Dimensionamento, Implementação e Monitorização de Desempenho (QoS) de um projecto Indoor por Antenas Distribuídas para UMTS

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1 Dimensionamento, Implementação e Monitorização de Desempenho (QoS) de um projecto Indoor por Antenas Distribuídas para UMTS Nuno Taxeiro 1 1 DEETC / Instituto Superior de Engenharia de Lisboa, Lisboa, PORTUGAL, ntaxeiro@deetc.isel.ipl.pt Resumo O presente artigo apresenta um estudo sobre planeamento indoor de uma rede de comunicações móveis Universal Mobile Telecomunications System (UMTS), e sua monitorização, para uma área empresarial composta por um edifício central e armazéns contíguos. São apresentados os modelos de propagação indoor estudados e propostas soluções finais de implementação com vista a atingir o nível de cobertura desejado (>96%). É igualmente ilustrado os passos necessários para o desenvolvimento de uma ferramenta de simulação com o auxílio da plataforma MATrix LABoratory (MATLAB). Este simulador permite o cálculo do valor de cobertura para um determinado local (tendo em conta o modelo de propagação seleccionado, antenas introduzidas, número de splitters, comprimentos de cabo utilizado, conectores para cada antena colocada e obstáculos presentes) e a apresentação de dados estatísticos. Por fim, é apresentada uma análise sobre parâmetros característicos dos diferentes serviços UMTS, entre eles, BLER e os parâmetros SQI e SQI-MOS, numa ligação de voz. Palavras Chave - Planeamento Celular, UMTS, propagação indoor, sistemas por antenas distribuídas. 1. INTRODUÇÃO À medida que as redes móveis foram amadurecendo e crescendo em número de clientes, a cobertura indoor ganhou maior importância. A migração de equipamentos móveis indoor modificou a maneira de como as redes de telecomunicações são implementadas. A tendência natural era a colocação das células juntas umas às outras, um sinal elevado no exterior implicava mais sinal no interior. No entanto, a distância entre células é ditada pelo link budget em função do máximo valor de SNR tolerado, pelo que a colocação próxima de células faz aumentar a interferência. Desta limitação resultou o planeamento específico de zonas interiores, que obedecem a características de tráfego muito precisas, já que a exigência deste tipo de utilizadores é normalmente muito elevada. Actualmente, estima-se que 60 a 70 % do tráfego móvel seja indoor. A exigência na qualidade e rapidez de serviços, obrigou os sistemas de 3ª geração (3G) a definirem novos serviços : serviço web, , videochamada, streaming de audio, video-on-demand e transferência de dados a grande velocidade. Estes diferentes serviços de dados têm diferentes requisitos de Quality of Service (QoS) e características distintas em termos de largura de banda necessária. É objectivo primordial deste artigo o estudo técnico com vista a realização de um projecto de cobertura rádio a 2,1 GHz em zonas empresariais. A motivação está associada à concentração nestas zonas de utilizadores muito exigentes (heavy users), pelo que a falta de comunicações pode originar um prejuízo financeiro para a empresa onde se inserem. Pedro Vieira 1,2 1 DEETC / Instituto Superior de Engenharia de Lisboa, 2 Instituto de Telecomunicações Lisboa, PORTUGAL, pvieira@deetc.isel.ipl.pt Com este objectivo em mente, são apresentadas nas próximas secções as várias fases do projecto. Primeiro, elaborou-se um estudo técnico do local de implementação. Este estudo envolveu a análise do nível de cobertura rádio existente e respectiva extrapolação de percentagens de cobertura com base em informação estatística, decorrente de medidas efectuadas no local, e com o recurso à ferramenta TEMS W-CDMA. Em paralelo com o trabalho de campo, foi elaborado um estudo relativo aos vários modelos de propagação indoor, bem como o tipo de solução mais