociação de modo a que a co-contratante dele tenha conhecimento previamente à celebração do contrato.
13 Plano de Prevenção e Gestão de RC&D: A versão actualizada, deve estar disponível no local da obra, para efeitos de fiscalização pelas entidades competentes, e ser do conhecimento de todos os intervenientes na execução da obra.
14 Responsabilidades de Gestão: 1- No caso de obras públicas ou de obras sujeitas a licença ou autorização, o dono de obra é responsável por: a) Elaborar ou mandar elaborar, durante a fase do projecto, o Plano de Prevenção e Gestão de RC&D; b) Proceder à correcção, em fase de obra, do Plano de Prevenção e Gestão de RC&D quando, fundamentadamente, se verifique um desvio significativo ao mesmo.
15 GESTÃO DE RESÍDUOS DE CONTRUÇÃO 2 O produtor é responsável por cumprir aquando da execução da obra o Plano de Prevenção e Gestão de RC&D; 3 Em caso de impossibilidade de determinação do produtor do resíduo, a responsabilidade pela respectiva gestão recai sobre o seu detentor.
16 Licenciamento de operações de gestão de RC&D 1 As operações de valorização e de eliminação estão sujeitas a autorização ou licenciamento nos termos do Decreto-Lei nº 239/97, de 9 de Setembro, ou o Decreto-Lei nº 152/2002, de 23 de Maio; 2 As instalações de triagem e fragmentação de RC&D para além do processo de autorização / licenciamento estão sujeitas a requisitos técnicos mínimos;
17 Requisitos mínimos para instalações de triagem
18 GESTÃO DE RESÍDUOS DE CONTRUÇÃO Requisitos mínimos para instalações de fragmentação
19 3 Estão excluída de autorização ou licenciamento: a) A triagem e a fragmentação em obra de RC&D; b) A armazenagem em obra de RC&D durante o prazo de execução da mesma; c) A utilização de RC&D em obra.
20 Certificado de Recepção o operador de gestão de RC&D procede obrigatoriamente à emissão do certificado de recepção dos RC&D recebidos nas suas instalações, ficando com uma cópia na sua posse, a qual deverá ser disponibilizada às autoridades de fiscalização.
21
22 Obrigações próprias do produtor de RC&D 1- O Produtor deve: a) Assegurar o cumprimento do Plano de Prevenção de Gestão de RC&D; b) Assegurar a existência, desde o inicio da obra, de um sistema de contentorização ou de acondicionamento adequado de RC&D;
23 c) Assegurar que os operadores de gestão de RC&D, estão devidamente autorizados/licenciados; d) Proceder à inventariação dos materiais reutilizados e RC&D incorporados, bem como à quantificação e classificação dos RC&D produzidos, de acordo com os códigos LER devendo possuir um registo com os dados requeridos no ponto IV do Modelo de Registo de Dados de RC&D, que deve ser entregue, conjuntamente com os certificados de recepção dos RC&D, ao dono de obra no final desta.
24 Modelo de Registo de Dados Ponto IV
25 Emissão de licença de utilização no caso de obras particulares 1- A emissão do Alvará de licença de construção ou demolição depende da apresentação pelo dono de obra do Registo de Dados de RC&D, junto da Câmara Municipal competente, devidamente preenchido nos campos I, II e III.
26 Modelo de Registo de Dados Ponto I e II
27 Modelo de Registo de Dados Ponto III
28 Emissão de licença de utilização no caso de obras particulares 2- O requerimento de licença ou autorização de utilização, deve ser instruído com o Registo de dados de RC&D, devidamente preenchido no campo IV, e com os certificados de recepção de RC&D, sem o que o respectivo alvará não pode ser emitido.
29 Prestação de caução e recepção provisória no caso de obras públicas 1- A caução prestada perante o dono de obra, para garantir o exacto e pontual cumprimento das obrigações contratuais, deve incluir a garantia da correcta gestão dos RC&D produzidos. 2- O produtor deve entregar ao dono de obra o Registo de dados de RC&D, devidamente preenchido nos campos I, II e III, juntamente com o primeiro plano de trabalhos apresentado após a consignação da obra.
30 3 - O produtor deve entregar ao dono de obra o Registo de dados de RC&D, devidamente preenchido nos campos IV, conjuntamente com os certificados de recepção de RC&D, até à data fixada para a realização da vistoria para o efeito de recepção provisória da obra, sem o que a obra não pode ser recebida.
31 Transporte 1 Ao transporte de RC&D não se aplica o disposto no número 5 e 6 da Portaria 335/97, de 16 de Maio, relativo à utilização de guias de acompanhamento de RC&D; 2- O transportador utiliza o Modelo I ou o Modelo II da guia de transporte de RC&D consoante os RC&D a transportar são de um ou vários produtores ou detentores.
32 Guias de transporte de RC&D Modelo I
33 Guias de transporte de RC&D Modelo II
34 PROPOSTA DE LEGISLAÇÃO RELATIVA AOS RC&D Eng.ª Paula Correia Departamento de Gestão de resíduos Instituto dos Resíduos
Em caso de impossibilidade de determinação do produtor do resíduo, a responsabilidade pela respectiva gestão recai sobre o seu detentor.
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