vantajosa/rentável para a implementação do projecto no local estudado. Deste estudo resultou a necessidade de aferição dos vários parâmetros a serem usados posteriormente, de modo a tornar os resultados mais próximos da realidade. Figura 1 Esquema de cobertura rádio por antenas distribuídas. Após a implementação física do projecto, foi testado o desempenho da rede (QoS) através da análise de parâmetros dos seguintes serviços : serviço de telefonia, serviço de videotelefonia e ligação de dados. A análise da qualidade da ligação de voz mereceu particular atenção, apresentando-se a relação entre o parâmetro SQI (Speech Quality Indicator) e o parâmetro SQI-MOS (Speech Quality Indicator Mean Opinion Score). 2. MODELOS DE PROPAGAÇÃO INDOOR A base para uma boa estimação do sinal recebido, passa por perceber qual a influência do ambiente de propagação, nomeadamente, perceber quais os obstáculos no seu caminho que contribuem para o decaimento do seu nível de potência da fonte emissora até à fonte receptora. Deste modo, os modelos de propagação permitem obter valores médios de atenuação provocada pelo meio de propagação, em conjugação com os obstáculos constituintes desse meio e que intersectam o sinal que chega à recepção. Dentro deste vasto conjunto 1

2 de modelos, estes são diferenciados pelo seu nível de realismo e granularidade, provocando por isso tempos de computação diferentes. No caso especifico deste projecto, optou-se pela implementação de três tipos de modelos empíricos, modelo Keenan-Motley modificado [1], One Slope [1],[2] e Log-Normal Shadowing Path Loss [1],[2]. A escolha recaiu sobre estes três modelos, devido às características diferenciadas de cada um. Em primeiro lugar, o modelo de Keenan- Motley modificado, em comparação com os outros dois modelos, é um modelo mais rigoroso e computacionalmente mais lento já que para além de contar com a atenuação provocada pela propagação em espaço livre, conta também com a atenuação provocada pelos obstáculos que intersectam o raio directo. Em segundo, o modelo de One Slope, representa a atenuação provocada como sendo apenas dependente do factor de decaimento do meio de propagação, o que faz com que este modelo se assemelhe à atenuação provocada pela propagação em espaço livre. Por último, o modelo Log-Normal, é muito semelhante ao de One Slope, adicionando-lhe apenas um desvio padrão representativo do tipo de ambiente em que o modelo está a ser utilizado. Devido a sua simplicidade, estes dois últimos modelos são mais optimistas e menos rigorosos em relação ao modelo de Keenan-Motley modificado, o que lhes confere um tempo computacional menor, ideal para ambiente de espaço aberto MODELO DE KEENAN-MOTLEY MODIFICADO Neste modelo, à atenuação provocada pela propagação em espaço livre, é adicionada às atenuações provocadas pelos obstáculos que intersectam o raio directo. Os obstáculos são diferenciados como sendo parede ou andar atravessado. A expressão da atenuação total é, 2.3. MODELO LOG-NORMAL SHADOWING PATH LOSS Segundo este modelo empírico [2],[3], as perdas em espaços fechados podem ser expressas em função da distância e do coeficiente de propagação do meio : 10 (4) Onde é a atenuação em espaço livre a uma distância de referência (tipicamente 1m); o coeficiente de decaimento do meio; d a distância da antena emissora à antena receptora e, o desvio padrão aferido para o meio de propagação. 3. DESENVOLVIMETNO DE SIMULAÇÃO - SIMINDOOR Numa primeira fase, foram implementados os modelos de propagação indoor referidos, recorrendo à plataforma MATLAB. Este simulador permite o cálculo da cobertura de uma determinada área, carregada através da planta respectiva e após a colocação de várias antenas distribuídas no espaço físico. Adicionalmente, permite também o cálculo da atenuação média do sinal e de parâmetros do modelo de propagação escolhido. O simulador divide-se em três blocos principais: parâmetros de entrada, processo de simulação e resultados (ver Figura 2). 1 onde d é a distância à antena emissora; o número de paredes e pisos, respectivamente; as atenuação características das paredes e pisos, respectivamente, estando estes valores dependentes dos seus materiais constituintes; D é um factor de atenuação linear (valor típico de 0,2 db/m). Este factor (D) está dependente da distância de break point ( ). Esta distância é dada pela expressão, Σ Δ 2 Σ Δ onde : Σ Δ. 2 O factor de atenuação linear (D) é adicionado, caso a distância de trabalho seja superior a distância de break point calculada MODELO ONE SLOPE COST 231 Este modelo é computacionalmente mais rápido [2][3], já que não considera os efeitos dos obstáculos. Este modelo tem como expressão de atenuação, 1 10 (3) onde 1 é a atenuação em espaço livre a 1 metro da antena emissora, o coeficiente de decaimento e d a distância da antena emissora à antena receptora. Este coeficiente de propagação presente na expressão (3), é obtido a partir de medidas realizadas no local de implementação, de modo a calibrar o modelo conforme o tipo de ambiente de propagação considerado. Figura 2- Diagrama de blocos do simulador desenvolvido. Em situações de espaço aberto, como por exemplo, armazéns, foram utilizados os modelos de One Slope e Log-Normal, enquanto que na simulação do edifício central foi utilizado o modelo de Keenan- Motley modificado. Neste último, foi possível assim contabilizar os vários elementos constituintes do edifício, entre eles portas, janelas, paredes e pisos atravessados. A leitura da planta onde foi efectuada a simulação, pressupõe um tratamento prévio da planta disponível em AUTOCAD, através da remoção das camadas menos relevantes e formatação das cores RGB que caracterizam cada elemento da planta. A planta é então guardada em formato BMP (Bitmap) e carregada no simulador. Por conveniência visual, e de modo a poder diferenciar os vários elementos, são atribuídos a cada elemento códigos RGB. Essa imagem em BMP é posteriormente carregada e convertida em matriz, com uma resolução de 3 pixeis. A escolha deste valor foi encontrado através de várias iterações de número de píxeis, chegando a um compromisso entre tempo de simulação/ nível de detalhe aceitável. No bloco de configuração dos parâmetros de entrada, é feita a escolha do modelo de propagação usado para o planeamento, bem como a frequência de trabalho, altura dos dispositivos móveis e antenas. Ao adicionar uma antena ao mapa de cobertura, esta escolha pode incidir nos dois tipos de antenas existentes: ominidireccionais e directivas. No caso da escolha ser uma antena directiva, para além da sua localização na planta, é necessário escolher a direcção de máxima radiação [4]. É possível a escolha do tipo de solução a adoptar no projecto: micro Base Transceiver Station (BTS), macro BTS ou repetidor. Em termos 2

3 de simulação, a escolha de uma micro, macro ou de um repetidor só terá influência na determinação da potência de emissão. Em termos práticos, esta escolha acarreta maiores problemas, já que a escolha de implementação de uma BTS num determinado local, envolve mapeamento de novas portadoras que não interfiram com o local circundante, bem como o mapeamento de canais. A solução mais simples é o uso de um repetidor, em que um sinal exterior é repetido para dentro do local de dimensionamento AFERIÇÃO DE PARÂMETROS PARA OS MODELOS DE PROPAGAÇÃO IMPLEMENTADOS A aferição realizada em diferentes ambientes de medida é importante para determinar os diferentes parâmetros do modelo de propagação escolhido (coeficiente de propagação, desvio padrão). Para uma correcta utilização dos modelo de propagação One Slope ou Log- Normal, determinou-se o coeficiente de decaimento e desvio padrão com exactidão para vários tipos de ambientes de propagação (ambiente corredor LoS e nlos, gabinete e armazém). O método para a determinação do coeficiente de decaimento baseia-se no cálculo do declive da recta por regressão linear entre o logaritmo da distância e a potência medida (em dbm), como se ilustra, 5 No caso do modelo Log-Normal, é de extrema importância ter conhecimento de qual o desvio padrão introduzido por cada ambiente de propagação diferente. Os valores de potência medidos permitem mostrar que, para qualquer distância, a atenuação provocada nesse ponto, varia aleatoriamente segundo uma distribuição normal. É com base neste pressuposto, que resulta a adição da componente aleatória à expressão do cálculo da atenuação de propagação. No cálculo dos valores de desvio padrão optou-se pela minimização do erro quadrático médio, 1. 6 Para a determinação da potência recebida estimada, considerou-se que esta potência, para a distância de referência, é igual a zero (bem como o valor de potência medido). A partir deste pressuposto, retirase que o valor médio da potência recebida é dado por, P B Pr 10 até ao receptor. O valor de desvio padrão para o ambiente de corredor indica um valor mais baixo para nlos do que para LoS. Uma das razões poderá ser o facto de este ambiente poder conduzir a propagação guiada, influenciando de forma significativa o valor de desvio padrão introduzido pelo modelo de propagação indoor. Tabela 1- Valores de n e σ para aferição de modelos de propagação em simulador INDOOR Tipo de ambiente Linha de vista á á Indoor (corredor) Gabinete (sem equipamento e mobiliário) LoS 2,52 10,6 nlos 5,47 7,36 nlos 4,88 11 Armazém (open space) LoS 1,87 7, CÁLCULO DA POTÊNCIA MÉDIA RECEBIDA No cálculo da potência recebida em qualquer ponto da planta, é necessário contabilizar cada atenuação introduzida pelos dispositivos por onde a antena está ligada. A nível de simulação, foi efectuada uma contabilização de todas as potências e atenuações dos diversos dispositivos activos (equação (9)). Dependendo do tipo de solução adoptada pelo utilizador, a solução com base no uso de repetidor de sinal, origina a seguinte expressão : ó (9) Baseado nos dados de componentes activos e passivos associados a cada uma das antenas, é calculado o ganho total (G ant ) e atenuação introduzida pela cablagem (L cabos ) e conectores (L con ). Como a potência de emissão do repetidor/bts ( ), ganho do móvel ( ó ), atenuação devido ao combinador (L comb ) são conhecidos, e a atenuação média ( ) já foi calculada, é possível o cálculo da potência média recebida (P rx ). P B Como distância de referência foi utilizado =1m. Com base nestes pressupostos, é possível retirar que o desvio padrão é dado por, σ σ. 8 onde n é o valor que minimiza o erro quadrático médio. a) Resultados (aferições) Após o cálculo dos vários valores de desvio padrão e factor de decaimento para os diferentes ambientes de propagação foi possível a correcta calibração da ferramenta de simulação, desenvolvida para os modelos One Slope e Log-Normal Shadowing Path Loss. Os valores registados na Tabela 1, reflectem o tipo de ambiente em que as medidas foram realizadas. Em linha de vista (LoS), observouse que os valores do factor de decaimento são menores que os observados quando não existe linha de vista (NLoS), devendo-se esta diferença ao acréscimo de obstáculos que o sinal terá que percorrer Figura 3- Solução adoptada para repetição do sinal para o interior. 4. MEDIDAS RÁDIO A 2.1 GHZ E SIMULAÇÕES 4.1. MEDIDAS RÁDIO DA COBERTURA EXISTENTE Antes de qualquer implementação física de um projecto de telecomunicações, é necessário o estudo e realização prévia de medidas rádio no local em que será implementado o projecto. Para este efeito, neste projecto utilizou-se a ferramenta TEMS W-CDMA, de modo a registar a informação sobre o nível de sinal presente nos 3

4 locais de implementação. O cenário de teste, incidiu sobre a realização de uma chamada e com essa chamada a decorrer, foram registados os níveis de potência do sinal à medida que se deslocava a posição do móvel no interior do edifício. A cada intervalo de distância percorrido, é registado um ponto, sendo o nível de sinal entre cada ponto, obtido através de interpolação matemática, feita pela própria ferramenta TEMS. As medidas são realizadas ao canal Common Pilot Channel (CPICH),especificamente aos parâmetros RSCP e E c /N 0, o qual é emitido continuamente com um nível de potência fixo, servindo por esse facto para estimação do canal descendente e realizar a selecção de célula. Após chegar a várias propostas de configuração, foi utilizada a ferramenta de simulação desenvolvida, para comprovar se os objectivos de cobertura eram atingidos. Como forma de validação da cobertura, são apresentados gráficos referentes à PDF (probability density function) e CDF. Em relação aos critérios de cobertura, assume-se uma cobertura mínima de 96%, tendo como limiar de potência, o valor de -88 dbm [4]. Um aspecto relevante diz respeito às situações em que existe mais que uma antena a cobrir uma determinada área. Nestes casos, é aplicado o critério de best server, ou seja, opta-se pelo sinal mais forte, fornecido pelas diversas antenas. No caso apresentado na Figura 4, as medidas iniciais da cobertura existente, revelaram que a cobertura no interior e extremos deste piso era muito fraca ( -100 dbm). Com vista ao reforço de cobertura destas áreas, a colocação das antenas incidiu sobre os corredores. Com esta disposição, obteve-se o diagrama de cobertura descrito na Figura 7 e informação estatística (ver Figura 6). A colocação de uma antena direccional no corredor situado no canto superior esquerdo visa o reforço de cobertura nesse espaço devido à pouca cobertura existente. A geração de gráficos de distribuição de probabilidade para esta disposição, revelou que a maior concentração de pontos se situa na intervalo dos -50 a -60 dbm. Figura 4- Valores medidos de RSCP e E c /N 0 no canal AS CPICH. Com base na informação recolhida, é possível calcular distribuições de probabilidade de sinal (CDF, Cumulative Distribution Function) para diferentes intervalos de potência. Com base nesse pressuposto, é possível agulhar a percentagem de cobertura, % ã 10 Figura 6- Função PDF e CDF para configuração proposta. Para esta configuração, obtém-se por simulação uma cobertura de cerca de 96%, sendo iluminadas com maior intensidade de sinal as zonas que anteriormente se apresentavam mais fracas. resultando assim numa percentagem de cobertura dada pela equação (11), % Para o caso particular de um dos pisos do edifício central, obteve-se uma cobertura existente de 18,1 % de área coberta, com a distribuição de potência apresentada na Figura 5. Figura 5- Função PDF e CDF para CPICH RSCP. Figura 7- Diagrama de cobertura para configuração proposta Uma análise mais detalhada do gráfico de potência recebida nos vários pontos do piso, revelou que o número de pontos cobertos com potências superiores a -50 é muito reduzido, resultando pelo facto de estes pontos estarem muito próximos do foco de emissão da antena (distâncias inferiores a 1 m). 4

5 4.2. MEDIDAS RÁDIO DA COBERTURA APÓS IMPLEMENTAÇÃO Após a implementação física do projecto, é de extrema importância verificar se os critérios de cobertura são atingidos. O método adoptado para o cálculo da percentagem de cobertura, segue o utilizado nas medidas efectuadas à priori, em que a cobertura existente no local de implementação era calculada com base na função CDF (equação (11)). É apresentada na Tabela 2 o resultado destas medidas e da percentagem de cobertura atingida com a implementação deste projecto, bem como a qualidade de sinal obtida. Tabela 2- Coberturas e qualidade de sinal atingidas após implementação do projecto. local AS CPICH E c /N 0 [db] [ 6; 4,5] ] 4,5; 4] ] 4;0] Σamos. Cobertura atingida Cave >96% Piso >97% Piso >97% Piso >97% Armazém >96% A cobertura mínima nos vários locais de implementação foi atingida, observando-se valores acima dos 96 % de cobertura total, especialmente na Cave, onde a melhoria foi intensa. Antes da implementação, este local não se encontrava coberto por qualquer tipo de sinal. Em relação à qualidade de sinal nos vários pisos, o local onde se obteve valores mais elevados foi no Piso 0 onde cerca de 10% dos pontos medidos se encontram cobertos por excelente qualidade de sinal, encontrando-se os restantes pontos cobertos por boa/razoável qualidade de sinal. Por outro lado, a menor percentagem de excelente qualidade de sinal foi observada no Piso 2, em que apenas 1% dos pontos se encontra coberto com excelente qualidade de sinal. Em suma, todos os pontos analisados em qualquer dos locais apresentam valores de qualidade de sinal acima dos -7 db E 7, valor esse que é considerado razoável e aceite em projectos rádio indoor. Figura 8- Fluxo de acções para a extrapolação de parâmetros de qualidade (voz) SERVIÇO DE TELEFONIA Para a monitorização deste serviço foi realizada uma chamada de voz com a duração de 180 s, seguindo o fluxo de acções descritos na Figura 9. a) Parâmetros SQI e SQI-MOS O algoritmos referente ao parâmetro SQI [8] calcula um valor entre - 40 e +50 dbq. O valor máximo depende dos codificadores de fala utilizados, já que diferentes codificadores apresentam diferentes qualidades básicas de fala. SQI [dbq] :16:54,34 Variação do SQI e MOS ao longo de uma chamada de voz 22:17:11,64 22:17:28,90 22:17:46,21 SQI-MOS 22:18:03,51 SQI 22:18:20,73 22:18:38,09 22:18:55,32 22:19:12,62 4 3,5 3 tempo [HH:mm:ss,ms] 5. MONITORIZAÇÃO DE DESEMPENHO DE REDE (QOS) A maioria dos serviços em UMTS são caracterizados como sendo serviços de extremo-a-extremo, i.e., de um terminal para outro. Cada um destes serviços tem uma determinada Quality of Service (QoS), o que permite assegurar ao utilizador desse serviço, uma qualidade aceitável do seu tipo de ligação. Nesta avaliação de qualidade, na perspectiva do utilizador, devem ser considerados os serviços que apresentam maior relevância para os utilizadores finais, numa lógica de mercado nacional e internacional, e que sejam normalmente disponibilizados por todos os operadores presentes no mercado. Assim sendo, foram analisados 3 tipos de serviços : serviços de telefonia (voz), serviços de videotelefonia e ligação de dados [6],[13]. A metodologia de estudo adoptada na realização desta monitorização de qualidade assentou na igualdade de condições para os diversos serviços testados, sendo realizada em locais onde a relação potência/qualidade do sinal recebida era boa [7]. Figura 9- Variação do parâmetro SQI e SQI-MOS ao longo de uma chamada de voz. No caso deste cenário de teste foi possível a extracção da evolução destes dois parâmetros ao longo do decurso da chamada (ver Figura 9). A análise destes dois parâmetros permite relacioná-los, já que quando ocorre um decréscimo ou acréscimo no valor do SQI [8][9], este é acompanhado com a degradação ou aumento da qualidade da ligação (parâmetro SQI-MOS) [8][9]. Para esta degradação, em muito contribui a percentagem de frames que são perdidas, devido normalmente às alterações nas condições do canal rádio. Os valores de SQI-MOS não ultrapassam os 4,5, pelo facto de os codificadores utilizados nas redes móveis actuais não permitirem uma qualidade de voz perfeita (valor 5 na escala MOS) e os valores de SQI iguais a 30 indicam uma situação em que o codificador utilizado é AMR Full Rate ou Enhanced Full Rate. 5

6 6. CONCLUSÕES Relativamente à análise das medidas rádio da cobertura existente, concluiu-se que, em relação ao nível de sinal recebido e qualidade, este se deteriora à medida que se desloca para o interior do edifício. As percentagens de cobertura obtidas para os vários pisos rondaram os 20%, valor obviamente insuficiente para satisfazer as necessidades de cobertura num espaço empresarial. No entanto, em locais junto a janelas e nos vários corredores amplos, já se observaram valores aceitáveis de sinal 90. Em relação aos resultados obtidos por simulação, a extrapolação da atenuação em espaço livre para o modelo Keenan-Motley, bem como a atenuação introduzida por este modelo, permitiu concluir que para distâncias inferiores ao breakpoint deste modelo, o valor da atenuação introduzida é rigorosa, ao ter em conta os obstáculos atravessados. A análise dos dados obtidos, através de simulações, para os modelos de propagação indoor One Slope e Log-Normal Shadowing Path Loss, permitiu ter a noção da simplicidade destes modelos, devido à não contabilização dos obstáculos, o que os torna, a nível de simulação, computacionalmente mais rápidos (em relação a modelos mais rigorosos). A grande diferença de cobertura observada entre estes dois modelos, assenta no facto de para uma atenuação de referência de 79,53 db para um local (modelo One Slope), a atenuação obtida pelo modelo Log-Normal acresce de um valor adicional de atenuação (x χ. Esta adição, reflecte a coeficiente empírica aferida para utilização em ambiente de simulação, apresentando este um valor de 7,2 db. As medidas finais realizadas aos locais de implementação do projecto permitiram chegar à conclusão da excelente cobertura atingida (valores superiores a 96% para todos os locais), bem como a excelente qualidade de sinal observado ao longo das diversas medidas efectuadas 7. No que diz respeito aos parâmetros analisados, com vista à monitorização de desempenho da rede, concluiu-se que os valores obtidos eram expectáveis, nomeadamente aos valores de Block Error Rate (BLER) e Bit Error Rate (BER) obtidos para os três principais serviços (telefonia, videotelefonia e serviços interactivos), já que de forma a assegurar uma qualidade satisfatória do serviço, o operador tem que respeitar um valor mínimo de QoS. No caso particular da chamada de voz, a interpretação dos parâmetros Speech Quality Indicator (SQI) e Speech Quality Indicator Mean Opinion Score (SQI-MOS) permitiu observar a adaptação que o sistema efectua consoante as condições do canal rádio, influenciando consideravelmente a qualidade da ligação estabelecida. REFERÊNCIAS [1] Pedro Vieira, ISEL, Planeamento de Redes Móveis, Outubro de [2] Néstor García Fernández, Modelo de cobertura en redes inalámbricas basado en radiosidad por refinamiento progresivo, [3] J. B. Andersen, T. S. Rappaport, S. Yoshida,, Propagation Measurements and Models for Wireless Communications Channels, 1995 [4] Powerwave technologies, Multi-band Indoor Antenna,2008. [5] Christophe Chevalier, Christopher Brunner, Kevin Murray, Kenneth R. Baker, WCDMA (UMTS) Deployment Handbook - Planning and Optimization Aspects, 2006 [6] Ham Holma e Antti Toskala, WCDMA for UMTS, 2000 [7] ANACOM, Avaliação da QoS dos Serviços de Voz (GSM), Videotelefonia (UMTS) e Cobertura das Redes (GSM e WCDMA), nos principais Aglomerados Urbanos e Eixos Rodoviários de Portugal Continental., 2008 [8] ASCOM, Speech Quality Measurements, 2009 [9] Ericsson, User Description, Speech QualitySupervision, 2005 [10] Tommi Heikkilä, Rake Receiver, 2004 [11] 3GPP, 3GPP TS : UTRAN Overall Description, 2003 [12] 3GPP, 3GPP TS RRC Protocol Specification, 2007 [13] Nuno Taxeiro, Dimensionamento, Implementação e Monitorização de Desempenho (QoS) de um projecto Indoor por Antenas Distribuídas para UMTS, Tese de Mestrado em Engenheiria Eletronica e Telecomunicação, ISEL, Lisboa, Portugal, Setembro

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